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nsiem
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MR
N° 43 - LUGLIO • JULHO DE 2002
A REVISTA ITALIANA DAQUI
Roteiro para obtenção da
cidadania italiana é atualizado
Norme aggiornate per il riconoscimento della cittadinanza
Enfim, consulados começam o
atendimento a trentinos
Finalmente i consolati cominciano a ricevere i trentini
LA PIÙ GRANDE POLENTA DEL MONDO
FOTOCRONACA
aspectos da vida italiana
MODAMODA
Un abito da sposa presentato da
Raffaella Curiel il 17 luglio alle
sfilate romane.
Um vestido de noiva,
apresentado por Raffaela
Curiel, dia 17 de
julho, nos desfiles de
Roma ALESSIA PARADISI /
ANSA / PAL
Alla sfilata di
Gattinoni, tenuta
a Roma nell' ex
Birreria Peroni
(ora Museo d'
Arte Moderna e
Contemporanea),
la artista Nina
Moric, al nono
mese di
gravidanza, ha
mostrato il suo
pancione nudo sulla
passerella per la
collezione disegnata
da Guillermo
Mariotto. GATTINONI /
ANSA / PAL
No desfile de Gattinoni, realizado em Roma na ex-Cervejaria Peroni
(hoje Museu de Arte Moderna e Contemporânea), Nina Moric, no
nono mês de gestação, mostrou seu barrigão nu na passerela para a
coleção desenhada por Guillermo Mariotto.
Sociedade Giuseppe
Garibaldi
ETERNA SOFIA
L’ETERNA SOFIA
O estilista Giorgio Armani
beija a atriz Sophia Loren
na sua chegada para a
inauguração, dia 16 de
julho, da nova loja Armani,
em Roma.
Lo stilista Giorgio Armani
baccia l’artista Sophia
Loren al suo arrivo per la
inaugurazione, il 16 luglio,
del nuovo Shop Armani, a
Roma PHOTO ANSA/ DANILO SCHIAVELLA
INSIEME
JULHO • LUGLIO 2002
Cultura e Língua Italiana
em boa companhia
12 de agosto
Informa ıes: 9977-7246 - Curitiba
2
DO EDITOR
dell’editore
INSIEME é uma publicação mensal bilingüe,
de difusão e promoção da cultura italiana e
ítalo-brasileira, sucessora de Il Trevisano.
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Rovilio Costa Fone (051) 336-1166; e-mail
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Responsabilidade Responsabilità
compartilhada
condivisa
s círculos e associações trentinas
do Brasil estão dando uma
demonstração de organização e
prestígio invejáveis ao se
credenciarem perante os consulados como
canais obrigatórios para o encaminhamento
da documentação necessária ao
reconhecimento da cidadania italiana. O
acordo fechado na jurisdição do Paraná e
Santa Catarina (ver página 5 e encarte),
considerada a área mais trentina do fora da
Itália (e que deverá ser estendido às demais
jurisdições consulares), além de driblar a
enorme “fila da cidadania” contribuirá para
fortalecer ainda mais a estrutura associativa
da comunidade trentina em todo o Brasil.
Parabéns às lideranças que souberam costurar
o acordo. Mas, atenção: a fórmula
encontrada, que poderá diminuir as
preocupações decorrentes do exíguo prazo
(três anos) que restam para que interessados
firmem uma declaração que substitui aquela
que deveria ter sido feita pelos primeiros
imigrantes, também poderá debitar, no
futuro, aos próprios trentinos um pedaço da
responsabilidade que, até aqui, era só da
burocracia. Boa leitura. O
Nossa capa
Anche coloro i quali non amano
la polenta ammettono la sua
importanza nel menu della
cucina brasiliana. fra gli italobrasiliani di origine
settentrionale, essa, piccola o
grande, come questa di Rio do
Oeste-SC, é più di un simbolo di
sopravvivenza in tempi
difficili.
(foto DePeron)
N ÃO D E I X E P O R M E N O S
COLOQUE
M A I S A L E G R I A N A S UA F E S TA
SUA FESTA ITALIANA MERECE A ALEGRIA DE UMA BANDA-SHOW
ESPECIALIZADA NO FOLCLORE DA MÚSICA PENINSULAR .
OS ARTIGOS ASSINADOS REPRESENTAM
EXCLUSIVAMENTE O PENSAMENTO DE SEUS AUTORES
3
La nostra copertina
Mesmo os que não gostam de
polenta admitem sua importância
no menu da cozinha brasileira.
Entre ítalo-brasileiros com origem
no norte italiano, ela - pequena
ou grande, como esta de Rio do
Oeste-SC - é mais que um
símbolo de sobrevivência em
tempos difíceis.
A produção do material do CCI-PR/SC é de
inteira responsabilidade daquele centro de
cultura, sob a coordenação do professor
Claudio Piacentini.
FOTOLITOS E IMPRESSÃO
Maxi Gráfica e Editora Ltda. - Rua Raul Felix
425-1070-370 - Curitiba - PR
NOTICIÁRIO ITALIANO
ANSA/Aise/NewsItaliaPress
AdnKronos/Novecolonne/AGI
e fontes intependentes
circoli e le associazioni trentine del
Brasile stanno dando prova di una
organizzazione e di un prestigio
invidiabili nell'offrire la loro
collaborazione ai consolati fungendo da canali
obbligatori per incamminare la
documentazione necessaria al riconoscimento
della cittadinanza italiana. L'accordo concluso
nella giurisdizione del Paraná e Santa Catarina
(vedi pag. 5), considerata l'area più trentina
fuori dal’Italia (e che dovrà essere esteso alla
maggior parte delle giurisdizioni consolari), al
di là di driblare l'enorme 'fila della
cittadinanza' contribuirà a rafforzare ancora di
più la struttura associativa della comunità
trentina in tutto il Brasile. Complimenti ai
leaders che hanno saputo produrre l'accordo,
ma attenzione: la formula trovata, che potrà
diminuire le preoccupazioni derivanti dal
tempo limitato (tre anni) che resta agli
interessati per firmare una dichiarazione che
sostituisca quella che avrebbe dovuto essere
stata fatta dai primi immigranti, potrà tuttavia
in futuro causare l'attribuzione di una parte di
responsabilità agli stessi trentini che, fino ad
ora, era solo riservata alla burocrazia. buona
lettura . (Traduz. M. Giuseppina Brandi) I
vecchio
Scarpone
SOMENTE MÚSICA ITALIANA
ENTRE
N A AG E N DA D E
. .0
. .0. .3.
2
CONTATO PELOS TELEFONES (047) 384-0128 (ALMIR)
OU (047) 333-3549 OU 9973-1248 (M ÁRIO )
JULHO • LUGLIO 2002
INSIEME
LETTERE
Foto DePeron
a manifestação dos leitores
SANTA FELICIDADE - O Grupo Folclórico Ítalo-Brasileiro de Santa Felicidade, em Curitiba, é um dos mais numerosos e antigos grupos
da categoria em todo o Estado. Reúne gente de todas as idades, tem sede própria e um calendário intenso de atividades durante todo o ano.
FAMÍLIA ZAMBALDI
rimeiramente gostaria de parabenizá-los pela revista. É
muito interessante saber que os
italianos e seus descendentes no
Brasil podem contar com esse instrumento tão importante para sua
comunidade. Meu nome é Antonio Luiz Vidal, vivo em Montreal, Canadá, há cerca de 15 anos;
antes porém, pensei sempre em
viver na Itália pois sou bisneto de
italianos (minha mae é neta de
italiano por parte de pai, cujo nome de familia é Zambaldi). Por
volta de 1990, depois de muita luta e dificuldade, consegui arrumar toda a papelada necessária para entrar com o processo para a cidadania, o qual foi aprovado em
1992 quando obtive o passaporte,
mas, para nossa surpresa, nossos
passaportes forem cancelados ha
alguns anos atrás pois meu bisavô, partiu da região de Trento (Vigo Cavedini), quando esta pertencia ao Império Áustro-Húngaro,
ou seja, por volta de 1870. De fato, temos um cópia do passaporte de meu bisavô onde se lê: Vigo Cavedine Trento, Áustria, ou
seja, quando ele partiu da Europa, sua nacionalidade era Austríaca e não Italiana. Somos cerca
de 10 pessoas da família Zambali que perdemos o direito ao passaporte e gostaria de saber se po-
P
INSIEME
deriam me fornecer algumas dicas para que possamo fazer valer
os nosso direitos. Agradecemos
cordialmente
Familia Zambaldi [email protected]
NOSSA RIQUEZA
emocionado em você
F iquei
ter dado tanta deferência a
meu simples trabalho sobre as etnias. Obrigado por tudo, mas tudo deve ser socializado. Não há
maior prazer na vida do que não
ter nada e os outros terem o que
você guardaria para ninguém, ou
para momentos em que se preocuparia por não poder usufruir.
Somos nós mesmos, à medida em
que formos os outros. Nossa riqueza é a riqueza dos outros. De
nosso nem mesmo o pecado, porque Cristo quis também este. Por
isto que São Pedro diz que nós somos uma raça de deuses, porque
Deus, em Cristo, se fez da nossa
raça. Mais uma vez te digo, que me
recordo sempre de quando você
estava na Conferência de Montevidéu, onde, enquanto grupos se
digladiavam por meras idéias, sem
até a embalagem de ideologias,
que ao menos teriam mais idealismo do que a simples discussão de
dirigir a cultura segundo padrões e privilégios econômicos e você falava alto, entrevistava a to-
dos, testemunhando a cada um e
a todos que você o considera a pessoa mais importante do mundo. A
mesma deferência você teve comigo, que não passo de um Doctor Coionis Causa. Por isto, à medida do tempo, vejo que você conserva a sensibilidade, a curiosidade e a criatividade da criança. Faz
da sua e nossa revista uma novidade editorial cada vez. Experimenta, consulta opiniões, faz e
muda sem problema algum. Por
isto, cada vez, a Revista tem nova e melhor embalagem, novo e
melhor conteúdo, porque tem alma. A rapaziada, hoje, diria que
você é um avião. Continue, então,
voando, elevando e tornando evidente o positivo de nossa vida e
cultura comum, como italianos,
descendentes e brasileiros integrados no universo das etnias e
das raças, que estão em nossa casa, na nossa vizinhança, no nosso
municípoio, no nosso Estado e no
nosso país. Mais uma vez, meu
muito obrigado. Agradeçamos a
Deus que nos fez com grandes defeitos e também com uma grande
qualidade que deu especialmente
a ti, um grande e magnânimo coração. Saluti. Não considere os enganos gráficos, porque o que sai
do coração não se relê, nem se corrige, para não censurar.
Frei Rovílio Costa - Porto Alegre RS
JULHO • LUGLIO 2002
PROTESTA
per protestare:
Sni, ditomio86scrivendo
marito Alfredo Zampoanni, riceve dall’Italia un
cheque in dollari ogni due mesi
(ref. alla pensione di guerra). Questo cheque sempre arriva in ritardo. (...) Ho telefonato varie volte
al Consolato per sapere la ragione del ritardo e non sono riuscita a parlare con nessuno perché il
telefono è sempre occupato. Ho
voluto passare un fax, ma ai due
numeri che ho chiamato, mi hanno risposto che “i detti numeri
non possono essere dati a persone sconosciute”. Insomma, non
sono riuscita a niente, ma finalmente il giorno 18 maggio è arrivato il benedeto cheque con un mese di ritardo dalla sua partenza da
Roma. Allora mi domando: come
faccio per mettermi in comunicazione con il Consolato di Curitiba? Devo forse partire da Maringá per Curitiba e poi arrivare là e
non essere ricevuta? Ora siamo
già all’otto di luglio e mi domando: quando arriverà questo cheque del 3º bimestre? Non so se voi
potete fare qualche cosa, ad ogni
modo qui vai la mia protesta, che
penso sia più che giusta, no?
Egle Zamponi, sposa di Alfredo
Zamponi - Rua Santos Dumont
3263 - Maringá - PR
4
CITTADINANZA
cidadania italiana
Vôo livre para a
águia trentina
COMEÇA, ENFIM, O PROCESSO DE RECONHECIMENTO DA CIDADANIA ITALIANA
A TRENTINOS E OUTROS SÚDITOS DO ANTIGO IMPÉRIO ÁUSTRO-HÚNGARO
O
5
ra da Itália. Mas em seguinda elas
VOLO LIBERO PER L’AQUILA TRENTINA
estão sendo estendidas também
Comincia, finalmente, il processo di riconoscimento della
para os demais consulados, concittadinanza italiana ai trentini e altri sudditi dell'antico
forme também explica Minatti.
impero austro-ungarico.
Depois de encaminhada a documentação pelos Círculos aos Condiscendeti di immigrati pro- ne sarà presentata esclusivamente ai
sulados, ela será enviada a Roma,
venienti dai territori italiani circoli, dove sarà anche compilata la faonde uma comissão especial apreche appartenevano all'antico mosa dichiarazione che bloccò il prociará caso a caso. Não basta ter
impero austro-ungarico (friu- cesso per quasi due anni, come spiega
nascido em área hoje integrada à
lani, alcuni bellunesi e la maggior par- Ivanor Minatti, assessore alla presidenItália. É preciso pertencer ao chate dei trentini) cominciano, finalmen- za della Federazione, responsabile per
mado “grupo étcnico lingüístite, ad ottenere il riconoscimento della la negoziazione realizzata. In realtà il
co” e comprovar esta condição
cittadinanza italiana. Per primi si stan- modello è stato stabilito per la giurimediante atestado a ser fornecino convocando coloro i quali già ne era- sdizione consolare del Paraná e Santa
do pelos próprios círculos, assono in possesso e la hanno perduta. Poi Catarina nel cui territorio é situata la
ciações italianas ou mesmo escosaranno chiamati gli altri. Al fine di più grande comunità trentina fuori da
la de língua
non 'ammuffire' nel- ll’Italia. Ma si sta estendendo anche
italiana frele file di fronte ai alla maggior parte dei consolati, come
qüentada peconsolati, è stata ne- spiega Minatti. La documentazione,
los interessagoziata una soluzio- dopo essere stata incamminata da pardos. A parte
ne senza precedenti te dei circoli ai consolati, sarà inviata
mais difícil
tra la Federazione a Roma, dove una commissione spepara muitos,
dei Circoli Trentini ciale valuterà caso per caso. non basta
entretanto,
e il Consolato Gene- essere nato in una zona che oggi apcontinua a ser
rale di Curitiba, mo- partiene all'Italia. Occorre apparteneo documento
dello che, dopo aver re al così detto 'gruppo etnico linguique dá partida
ottenuto l'approva- stico' e provare questa condizione ata tudo: certifizione dell'ambascia- traverso un attestato che deve essere forcado de nascita italiana in Brasile, nito dagli stessi circoli, associazioni itamento do ansarà esteso alla mag- liane o scuole di lingua italiana fretepassado que
gior parte delle cir- quentate dagli interessati. La parte più
veio da Itália.
coscrizioni consola- difficile per molti, perciò, continua ad
Muita gente,
ri del Brasile: gli in- essere il documento che dà il via al tutalém de não
teressati devono to: il certificato di nascita dell'avo che
ter o docuIvanor Minatti
mettersi in contatto venne dall'Italia. Molte persone, oltre
mento, não sacon i circoli trentini a non avere il documento, non sanno
be nem por
della propria regione. questo é il pri- neppure da dove cominciare la riceronde começar a descoberta. Nesmo e indispensabile passo. i circoli ca. In questo compito, i circoli e le asta tarefa, pouco podem ajudar círtrentini si sono dichiarati disponibili sociazioni possono aiutare poco. E la
culos e associações. E a lei espea fornire il proprio aiuto anche ai mem- legge approvata in via speciale per i
cialmente aprovada para atender
bri delle altre etnie beneficiate dalla trentini ha una validità di cinque antrentinos deu prazo de cinco
legge italiana numero 379/2000.
ni, dei quali ormai ne restano solo tre.
anos, do que restam apenas três.
In realtà, tutta la documentazio- (legge a pag. 3)Traduz. M. Giuseppina Brandi
(Leia também págs. 3 e o encarte)
I
Foto DePeron
s descendentes de
imigrantes provenientes de territórios italianos pertencentes ao antigo Império Áustro-Húngaro (friulanos, alguns
beluneses e maioria trentinos) começam, enfim, a obter o reconhecimento da cidadania italiana. Primeiro estão sendo convocados os que já a tinham e a perderam. Depois vêm os demais.
Para não mofarem nas filas diante dos consulados, uma solução
sem precedentes foi negociada
entre a Federação dos Círculos
Trentinos e o consulado geral de
Curitiba - modelo que, após obter a chancela da Embaixada da
Itália no Brasil, está sendo estendido às demais circunscrições
consulares do Brasil: os interessados devem procurar os círculos
trentinos de sua região. Esse é o
primeiro e indispensável passo.
Os círculos trentinos se prontificaram a dar carona também aos
demais integrantes de etnias beneficiadas pela lei italiana número 379/2000.
Na verdade, toda a documentação será apresentada exclusivamente nos círculos, onde também será realizada a famosa declaração que emperrou o processo por quase dois anos, segundo
explica Ivanor Minatti, assessor
da presidência da Federação, responsável pelas negociações realizadas. Na verdade, o modelo foi
estabelecido para a jurisdição
consular do Paraná e Santa Catarina, em cujo território situa-se
a maior comunidade trentina fo-
JULHO • LUGLIO 2002
INSIEME
CITTADINANZA
cidadania italiana
Nova versão ao
“roteiro da cidadania”
Medidas foram adotadas durante reunião dos funcionários
consulares responsáveis pelo setor, na sede da Embaixada, em
maio, mas texto do novo roteiro ainda não foi liberado
E
INSIEME
cação de nomes. Nesse aspecto,
explica-se que pela lei italiana o
sobrenome que apresente alterações com relação àquele antepassado que chegou da Itália é modificado para ficar conforme o sobrenome original. Da mesma forma, nos documentos de registros
é usado apenas o sobrenome paterno e, portanto, é tirado o sobrenome materno que o interessado tiver. Mas caso o interessado desejar que o sobrenome não
seja modificado na Itália (ou que
constem também os demais sobrenomes) poderá fazer uma solicitação ao Município (comune)
na Itália expressando sua posição, que será respeitada. Para os
menores de idade, essa manifestação precisa ser feita pelos pais
ou por aqueles que exercem o pátrio poder.
Maurizio Satta,
um dos
especialistas em
matéria de
cidadania, é
Comissário Adjunto
em Curitiba.
Foto DePeron
ntre as principais
inovações, segundo
adiantou a INSIEME
o Comissário Adjunto em Curitiba, Maurizio Satta,
deverá estar uma que diz respeito a “uma melhor orientação sobre a apresentação dos certificados de estado civil por parte daqueles cujo pai ou mãe já obtiveram o reconhecimento da cidadania italiana”. A mudanças seria
restritiva, uma vez que de agora
em diante, seriam “recebidos somente os documentos relativos a
uma geração”.
De acordo com as novas disposições, os consulados (e também os interessados) terão uma
orientação mais completa sobre
o que precisa fazer no caso de filhos nascidos de união não matrimonial. Também foram acrescentadas novas formas de prova
de residência (notificação da Receita Federal, contracheque recente, conta de luz ou declaração
expedida por estabelecimento de
ensino).
Embora as novas orientações
já tenham sido distribuídas aos
escritórios dos consulados honorários, à última hora o texto completo não foi divulgado em função de outras mudanças ainda
não claramente definidas. Na verdade, segundo se sabe, ao mesmo tempo em que se aprimora o
sistema de informação, também
mais difícil se torna o processo.
A unificação dos procedimentos
- uma iniciativa louvável da Embaixada - trouxe a debate questões que antes eram enfrentadas
isoladamente pelos consulados,
não raro com soluções discrepantes.
Uma delas, por exemplo, dizia respeito à exigência da retifi-
ALGUMAS INFORMA˙ ES TEIS
¥ CADASTRO - Todos os interessados em obter
o reconhecimento da cidadania italiana
precisam preencher, no ato da apresentação dos
documentos, uma Ficha de Cadastro. É
necessário uma Ficha de Cadastro para cada
pessoa viva maior de 18 anos, da qual se
apresentam certidões de registro civil.
¥ NATURALIZADOS - Desde 16 de agosto de
1992 o cidadão italiano que adquire outra
cidadania conserva a italiana, se não optar pela
renúncia formal da mesma. Por outro lado, para
aqueles que se naturalizaram antes de 16 de
agosto de 1992 e que, nos termos da legislação
anterior, perderam a cidadania italiana há dois
esclarecimentos importantes: 1) a cidadania
italiana é transmitida somente aos filhos
nascidos antes da naturalização; 2) as pessoas
interessadas podem readquirir a cidadania
italiana transferindo residência para a Itália e
seguindo outras condições prescritas pela lei. A
JULHO • LUGLIO 2002
cidadania, assim readquirida, é transmitida aos
filhos menores de idade.
¥ NOME ERRADO - Caso as certidões
contenham erros, imperfeições ou sobrenomes
alterados (o que é bastante comum) não é mais
necessário que os interessados solicitem à justiça
brasileira a retificação de tais registros. “Porém,
no caso das alterações constantes na
documentação suscitarem dúvidas quanto à
identidade da pessoa”, os consulados poderão
solicitar documentação complementar.
¥ ORIGEM - Antes de iniciar o recolhimento
dos documentos necessários, é indispensável
conhecer exatamente a localidade exata (não
apenas província ou região) de nascimento na
Itália do antepassado que poderia transmitir a
cidadania ao interessado. Sem a certidão de
nascimento desse, o processo sequer poderá ser
iniciado.
6
ATTUALITÀ
atualidades
Italiani, cantiam!
repara la chitarra e la
voce. Inventati una
canzone. Arriva la seconda versione del Festival Catarinense della Canzone
Italiana. Ma, se non hai la creatività, puoi anche interpretare la tua
canzone prediletta.
Nella città più tedesca di Brasiled - Blumenau-SC - echeggeranno un’altra volta, durante due
giorni, esclusivamente canzoni italiane. Sarà in novembre (giorni 22
e 23), durante il II Festival della
Musica Italiana. L’avvenimento è
promosso dalla Patrício Eventos
(www.patricioeventos.com.br), di Intaial-SC, con sussidi della rinnuncia fiscale dello Stato di Santa Catarina a favore della cultura. Anche il luogo è già stato scelto: i padiglioni della Proeb, a Blumenau,
che ospitano tutti gli anni l’Oktoberfest e la Festitália. La festa, secondo le norme, ha lo scopo principale di “promuovere l’identità
italiana, le sue basi e radici”, oltre
a “stimolare l’interscambio artístico culturale fra gli elementi formatori della cultura italiana”. Saranno due le categorie: contemporanea, le cui composizioni devono essere “inedite e originali” e,
cioè, “che non siano state divulgate e che non abbiano partecipato
ad alcun festival”; interpretazione: canzoni di successo del passato, di oggi e composizioni proprie
già registrate. Le iscrizioni saranno accettate entro il 01/10 (massimo di tre canzoni per categoria
ogni partecipante). Una selezione
previa determinerà, entro il 15/10,
12 canzoni per la categoria contemporanea e 10 per quella d’interpretazzione, che parteciperanno al concorso pubblico durante il
festival. In entrambe le categorie
i partecipanti potranno farsi accompagnare da musicisti e vocalisti, ma una band sarà disponibile a quanti ne abbiano bisogno.
Oltre ai premi, i vincitori parteciperanno a un CD. In questo II Festival, l’organizzatore Henrique
Patrício ha assunto completamente il comando della promozione,
che aveva condiviso due anni fa
con organizzatori di Rio Grande
do Sul. “La nostra intenzione è
garantire un’espressione più genuinamente catarinense, tanto è
vero che le norme prevedono
esclusivamente partecipanti residenti nello Stato”, osserva.
7
Fotos DePeron/ arquivo Insieme
P
Vencedores de 2000: Henrique Patrício (detalhe em baixo) garante que a iniciativa deste ano terá maior participação.
I vincitori del 2000: Patrício (sotto, a destra) garantisce che la partecipazione quest’anno sarà ancor più grande.
Para italiano cantar
Afine o violão e a voz. Invente uma cantiga. Vem aí a segunda versão
do festival catarinense da canção italiana. Mas se você não tem estro
para criar, pode também interpretar aquela sua canção preferida.
a cidade mais alemã
do Brasil - Blumenau-SC - vão, novamente, ecoar exclusivamente canções italianas durante dois dias. Será em novembro próximo (22 e 23), durante o II Festival da Música Italiana. O evento é
promovido pela Patrício Eventos
(www.patricioeventos.com.br), com
sede em Indaial, aproveitando recursos da renúncia fiscal do Estado de Santa Catarina em favor da
Cultura. Também o local já está escolhido: os pavilhões da Proeb,
Blumenau, onde todos os anos
acontecem a Oktoberfest e a Festitália.
A promoção que, de acordo
com o regulamento, tem por finalidade principal “promover a identidade italiana, seus fundamentos
e raízes” além de “fomentar o intercâmbio artístico-cultural entre
elementos formadores da cultura
N
italiana”, acontecerá em duas categorias: contemporânea, cujas composições devem ser “inéditas e não
plagiadas” bem como “não tenham
sido divulgadas ou participado de
festivais”, e interpretação (músicas
que fizeram sucesso no passado,
atuais e composições próprias já
gravadas).
As inscrições serão recebidas
até o dia 1 de outubro (máximo de
três músicas por categoria para cada participante). Uma pré-seleção
determinará, até o dia 15 de outubro, 12 músicas da categoria contemporânea e 10 da categoria interpretação que irão a concurso público no festival. Em qualquer categoria os participantes poderão se
fazer acompanhar por instrumentistas e vocalistas, mas uma banda
estará à disposição dos que assim
o desejarem. Além dos prêmios, os
vencedores participarão de um CD.
Neste segundo festival, Henri-
JULHO • LUGLIO 2002
que Patrício, da
Patrício Eventos,
assumiu completamente o comando da promoção que, há
dois anos,
compartilhou com
organizadores
gaúchos.
“Nossa
intenção é
garantir
uma expressão mais genuinamente
catarinense,
tanto que o regulamento aceita apenas participantes residentes no Estado”, observa ele.
INSIEME
ATTUALITÀ
atualidades
bservando que Santa Catarina foi o primeiro Estado brasileiro a admitir o
idioma italiano na grade curricular da rede oficial de ensino, o cônsul Mario Trampetti apôs sua assinatura, em nome do governo italiano, num documento que transforma o mesmo Estado no primeiro a cooperar também na formação profissional. O documento,
chamado “Acordo de cooperação
técnica entre o Estado de Santa
Catarina - República Federativa
do Brasil e a República Italiana,
para a formação de agentes profissionais em diversas áreas de interesse comum”, foi assinado no dia
28 de junho e, pelo governo de
SC, firmou-o o secretário Adjunto do Desenvolvimento Econômico e Integração ao Mercosul, Alberto Kobs. Devido às pre-condições estabelecidas, “o acordo - segundo Trampetti - já estava escrito” e possibilitará formar profissionalmente os filhos e descendentes de imigrantes italianos para que tenham maior facilidade
de inserção no mercado de trabalho local ou, se forem à Itália, menores dificuldades de adaptação.
O cônsul aconselhou que os
primeiros projetos sejam apresentados imediatamente para que
possam ser aprovados “com pareceres favoráveis e motivados” já
em setembro próximo.
O secretário Alberto Kobs,
por sua vez, brindou “antecipadamente ao sucesso de mais esta parceria” e observou que Santa Catarina, um Estado com desenvolvimento diferenciado, foi e é também “um grande lar para os imigrantes”. Assinaram ainda o documento, na condição de testemunhas, o assessor do governador Esperidião Amin, Mauro Tadeu David Beal, e o vice-cônsul
honorário em Florianópolis, Ezio
Geannino Librizzi.
O documento inicia evocando
acordo celebrado em fevereiro de
1997, em Roma, entre os governos
do Brasil e da Itália, onde ambos
reconhecem “a importância do
trabalhos dos imigrantes e seus
descendentes para a construção e
o engrandecimento do Brasil”.
Reconhece também que existe
O
INSIEME
Formação profissional
Cooperação técnica entre os governos italiano e de Santa
Catarina tem como objetivo a formação de agentes
profissionais em todas as áreas do mercado produtivo.
uma ampla presença italiana no
território de Santa Catarina e um
“real interese das organizações da
coletividade italiana para que não
se disperse o patrimônio cultural
que possuem”, bem como “o desejo de fortalecer a cooperação recíproca no sentido de promover as
tradições italianas no território
catarinense”. Assim, os signatários comprometem-se a “cooperar na formação de agentes profissionais nas diversas áreas do mercado produtivo” com destaque ao
suprimento das necessidades da
Rota Italiana, de caráter turístico, “que está sendo implantada
em 13 municípios do Meio-Oeste ”.
Com duração inicialmente
prevista para três anos, o acordo
estabelece para o primeiro ano a
formação de pelo menos 30 agentes profissionais. O Consulado de
Curitiba compromete-se a “gerenciar perante entidades públicas e
privadas italianas os recursos a serem utilizados na capacitação dos
profissionais, que também serão
complementados por entidades
públicas e privadas de Santa Catarina” que, além disso, auxiliará
“com a logística necessária para a
implementação dos cursos de formação”.
Para administrar o acordo,
uma Comissão Especial, formada por representantes de ambas
as partes, deverá ser criada. Tal
comissão será derivada do Conselho Assessor, criado no Acordo
de Cooperação Técnica assinado
pelas mesmas partes no final do
ano passado. Caberá à essa co-
missão a realização de “estudos
do mercado produtivo brasileiro
e italiano, visando estabelecer as
necessidades de formação profissional nas áreas mais necessitadas”. Exercerá, ainda, o controle
e a supervisão da execução do
programa, ficará encarregada de
realizar os repasses dos recursos
italianos, e seus integrantes serão remunerados de acordo com
o que estabelecer cada uma das
partes contratantes. Segundo INSIEME apurou, a Rota Italiana seria formada inicialmente pelos
municípios de Caçador, Pinheiro Preto, Tangará, Videira, Joaçaba, Herval D’Oeste, Herval Velho, Condórdia, Itá, Água Doce,
Seara, Capinzal e Ouro.
O Secretário adjunto de Estado do Desenvolvimento Econômico e
Integração ao Mercosul, Alberto Kobs, representa o governo de Santa
Catarina na assinatura do acordo de cooperação que envolve o governo da
Itália através do Consulado Geral.
JULHO • LUGLIO 2002
8
Formazione professionalale
La cooperazione tecnica tra il governo italiano e Santa
Catarina ha come obiettivo la formazione di agenti
professionali in tutte le aree del mercato produttivo.
enendo presente che
Santa Catarina è stato il primo stato brasiliano ad introdurre
la lingua italiana nel curriculum
scolastico della rete ufficiale di insegnamento, il console Mario Trampetti, ha apposto la sua firma, in nome del governo italiano, su un documento che trasforma il suddetto
stato nel primo a cooperare anche
nella formazione professionale. Il
documento, chiamato "accordo di
cooperazione tecnica tra lo Stato di
Santa Catarina - Repubblica Federale del Brasile e la Repubblica Italiana, per la formazione di agenti
professionali in varie aree di interesse comune", è stato firmato il
giorno 28 di giugno, per il governo
T
di SC, dal segretario aggiunto allo
sviluppo economico e per l'integrazione nel Mercosul, Alberto Kobs.
a causa delle pre-condizioni stabilite, 'l'accordo - secondo Trampetti
- era già scritto' e renderà possibile
formare professionalmente i figli e
i discendenti degli immigrati italiani affinché abbiano una maggiore
facilità ad inserirsi nel mercato di
lavoro locale o, se si recassero in
Italia, minori difficoltà di adattamento.
Il console ha consigliato che i
primi progetti siano presentati immediatamente affinché possano essere approvati 'con pareri favorevoli e motivati' già nel prossimo settembre'.
Il segretario Alberto Kobs, a
sua volta, ha brindato 'anticipatamente al successo di una ulteriore
cooperazione' e ha osservato che
Santa Catarina, uno stato con uno
sviluppo differenziato, é stato anche
'un grande focolare per gli immigranti'. hanno inoltre firmato il documento, in qualità di testimoni,
l'assessore del governatore Esperidião Amin, Mauro Tadeu David
Beal e il vice-console onorario di
Florianopolis Ezio Geannino Librizzi.
Il documento inizia evocando
l'accordo celebrato in febbraio del
1997, tra il governo del Brasile e
quello dell'Italia, nel quale entrambi riconoscevano 'l'importanza del
lavoro degli immigranti e dei loro
discendenti per la costruzione e lo
Fotos DePeron
Il segretario aggiunto di stato per lo sviluppo economico e l'integrazione nel
Mercosul, Alberto Kobs (s), rappresenta il governo di Santa Catarina nella
firma dell'accordo di cooperazione che coinvolge il governo italiano
attraverso il consolato generale.
9
JULHO • LUGLIO 2002
sviluppo del Brasile' . Riconosce anche che esiste una grande presenza
italiana nel territorio di Santa Catarina e un 'interesse reale delle organizzazioni della collettività italiana
perché' non vada disperso il patrimonio culturale che possiedono' così come 'il desiderio di rafforzare la
cooperazione reciproca nel senso di
promuovere le tradizioni italiane
sul territorio catarinense'. Così i firmatari si sono impegnati a 'cooperare alla formazione di agenti professionali nelle diverse aree del mercato produttivo' con particolare attenzione a soddisfare le esigenze della rota italiana, di carattere turistico, 'che si sta impiantando in 13 municipi del meio-oeste.
Con durata iniziale prevista per
tre anni, l'accordo stabilisce per il
primo anno la formazione di almeno 30 agenti professionali. il consolato di Curitiba si impegna a 'gestire in relazione con entità pubbliche e private italiane i fondi che
dovranno essere utilizzati per la preparazione dei professionisti, che saranno coadiuvati da enti pubblici e
privati di Santa Catarina' e , oltre a
ciò, aiuterà 'a provvedere alla logistica necessaria per l'attuazione dei
corsi di formazione.'
Per amministrare l'accordo, una
commissione speciale, composta da
rappresentanti di entrambe le parti, dovrà essere formata. Tale commissione sarà derivata dal consiglio
assessore creato nell'accordo di cooperazione tecnica firmato dalle suddette parti alla fine dell'anno scorso. Sarà di competenza di tale commissione la realizzazione di 'studi
del mercato produttivo brasiliano e
italiano, miranti a stabilire le necessità di formazione professionale nelle aree di maggiore necessità'. Eserciterà, inoltre, il controllo e la supervisione dell'esecuzione del programma, sará incaricata di realizzare il trasferimento dei fondi italiani
e i suoi componenti saranno pagati
secondo quanto stabilito dalle parti contraenti. secondo quanto verificato da Insieme, la rota italiana sarà formata inizialmente dai municipi di Caçador, Pinheiro Preto, Tangará, Videira, Joaçaba, Herval d'Oeste, Herval Velho, Concórdia, Itá ,
Água Doce, Seara, Capinzal, e Ouro. (Traduz. M. Giuseppina Brandi) INSIEME
ICONE
símbolos italianos
La fiaba più tradotta
PINOCCHIO TRA TEATRO, COREOGRAFIA, CINEMA, LETTERATURA E PITTURA. DA STEVEN
SPIELBERG A ROBERTO BENIGNI, DA SAVERIO MARCONI A VIRGILIO SIENI, IL FASCINO
SEMPREVERDE DEL BURATTINO DI COLLODI. IN USCITA DUE SPLENDIDI VOLUMI DI
IMMAGINI ILLUSTRATI DA ANTONIO NOCERA E MARIO CEROLI CON TESTI E
INTRODUZIONI DEL CARDINALE BIFFI
in tutto
il mondo
Di Carmela Piccione - ADNKRONOS
n burattino di legno emblema della più sfrenata joie
de vivre, dell’assoluto bisogno di libertà e di esperienze. Spesso devastanti, fuorvianti, a volte alienanti alimentate da uno spericolato amore per
la vita.
Chi non conosce Pinocchio,
la sua storia, le sue avventure, i
suoi padri putativi (Geppeto, l’umile falegname o Carlo Collodi
l’autore del romanzo...), quella
straordinaria di continui ammonimenti, esortazioni, vicende
pubbliche e private che hanno
trasformato Pinocchio in una figura che profuma di eccellenza.
Non è un caso che recentemente il teatro, la musica, la danza, il cinema si siano appropriati del celebre burattino protagonista, suo malgrado, delle ribalte internazionali.
Alcuni nomi? Steven Spielberg (A.I. Artificial Intelligence),
Roberto Benigni (forse alla mostra di Venezia il suo blindatissimo Pinocchio, girato in Umbria), Virgilio Sieni, Vittorio Biagi, Roberto Castello, Saverio
Marconi che ha chiesto ai Pooh
di scrivere la colonna sonora del
musical che debutterà la prossima stagione in Italia. Scenografie grandiose illuminate da 800
proiettori, 320 costumi, 280 persone impegnate nel progetto e
un’orchestra Live. Megaspettacolo dal sapore e dai profumi di-
U
INSIEME
sneyani, tecnologie all’avanguardia pur rispettando il cuore del
racconto, protagonista Manuel
Frattini, interprete cult del teatro italiano.
“Non aspettatevi rivisitazioni - precisa Marconi - tutto sarà
sorprendentemente vicino all’originale di Collodi. Ci sarà la fatina, il gatto e la volpe, Lucignolo, il povero Geppetto... In fondo siamo stati tutti dei Pinocchi.
Divisi tra la fase adolescenziale
e l’età adulta. Le prime esperien-
ze, la conoscenza del mondo,
l’apparente tranquillità di chi
pensa di aver conquistato l’universo’’.
Ma quel fanciullino irriverente e destabilizzante, sfrontato e insolente, drammaticamente vicino a generazioni di giovani, alla disperata ricerca di certezze e stabilità, ha ispirato anche celebri pittori e scultori.
Sembra quasi impossibile sottrarsi al suo fascino.
Da oltre 10 anni Antonio
JULHO • LUGLIO 2002
Nocera lavora al suo personale
Pinocchio. Una magnifica ossessione ‘tradotta’ attraverso bronzi e cere, collage su tela e plexiglass, acquerelli, litografie, sculture (oltre 250 lavori) e lo splendido libro di immagini Le avventure di Pinocchio. Storia di un
burattino, pubblicato a Art Atelier. Un fiume in piena di ritratti, schizzi, colori, suggestioni per
rappresentare un Pinocchio multiforme e al tempo stesso sempre uguale a sé stesso, svettante
10
tra personaggi archetipici (la Luna, Pulcinella, cappuccetto rosso) di cui è popolato l’universo
di Nocera.
“Leggendo la fiaba di Pinocchio mi vedevo scorrere davanti agli occhi i momenti salienti
delle sue avventure - racconta
l’artista dal suo atelier parigino v
- i suoi colori, le sue sfumature,
la mia mano guidata dall’intrepido burattino... È come se avessi vissuto la storia non da spettatore ma da protagonista, nascosto dietro le quinte a scrutare ed osservare’’.
Al celebre artista originario
di Caivano in provincia di Napoli, si deve anche una mostra itinerante dedicata naturalmente a
Pinocchio, allestita fino al 30 agosto nei Giardini del parco di Collodi che successivamente farà
tappa a Parigi, Bruxelles, New
York, Tokio, Montecarlo. “Un
personaggio che non smette di
stupire - scherza Nocera - testimonial per l’Unicef, scelto da
Jack Lang in Francia come testo obbligatorio alle scuole elementari. E pensare che all’inizio
mi era antipatico.
Poi siamo diventati amici,
quasi fratelli - aggiunge Nocera
- mi emoziona il suo cotè fantastico e fantasioso, la sua sorprendente vitalità. Una favola che costringe gli adulti a leggerla per
poi raccontarla ai bambini. C’è
tutto da imparare in Pinocchio.
Il suo desiderio di conoscenza, la
sua curiosità sono contagiose.
‘Fermati e afferra l’attimo!’, sembra questa l’esortazione di Pinocchio - spiega ancora Nocera
- quasi un personaggio epicureo’’.
Diverso il giudizio del cardinale Giacomo Biffi, uno dei
più acclamati conoscitori di Pinocchio, che ha firmato i commenti e l’introduzione all’opera
realizzata da Art’È e illustrata da
Mario Ceroli. Il cardinale Biffi
parla di Collodi, autore (suo malgrado) di un “involucro di dottrina salvifica, di ispirazione cat11
tolica’’. “Pinocchio diventa uno
che sa vivere bene solo quando
lascia la legnosità e assume la natura di uomo - racconta il cardinale Biffi - è un pò la metafora
del mistero del soprannaturale,
cioè della partecipazione nostra
alla natura divina’’.
Ed aggiunge: “Pinocchio è
un personaggio interiormente
debole e incapace di scegliere la
strada del bene, esteriormente
insidiato da esseri maligni che
finiscono sempre con l’annullare i suoi virtuosi propositi. Apparentemente i suoi
tentativi sembrano vani... spiega ancora
- ma la redenzione si può e
si deve sperare, ma solo in
virtù di un
aiuto estrinseco - conclude
il carturchini,
incarnazione
di
questo
messaggio
consolante’’.
La fiaba
di Collodi è
stata tradotta
in tutto il
mondo più
della Bibbia
(93 lingue e
300 dialetti).
Un successo
in crescita per questo ‘personaggio di una lievita’ assoluta e
straordinaria, icona senza tempo che continua ad ispirare la
fantasia di pittori, artisti, illustratori - commenta il critico e
studioso Vittorio Sgarbi - ed è
proprio questa la grandeur di
un’opera.
Pinocchio, come la Divina
Commedia di Dante o I promessi
sposi di Manzoni - conclude - l’arte eccelsa ne raddoppia e ne consacra la vita nel tempo’’.
A história mais traduzida
em todo o mundo
PINÓQUIO ENTRE TEATRO, COREOGRAFIA, CINEMA,
LITERATURA E PINTURA. DE STEVEN SPIELBERG A ROBERTO
BENIGNI, DE SAVERIO MARCONI A VIRGILIO SIENI, O FASCÍNIO
SEMPRE VIVO DO BONECO DE COLLODI. EM EDIÇÃO, DOIS
LINDOS VOLUMES ILUSTRADOS POR ANTONIO NOCERA E
MARIO CEROLI, COM TEXTOS E INTRODUÇÃO DE BIFFI
m boneco de madeira símbolo da
mais desenfreada
alegria de viver, da
absoluta necessidade de liberdade e de experiências. Freqüentemente devastadoras, incomuns,
às vezes alienantes devido a um
destemido apego à vida.
Quem não conhece Pinóquio,
sua história, suas aventuras, seus
pais hipotéticos, (Geppeto, o humilde lenhador ou Carlo Collodi,
o autor do romance.... ), aquela
extraordinária de contínuas ad-
U
JULHO • LUGLIO 2002
vertências, exortações, aventuras
públicas e privadas que transformaram Pinóquio numa figura de
condições superiores.
Não é por acaso que recentemente o teatro, a música, a dança, o cinema tenham se apropriado do célebre boneco protagonista, malgrado seu, das ribaltas internacionais.
Alguns nomes? Steven Spielberg (A.I. Inteligência Artificial),
Roberto Benigni (talvez na mostra de Veneza o seu elogiadíssimo
Pinocchio, filmado na Úmbria),
INSIEME
Antonio Nocera
Virgilio Sieni, Vittorio Biagi, Roberto Castello, Saverio Marconi
que solicitou ao conjunto Pooh
uma trilha sonora que estréia na
próxima estação na Itália. Cenografias grandiosas iluminadas por
800 projetores, 320 hábitos, 280
pessoas empenhadas no projeto e
uma orquestra Live. Megaespetáculo com gosto e jeito disneyanos,
tecnologias de vanguarda, embora respeitando o centro da história, protagonista Manuel Frattini, intérprete cult do teatro italiano.
“Não esperavas revisitação diz Marconi - tudo será surpreendentemente próximo ao original
INSIEME
Un ritratto di
Antonio Nocera
che ha illustrato
una nuova
edizione de “Le
avventure di
Pinocchio”.
Um retrato de
Antônio Nocera,
que ilustrou a
nova edição de
“As Aventuras de
Pinóquio”.
de Collodi. Havará a fadinha, o
gato e a raposa, Lucignolo, o pobre Geppetto... No fundo, fomos
todos Pinóquios. Divididos entre
a fase da adolescência e a idade
adulta. As primeiras esperiências,
a percepção do mundo, a aparente tranquilidade de quem pensa
ter conquistado o universo’’.
Mas aquele menino irreverente e desconcertante, moleque e insolente, dramaticamente próximo
às gerações dos jovens, em desesperada busca de certezas e estabilidade, inspirou também célebres
pintores e escultores. Parece quase impossível fugir de seu fascínio.
Há mais de 10 anos Antonio
Nocera trabalha em seu próprio
Pinóquio. Uma grande obsessão
expressa em bronzes e ceras, colagem sobre telas e plexiglass, aquarelas, litogravuras, esculturas
(mais de 250 trabalhos) e o belíssimo livro de imagens As aventuras de Pinóquio. História de um boneco, publicado pela Art Atelier.
Um rio cheio de retratos, aquarelas, cores, sugestões para apresentar um Pinóquio multiforme e ao
mesmo tempo sempre igual a ele
mesmo, esvoaçando entre personagens arquétipos ( a Lua, Pulcinella, gorrinho vermelho) dos quais
é cheio o mundo de Nocera.
“Lendo a fábula de Pinóquio-
via passar diante de meus olhos os
momentos principais de suas aventuras - conta o artista em seu ateliê Parigino v - as suas cores,
sombras, a minha mão conduzida pelo intrépido
boneco.... É como se tivesse vivido oa história não como
espectador, mas como protagonista, escondido atrás dos bastidores a olhar e observar’’.
Ao célebre artista originário
de Caivano, província de Nápoles, deve-se também uma mostra itinerante dedicada naturalmente a Pinóquio, organizada
até o final de agosto nos jardins
Il collage su tela intitolato
"Orecchie d'asino".
Il collage su tela intitolato
"L'abbecedario"
Colagem sobre tela intitulado
“O abecedário”
Colagem sobre tela intitulado
“Orelhas de burro”
Una delle illustrazioni del libro. Uma das
ilustrações do livro
L'acquerello intitolato “Il paese dei balocchi”
A aquarela denominada “A terra dos bobos”
L'acquerello intitolato "I dottori". A aquarela intitulada “Os doutores”
JULHO • LUGLIO 2002
12
ICONE
símbolos italianos
de de conhecimento, sua curiosidade são contagiantes. “Para e
agarra o momento!” parece esta a
exortação de Pinóquio - explica
ainda Nocera - quase um personagem epicuriano’’.
Diferente é o julgamento do
cardeal Giacomo Biffi, um dos
mais aplaudidos conhecedores de
Pinóquio, que assinou os comentários e a introdução da obra realizada por Art’É e ilustrada por
Mario Ceroli. O cardeal Biffi fala
de Collodi, autor (contra sua vontade) de um “invólucro de doutrina salvadora, de inspiração católica’’. Pinóquio torna-se alguém que
sabe viver bem apenas quando dei-
xa de ser boneco de madeira e assume a natureza humana - diz Biffi - é um pouco a metáfora do mistério do sobrenatural, isto é da participação nossa na natureza divina”.
E acrescenta: “Pinóquio é um
personagem interiormente fraco e
incapaz de escolher o caminho do
bem, exteriormente cercado por
seres maus que acabam sempre por
anular seus virtuosos propósitos .
Aparentemente suas tentativas parecem inúteis... - explica ainda mas a redenção se pode e se deve
esperar, mas apenas devido a uma
ajuda exterior - conclui o cartunista, encarnação dessa mensagem
consoladora’’.
A história de Collodi foi traduzida em todo o mundo mais
que a Bíblia (93 línguas e 300 dialetos). Um sucesso crescente para
esse “personagem de uma leveza”
absoluta e extraordinária, ícone
sem tempo que continua a inspirar a fantasia de pintores, artistas, ilustradores - comenta o crítico e estudioso Vittorio Sgarbi
- e é exatamente essa a grandeza
de uma obra. Pinóquio, como a
Divina Comédia de Dante ou Os
Noivos de Manzoni - conclui - a
arte por excelência que em si redobra e consagra a vida através
dos tempos’’. (Traduz. DePeron)
Mario Ceroli
do parque de Collodi que depois
irá para Paris, Bruxelas, Nova Iorque, Toquio, Montecarlo. “Um
personagem que não deixa de encantar - brinca Nocera - personagem para Unicef, escolhido por
Jack Lang na Francia como garoto propaganda nas escolas primárias. E pensar que inicialmente ele
me era antipático.
Depois ficamos amigos, quase irmãos - acrescenta Nocera emociona-me o seu perfil fantástico e fantasioso, a sua surpreendente vitalidade. Uma fábula que
obriga os adultos a lê-la para depois contá-la às crianças. Aprende-se tudo em Pinóquio. Sua se-
Mario Ceroli è
l'autore delle
illustrazioni di una
nuova edizione de
"Le avventure di
Pinocchio" di
Collodi.
Mário Ceroli é o
autor das
ilustrações de uma
nova edição de “As
aventuras de
Pinóquio”, de
Collodi
13
JULHO • LUGLIO 2002
INSIEME
Foto DePeron
Gruppo Tradizioni
Popolari Oriundi
nasceu em 1999
com o objetivo de
resgatar, cultivar e transmitir as
tradições populares italianas, ainda ricas e vivas em todo aquele
país. Danças, cantos e representações obtidas junto a grupos folclóricos peninsulares, em pesquisas de campo e cursos com
renomados folcloristas , fazem
parte de seu repertório, interpretado com amor, fidelidade e dedicação.
Fundado e coordenado pelo
médico curitibano Davi Scorzato, com experiência de quase 20
anos na área do folclore, o Gruppo Oriundi tem em seu “sempre
O
INSIEME
crescente repertório”, conforme
Scorzato explica, as tradições de
várias regiões italianas, destacando-se a Tarantella dei Saraceni,
dança com bastões e de bonito
efeito cênico que representa a expulsão dos sarracenos da Ilha de
Capri; Cantu di Matanza, representação de um canto religioso
realizado pelos pescadores sicilianos na pesca do atum; Ballu
de su foccu, dança da Sardegna
em louvor a Santo Antonio onde se utiliza o fogo como elemento de purificação; Tarantella Napoletana, dança difundida como
a mais tradicional da Itália, ensinada ao Gruppo Oriundi por
Alessandra Belloni, uma italiana expert em folclore com traba-
lhos reconhecidos mundialmente; Tammoriatta nera, dança de
origem milenar, de forte sensualidade, executada nas regiões em
torno ao vulcão Vesúvio e, a impressionante Pizzica tarantata,
dança ritualística que deu origem à tarantella, que representa
o fenômeno do tarantismo ocorrido na região da Puglia. Apresenta ainda, conforme explica
Scorzato, vários números das regiões do Vêneto, Friuli-Veneza
Júlia, Toscana, Emília Romanha, entre outros.
O Gruppo Oriundi vem se
apresentando em diversas festividades no Estado de São Paulo, expandindo - sempre segundo Scorzato - em breve suas ati-
JULHO • LUGLIO 2002
vidades a outros Estados “onde
houver necessidade do espírito
tão alegre e vibrante dos italianos para abrilhantar festas típicas e outros eventos”.
O grupo é uma entidade sem
fins lucrativos, formado por componentes que, na sua maioria, são
descendentes de italianos, cujo
único objetivo “é aprender os melhores valores da vida e, como
seus nonos, aproveitá-la com alegria, prazer e simplicidade, mantendo as tradições, sem fechar-se
às tendências atuais”, afirma David Scorzato.
SERVIÇO: contatos com Davi
(011) 869-0046 ou no pager 887-7722
cod. 204323 - Carla (011) 9744-6744
14
ANEMA & CUORE
LO SAPEVI?
SAPEVI?
LO
VocŒ sabia?
motores da cultura ítalo-brasileira
Gruppo Oriundi
l Gruppo Tradizioni Popolari Oriundi nacque nel
1999 con l'obiettivo di riscoprire, coltivare e trasmettere le tradizioni popolari italiane, ancora ricche e vive in tutto
quel paese. Danze, canti e rappresentazioni realizzate assieme a
gruppi folklorici peninsulari in ricerche sul campo e corsi con rinomati folkloristi, fanno parte del suo
repertorio, interpretato con amore, fedeltà e dedizione.
Fondato e coordinato dal medico curitibano Davi Scorzato, con
una esperienza di quasi 20 anni nell'area del folklore, il Gruppo Oriundi ha nel suo 'sempre crescente' repertorio, come spiega Scorzato, le
tradizioni di varie regioni italiane,
in particolare la tarantella dei saraceni, danza con bastoni e di grande effetto scenico che rappresenta
l'espulsione dei saraceni dall'isola di
Capri, cantu di matanza, rappresentazione di un canto religioso realizzato dai pescatori siciliani durante
Foto DePeron
I
15
la pesca al tonno, ballu de su foccu,
danza della Sardegna in lode a Sant'Antonio dove si utilizza il fuoco
come elemento di purificazione.
tarantella napoletana, danza tra le
piú tradizionali d'Italia, insegnata
al gruppo Oriundi da Alessandra
Belloni, una italiana esperta in folklore con lavori riconosciuti a livello mondiale. Tammoriatta nera, danza di origine millenaria, di forte
sensualità, eseguita nelle regioni
intorno al vulcano Vesuvio e, l'impressionante pizzica tarantata, danza ritualistica che diede origine alla tarantella, che rappresenta il fenomeno del tarantismo occorso
nella regione della Puglia. Presentano anche, come spiega Scorzato,
vari numeri delle regioni del Veneto, Friuli-Venezia-Giulia, Toscana,
Emilia Romagna, ecc.. il gruppo
Oriundi si è esibito in diverse feste nello stato di San Paolo diffondendo - secondo Scorzato - in breve tempo la sua attività a altri stati 'dove c'è bisogno dello spirito allegro e vibrante
degli italiani per
dar vita a feste
tipiche e altri
eventi."
Il
gruppo é un ente senza fini di
lucro, formato
da membri che
nella maggior
parte sono discendenti di italiani, il cui unico obiettivo "è
imparare i migliori valori della vita e come i
nostri nonni,
gustarla con allegria, piacere e
semplicità,
mantenendo le
tradizioni, senza chiudersi di
fronte alle tendenze attuali"
afferma David
Scorzato.
(Traduz. M.
Giuseppina
Brandi) La figura
danzante indossa
un tipo di
abbigliamento
comunemente
portato sia dagli
uomini che dalle
donne etrusche: la
tunica e il mantello
(trabea). Come
accessori il
personaggio indossa
dei caratteristici
stivaletti stringati con
punte pronunciate
(calcei Repandi).
Di Italia, almeno come entità geografica, si parlava già all'epoca
Da Itália, pelo menos como entidade geográfica, falava-se já na
degli Etruschi, popolo di grande civiltà,come testimoniano i reperti
época dos etruscos, povo de grande cultura, como provam descobertas
custoditi in alcuni musei, soprattutto in Toscana e Lazio, le regioni
guardadas em alguns museus, principalmente na Toscana e no Lácio,
dei maggiori insediamenti etruschi (presenti anche in Umbria, in
as áreas de maior presença etrusca (também na Úmbria, Campânia
Campania e in alcune zone delle attuali Emilia e Lombardia).
e em algumas áreas das atuais Emília e Lombardia).
Poi vennero i Romani che, a partire dal III secolo a. C., unificaDepois vieram os romanos que, a partir do III século a.C., unifirono sotto il loro dominio l'intera penisola (e gran parte dell'Europa).
caram sob seu domínio toda a península (e grande parte da Europa).
La parola Italia apparve su una moneta del I secolo a. C. coniata
A palavra Itália apareceu numa moeda do século I a.C. cunhada
dalla confederazione dei popoli italici in rivolta contro Roma. La mopela confederação dos povos itálicos em revolta contra Roma. A moneta fu ritrovata in Abruzzo, a Corfinio, l'antica Corfinium, capitale
eda foi encontrada no Abruzzo, em Corfinio, a antiga Corfinium, cadella confederazione con il nome di Italica.
pital da confederação com o nome de Itálica.
Il lungo dominio di Roma (dal III secolo a.C. al V secolo d. C.) ha
O longo domínio de Roma (do século III a.C. ao século V d. C.)
lasciato tracce indelebili in Italia: strade, acquedotti, templi, monudeixou traços indeléveis na Itália: estradas, aquedutos, templos, momenti, città, ponti, teatri. Memorie di un passato remoto eppure straornumentos, cidades, pontes, teatros. Memórias de um passado remoto e,
dinariamente presente, visibile in ogni angolo d'Italia, a Nord come
no entanto, extraordinariamente presente, visível em todos os cantos da
a Sud.
Itália, de Norte a Sul.
Dopo la decadenza dell'Impero Romano, l'Italia fu invasa e domiDepois da decadência do Império Romano, a Itália foi invadida
nata per lunghi secoli da popoli stranieri, soprattutto nel Sud e in Sie dominada por longos séculos por povos estrangeiros, principalmente
cilia.
no Sul e na Sicília.
Eppure, grazie al fiorire di città-stato indipendenti nel Centro-Nord
Mesmo assim, graças ao florecer de cidades-estados independentes
(Venezia, Firenze, Siena, Genova, Milano), l'Italia divenne un Paese
no Centro-Norte (Veneza, Florença, Siena, Gênova, Milão), a Itália
fiorente di arti e di commerci, prospera e civile.
torna-se um País cheio de artes e de comércios, próspera e civilizada.
Nel secolo successivo, i piccoli stati indipendenti non resistetteNo século seguinte, os pequenos estados independentes não resistiro alle invasioni di grandi stati come la Spagna e l'Austria.
ram às invasões de grandes estados como a Espanha e a Áustria.
Solo il piccolo regno del Piemonte rimase indipendente e dopo la
Somente o pequeno reino do Piemonte restou intependente e depois
parentesi dell'occupazione napoleonica divenne il “motore” del Risorda ocupação napoleônica tornou-se o motor do Risorgimento, o grangimento, il grande movimento che portò, nel 1870, alla definitiva unide movimento que levou, em 1870, à definitiva unificação da Itália,
tà dell'Italia, sotto la guida della casa reale dei Savoia.
sob o comando da casa real dos Savóia.
Dopo la Seconda Guerra mondiale, nel 1946, un referendum poDepois da Segunda Guerra mundial, em 1946, um plebiscito abopolare abolì la monarchia e proclamò la Repubblica.
liu a monarquia e proclamou a República.
JULHO • LUGLIO 2002
Fonte: ENIT - Ente Nazionale per il Turismo.
INSIEME
Aspecto do grande salão denominado Paiol Italiano, preparado especialmente para a IX Festa dos Descendentes de Italianos de Cariacica.
Aspetto del cosiddetto Granaio Italiano, appositamente preparato per la IX Festa dei Discendenti di Italiani di Cariacica.
GLI ITALIANI DI CARIACICA
discendenti di italiani sono
tutti italiani, ma quelli di
Cariacica nello Stato di Spirito Santo fanno una festa
annuale per commemorare la discendenza. Cariacica significa 'arrivo del
bianco' in lingua tupi. E da quando
i bianchi arrivarono in quella terra vicina a Vitoria, capitale di Spirito Santo, a cominciare dai missionari gesuiti, nessun indio ebbe più pace. Lí oltre alle croci e alle cappelle, i missionari stabilirono fattorie e, in alcune
di esse, mulini. per primi vennero i
pomerani, a partire dal 1829, per lavorare nella ferrovia di Itacibá. Ben
presto arrivarono i portoghesi, gli
italiani arrivarono molto dopo. dal
25 novembre del 1890 Cariacica ha
status di municipio. oggi conta 340
mila abitanti, il 95% dei quali vive
nella zona urbana. nella terra dei
goitacazes, i discendenti di immigrati italiani realizzano, tutti gli anni dal
1994, una festa etnica che, secondo i
suoi organizzatori (ma sono conte-
I
INSIEME
Italianos de Cariacica
Descendentes de italianos são todos italianos. Mas os de Cariacica, no
Espírito Santo, fazem uma festa anual para comemorar a descendência.
ariacica quer dizer
“chegada do branco”
em linguagem tupi. E
desde que os brancos
chegaram naquela terra vizinha
de Vitória, a capital do Espírito
Santo - a começar pelos missionários jesuítas - índio nenhum
mais teve paz. Ali, além das cruzes e capelas, os missionários estabeleceram fazendas e, em algumas delas, engenhos. Primeiro
vieram os pomeranos, a partir de
1829, para trabalhar na estrada de
ferro de Itacibá. Logo em seguida chegaram os portugueses. Os
italianos vieram bem depois. Desde 25 de novembro de 1890, Cariacica tem o status de município.
Hoje conta com 340 mil habitantes, 95% dos quais estão na área ur-
C
bana.
Na terra dos Goitacazes, os
descendentes de imigrantes italianos realizam, todos os anos desde 1994, uma festa étnica que, conforme querem seus organizadores
(mas são contestados pelos italianos de Venda Nova do Imigrante), é a maior do gênero no Estado. A deste ano aconteceu de 3 a
7 de julho e, só no domingo de
encerramento, foram preparadas
mais de oito mil refeições, tendo
por base polenta, queijo branco,
lingüiça de porte, queijo ralado e
macarrão. A festa, batizada de
“Encontro dos Descendentes de
Italianos de Cariacica”, concorre
com as bandas de congo que notabilizaram Cariacica e já está na
nona versão. Conforme informa
JULHO • LUGLIO 2002
um dos coordenadores do evento,
Edvalter Salvador, metade do lucro das festas italianas é destinado sempre a obras sociais do município. Este ano, por exemplo,
foi para a Apae Cariacica e Casa
de Apoio aos portadores de HIV
de Campo Grande. A realização
do evento é de responsabilidade
da Associação dos Moradores do
Núcleo de Campo Grande, cujo
presidente atual é Francisco de
Assis Nicoli. Além do Paiol Italiano, a festa reúne atrações culturais com grupos de diversas procedências, como o grupo Sul
Paion e as cantoras Inês Rizzardo
e Lilian e Carina, do Rio Grande
do Sul, o grupo Toni Boni e o cantor Mirano Shuler, do Espírito
Santo, e Vecchio Scarpone, de SC.
16
GIORNO DI FESTA
manifestações culturais
stati dagli italiani de Venda Nova do
Imigrante) é la maggiore del genere
nello stato. Quella di quest’anno ha
avuto luogo dal 3 al 7 di luglio e, solo nella domenica di chiusura, sono
stati preparati oltre otto mila pasti, a
base di polenta, formaggio bianco,
salsiccia di porco, formaggio grattugiato e pasta. La festa battezzata 'Incontro dei discendenti di italiani di
Cariacica' concorre con gruppi di congo che caratterizzano Cariacica e che
già è alla sua nona edizione. Come
riferisce uno dei coordinatori dell'evento, Edvalter Salvador, metà del
lucro delle feste italiane è destinato
a opere sociali del municipio. Questo anno, per esempio, il ricavato è andato a Apae Cariacica e alla Casa di
Appoggio ai portatori di HIV di Campo Grande. La realizzazione dell'evento é responsabilità dell'Associazione degli Abitanti del nucleo di Campo Grande, il cui presidente attuale é
Francisco de Assis Nicoli. Oltre al Paiol
Italiano, la festa riunisce attrazioni culturali e gruppi di diversa proveninenza, come il Gruppo Sul Paion e le cantanti Ines Rizzardo e Lilian Carina di
Rio Grande do Sul , il gruppo Toni
Boni e il cantante Mariano Shuler di
Spirito Santo e Vecchio Scarpone di
Santa Catarina. (Traduz. M. Giusep-
O portal, construído para a festa; o casal Gerson e Rita Camata (ele
senador e ela candidata a vice-presidente na chapa de Serra) com a amiga
Eliza Galioli; entre sacos de café e garrafões de vinho o grupo de Toni Boni
e o cantor Mariano Shuler.
Il portone costruito per la festa, la coppia Gerson e Rita Camata (lui é
senatore e lei é candidata a vice presidente nel gruppo di Serra) con l'amica
Eliza Galioli, fra sacchi di caffe e bottiglioni di vino il gruppo di Toni Boni
e il cantante Mariano Shuler.
pina Brandi) Todas as candidatas que
participaram do concurso,
vencido por Fernanda
Lira Machado (em baixo,
no centro) Lize Secchin
Feliz (d) e Carleandra
Romano Oliosa.
Tutte le candidate che
parteciparono al concorso,
vinto da Fernanda Lira
Machado (in basso, al
centro) Lize Secchin Feliz
(d) e Carleandra Romano
Oliosa.
O “Coro de Tradições
Italianas Joaquim
Lovatti” de
Cariacica, e um
batalhão de
voluntários servindo o
almoço típico.
Il 'coro delle
tradizioni italiane
Joaquim Lovatti'
di Cariacica e un
esercito di volontari
che servono
il pranzo tipico.
17
JULHO • LUGLIO 2002
INSIEME
AFFARI
empresas & empreendedores
om mais de 30 anos
de experiência profissional na área de automação industrial, o
engenheiro mecânico Aldo Gaspare Gammicchia escolheu a região
da Grande Curitiba para montar
sua empresa. Veio atraído pelo surgimento do pólo automotivo que
está transformando a realidade da
capital paranaense e não se arrepende. Desde que fundou a Eurogam - Automação Industrial, no
início do ano 2000, não para de
crescer. Seu segredo, além da grande esperiência profissional, está na
qualidade dos serviços prestados,
aliada à rapidez e uma dose incomum de criatividade. “Não existe
problema sem solução adequada”,
costuma dizer ele. Em seu cadastro de clientes estão nomes conhecidos como a Renault do Brasil,
Chrysler do Brasil, Volkswagem
Audi, Peguform, Bea do Brasil,
ThyssenKrupp, Pithan Engenharia
e Manutenção e Gefit do Brasil.
Pelos computadores, máquinas e equipamentos sofisticados da
Eurogam atualmente passam alguns segredos industriais que os
consumidores da área automotiva
haverão de conhecer somente no
ano que vem. Tudo é feito com
muita precisão e profissionalismo.
Do desenho de uma bucha de plástico ao numerador automático de
chassis de automóveis ou a construção de dispositivos de controle
e calibração, das juntas de um braço de robô ou, mesmo a simples
tampa de uma embalagem, a margem de erro tem que ser nula ou
mínima, visando sempre a qualidade final do produto.
ASSESSORIA EMPRESARIAL - Com mais de trinta funcionários especializados, a Eurogam
C
INSIEME
preparou-se também para a prestação de serviços a todo tipo de indústria que busque o aumento da
produtividade, da qualidade e dos
níveis de segurança. Além de ante-projetos, ela opera no desenvolvimento e estudo de lay-out, de projetos mecânicos, de modificações
de dispositivos e linhas completas
de montagem, além de acompanhamento, implantação e colocação de equipamentos em funcionamento. “Estamos capacitados inclusive a fornecer suporte ao treinamento e reciclagem de pessoal
para a fase que sucede a automação”, garante Gammicchia, consciente de que um processo de automação não precisa, necessariamente, implicar na dispensa de
mão-de-obra.
Devido aos custos que o processo exige, a automação de uma
empresa pode ser desenvolvida por
etapas ou mesmo em diferentes níveis ou graus de complexidade.
“Há, sempre, formas diversas de
fazer, mas o grau de automação, isto é, sua sofisticação, é que geralmente determinam a rentabilidade e a produtividade finais”.
EMPRESA GENUINAMENTE
BRASILEIRA, FUNDADA E
DIRIGIDA POR ITALIANO COM
LARGA EXPERIÊNCIA NO
SETOR, FAZ SUCESSO EM
APENAS DOIS ANOS DE
ATIVIDADE. ATÉ AQUI
ATENDEU GIGANTES DO
SETOR AUTOMOBILÍSTICO, MAS
ESTÁ CAPACITADA A PRESTAR
ASSESSORIA A QUALQUER TIPO
DE INDÚSTRIA.
SERVIÇO - A Eurogam
Automação Industrial Ltda tem
sede na Avenida Maringá, 589,
bloco 33 - Jardim Pedro
Demeterco - CEP 83324-000,
Pinhais - PR.
Tele/Fax 041-668-6135 - E-mail:
[email protected]
www.eurogam.com.br
Na seqüência de fotos acima, uma idéia do processo: o projeto é
desenhado no computador, executado por máquinas e
equipamentos de alta precisão e depois montado. Nas fotos
abaixo, o diretor técnico Aldo Gaspare Gammicchia mostra um
teste de cabeçote de automóvel e uma estrutura para controle de
qualidade dos painéis de porta.
JULHO • LUGLIO 2002
18
AUTOMAZIONE INDUSTRIALE
Impresa tipicamente brasiliana,
fondata e diretta da italiani con una
grande esperienza nel settore,
ottiene successo in soli due anni di
attività. Fino ad oggi ha fornito i
giganti del settore automobilistico,
ma é abilitata a fornire consulenza
a qualunque tipo di industria.
INDUSTRIAL
on oltre 30 anni di
esperienza professionale nell'area della automazione industriale, l'ingegnere meccanico Aldo Gaspare Gammicchia, ha scelto la regione della Grande Curitiba per
montare la sua impresa. Arrivò qui
attratto dal sorgere del polo automobilistico che sta trasformando
la realtà della capitale paranaense
e non se ne è pentito. Dal momento in cui fondò la Eurogam - automazione industriale, all'inizio del
2001, non ha mai smesso di crescere. il suo segreto, oltre alla grande
esperienza professionale, sta nella
qualità dei servizi prestati, unita alla rapidità e ad una dose non comune di creatività. 'Non esiste un
problema al quale non si possa trovare una adeguata soluzione' è solito dire. Nel suo archivio di clienti si trovano nomi conosciuti come
la Renault Brasile, la Chrysler Brasile, la Volkswagen Audi, Peguform,
Bea Brasile, Thyssenkrupp, Pithan
Ingegneria e manutenzione e Gefit Brasile.
Attraverso i comupters, le macchine e l'attrezzatura sofisticata della Eurogam oggi passano alcuni segreti industriali che i consumatori della area automobilistica conosceranno solo il prossimo anno.
Fotos DePeron
C
Noutro departamento, Aldo aparece junto a seu representante
comercial Eduardo Pucca de Andrade e ao lado de uma
carroceria de automóvel que serve de modelo para o
desenvolvimento de projetos especiais para a linha de montagem.
Na última foto, um martelete de precisão criado pela empresa
para substituir um processo manual de colocação de tuchos.
19
JULHO • LUGLIO 2002
tutto é fatto con molta precisione
e professionalità. Dal disegno di
una borchia di plastica al numeratore automatico di chassis delle auto o alla costruzione dei dispositivi di controllo e calibrazione delle
'giunture' di un braccio di un robot, o, persino il semplice coperchio
di un imballaggio, il margine di errore deve essere nullo o minimo,
avendo sempre come obiettivo la
qualità finale del prodotto.
CONSULENZA IMPRESARIALE.
Con oltre trenta funzionari specializzati la Eurogam si é preparata
anche a fornire prestazioni di servizio a tutti i tipi di industria che
cerchino un aumento della produttività, della qualità e dei livelli di
sicurezza. Oltre ai progetti preliminari, essa si occupa dello sviluppo e dello studio del lay-out, di progetti meccanici, di modifiche di dispositivi e linee complete di montaggio, oltre a seguire l'impianto e
la posa in opera di attrezzature. 'Siamo anche in grado di fornire supporto all'addestramento e riciclaggio del personale per la fase che segue a quella della automazione ' garantisce Gammicchia, cosciente del
fatto che un processo di automazione non richiede, necessariamente,
una riduzione della mano d'opera.
A causa dei costi che il procedimento esige, l'automazione di una
impresa può essere portata avanti
a tappe, o anche con livelli e gradi
diversi di complessità. 'Ci sono
sempre forme diverse di fare, ma é
il grado di automazione, cioè la sua
sofisticazione, che generalmente
determina il rendimento e la produttività finali. (Traduz. M. Giuseppina Brandi) INSIEME
CLIC
gente insieme
p O casal jornalista Julio (Tania) Zaru
comemorações do Dia da República Ital
p Vani Kubrusly, Andréa
David, Barbara Kubrusly,
Mauro Tadeu David Beal, Clair
e Emires David, fotografados no
dia da homenagem que o
Consulado em Curitiba prestou a
Mauro, entregando-lhe a
Medaglia al merito della cultura
italiana. (foto DePeron).
Itsaias Girardi,
presidente do
Círculo Trentino de
Rodeio-SC e sua
inseparável
Scandalli.
A jovem
advogada
Mônica
Tamanini, de
Curitiba. }
tA professora
Jeanine Campelli
(d), da equipe de
Insieme, reunida
para uma noite de
pizzas e vinho com
a turma de alunos
de italiano e
diretores da
Sociedade
Giuseppe
Garibaldi, de
Curitiba.
O casal Vilmar
(Leoni) Cucchi, da
Associazione
Bellunesi de
Concórdia-SC. }
INSIEME
JULHO • LUGLIO 2002
20
aruch, de Curitiba, nas
taliana, no Palácio Iguaçu.
p O casal advogado Humberto (Evanira Rubini) Pradi e a filha Firlane
Rubini Pradi, também advogada, de Jaraguá do Sul - SC.
Itntegrantes da diretoria
e colaboradores do
Círculo Italiano de
Lages-SC.
Angelo Clemente
Sganzerla, do staf do
governador de Santa
Catarina, Esperidião
Amin. }
O
t casal
Mario (Sueli
Beatriz
Frainer) e
Mario Biz,
de RodeioSC.
As três
vocalistas da
banda Vecchio
Scarpone:
Popa, Jose e
Gisele }
21
MAIO • MAGGIO 2002
COPERTINA
matéria de capa
Rio do Oeste-SC
POLENTAL’IMPERO DELLA POLENTA
IMPÉRIO DA
Em sua 13ª versão, a Festa da Polenta de Rio
do Oeste, no alto Vale do Itajaí-SC, ganha
o mascote Il Polentino, símbolo da
“maior polenta do mundo”.
erguntem a Antonio Conzati se tem certeza de que aquela é a maior polenta do mundo e ele responderá que enquanto não fundirem um parolo maior que o seu, não
há dúvidas de que sua
equipe produz a maior
polenta do mundo:
800 litros d’água e
180 quilos de fubá.
Quase uma tonelada
de polenta, de uma só
vez. Ele é o chefe da
equipe de polenteiros de Rio do
Oeste-SC que, após adquirir fama local com a “maior polenta do mundo”, já correu o Brasil, naturalmente
fazendo polentas. Já estiveram em diversas cidades, como Florianópolis, Joaçaba, Chapecó, Xanxerê, Urussanga e Nova Veneza, todas em Santa Catarina, Londrina, Jataizinho e Cambé, no Paraná, além
de cidades do Mato Grosso e no Rio Grande
do Sul. “Onde vamos, levamos esse parolo, fundido, juntamente com outros dois menores, em
Erechim-RS, com cabeçotes de Scânia”. Vai junto o
pessoal indispensável (Severino Rossa, Titi Trapassolli,
Rino Araldi, Viga Tarnoski, Januário Postai, Nelson Girardi, e seu “ajudante de ordens”, Anselmo Heidemann
com nome alemão mas alma de italiano) o parolo, um
pequeno guindaste, e a base daquilo que se poderia chamar de fogão, sobre o qual, depois de ter sua construção completa no local, incluindo o reboco, é assentado
a imensa panela que, quando cheia de água quente e
fubá amarelo, requer cuidados especiais com relação à
segurança. Afinal, uma tonelada de polenta é quase a
lava de um vulcão.
Cada polenta gigante é um suadouro. Nos dias 12
e 13 de julho, os polenteiros de Rio do Oeste fizeram três delas, para alimentar milhares que foram
à 13ª Fepol, aberta com todas as honras pelo prefeito e autoridades locais, convidados com direito
a rai-nha, princesas e tudo o mais. Uma das polentas foi para a terceira idade, no meio-dia de
sábado. No dia anterior - a abertura da festa enquanto a polenta cozinhava no enorme parolo, mexida continuamente das 16 horas até ser
servida, às 21 horas, no salão decorado
P
INSIEME
a tredicesima versione idella
Festa della Polenta di Rio do
Oeste, alta Valle dell’Itajaí-SC
presenta la mascotte Il Polentino, simbolo della “polenta più grande
del mondo”. Chiedete a Antonio Conzati se è sicuro che quella sia la polenta più grande del mondo e lui risponderà che fin quando non sarà
fuso un paiolo più grande del suo,
non c’è dubbio che la sua équipe
produce la polenta più grande del
mondo: 800 litri d’acqua e 180 chili di farina di mais. Quasi una tonnellata di polenta preparata in una
sola volta. Lui è il capo dei polentai di Rio do Oeste-SC che,
acquistata la fama locale
con “la polenta più grande del mondo”, ha ormai
girato il Brasile a preparare polente. Sono già
stati in tante città, come Florianópolis, Joaçaba, Chapecó, Xanxerê, Urussanga e Nova
Veneza, tutte in Santa
Catarina, e a Londrina,
Jataizinho e Cambé, in
Paraná, oltre a città di Mato
Grosso e di Rio Grande do Sul.
“Ovunque andiamo, ci portiamo
adosso questo paiolo, che è stato fuso a Erechim-RS, con altri due più piccoli, da pezzi di motori Scania”. Ci accompagna il personale indispensabile (Severino Rossa, Titi Trapassolli, Rino Araldi, Viga Tarnoski, Januário Postai, Nelson Girardi e il suo “principale
collaboratore” Anselmo Heidemann, dal nome tedesco ma dall’anima italiana), il paiolo, una piccola gru e la base di ciò che se potrebbe chiamare cucina, sulla quale - che viene finita sul posto - riposa l’imensa pentola che, piena d’acqua calda e farina
gialla, richiede speciale atenzione per la sicurezza. Insomma, una tonnellata di polenta è quase la lava di un
vulcano. Ogni polenta gigante costa una fatica. Nei
giorni 12 e 13 di luglio, i polentai di Rio do Oeste ne
hanno fatte tre, da servire alle migliaia di persone che hanno partecipato alla 13ª Fepol con diritto a regina, principesse e apertura con tanto di onore dal sindaco e da autorità locali. Una delle polente è andata alla terza età, a mezzogiorno di sabato. Il giorno prima - l’apertura della festa mentre si cucinava la polenta nell’ernorme paiolo, mescolandola continuamente dalle ore 16 fino al momento di
servirla, alle 21, nel salone adobbato con i colori del-
L
JULHO • LUGLIO 2002
22
Foto DePeron
BELLA POLENTA COSÌ
O mascote Il Polentino circula (página ao lado) pelo salão; acima, a
mais delicada operação dos polenteiros: derrubar a enorme polenta com
a ajuda de um pequeno guindaste; em baixo, mexendo sem parar
enquanto o comandante Conzati coloca mais lenha na fornalha.
Accanto, la mascotte Il Polentino gira per il salone; sopra, la più
delicata operazione dei polentai: versare l’enorme polenta con l’aiuto di
una piccola gru; sotto, mescolando senza riposare, mentre il capo
Conzati mette più legna nel forno.
Quando a polenta foi servida,
o salão inteiro já estava impregnado pelo aroma de polenta cozida,
típico das antigas cozinhas italianas tocadas a fogão a lenha. E a
noite já não era tão fria como an-
la bandiera italiana, si succedevano discorsi, canti, danze e un lieto incontro di amici. Così lieto
che la festa, dall’esclusivo apello
italiano, ha aperto una finestra
per ricevere gli omaggi resi da un
gruppo folkloristico tedesco di
Joinville, oltre a integranti in costume della Kegelfest (la tradizionale festa del Bowling), della vicina Rio do Sul.
Quando è stata servita la polenta, tutto il salone era già pieno del suo profumo, tipico delle
antiche cucine italiane dalla cucina a legna. E la notte non era
ormai tanto fredda come prima:
il calore disperso dall’enorme po-
Fotos DePeron
com as cores da bandeira italiana
sucediam-se discursos, cantorias,
danças e um bem humorado reencontro de amigos. Tão bem humorado que a festa, de exclusivo
apelo italiano, abriu uma janela
para receber homenagens por parte de um grupo folclórico germânico de Joinville, além de integrantes uniformizados da Kegelfest
(a tradicional festa do bolão) da cidade vizinha de Rio do Sul.
23
JULHO • LUGLIO 2002
INSIEME
COPERTINA
matéria de capa
Fotos DePeron
Prefeito, rainha e princesas
aplaudem a operação bem
sucedida do tombo da polenta
em meio a uma grande coluna
de vapor; depois, posam diante
do parolo enorme que, em
seguida, entra em operação de
limpeza, porém não antes da
retirada do cascão ainda
quente, disputado por muitos da
platéia.
tes: o calor dispersado pela enorme polenta fumegante fez com
que muita gente tirasse os sobretudos antes de cair na dança, já
animada pela música de Vecchio
Scarpone e por uns bons goles de
vinho cabernet da San Michele da
também vizinha Rodeio.
A parte mais emocionante da
festa é, sem dúvida, a operação de
derrubada da polenta num original tagliero, construído com bordas
altas para evitar transbordamento,
já que a polenta, por ser muito gran-
INSIEME
de, tem que ser, necessariamente,
mais mole que o normal. Enquanto os polenteiros trabalham, o povo entoa em coro: “Quando si pianta la bella polenta, la... tcha-tchapum...”. Comida de gente pobre
uma vez, hoje a polenta é objeto de
luxo e motivo de festa, ricamente
acompanhada de diversos tipos de
carne, salames, queijos e outras saborosas iguarias. Até mesmo o cascão, formado no fundo do imenso
panelão, é disputado com um misto de gula e saudosismo.
lenta fumeggiante ha fatto sì che
molta gente si togliesse il cappotto prima di cominciare a ballare,
animati dalla musica di Vechio
Scarpone e da buoni sorsi di vino cabernet della San Michele,
della vicina città di Rodeio.
La parte più emozionante
della festa è, senza dubbio, l’operazione del versare la polenta
sul un originale tagliere, costruito con bordi alti per evitare il
traboccamento, giacché la polenta - troppo grande - dev’esse-
JULHO • LUGLIO 2002
Sincaco, regina e principesse
applaudono la riuscita
operazione della caduta della
polenta in mezzo ad una
grande colonna di fumo; dopo,
posano davanti all’enorme
paiolo che verrà pulito, ma non
prima della racolta della crosta
ancora calda, dipsutata da
molti.
re necessariamente più tenera
del normale. Mentre i polentai
lavorano, la gente canta: “Quando si pianta la bella polenta, la...
cia-cia-pum...”. Una volta cibo di
povera gente, oggi la polenta è
oggetto di lusso e motivo di festa riccamente accompagnata da
diversi tipi di carne, salumi, formaggi e altri pietanze. Anche la
crosta che si forma sul fondo dell’imenso pentolone, è disputato
con una mescola di golosità e
nostalgia.
24
Fotos DePeron
Faccia da polenta!
do Dicionário Vêneto-Português-Italiano
Par far na bona polenta ghe vol: fogo, caliêra co ácoa boiente, farina di milio e sal, e pó dopo smissiar co la
méscola na bela orêta (Per fare una buona polenta occorrono: fuoco, pentola con acqua bollente, farina di
granoturco e sale, e poi mescolare col mestolo una bella oreta) - Para fazer uma boa polenta precisa-se de: fogo,
panela com água fervente, fubá e sal, e em seguida remexer com espátula (de madeira) por boa horinha In
passá sol che i poareti magnea polenta: ancô anca i siôri i la magna de gusto (In passato solo i poveri
mangiavano polenta; oggi anche i ricchi la mangiano con piacere) Antigamente só os pobres é que comiam
polenta; agora até os ricos a comem com gosto Co se gá fame, anca la polenta suta la ze bona (Quando si ha
fame, anche la polenta da sola è buona) Quando a gente está com fome, até polenta pura é boa Varda che
fácia da polenta! (Guarda che faccia da polenta!) Olha que cara de polenta! (isto é, cara cheia) A la matina
me piaze magnar polenta brustolada e salame rostío (Alla mattina mi piace mangiare polenta abbrustolita e
salame arrostito) De manhã gosto de comer polenta requentada na chapa e salame frito Polenta e late
ingrassa le culate (Polenta e latte ingrassano (le natiche)) Polenta e leite engordam as nádegas 25
JULHO • LUGLIO 2002
Enquanto a polenta é preparada
num dos palcos, noutro sucedemse apresentações musicais de
grupos locais uniformizados e
com repertório genuinamente
talian. Na foto de baixo, à
esquerda, os amigos da Kegelfest
que chegam para, depois, dividir
a comida na variada mesa
comum.
Mentre la polenta è preparata su
uno dei palchi, sull’altro si
sucedono presentazioni musicali
di gruppi locali in costume e dal
repertorio genuinamente talian.
Sotto, a sinistra, gli amici della
Kegelfest che arrivano per dopo
condividere il pasto abbondante
e vario sulla tavola comunde.
GIORNO DI FESTA
Fotos DePeron
manifestações culturais
Sônia Ronchi, José Osni Ronchi, Daniel Ampessan, Almarina Luchetta, Primo Lucheta, Vera de Tofol, Viviane
Pedri, Daiane Feder, Aclino Feder, Moacir Bertoldi e Paulo Floriani, da Famiglia Bellunesi de Jaraguá do Sul-SC.
Norma Rubini, Olinda Malutta, Evanira Rubini Pradi, Gislane Rubini
Pradi, Cecília A. Rubmini Menegotti, Odinéia S. Rubini Marchetti, Jandira
Rubini Costenaro, Wilmar C. Rubini e Margarete G. Ruibini Menegotti.
INSIEME
im de festa em Jaraguá do Sul-SC é, sempre, o melhor da festa. Quando quase todos foram embora, os que trabalharam para servir os convidados
caem na cantoria sem limite de
tempo para terminar. E então brotam canções de todos os tempos,
embaladas por gaita ou violão. Assim foi outra vez este ano na tradicional noite italiana promovido pelo Círculo local que tem preponderância trentina mas que
abriga também o pessoal da Famiglia Bellunesi, de recente organização. Mas o ponto alto da promoção, sem dúvida, são as homenagens da comunidade aos mais
antigos - uma cerimônia que também se repete todos os anos. A
história de cada família é contada
com a ajuda de muita pesquisa documental e dos mais sofisticados
recursos audio-visuais.
F
GENTE
ALEGRE DE
JARAGUÁ
DO SUL
O empresário Antídio Aleixo Lunelli (centro) com a esposa Beatriz
e os empreendedores Fernando Riva e Giusepe Riva: parceria ítalobrasileira na área industrial para o progresso de Guaramirim-SC.
JULHO • LUGLIO 2002
26
SEGNI DI FEDE
Fotos M. Orciuoli
sinais de fé e religiosidade
Hora de cantar, para homens e mulheres de todas as idades.
Ora di cantare, per uomini e donne di tutte le età.
Hora de tocar, com o conjunto de Rolando Sterzi.
Ora di suonare, com il gruppo di Rolando Sterzi.
Festa para o Santo,
vênetos e outros
Para que a festa seja boa, o pretexto precisa,
também, ser bom. Santo Antônio, por exemplo.
de junho. Lá estavam a Bruna Spinelli (presidente da Federação das Associações Vênetas no Estado de São
Paulo) e o Padre Giorgio, a puxar uma infindável relação de vênetos de carteirinha, como Stanislao Vecchiato, ou de adoção.
Mas também estavam romanholos, romanos e incertos ou não
sabidos. Afinal, Santo Antônio
de Pádova (que por sinal é português de nascimento) não tem
nenhum preconceito. Embora a
festa seja padovana em louvor ao
titular de uma das mais monumentais basílicas do globo, a alegria é universal e valem também
canções napolitanas. Importante
é cantar, que ao santo e aos homens alegra. No sítio de Spinelli, todos os anos é assim. E assim
será: uma bela oportunidade para o reencontro de amigos, de dirigentes de associações que durante o ano inteiro carregam o
piano para os outros tocar, uma
oportunidade de lazer, oração e
bênção. Com direito a ar puro,
sol e árvores.
26
27
Festa per il Santo,
veneti e altri
erché la festa riesca, anche il motivo dev’essere
buono. Sant’Antonio, per
esempio. 26 giugno. C’erano la Bruna Spinelli (presidente della Federazione delle Associazioni Venete nello Stato di San Paolo) e il Padre Giorgio a capo di un’enorme lista
di veneti tesserati come Stanislao Vechiatto, o per adozione. Ma c’erano anche romagnoli, romani e incerti o ignoti. Tutto sommato, Sant’Antonio di Padova (che, per la verità, è portoghese)
non ha pregiudizi. Nonostante la festa
sia padovana in onore del titolare di
una dele più monumentali basiliche
del Globo, la gioia è universale e ci stanno anche canzoni napoletane. L’importante è cantare ché al Santo e agli uomini giova. Nel podere di Spinelli tutti gli anni è così. E così sarà: una bell’opportunità per rivedere gli amici, i
dirigenti di associazioni che durante
l’anno si portano adosso il pianoforte
per far sonare gli altri, un’opportunità
di divertimento, preghiera e benedizione. Con diritto ad aria pura, sole e
alberi.
P
Hora de rezar: ao lado do Santo, Bruna Spinelli e Padre Giorgio.
Ora di pregare: accanto al Santo, Bruna Spinelli e il Padre Giorgio.
JULHO • LUGLIO 2002
Hora da confraternização: um vêneto,
outro romanholo, outro romano ou, como
na foto de baixo, integrantes da Associação
Vêneta de Cerquilho: Henriette Reginato
Gaiotto, Luiz Cesar Reginato,
Lidiana Caldona e Rosa Maria Denadai.
INSIEME
RACCONTO
lições de vida
UNA
LEZIONE
DI
uando gli anni cominciano ad accumularsi sulle nostre
spalle, i ricordi che a
volte affiorano alla memoria, sovente appaiono sbiaditi, sfumati. Il più
delle volte presentano lacune. Insomma, più che un ritorno a un passato vissuto sono degli sprazzi, quasi il lampeggiare improvviso di un
flash fotografico che lasciano però
nell'animo un senso di struggente
nostalgia e a volte anche di amarezza.
Vi sono però ricordi che si stagliano limpidi, con tutti i contorni
e sfumature, quasi concreti, tale è la
vivezza di come si presentano. Sono
quelli di situazioni, di fatti che hanno marcato la nostra esistenza, sia
nel bene, sia nel male. Sono appunto quelli che hanno stabilito lo spartiacque, fissando il definitivo indirizzo del nostro modo di agire e di pensare.
Quello che mi accingo a narrare è proprio uno di questi. Sembra
strano, quasi inconcepibile che un
semplice fatto, provocato da un incontro fortuito, abbia potuto capovolgere tutta una serie di concetti,
di teorie inculcate a forza, sin dall'infanzia dall'indottrinamento coercitivo dì una ventennale dittatura che
aveva intorpidito lo spirito critico
del popolo italiano.
Ma portiamoci dunque a Roma,
precisamente nel maggio del 1946.
L'anno 1 della nuova Italia, emersa
dalle macerie di una guerra persa,
l'anno del Referendum istituzionale, delle elezioni per la Costituente,
le prime veramente democratiche
dopo il buio del “ventennio ruggente”.
Chi non ha vissuto quell'epoca
“in loco” non potrà mai comprende-
Q
INSIEME
di/por Edoardo Coen
IL RISPETTO
DELL’OPINIONE ALTRUI
re l'atmosfera di quei giorni. Il Paese era praticamente allo sbando, fame e disoccupazione, miseria e distruzioni.
Si respirava però un'aria differente, pulita, stimolante. La gente,
quasi si fosse liberata dal peso di una
cappa di piombo, si sentiva finalmente libera, felice di poter parlare,
di discutere di tutto e su tutto, senza il timore di essere ascoltata da
orecchie estranee.
Ma principalmente si poteva
percepire il denominatore comune
che univa tutti indistintamente: il
desiderio di rimboccarsi le maniche,
ricostruire e ricominciare da capo
su nuovi ideali e con nuove speranze. Era il millenario spirito del popolo italiano, sempre presente nei
momenti critici della sua storia che
si sprigionava con prodigalità per
poter sopravvivere, che è poi uno
sport tipicamente nazionale, al quale sappiamo giocare da secoli.
Noi ragazzi di quell'epoca, che
eravamo cresciuti sotto l'indottrinamento pseudo-militaresco della GIL,
la conosciuta organizzazione giova-
nile fascista che ci aveva ubriacato di
un nazionalismo esasperato, e che
negli ultimi tre anni avevamo assistito, delusi e sbalorditi al naufragio
di tutto l'inutile ciarpame con cui ci
avevano imbevuto, ci eravamo buttati anima e cuore in quell'eletrizzante atmosfera.
Sentivamo crescere prepotente
in noi il desiderio di sapere, di conoscere e principalmente di comprendere. Incoscientemente ci eravamo resi conto che i nostri anni
erano stati bruciati, e inoltre pagati
con moneta falsa, e quindi volevamo
saltare le tappe e i tempi.
Repubblica o Monarchia? Era
il tema, il dilemma del momento.
Discutevamo accalorati, usando frasi e principi che avevamo udito dai
grandi. Partecipavamo a comizi, alle sfilate. Attaccavamo manifesti, alle volte senza nemmeno comprendere quello che incollavamo alle pareti. Però, anche se non riuscivamo
ad afferrare in pieno l'essenza, ci sentivamo inebbriati da ciò che emanava da quel crogiolo di Idee, propositi e proposte.
JULHO • LUGLIO 2002
Dato che il 2 giugno si sarebbe
svolto il referendum e l'elezione dei
deputati per la Costituente, la chiusura estiva delle scuole era stata anticipata, e così il 15 maggio, tutti promossi e in piene vacanze.
Avevamo formato una squadretta di calcio, la Folgore, in onore alla famosa divisione di paracadutisti
italiani annientata nel corso della
battaglia di El Alamein. Avevamo
anche deciso che il colore doveva essere l'azzurro, ma facendo l'inventario dei nostri guardaroba, verificammo che tutti noi avevamo maglie
verdi, e così ci decidemmo per questo colore, con il risultato che le maglie essendo di lana, durante le partite ci facevano sudare come tanti
dannati.
Ma ritornando a quel giorno di
Maggio, ricordo che andammo ad
allenarci al Galoppatoio di Villa Borghese, già che in quei tempi i cavalli non servivano per trottare o galoppare, ma bensì per essere trasformati in bistecche, in compagnia dei
gatti del Pantheon e dei Fori Romani, che però venivano serviti, questi
28
ultimi, in salmi o alla cacciatora.
Verso sera, lerci e impolverati
sin sulla radice dei capelli, tutti insieme ci dirigevamo verso casa. Come abitavamo tutti più o meno negli stessi paraggi, seguivamo per Via
Veneto, per poi sbucare sul piazzale
Termini.
Una sosta era però obbligatoria.
In piazza Esedra, che ora si chiama
della Repubblica, all'angolo di via
Nazionale sostava un carrettino che
vendeva “grattachecche”. Per chi
non lo sa, “grattachecca” è come a
Roma chiamano la granita.
Ci fermavamo impazienti e anelanti e guardavamo avidi con la bocca secca i pezzetti di ghiaccio tritato nei bicchierini trasformarsi in tanti rubini o smeraldi, dipendendo dallo sciroppo che vi era versato. Poi il
momento di pura soddisfazione goduto con gli occhi semichiusi, mentre succhiavamo il liquido ghiacciato attraverso la cannuccia, che terminava con un sinistro “criss”, suono questo che annunciava che oramai era finito. Quella sera, dopo la
sosta dissetante, decidemmo, dato
che l'ora non era poi così avanzata,
di mettere a mollo le nostre accaldate estremità inferiori, nell'acqua fresca del fontanone della piazza.
E così con i piedi immersi nell'acqua, come era naturale, cominciammo a discutere di politica. “Dovranno votare Repubblica o Monarchia” commentava il centravanti
Coppola, che inoltre ad avere un occhio di vetro che gli dava un'apparenza alquanto bieca, aveva le gambe coperte di tale vellosità da sembrare una scimmia “per me sarebbe
meglio lasciare tutto come è adesso.
Tanto non cambia niente”.
“Lasciare tutto così un corno”
lo interruppe il terzino sinistro Gritti, il quale aveva il padre tranviere
all'Atac (Azienda Autonoma Comunale), e per questo era il più radicale di tutti, “bisogna cambiare alla
base, una buona volta per sempre,
anche se si dovesse imbracciare il
mitra. Basta con questa schifezza”.
Ciccio, l'ala destra, figlio del padrone dell'albergo Bel1a Napoli, conservatore e... un tanto nostalgico sog29
giunse: “Adesso solo si parla di democrazia, democrazia e ancora democrazia. A me pare che si stava meglio quando si stava peggio...! A questi cambiamenti io ci rinuncio”.
Le cose si stavano mettendo male, gli animi cominciavano a scaldarsi, malgrado avessimo tutti le
estremità a mollo nell'acqua fresca.
Il dialogo stava assumento toni sempre più concitati.
Per cercare di sviare la discussione su binari meno pericolosi, buttai
nel mezzo un'altra questione: “Ma
si dovrà pure votare per 1a Costituente”.
Fu come se un vento stregato si
fosse improvvisamente alzato. Rimanemmo tutti muti allo stesso tempo. Sembravamo tanti Edipo al cospetto della Sfinge. Costituente? Ma
che cos'era poi la Costituente. Nessuno lo sapeva, e tanto meno io che
avevo sollevato la questione.
Fu allora che venne in nostro
aiuto l'ometto, anche lui seduto ai
bordi del fontanone, e che fino a quel
momento era stato a sentire le nostre discussioni senza intromettersi,
appena con un lieve sorriso sulle labbra, mentre calmamente fumava una
mezza sigaretta. Stempiato, sui quarant'anni, d'aspetto distinto malgrado il fare dimesso, con un abito che
gli cadeva addosso come un attaccapanni e un paio di scarpe scalcagnate con le punte che guardavano in
su.
Sempre continuando seduto, dopo aver aspirato gli ultimi aneliti della cicca, disse appena: “Venite qui ragazzi, che ve lo spiego io che cos'è la
Costituente”. Il suo modo calmo e
pacato ci ispirò subito fiducia e così ci raccogliemmo attorno a lui come pulcini attorno alla chioccia.
Mi dispiace non ricordare esattamente le sue parole, infine sono
passati tanti anni, però non ho dimenticato il sunto di quello che disse. Ci spiegò con parole chiare ed, accessibili che così era la Costituente
e l'importanza delle elezioni che si
sarebbero svolte il 2 giugno per il
futuro della nostra Patria. Per la prima volta capimmo infine il significato pieno della parola Democrazia,
libertà d'espressione e di pensiero.
Cominciammo allora a tempestarlo di domande. Esponevamo le
nostre idee, i nostri dubbi, le nostre
speranze e il desiderio di sapere e di
comprendere. Per tutto aveva sempre pronta una risposta, chiara, limpida, scevra di acretudine, smussava gli spigoli più taglienti del nostro
modo di pensare, presentando sempre un'alternativa logica e razionale. Tutto veniva spiegato in tono sommesso, senza mai alterarsi o alzare il
tono della voce. Terminava sempre
con una domanda: “Non vi pare?”
Mai nelle sue parole notammo una
pur velata preferenza. La scelta doveva essere nostra. Solamente nostra.
Ci parlò anche di storia, recente e passata, degli errori e anche
delle grandi qualità del popolo del
quale facevamo parte.
Ci rendemmo conto di quanto
era abissale l'ignoranza politica nella quale eravamo stati educati, e di
come era necessario possedere una
coscienza civica che è la consapevolezza dei nostri diritti e dei nostri doveri. Par la prima volta, nella nostra vita ci sentimmo cittadini.
Dalle luci che già cominciavano ad accendersi, e dagli accordi
delle orchestri ne che allietavano
JULHO • LUGLIO 2002
gli avventori seduti ai tavolini dei
vari caffè sotto i portici della piazza, ci accorgemmo che si era fatto
tardi e che a casa ci aspettavano per
la cena.
Capì anche lui, l'ometto, che
era ora dì accomiatarsi. Si alzò, e
prima di andarsene ci lasciò un ultimo insegnamento, e questo lo ricordo benissimo: “E ricordatevi ragazzi che la civiltà esiste dove si rispettano i diritti altrui e principalmente un pensiero differente dal
nostro. Se non si seguono questi
princìpi allora non c'è nulla. C'è appena barbaria”.
Salutammo l'ometto, in silenzio, dandogli la mano come persone adulte e, rapidamente, quasi correndo, ognuno prese il cammino
della propria casa, consapevole che
da quel momento qualcosa era cambiato in noi.
Non ho più visto l'ometto di
quella tiepida sera di primavera romana, nè conosco il suo nome, ma
vorrei, caso dovesse leggere queste
righe, ringraziarlo e dirgli che quelle sue parole dette attorno al fontanone di piazza Esedra, che oggi si
chiama della Repubblica, hanno
formato le basi del mio modo di
pensare e di agire in questi ultimi
50 anni, e che continueranno così
sino alla fine della mia vita.
INSIEME
SIAMO COSÌ
identidade ítalo-brasileira
Filosofia diz: Agitur sequitur esse. O
fazer resulta do
ser. O ser homem
e ser mulher indicam traços
bio-psico-sociais da personalidade masculina e feminina.
Mas, ser homem e ser mulher
italianos definem, através da
cultura e da história, a italianidade feminina e masculina.
Giovana Portarelli, agricultora, dona de casa, assim
expressa sua italianidade:
“Fui à escola até o terceiro livro. Mas meu pai viu que
meus braços eram mais importantes na roça, que a minha cabeça na escola. Aos 11
anos, peguei na enxada, depois no arado a bois. Trabalhava toda a semana. No domingo, minhas irmãs iam à
missa; meus irmãos iam caçar, pescar, correr de carrinho
de lomba... Mas eu, menina,
nada disso podia fazer. Meu
brinquedo era catar pulgas nos
lençóis, varrer a casa, matar o
galo para o almoço, manobrar
o bigolaro, buscar água, lavar
roupa e preparar o almoço.
Chegando da roça, os homens sentavam, comiam, sesteavam... Eu, minha mãe e
minhas irmãs lavávamos a
louça, passávamos pano na casa e ferro nas roupas, tratávamos as aves, cortávamos lenha. Após a sesta, os homens
iam ao terço na capela, quando jogavam bochas, cartas,
mora, bebericavam na bodega... As mulheres conversavam. Era estranho uma mulher beber, jogar...
Às 16 horas, terço na Capela. Homens à direita, mulheres à esquerda. Após o terço, os homens continuavam
jogar; as mulheres íamos para casa tratar os animais, tirar
leite, preparar a polenta e o
jantar. Os homens chegavam
para jantar. Após a janta, nós
mulheres lavávamos a louça,
fazíamos trança, palhas para
cigarros, porque o dinheiro
das vendas dos produtos entravam só no bolso do pai. Para comprar algo, tínhamos que
fazer e vender trança, ou pa-
A
INSIEME
lhas de milho.
Quando moços, os irmãos
iam, com os amigos, dançar...
Nós meninas não. Mas fui
crescendo e me apaixonei por
um vizinho. Meu pai achouo preguiçoso e me indicou outro, de quem não gostava. Mas,
para evitar uma guerra, casei
com ele e me acostumei a gostar.
Saímos de casa com fogão,
cama e algumas roupas, que
nem encheram uma carroça.
Fomos para terras novas, num
rancho, no meio do mato. Lá
me senti bem mulher! Sem
horta, sem galinhas, sem vacas, sem chiqueiro, sem potreiro, sem dinheiro! Com um
nenê na barriga e mato para
cortar. Roças para fazer, milho para colher! E o tempo
passava. Íamos construindo o
necessário. E quanto trabalhar!
Com cinco crianças, dava
conta de tudo: amamentar o
menor, cuidar dos maiores,
enviá-los à escola, ao catecismo... Preparar as refeições,
cuidar dos animais, costurar,
lavar, levar comida na roça,
com o pequeno no colo. Durante o trabalho, colocava-o
numa cesta de taquaras, pendurava-o numa árvore, e o
amamentava quando chorassem. Às 11 horas, retornava
para preparar o almoço, fazer
os serviços e voltar à roça até
o escurecer. Voltava à noite,
tratava os animais, buscava
água, fazia a polenta e preparava a janta. Depois da janta,
fazer a limpeza, rezar o terço,
fazer a trança e, mesmo morta de cançada, servir o marido na cama, quanto e como
quisesse.
Enfim o sono! Mas logo o
pequeno chora. Levanto, amamento-o adormecendo.Outro
chora de dor de barriga, acordo com o pequeno ainda grudado na teta. Vou fazer um
chá, acomodo o chorão na cama, e o galo canta... é hora de
levantar.
Assim foi a vida. As 13
crianças cresceram, casaram...
Envelheci trabalhando. Es-
O
ITAL
QUE EST`
Colona/Contadina - Ombretta Lanari
queci de passear, de me divertir, de me arumar, fazer penteado. Hoje moro na cidade.
Ao olhar para trás, me sinto feliz, nunca vivi para mim. Agora só aguardo a morte chegar,
e ser acolhida por Deus.
Luta, trabalho, fé, dedicação e esperança de vencer sempre os tive em mim, como os
aprendi de minha mãe italia-
JULHO • LUGLIO 2002
na. Sou, pois, italiana como
minha mãe.”
PROF. ROVÍLIO COSTA,
Universidade Federal do RS, ou
Academia Rio-grandense de
Letras, por e-mail [email protected] Sito: www.viars.com.br/esteditora Fone 051
333-61166, Rua Veríssimo Rosa,
311 90610-280 Porto Alegre-RS
30
LIANO
EM VOC˚
Fotomontagem: obras de Lanari e Sances sobre foto de Deperon (Morro do Funil - Pinhalzinho - Mirim Doce-SC)
di/por ROVILIO COSTA
Colona/Contadina - Sances Amedeo
L ITA L I A N O
che è (c’è) in te
ice la Filosofia:
Agitur sequitur esse. Il fare è risultado dell’essere.
L’essere uomo e l’essere donna rivelano tracce bio psico
D
31
sociali della personalità maschile e femminile. Ma, essere uomo e essere donna italiani definisce, attraverso la cultura e la storia, l’italianità
femminile e maschile.
Giovana Portarelli, contadina e casalinga, esprime così la
sua italianità:
“Ho frequentato la scuola fino al terzo libro. Mio padre ha
capito che le mie braccia contavano di più in campagna, che la
mia testa a scuola. A 11 anni ho
preso la zappa, dopo l’aratro tirato dai buoi. Lavoravo tutta la
settimana. Domenica, le mie sorelle andavano alla messa; i miei
fratelli andavano a cacciare, pescare, giocare coi carrelli... Ma
io, da ragazzina, non potevo fare niente di questo. Mi divertivo a cacciare le pulci fra le lenzuola, scopare la casa, ammazzare il gallo per il pranzo, operare il bigolaro, prendere dell’acqua, lavare la biancheria e preparare il pranzo.
Arrivati dalla piantagione,
gli uomini si siedevano, mangavano, dormivano... Io, mia madre e le mie sorelle, lavavamo i
piati, pulivamo la casa e stiravamo, davamo da mangiare al pollame, tagliavamo la legna. Svegliati, gli uomini andavano alla
preghiera e dopo giocavano a
bocce, a carte, mora, bevevano al
baretto... Le donne chiacchieravano. Non era solito vedere una
donna a bere o a giocare...
Alle ore 16, la corona in capella. Uomini a destra, donne a
sinistra. Dopo la corona, gli uomini continuavano a giocare. Le
donne tornavamo a casa. Per gli
animali, a mungere, preparare
la polenta e la cena. Gli uomini
arrivavano per cena. Dopo la cena noi donne lavavamo i piatti,
facevamo trecce, paglia da sigarette, perché i soldi ricavati dai
prodotti che vendevamo andavano tutti alle tasche del padre.
Per comprare qualunque cosa
dovevamo fare e vendere trecce
o paglia di mais.
Quando i ragazzi, i fratelli,
andavano con gli amici a ballare... Noi, ragazze, no. Ma sono
cresciuta e mi sono innamorata
da un vicino di casa. Mio padre
l’ha trovato pigro e mi ha indicato un altro, che non mi piaceva. Ma, per evitare una guerra,
mi ci sono sposato e mi sono abituata a volerlo bene.
Siamo partidi da casa con la
JULHO • LUGLIO 2002
cucina, il letto e alcuni vestiti
che non hanno neanche riempito una carrozza. Siamo andati a
nuove terre, in un podere in
mezzo al bosco. Là, mi sono sentita una vea donna! Senza l’orto, senza le galline, senza le mucche, senza il porcile, senza i cavalli, senza soldi! Con un figlio
in grembo e l’erba da tagliare.
Campi da coltivare, mais da cogliere! E il tempo passava. Mettevamo su quello che occorreva.
E quanto lavoro!
Con cinque bambini, faccevo tutto: allattare il piccolo, badare ai grandi, mandarli a scuola, al catechismo... Preparare da
mangiare, tenere gli animali, cucire, lavare, portar da mangiare
nei campi, con il piccolo in braccio. Durante il lavoro, lo mettevo in una cesta, l’appendevo ad
un albero. E l’allattavo quando
piangeva. Alle 11, tornavo per
preparare il pranzo, fare i lavori per poi tornare al campo fino
a sera.
Tornavo la sera, davo da
mangiare alle bestie, prendevo
l’acqua, preparavo la polenta e la
cena. Dopo la cena, pulire, pregare, fare la treccia e, stanca com’ero, servire il marito a letto,
quanto e come volesse.
Finalmente il sonno! Ma subito dopo il piccolo piange. Mi
alzo, l’allatto piena di sonno.
L’altro piange per il mal di pancia, mi sveglio ancora con il piccolo attaccato alla tetta. Preparo un’infusione, coccolo il piangolone e il gallo canta... È ora di
svegliare.
Così è passata la vita.
I 13 bambini sono cresciuti,
si sono sposati... Sono invecchiata lavorando. Non ho saputo cosa fosse passeggiare, divertirmi,
tenere a me stessa, pettinarmi.
Oggi vivo in città.
Guardando il passato, mi
sento felice. Non ho mai vissuto per me. Ora non c’è che aspettare la morte ed essere ricevuta
da Dio.
Lotta, lavoro, fede, dedicazione e speranza nella vittoria, li
ho sempre avuti in me, così come li ho imparati dalla mia
mamma italiana. Sono, dunque,
italiana come mia madre.”
INSIEME
BISBIGLIO
bastidores
em Nova Veneza-SC. Outra família
que resolveu valorizar sua história
é a Colombo, que tem em
Domingos Colombo (foto), de
Criciúma-SC, uma de suas
expressões.
Concórdia
município de Concórdia-SC
viveu, dias 26 e 27 de julho,
sua I Festa da Colonização Italiana,
envolvendo as comunidades das
colônias Cella, Bacia e Figueira.
Além de missa em italiano e jantar
típico, da festa constaram
inauguração do museu na colônia
Cella e apresentações de grupos
folclóricos da região, do grupo
Seresta Etnia e de um baile show
com Giove e sua banda. Concórdia
faz parte da Rota Italiana, que
envolve 13 municípios do MeioOeste catarinense.
O
Re v i s t a e l e t r ô n i c a
Foto DePeron/Arquivo Insieme
O
Santo motivo
anta Madre Paulina,
recentemente canonizada pelo
Papa, conseguiu reunir, pela
primeira vez no Brasil,
representantes graduados da
Província Autônoma de Trento, da
Região Trentino-Alto Ádige, da
Federação das Cooperativas
Trentinas, da Associação Trentini
nel Mondo e do Arcebispado de
Trento, mais a Federação dos
Círculos Trentinos brasileiros. O
primeiro encontro foi em BrusqueSC, no dia 12 de junho, seguido de
outros em Rodeio e Nova Trento.
A comitiva foi recebida, no dia 15,
pelo governador de SC. No dia 19,
o encontro foi na cidade gaúcha de
Bento Gonçalves.
S
Erechim
Grupo Gillè, de Erechim-RS,
marcou para o dia 17 de
O
agosto a realização da 7ª Festa da
Polenta,
realizada
sempre com
muito
sucesso. O
grupo é um
dos mais
antigos e
organizados
do Rio
Grande do
Sul. O convite, em nome do grupo,
está sendo feito por Lauro Rosset.
Apoio total
m recente encontro que
manteve com o embaixador
do Brasil em Roma, Andrea
E
INSIEME
Rio Grande do Sul é um dos
importantes berços da
colonização italiana no Brasil. São
milhares de pessoas que mantêm
vivas as tradições de seus
antepassados, seja através do jeito
de encarar a vida, dos traços físicos,
da culinária, da língua, etc. A partir
deste mês de agosto, uma nova
publicação atende à sede de
italianidade deste público. A BrasilItália é uma revista eletrônica com
enfoque local, bilíngüe,
editorialmente a serviço da
promoção da cultura. O públicoalvo são todas as pessoas
apaixonadas pela Itália,
independente de serem
descendentes ou não. A revista está
sob a responsabilidade da Due
Assessoria de Comunicação
Integrada, circulará gratuitamente
aos sábados e seus editores
garantem que para recebê-la basta
escrever um e-mail para
[email protected]. Para
este e-mail podem também ser
enviadas matérias e sugestões de
pauta. O telefone para contato é 51
3325 3170.
DE VOLTA AO BATENTE - O maestro Augustinho Zaccaro (na
foto, ao lado da diretora de produção Viviane Vidmar) está
voltando com força total a partir do início deste agosto, depois de
um bem sucedido transplante de rim, doado por sua irmã
Margarida. O programa Italianíssimo agora é visto no Canal da
Band, aos domingos, das 13h30min às 14h30min. Segundo
Viviane, o programa é no mesmo estilo, “mas com uma diferença:
uma orquestra com mais de 30 figuras, violinos, cellos, etc., e os
quadros: Curiosidades - tudo sobre a Itália e os italianos no Brasil
com Viviane Vidmar; O melhor do Festival de San Remo, com
Dick Danello; Fala Quadro - provérbios com Micheli Gravina;
Espaço aos novos talentos; Comida típica; Agenda social;
Externas; e Sorteios de viagens para a Itália. Endereço da
produção: Rua Jacurici, 155/41 Itaim Bibi CEP 01453-030 São
Paulo - SP.
Matarazzo, o presidente da
Associação da Imprensa Italiana no
Brasil, Venceslao Soligo, obteve
apoio total para a realização, em
março do ano que vem, do I
Congresso da Imprensa Italiana e
Brasileira. O congresso, que tem a
participação da Federação dos
Jornalistas Profissionais do Brasil,
da Associação Nacional de Jornais,
da Associação Brasileira de Jornais
do Interior e das italianas Fusie,
FNSI e Ordem dos Jornalistas, já
tem até local: será em
Florianópolis-SC.
Mondardo
escendentes de Domenico
Mondardo e Carolina Boni,
Antonio Mondardo e Teresa
Meneghini
realizam o I
Encontro da
família. Dia 4
de agoto, no
Salão de
festas da
Igreja de São
Bento Alto,
D
Limites
Presidente da Comissão
Exterior do Senado italiano,
Fiorello Provera, defendeu, durante
o IV Encontro de Embaixadores e
Cônsules realizado em Roma, no
final deste julho, a reforma da
legislação que reconhece a
cidadania italiana a descendentes de
imigrantes, sem limite de geração.
A idéia é colocar um limite para
evitar o colapso dos consulados.
O
Fainors
“Comunico che il 10 luglio scorso abbiamo avuto la solennità di consegna dei certificati a 25 nostri
allievi di 3 gruppi di Erechim. Hanno concluso otto livelli, ossia quattro anni di studio della lingua e cultura
italiana. Ti ricordo che la nostra scuola lavora fin dall'inizio in collaborazione con l'Acirs e il governo italiano.
Abbiamo adesso circa 380 allievi nei diversi livelli del corso, in sei comuni vicini, essendo Erechim la sede regionale
del corso. Non mi stanco di annunziare che abbiamo anche circa 750 allievi bambini, tra gli otto e i dodici anni, in
tre comuni vicini a Erechim: Jacutinga, Campinas do Sul e Aratiba, in un accordo test tra Fainor e Acirs con le loro
Segreterie d'Educazione, che hanno ufficializzato l'insegnamento della lingua e della cultura italiana nelle loro reti
di scuole comunali. È un fatto importante perché nel RS non ci sono altri che abbiano più allievi di quest'età." Luiz
Carlos Piazzetta, presidente da Federação das Associações Italianas do Norte do Rio Grande do Sul - Fainors.
JULHO • LUGLIO 2002
32
SIRVIZIO
informe publicitário
Diabéticos
Controlando
a doença
pelo celular
O serviço está incluído no portal "S.O.S. Diabetes"
s pessoas que sofrem
de diabetes mellitus,
doença que atinge
7,6% da população
brasileira, segundo dados do International Diabetes Federation, desde meados de julho podem controlar a doença pelo telefone celular. A TIM - operadora de telefonia móvel na banda A no Paraná, Santa Catarina e Região de
Pelotas (RS) - viabiliza a seus
clientes o envio de seus dados glicêmicos pelo celular ao portal virtual "S.O.S. Diabetes". A mensagem via telefone móvel permitirá checar se os níveis de açúcar no
sangue estão dentro da margem
de segurança. Numa segunda etapa será possível receber informações, diagnósticos, esclarecer dú-
A
vidas e até agendar consultas médicas apenas com o envio de mensagens curtas de texto (SMS) pelo celular.
O portal "S.O.S. Diabetes", foi
desenvolvido em conjunto pelo
World Class (programa da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia no Paraná), empresa
Bioeng Projetos e Consultoria em
Saúde e pela Malisoft - Serviços
e Produtos de Software. O lançamento do serviço foi feito pelo secretário de Ciência e Tecnologia,
Ramiro Wahrhaftig e pelo presidente da Bioeng e coordenador
do projeto, Norton Mello. O presidente da TIM Sul, Álvaro Pereira de Moraes Filho, detalhou
como a operadora de telefonia
móvel participa do projeto.
O serviço disponibilizado pela TIM é simples e pode atingir
toda a população paranaense que
sofre de diabetes mellitus, estimada em 350 mil pessoas.
Também os diabéticos de Santa Catarina e da região de Pelotas
(RS) terão acesso ao serviço. Basta que os pacientes que possuem
um celular TIM se cadastrem gratuitamente no portal "S.O.S. Diabetes" (www.sos-diabetes.com).
O portal disponibilizará a eles
informações sobre a doença, melhores formas de tratamento,
agendamento de consultas médicas e esclarecimento de dúvidas
mais freqüentes. Eles terão respostas às perguntas que enviaram
pelo celular no endereço eletrônico do "S.O.S. Diabetes".
Para enviar os dados sobre a
taxa de açúcar no sangue, basta
que os diabéticos façam o autoexame que é uma prática rotineira para quem tem a doença. Em
seguida, eles digitam na tela do
celular os números correspondentes ao resultado do teste, e pressionam a tecla "enviar". Em poucos minutos, eles receberão o aviso confirmando que a mensagem
foi recebida. O diagnóstico de como está o estado de saúde fica disponível no portal "S. O.S. Diabetes" e pode ser acessado por meio
de uma senha individual.
"Com o celular, o paciente
monitora sua doença, sem que haja interrupção. Ele poderá enviar
seus dados e terá a análise completa em pouco tempo", afirma o
presidente da TIM Sul.
Alvaro Pereira de Moraes Filho ressalta ainda que a TIM foi
pioneira na área de telecomunicações a contribuir para projetos
de telemedicina. O serviço agrega a tecnologia da telecomunicação ao monitoramento da doença.
As mensagens sobre diabetes
são enviadas e recebidas por SMS
(Short Message System) - sistema de
mensagens curtas de texto. O
SMS está sendo cada vez mais utilizado pelos usuários de telefone
celular, como opção fácil e barata de se comunicar.
A TIM já firmou parcerias semelhantes com os cafeicultores
do norte do Paraná, que recebem
em seus aparelhos, o aviso de alerta geadas. Há ainda a troca de
SMS com o Detran (Departamento Estadual de Trânsito) no Paraná, onde os clientes TIM podem
obter, pelo celular, informações
sobre a procedência de carros que
circulam no Estado, o que representa uma ferramenta de segurança.
A TIM Sul, holding criada a partir das operadoras Telepar Celular, Telesc
Celular e CTMR Celular, iniciou suas operações em julho de 1998, atuando
na banda A. A companhia atende os Estados do Paraná e Santa Catarina, além
de quatro municípios da região de Pelotas (RS), totalizando cerca de 1,61 milhão de clientes (dados do balanço de março/02), o que corresponde a 64% do
mercado de sua área de atuação. O sinal da TIM alcança 232 municípios, com
cobertura 100% digital, utilizando a tecnologia TDMA.
A rede de atendimento da TIM possui mais de 940 pontos de venda no sul
do País, além de mais de 13 mil pontos de venda de cartões de recarga do Pronto, o celular pré-pago da TIM Sul. Até o fim de 2001, a empresa investiu mais
de R$ 200 milhões na expansão da base de clientes, na modernização do sistema em toda a rede e no lançamento de produtos para clientes pessoas físicas e corporativo.
O lucro líquido acumulado da TIM no primeiro trimestre de 2002 foi de
R$ 17,1 milhões, contra R$ 14,57 milhões no mesmo período do ano anterior.
A receita líquida foi de R$ 207,8 milhões, um crescimento de 10,65% em relação ao primeiro trimestre de 2001. Estes resultados refletem o trabalho da
empresa para fidelizar clientes, com o lançamento de serviços e atendimento
personalizados, e uma política de crescimento com rentabilidade.
33
JULHO • LUGLIO 2002
INSIEME
roduzir o congraçamento e a troca de experiências nas manifestações de italianidade de toda a região durante um
“fim de semana agradável”, este
foi o objetivo principal da I Festa de Integração da Feibemo - Federação das Entidades Ítalo-Brasileiras do Meio-Oeste e Planalto Catarinense, à qual estão hoje
filiadas 32 entidades. A festa foi
realizada nos dias 13 e 14 de julho, na cidade de Caçador, que se
prepara para celebrar o gemellaggio com a cidade de Bassano del
Grappa, província de Vicenza.
Entre jogos, concursos, desfiles,
danças, palestras, rezas e cantos,
além de comida e bebida, o objetivo foi plenamente atingido, para alegria de seus idealizadores.
Tanto que já foram ensaiados os
primeiros passos para a organização da próxima festa, no ano que
vem.
É verdade que nem todas as
associações estiveram presentes.
Mas isso não impediu que acontecessem, como estava programado, o desfile pelas ruas de Caçador, logo no amanhecer do dia
12, o primeiro festival da canção
italiana no teatro da Universidade do Contestado (preparação para o II Festival Catarinense da
Canção Italiana, a realizar-se em
novembro, na cidade de Blumenau), o filó no restaurante da Sociedade Caçadorense de Bochas,
local onde também foram realizados os jogos nas modalidades
de bochas, quatrilho, mora, scopa, briscola, tressete e truco, o
jantar dançante com escolha da
rainha e princesas (venceram
Daiane Zamboni, de Treze Tílias
e as princesas Marina Lisot, de
Rio das Antas- e Priscila Mattana, de Concórdia, além da mostra de danças folclóricas, que encerrou a festa no domingo à tarde. Na Catedral São Francisco de
Assis, além de missa em italiano,
houve a realização de palestra sobre história, cultura e cidadania
italiana (a palestrista foi a leitora Maria Giuseppina Brandi
Gunn), além da mostra de corais
italianos de toda a região abrangida pela federação, que compreende os municípios de Água Do-
P
INSIEME
Após a mostra de
corais italianos,
parte dos
participantes posam
para uma foto
histórica diante da
catedral de São
Francisco.
Foto DePeron
Dopo la mostra dei
cori italiani, molti
partecipanti si
preparano per la
foto storica davanti
alla Cattedrale di
San Francesco.
NA
ÁREA DO CONTESTADO
Federação inova e promove Primeira Festa da Integração envolvendo
32 associações num movimento cultural que teve um pouco de tudo.
ce, Arroio Trinta, Caçador, Canoinhas, Capinzal, Celso Ramos,
Concórdia, Curitibanos, Erval
Velho, Herval D’Oeste, Jaborá,
Joaçaba, Lacerdópolis, Lages,
Luzerna, Mafra/Rio Negro, Ourto, Pinheiro Preto, Rio das Antas, Salto Veloso, Tangará, Treze
Tilias e Videira. Não faltaram
também as tradicionais manifes-
JULHO • LUGLIO 2002
tações espontâneas de cantoria e
piadas, tão apreciadas em encontros italianos, além de visitas a
pontos turísticos locais, como a
cantina artesanal de Tranquilo
34
GIORNO DI FESTA
Fotos DePeron
manifestações culturais
A elegância dos integrantes do grupo Cento Lire, de Caçador; ao lado, o
maior grupo participante do encontro (Rio Negro/Mafra) trouxe também o
maior coral; nas fotos de baixo, aspectos da mostra de coros italianos da
região e de danças folclóricas.
L’eleganza degl’integranti del gruppo Cento Lire, di Caçador; a destra, il
gruppo più grande che ha partecipato all’incontro (Rio Negro e Mafra) ha
portato anche il coro più numeroso; sotto: aspetti della mostra di cori e balli
folkloristici della regione.
timolare la fratellanza
e lo scambio di sperienze nelle manifestazioni dell’italianità di
tutta la regione durante una “ piacevole fine settimana”: è stato
questo l’obiettivo principale della I Festa d’Integrazione della Feibemo - Federazione degli Assoziazioni Italobrasiliane del Mezz’Ovest e dell’Altipiano Catarinense, alla quale partecipano oggi 32 organizzazioni. La festa è
stata realizzata i giorni 13 e 14 luglio, a Caçador, che si prepara per
cellebrare il gemellaggio con la
S
35
città di Bassano del Grappa. Fra
giochi, concorsi, sfilate, balli, conferenze, preghiere e canti, oltre a
cibo e bevande, l’obiettivo è stato raggiunto a pieno, per la gioia
degli organizzatori. Infatti, si provano già i primi passi per l’organizzazione della festa dell’anno
prossimo.
È ben vero che non tutte le associazioni erano presenti. Ma le
assenze non hanno tolto la belezza al programma: la sfilata per le
vie di Caçador all’alba del giorno
12, il I Festival della Canzone Italiana nel teatro dell’Università
del Contestado (preparatorio al
II Festival Catarinense della CAnzone Italiana, Blumenau-SC, novembre), il filò nel ristorante della Sociedade Caçadorense de Bochas, dove sono stati realizzate le
partite di bocce, quatrilho, mora,
scopa, briscola, tressete e truco, la
cena con ballo per l’elezione della regina e dele principese (hanno vinto Daiane Zamboni, di Treze Tílias e le principesse Marina
Lisot, di Rio das Antas - e Priscila Mattana, di Concórdia), oltre
alla mostra di balli folkloristici
che hanno chiuso la festa domenica verso sera. Nella Catedrale di
San Franceco d’Assisi, dopo la
messa in italiano, una conferenza sulla storia, la cultura e la cit-
JULHO • LUGLIO 2002
tadinanza italiana (tenuta dalla
lettrice Maria Giuseppina Brandi Gunn), oltre alla mostra di cori itaiani di tutta la regione della
Federazione, che comprende i comuni di Água Doce, Arroio Trinta, Caçador, Canoinhas, Capinzal,
Celso Ramos, Concórdia, Curitibanos, Erval Velho, Herval D’Oeste, Jaborá, Joaçaba, Lacerdópolis, Lages, Luzerna, Mafra/Rio
Negro, Ourto, Pinheiro Preto,
Rio das Antas, Salto Veloso, Tangará, Treze Tilias e Videira.
Non sono mancate le tradidizionali manifestazioni spontanee
di canti e di barzellette, così solite ed apprezzate negl’incontri
italiani, oltre a visite ai punti turistici locali, como la cantina ar-
INSIEME
GIORNO DI FESTA
Fotos DePeron
manifestações culturais
Scolaro, hábil produtor de salames, além do vinho colonial e
uma espécie de licor de figo a partir de destilado do mosto de uva.
Um destaque especial merece ser dado à iniciativa comandada pelo professor universitário
Alduino Zanella, com seu filó à
moda regional - um misto de reza, canto, jogo e lições de história. “A sementinha nós atiramos
ao solo” - disse ele depois do encontro - “e temos certeza que haverá de germinar e de produzir
bons frutos”.
INSIEME
tigianale di Tranquilo Scolaro,
abile produttore di salumi, di vino coloniale e di una specie di liquore di fico ricavato dal mosto
dell’uva.
Speciale riferimento va fatto
all’iniziativa capitanata dal professore Alduino Zanella, con il suo
filò alla moda regionale - una mescola di preghiera, canto, gioco e
lezioni di storia. “Il piccolo seme
l’abbiamo gettato per terra”, ha
detto dopo l’incontro, “e siamo
sicuri che germoglierà e produrrà buoni frutti”.
JULHO • LUGLIO 2002
Na cantina de Tranquilo
Scolaro, a rainha Daiane
Zamboni ladeada pelas
princesas Marina Lisot e
Priscila Mattana; premiação no
Festival da Canção Italiana
pelo presidente da Feibemo,
Francisco Iagher; o folclore da
dança e da cantoria espontânea,
não prevista no programa.
Nella cantina di Tranquilo
Scolaro, la regina Daiane
Zamboni e le principesse
Marina Lisot e Priscila
Mattana; la premiazione nel
Festival dalla Canzone Italiana
dal presidente della Feibemo,
Francisco Iagher; il folklore
nella danza e nei canti
spontanei, fuori programma.
36
ATTUALITÀ
atualidades
IL PONTE DEL GEMELLAGGIO
Un vecchio ponte restaurato è
il simbolo principale del
gemellaggio fra le città di
Bassano del Grappa e Caçador,
nell’Ovest di Santa Catarina.
uorché il legno e la copertura, poche sono le
somiglianze architettoniche fra il ponte di
Bassano del Grappa, immortalata nella canzone “Sul Ponte di
Bassano” e il ponte Antonio Bortolon, sul fiume Do Peixe, a Caçador-SC. Ma sono bastati pochi
argomenti perché il ponte brasiliano - replica fedele del primo
passaggio (portato via dall’alluvione) costruito dagli immigranti italiani, fosse completamente
restaurato e trasformato nel principale simbolo dell’avvicinamento fra le due città. Infatti, i ponti - là e quà - sono riferimenti storici. E, oltre ad essi, ci sono altri
forti legami fra le due comunità,
opportunamente aprofittati dall’Associazione della Gioventù
Triveneta di Caçador. Il lavoro è
cominciato circa sei anni fa,
quando era presidente Andrea
Macchiavelli Pontes, ed è stato
continuato dalla successora, Ivone Perdoncini Gioppo. Con l’appoggio del consigliere comunale
Maria Tives da Cruz, recentemente è stato presentato un disegno di legge presso il Consiglio
Comunale per rendere ufficiale
l’intenzione di gemellaggio.
Adesso mancano solo le formalità dalla parte italiana. Secondo
dati della Triveneta, la maggior
parte degl’immigranti italiani di
quella regione del Contestado (zona in passato contesa da Paraná
e Santa Catarina) è oriunda di Vicenza. Oltre a mantenere oppure ricostruire i legami familiari e
promuovere l’interscambio culturale, è stata presentata al Consiglio una giustificazione: favorire “un intenso scambio di sperienze, principalmente in campo
professionale, per mezzo di stage ai giovani brasiliani e italiani”.
È previsto per quest’anno il viaggio di un rappresentante ufficiale in Italia, con i costi coperti dal
Comune di Caçador, per stabilire i contatti necessari all’attuazione dell’accordo. Nel frattempo fioriscono le aiuole del ponte
Bortolon.
37
Foto DePeron
F
A ponte da fraternidade
Uma velha ponte restaurada é o símbolo principal de um projeto de gemellaggio
entre as cidades de Bassano del Grappa (Itália) e Caçador, no Oeste catarinense.
xceto o fato de serem
de madeira e cobertas, são poucas as
semelhanças arquitetônicas entre a Ponte de Bassano
del Grappa, imortalizada na canção Sul ponte di Bassano, e a ponte Antônio Bortolon, sobre o Rio
do Peixe, em Caçador-SC. Mas
bastaram pequenas evocações para que a ponte brasileira, réplica
fiel da primeira passagem (levada
pela enchente) construída pelos
imigrantes italianos, fosse restaurada completamente e transformada no principal símbolo da
aproximação entre as duas cidades. De fato, ambas as pontes - lá
e cá - constituem marcos históricos. E, além delas, existem outras
fortes ligações entre as duas co-
E
munidades, que estão sendo exploradas muito bem pela Associação da Juventude Trivêneta de Caçador. O trabalho começou há cerca de seis anos, quando era presidente da entidade Andréa Macchiavelli Pontes e foi seguido por
sua sucessora, Ivonete Perdoncini Gioppo. Através da vereadora
Marina Tives da Cruz, recentemente a entidade fez apresentar
projeto de lei na Câmara Municipal para configuração oficial da
intenção de gemellaggio. A proposta aguarda agora as formalizações do lado italiano.
Segundo levantamento da
Trivêneta, a maior parte dos imigrantes italianos daquela região
do Contestado (área antigamente disputada entre o Paraná e San-
JULHO • LUGLIO 2002
ta Catarina) é proveniente da província vêneta de Vicenza. Além
da manutenção ou reatamento
das ligações familiares e do intercâmbio cultural pretendido, a
proposta visa, segundo a justificativa apresentada na Câmara,
“uma intensa troca de experiências, principalmente no campo
profissional, através de estágios
para os jovens brasileiros e italianos”.
Ainda para este ano está prevista a ida para a Itália de um
emissário oficial, com custos pagos pelo município de Caçador,
para o estabelecimento dos contatos necessários à realização do
tratado. Enquanto isso, florescem
os canteiros nas cabeceiras da
Ponte Bortolon.
INSIEME
COGNOMI
o significado dos sobrenomes
BORT
a cura di
un cognome diffuso principalmente in Trentino, molto preÈ
sente sia nella città di Trento (con una
POLETTO
ZUCCHINELLI
orma diffusa solo in Lombardia
(province di Bergamo e Brescia)
deriva dal cognome Zucchi, molto più
diffuso nell'area emiliano-lombarda.
La forma Zucchinalli, diffusa in brasile, è probabilmente una tradizione
errata dell'originale italiano. L'origine del cognome è abbastanza controversa e complessa poichè riconducibile a diversi etimi. Già in epoca medievale esistevano numerosi soprannomi (da cui hanno tratto origine i
cognomi) come Zucha, Zuccus, Zuchellus, formati e derivati o dal sostantivo zucca, inteso sia in senso ironico e
figurato di "testa" e soprattutto "testa
vuota" oppure dal nome di diversi copricapi in uso (zuccotto, zucchetta),
oppure solo in senso spregiativo. Alcune forme in Zocc- potrebbero derivare da diminutivi del nome Marzucco o Mazzucco, a sua volta derivato dal
germanico Zucco.
F
TOFFOL
ariante veneta del cognome
abruzzese Tòfano. Altre varianti sono: Toffano, Toffali, Toffoletto, Foffano e Foffani, Folin (Veneto), Tofful
(Friuli); Tofani (Toscana e Lazio), Tofanelli e Tofanari (Toscana), Foli (Emilia), Folini (alta Lombardia). Da notare che la forma italiana Toffol (presente soprattutto in provincia di Treviso) è diffusa in Brasile in una versione leggermente modificata, Tofol.
Tutti i cognomi derivano da forme diminutive o contratte del nome proprio Cristoforo, storpiato, a seconda
delle sfumature e delle tradizioni regionali, in Cristofalo, Cristofolo e Cristofano.
V
ariante vêneta do sobrenome
abrucês Tòfano. Outras variações são: Toffano, Toffali, Toffoletto,
Foffano e Foffani, Folin (Vêneto), Tofful (Friuli); Tofani (Toscana e Lácio),
Tofanelli e Tofanari (Toscana), Foli
(Emilia), Folini (alta Lombardia).
Deve-se observar que a forma italiana Toffol (presente sobretudo na província de Treviso) é difundida no
Brasil numa versão levemente modificada, Tofol. Todos os sobrenomes
derivam de formas diminuitivas e
contraídas do nome próprio Cristoforo (Cristóvão), alterados de acordo
com preferências e tradições regionais, em Cristofalo, Cristofolo e Cristofano. (DP)
V
difundida apenas na
F orma
Lombardia (províncias de Bérgamo e Brescia) deriva do nome Zucchi, muito mais difundido em toda a
região lombarda e emiliana. A forma
Zucchinalli, encontrada no Brasil, é
provavelmente uma tradução errada
do original italiano. A origem do sobrenome é bastante controversa e complexa uma vez que ligada a diversas
vias etimológicas. Já na idade medieval existiam numerosos nomes (dos
quais se originaram os sobrenomes)
como Zucha, Zuccus, Zuchellus, formados e derivados, ou do substantivo abóbora, compreendido seja no sentido
irônico e figurado de "cabeça" e sobretudo "cabeça vazia" ou mesmo da
designação de diversos tipos de proteção da cabeça existentes (zuccotto,
zucchetta), ou ainda em sentido de desprezo. Algumas formas em Zocc- poderiam derivar de diminutivos do nome Marzucco o Mazzucco, por sua vez
derivado do alemão Zucco.(DP)
olto diffuso in Veneto e in Friuli (il comune con la maggior
frequenza è Sacile in provincia di Pordenone), rappresenta una variante del
cognome Paoli, distribuito nelle regioni centro-settentrionali. Le varianti del cognome principale derivano
dalle varie forme e tradizioni del nome proprio, partendo dalla forma comune Paolo (da cui i cognomi Paolo,
De Paoli, Paolin, Paolinelli, Paolillo,
ecc.), dalla variante antica Paulo (da
cui i cognomi Paulich, Pauli, Pavolini,
Pauluzzi, Paulucci) oppure dalla variante popolare e regionale Polo (da cui
i cognomi Poletti e Poletto, Polotti e Polotto, Poloni e Polon, Polato, Polessi, Polieri). Il nome latino, diventato anche
cognomen dell'età repubblicana, è un
diminutivo dell'aggettivo paucus "poco", inteso nel significato di "giovane"
oppure "piccolo", oppure ancora - in
senso cristiano - "umile".
M
uito difundido no Vêneto
e no Friuli (o município
com maior freqüência é Sacile,
na província de Pordenone), representa uma variante do sobrenome Paoli distribuído nas regiões centro-setentrionais. As variações do sobrenome principal
derivam das várias formas e tradições do nome próprio, partindo da forma comum Paolo, De
Paoli, Paolin, Paolinelli, Paolillo,
etc. ), da variante antiga Paulo
(de onde provêm os sobrenomes
M
Paulich, Pauli, Pavolini, Pauluzzi, Paulucci) ou mesmo da variação popular
e regional Polo (da qual se extraem os
sobrenomes Poletti e Poletto, Polotti e
Polotto, Poloni e Polon, Polato, Polessi,
Polieri). O nome latino, que se tornou
também sobrenome na fase republicana, é um diminutivo do adjetivo
paucus "pouco", compreendido no significado de jovem, ou mesmo pequeno, ou, ainda, no sentido cristão, humilde. (DP)
frequenza percentuale del 37.8 %) sia
nel comune di Caldonazzo (in cui la
frequenza è del 14.8 %) e nel comune di Sant'Orsola Terme (percentuale del 10.8 %). Il cognome è una delle numerose varianti della forma principale Bartolomei, diffuso nelle regioni centro-settentrionali (Toscana, Lazio ed Emilia). Altre varianti centrosettentrionali sono Bartali e Bartolozzi (toscani), Bartoli; Bartolazzi e Bartolacci (Marche e Lazio), Bartoletti,
Bartaletti e Bortolucci (Emilia Romagna e Toscana). Le forme tipiche delle Venezie sono invece: Bortolossi (Udine), Bartolich (Trieste), Bortoli (Veneto e Trentino), Bortot (Belluno). Le
forme meridionali come Bartolo e Vartolo sono più rare. Il cognome deriva
dal nome latino Bartholomaeus, dal
greco e dall'aramaico Barthalmay, "figlio di Tolmài" diffuso soprattutto nelle regioni ad influenza bizantina a
partire dal X e XI secolo.
um sobrenome difundido
É
principalmente no Trentino, bastante presente seja na cidade de Trento (com um percentual de 37,8%), seja no município de Caldonazzo (com freqüência de 14,8%) e no município de
Sant’Orsola Terme (percentual
de 10,8%). O sobrenome é uma
das numerosas variações da forma principal Bartolomei, difundida nas regiões centro-setentrionais
(Toscana, Lácio ed Emília). Outras
variações centro-setentrionais são Bartali e Bartolozzi (toscanos), Bartoli;
Bartolazzi e Bartolacci (Marcas e Lácio), Bartoletti, Bartaletti e Bortolucci
(Emília Romanha e Toscana). As formas típicas da região de Veneza são:
Bortolossi (Údine), Bartolich (Trieste),
Bortoli (Vêneto e Trentino), Bortot (Beluno). As formas sulistas como Bartolo e Vartolo são mais raras. O sobrenome deriva do nome latino Bartholomaeus, do grego e do aramáico Barthalmay, "filho de Tolmài" difundido
sobretudo nas regiões de influência
bizantina a partir dos séculos X e XI.
(DP)
R I C E R C H E G E N E A L O G I C H E E D O C U M E N TA R I E
Il sito GENS (http://gens.labo.net) è realizzato dalla ditta italiana Labo: è di facile consultazione e consente di conoscere origine, etimologia, onomastico e curiosità sui nomi propri e di visualizzare
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Edição 43