KAROL MARIA ORINGA SIMÕES Nome: Karol Maria Oringa Simões País de Origem: Guiné-Bissau Ocupação Artística: Cantor rap Filho de Duarte Oringa e de Maria Clara Falcão. Filho dos pais católicos fui batizado com o nome Karol, em homenagem ao papa João Paulo II, que segundo meu pai eu nasci no dia em que o papa esteve de visita no meu país (Guiné-Bissau). Sou conhecido no meu mundo como KAINO 200. Membro fundador do grupo guineense de rap REAL POWER. A música faz parte da cultura dos meus antepassados. Venho crescendo e desenvolvendo a minha paixão pela mesma. Aos 13 anos comecei apresentar contando a música dos outros artistas. No ano 2007 a 2009 participei em 11 concursos de música (play back) em que fui vencedor de 8 e ocupei o terceiro lugar em um. Passando dois anos (2007 a 2009) comecei a criar as minhas próprias músicas. Em 2009 junto com meu irmão mais novo (Mikail) e um amigo (Valeriano) fundamos o grupo REAL POWER. Antes de completar um ano da existência do grupo com apenas uma música recebemos convite de participar num festival sobre o tema: “Esta terra é nossa”, realizado pela ONG TINIGUENA, que se ocupa da proteção da biodiversidade. O referido festival tinha participação dos melhores grupos de rap da Guiné-Bissau inclusive o grupo eleito melhor do ano. Conseguimos vencer festival com uma diferença significante de pontuação em relação ao segundo classificado, a partir daquele dia o grupo passou sendo conhecido em toda parte do país. Passando um ano da existência o grupo foi eleito como grupo da revelação do ano. E eu fui eleito entre os 5 melhores rappers do ano. E no mesmo ano fui convocado para um programa radiofônico denominado Campeonato de Rap em que fui eleito pelo público como o capitão do programa. Prosseguimos fazendo trabalho que já há cinco anos nos deixa situado entre os melhores de Guiné-Bissau. Ocupo cargo de vocal principal do grupo. Falar da minha vida Musical sem falar do Real Power seria impossível, pois me iniciei cantando logo no grupo, também tive um grande apoio do meu irmão mais velho, Samora, um mensageiro que também é músico. Ele que desde sempre vem desempenhando um papel de extrema importância no grupo que é de produtor. E o meu irmão mais velho que é um dos maiores ídolos meus, conseguimos fundar um ritmo musical exclusivamente do Real Power, um estilo obtido pela fusão dos ritmos tradicionais guineense e africano com a introdução do rap foi denominado Kuzunderé. A minha paixão pela música principalmente hip-hop teve seu início desde minha infância, o hip-hop para mim significa “fala” e “arma” para combater qualquer que seja mal que estiver passando na sociedade. Também faço o hip-hop uma linha de conscientização e de promoção de grandes valores que existem tanto em mim, assim como nas outras. O hip-hop desenvolveu a minha capacidade de raciocinar e a minha forma de entender tudo que me rodeia me leva a mais profunda realidade. Não faço rap só por querer, mas sim por amor e pelo compromisso com a camada social e política. O hip-hop já faz parte do meu dia a dia sendo mais poético, o hip-hop reflete a parte real de que existe em mim e traduz as mais codificadas realidades que a sociedade e o mundo em geral vive passando por debaixo sem questionar. Terminando: o hip-hop completa a parte imperfeita da minha razão. Carla Pereira Nascida Nome: Carla Pereira Nascida Nacionalidade: Guiné-Bissau Data de Nascimento: 31/05 Filiação: Formoso Pereira e Badjudesa Gomes Sempre estudou na escola pública e teve uma infância muito fechada. Apesar de estudar na escola pública nunca desanimava e confiava sempre nos seus sonhos de música. Sofria opressões e preconceito, mas não perdia coragem. Ela começou a cuidar de si mesmo quando era de sete anos de idade porque o irmão trabalhava no hospital e não teve tempo de cuidar dela. Ela é quem preparava as suas roupas e lavava ao seu corpo para ir à escola. Ela começou a escrever suas músicas ao quatorze anos de idade mais o irmão lhe impediu por causa da sua própria escola. Ela não parou de escrever até que atingiu 11 músicas de diferentes idiomas como Francês, Português, Inglês, Criolo, Manzaca e Ólofh. Quando concluiu o décimo segundo ano de escolaridade em 2010, ela decidiu abrir com as pessoas para dar o início à carreira musical, mas não teve apoio. Ela não queria dedicara sua vida só pela música, mas também pelo o ramo biológico (uma Bióloga). Não quer ser cantora para ser famosa ou pela ambição, mas para conquistar os sofrimentos e tentar esquecer dos pais desaparecidos (falecidos). Consegue só se acalmar através das músicas. “As minhas músicas sempre conseguem curar as feridas que nem os médicos do mundo conseguem curar. Não escrevo as músicas só pra mim, mas pela vida e pela natureza”. Entre as 11(onze) músicas feitas muitas delas não são Hip Hop. Começou a escrever as músicas hip-hop em 2013. As músicas sobre a África e o mundo atual e a violência das mulheres. Acredito que com o decorrer do tempo posso ser inspirada mais pelo divino. Agradeço a Unilab e a Pró-Reitoria por ter me convidado para fazer parte do grupo Hip Hop Unilab. Espero realizar os meus sonhos com ajuda e Ana Lúcia. STÉNIO DO ROSÁRIO LOPES Nome: Sténio do Rosário Lopes País de Origem: São Tomé e Príncipe Ocupação Artística: Cantor/compositor de rap Nasci em Cabo Verde a 30 de Julho de 1992. Tive uma infância não muito boa e nem tão pouco tranquila, conheci minha mãe com 7 anos e meu pai com 8 anos. Já na adolescência comecei a me interessar pela cultura “hip-hop” que chegou em Cabo Verde com muita força em 2007. A mensagem que me era transmitida era tão boa quanto eu precisava ouvir. Nesta cultura, neste tipo de música encontrava tudo que eu precisava, desde o encorajamento nos tempos difíceis até uma forma de expressar o que eu sentia. Seguindo esta forma de pensar comecei a escrever meus primeiros versos e fui me envolvendo e me deixando levar, consegui entrar para um grupo que cantava “hip-hop”, mas isto não durou muito porque tive que abandonar para entrar na Universidade e depois no serviço militar. Um tempo depois o grupo gravou algumas músicas que nos levaram a cantar em diferentes lugares inclusive num festival “hip-hop”. FREDERICA DA COSTA SÁ Nome: Frederica da Costa Sá País de Origem: Guiné-Bissau Ocupação Artística: Cantora de hip-hop e rap; Arte Fotográfica. Sou Frederica da Costa Sá de nacionalidade guineense, 20 anos de idade, discente na UNILAB. Estou cursando administração pública do Instituto Ciências Sociais Aplicadas. Além do curso também sou uma grande admiradora da arte e cultura que consequentemente faz parte da vida de todo mundo. Então, eu especificamente, gosto destas modalidades: rap, hip-hop, arte fotográfica, e também saber tocar ou managear alguns instrumentos musicais especialmente o piano e o violão. Entretanto, eu me dedicava mais à música, mas a maior dificuldade que eu tinha é que a minha mãe não quer que eu cante, temendo ela que eu não perdesse o foco nos estudos, e assim foi eu nunca fiz a minha própria música pelo fato de não desapontar a minha mamãe antes que ela tenha certeza que eu vou cursar. Contudo, o meu sonho não irá em vão, porque já estão a aparecer novas oportunidades para mim e eu quero bem assegurá-las para que um dia os meus sonhos possam tornar uma realidade. Todas essas modalidades que anteriormente citei têm o poder de cativar as pessoas para união, integração que todo mundo espera. E já agora, se fala muito de integração na Unilab e recorrendo a esses meios baseando na promoção da “Arte e Cultura”, eu diria que teria uma integração desejável que incluiria todas as nacionalidades que fazem parte da nossa Universidade. Eu espero e ainda acredito que eu possa ganhar muitas experiências junto dos colegas que são músicos e com o auxílio da Pró-reitoria de Extensão, Arte e Cultura e sem esquecer da nossa pró-reitora de extensão, arte e cultura que tem nos dado muita força e esperança, para que as nossas expectativas sejam levadas adiante. VALERIANO Nome: Valeriano Mendes Figueiredo da Silva País de Origem: Guiné-Bissau Ocupação Artística: Cantor de hip-hop O meu nome oficial é Valeriano Mendes Figueiredo da Silva, sou guineense. Musicalmente chamo-me Dr. Mr (Doutor emvi). Faço rap, aliás, comecei cantando como rapPER REAL POWER. Iniciei cantando no ano 2009, mas sempre em grupo, a música entrou-me a partir da data que morreu o Lucky DUBE sendo ele o meu ídolo no mundo musical a partir dele eu inspiro as minhas canções. Hoje eu sinto-me um pouco inserido nesta esfera de música tendo isso não está acontecendo por acaso, mas sim tem a ver com a grande paixão pela música rap. O meu grupo teve um enorme sucesso em GuinéBissau, o que mais me motivou a permanecer nesta vida apesar dos meus pais não gostarem’, mas eu gostei e gosto por isso hoje identifico como rapPER. MILLER ANTÔNIO NHAGA DA SILVA Nome: Miller Antônio Nhaga da Silva País de Origem: Guiné-Bissau Ocupação Artística: Cantor de hip-hop Chamo-me Miller Antônio Nhaga da Silva, nasci no dia 21/01/1988, em Bissau. Sou fã do hip-hop desde quando mais pequeno gostava tanto deste estilo e o meu ídolo CRA TUPAC, mesmo não entendia o que estava cantando, mais só o ritmo me fascinava. Assim essa paixão continuava até que o hip-hop foi fundado por um grupo chamado “MDV Positivo” gostei muito desse grupo e das músicas, porque foi cantada em criolo, a partir daquele momento começou a ter muito grupo de hip-hop. Como meu primo tem um rádio em casa ficava a ouvir este estilo direto, um dia ele ficou chateado comigo e tomou o rádio dele na minha mão e disse: Não sei por que você gostou desse estilo dos marginais no meu rádio, disse para ele que este estilo é um estilo que defende sociedade, constrói, crítica coisa errada nas nossas sociedades. E me disse mais que o ritmo é um ritmo que não da pra passar no rádio dele, e eu disse para ele que não devias ouvir uma música só pelo ritmo, mas sim a mensagem é uma coisa fundamental numa música. Um dia ganhei um dinheiro, comprei um rádio no mercado, a partir desse momento fiquei a apaixonar mais e mais desse ritmo. No final do ano de 2011, meu primo que é irmão mais novo dele chegou para mim e disse assim: Queria fazer uma música, perguntei para ele, que tipo de música vais fazer? E me disse que vais fazer o estilo hip-hop, fiquei contente ao ouvir isso, logo me propostou de ser o “Manager”, nem pensei duas vezes, dois meses depois ele gravou uma música que tocou muito nos nossos rádios, passando alguns tempos eu vim para cá, e ele continuava a gravar mais sempre em contato comigo, até agora me enviou cinco músicas. Este é um pouco ou resumo da minha ligação com hip-hop. Na música eu gosto de ser chamado de Zatara. JUEL DA SILVA Nome: Juel da Silva País de Origem: Guiné-Bissau Ocupação Artística: cantora de rap Moro em: Antônio Diôgo Rua: Antônio Pacífico nº330 Fone:99986673/87058512 E-mail:[email protected] Ritmo, poesia, diálogo, interação, críticas, conselho, motivação, elogio, ação etc... São ferramentais que formam o rap um meio pelo qual nós conseguimos expressar livremente para manifestar a satisfação ou insatisfação dos nossos sentimentos ou da sociedade. Eu sinto que todo mundo nasce com a música dentro dele, ou seja, as batidas ou pulsação do coração são as mesmas que a música tem, o problema é saber traduzi-la em ritmo e poesia. Veio a revelar 2003 mais nessa altura eu só guardava nas gavetas os meus escritos até hoje eu guardo. O gosto pela poesia também foi um dos elementos que intensificou a minha paixão pelo Hip Hop e agora estou tendo a oportunidade de fazer o que eu tanto gosto com o apoio dos colegas em especial do Kaino 200. JOEL LEROY DOS PRAZERES NAPITA Nome: Joel Leroy dos Prazeres Napita País de Origem: Guiné-Bissau Ocupação Artística: Cantor de hip-hop Me chamaram Joel Leroy dos Prazeres Napita a quando do meu nascimento em Moçambique na capital Maputo. Sou de uma família humilde que sempre me incentivou a criatividade ou a exploração de talentos próprios. Então a minha história com a música já é bem antiga, lembro de eu criança já infernizando a amada mãe pra me comprar cassetes na altura, de cantores de renome. Mas com o Hip Hop a ligação começou na adolescência, no momento rebelde que qualquer ser humano e este estilo é fruto dessa rebeldia. Os mcv primeiros ídolos no rap pra mim os Halibrados que me incentivavam de certa forma a escrever também, depois comecei a escutar o Hip Hop Americano para mim o melhor do mundo e até hoje tenho como meu principal ídolo “50 cent”. De seguida criei o meu primeiro grupo de nome JISS onde fazia mais Hip hop agressivo, com o tempo foi mudando e agora faço mais Hip hop Bounce, mais pela influência de cantores como Hernani, Duas caras ou mesmo Azaguia, os melhores do Moçambique. Meus pais realizavam shows para as Comunidades carentes em pequenos bairros. Assim o que mais impressiona não é o fato de ser verídico, ou seja, retratar a realidade vivida pela sociedade sendo eu muito observador optei por este. FELICIANO CORREIA DJU Nome: Feliciano Correia Dju País de Origem: Guiné-Bissau Ocupação Artística: Cantor de hip-hop Conquistou o título de melhor cantor de Hip hop da República da Guiné- Bissau no ano de 2011. Graduado pelo Fórum Social para projeção da cultura Guineense - (FSPCEI). Liderou o top semanal duas vezes no programa “Ondas culturais” da rádio Jovem com os seguintes temas: “Casamentos forçados” e “Voz de Emigrantes”. Casamento forçado: 07 semanas no top de Abril ao Maio de 2010. “Voz de Emigrantes: 10 semas no top no Março de 2012. Sempre escolhido pelos fãs. Participação em eventos humanitários. Tem participação em várias atividades ligadas ao bem estar das crianças entre as quais a organização do fundo para ajudar as crianças refugiadas e carenciadas. Esta atividade decorreu a partir de 15 de junho a 31 de agosto de 2009 organizado pela Rede de crianças e jovens jornalistas, também chamado de defensor e promotor dos direitos das crianças. DIMAS TEIXEIRA LIMA Nome: Dimas Teixeira Lima País de Origem: São Tomé e Príncipe Ocupação Artística: Cantor/compositor de rap Era eu ainda muito pequeno quando a admiração pela música surgiu. Primeiro, através da dança, pois eu era integrante de um grupo de dança no estilo hip-hop. A cultura urbana me fascinava e ainda me fascina. Em 2008 recebi uma proposta tentadora para fazer parte de um dos melhores grupos de dança na época: “Os Black Niggas”. Conquistei a graça da malta jovem através da dança. Ouvir rap e dançar despertou minha curiosidade de escrever algo para participar da batalha dos MC´S que acontecia todas as noites das sextas- feiras, na chamada “Sexta-feira Jovem”, que ocorria em frente a Biblioteca Nacional. Quando dei por mim já era conhecido de MC´S. Anos mais tarde morre um rapper que eu admirava muito, ele não era conhecido, mais sua forma de cantar me fascinava o “Kapivara”. Em homenagem a ele adotei o nome artístico de “Kapivara”, gravando pela primeira vez no estúdio do cantor Kila-Z, com os meus amigos também rappers: Fakir, C.E e OKAPA a música “de coração africano”. Esta foi a música que me revelou. De lá pra cá, eu abandonei dança e continuei no rap, me inspirando no Boss AC, NGA e Gabriel o pensador. Atualmente gravei “Coisas da Vida”, “Santola Squad”, “Ela”, “Mentiras”, entre outras. Para mim rap é uma arte tão sábia na qual eu como expressão dela faço parte.