Boletim Virtual do Serviço Geológico do Brasil - SGB - MME - SGM - ANO 2 - Nº 45 - 06 de abril de 2005 - www.cprm.gov.br CPRM e Ritla promovem encontro para discutir uma possível parceria no acordo Brasil/Venezuela Foi apresentado na tarde de quartafeira, 30 de março, a Rede de Informação Tecnológica Latino-americana (Ritla), por seu diretor de relações internacionais Carlos Serapião, com o intuito de promover uma parceria para o mapeamento aerogeofísico na fronteira entre Brasil e Venezuela. A apresentação foi feita na sala de reunião da diretoria executiva do Escritório do Rio de Janeiro, estando presente a diretoria do Serviço Geológico do Brasil (SGBCPRM) e consultores da Ritla. O consultor jurídico Elydio Fernandes dos Santos falou da importância deste projeto por se tratar de um trabalho inédito de atuação na fronteira dos dois países. “É um trabalho que exige criatividade, pois temos de adequar as legislações de dois países diferentes, no Fotos: Asscom/RJ Elydio Fernandes fala da necessidade de adequar as legislações, para o mapeamento da fronteira entre Brasil e a Venezuela caso Brasil e Venezuela, e respeitar as regras de direitos internacionais”. Intercâmbio de Informação A Ritla é uma organização internacional governamental, com sede no Rio de Janeiro. Surgiu nos anos 60, quando o Conselho do Sistema Econômico Latino-americano percebeu a importância do intercâmbio de informação sobre ciência e tecnologia. Criou-se um grupo de Representantes da Ritla apresentam a trabalho que, mais tarde, em 26 organização para a diretoria e técnicos da CPRM de outubro de 1983, reuniu-se ção de novas tecnologias; apoiar e meem Brasília, onde foi firmada a ata conslhorar a capacidade dos países memtitutiva da Ritla, depositada no Ministébros para a pesquisa, seleção, negocirio de Relações Exteriores no Brasil, e ação, adaptação e utilização de tecnopromulgada pelos governos dos cinco logias estrangeiras; e estabelecer vínpaíses fundadores: Argentina, Brasil, culos operativos com outros sistemas México, Nicarágua e Venezuela. ou redes de informação tecnológica. Os objetivos da Ritla são: apoiar o deA Ritla luta pelos seus objetivos mansenvolvimento das infra-estruturas e sistendo contatos entre os membros e com temas de informação tecnológica dos organizações internacionais governapaíses membros; propiciar, promover e mentais ou não. Ultimamente, a Ritla reforçar o intercâmbio de informação procura trabalhar com empresas estatecnológica e de informação; sustentar tais e privadas dispostas a colaborar projetos que possam reforçar a capacicom ela. dade nacional e regional para a gera- CPRM realiza oficina internacional no Rio de Janeiro O Serviço Geológico do Brasil – CPRM, com o apoio da Secretária de Geologia, Mineração e Transformação Mineral (SGM), do Ministério de Minas e Energia (MME), e do Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnología para el Desarrolo (Cyted) - por meio da Rede XIII.E, realiza, no período de 25 a 28 de abril, no salão nobre do Escritório Rio de Janeiro, a Oficina Internacional de Ordenamento Territorial Mineiro: Subsídios ao Mapeamento Geoambiental no Contexto do Levantamento Geológico e do Patrimônio Geomineiro. A oficina apresenta trabalhos dos Serviços Geológicos do Brasil, Portu- gal, Espanha e Colômbia, contando com convidados de várias instituições, como debatedores e palestrantes. Além do tema central da Oficina, o encontro promove: - Intercâmbio internacional em novos modelos de gestão de recursos geológicos e o papel dos Serviços Geológicos; trabalhos na interface proporcionada pelo GIS geologia/geoambiental/ recursos minerais/ infraestrutura; trabalhos de meio ambiente e ordenamento territorial do Serviço Geológico do Brasil; subsídio à discussão dos trabalhos de geologia aplicada ao meio ambiente no SGB, no bojo da reformulação insti- tucional em estudo; subsídio aos estudos de disponibilidade mineral no contexto do ordenamento territorial das atividades produtivas mineiras; e subsídio à consolidação de metodologia de mapeamento geoambiental, resultantes do Workshop SIG Geoambiental/2003. Curso SIG para Mineração e Meio Ambiente No dia 28, haverá um mini-curso ministrado por Anna Lyubimova, do VNII Geosystem. O curso é gratuito, com vagas limitadas. INSCREVA-SE JÁ, PELO E-MAIL: [email protected] Apresentações dos Representantes Estrangeiros Luis Plácido Martins ................................. Angel Martin-Serrano García ................. Eusebio Lopera Caballero ...................... Manuel Regueiro y González-Barros ... Yolanda Calderón Barrañaga .................. Anna Lyubimova ........................................ Portugal ........ Espanha ....... Espanha ....... Espanha ....... Colômbia ....... Rússia .......... Ineti ......................... Papel dos Serviços Gelógicos/Projeto Latinoamericano de OT/SIG IGME ......................................................................................... Mapeamento Geoambiental IGME ...................................................................................... Mapeamento Metalogenético IGME ................................................................................................................... Agregados Ingeominas ................................................................ Mapeamento geológico-geotécnico VNII Geosystem ..................................................... SIG para Mineração e Meio Ambiente CPRM mobiliza instituições para a grande cheia do sistema Solimões-Negro-Amazonas Em coletiva na tarde do dia 31 de março de 2005, a Gerência de Hidrologia e Gestão Territorial da Superintendência de Manaus, do Serviço Geológico do BrasilCPRM, fez o anúncio do 1º Alerta de Cheias de Manaus. A partir da cota de 26,01m medida no Porto de Manaus no dia 31 de março, a Gerência projetou com antecedência de 75 dias, a magnitude da cheia de 2005, considerada alta, pois poderá atingir a cota entre 28,61m e 28, 91m. No ano de 2004, a cheia atingiu 27,13m. Esta marca ainda é identificada nas casas e áreas ribeirinhas. “Devemos nos preparar para uma subida do nível do rio em cerca de 1,5 m superior a esta marca”, conclui o gerente de Hidrologia e Gestão Territorial Marco Oliveira. A CPRM realiza o Alerta de Cheias em Manaus desde 1989, com o monitoramento do processo anual de níveis d’água do sistema Solimões/Negro/Amazonas. As cheias fluviais na Amazônia são fenômenos naturais que fazem parte da dinâmica dos rios em geral. No caso específico das cheias que ocorrem na orla de Manaus e seus entornos, elas são devidas, em sua maior parte, às contribuições do Rio Solimões e dos seus afluentes da margem direita e, em menor grau, aos tributários da margem esquerda, Fotos: Sureg/MA Em entrevista coletiva, no dia 31, que contou com a presença do secretário municipal da Defesa Civil, Júlio Pinheiro, e do diretor do 1º Distrito de Meteorologia do Amazonas, Flávio Oliveira, Daniel Nava explica que o alerta é necessário para mobilizar os órgãos governamentais responsáveis pelo atendimento às populações ribeirinhas em Manaus inclusive o próprio Rio Negro. Esses eventos são cheias que apresentam um longo tempo de percurso, devido ao gigantesco tamanho da bacia hidrográfica (2.854.300 Km2) e à pequena declividade observada nos leitos dos seus principais corpos d’águas. Isto facilita a sua previsibilidade com vários dias de antecedência. As próprias cheias de magnitudes consideradas potencialmente danosas, cujas freqüências situam-se em torno de 11 anos, podem ser creditadas, também, à vastidão da bacia hidrográfica e à sua pequena declividade. Com base na observação de um cotagrama típico da estação fluviométrica do Porto de Manaus (Roadway), cuja série histórica iniciou em setembro de 1902, pode-se inferir que é possível estabelecer uma correlação entre as cotas de Representantes, de diversas instituições e órgãos públi- um determinado dia cos do Amazonas, receberam dados sobre o Alerta de Chei- com a cota do pico da as em Manaus. A CPRM realiza este trabalho desde 1989, com o monitoramento do processo anual de níveis d’água cheia. Este é o argumento principal que do sistema Solimões/Negro/Amazonas nos permite prever a magnitude da cheia, com um alto nível de acerto e antecedências sucessivas de 75, 45 e 15 dias do evento, comenta o Engenheiro Emmanuel da Silva Lopes, responsável pelo Programa Alerta de Cheias em Manaus. Ações de apoio às comunidades ribeirinhas Como desdobramento dos trabalhos, o Superintendente Regional da CPRM de Manaus, Daniel Nava, e o Gerente de Hidrologia e Gestão Territorial, Marco Oliveira, estiveram em audiência, no dia 06 de março, com o prefeito de Manaus, Serafim Correa, e com o secretário de Defesa Civil, Julio Pinheiro, onde foram discutidas ações de apoio às comunidades ribeirinhas atingidas. No encontro o prefeito recebeu o Mapa de Enchentes de Manaus, elaborado a partir do primeiro alerta de cheias. Projeto Caminhos Geológicos da Bahia inaugura mais uma placa Placa foi instalada na Chapada Diamantina, região de Serrano No dia 26 de março foi lançado o terceiro painel do Projeto Caminhos Geológicos da Bahia, uma parceria entre o Serviço Geológico do Brasil (SGB/ CPRM), Petrobrás e Sociedade Brasileira de Geologia - núcleo Bahia/Sergipe. A Placa foi fixada na localidade Serrano, cidade de Lençóis, na Chapada Diamantina. O Projeto procura disseminar o conhecimento geológico para a população através da elaboração e instalação de painéis em locais de interesse geológico. O painel foi elaborado pela professora Marjorie Nolasco, da Universidade Estadual de Feira de Santana, e pelo Geólogo Augusto Pedreira, da CPRM. Nela, há dados sobre três temas distintos: A história da Chapada Diamantina, sua descoberta; as causas das oscilações do seu mercado e os tipos de garimpo; a evolução geológica do Serrano e as atrações naturais. Esta é a terceira placa instalada pelo Projeto e a primeira que não fica em Salvador. A primeira, lançada no dia 5 de abril, foi instalada em frente ao Mercado Modelo, a outra, do Dique do Tororó, foi lançada no dia 18 de dezembro. Paletada A inauguração do painel foi comemorada com uma Paletada de Aventura, onde dezenove pessoas percorreram sete quilômetros de trilhas e cachoeiras. A Paletada é uma competição de caminhada onde os competidores são divididos em equipes de até 6 pessoas com funções específicas para cada participante. As equipes recebem planilhas O painel explica a evolução geológica do Serrano. As rochas presentes na região permitem aos geológos recontar a história do local. com o roteiro a ser seguido. O objetivo é trilhar todo o caminho obedecendo às instruções da planilha. A equipe que tiver melhor desempenho no trajeto, vence a prova. No evento, os competidores percorreram os trechos de Serrano, cachoeirinha e cachoeira da primavera. Participaram 18 equipes, com 3 participantes cada. Fotos: Sureg/SA Em frente à placa do Serrano, o viceprefeito de Lençóis, ao lado da geóloga Maisa Abram, do SGB/CPRM. À esquerda, os geólogos Christóvam P. Sanches e Antônio J. Rivas, da Petrobras Contendo diversos assuntos de interesse geológico, o painel fica na Chapada Diamantina, na localidade do Serrano, cidade de Lençóis Por que Serrano? O nome Serrano refere-se a uma área de garimpo, preferida por garimpeiros provenientes de Serro Frio, Minas Gerais. Os garimpeiros, quando faziam comentários ou mandavam recados sobre este local, diziam: “... lá para as bandas (ou lado) dos serranos...., estão lá nos serranos...” Este hábito determina o nome do local desde o início da ocupação garimpeira em meados de 1800, e foi adotado pela população local. Em 1844, José Pereira do Prado, reconheceu por similaridade com outros locais, os terrenos diamantíferos e, após algumas tentativas, um dos seus auxiliares recolheu dois diamantes da melhor qualidade. O citado senhor era morador de Bom Jesus do Rio de Contas (atual cidade de Piatã) e conhecedor de diamantes, por os ter lavrado na Chapada Velha; ele percorria, nessa época, por conta de transações comerciais com gado, as terras marginais do ribeirão do Mucugê, em área da fazenda dos Rocha Medrado. Em seis meses, 25 mil homens aparecem na região de Santa Isabel (São João) do Paraguaçu (ex. e atual Mucugê). Na área onde existiam apenas Mucugê e Campos de São João, aparecem diversos outros núcleos populacionais, formados principalmente por garimpeiros, escravos e “donos de terras”, entre eles destacam-se Lençóis, Andaraí e Palmeiras, pela ordem de emancipação. Fonte: Folder Descubra os Caminhos Geológicos da Bahia/ Serrano Pesquisadores da CPRM participam de ciclo de palestras em Niterói No dia 31 de março, foi realizado, em Niterói, o ciclo de palestras sobre Desastres Naturais: Escorregamento e Enchentes no Estado Rio de Janeiro, organizado pela diretoria do Departamento de Recursos Minerais (DRM-RJ), do Estado do Rio de Janeiro. O evento contou com a presença, pelo Serviço Geológico do Brasil, do geólogo Jorge Pimentel, coordenador-executivo do Departamento de Gestão Territorial, e da chefe da Divisão de Hidrologia Aplicada, Lígia Araújo, juntamente com Cláudio Amaral, da Fundação GeoRio, da Secretaria Municipal de Obras da Prefeitura do Rio de Janeiro, e o Major Silva Costa, da Secretaria de Estado da Defesa Civil do Rio de Janeiro. No debate sobre a atuação da CPRM para combater os desastres naturais, o geólogo Jorge Pimentel apresentou o Programa MovMassa, Versão 2.1, que estabelece um padrão para caracterizar os diversos condicionamentos relacionados ao movimento de massa. Lígia Araújo apresentou os projetos: Estudos de Chuvas Intensas no Estado; Estudos da Regionalização de Vazões Máximas do Paraíba do Sul e LitorâErthal neas do RJ; Estudos de Planícies e Inundações de Colatina-ES e Cuiabá-MT e o Cadastro de Ocorrência de Inundações (COI). O representante da GeoRio, Cláudio Amaral, mostrou aos participantes os casos de escorregamentos no município do Rio de Janeiro. Já o major Silva Costa, finalizou o debate falando sobre as ações da Defesa Civil para as ocorrências de chuvas no Estado do Rio de Janeiro. Segundo Flávio Erthal, presidente do DRM, o debate tem o objetivo de levar, para Niterói, o foco de discussão sobre temas da geJorge Pimentel, Lígia Araújo e Eliane Guedes, organizadora do evento ologia associada com a so- Fotos: Asscom/RJ fala ao público, observado por Pimentel O evento contou com a presença de um bom público ciedade para os universitários, os parceiros de empresas e a própria sociedade. “A tentativa é colocar, cada vez mais à disposição das pessoas, os assuntos da geologia de forma clara e organizada, não restringindo apenas aos técnicos da área”, concluiu. UFBA oferece vagas para a disciplina Geoquímica Exógena e Pedologia O Núcleo de Estudos Hidrológicos e do Meio Ambiente, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), está disponibilizando algumas vagas na disciplina Geoquímica Exógena e Pedologia, que faz parte do Curso de Especialização de Tecnologias Geoambientais promovido pelo Núcleo de Estudos Hidrológicos e do Meio Ambiente. A disciplina tem carga horária de 30h e será ministrada Boletim Virtual REDAÇÃO E EDITORAÇÃO: ASSCOM ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DO SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL - CPRM JORNALISTAS : Ricardo Jonusan e Cinara Santos EQUIPE DE APOIO: Irinéa Silva, Sheyla Munhoz e Rosany Schmidt ESTAGIÁRIOS : Carla Jamille, Carolina de Oliveira, Daniela Rocha e Júlio Araújo [email protected] / [email protected] no período de 18 a 29 de abril deste ano, no horário das 18:00h às 21:00h. A primeira parte da disciplina será ministrada pela professora Maria Cristina Toledo, da Universidade de São Paulo (USP), e a segunda parte pelo professor André Neto, da UFBA. Maiores informações no site da UFBA: www.ufba.br, com o coordenador do curso, Telésforo Marques. Ministério de Minas e Energia: Ministra: Dilma Rousseff Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral: Secretário: Giles Carriconde Azevedo Diretoria do Serviço Geológico do Brasil - CPRM Diretor-Presidente: Agamenon Dantas Diretor de Geologia e Recursos Minerais - DGM: Manoel Barretto Diretor de Hidrologia e Gestão Territorial - DHT: José Ribeiro Diretor de Administração e Finanças - DAF: Alvaro Alencar Diretor de Relações Institucionais e Desenvolvimento - DRI: Fernando Carvalho