Lista de testes de volumes pulmonares
A espirometria e a pneumotacografia avaliam volumes pulmonares
mobilizáveis, não conseguindo definir por completo todos os volumes e capacidades envolvidas
na ventilação, ficando, fora de análise o Volume Residual (VR, volume de ar que permanece
nos pulmões depois de uma expiração completa (por definição não mobilizável) e as
capacidades que o incluem: Capacidade Residual Funcional (CRF, Capacidade de ar que fica
no pulmão depois de uma expiração normal, corresponde ao ponto de equilíbrio
inspiração/expiração em que nenhum esforço é feito), Capacidade Pulmonar Total (CPT,
Volume de ar contido no pulmão após uma inspiração máxima). Acresce que o conhecimento
do Volume Residual para além da importância prática clínica e de análise das manifestações
fisiopatológicas é igualmente importante para interpretação da espirometria.
A determinação em laboratório dos volumes pulmonares estáticos pode ser feita por três
processos: Por pletismografia, pelo método de diluição de gases inertes (Diluição do Hélio)
medido em circuito fechado, e pelo washout do azoto (N2).
PLETISMOGRAFIA CORPORAL- Durante a Pletismografia Corporal o paciente encontra-se
fechado numa cabine que se encontra especialmente equipada para medir pressão, fluxo e/ou
variações de volume. O indivíduo respira entre dois a três ciclos de volume corrente e, quando
este se encontra perto da capacidade residual funcional (CRF), a válvula bocal é fechada e o
indivíduo faz manobras de respiração suaves (pants) contra a válvula fechada (1 a 3 pants/seg)
a uma frequência de 0,5 a 1 Hz. Devem ser efectuadas 3 a 5 manobras de “panting”
satisfatórias e reprodutíveis entre si. Depois da válvula abrir é efectuada uma manobra de
volume expiratório de reserva (VRE) seguida de uma manobra de capacidade inspiratória até à
capacidade pulmonar total (CPT). Para aqueles que não conseguem efectuar uma manobra de
“panting”, como alternativa podem-se efectuar as manobras a volume corrente contra a válvula
fechada. As medições mais comuns feitas por pletismografia são: o volume de gás intratorácico
(VGIT) que é medido habitualmente no final da expiração igualando-se assim à capacidade
residual funcional (CRF), as resistências das vias aéreas (RAWs), a condutância das vias
aéreas (SGAW) normalmente calculada reciprocamente com as RAW, a condutância especifica
i.e condutância relacionada com os volumes pulmonares. Outros testes podem também ser
medidos através da pletismografia corporal incluindo a espirometria (pneumotacografia), a
capacidade de difusão pulmonar (DLCO), compliance pulmonar, pressões de oclusão.
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DILUIÇÃO DO HÉLIO- Este processo fundamenta-se na utilização de um gás (o hélio)
praticamente sem capacidade de solubilidade nos tecidos o qual é introduzido em mistura com
o oxigénio, numa concentração conhecida, num espirómetro com um volume pré-determinado.
O indivíduo em análise respira no espirómetro em circuito fechado, a volume corrente.
Adiciona-se à mistura gasosa oxigénio para substituir o consumido metabólicamente e o
dióxido de carbono é absorvido quimicamente para evitar fenómenos de “rebreathing” que
modificariam o padrão ventilatório. A determinada altura os gases contidos no espirómetro
equilibram os gases contidos no pulmão provocando uma diminuição da concentração inicial de
hélio; a magnitude desta redução é proporcional ao volume pulmonar a nível da capacidade
residual funcional. Uma manobra de volume expiratório de reserva permite quantificar o volume
residual.
WASHOUT DO AZOTO- É um método que consiste na “lavagem” do azoto, uma vez que as
vias aéreas contém, permanentemente, azoto no seu interior. O processo consiste em fazer
respirar oxigénio puro, fazendo portanto uma remoção gradual do azoto o qual é medido na
boca por um analisador rápido de gases. A curva do teor de azoto removido tem uma
configuração própria na qual tem especial relevo a fase de “plateau” alveolar (fase III) que
consiste na remoção do azoto desse território até ao nível da capacidade residual funcional, à
qual se sucede um incremento do azoto removido (Slope da fase IV) durante a eliminação do
volume expiratório de reserva, correspondente aos diferentes momentos de colapso alveolar,
primeiro nos andares inferiores e depois nos andares superiores.
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não
Os
parâmetros
particularmente
ventiladas
separado
volumes
ventiladas
como
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