Órgãos Vegetativos – Raiz, Caule e Folha Professora Andréia Cardoso Mendes – Raiz 1) Conceito: órgão vegetativo das plantas com tecidos. É subterrânea e aclorofilada. Funções de absorção e condução de seiva, além de fixar o vegetal no solo. Pode acumular substâncias de reserva. A maioria das raízes cresce em direção do solo, devido ao fenômeno denominado geotropismo positivo. O crescimento é indeterminado, contínuo. 2) Classificação quanto à origem a) Raiz principal – surge da radícula embrionária (semente) b) Raiz lateral – surge da raiz principal, a partir de um tecido profundo Periciclo (origem endógena) 3) Regiões ou zonas da raiz a) Coifa – é a zona apical e protege a raiz contra o atrito com o solo e contra a ação de microrganismos. b) Zona lisa ou de crescimento – região meristemática da raiz. c) Zona pilífera ou de absorção – apresenta na epiderme células com pêlos que aumentam a superfície de absorção de água e de sais minerais do solo. d) Zona suberosa ou de ramificação – região onde surgem as radicelas ou raízes secundárias. Auxiliam a planta na fixação e absorção da seiva. e) Colo ou coleto ou zona de transição – região de transição entre a raiz e o caule. 4) Tipos de sistemas radiculares: - Axial ou pivotante – típica de dicotiledôneas, possui uma raiz primária e diversas ramificações. Ex: feijão, abacateiros,... - Fasciculada – típica de monocotiledôneas, possui diversas raízes saindo do mesmo ponto, com aspecto de emaranhado. Ex: milho - Adventícias: são de suporte, partem do caule. Comum em mangues. Ex: milho. - Tuberosas: atuam como órgãos de reserva. Ex: beterraba, cenoura. - Respiratórias ou pneumatóforos: em solos pobres em oxigênio ou ambientes aquáticos, são adaptadas para captar oxigênio. - Sugadoras: adaptadas para sugar seiva de outros vegetais. Caule As funções do caule O caule realiza a integração de raízes e folhas, tanto do ponto de vista estrutural como funcional. Em outras palavras, além de constituir a estrutura física onde se inserem raízes e folhas, o caule desempenha as funções de condução de água e sais minerais (seiva bruta) das raízes para as folhas, e de condução de matéria orgânica das folhas para as raízes (seiva elaborada). Os caules são, em geral, estruturas aéreas, que crescem verticalmente em relação ao solo. Existem, no entanto, caules que crescem horizontalmente, muitas vezes, subterraneamente. Caules subterrâneos podem ser distinguidos de raízes porque apresentam gemas ou botões vegetativos, a partir dos quais podem se desenvolver ramos e folhas. Possui estruturas próprias, como: - Nós = região de inserção das folhas e gemas laterais. - Entrenós = região entre os nós. - Gemas apicais = região meristemática na ponta do caule - Gemas laterais = regiões meristemáticas localizadas nos nós responsáveis pelo brotamento de novos ramos, folhas ou flores. Tipos de caules: Entre os caules aéreos os mais conhecidos são: o Tronco: caule ramificado, resistente e lenhoso, típico das plantas arbóreas. Ex: eucaliptos e abacateiros. o Estipe: caule cilíndrico, sem ramos e dotado de folhas situadas no ápice. Ex: palmeiras. o Colmo: caule com nós nítidos e entrenós formando os populares gomos. Ex: bambu e cana-de-açúcar. o Haste: caule delicado e flexível, comum em plantas herbáceas. Ex: copo-de-leite. Entre os caules subterrâneos, destacam-se: o Tubérculo: caules que armazenam substâncias nutritivas. Ex: batata inglesa. o Rizoma: caule alongado que normalmente se desenvolve de maneira paralela à superfície terrestre. Ex: bananeiras e samambaias. As células organizam-se em um circulo separando o floema para fora e o xilema para dentro. Esse círculo é o câmbio, constituído de células meristemática. O que fica dentro dos feixes tem o nome de câmbio fascicular e o que fica entre os feixes é o cambio interfascicular. A partir do câmbio formam-se novos elementos do floema e do xilema e, assim, o feixe cresce em espessura. O crescimento do feixe é acompanhado pelos outros elementos do caule, inclusive pelo parênquima. Os caules em geral das monocotiledôneas não apresentam crescimento em espessura, pois essa característica pertence às dicotiledôneas arbóreas e de gimnospermas. As quais o xilema forma a madeira ou alburno e o cerne da madeira, localizado no centro do tronco, é constituído por xilema que já não conduz mais a seiva bruta, e sua coloração é sempre mais escura que o alburno. E nesse grupo de plantas o floema localiza-se junto à casca do tronco. Folha Absorve gases e luz solar, realiza a fotossíntese, libera produtos da fotossíntese. Às vezes pode realizar o papel de pétalas (brácteas), sendo colorida e atraindo agentes polinizadores. Pode também estar modificada em espinho, como maneira de diminuir a sua superfície e evitar a perda de água por transpiração. É o caso dos cactos. É formada por um limbo, ou lâmina, um pecíolo, que é a haste que a sustenta, e uma bainha, a base que envolve o caule. Podemos observar padrões diferentes na organização das nervuras, que são os feixes vasculares realizando o transporte de seiva nas folhas. Aquelas com um padrão paralelo de nervuras são tipicamente monocotiledôneas. Já os padrões ramificados de nervuras são típicos de dicotiledôneas. Limbo: superfície verde, percorrida pelas nervuras. O limbo se divide em: • folhas simples: quando o limbo é único. • folhas compostas: quando o limbo está dividido em partes. Pecíolo: estrutura de sustentação da folha e liga-a ao caule. Bainha: forma-se no pecíolo, protege as gemas vegetativas. Estípulas: formações geralmente duplas e pontiagudas que ficam junto a base da folha Obs.: Em algumas plantas as estípulas podem ser transformadas em espinhos. Nervuras: encerram os vasos condutores e podem ser: • Paralelinérveas: possuem nervuras paralelas, características das monocotiledôneas. • Peninérveas: uma nervura mediana da qual saem ramificações, características das dicotiledôneas. Nem todas as folhas são completas (limbo, pecíolo e bainha), onde o pecíolo é ausente as folhas são chamadas de invaginantes, em outros casos, como no fumo, faltam o pecíolo e a bainha, o limbo prende-se diretamente ao tronco, neste caso as folha é chamada de séssil. Anatomia A folha é constituída por: Duas epidermes: a superior e a inferior, ambas não clorofiladas, na epiderme se encontram os estômatos. Estômatos: são estruturas celulares que têm a função de realizar trocas gasosas entre a planta e o meio ambiente A FOTOSSÍNTESE Fotossíntese é um processo realizado pelas plantas para a produção de energia necessária para a sua sobrevivência. Como acontece? A água e os sais minerais são retirados do solo através da raiz da planta e chega até as folhas pelo caule em forma de seiva, denominada seiva bruta. A luz do sol, por sua vez também é absorvida pela folha, através da clorofila, substância que dá a coloração verde das folhas. Então a clorofila e a energia solar transformam os outros ingredientes em glicose. Essa substância é conduzida ao longo dos canais existentes na planta para todas as partes do vegetal. Ela utiliza parte desse alimento para viver e crescer; a outra parte fica armazenada na raiz, caule e sementes, sob a forma de amido. A fotossíntese também desempenha outro importante papel na natureza: a purificação do ar, pois retira o gás carbônico liberado na nossa respiração ou na queima de combustíveis, como a gasolina, e ao final, libera oxigênio para a atmosfera. As plantas como fonte de energia A fotossíntese é uma das principais fontes de energia da natureza, não só para os vegetais, mas para vários outros seres vivos. Sendo assim, os vegetais estão na origem da cadeia alimentar fornecendo para os animais, entre eles, o homem. A energia acumulada nas plantas é também aproveitada pelo homem através da queima do petróleo, da lenha e do carvão. O pulmão do mundo Até pouco tempo, acreditava-se que a região amazônica era a grande responsável pela manutenção dos níveis de oxigênio da terra, sendo popularmente chamada de „pulmão da terra‟. Porém, recentes pesquisas descobriram a existência de um novo “pulmão”: as algas marinhas. Apesar de se apresentar nas cores verdes, azuis, marrons, amarelas e vermelhas, todas as algas possuem clorofila e fazem fotossíntese. Como são muito numerosas, que se atribui a sua fotossíntese a maior parte de oxigênio existente no planeta. SUGESTÃO DE EXERCÍCIOS DE REVISÃO: http://www.dombosco.com.br/curso/estudemais/biologia/caule.PHP#questao2 http://www.dombosco.com.br/curso/estudemais/biologia/fitohormonios.php 01 - Qual a função e as partes externas de uma raiz? 02 - Qual a diferença entre uma raiz axial e fasciculada? 03 - Cite duas adaptações específicas das raízes e suas funções. GABARITO: 1. A raiz absorve água e sais minerais do solo. Coifa, região de alongamento, região pilífera e região suberosa. 2. A raiz axial tem um eixo principal; a fasciculada, não. 3. Raiz-escora: aumenta a sustentação da planta; pneumatóforos: facilitam o arejamento da planta. Bibliografia: http://serbioefundamental.wordpress.com/category/uncategorized/page/7/ http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Morfofisiologia_vegetal/morfovegetal3.php http://mavracafo.blogspot.com/ http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/fotossintese.htm