Programa da Acção de Formação n.º 3 / 2009
Tornar-se Bilingue: o Português como L2 dos Alunos Surdos
Modalidade:
Curso de Formação
Registo de Acreditação:
Duração:
15 horas
N.º de Créditos:
0,6
Formador:
Eduardo Jorge Figueiredo Cabral
Destinatários:
Docentes dos grupos de recrutamento 100, 110, 910, 920 e 930
Local da Formação:
Escola Básica José Ferreira Pinto Basto – Ílhavo
N.º de Formandos:
20
CCPFC/ACC-56581/09
Razões Justificativas da Acção
O Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de Janeiro, instituiu a modalidade específica de educação bilingue para alunos surdos e a
criação de uma rede de escolas de referência para a sua aplicação.
Nesta perspectiva, a aprendizagem da Língua Portuguesa, entendida com a L2 destes alunos, centrada principalmente na
modalidade escrita, supõe um desenvolvimento curricular muito diferenciado dos programas comuns e a renovação das estratégias
e práticas usualmente utilizadas com alunos ouvintes.
Sendo que o Agrupamento de Escolas de Ílhavo integra a rede das escolas de referência para a educação bilingue de alunos
surdos, a informação/ formação/ reflexão crítica sobre a temática em causa é uma necessidade bem identificada pelos seus
docentes e afigura-se de importância estratégica na consolidação de uma resposta que represente uma melhoria qualitativa das
condições de equidade no acesso ao currículo destes alunos, na escola pública, e do seu sucesso educativo.
Objectivos a Atingir
 Identificar as condições de desenvolvimento psicossocial da criança surda;
 Integrar o processo de aprendizagem do Português como segunda língua no contexto da educação bilingue dos alunos surdos;
 Conhecer, planear e aplicar estratégias e actividades para o desenvolvimento da literacia nos níveis iniciais da
escolarização destes alunos.
 Promover a reflexão conjunta e o trabalho cooperativo entre os profissionais envolvidos nesta modalidade específica de
educação.
Conteúdos da Acção
1ª Sessão (5 horas)
Para uma psicopedagogia da criança surda
 Introdução / Trabalho prático (dinâmica de pares): apresentação da formação, do formador e dos participantes (1 hora).
 Aula teórica: a Língua Gestual como 1ª língua das crianças surdas; etapas de aquisição; a atenção visual na comunicação,
a interacção precoce, o desenvolvimento psicossocial da criança surda, o jogo simbólico (3 horas).
 Trabalho prático em grande grupo (brainstorming): a educação dos surdos, partilha de experiências, avaliação da sessão (1
hora).
2ª Sessão (5 horas)
Tornar-se bilingue – a descoberta do escrito no pré-escolar
 Aula teórico-prática: diversidade da situação linguística; projecto educativo bilingue; Português L2 – abordagem aditiva;
estratégias para o desenvolvimento da literacia no pré-escolar partindo da LGP como L1: consciência metalinguística,
exploração partilhada dos livros de histórias; desenvolvimento da escrita; experiências bilingues no pré-escolar (3 horas).
 Trabalho prático em pequenos grupos e grande grupo: a exploração do escrito – a escrita no espaço urbano, a escrita no
espaço escolar, a biblioteca escolar, avaliação da sessão (2 horas).
3ª Sessão (5 horas)
A aprendizagem do Português como L2 no 1.º Ciclo do Ensino Básico
 Aula teórico-prática: a aquisição da segunda língua pela criança surda, fases de interlíngua na aprendizagem do Português,
a exploração das histórias para a infância na alfabetização (3 horas).
 Trabalho prático em pequenos grupos e grande grupo: actividades para a aprendizagem da língua, avaliação da formação (2 horas).
Metodologias de Realização da Acção
As metodologias a utilizar, perceptíveis na organização dos conteúdos (ver ponto 5), pretendem conciliar de forma equilibrada,
em cada sessão e no conjunto da acção, a necessidade de transmitir informação teórica, que consolide e desenvolva a
fundamentação e conceptualização da educação bilingue dos alunos surdos, com uma exploração de cariz teórico-prático e prático,
que envolva os formandos numa experiência interpessoal activa e crítica.
Regime de Avaliação dos Formandos
A avaliação será traduzida numa escala de classificação quantitativa de 1a 10 valores.
Os critérios de avaliação serão elaborados de acordo com as orientações da entidade formadora e negociados com os
formandos, tendo por base os seguintes itens:
 Empenho e participação nas sessões
 Trabalhos produzidos
 Reflexão crítica sobre a formação vivenciada
Critérios de Selecção de Formandos
Os candidatos são ordenados de acordo com as seguintes prioridades:
1.ª Prioridade: Educadores e Professores do quadro dos grupos de recrutamento 100, 110, 910, 920 e 930 do Agrupamento de Escolas
de Ílhavo e da Escola Sec. Dr. João Carlos C. Gomes - Ílhavo que desenvolvam actividades lectivas com alunos surdos.
2.ª Prioridade: Educadores e Professores contratados dos grupos de recrutamento 100, 110, 910, 920 e 930 do Agrupamento de Escolas
de Ílhavo e da Escola Sec. Dr. João Carlos C. Gomes - Ílhavo que desenvolvam actividades lectivas com alunos surdos.
3.ª Prioridade: Outros Educadores e Professores do quadro dos grupos de recrutamento 100, 110, 910, 920 e 930 do Agrupamento de
Escolas de Ílhavo e da Escola Sec. Dr. João Carlos C. Gomes - Ílhavo.
4.ª Prioridade: Outros Educadores e Professores contratados dos grupos de recrutamento 100, 110, 910, 920 e 930 do Agrupamento de
Escolas de Ílhavo e da Escola Sec. Dr. João Carlos C. Gomes - Ílhavo.
5.ª Prioridade Docentes das outras escolas associadas, dos grupos de recrutamento 100, 110, 910, 920 e 930.
6.ª Prioridade Docentes de outras escolas, dos grupos de recrutamento 100, 110, 910, 920 e 930.
Dentro de cada prioridade, os candidatos são ordenados por ordem decrescente de:
1.
2.
Tempo de serviço;
Classificação profissional.
Calendarização da Acção de Formação
Data
Horário
N.º de Horas
20/10/2009 (terça-feira)
18h30min – 21h30min
3
27/10/2009 (terça-feira)
18h30min – 21h30min
3
03/11/2009 (terça-feira)
18h30min – 21h30min
3
10/11/2009 (terça-feira)
18h30min – 21h30min
3
17/11/2009 (terça-feira)
18h30min – 21h30min
3
Total ................................................................................................................
15