PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS DE PLANTAS MEDICINAIS CULTIVADAS NO PROJETO “SEMENTINHA” Silva, T.X.1, Jesus, A.M.2, Carvalho, V.F.3, Moraes, S.R.3, Votre, S.J.3 & Avelar, K.E.S.3 1 Bolsista PIBIC - UNISUAM 2 Aluno de Mestrado Profissional em Desenvolvimento Local - UNISUAM 3 Professores do Curso de Mestrado Profissional em Desenvolvimento Local - UNISUAM RESUMO As plantas medicinais vêm sendo utilizadas com finalidades terapêuticas há milhares de anos. Seu uso popular tem sido propagado de geração a geração e descrito em diversos meios de divulgação. Contudo, ainda há escassez de estudos que comprovem a eficácia terapêutica de todas as substâncias encontradas nas plantas medicinais popularmente utilizadas. Em função desse conhecimento popular um grupo de mulheres do Parque Proletário do Grotão na Penha / Rio de Janeiro, se reuniu e organizou uma horta de plantas medicinais, denominada de projeto “SEMENTINHA”. Assim, o objetivo preliminar desse estudo foi levantar, na Internet e em artigos científicos, as propriedades terapêuticas, comprovadas, de algumas plantas medicinais cultivadas no projeto com a finalidade de coletar informações para a elaboração de folhetos educativos a serem distribuídos para essa comunidade. ABSTRACT 1 The medicinal plants have been being used with therapeutical purposes have thousand of years. Its popular use has been propagated from generation to generation and in diverse ways of spreading. However, still it has scarcity of studies that prove the therapeutical effectiveness of all the substances found in the medicinal plants popularly used. In function of this popular knowledge a group of women of the “Parque Proletário do Grotão – Penha / Rio de Janeiro”, if congregated and organized a garden of medicinal plants, named of “SEMENTINHA” project. Thus, the objective of this study was to raise the therapeutical properties proven by scientific studies of ten medicinal plants more used popularly in this project by means of the research in databases and available articles in web. PALAVRAS-CHAVE: Plantas medicinais, Fitoterapia e Desenvolvimento local. KEYWORDS: Medicinal plants, Fitotherapy and Local development INTRODUÇÃO O conhecimento acerca das plantas medicinais tem acompanhado a evolução do ser humano através dos tempos. As civilizações primitivas cedo se aperceberam da existência, ao lado das plantas comestíveis, de outras dotadas de maior ou menor toxicidade que, ao serem experimentadas no combate à doença, revelavam, embora empiricamente, o seu potencial curativo. As plantas com propriedades medicinais estão amplamente distribuídas pelo mundo, sendo que podemos encontrar grandes aglomerações destas em regiões tropicais do planeta aonde existe uma magnífica biodiversidade (Cunha, 2006; Camargo Jr., 2006). A fitoterapia, tratamento de enfermidades por meio da utilização de plantas, existe há milhares de anos, e emprega exclusivamente remédios de origem vegetal. Também conhecida como “medicina tradicional”, desfruta, atualmente, de crescente prestígio e sua eficácia vem sendo notada há muitos anos. Em maio de 1978, a Organização Mundial de Saúde (OMS) através de uma resolução de sua XXXI Assembléia Geral, determinou o início de um programa mundial com a 2 finalidade de avaliar e utilizar os métodos da chamada “medicina tradicional” (Mors, 1982). Segundo a Resolução da Diretoria Colegiada no. 48/2004 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA, fitoterápicos são medicamentos preparados exclusivamente com plantas medicinais ou partes destas (raízes, cascas, folhas, flores, frutos ou sementes), que possuem propriedades reconhecidas de cura, prevenção, diagnóstico ou tratamento sintomático de doenças, validadas em estudos etnofarmacológicos, documentações tecnocientíficas ou ensaios clínicos (RDC 48/2004; Shu, 1998; Strobl, 2000). No Brasil, o incentivo maior para a utilização da fitoterapia partiu da iniciativa governamental através da aprovação da Política Nacional de Fitoterápicos em junho de 2006. Entretanto, o acesso aos fitoterápicos ainda permanece restrito, embora o país apresente uma diversidade enorme de plantas medicinais (Calixto, 2003; Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, 2006). Na busca de soluções para os problemas cotidianos de saúde, como a falta de acesso aos medicamentos, em 1985, um grupo de mulheres de comunidades do Parque Proletário do Grotão no Bairro da Penha/Rio de Janeiro, se reuniu e organizou uma horta de plantas medicinais, denominada de “Projeto Sementinha”. Neste projeto o cultivo das plantas é realizado por mulheres voluntárias da comunidade, cujo objetivo primordial é o atendimento das necessidades básicas de saúde da comunidade (EITLER, 1998). Cumprindo a função da Universidade como instituição formadora de profissionais capacitados para atuar nas suas respectivas áreas como agentes capazes de transformar, resolver problemas e orientar a sociedade na busca de seus melhores caminhos. Este estudo teve como objetivo, preliminar, a coleta de informações farmacoterapêuticas de algumas plantas medicinais cultivadas no Projeto Sementinha, com a finalidade da elaboração de folhetos educativos a serem distribuídos para a comunidade. Nesta primeira amostragem, foram selecionadas, aleatoriamente, dez plantas de maior utilização pela população em 3 geral, cujas atividades farmacológicas foram investigadas em bases de dados na Internet e em artigos científicos. PLANTAS MEDICINAIS SELECIONADAS • Guaco (Mikania glomerata Spreng) • Boldo-do-chile (Peumus boldus Molina) • Hortelã (Mentha piperita L.) • Erva de São João (Hypericum perforatum L.) • Erva-cidreira (Melissa officinalis L.) • Louro (Laurus nobilis L.) • Alecrim (Rosmarinus officinalis L.) • Arnica (Solidago microglossa DC.) • Babosa (Aloe Vera (L.) Burm. F.) • Cânfora (Cinnamomun comphora (L.) J. Presl) PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS: • GUACO (Mikania glomerata Spreng): Princípio-ativo: cumarina. Suas propriedades terapêuticas agem como: Broncodilatador, antisséptico, expectorante, antiasmático, febrífugo, sudorífico, anti-reumático, cicatrizante, analgésico. É indicado para a prevenção e tratamento da asma (devido às propriedades bronco-dilatadoras e como descongestionante das vias respiratórias). Também é indicado para picada de cobra e inseto. Geralmente é ingerido sob forma de chá ou xarope. Em um estudo realizado por Pereira e col. (1994), acerca da atividade antiofídica da cumarina extraída da Mikania glomerata Sprengel frente ao veneno da jararaca (Bothrops jararaca), onde a sobrevivência dos animais foi avaliada em 4 6, 24 e 48 horas e registrada em porcentagem de animais vivos, após tratamento com cumarina foi possível observar taxas de sobrevivência dos animais tratados de 80%, 50% e 40%, respectivamente, nos intervalos de 6, 24 e 48 horas, enquanto, o grupo controle apresentou para os mesmos intervalos taxas de 30%, 0% e 0% de sobrevivência, respectivamente. Ruppelt e col. (1991) estudaram a atividade analgésica e antiinflamatória do chá de guaco, usando os respectivos ensaios de número de contorções em camundongos e difusão do corante azul de Evans no peritônio, segundo a técnica de Whittle modificada por Fernandes. O grupo de camundongos que ingeriu o chá de guaco apresentou inibição das contorções de 63,1% e difusão do corante de 48,92%, em relação ao grupo controle. Tais resultados demonstram a atividade analgésica do guaco e, em menor intensidade, também sua atividade antiinflamatória. • BOLDO-DO-CHILE (Peumus boldus Molina): Tem como princípios ativos: Óleo essencial (eucaliptol, ascaridol, cineol, eugenol e alfa pineno); Alcalóides tais laurotetanina e como boldina, esparteína; iso-coridina, Taninos; nor-isocoridina, Glicosídeos N-metil- (glucoboldina ou boldoglucina); Flavonóides; Sitosterol; Ácido oléico, linoleico, linolênico e substâncias minerais. Seus princípios ativos atuam como tônicos, excitantes, aperientes, digestivos, carminativos, diaforéticos, calmantes, estomáticos, eupépticos, colagogos, coleréticos e diuréticos. É indicado para afecções do fígado e do estômago, litíase biliar, cólicas hepáticas, hepatites, dispepsia, tontura, insônia, prisão de ventre e reumatismo. • HORTELÃ (Mentha piperita L.): Tem como princípios ativos: Piperitone, alfa-mentona, mento-furano, metilacelato, pulegona, cineol, limoneno, jasmone, principio amargo, vitamina C e D, nicotinamida (traços), terpenos, 5 cetonas, taninos, sesquiterpenos tais como cariofileno e bisabolol, Flavonóides como mentoside, isoroifolina e luteolina. Óleo essencial 0,7 a 3% que contém mentol (40 a 40%), ácido p-cumarínico, ferúlico, cafêico, clorogênico, rosmarínico e outros. Contém outros constituintes incluindo carotenóides, colina, betaína e minerais. Dentre as propriedades terapêuticas estão ação carminativa, eupéptica, estimulante, colagoga, estomáquica, antiemética, antiespasmódica e analgésica. É indicado para casos de fadiga em geral, atonia digestiva, gastralgia, cólicas, flatulência, vômitos durante a gravidez, intoxicação de origem gastrintestinal, afecções hepáticas, palpitações, enxaqueca, tremores, asma, bronquite crônica, sinusite, dores dentárias (bochechos), nevralgias faciais provocadas pelo frio. Em um estudo realizado por Almeida e col., (2002) foi constatado que o hortelã possui altos teores de sódio e potássio o que justifica a sua utilização nas afecções do trato respiratório. • ERVA DE SÃO JOÃO (Hypericum perforatum L.): Como propriedades terapêuticas podem ser citadas as ações: ansiolítica, antiulcerogênica, antiviral, antibacteriana e cicatrizante. É indicada em casos de astenia (cansaço), ansiedade, insônia e melhora da libido (desejo sexual). Além das propriedades descritas acima, seu uso mais comum é como antidepressivo leve. Os efeitos colaterais nas doses corretas são mínimos e raros. Alguns estudos atribuem ao Hypericum perforatum uma atividade de fototoxicidade da hipericina, um dos principais constituintes com atividade antidepressiva. Estudos conduzidos em animais foi observada reação de fotossensibilidade em bovinos, ovinos e eqüinos após ingestão de grandes quantidades de Hypericum perforatum (cerca de trinta vezes a dose preconizada para humanos). Tais efeitos também foram observados em indivíduos sensíveis que foram expostos a radiações ultravioleta A e B (Turolla & Nascimento, 2006). 6 • ERVA-CIDREIRA (Melissa officinalis L.) - Como propriedades terapêuticas podemos citar: Rejuvenescedora, calmante, revitalizante, antidepressivo, antialérgico, carminativo, hipotensor, sudorífero, tônico geral, antiespasmódico, bálsamo cardíaco, antidisentérico e antiemético. É indicada como regulador menstrual, cólicas, tem efeito tônico na musculatura uterina, combate insônia nervosa, problemas gastrintestinais e antisséptico. Princípios ativos são: citronelol, geraniol, linalol, citral, neral, ácido fenol carboxílico, ácido citronélico, acetato geranílico cariofileno e taninos. Suas folhas emitem um odor agradável, semelhante ao do limão, quando machucadas por conter citronelol, geraniol e linalol. O óleo de melissa é obtido por destilação por vaporização de ervas colhidas no início da floração. Pode ser utilizado também como repelente, e apesar de ser antialérgica, pode ocasionar lesões em peles sensíveis. • LOURO (Laurus nobilis L.): Atua como: analgésico, antineuvrálgico, antiséptico, antiespasmódico, aperiente, adstringente, carminativo, colagogo, diurético, emenagogo, febrífugo, hepatoestimulante, inseticida, estimulante geral, etc. É indicado para estimulação do fluxo urinário, alívio da dor reumática e dores em geral, e, também em contusões, bronquites, cicatrizante, para regularização do fluxo menstrual, agilizar o parto, aumentar a ação da insulina, diminuir vertigens e tonificar o couro cabeludo. Os princípios ativos são: geraniol, linaol, terpinol (álcool), cineol, eugenol (fenol), felandreno, sabineno, canfeno, fenil-hidrazina, costunolida, laurenobiolida, catequinas, launobina, boldina, reticulina, etc. • ALECRIM (Rosmarinus officinalis L.): Atua como estimulante digestivo, antiespasmódico, estomacal, vasodilator e antisséptico. É indicado para reumatismo, depressão, cansaço físico, flatulência, debilidade cardíaca, 7 inapetência, cicatrização de feridas, dor de cabeça de origem digestiva e problemas respiratórios. Utiliza-se o alecrim sob forma de infusão das folhas frescas ou secas na forma de compressas, decoto das folhas na forma de loção, na forma de pomada usando-se o suco concentrado. Em altas doses pode ser tóxico e abortivo. • ARNICA-BRASILEIRA (Solidago microglossa DC.): Atua como estomáquica, adstringente e cicatrizante. É indicada em ferimentos, escoriações, traumatismos e contusões. Como princípios citam-se nas partes aéreas quercitrina, um flavonóide glicosídico, taninos, saponinas, resinas, óleo essencial. Nas raízes: diterpenos como inulina e rutina, ácido quínico, ramnosídeos, ácido caféico, clorogênico, hidrocinâmico e seus derivados. • BABOSA (Aloe Vera (L.) Burm. F.): Atua como emoliente, resolutivo, antioftálmica e vermífuga. É indicada para queda de cabelo, caspa, brilho no cabelo, combate ao piolho e lêndea, inflamação, queimadura, eczema, erisipela, contusão e dor reumática. • CÂNFORA (Cinnamomun comphora (L.) J. Presl): Age como anti-séptica, estimulante, excitante, anti-reumática, parasiticida, antinevrálgica, revulsiva, anestésico local, antitérmica, antidiarréica, anti-helmíntica, moderadora das secreções sudoral e láctea. É indicada para contusões, dores musculares, reumatismo e frieira. Os Princípios ativos são terpenos (alfa-pineno, nopineno, canfeno, dipenteno, cariofileno, cadineno, bisaboleno e canfazuleno), álcoois (borneol, linalol e alfa-terpinol), cetonas (cânfora e piperitona) e óxidos (cineol). 8 Obs.: As propriedades terapêuticas das plantas medicinais desse estudo foram pesquisadas no portal de plantas medicinais, aromáticas e condimentares da USP (http://ci-67.ciagri.usp.br/pm/). CONCLUSÃO: Como pode ser observado, as plantas medicinais despertam o interesse da população por todo o mundo. No Brasil, o interesse maior pelos fitoterápicos, parte de uma grande parcela da população que não tem acesso aos medicamentos industrializados e, que, vislumbram nas plantas medicinais as únicas alternativas de tratamento. Neste sentido, este estudo preliminar teve como objetivo inicial, a coleta de informações da literatura, visando a conscientização da população das comunidades do Parque Proletário do Grotão / Penha, por meio do Projeto Sementinha, quanto à utilização correta dos fitoterápicos, através de informações precisas e claras quanto às propriedades farmacológicas das plantas medicinais e suas indicações, além do resgate dos saberes populares acerca das plantas medicinais por essa população. AGRADECIMENTOS: Gostaríamos de expressar os nossos agradecimentos aos responsáveis pelo Projeto Sementinha, especialmente a Sra. Maria de Lourdes e o Sr. Hércules (Presidente da Associação de Moradores do Parque Proletário do Grotão) por facilitar o nosso acesso ao projeto e, também, às voluntárias pela dedicação para a manutenção do Sementinha. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 9 ALMEIDA, M.M.B.; LOPES, M.F.G.; NOGUEIRA, C.M.D; MAGALHÃES, C.E.C.; MORAIS, N.M.T. Determinação de nutrientes minerais em plantas medicinais. Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, 22(1): 94-97, jan.-abr. 2002 BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC n° 48, de 16 de março de 2004. Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos. CAMARGO JR., K.R. O campo das plantas medicinais do Brasil: lições de uma história. Hist. Cienc. Saúde-Manguinhos, Vol. 13 no. 1, Rio de Janeiro, Jan-Mar. 2006. CALIXTO, J.B. Biodiversidade como fonte de medicamentos. Cienc. Cult. Vol. 55. no. 3. São Paulo, Jul-Sept. 2003. CUNHA, A. P. Aspectos históricos sobre plantas medicinais, seus constituintes activos e fitoterapia. Disponível em: http://www.antoniopcunha.com.sapo.pt/, acesso em 18/12/06 às 18:50h. EITLER, C. M et al. (Orgs). Guia do bem-estar – um trabalho de esperança. Rio de Janeiro, CPE/ENSP/FIOCRUZ, 1998. MORS, W. Plantas Medicinais. Revista Ciência Hoje. Ano 1/ n.o 3. Rio de Janeiro, 1982. PEREIRA, N. A.; PEREIRA, B. M. R.; NASCIMENTO, M. C.; PARENTE, J. P.; MORS, W. B. Pharmacological screening of plants recommended by folk medicine as anti-snake venom. IV. Proction against jararaca venom by isolated constituints. Planta Med., Stuttgart, v.60, p.99-100, 1994. PLANTAS MEDICINAIS, AROMÁTICAS E CONDIMENTARES. Disponível em: http://ci-67.ciagri.usp.br/pm/, acesso em 15/12/06 às 14:30h. 10 POLÍTICA NACIONAL DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS. Decreto nº 5.813, de 22 de junho de 2006. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2004-2006/2006/Decreto/D5813.htm, acesso em 18/12/06 às 19:41h. RUPPELT, B. M.; PEREIRA, E. F. R.; GONÇAVES, L .G.; PEREIRA, A. N. 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