R E L AT Ó R I O A N U A L D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 0 8
MISSÃO, VISÃO, VALORES | GRI 4.8 |
Em 2008, a Coelce teve a sua missão reformulada, a fim de deixá-la mais objetiva e clara, para estar mais próxima dos seus clientes, colaboradores, acionistas e demais públicos estratégicos. A mensagem também procura ser inspiradora, uma vez que a aspiração da empresa é
desenvolver-se juntamente com a melhoria dos indicadores socioeconômicos do Estado do Ceará.
A Visão permanece a mesma, com foco em três pilares – gente, cliente e resultado –, para ser vista como referência em segurança do trabalho,
em responsabilidade socioambiental e eficiência mundial nas operações.
Com a reestruturação da Endesa Brasil, da qual faz parte, os Valores se modificaram, na busca por objetivos comuns entre as empresas,
capazes de elevar o nível de excelência dos serviços prestados e a satisfação de seus clientes.
Missão
Coelce: Gente e energia para um mundo melhor!
Energia orientada para um relacionamento próximo e transparente com nossos clientes, crescendo junto com o Ceará e gerando valor para os
acionistas, através da satisfação e compromisso de todo o nosso time.
Visão
gente
+
cliente
+
resultado
A Coelce quer ser até 2011:
Gente: A melhor empresa para se trabalhar no Nordeste;
Cliente: A número 1, no Ceará, em atendimento e proximidade com clientes;
Resultado: Uma das três melhores empresas de distribuição de energia elétrica do Brasil.
Valores
Respeitamos a vida
Somos Simples
Criamos Valor
• Segurança em tudo que fazemos
• Simplicidade nas ações
• Inovação em processos e negócios
• Compromisso com a sociedade e o meio ambiente
• Transparência e confiança nas relações
• Compromisso e profissionalismo
• Respeito às pessoas
• Parcerias sustentáveis
Índice
4
Perfil institucional
78
Meio ambiente: preservação e consumo consciente
10
Mensagem dA ADMINISTRAÇÃO
92
INOVação e criatividade: incentivo à eficácia
12
apresentação do Relatório
98
Sociedade: educação e responsabilidade social
14
Compromissos com a sustentabilidade
108
20
Conduta: Governança corporativa e ética
110
Balanço Social Anual Ibase
32
Acionistas: Criação de valor
114
Sumário de conteúdo GRI
44
Clientes: Atendimento com proximidade
122
demonstrações financeiras
60
Pessoas: Desenvolvimento profissional, saúde e segurança
162
Informações Corporativas
premiações e reconhecimentos
PRINCIPAIS INDICADORES
Número de clientes ativos (mil)
2.334
2.438
2.543
2.689
2.842
| GRI 2.8 | Mercado
2004
2005
2006
2007
2008
Energia faturada (GWh)
6.260
6.713
6.877
7.327
7.656
Nº de consumidores ativos (milhares)
2.334
2.438
2.543
2.689
2.842
Consumo residencial médio (KWh/ano)
1.079
1.120
1.116
1.184
1.196
305,75
482,89
554,10
503,00
516,95
-
178,07
212,54
203,50
255,41
Comercial
364,01
408,96
462,32
422,92
437,47
Industrial
217,72
261,63
332,75
303,84
317,48
Rural
173,44
191,31
207,00
186,55
250,95
2004
2005
2006
2007
2008
Receita operacional bruta
1.849.892
2.224.753
2.336.960
2.447.849
2.696.537
Receita operacional líquida
1.334.283
1.487.312
1.567.575
1.718.879
1.915.044
223.458
359.859
532.623
476.045
569.646
94.595
255.314
423.061
351.911
458.909
(33.436)
(5.666)
(10.748)
(7.836)
(48.916)
36.529
189.124
298.258
244.751
338.523
0,47
2,43
3,83
3,14
4,35
2004
2005
2006
2007
2008
Tarifas médias de fornecimento 1 (R$/MWh)
Residencial 2
Residencial baixa renda
2004
2005
2006
2007
2008
Energia faturada (GWh)
6.260
6.713
6.877
7.327
Econômico-financeiros
7.656
Resultados (R$ mil)
EBITDA (R$ mil) 3
Resultado do serviço – EBIT 4
2004
2005
2006
2007
Resultado financeiro
2008
Lucro líquido
Lucro líquido por ação 5
Margens (%)
Receita operacional bruta (R$ milhões)
2.337
2.448
Margem EBITDA
2.697
2.225
1.850
16,7%
24,2%
34,0%
27,7%
29,7%
Margem EBIT
7,1%
17,2%
27,0%
20,7%
24,0%
Margem líquida
2,7%
12,7%
19,0%
14,2%
17,7%
Financeiro
2004
2005
2006
2007
2008
Ativo total (R$ mil) 6
2.386.481
2.400.409
2.510.593
2.569.250
2.781.587
Patrimônio líquido (R$ mil) 7
1.146.326
733.919
780.464
850.449
917.101
172.605
251.139
343.098
396.908
473.307
1,21
0,99
0,75
0,73
0,75
3,2%
20,1%
39,4%
30,0%
36,9%
Investimentos (R$ mil)
2004
2005
2006
2007
2008
Liquidez (ativo circulante/ passivo circulante)
Retorno sobre patrimônio líquido (%)
570
476
360
223
2005
2006
2007
622.813
489.001
565.741
845.141
470.180
424.349
* 553.377
829.303
48,4%
64,1%
54,4%
65,0%
60,3%
Inclui ICMS
2
Em 2004, contempla clientes residenciais normais e baixa renda
3
EBITDA reflete o lucro bruto antes das receitas e despesas financeiras líquidas, do Imposto de Renda e da Contribuição Social, das depreciações e amortizações. O EBITDA é
utilizado como medida de desempenho pela administração da Coelce e não é uma medida adotada pelas práticas contábeis brasileiras ou americanas
4
EBIT reflete o lucro bruto antes das receitas e despesas financeiras líquidas, do Imposto de Renda e da Contribuição Social. O EBIT é utilizado como medida de desempenho pela
administração da Coelce e não é uma medida adotada pelas práticas contábeis brasileiras ou americanas
5
Os anos de 2004 a 2006 foram ajustados para fins de comparação, devido a grupamento de ações ocorrido em 2007 na proporção de 2 mil ações para uma ação 6
Número de 2007 diferente do publicado no ano anterior, uma vez que houve reclassificação, conforme detalhado no Balanço Patrimonial e nas Notas Explicativas
7
Em cumprimento às recomendações da Aneel, em 2005 foi registrada a alteração no processo de contabilização do ágio oriundo da incorporação da controladora
1
2004
641.572
555.155
Dívida financeira líquida/ patrimônio líquido
EBITDA (R$ milhões)
533
Dívida financeira bruta (R$ mil) 6
Dívida financeira líquida (R$ mil) 6
2008
Ações8
Lucro líquido (R$ milhões)
339
298
2005
2006
2007
2008
8,24
14,20
22,90
21,50
22,48
Valor de mercado das ações PNB (R$/ação) 8
15,00
12,00
20,46
21,70
19,70
7,00
14,00
26,80
31,65
18,90
34.702
227.768
283.345
244.751
263.130
Valor de mercado das ações ON (R$/ação) 8
245
189
2004
Valor de mercado das ações PNA (R$/ação) 8
Distribuição de resultados (R$ mil)
Valor de mercado companhia (R$ mil)
37
Nº de ações PNA (mil) 9
2004
2005
2006
2007
2008
Nº de ações PNB (mil) 9
Nº de ações ON (mil) 9
Nº total de ações (mil) 9
Dívida financeira líquida (R$ milhões)
829
555
470
424
553
2007
2008
Investimentos (R$ milhões)
473
343
397
1.573.500
28.131.352
3.337.522
3.337.522
3.329.337
1.664.010
1.656.010
96.135.875
96.135.875
96.135.875
48.067.937
48.067.937
155.710.600
155.710.600
155.710.600
77.855.299
77.855.299
2004
2005
2006
2007
2008
1.319
1.313
1.297
1.278
Nº de colaboradores parceiros
5.826
5.853
6.376
6.837
7.662
123
184
193
176
186
3
12
8
21
24
7.286
7.356
7.882
8.310
9.150
Produtividade
2004
2005
2006
2007
2008
Consumidores por empregado
1.745
1.848
1.937
2.073
2.224
Energia vendida por empregado (MWh)
4.682
5.089
5.238
5.649
5.991
Custos por cliente (R$) 10
95,68
105,47
107,45
108,13
110,72
Perdas de energia (%)
13,90
14,00
13,00
12,35
11,7
14,6
12,45
11,42
9,40
8,18
11,95
10,44
9,11
7,87
6,78
DEC (horas) 11
251
2.162.111
28.123.352
1.337
Nº total de colaboradores
2006
1.966.290
56.245.389
Nº de colaboradores próprios
Nº de menores-aprendizes
2005
1.092.260
56.237.203
Corpo funcional
Nº de estagiários
2004
593.204
56.237.203
FEC (quantidade) 12
173
2004
2005
2006
2007
2008
Indicadores ambientais (R$ mil)
2004
2005
2006
2007
2008
Investimentos em meio ambiente
4.688
7.954
17.029
21.022
27.419
Indicadores sociais (R$ mil)
Energia vendida por empregado (MWh)
4.682
5.089
5.238
5.649
5.991
2004
2005
2006
2007
2008
Investimentos sociais internos
46.746
52.139
54.945
55.928
61.879
Total de contribuições para a sociedade
62.032
79.781
154.546
153.314
223.886
2004
2005
2006
2007
2008
70.477
78.359
75.582
109.386
117.580
Impostos, taxas e contribuições 13
613.735
777.786
858.930
799.097
871.964
Juros e aluguéis
130.291
120.436
112.505
108.761
86.480
34.702
179.668
283.345
244.751
263.096
8.901
16.958
46.545
69.985
75.427
Distribuição do Valor Adicionado (R$ mil)
Pessoal e encargos 13
Juros sobre capital próprio e dividendos
2004
2005
2006
2007
Retenções na companhia (R$ mil)
(Incentivos fiscais e reserva de lucros)
2008
Valores referentes à última cotação do exercício
9
Número de ações está representado em milhares de 2004 a 2006. A partir de 2007, com o grupamento na proporção de 200 ações para uma ação, está em unidades
10
Pessoal + material + serviços de terceiros + programa de eficiência energética + outras despesas operacionais
11
Duração Equivalente da Interrupção por Cliente
12
Frequência Equivalente da Interrupção por Cliente
13
Número diferente do publicado em 2007, uma vez que houve reclassificação, conforme detalhado no Balanço Patrimonial e nas Notas Explicativas
8
Contribuições para a sociedade (R$ milhões)
224
62
80
2004
2005
155
153
2006
2007
2008
perfil INSTITUCIONAL
PERFIL INSTITUCIONAL
Eleita pelo terceiro ano consecutivo como a melhor
totalizando 95 no encerramento do ano, com capacidade
distribuidora do Nordeste, a Companhia Energética
instalada de 2.143 MVA. | GRI 2.8, EU3, EU1 |
do Ceará (Coelce) se destaca pela qualidade de
A empresa comemorou a conquistas de excelentes
desempenho ao ofertar energia para todo o Estado.
resultados econômico-financeiros em 2008. Obteve
Sua área de concessão abrange os 184 municípios
recorde de lucro líquido acumulado, de R$ 339 milhões,
cearenses, que possuem uma população de mais de
e patrimônio líquido de R$ 916 milhões. Na comparação
8 milhões de habitantes, em um território de 149 mil
com 2007, registrou queda de 27,2% no seu valor de
quilômetros quadrados. | GRI 2.1, 2.2, 2.5 |
mercado, com capitalização de R$ 1,57 bilhão. | GRI 2.8 |
Sua sede está localizada na capital, Fortaleza, com
Além da receita oriunda da comercialização de energia
oito unidades principais, entre centros de serviços e de
elétrica, a Coelce investe em variados produtos, soluções
manutenção, e 201 lojas de atendimento em todo o
e serviços, que agregam rentabilidade ao negócio,
Estado. É terceira maior distribuidora do Nordeste em
tais como consertos de instalações elétricas, seguros,
volume comercializado de energia, com fornecimento para
títulos de capitalização, venda de equipamentos e kits
mais de 2,8 milhões de clientes, dos quais 2,1 milhões são
de energia, montagem e manutenção de subestações,
da classe residencial, 5,9 mil da categoria industrial, 151,3
dentre outros. Mantém, inclusive, um programa
mil comerciais e 35,7 mil institucionais. | GRI 2.7, EU2 |
corporativo – o Inova Coelce – para fomentar as ideias
O destino principal de seus investimentos, em 2008,
criativas e inovadoras de novos produtos e serviços
foi o Programa Nacional de Eletrificação Rural, Luz para
comerciais (Mais informações no capítulo Inovação, com
Todos, iniciativa do governo federal para levar energia
início na página 92).
elétrica para as comunidades rurais, contribuindo para o
O fornecimento faturado de energia totalizou 7,6 mil
desenvolvimento social e econômico dessas populações.
GWh, 3,9% acima do registrado no ano anterior. A com-
No encerramento de 2008, empregava mais de 8 mil
panhia continuou também a sua trajetória de sucesso em
pessoas, sendo 1.278 colaboradores próprios, 7.662 de
aperfeiçoar os indicadores de qualidade do serviço, com
empresas parceiras, 186 estagiários e 24 jovens-aprendizes.
melhoria significativa na operação do sistema elétrico.
A extensão das linhas de distribuição e transmissão de
Sociedade anônima de capital aberto desde 1995, é
energia era de 114.975 quilômetros, segmentada em alta-
controlada pela Endesa, por meio da holding Investluz
tensão (4.244 km), média-tensão (68.439 km) e baixa-
S.A., que detém 56,6% do capital total e 91,66% do
tensão (42.291 km). Uma nova subestação foi construída,
capital votante. O restante do capital pertence a pessoas
5
6
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
físicas, investidores institucionais nacionais e estrangeiros,
como fundos de pensão, clubes e fundos de investimentos
e outras pessoas jurídicas. A companhia foi privatizada em
1998 e ganhou o direito de concessão pelo prazo de 30
anos, a partir daquela data. Em outubro de 2007, ocorreu
uma reorganização societária da Endesa S.A, sediada na
Espanha, que é controladora indireta da Coelce. Desde
então as empresas Enel e Acciona assumiram o controle
acionário da Endesa S.A.
| GRI 2.6, 2.9 |
Unidades | GRI 2.3 |
• Fortaleza
Administração Central – Abriga as diretorias de Recursos Humanos, Técnica (Planejamento e Engenharia
de Alta e Média-Tensão, Operação Técnica, Centro de Controle de Serviços), Comercial (Central de
Relacionamento e áreas de combate às perdas, serviços aos clientes, operações comerciais, atendimento
a grandes clientes, cobrança e marketing, Jurídica, Institucional e Comunicação, além das áreas de
Regulação e Mercado, Planejamento e Controle, e Financeira. Cerca de 740 colaboradores trabalham no
prédio, construído com o mínimo impacto ambiental.
Messejana – Centraliza as atividades de atendimento emergencial e de campo referentes à Fortaleza e à
Região Metropolitana.
• Iguatu – Concentra a operação técnica de atendimento emergencial, um centro de controle regional e outras
atividades de campo, bem como comerciais de combate às perdas relativas à Região Centro-Sul do Ceará.
• Sobral – Reúne a operação técnica de atendimento emergencial, um centro de controle regional e outras
atividades de campo, bem como comerciais de combate às perdas e de cobrança relativas à Região Norte do
Estado.
• Juazeiro do Norte – Reúne a operação técnica de atendimento emergencial, um centro de controle regional e
outras atividades de campo, além de comerciais de cobrança relativas à Região Sul.
• Itapipoca – Abrange a operação técnica de atendimento emergencial e outras atividades de campo na Região
Atlântico.
• Canindé – Concentra a operação técnica de atendimento emergencial, um centro de controle regional e outras
atividades de campo referentes à Região Centro-Norte.
• Limoeiro do Norte – Abriga a operação técnica de atendimento emergencial, um centro de controle regional e
outras atividades de campo na Região Leste.
estado
do ceará
PERFIL INSTITUCIONAL
100%
ORGANIZAÇÃO SOCIETÁRIA | GRi 2.6 |
Enel
Finanzas
DOS S/A
Acciona
5%
67%
Outros
20%
8%
Endesa
100%
Endesa Internacional
27,7%
60,2%
21,5%
Enersis
60,0%
13,7%
99,0%
Endesa Chile
IFC
Edegel
2,7%
35,3%
Chilectra
4,1%
8,8%
Endesa Brasil
100%
Endesa
Fortaleza
99,6%
Endesa
Cachoeira
100%
Endesa
Cien
2,3%
Coelce
31,4%
63,6%
56,6%
Investluz
S/A
36,4%
0,4%
46,9%
46,9%
Ampla
Investimentos
e Serviços S/A
Ampla
Energia e
Serviços S/A
0,4%
41,1%
0,4%
7,7%
Free Float
(Mercado)
EDP
7
8
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
Endesa Brasil – Holding das cinco companhias de
energia em operação no Brasil, sendo duas distribuidoras
(Ampla e Coelce), duas geradoras (Endesa Cachoeira e
Endesa Fortaleza) e uma conversora (Endesa Cien). Está
hoje entre as cinco maiores empresas privadas do setor
elétrico brasileiro. Em 2008, a Endesa Brasil passou por
uma reestruturação de suas operações e definiu um novo
organograma, criando áreas de apoio que passaram a
atuar de forma centralizada como prestadoras de serviço
para todas as empresas Endesa, fortalecendo os negócios
de geração e distribuição da energia. (Mais informações
em Governança Corporativa, na página 21). | GRI 2.9 |
A Endesa Brasil, por sua vez, é controlada pela Endesa
S.A., uma das dez maiores empresas de energia do mundo
e a primeira nos mercados da Espanha e da América do
Sul. Atende mais de 23 milhões de clientes em 15 países
e atua nos mercados de eletricidade, gás, cogeração e
energias renováveis, com instalações eólicas, pequenas
centrais hidre­létricas, aproveitamento de resíduos e bio­
massa. No final de 2008, a composição acionária da
Endesa S.A. estava dividida entre a Enel S.P.A., com 67%;
a Acciona S.A.(5% direta­mente e 20% indiretamente). Os
8% restantes perten­ciam a outros acionistas.
Em 20 de fevereiro de 2009, a Enel e a Ac­ciona
assinaram um acordo por meio do qual a Enel adquirirá
a participação da Acciona na Endesa, passando a deter
92% do controle. A Enel é a maior companhia elétrica
da Itália e a segunda maior de energia da Europa, com
operações de distribuição de energia e gás. Atua também
nas Américas do Norte e Latina. Presença da Endesa NO Brasil
| GRI 2.5 |
Geração
Potência instalada: 346,6 MW
Distribuição
Nº de clientes: 2,8 milhões
Energia faturada: 7.656 GWh
CE
DF
GO
Geração
Potência instalada: 658,0 MW
ES
RJ
Distribuição
Nº de clientes: 2,5 milhões
Energia faturada: 8.965 GWh
Conversão e transmissão
Potência instalada: 2.200 MW
Extensão de linhas: 1.000 km
RS
PERFIL INSTITUCIONAL
MARCOS HISTÓRICOS
Desde os anos de 1960, a trajetória da Coelce busca a ampliação da oferta de energia no Estado do Ceará, para dar mais qualidade de vida à sociedade cearense.
1960
• Distriluz Energia Elétrica S.A., Coelce, Aneel e governo
• Criação da Companhia de Eletricidade do Cariri (Celca)
do Estado do Ceará assinam o contrato de concessão,
e da Companhia de Eletrificação Centro-Norte do Ceará
válido por 30 anos, por meio do qual a Coelce assume
(Cenort).
a distribuição de energia elétrica no Ceará.
2007
• Encerramento do plano estratégico intitulado Escalada
Coelce (2004-2007).
• Lançamento da plataforma de imagem A nossa ideia
é conhecer você
1962
1999
• Surgem a Companhia Nordeste de Eletrificação de
• É concluído o processo de reestruturação societária,
Fortaleza (Conefor) e a Companhia de Eletrificação
pelo qual incorpora sua controladora Distriluz Energia
do Nordeste (Cerne).
Elétrica S.A., passando, então, a ser controlada pela
2008
1971
Investluz S.A., que detém 91,66% do capital votante
• Início do plano estratégico Ser Coelce, com duração
• É criada a Coelce por meio da Lei Estadual nº.
e 56,59% do capital total da companhia. A Investluz
de quatro anos e foco em três pilares: gente, cliente
9.477, de 05/07/1971, com a unificação das quatro
S.A é controlada pela Endesa Brasil, com participação
e resultado.
empresas distribuidoras de energia elétrica então
existentes no Ceará.
direta em 63,57% de seu capital total.
2000 - 2006
• Enel e Acciona assumem o controle acionário da
Endesa S.A.
• Reposicionamento de imagem, com o conceito Coelce
– Cada vez mais próxima de você.
• Período de investimento significativo no reposiciona-
• Inauguração do novo conceito das Lojas de Atendimento,
• A Coelce torna-se uma empresa de capital aberto,
mento de imagem e planejamento estratégico, visando
no qual as atendentes ficam lado a lado com os clientes.
passando a negociar suas ações nas principais bolsas
à contínua expansão e melhoria dos serviços, com foco
• Ecoelce foi um dos dez ganhadores do prêmio World
de valores brasileiras.
no relacionamento com o cliente e no lançamento de
Business and Development Awards, que reconhece
1998
produtos e serviços, em resposta ao crescimento do
a contribuição do setor privado para atingir os
• Em leilão público, realizado na Bolsa de Valores do
mercado e suas necessidades.
Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) das
1995
Rio de Janeiro (BVRJ), a companhia é privatizada. O
• Participação das ações preferenciais classe A no
Consórcio Distriluz Energia Elétrica S.A. – formado
Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bolsa
• Lucro recorde da história da companhia: R$ 339 milhões.
por Endesa España S.A., Enersis S.A., Chilectra S.A. e
de Valores de São Paulo (2006).
• Eleita pelo terceiro ano consecutivo como Melhor
Nações Unidas.
Companhia de Eletricidade do Rio de Janeiro (Cerj),
Distribuidora do Nordeste (Abradee) e entre as 150
atual Ampla – converte-se no operador da empresa.
Melhores para Trabalhar (Guia Exame–Você S.A.).
9
MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO
Mario Santos
Abel Alves Rochinha
| GRI 1.1 |
A qualidade dos serviços prestados pela Coelce e
ral para a universalização da energia elétrica na zona
a excelência crescente no atendimento aos clientes
rural. Nesse programa, aplicamos R$ 180 milhões em
proporcionaram conquistas surpreendentes em 2008.
recursos próprios, como contribuição da Coelce para
Obtivemos o maior lucro da história da companhia, de
aumentar o desenvolvimento econômico do Ceará e a
R$ 339 milhões, seguindo fortemente a estratégia de
qualidade de vida da sociedade.
manter boa eficiência operacional com custos baixos,
Para a Coelce, não basta democratizar o acesso à
controle disciplinado da inadimplência e redução
energia elétrica. É preciso prestar um serviço com me-
de perdas de energia. Pelo terceiro ano consecutivo,
lhoria contínua na qualidade. Prova disso é a evolução
também fomos eleitos como Melhor Distribuidora de
de desempenho nos indicadores de qualidade técnica.
Energia Elétrica do Nordeste, pela Associação Brasileira
Registramos queda de 12,9% no índice de duração das
de Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee). Há muito
interrupções do fornecimento (DEC), que ficou em 8,18
trabalho duro e dedicação dos colaboradores por trás de
horas, nos destacando mais uma vez como a empresa
todos esses avanços, que nos conduzem a sonhar cada
com o melhor resultado do Nordeste. O índice de fre-
vez mais alto, mas mantendo os pés no chão.
quência (FEC) também evoluiu, ficando em 6,78, núme-
Devido ao cenário de instabilidade econômica mun-
ro consideravelmente inferior ao FEC médio do País, de
dial, agravado a partir do segundo semestre de 2008 por
11,72 – segundo dados de 2007 divulgados pela Agên-
conta da crise de confiança nas instituições bancárias
cia Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
norte-americanas, a Coelce adotou uma série de medidas
No encerramento de 2008, a Coelce contava com
a fim de mitigar o impacto sobre seus negócios. A princi-
2,8 milhões de unidades consumidoras, tendo incor-
pal delas foi se empenhar para tornar a operação ainda
porado 96 mil novos clientes no ano, além de alcan-
mais enxuta e eficiente, de forma a reduzir os custos es-
çar 114 mil quilômetros de linhas de distribuição e
truturais. Isso não significa corte dos empregos e sim um
inaugurar uma subestação. As perdas (técnicas e co-
esforço interno de rever todos os processos com base em
merciais) foram reduzidas para 11,7%, e o aumento
uma metodologia de otimização de custos.
da oferta de novos produtos e serviços gerou R$ 97
Os investimentos para 2009 continuarão no mesmo
milhões a mais na receita, fortalecendo nossa imagem
patamar aplicado nos últimos anos, sem readequação
como empresa que oferece soluções que vão além da
de cronograma. Em 2008, totalizaram R$ 473 milhões,
distribuição de energia.
com ênfase para os R$ 224 milhões investidos no
Após a reestruturação interna da Endesa Brasil, da
Programa Luz para Todos, iniciativa do governo fede-
qual fazemos parte, modificamos os valores corporativos,
PERFIL INSTITUCIONAL
a fim de deixá-los em sintonia com os objetivos comuns,
valioso que a vida humana e voltaremos a reforçar ao
de atuação, que é a melhoria da educação no Estado
ganhando em sinergia. Nossa visão também foi refor-
máximo a necessidade da segurança plena dos colabo-
do Ceará –, destacamos a realização do Natal Educar
mulada, com uma mensagem mais direta e inspiradora:
radores. Infelizmente, os acidentes demonstraram que
com Arte. Os estudantes do ensino público foram con-
Coelce: Gente e energia para um mundo melhor! Dessa
ainda existe falta de conscientização sobre a gravidade
vidados a participar de um concurso de desenho com
forma, reforçamos a busca por maior proximidade no
dos riscos inerentes a certas funções, como o trabalho
uma mensagem natalina, cujo prêmio para os três pri-
relacionamento com os nossos públicos estratégicos, ba-
dos eletricistas. Para voltarmos a celebrar a marca zero
meiros lugares foram bolsas de estudo de R$ 70 mil. O
seada em mais confiança, transparência e simplicidade.
de acidentes graves, conquistada e mantida nos anos
concurso recebeu mais de 17 mil desenhos de 3,7 mil
Todas as nossas atividades também são planejadas
anteriores, adotamos um rigoroso programa de inspe-
escolas inscritas, com imensa aprovação da sociedade,
conforme os Sete Compromissos com o Desenvolvimen-
ção nas empresas parceiras, batizado de Projeto Anjo
e pretendemos repeti-lo em 2009.
to Sustentável, assumidos desde 2005 por todos da En-
da Guarda, detalhado na página 70 deste relatório.
Todas essas iniciativas estão alicerçadas no planejamento
desa Brasil. Por conta dessas iniciativas, mantivemos as
Nossas ações de responsabilidade social corporativa e
estratégico Ser Coelce, que norteia nosso caminho em
ações preferenciais no seleto grupo de integrantes do
proteção ambiental continuaram fortes. O ano de 2008 foi
prol da sustentabilidade nas esferas econômica, social e
Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bolsa
de reconhecimento máximo para o Ecoelce, o programa
ambiental. Continuaremos trabalhando para ampliar o
de Valores de São Paulo.
que troca resíduos recicláveis por bônus na conta de
escopo de certificações de qualidade (ISO 9001), de meio
energia, com mais de 100 mil pessoas cadastradas.
ambiente (ISO 14001) e de saúde e segurança do trabalho
mos investindo no desenvolvimento das competências
A iniciativa inovadora foi uma das dez vencedoras do
(OHSAS 18001).
profissionais do nosso time, dando ênfase nas capacita-
World Business and Development Awards, promovido
Gostaríamos de agradecer o empenho de todos os
ções envolvendo as lideranças da companhia, que têm a
pela Organização das Nações Unidas (ONU) para
profissionais que se esforçaram ao máximo para alcan-
responsabilidade de incentivar e disseminar as mudan-
reconhecer as empresas que mais contribuíram para a
çarmos a importante missão de distribuir, diariamente,
ças que queremos para os próximos anos. Com muito
obtenção dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
energia com qualidade e com proximidade no atendi-
orgulho recebemos a notícia de estarmos, pelo terceiro
Em parceira com a Câmara dos Dirigentes Lojistas
mento aos clientes. É dessa forma que queremos conti-
ano seguido, na lista das 150 Melhores Empresas para se
(CDL), também batemos o recorde nacional de plantio
nuar crescendo junto com o Ceará e gerando valor para
Trabalhar, na pesquisa do Guia Exame/Você S.A.
de mudas de árvores em uma hora. Com a participa-
os acionistas, por meio da satisfação dos colaboradores
Nosso principal desafio em 2009 envolve a segurança
ção de cerca de 300 voluntários, entre colaboradores,
e do respeito ao meio ambiente. Muito obrigado!
no trabalho. Em 2008, registramos a lamentável marca
parceiros e familiares, foram plantadas 65 mil mudas
de quatro acidentes fatais entre colaboradores terceiri-
em apenas 23 minutos e 30 segundos. Esse é apenas
Mario Santos
Abel Alves Rochinha
zados. Acompanhamos de perto cada uma das ocorrên-
um exemplo da força da nossa energia para melhorar a
Presidente do Conselho
Diretor-presidente
cias e nos empenharemos para que tudo isso jamais seja
qualidade de vida dos cearenses, em todos os sentidos.
de Administração
esquecido. Acreditamos que não existe patrimônio mais
No âmbito social – alinhado ao nosso principal foco
Visando ao bem-estar do público interno, continua-
11
APRESENTAÇÃO DO RELATÓRIO
A estrutura do Relatório Anual de Sustentabilidade Coelce
mações coletadas para responder aos indicadores GRI,
divididas em sete temas para a avaliação. Os testes
2008 tem como base os Sete Compromissos para um
registrando novos padrões de cálculo dos dados, com foco
foram aplicados em contato pessoal e por e-mail, de
Desenvolvimento Sustentável disseminados pela Endesa,
na melhoria contínua da apuração. Com isso, algumas in-
janeiro a fevereiro de 2009. A consulta abrangeu 49
como reforço à estratégia de combinar avanços nos âmbitos
formações publicadas em 2007 sofreram revisões, devida-
representantes de público interno (colaboradores pró-
econômico, social e ambiental. Publicado anualmente,
mente explicadas ao longo deste Relatório. O documento
prios e parceiros e diretoria) e 34 de públicos externos
desde 2005, o Relatório segue as diretrizes propostas pela
reúne dados e atividades da Coelce, em toda a sua área
(acionistas, clientes, fornecedores, ONGs, imprensa e
Global Reporting Initiative (GRI), organização internacional
de concessão, no período entre 1º de janeiro e 31 de de-
órgãos governamentais).
que desenvolveu um conjunto de princípios e indicadores
zembro de 2008. De ciclo anual, o relatório anterior foi pu-
A alta direção da empresa consolidou o resultado final
para comunicar o desempenho das empresas e servir como
blicado em maio de 2008. | GRI 3.10, 3.1, 3.2, 3.3, 3.6, 3.8 |
da materialidade considerando os Sete Compromissos
Sempre que possível, os números são acompanhados
para um Desenvolvimento Sustentável da Endesa –
A companhia adotou, em 2007, a versão G3 dos indi-
de uma base histórica, permitindo visualizar a evolução
Conduta, Acionistas, Sociedade, Clientes, Pessoas, Meio
cadores GRI e este ano incluiu os indicadores do suple-
de indicadores considerados relevantes para a tomada de
Ambiente e Inovação e Criatividade; as orientações da GRI
mento setorial de energia (sigla EU). O relatório também
decisão dos públicos estratégicos. Os responsáveis pelas
e os princípios do Pacto Global.
apresenta as práticas em relação aos princípios do Pacto
áreas também incluem uma análise sobre o crescimento
Stakeholders internos e externos tiveram o mesmo peso
Global e traz o balanço proposto pelo Instituto Brasilei-
ou a queda de cada indicador, além de citar as metas es-
na consolidação, exceção feita à Diretoria, que recebeu o
ro de Análise Sociais e Econômicas (Ibase). Segue, ainda,
tabelecidas para 2009, como reforço ao compromisso de
dobro do peso na avaliação inicial. A matriz da materiali-
recomendações de conteúdo da Associação Brasileira das
transparência, inclusive em relação aos próximos passos a
dade aponta a relevância final dos temas para a inclusão
Companhias Abertas (Abrasca). | GRI
serem tomados. | GRI 3.9 |
do Relatório. Por essa análise, os assuntos de menor rele-
ferramenta de gestão da sustentabilidade.
3.7, 3.11 |
As demonstrações financeiras e o Balanço Social (Ibase)
foram auditados pela AGN Canarim Auditores Associados,
vância na consolidação do documento foram: participação
Aplicação da materialidade | GRI 3.5 |
em políticas públicas e lobbies; relações com a concorrência; contribuições a partidos políticos; planos de aposenta-
enquanto os demais indicadores são passíveis de auditorias internas periódicas, por intermédio do Sistema de Au-
Na definição do conteúdo do documento, a empresa
ditoria Corporativa (SAC). Os dados referentes à qualidade
aplicou teste de materialidade, seguindo as orientações
Comentários ou pedidos de esclarecimentos sobre
técnica do sistema elétrico, assim como os programas
da GRI. Realizado em duas etapas, o processo contou
este Relatório podem ser encaminhados para a área de
subsidiados pelo governo, são monitorados pela Agência
com apoio de consultoria externa. A primeira fase in-
Responsabilidade Social Corporativa e Meio Ambiente,
Nacional de Energia Elétrica (Aneel). | GRI 3.13 |
cluiu a consulta a públicos internos e externos, que
pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone
deram sua opinião sobre a relevância de 54 questões,
(85) 3453-4821. | GRI 3.4 |
A Coelce aumentou o grau de transparência das infor-
doria e direitos indígenas.
PERFIL INSTITUCIONAL
Matriz de Materialidade
Temas/relevância
Indicadores GRI
alto
Muito importante
Nível de importância para o público externo
Importante
37
8
42
41
40
12
26
Muito Importante
11
5
47
49 4846
39
13
36
45
2
29 15 3 25
34 10 38 6 43
20
18
24 21
50 3 23
51
52 28
19
22
9
44
33
4
22
54 17 31 16
7
15
14
27
30
35
Pouco Importante
Medianamente Importante
baixo
alto
Nível de relevância para a empresa
Temas/relevância
Indicadores GRI
Muito importante
38. Gestão dos impactos das operações da empresa na sociedade
SO1
20. Cuidados ambientais na oferta de produtos e serviços
EN26, EN29
10. Pesquisa e desenvolvimento
EU7, EN6
2. Governança corporativa
4.1 a 4.7, 4.9, 4.10
23. Geração de emprego
LA1, LA2
28. Treinamento e educação
LA 10, LA 11
52. Conformidade (produtos e serviços)
PR6, PR9, EU24
3. Compromissos com iniciativas externas
4.12
50. Saúde e segurança do cliente
PR1, PR2
22. Investimentos e gastos com proteção ambiental
EN30
32. Não discriminação
HR4
33. Trabalho infantil
HR6
19. Gerenciamento de emissões, efluentes e resíduos
EN16 a EN25
51. Privacidade do cliente
PR8
34. Trabalho forçado ou escravo
HR7
18. Atenção à biodiversidade
EN11 a EN15, EU14
9. Gerenciamento da demanda de energia
EU5, EU6, EU7, EU9, EU22, EU29
37. Engajamento de stakeholders
4.14 a 4.17, EU18
44. Ações de voluntariado
SO1
16. Consumo de energia
EN3, EN4, EN5
46. Fornecimento de informações para o uso seguro da energia
EU23
31. Critérios na seleção de fornecedores e em investimentos
HR1, HR2, HR5, HR6, HR7
48. Canais de atendimento ao cliente
PR1, PR5
17. Consumo de água
EN8, EN9, EN10
47. Comunicação com o cliente
PR6, PR7, EU23
54. Indicadores de interrupção do fornecimento por inadimplência
EU26
25. Saúde e segurança no trabalho
LA6, LA7
Importante
5. Resultados operacionais
EU13
37. Engajamento da sociedade nas decisões da empresa
4.17, EU18
49. Práticas e pesquisas relacionadas à satisfação de clientes
PR5
8. Incentivos fiscais e outros subsídios governamentais
EC4
13. Eficiência do sistema de distribuição de energia
EN6, EU7, EU11, EU13, EU20,
EU27, EU28
Medianamente importante
27. Igualdade de oportunidades
LA13, LA14, EC5
45. Programa de universalização da energia (acesso amplo)
EU22
7. Novos negócios (seguros e outras facilidades para clientes)
PR5
53. Indicadores de qualidade da energia fornecida
EU27, EU28
15. Consumo de materiais
EN1, EN2
36. Investimentos na comunidade (projetos sociais e culturais)
EC8
12. Presença no mercado
2.5, 2.7, EC9, EU29
11. Disponibilidade e segurança na oferta de energia
PR1, PR2, EU5, EU24, EU25
14. Mercado de capitais (composição acionária e direitos das ações) 2.8
1. Impactos, riscos e oportunidades
1.2, 4.17, SO1, EC1, EU7
26. Remuneração e benefícios
43. Conformidade com leis e regulamentos
SO8
Pouco importante
6. Resultados econômico-financeiros
2.8, EC1
40. Participação em políticas públicas e lobbies
SO5, SO6
21. Conformidade com leis e regulamentos ambientais
EN28
42. Relações com a concorrência
SO7
39. Práticas anticorrupção
SO2, SO3, SO4
41. Contribuições a partidos políticos
SO6
24. Relações dos empregados com a empresa
LA4, LA5
30. Planos de aposentadoria
EC3
29. Trabalhadores terceirizados
LA1, EU16
35. Direitos indígenas
HR9
LA3
13
COMPROMISSOS COM
A SUSTENTABILIDADE
CONDUTA
MEIO AMBIENTE
ACIONISTAS
CLIENTES
INOVAÇÃO
PESSOAS
SOCIEDADE
compromissos COM A sustentabilidade
Sustentabilidade para a Coelce é crescimento responsável,
ou seja, a incorporação de critérios sociais e ambientais
em sua estratégia e modelos de gestão, possibilitando o
alcance dos objetivos do negócio e maximizando a criação
de valor em uma perspectiva de longo prazo, respeitando
as comunidades em que opera.
As conquistas no desempenho operacional e financeiro,
respeitando igualmente os aspectos socioambientais, são
resultantes da adoção dos Sete Compromissos para um
Desenvolvimento Sustentável, disseminados pela Endesa,
que aconteceu oficialmente em 2005. O conjunto de diretrizes, resumido no esquema gráfico ao lado, serve como
alicerce às atividades desenvolvidas no plano estratégico,
além de definir a Visão, a Missão e os Valores Corporativos. As empresas parceiras também devem atuar em plena
sintonia com os Sete Compromissos.
Os compromissos com a sustentabilidade são disseminados continuamente entre o público interno e divulgados externamente. Em 2008, colaboradores da linha
de frente (atendentes, teleatendentes, leituristas e eletricistas) participaram dos encontros Coelce e Sustentabilidade. Ao todo, 705 colaboradores integraram uma
discussão sobre sustentabilidade, como oportunidade
para conhecer e entender melhor o posicionamento da
Coelce acerca do tema, bem como suas práticas de responsabilidade social e ambiental.
Sete Compromissos para um Desenvolvimento Sustentável
15
16
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
Incorporação e apoio
a iniciativas externas | gri 4.12 |
fine procedimentos a serem adotados pelas empresas
Os clientes institucionais são representados principal-
em seu relacionamento com o poder público, tratando
mente por órgãos públicos, como prefeituras e governo
de temas como sonegação fiscal, corrupção de agentes
estadual e, por esse motivo, a Coelce exige de seus em-
públicos, crime organizado e lavagem de dinheiro. A
pregados uma relação profissional transparente, evitan-
iniciativa é organizada pelo Instituto Ethos, juntamente
do, principalmente, qualquer risco que possa denegrir a
Signatária do Pacto Global desde março de 2005, a
com o Programa das Nações Unidas para o Desenvol-
imagem da companhia. | GRI SO2 |
Coelce vem incrementando suas ações corporativas
vimento (PNUD), o Escritório das Nações Unidas contra
para contribuir com a disseminação e o alcance dos
Drogas e Crime (UNODC) e o Comitê Brasileiro do Pacto
dez princípios estabelecidos nas áreas de Direitos
Global, dentre outras entidades.
PACTO GLOBAL
Participação em associações
Humanos, Direitos do Trabalho, Proteção Ambiental e
Na relação com autoridades do governo, o Código
Desde 2007, a Coelce é associada ao Instituto Ethos
Anticorrupção. Promovida pelas Nações Unidas, essa
de Ética Empresarial da Coelce também determina o
de Empresas e Responsabilidade Social, com a inten-
iniciativa quer engajar o setor empresarial na adoção de
não favorecimento direto ou indireto a agentes do
ção de contribuir, juntamente com as demais empresas
práticas de responsabilidade corporativa, contribuindo
governo. Apesar de não ter realizado nenhum treina-
brasileiras filiadas, na elaboração e no engajamento em
para uma economia global mais sustentável e inclusiva
mento formal sobre as suas políticas e procedimentos
ações que promovam o desenvolvimento sustentável.
socialmente.
anticorrupção, a companhia aproveitou a proximidade
Também é uma das filiadas da Associação Brasileira
das eleições municipais, em outubro de 2008, para pro-
de Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee), com
mover um debate com os colaboradores situados em
representantes em grupos de trabalho que discutem te-
Fortaleza. Foram discutidos temas como a importância
mas como responsabilidade socioambiental, qualidade
Em janeiro de 2008, a Coelce aderiu ao Pacto Nacional
do voto consciente, a política praticada de forma ética,
da gestão, avaliação pelo cliente, gestão operacional,
pela Erradicação do Trabalho Escravo, uma iniciativa
e questões envolvendo cidadania, como a responsabili-
dentre outros. Em 2008, também realizou os preparati-
do Instituto Ethos em conjunto com a Organização In-
dade pelo bem-estar social. | GRI SO3 |
vos para receber o selo de Empresa Amiga da Criança,
TRABALHO ESCRAVO
ternacional do Trabalho (OIT) e a ONG Repórter Brasil.
Em 2008, a discussão sobre o combate à corrupção
O pacto busca a articulação de ações para erradicar o
e outros aspectos que contrariam o Código de Ética
trabalho escravo.
também foi levada às empresas parceiras. No encontro
Ética nas Relações de Trabalho, a companhia estimulou
INTEGRIDADE
concedido pela Fundação Abrinq, em fevereiro de 2009.
| GRI 4.13 |
Politicas públicas
a reflexão dos participantes sobre atitudes pessoais nas
relações de trabalho e buscou alinhar os comportamen-
Para a execução do Programa Luz para Todos, dentre
Desde 2007, a companhia é signatária do Pacto Empre-
tos individuais ao seu Código de Ética. Participaram 49
outras iniciativas decorrentes de políticas públicas,
sarial pela Integridade e Contra a Corrupção, que de-
gestores de empresas parceiras.
a Coelce participa da discussão e elaboração e do
compromissos COM A sustentabilidade
planejamento das propostas. Em 2008, compareceu
intenso treinamento dos colaboradores e adequação
• Departamento de Distribuição Centro-Norte Canindé
a encontros e seminários para o debate de temas de
das instalações, até o fechamento de 2008, estavam
• Departamento de Distribuição Sul
infraestrutura para o Estado do Ceará com a participação
certificadas as seguintes atividades:
• Relacionamento Comercial Agência Juazeiro do Norte
de representantes do Comitê Gestor Estadual do
• Construção e manutenção de redes de distribuição
Programa Luz para Todos, da Secretaria de Infraestrutura
(13,8KV e 380/220V): processos dos sites de Messe-
ISO 9001
jana, Sobral, Canindé, Iguatu;
O sistema de gestão é certificado pela norma ISO
do Ceará (Seinfra), da Secretaria de Desenvolvimento
Rural do Ceará, da Agência de Desenvolvimento do Ceará
• Manutenção de linhas de transmissão (69KV) e su-
9001:2000, que abrange as seguintes atividades:
bestações: processos dos sites de Messejana, Sobral,
• Operação Técnica
A companhia também esteve presente em reuniões
Canindé, Iguatu e subestações (Várzea Alegre, Solo-
• Normas e Procedimentos
mensais com a Ouvidoria da agência reguladora, para
nópole, Sobral, Coreaú, Viçosa, Tauape, Dias Macedo,
• Planejamento de Alta e Média-Tensão
tratar de assuntos como frequência e natureza das re-
Varjota, Guaramiranga, Inhuporanga); e
• Centros de Controle Regionais
(Adece) e da Centrais Elétricas Brasileiras – Eletrobrás.
clamações, tempo de resolução das reclamações, pro-
• Comercialização de energia elétrica: processos dos sites
gramas e projetos adotados para o aprimoramento da
de Sobral, Canindé, Iguatu e Administração Central.
de Alta e Média-Tensão e Subestações
• Projetos e Obras de Baixa e Média-Tensão de Fortale-
qualidade do atendimento e prestação de serviços aos
consumidores. | GRI SO5 |
• Planejamento e Controle da Manutenção de Linhas
ISO 14001
za e Região Metropolitana
Em 2008, a Coelce manteve a certificação de seu siste-
• Análise e Resposta a Clientes
ma de gestão ambiental, conquistada em 2006, e am-
• Central de Relacionamento
pliou o escopo, atendendo à norma ISO 14001:2004,
• Faturamento
OHSAS 18001
emitida pelo Bureau Veritas Certification. O escopo da
• Lojas de Atendimento a Clientes do Grupo A
A Coelce estabeleceu, mantém e melhora continuamen-
certificação compreende construção, operação, manu-
(Grandes Clientes)
te a eficácia do seu Sistema de Gestão de Segurança e
tenção do sistema de transmissão e distribuição de
• Lojas de Atendimento a Clientes de Baixa-tensão
Saúde Ocupacional a partir de rigoroso controle de suas
energia elétrica e suas atividades de apoio, focadas nas
• Ligação Nova do Grupo B (clientes de Baixa-tensão)
atividades administrativas e operacionais, para promo-
seguintes unidades de negócio:
ver e preservar condições seguras na realização de seus
• Administração Central, Gerência de Distribuição Fortaleza
Normas e padrões de qualidade
processos para todas as partes envolvidas com o seu
desenvolvimento.
Os procedimentos seguem os requisitos estabeleci-
e Metropolitana
• Departamento de Distribuição Norte e Relacionamento
Comercial da Loja de Atendimento de Sobral
dos na norma OHSAS 18001 (Occupational Health and
• Departamento de Distribuição Centro-Norte
Safety Assessment Series),conquistada em 2006. Após
• Departamento de Distribuição Centro-Sul Iguatu
17
18
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
Práticas de disseminação e cumprimento
Princípios do Pacto Global
Direitos Humanos
Práticas adotadas pela Coelce
• Código de Ética Empresarial e de Conduta dos Empregados
• Inclusão de cláusulas referentes a direitos humanos nos contratos de fornecedores de materiais e serviços
• Investimento de R$ 636 mil em projetos sociais
• Investimento de R$ 10 milhões em projetos culturais
• Investimento de R$ 618 mil no Fundo para Infância e Adolescência
• Missão, Visão e Valores
• Código de Ética Empresarial e de Conduta dos Empregados
• Missão, Visão e Valores
Direitos do Trabalho
• Código de Ética Empresarial e de Conduta dos Empregados
• Acordo coletivo de trabalho
• Bom relacionamento com sindicatos
• Código de Ética Empresarial e de Conduta dos Empregados
• Inclusão de cláusulas sociais nos contratos de fornecedores de materiais e de serviços
• Monitoramento de fornecedores
• Índice de Parceria (Inpar) para acompanhamento da gestão de empresas parceiras
• Adesão ao Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo
• Inclusão de cláusulas sociais nos contratos de fornecedores e serviços
• Código de Ética Empresarial e de Conduta dos Empregados
• Investimento de R$ 618 mil no Fundo para a Infância e a Adolescência
• Parceria com a Fundação Abrinq
• Monitoramento de fornecedores
• Códigos de Ética Empresarial e de Conduta dos Empregados
• Modelo de Gestão por Competências
• Canais confidenciais de denúncia de irregularidades
• Comissão de Ética
compromissos COM A sustentabilidade
Princípios do Pacto Global
Proteção Ambiental
Práticas adotadas pela Coelce
• Sistema de Gestão Ambiental, que controla e monitora as atividades da companhia
• Certificações ISO 14.001
• Investimentos de R$ 27 milhões em ações de meio ambiente
• Comitê de Sustentabilidade Ambiental
• Política Ambiental
• Campanhas para o uso racional de recursos naturais
• Comitê de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
• Comitê Técnico Ambiental
• Origem certificada da madeira utilizada nas cruzetas
• Adubo orgânico
• Programa Troca Eficiente
• Programa de reciclagem Ecoelce
• Óleo ecológico
• Programa para melhorias de processos Deu Certo
• Projetos de P&D com foco em meio ambiente
Contra a Corrupção
• Códigos de Ética Empresarial e de Conduta dos Empregados
• Canal Ético
• Comissão de Ética
• Auditoria externa para validação dos dados econômico-financeiros
• Auditoria interna
• Adesão ao Pacto Empresarial pela Integridade e Contra a Corrupção
19
conduta:
Governança corporativa e ética
conduta
Pelo terceiro ano consecutivo, a Coelce integra o
Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da
O Conselho de Administração e os membros da
BM&FBovespa, composto pelas ações de um grupo de
Diretoria Executiva apoiam e gerenciam de forma ativa
empresas que demonstram alto grau de comprometi-
a adoção de diretrizes e indicadores que promovam
mento com o desenvolvimento sustentável dos negó-
os Sete Compromissos com o Desenvolvimento
cios e do País. Para a empresa, é um reconhecimento
Sustentável da Endesa, como os da Global Reporting
público de seus esforços em promover uma gestão
Initiative (GRI), o questionário do Instituto Ethos de
baseada na transparência e confiança nas relações.
Empresas e Responsabilidade Social e o Balanço Social
São adotadas várias práticas de governança corporativa,
Desafio
Garantir relações confiáveis
com as partes interessadas,
alinhada aos princípios de
governança corporativa
trolador, e cumprimento rigoroso de normas de controle.
proposto pelo Ibase.
a exemplo de tratamento igualitário a todos os acionistas,
Por meio de todos esses indicadores, a empresa
publicação periódica de relatórios sobre as suas atividades
consegue mensurar e supervisionar a evolução do
e aperfeiçoamento de canais de comunicação com os
desempenho nos aspectos socioambientais, além do
seus públicos de relacionamento. Elas incluem uma
financeiro, que é validado por auditores independentes.
ampla adequação dos processos internos para atender
É dever de todos os colaboradores atuar de forma ética
às exigências da lei Sarbanes-Oxley – que busca coibir
e contribuir para o aprimoramento das ações norteadas
fraudes e corrupção nos relatos financeiros.
pelos indicadores de sustentabilidade. | GRI 4.9 |
Ao disseminar o seu Código de Ética Empresarial en-
Em 2008, foi adotado um novo organograma das dire-
tre colaboradores e empresas parceiras, a companhia
torias das empresas que compõem a Endesa Brasil. Pelo
enfatiza a importância do comportamento ético em
novo modelo, as áreas de apoio passam a atuar de forma
todas as etapas da distribuição de energia elétrica. O
centralizada como prestadoras de serviço para todas as
funcionamento da estrutura organizacional também é
empresas controladas pela holding, fortalecendo os negó-
fortalecido pela adoção de colegiados não obrigatórios,
cios de geração e distribuição da Endesa Brasil, como parte
participação expressiva de conselheiros independentes
da estratégia de tornar as operações mais eficientes e com
(27% dos membros), sem vínculo com o acionista con-
mais sinergia para crescer fortemente no País.
21
22
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
ESTRUTURA DE GOVERNANÇA | GRI 4.1 |
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
assembléia de acionistas
Assembleia de Acionistas
conselho fiscal
Tem a missão de deliberar e verificar a legitimidade e
conselho de administração
legalidade das ações realizadas pelos demais órgãos da
auditoria interna
Administração. Responsável por eleger os Conselhos de
diretoria Jurídica
Administração e Fiscal, reuniu-se duas vezes em 2008,
sendo uma em sessão ordinária e outra extraordinária.
diretoria
de regulação
Conselho de Administração
Responsável pela orientação geral dos negócios e pelo
acompanhamento da execução dos programas adotados. Em 2008, o Conselho de Administração era constituído por dez membros titulares e igual número de
suplentes, sendo um presidente e um vice-presidente.
Os atuais integrantes foram escolhidos em abril de
Presidência
diretoria comercial
diretoria
de recursos
humanos
ouvidoria
Diretoria de Finanças
e Relações com
Investidores
Diretoria de Rel. Inst.,
Gov., Meio Ambiente e
Resp. Social Corp.
Diretoria de
Planejamento e
Controle
diretoria técnica
área de Perdas
área de operação
técnica
área de operações
comerciais
área de distribuição
fortaleza e
Metropolitana
área de grandes
clientes
área de distribuição
norte
área de cobrança
área de distribuição
sul
área de serviços
ao cliente
área de Planejamento
e engenharia
da at e Mt
2007 para um mandato de três anos, sendo permitida a
reeleição. Um dos membros foi indicado pelos acionistas empregados e outro pelos acionistas preferenciais. O
presidente não exerce função executiva. Três conselheiros são independentes. Eles representam públicos estraregulamentos contratuais, assim como o Código de Ética,
tégicos da Coelce, tais como consumidores, empregados
Não é adotado processo formal de qualificação dos
e acionistas minoritários, e recebem remuneração fixa
conselheiros, embora todos os membros contem com anos
por reunião, definida pela Assembleia. | GRI 4.2, 4.3 |
de experiência profissional e formação educacional, estan-
A companhia não possui mecanismos ou política for-
Os membros titulares do Conselho não têm participa-
do aptos a definir as estratégias para o negócio. Até o final
mal para contratação de mulheres, negros ou pessoas
ção nos lucros da companhia ou remuneração vinculada
de 2008, não era mantido processo estruturado para au-
com deficiências para o Conselho de Administração ou
ao desempenho dos negócios. Os colaboradores rece-
toavaliação do desempenho do Conselho. | GRI 4.7, 4.10 |
cargos de Diretoria. Todos os conselheiros são homens,
bem remuneração extra, caso consigam cumprir metas
relacionadas aos objetivos estratégicos. | GRI 4.5 |
Para evitar conflitos de interesses, o Conselho de Administração é responsável por assegurar que normas legais e
sejam rigorosamente respeitados. | GRI 4.6 |
de cor branca, sendo 40% deles com idade entre 30 e
50 anos e 60% com mais de 50 anos. | GRI LA13 |
conduta
Ao final de 2008, um conselheiro titular era executivo da
Diretoria-Executiva
comportamento ético | GRI 4.8 |
Coelce (José Alves de Mello Franco, diretor de Regulação),
Responsável pela administração das operações da com-
além de alguns integrarem a Diretoria da Endesa Brasil.
panhia, segundo as diretrizes apontadas pelo Conselho
Código de Ética Empresarial
Dentre os membros suplentes, eram diretores da compa-
de Administração. É formada pelo presidente e por oito
O documento, disseminado para todos os colaboradores
nhia: José Távora Batista (Técnico); Luiz Carlos Laurens
vice-presidentes, com mandato de três anos, sendo permi-
próprios e parceiros, reúne as principais diretrizes para
Ortins Bettencourt (Finanças e Relações com Investidores);
tida a reeleição. Os nove integrantes são brancos, sendo
o relacionamento com acionistas, empresas parceiras,
José Nunes de Almeida Neto (Relações Institucionais, Go-
sete homens e duas mulheres, com idades de 30 a 50
clientes, governo e sociedade. Disponível na intranet e
vernamentais, Meio Ambiente e Responsabilidade Social
anos (cinco) e mais de 50 anos (quatro).
no site da companhia, o Código considera inaceitáveis as
seguintes práticas:
Corporativa); e José Renato Ferreira Barreto (Organização e
Recursos Humanos).
Comitês de apoio à Administração
• Qualquer tipo de discriminação, seja ela política, eco-
Os acionistas e colaboradores podem se comunicar
Após a definição das diretrizes pelo Conselho de Admi-
com o Conselho de Administração por meio de corres-
nistração, 11 comitês auxiliam na execução e fiscalização
pondências enviadas para a sede da Coelce, em Fortale-
do plano estratégico:
za, ou pelo canal Fale com RI ([email protected]).
• Comitê de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
vantagens de qualquer natureza, que resultem de
Os temas são posteriormente discutidos nas reuniões do
• Comitê Técnico Ambiental
relacionamento com a empresa e possam influenciar
Conselho e na Assembleia Geral Ordinária. | GRI 4.4 |
• Comitê Econômico
decisões de interesse próprios ou de terceiros;
nômica, social, de raça, nacionalidade, gênero, idade,
religião ou orientação sexual;
• Receber pagamentos, aceitar ou oferecer favores ou
• Comitê de Investimentos
• Favorecimento a agentes do governo;
Conselho Fiscal
• Comitê de Gestão da Marca
• Uso ou divulgação de imagens que coloquem qualquer
É responsável por fiscalizar os atos dos administradores,
• Comitê de Gestão dos Riscos Financeiros
indivíduo em situação constrangedora, preconceituo-
inclusive as demonstrações financeiras, dando parecer aos
• Comitê Central de Segurança
sa, desrespeitosa ou de risco;
acionistas. Órgão independente da administração e da
• Comitê de Segurança da Informação
auditoria externa é formado por três membros, com igual
• Comitê de Gestão de Crises
logo ao escravo em sua cadeia produtiva. Apesar de
número de suplentes, sendo um representante de acionis-
• Comitê de Novos Negócios
não identificar atividades sujeitas a esse risco, os con-
tas preferenciais que não pertence ao grupo de controle.
• Comitê de Inovação
tratos com fornecedores incluem proibição do trabalho
• Uso de mão de obra infantil, trabalho forçado ou aná-
O mandato do Conselho Fiscal é de um ano, com pos-
Integrantes da alta administração e/ou especialistas
sibilidade de reeleição pela Assembleia Geral. Em 2008,
técnicos participam dos comitês, auxiliando para que as
aconteceram quatro reuniões. Todos os integrantes do
decisões estratégicas sejam tomadas a partir de critérios
Código de Conduta dos Empregados
Conselho Fiscal recebem remuneração mensal, que não
técnicos e multidisciplinares.
Todos os novos empregados recebem o documento, tam-
está vinculada ao desempenho dos negócios. | GRI 4.5 |
infantil e mão de obra escrava. | GRI HR6, HR7 |
bém disponível na intranet, que abrange as diretrizes de
23
24
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
boa conduta profissional. O Código estabelece que o
2009. A AGN não presta nenhum outro serviço para a
de defesa dos consumidores (Decon). Em 2008, foram
funcionário deve dar prioridade aos interesses da empre-
Coelce, garantindo o princípio da independência.
realizadas nove reuniões em Fortaleza e duas no interior,
sa em detrimento de interesses pessoais ou de terceiros
que possam influir em suas decisões.
nos municípios de Itapajé e Limoeiro do Norte.
Auditoria Interna
Além da auditoria externa contratada, a Coelce mantém
Área de Relações com Investidores
Código de Postura dos Administradores
um programa interno de auditoria, responsável por
O mercado de capitais, os acionistas e investidores contam
Aplica-se a todos os diretores, norteando as ações com-
fiscalizar o cumprimento de normas e procedimentos, além
com uma área de relacionamento pela qual podem obter
portamentais em nome da ética e do profissionalismo.
de garantir que os sistemas de controle interno estejam
informações e esclarecer dúvidas. Há profissionais no Rio
livres de erros e fraudes. O programa é coordenado em
de Janeiro e em Fortaleza aptos a prestar esse atendimen-
Canal Ético
nível corporativo, reforçando sua autonomia em relação
to diferenciado. O site http://www.coelce.com.br/ri.htm
Por meio do site da Coelce, é possível denunciar más prá-
à diretoria de cada empresa Endesa.
divulga periodicamente análises dos indicadores econômi-
ticas corporativas. As manifestações são encaminhadas
co-financeiros e operacionais. Em 2008, a equipe realizou
para uma empresa independente, que analisa a ques-
Unidade de Controle Interno
dois encontros com analistas e investidores na Associação
tão e aciona os órgãos competentes para uma solução,
Requisito obrigatório pela Lei Sarbanes-Oxley, tem a
dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado
garantindo confidencialidade ao autor da denúncia. Em
função principal de monitorar e garantir a eficácia dos
de Capitais (Apimec) em São Paulo e dois em Fortaleza.
2008, o canal recebeu três denúncias, sendo duas envol-
planos de ação para gerenciamento de riscos.
vendo empregados da companhia (um caso de discrimi-
Diretoria Jurídica
nação e um de corrupção) e uma relacionada a cliente
Ouvidoria
Especialistas com conhecimentos técnico-jurídicos
(furto de energia). | GRI HR4, SO4 |
Por meio de uma central telefônica gratuita, e-mails e
representam a Coelce perante as esferas dos poderes
correspondências, os consumidores podem entrar em
Judiciário, Executivo e Legislativo.
Comissão de ética
contato com a Coelce para enviar reclamações, comentá-
Zela pelo respeito ao Código de Conduta dos Empregados
rios e/ou denúncias. A Ouvidoria atua de forma imparcial,
Diretoria de Regulação e Mercado
e ao Código de Ética Empresarial. Composta pelo presi-
mediando os conflitos. (Mais informações na página 55).
Acompanha a regulamentação do setor elétrico brasileiro e as medidas necessárias para a Coelce atender
dente, pelos diretores de Recursos Humanos, Jurídico e
Regulação e por representante da Auditoria, analisa casos
Conselho de Consumidores
com qualidade à demanda projetada, minimizando os
de irregularidades e define medidas a serem tomadas.
Orienta, analisa e avalia questões ligadas às tarifas e ao
riscos e aproveitando ao máximo as oportunidades do
fornecimento e aperfeiçoamento dos serviços prestados.
mercado de energia.
Auditoria Independente
Tem um representante titular e outro suplente das clas-
As demonstrações econômico-financeiras são auditadas
ses consumidoras – residencial, rural, comercial, indus-
pela AGN Canarim Auditores Associados, contratada até
trial e poder público –, além da participação do órgão
conduta
Relacionamento com
as partes interessadas
Para o público interno, o principal canal de notícias,
e a Coelce. O reposicionamento incluiu um estudo de
o Linha Direta, disponível na intranet, ganhou novo sof-
marca e pesquisas internas e externas com toda a sua
tware de gestão que proporciona mais agilidade e inte-
cadeia de relacionamento. Os pilares do novo posicio-
Para estar mais próxima de seus públicos, a Coelce fez
ratividade. Por meio desse aplicativo, os colaboradores
namento de mercado são: Energia Empreendedora,
um investimento recorde em comunicação e marketing,
podem solicitar a divulgação de acontecimentos de sua
Aprender Sempre Mais e Saber Ouvir.
em 2008. Também finalizou o mapeamento de seus pú-
área e acompanhar o andamento da solicitação.
Para intensificar a comunicação com todos os seus
blicos, para entender as particularidades e necessida-
A ferramenta permite também maior participação
públicos, a companhia investiu R$ 2.633 mil em ações
des de cada segmento e, assim, elaborar ações específi-
por meio dos comentários de notícias, além de promo-
na mídia televisiva. Em setembro de 2008, a empresa
cas de comunicação e relacionamento. | GRI 4.15, EU18 |
ver enquetes sobre diversos assuntos. Em cinco meses,
lançou também campanha publicitária estrelada por
Com isso, espera ampliar o grau de percepção – e
o novo Linha Direta publicou cerca de 120 notícias, que
Pelé. Assim como o jogador se consagrou tricampeão
receberam mais de 400 comentários.
mundial de futebol na Copa do Mundo de 70, a Coelce
satisfação – em relação às atividades de melhoria de
eficiência do sistema elétrico e aos projetos socioam-
Em janeiro de 2008, comercial de um minuto no in-
conquistou, pelo terceiro ano consecutivo, a posição de
bientais. A convicção é de que a empresa só fica mais
tervalo do Fantástico (Rede Globo) e nas demais emis-
Melhor Distribuidora de Energia do Nordeste, segundo
próxima de quem efetivamente conhece, em um esforço
soras da TV aberta marcou o lançamento da platafor-
a Abradee. Parte do cachê de Pelé foi doada à Associa-
sintonizado à aspiração de ser, até 2011, a número 1 no
ma de relacionamento: A curiosidade move o mundo
ção Peter Pan, que cuida de crianças com câncer.
Ceará em atendimento e proximidade com os clientes.
Em 2008, a divulgação de informações sobre produtos e serviços seguiu ações específicas para diferentes
públicos: uso racional e seguro da energia elétrica, para
donas de casa; riscos de acidente pela má utilização da
energia, para o público de construção civil; etc.
Outro foco é a regionalização, com reforço a ações
de comunicação no interior do Ceará sobre os programas institucionais. O objetivo não é apenas comunicar,
mas sim engajar população, imprensa, órgãos públicos
e demais entidades para desenvolver um Estado e um
País melhores. O sucesso da participação dos líderes
comunitários no programa Ecoelce de reciclagem é um
exemplo dessa mobilização.
Positiva 80,0%
Positiva 67,0%
Positiva 74,0%
Negativa 13,3%
Negativa 33,0%
Negativa 26,0%
Neutra 6,7%
25
26
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
Engajamento de stakeholders | GRI 4.14, 4.15, 4.16, EU18 |
Parte interessada
Descrição
Canais de comunicação
Canais de participação
Clientes
2,8 milhões de clientes, divididos em oito
Website institucional | Conta de energia |
Conselho de Consumidores da Coelce (Conerge) | Ouvidoria | Ouvidoria na
explicativos | Revista Cliente Coelce Plus
sendo duas unidades móveis | Escreva para o Presidente | Central de Relacionamento |
Website institucional | Portal de
Pesquisa Indicador de Líderes de Opinião (ILO) Externo | Reuniões do Conselho
classes de consumo: residencial,
comercial, industrial, rural, poderes
públicos, iluminação pública, serviços
Campanhas na mídia | Folderes
públicos e revenda
Acionistas e
Investidores
Acionistas preferenciais e ordinários |
Comunidade | Coelce nos Bairros | Agência Interativa Coelce | 201 lojas de atendimento,
Pesquisas de satisfação realizadas pela companhia | Pesquisa Abradee de Satisfação do
Cliente Residencial
Potenciais investidores e analistas
Relacionamento com Investidores |
de mercado
Informações financeiras trimestrais
Revista Endesa América | Relatório
|
| Pesquisa Índice Aneel de Satisfação do Consumidor (Iasc)
de Administração | Assembleia de Acionistas | Conselho Fiscal |
E-mail: [email protected] | Área de Relações com Investidores
Anual de Sustentabilidade
Governo
Órgãos da administração direta e indireta
nos âmbitos federal, estadual e municipal
Colaboradores
1.278 empregados | 7.662 parceiros |
86 estagiários | 24 menores-aprendizes
Comunidade/
Pessoas residentes na área de concessão
Sociedade
da companhia
Website institucional | Relatório Anual de
Sustentabilidade | Informações financeiras
Área de Regulação e Mercado | Área de Clientes Institucionais | Área de Coordenação e
Acompanhamento Regulamentar | Pesquisa Indicador de Líderes de Opinião (ILO) Externo |
trimestrais
Reuniões com gestores da companhia e representantes governamentais
Intranet | Website institucional | Informativos
Encontro mensal do Ser Coelce | Pesquisa de clima laboral | Pesquisa de comunicação
Linha Direta, Dica Cultural e Dica Ambiental
interna | Reuniões com a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes | RH e Você |
| Fotorreportagens | Clipping de notícias
| Contracheque | Informativo Ação Coelce |
Revista Família Coelce | Campanhas internas
Café da Manhã com o Presidente | Times de trabalho para objetivos estratégicos
Website institucional |Campanhas em
Coelce nos Bairros | Ouvidoria na Comunidade | Área de projetos nas comunidades
veículos de comunicação |Relatório Anual
|
Área de Meio Ambiente e Responsabilidade Social
de Sustentabilidade
Fornecedores
Supridores de energia | Fornecedores de
materiais | Empresas parceiras
Entidades sem
Entidades parceiras em projetos sociais
fins lucrativos
e de pesquisa e desenvolvimento |
e organizações
Universidades | Entidades de classe |
socioambientais
Institutos e fundações relacionados à área
Website institucional | Portal de
Encontro anual para planejamento estratégico | Área de Gestão do Relacionamento
Relatório Anual de Sustentabilidade |
Aprovisionamento | Time de trabalho para o objetivo estratégico de integrar os parceiros ao
Informativo Ação Coelce
negócio da companhia
Website institucional | Relatório Anual
Área de Meio Ambiente e Responsabilidade Social Corporativa | Pesquisa Indicador de
Relacionamento com Fornecedores|
de Sustentabilidade
para a Qualidade dos Serviços Prestados | Encontros com empresas parceiras | Área de
Líderes de Opinião (ILO) Externo | Reuniões em órgãos ligados ao meio ambiente (Ibama,
Semace, etc.)
socioambiental
Concorrentes
Empresas de distribuição de energia elétrica
Website institucional | Relatório Anual de
Sustentabilidade | Publicações Abradee
Meios de
comunicação
Rádios | Jornais | Revistas | Emissoras de
televisão | Canais de notícias na internet
Seminário Abradee de Melhores Práticas | Seminário Nacional de Distribuição de Energia
Elétrica | Eventos, visitas e reuniões com gestores de empresas de distribuição de energia
Website | Coletivas de imprensa | Releases |
Pesquisa Indicador de Líderes de Opinião (ILO) Externo | Área de Comunicação | Encontro
Relatório Anual de Sustentabilidade
de comunicadores
| Visitas às redações dos principais veículos de imprensa local
conduta
Parte interessada
Descrição
Canais de comunicação
Associações
empresariais
Organização das Nações Unidas | Associações (Distribuidoras de
Website institucional | Relatório Anual de
Energia Elétrica, Sociedades de Capital Aberto, Analistas e Profissionais
Sustentabilidade
e organizações
de Investimento no Mercado de Capitais, Contadores de Empresas
nacionais e
Elétricas) | Bolsa de Valores de São Paulo | Instituto Brasileiro de
internacionais
Canais de participação
Reuniões com representações de associações
empresariais | Participação em eventos
Relações com Investidores | Instituto Brasileiro dos Executivos em
Finanças (Ibef) | Federação das Indústrias do Estado do Ceará
Instituto Ethos | Fundação Abrinq | Ibase
|
Principais temas e preocupações | GRI 4.17 |
Parte interessada
Tema/preocupação
Medidas adotadas
Clientes
Qualidade do atendimento | Qualidade da prestação de
Nova plataforma de relacionamento com o objetivo de ficar mais próxima do cliente | Busca pela melhoria dos
serviços | Falta de segurança com o uso da energia elétrica
indicadores de qualidade | Estabelecimento de moderno processo de atendimento emergencial | Melhorias de
| Corte de energia por falta de pagamento | Desperdício no
processos de cobrança | Participação na Semana de Negociação, que intensifica acordos judiciais, principalmente
consumo de energia | Formas de contornar os efeitos
em relação ao furto de energia | Campanhas de comunicação (direitos e deveres do cliente, uso eficiente da
da crise econômica
energia, riscos e perigos da energia e aviso antecipado do desligamento programado da energia) | Curso de Gestor
de Contas para os grandes clientes optarem por medidas que proporcionam maior economia | Visitas a clientes,
para entender seus planos de expansão e buscar as melhores soluções
Acionistas e investidores
Desempenho e acesso a relatórios financeiros
Portal de Relações com Investidores | Publicação trimestral de demonstrações financeiras
Colaboradores
Empregabilidade | Qualidade de vida | Gestão participativa |
Plano de cargos e carreiras | Campanhas de saúde e para a qualidade de vida de colaboradores | Investimentos em
Benefícios | Relacionamento com colaboradores parceiros
capacitação e desenvolvimento | Plano de benefícios negociado com sindicato | Área de Gestão de Parceiros
Comunidade
Falta de infraestrutura em muitas comunidades atendidas
Apoio e/ou realização de projetos sociais, ambientais e de geração de renda
Fornecedores
Integração com fornecedores | Qualidade da gestão de
Realização de seminários técnicos para maior conhecimento sobre materiais elétricos | Estabelecimento do Índice
empresas fornecedoras de serviços
de Parcerias (Inpar) | Criação da Área de Gestão de Parceiros
Entidades sem fins
Ausência de sustentação econômica em muitos projetos
Incentivo ao desenvolvimento de projetos autossustentáveis | Financiamento de projetos sociais, ambientais e
lucrativos e organizações
| Escassez de recursos para execução de projetos |
culturais desenvolvidos por ONGs | Compartilhamento de valores praticados por organizações socioambientais
socioambientais
Sustentabilidade do planeta
Associações empresariais
Discussão de temas de interesse dos públicos atendidos por
e organizações nacionais e
associação/organização.
Compartilhamento de práticas e valores
internacionais
Meios de comunicação
Governo
Dúvidas, reivindicações e denúncias de consumidores por meio
Campanhas publicitárias nos diversos veículos de comunicação e interação com a mídia por meio de entrevistas e
de matérias veiculadas na mídia
envio de releases com matérias de interesse da comunidade
Desenvolvimento sustentável do Ceará | Reclamações
Encontros com representantes governamentais para a discussão de políticas públicas | Realização de parcerias
em órgãos de defesa do consumidor, Judiciário e
para a universalização do acesso à energia | Cumprimento de legislação e acordos realizados com órgãos das
agências reguladoras
diferentes esferas governamentais
27
28
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:
SER COELCE
mais focadas na aproximação do relacionamento com o
rante por todas as unidades da companhia, no interior,
cliente, no desenvolvimento profissional dos colabora-
expondo pessoalmente as novas metas corporativas,
dores e no fortalecimento das parcerias com as empre-
além de realizar uma grande apresentação na sede, em
O lucro recorde de R$ 339 milhões em 2008 é consi-
sas prestadoras de serviços e fornecedoras de materiais.
Fortaleza, com a presença de quase 800 colaboradores
derado uma prova do sucesso obtido pelo primeiro ano
A estratégia também atende aos Sete Compromissos
parceiros de campo e da Central de Relacionamento.
de existência do planejamento estratégico Ser Coelce:
para um Desenvolvimento Sustentável adotados global-
Gente no caminho certo. Por meio dessas diretrizes, a
mente pela Endesa.
participação
companhia vem investindo fortemente em melhorias
Para que a disseminação do plano ocorresse de for-
A evolução dos resultados do Ser Coelce é analisada
técnicas e operacionais, além de promover ações ainda
ma efetiva, a direção participou de uma caravana itine-
mensalmente por todos os colaboradores. Por meio de
videoconferência com as principais unidades do interior
do Ceará e de alguns representantes da Ampla, no Rio
Principais desafios do Ser Coelce | GRI 1.2 |
2007
Meta 2008
Resultados 2008
Meta 2009
Meta 2011
Gente
bre os avanços conquistados e os pontos de melhoria,
Taxa de frequência de acidentes
de trabalho
3,4
3,3
3,19
2,9
2,0
Taxa de gravidade de acidentes
de trabalho
41
190
1.413
92
65
82%
85%
85,2%
75%
90%
Inclusão no ranking
das 150 melhores
empresas para se
trabalhar, do Guia
Exame-Você S.A.
Continuar entre
as 150 melhores
empresas para
se trabalhar
(Exame-Você S.A)
Esteve entre as
150 melhores
empresas para
se trabalhar
(Exame-Você S.A)
Continuar entre
as 150 melhores
empresas para
se trabalhar
(Exame-Você S.A)
A melhor
empresa para
se trabalhar no
Nordeste
Índice de Parceria (Inpar)
Clima laboral
de Janeiro, a direção da companhia presta contas soalém de fazer um reconhecimento público aos trabalhos
e projetos que se destacaram no mês. Esse encontro
mensal também é um grande avanço em governança
corporativa, pois todos os colaboradores podem dialogar de forma direta com a Presidência, aumentando o
grau de transparência.
Com a reestruturação da Endesa Brasil, incluindo o
Cliente
DEC (horas)
9,4
8,8
8,18
7,96
7,5
alinhamento dos Valores entre todas as empresas, o Ser
FEC (vezes)
7,9
7,5
6,78
6,6
6,4
Coelce também teve parte de suas metas de planejamen-
12,3%
12,3%
11,72%
11,5%
11,2%
100,3%
99,7%
100,5%
99,7%
99,7%
100% do lucro
líquido passível
de distribuição do
exercício de 2007
(R$ 244,7 milhões)
Meta atingida
.
100% do lucro
líquido passível
de distribuição do
exercício de 2008
100%
Crescer 5%
4,8%
5,7%
5,5%
Índice de perdas
Índice de arrecadação
(cobrabilidade)
Resultados
Remuneração dos acionistas
Venda de energia
Mais 6,5%
to revista em comparação ao que foi publicado em 2007.
Para o seu planejamento, a Coelce utiliza a ferramenta
de gestão Balanced Scorecard, cujos objetivos estratégicos são pautados em três linhas de ação: Gente, Cliente
e Resultado.
conduta
GESTÃO DE ATIVOS INTANGÍVEIS
Dentre eles, destacam-se as competências e habilidades de seus colaboradores e parceiros, que demonstram
Luz para Todos, sem deixar de lado, no entanto, a máxima qualidade.
Para a Coelce, o diferencial competitivo na busca da
no dia a dia uma enorme capacidade de inovação e
A identificação desses ativos é feita com base na
eficiência operacional e do incremento do valor agre-
solução de problemas com agilidade. Outro importante
avaliação das metas de sustentabilidade, respaldadas
gado de suas atividades está fortemente enraizado na
ativo é a infraestrutura de redes do sistema elétrico,
no plano estratégico Ser Coelce.
importância de seus ativos intangíveis.
que cresce de forma expressiva em razão do programa
Gestão de intangíveis
Ativo
Definição
Gestão para desenvolver e manter o ativo
Imagem/marca
• Tradição da marca e da reputação em sua área de concessão
• Portfólio de produtos e serviços
• Qualidade do serviço e do atendimento aos clientes
Forte cultura e valores da organização em relação ao comportamento ético, com a disseminação do Código
de Ética e Conduta | Identificação de necessidades e expectativas de clientes por meio de pesquisas | Estudos
de impacto da marca Coelce | Investimentos para a melhoria da qualidade do serviço | Aperfeiçoamento de
processos de atendimento | Desenvolvimento de projetos socioambientais alinhados às necessidades do
público da área de concessão | Cumprimento rigoroso das legislações pertinentes | Participação no Índice
de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bolsa de Valores de São Paulo | 150 Melhores Empresas para se
Trabalhar (Guia Exame-Você S.A.)
Processos
• Processos principais e de apoio
• Sistemas de gestão
Mapeamento de processos | Certificações de normas internacionais (ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001)
| Realização de auditorias internas e controles internos em conformidade com a Lei Sarbanes-Oxley |
Contratação de auditoria externa para validar os dados econômico-financeiros
Inovação
• Capacidade de inovação em processos e produtos
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento e outros dois específicos para incrementar a cultura de inovação:
Inova Coelce e Deu Certo, além do programa global Novare
Recursos humanos
• Conhecimentos e habilidades de colaboradores, que possuem
elevados índices de satisfação e de produtividade
• Cultura organizacional
Mapeamento de competências de cada colaborador, a área de RH subsidia treinamentos, cursos, bolsas de
estudo e outras iniciativas em prol do desenvolvimento pessoal e profissional | Oferta de plano de benefícios
completo | Remuneração variável conforme a obtenção de metas estratégicas | Investimento em saúde
e segurança | Formas de avaliar e medir as competências e o nível de satisfação, como avaliação 360o e
pesquisas de clima laboral, respectivamente | Cultura de compartilhamento e aprendizagem entre as áreas
Infraestrutura
• Tecnologias para uso específico da empresa
• Sistemas de informação personalizados
• Banco de dados e toda infraestrutura de distribuição
Investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento para manter sua infraestrutura eficiente e ambientalmente
correta | Investimentos em tecnologia para informatizar e tornar cada vez mais ágeis os processos, como o
uso de palm tops para corte e religação, por exemplo, além da fatura imediata entregue aos consumidores
em única visita do leiturista
Clientes
• Base composta por clientes distribuídos nos 184 municípios do
Ceará, sua área de concessão, cujo PIB é o terceiro maior
da Região Nordeste
Ampla oferta de canais de comunicação e relacionamento | Inovação do conceito de atendimento em
suas lojas, pelo qual as atendentes ficam lado a lado com o cliente, e não mais separados por um balcão,
permitindo mais proximidade e transparência | Plataforma estratégica Ser Coelce: gente no caminho certo,
com metas de acompanhamento mensal em relação às ações envolvendo melhoria do atendimento aos
clientes e da qualidade dos serviços prestados | Ênfase no aviso antecipado do corte, a fim de evitar ao
máximo que o cliente seja prejudicado com o corte por falta de pagamento
29
30
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
GESTÃO DE RISCOS | GRI 1.2 |
a assegurar o abastecimento, ampliar a receita e minimi-
dade. É mantida, ainda, uma Diretoria de Regulação
zar eventuais prejuízos. Por outro lado, considerando os
para estreitar o relacionamento com o órgão regulador,
A Coelce mantém rigorosos procedimentos para miti-
níveis atuais dos reservatórios e as simulações efetuadas,
acompanhando de forma permanente os aspectos que
gar os riscos inerentes ao negócio de distribuição de
o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) não prevê
podem interferir na continuidade do contrato.
energia elétrica, tanto na área técnico-operacional,
para os próximos anos um novo programa de racionamen-
como administrativa, comercial ou financeira. Conta
to que, em momentos anteriores, como ocorrido em 2001,
ambientais
com equipes especializadas para atuar no monitora-
ocasionou redução nas receitas da companhia. | GRI EU5 |
Para estar em conformidade com a legislação ambiental, foi adotado o Sistema de Gestão Ambiental (SGA),
mento constante das atividades e investe na ampliação
de estratégias para evitar sua exposição a cada um
Mercado
por meio do qual a Coelce monitora as atividades,
dos fatores que apresentem risco potencial. A gestão
A concessão garante exclusividade na distribuição de
orientando a execução dos processos operacionais com
também está fundamentada no Princípio de Precaução,
energia elétrica em todos os municípios do Ceará, dimi-
base nos requisitos exigidos pela certificação ambiental
que estabelece como prioritária a prevenção do meio
nuindo o impacto real desse tipo de risco. O aumento do
ISO 14001:2004 e normas técnico-ambientais vigentes.
ambiente e da saúde e segurança dos colaboradores,
consumo de energia depende, dentre outros fatores, do
Na compra de materiais, é levado em conta o cumpri-
empregados parceiros e das comunidades | GRI 4.11 |
comportamento da economia e da renda do consumidor.
mento das especificidades técnicas definidas pela Área
Por isso, a empresa procura desenvolver programas em
de Meio Ambiente e Responsabilidade Social Corpora-
Energéticos
parceria com o governo estadual para promover o desen-
tiva, ainda que esses produtos sejam mais caros que a
Estimativas sobre o cenário de oferta e demanda de
volvimento sustentável da região. O marco regulatório
média de mercado.
energia para o Ceará são analisadas e revistas de forma
do setor energético também dispõe de mecanismos com-
constante por uma equipe especializada, a fim de prever
pensatórios, que preservam a manutenção do equilíbrio
Financeiros
de forma mais efetiva o futuro dos negócios no longo
econômico-financeiro da concessão.
São considerados aqueles fatores operacionais que promovem perdas financeiras, além dos riscos de crédito, de
prazo. São aplicados modelos econométricos para definir
a quantidade ótima de contratação, a partir de diversas
Regulatórios
liquidez e de mercado (inflacionário, de taxa de juros e de
estimativas de demanda, incorporando variáveis macroe-
Como concessionária do serviço público de distribuição
câmbio). O Comitê de Gestão de Riscos Financeiros ava-
conômicas e setoriais que afetam a evolução do consumo.
de energia elétrica, a Coelce está sujeita às exigências
lia periodicamente os níveis de exposição da companhia,
Também investe na proximidade do seu relacionamento
estabelecidas em seu contrato de concessão e às normas
recomendando operações financeiras e ações corretivas
com os clientes institucionais e os grandes clientes, a fim
definidas pela Aneel. Todas as mudanças na estrutura
para o cumprimento da Norma de Riscos Financeiros e
de conhecer os planos de expansão e a necessidade futura
regulatória do setor energético brasileiro são acompa-
Patrimoniais, Política, Controle e Gestão. Para evitar o risco
de energia. Dessa forma, a Coelce consegue antecipar po-
nhadas e cumpridas integralmente, de modo a evitar o
das flutuações de câmbio, foram contratados instrumentos
tenciais impactos sobre a área de distribuição, de maneira
risco de multas ou outras situações de não conformi-
de proteção, como operações de hedge/swap, encerrando
conduta
2008 com apenas 1,15% do endividamento em moe-
de clientes é atingido pela suspensão do fornecimento.
Patrimoniais
da estrangeira – a política de risco estabelece o limite
A comunicação sobre o problema é intensificada e os
São seguidas as políticas corporativas da Endesa S.A.
máximo de 20% da dívida exposta à variação cambial.
especialistas técnicos e o Comitê de Gestão de Crises
para a proteção de ativos por meio da contratação de
são convocados para gerenciar os procedimentos ime-
seguros, além de assumir responsabilidade contra ris-
Operacionais
diatos. A companhia realiza o devido ressarcimento dos
cos de perdas acidentais que possam comprometer sua
O sistema de distribuição está sujeito a interrupções
danos por ocorrências elétricas decorrentes de oscila-
rentabilidade e provisionar contingências relacionadas
imprevisíveis e acidentais, resultado de falha ou ina-
ções no sistema de energia. | GRI EU20 |
à responsabilidade civil por acidentes e danos a ter-
dequação de processos, sistemas ou pessoas, além de
A empresa também investe na modernização e au-
ceiros. Todos esses riscos são cobertos por apólices de
efeitos decorrentes de desastres climáticos e roubo de
tomação do sistema e realiza campanhas para diminuir
seguradoras que atuam no mercado local e em escala
energia e de infraestrutura.
o furto de energia, reforçando, ainda, a infraestrutura
global.
A Coelce conta com um avançado Centro de Controle
de Sistema, que tem a missão de assumir a operação e
dos postes com cabos antifurto nas regiões com grande
número de ocorrências.
Sociais
o controle de todo o sistema elétrico do Ceará, moni-
Os riscos operacionais decorrentes de erros ou frau-
As atividades da Coelce podem causar impactos, de
torando a meteorologia e identificando com rapidez as
des nos processos de trabalho são controlados por
forma positiva ou não, às comunidades nas quais atua.
interrupções do fornecimento de luz. A partir do mais
meio da certificação e do monitoramento de proces-
Sua operação representa, intrinsecamente, efeitos so-
moderno padrão do Brasil, esse centro opera a rede
sos de trabalho considerados críticos, de acordo com
ciais positivos, dado que a energia elétrica é considera-
de alta-tensão de todas as subestações do Ceará e as
os preceitos da Lei Sarbanes-Oxley, sob a supervisão
da fator de inclusão socioeconômica.
redes de média e baixa-tensão da capital e da Região
da Unidade de Controle Interno (UCI). Os controles dos
No entanto, há também impactos negativos, a exem-
Metropolitana de Fortaleza.
processos financeiros relevantes também são monito-
plo dos relacionados à interrupção de fornecimento de
rados segundo as determinações do Projeto Normas y
energia elétrica, que pode trazer prejuízos diversos,
Procedimientos (NyP), da Endesa.
como perda de produtividade na indústria, comércio e
O risco de interrupção de fornecimento em razão da
perda de equipamentos é gerido pela ação de equipes
especializadas para manutenção preventiva da rede
São realizados investimentos na segurança e na
prestação de serviços, queima de aparelhos eletroele-
(que executam periodicamente ações de lavagem de
motivação dos colaboradores e exigido o mesmo das
trônicos, falta de segurança dos indivíduos com a inter-
isoladores, termoleitura de transformadores, etc.), as-
empresas parceiras, pela convicção de que apenas pro-
rupção temporária da iluminação pública, entre outros.
sim como controle de estoques dos equipamentos es-
fissionais bem dispostos conseguem executar com a
A companhia adota critérios e procedimentos para
senciais, dentre outros.
máxima eficiência os serviços solicitados. O Sistema de
minimizar esses riscos, tais como controle de duração e
Além de investimentos em melhorias na operação, é
Segurança e Saúde Ocupacional está certificado pela
frequência das interrupções (ver página 45), cadastro de
mantido um Plano de Contingência em casos de ocor-
norma OHSAS 18001 e atua na mitigação de riscos de
pessoas dependentes de aparelhos essenciais à vida, aviso
rências de alto impacto, nos quais um grande número
acidentes e doenças ocupacionais.
antecipado de suspensão de fornecimento, entre outros.
31
acionistas:
Criação de valor
acionistas
Desafio
Garantir a sustentabilidade
do negócio, destacando-se como
uma das melhores empresas
de distribuição de energia
elétrica do Brasil
cenário
AMBIENTE REGULATÓRIO
O longo ciclo de crescimento acelerado da economia
Em abril de 2008, além do reajuste anual tarifário con-
mundial, com expansão do crédito e da renda, foi inter-
tratual, a Aneel procedeu ao recálculo da revisão tari-
rompido em 2008 com o agravamento da crise finan-
fária ocorrida em 2007, quando foi aprovada a Base de
ceira iniciada nos Estados Unidos. Desencadeada pelo
Remuneração e, consequentemente, também o valor da
setor imobiliário norte-americano, a crise disseminou-
Remuneração do Capital e da Quota de Reintegração.
se pelo mercado financeiro e, a partir de setembro,
A revisão tarifária acontece a cada quatro anos, para
provocou a retração do crédito e falta de liquidez, com
reavaliar o equilíbrio econômico-financeiro da conces-
impactos significativos em todos os países.
são e repassar ao consumidor os ganhos de produti-
O consumo das famílias e os investimentos impul-
vidade das concessionárias por meio do Fator X. Em
sionaram o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que
razão de algumas metodologias ainda permanecerem
cresceu 5,1% no ano. A taxa de desemprego apresen-
pendentes por parte do órgão regulador, a revisão teve
tou em dezembro o menor nível desde o início de sua
caráter provisório e foi estabelecido um reposiciona-
série histórica, em 6,8%.
mento tarifário médio negativo de 6,35%.
No Ceará, área de atuação da Coelce, o ritmo dos ne-
A partir de então, a Aneel passou a reavaliar a me-
gócios continuou forte até o encerramento de 2008, sem
todologia usada para o cálculo, principalmente os itens
queda considerável de produtividade da indústria, nem
da parcela B: Custos Operacionais, Remuneração do
redução da rentabilidade financeira da empresa, que co-
Capital e Quota de Reintegração. O processo de revi-
memorou, inclusive, o maior lucro de sua história.
são tarifária, entretanto, ainda permaneceu provisório,
O faturamento da indústria de transformação do Es-
visto que faltou a definição quanto à metodologia para
tado encerrou 2008 com aumento de 8,71% na com-
construção da Empresa de Referência. A estimativa da
paração com o ano anterior, mostrando que os números
Aneel é concluí-la em abril de 2009.
negativos do último trimestre não conseguiram se so-
O reajuste tarifário anual contratual de 2008 foi de
brepor ao forte crescimento registrado até outubro. De
8,43%, sendo 6,04% relativos ao processo de reajuste
acordo com a Federação das Indústrias do Estado do
e 2,39% referente aos componentes financeiros perti-
Ceará (Fiec), o total exportado pela indústria cearense
nentes, correspondendo a um efeito médio de 6,78%
foi de US$ 912.484 milhões, com expansão de 12,76%
percebido pelos consumidores. A Aneel reconheceu a so-
em relação a 2007 e recorde histórico.
licitação para recompor custos incorridos devido a não uti-
33
34
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
lização dos créditos de Imposto sobre Circulação de Mer-
classes residencial e comercial, que, juntas, responderam
cadorias e Serviços (ICMS), no período de janeiro e 2003
por 52% do crescimento total da energia distribuída.
a março de 2009, que corresponde ao valor atualizado de
Em 2008, a classe industrial cativa apresentou cres-
R$ 148,4 milhões. Esse montante deverá ser repassado
cimento de 9,1%, volume influenciado pela migração
para as tarifas nos próximos reajustes tarifários.
de três grandes clientes do mercado livre para o cativo.
Hidráulica 57,0%
A energia requerida pelo sistema Coelce teve aumento de
RESULTADOS OPERACIONAIS
Térmica 41,1%
Eólica 1,9%
3,8% em relação ao ano anterior. O montante foi inferior ao
crescimento do mercado, decorrente da redução das perdas
elétricas de 12,3%, em 2007, para 11,7%, em 2008.
Em 2008, a companhia contratou 8.239 GWh de ener-
No cenário nacional, o consumo de energia cresceu
gia elétrica para atender à demanda do seu mercado
3,8% em 2008, de acordo com estatísticas da Empresa
classe residencial é consequência do uso de mais ele-
cativo. Desse total, 57% eram provenientes de hidre-
de Pesquisa Energética (EPE). A maior demanda ocorreu
trodomésticos e da incorporação, em 2008, de 2 mi-
létricas, 41% de energia de fonte térmica e 2% de eó-
no setor de serviços (mais 6%) e nas famílias (5,3%
lhões de novos consumidores no País, repercutindo o
lica. Do total contratado, 73,1% foram adquiridos dos
acima do registrado no ano anterior).
Programa Luz Para Todos. Do consumo total, 74% cor-
o movimento de portos e aeroportos. O aumento na
quatro maiores supridores de energia: Endesa Fortaleza
Entre o fatores de crescimento do comércio e ser-
responderam ao mercado cativo das concessionárias
(32,6%), Furnas Centrais Elétricas (19,5%), Compa-
viço destacaram-se a ligação de novos pontos comer-
de distribuição (ambiente de contratação regulada de
nhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), com 15%,
ciais na Região Nordeste, o turismo de estrangeiros e
energia) e 26% ao mercado livre.
e Eletronorte (5,8%). O restante (26,9%) corresponde
a supridores que fornecem menos de 5,5% do total.
O nível de contratação ficou em 102,1%, ou seja,
além do requisito necessário para atendimento ao
mercado e abaixo do limite regulatório, que é de 3%.
Portanto, toda a energia comprada foi integralmente
reconhecida nas tarifas.
Mercado
A energia elétrica distribuída (mercados cativo e livre)
em 2008 na área de concessão foi de 7.571 GWh,
Balanço de energia
2003
2004
2005
2006
2007
2008
Var. (%) 08/07
Demanda de energia (MW)
1.087
1.144
1.172
1.202
1.294
1.333
3,0%
Energia requerida GWh
6.825
7.133
7.653
7.778
8.258
8.575
3,8%
Energia distribuída GWh*
5.905
6.141
6.580
6.769
7.227
7.571
4,8%
Residencial
1.803
1.916
2.074
2.167
2.322
2.510
8,1%
1.697
1.774
1.533
1.166
1.167
1.273
9,1%
Industrial
Consumo próprio
Comercial
18
11
10
11
11
0,8%
1.110
1.191
1.251
1.329
1.422
7,0%
Rural
497
477
554
576
654
692
5,8%
Poderes públicos
280
294
330
350
368
386
5,0%
Iluminação pública
326
335
335
329
348
369
6,2%
Serviços públicos
209
213
232
237
245
236
-3,6%
9
4
Revenda
representando expansão de 4,8% em relação aos 7,2
Consumidores livres
mil GWh do ano anterior. O resultado positivo deve-se,
Perdas %
principalmente, ao bom desempenho apresentado pelas
8
1.076
13,5%
Obs.: * Quantidade de energia efetivamente medida no período
13,9%
4
2
316
681
784
670
-14,5%
0,0%
14,0%
13,0%
12,35%
11,7%
0,8 pp
acionistas
Normal
17,0%
Baixa
Renda
16,3%
10,11% do total da energia comprada, percentual inferior
ações de combate às perdas
ao registrado em 2007 (10,63%). Já as perdas comerciais
A Coelce continuou investindo na campanha Sou do
acumularam 1,61%, abaixo do 1,71% do ano anterior.
Time que Ganha. Todos Contra o Furto de Energia, que
O índice de perdas combinado, de 11,72%, apresen-
busca disseminar uma cultura de disciplina de mercado.
tou redução de 0,62 ponto percentual em relação a 2007
Colaboradores próprios e parceiros podem fazer denún-
(12,35%), resultado de várias iniciativas, como:
cias por meio de coletores de leitura e intranet. Devido
• Entrada em operação do ponto de entrega em Tauá;
ao aumento de denúncias efetivas (de 150 para 2,9 mil
• Construção da subestação de Independência;
por mês) em 2007, a campanha foi lançada em todas
• Recondutoramento de alimentadores de 13,8 kV;
as regionais em 2008. As premiações trimestrais foram
• Ampliação, em comunidades carentes, de projetos de
ampliadas, abrangendo duas categorias: os que mais de-
Residencial 33,3%
Outros 13,0%
geração de renda (Energia Social, Ecoelce, etc.) como
nunciaram e os maiores termos de ocorrência. O saldo no
Comercial 18,7%
Rural 9,3%
Industrial 16,9%
alternativa de combate ao furto de energia;
ano foi a média de 3,2 mil denúncias efetivas mensais.
Livres 8,8%
Energia faturada
• Troca de 16.656 ramais de ligação de clientes de
Em conjunto com a parceira CAM, foi obtida a certifi-
baixa-tensão, proporcionando melhor qualidade no
cação pelo Inmetro (ISO 17025) do Laboratório de Me-
fornecimento de energia;
didores. Os medidores com suspeita de fraude, quando
Em 2008, a Coelce faturou 7.656 GWh, aumento de
• Consolidação do sistema de telemedição de grandes
retirados de campo, são lacrados em sacolas especiais e
4,5% em relação ao ano anterior. Destaca-se o acrés-
clientes, alcançando 4.996 unidades consumidoras;
numerados na presença do cliente. Ao chegar ao labo-
cimo de 5,8% do consumo da classe residencial, com
• Instalação de telemedição em 99 alimentadores, ofe-
ratório, as sacolas são abertas para que a perícia seja
média de 1.196 kWh/consumidor. A participação dos
recendo monitoramento durante as 24 horas do dia;
clientes residenciais corresponde a 33,3% da energia
• Utilização de novas tecnologias para a melhoria do
faturada, sendo 16,3% relativos à categoria baixa ren-
processo de inspeção de unidades consumidoras; e
da. As classes industrial e comercial obtiveram partici-
• Mais 5.370 unidades ligadas na rede DAT (antifurto),
• Migração do Projeto de Recuperação de Clientes
pações de 16,9% e 18,7%, respectivamente. Os consu-
com investimentos de cerca de R$ 8,5 milhões, totali-
(PRC) da Área de Combate às Perdas para a Área
midores rurais totalizaram 9,3% da energia faturada.
zando mais de 35 mil clientes conectados.
de Cobrança, ampliando o enfoque social do projeto,
Controle de perdas e inadimplência
Em 2008, foram intensificados os esforços no combate às
perdas de energia vinculadas ao sistema elétrico (técnicas)
Técnicas
Comerciais
Esses esforços foram complementados por ações já
incorporadas ao dia a dia, sendo as principais:
que inclui meios facilitadores da adimplência, como
Perdas de energia
| GRI EU13 |
realizada com o acompanhamento do cliente.
cadastramento de clientes no Ecoelce, palestras para
2006
2007
2008
10,74%
10,63%
10,11%
o uso eficiente de energia e lâmpadas ecoeficientes;
2,23%
1,71%
1,61%
• Acionamentos de telecobrança e aviso antecipado de
e ao consumo irregular (perdas comerciais). No encerra-
corte aos clientes inadimplentes, buscando reduzir a
mento de dezembro, as perdas técnicas representaram
quantidade de suspensões do fornecimento de energia;
35
36
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
Prazo entre corte e
pagamento | GRI EU26 |
No de clientes
2006 1
2007
2008
Menos de 48 horas
275.518
248.446 209.683
Entre 48 horas e 1 semana
136.228
105.417
81.935
71.872
59.152
45.656
176
153
121
-
-
-
Entre 1 semana e 1 mês
Entre 1 mês e 1 ano
Mais de um ano
Reconexão após o
pagamento | GRI EU26 |
Menos de 24 horas
Entre 24 horas e 1 semana
Mais de 1 semana
cutados foi de 67 mil e, desde então, o montante vem
classe A (COCE5) integraram a composição da car-
decaindo, apesar do ingresso de novos consumidores. A
teira do Índice de Sustentabilidade Empresarial da
média mensal de cortes reduziu-se de 57 mil, em 2007,
BM&F Bovespa;
para 48 mil, em 2008.
DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO
• Em 18 de março de 2009 foi aprovada pelo Conselho de Administração a proposta de distribuição de
R$ 263.129.829,13 em dividendos (100% do lucro
líquido passível de distribuição), o que representa
No de clientes
20061
2007
2008
602.458
568.268
472.791
69.143
36.072
30.861
38
15
13
Dados sobre a hora do pagamento passaram a ser disponíveis a partir do mês de
julho de 2006. Os indicadores daquele ano, portanto, foram apurados com base na
quantidade do segundo semestre multiplicada por dois.
1
Destaques
superior a 2007;
• O EBITDA evoluiu 19,7% em 2008, atingindo
R$ 570 milhões;
• O lucro líquido superou o resultado de 2007 em
38,3%, totalizando R$ 339 milhões;
• Intensificação do envio de clientes devedores aos ór-
R$ 3,3797/ação (evento subsequente).
• A receita líquida totalizou R$ 1.915 milhões, 11,4%
• Pelo terceiro ano consecutivo, as ações preferenciais
Receita Operacional Bruta
A receita operacional bruta alcançou R$ 2.697 milhões,
incremento de 10,2% em relação a 2007, causado, principalmente, pelos seguintes aspectos:
• Evolução de 6,4% no fornecimento de energia em
decorrência do aumento de 5,7% do número de
gãos de proteção ao crédito, viabilizando maior número de negociação das causas pelo SPC/ Serasa; e
• Centralização da geração de cortes massivos em For-
Principais contas de resultado (R$ mil)
2007
2008
Var.% 08/07
2.447.849
2.696.537
10,2%
taleza, com ação mais rápida para clientes inadim-
Receita operacional bruta
plentes cujas dívidas são mais representativas.
Deduções à receita operacional
(728.970)
(781.493)
7,2%
Receita operacional líquida
1.718.879
1.915.044
11,4%
(1.353.913)
(1.461.936)
8,0%
476.045
569.646
19,7%
Foi também possível recuperar aproximadamente
Custos do serviço e despesas operacionais
R$ 16 milhões por meio de ações de cobrança judicial
EBITDA*
e extrajudicial com clientes industriais, rurais e hospi-
Margem EBITDA
tais/casas de saúde. Todas essas iniciativas permitiram
Resultado operacional
manter um elevado índice de arrecadação, que encer-
Margem operacional
rou 2008 com 100,5% do total faturado no ano.
Resultado financeiro
(106.421)
Apesar das medidas para evitar a suspensão do fornecimento de energia elétrica, há casos em que a companhia necessita realizar o corte até que o pagamento
seja efetuado. Em 2006, a média mensal de cortes exe-
Imposto de Renda e Contribuição Social
27,7%
29,7%
7,4%
364.966
453.108
24,2%
21,2%
23,7%
11,4%
(7.836)
(48.916)
-
(58.591)
-44,9%
Participações
(5.958)
(7.078)
18,8%
Lucro líquido
244.751
338.523
38,3%
14,2%
17,7%
24,1%
Margem líquida
*Resultado do Serviço + Depreciações e Amortizações
acionistas
consumidores e consequente crescimento da energia
Receita Operacional Bruta (R$ mil)
faturada em 6,5%, além do reajuste tarifário da com-
Fornecimento de energia
panhia, de 8,43%, a partir de 22 de abril de 2008;
Baixa renda
• Evolução de 124,7% no reposicionamento tarifário –
CVA. Em abril de 2008, a Coelce começou a reverter a
provisão constituída entre dezembro de 2007 e março
2007
2008
2.216.455
2.358.776
Var.%08/07
6,4%
173.359
174.066
0,4%
Suprimento de energia elétrica
11.749
13.245
12,7%
Receita pela disponibilidade da rede elétrica
45.695
55.331
21,1%
(22.464)
5.542
-124,7%
(1.867)
700
-137,5%
Reposicionamento tarifário CVA
Reposicionamento tarifário transmissoras
de 2008 (R$ 13 milhões, sendo R$ 9 milhões em 2007
Recuperação ativo regulatório
(55.685)
(18.339)
-67,1%
e R$ 4 milhões em 2008), a ser feita em 12 parcelas
Recuperação energia livre
(19.492)
(6.429)
-67,0%
iguais. O objetivo foi cobrir as diferenças de tarifa a
Recuperação parcela A
-
(48.866)
-
serem devolvidas no reajuste de abril de 2008 pelo
Baixa energia livre
-
57.475
-
recálculo da cota de reintegração considerada na revisão tarifária de 2007, que passou de R$ 111 milhões
Outras receitas
Total
100.099
105.036
4,9%
2.447.849
2.696.537
10,2%
para R$ 97 milhões. Entre dezembro de 2006 e março
• Incremento de 67,1% na recuperação do ativo regulató-
de 2007, a mesma provisão (sem reversão), foi feita
rio, que se refere ao estorno de receitas apropriadas em
no valor de R$ 16 milhões (R$ 3 milhões em 2006 e
outros exercícios para recuperação de perdas oriundas
O crescimento na receita operacional bruta também
R$13 milhões em 2007);
do racionamento de energia (junho de 2001 e fevereiro
foi parcialmente compensado pela recuperação integral
de 2002). Esse estorno foi iniciado em janeiro de 2002
da Parcela A (-R$ 49 milhões). Com o término do prazo
e encerrado em abril de 2008 (76 meses);
de 76 meses para recuperar os ativos registrados pelas
de serviços (projeto e construção de redes particulares, aluguel de infraestrutura, etc.).
• Baixa da Energia Livre (R$ 58 milhões): em maio de
perdas do racionamento e a energia livre das geradoras,
2008 a companhia procedeu a baixa da energia livre
teve início a recuperação da parcela A – extraordinária,
(saldos a receber e a pagar) pela não recuperação no
por meio do adicional tarifário de 2,9% e 7,9%.
prazo conforme determinação do Ofício Circular nº
2.409/2007. A energia livre refere-se à energia gerada
Deduções da Receita
e disponibilizada no sistema, não prevista nos contratos
As deduções da receita aumentaram 7,2% em relação ao
ano anterior. Essa variação deve-se, principalmente, a:
• Acréscimo de 5,4% no ICMS, cujo aumento resulta
do incremento da receita operacional bruta;
• Aumento de 16,0% e 14,5%, respectivamente, na
Cofins e no PIS, também em decorrência do saldo
maior da receita operacional bruta; e
iniciais e apurada entre junho de 2001 e fevereiro de
2002; e
• Aumento de 4,9% em outras receitas, refletindo o
aumento das vendas de novos produtos e serviços.
Receita bruta (R$ milhões)
Índice de Arrecadação (%)
Destacam-se arrecadação para terceiros e prestação
37
38
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
Deduções da receita
(R$ mil)
ICMS
2007
Var.%
2008 2008/2007
(501.577)
(528.563)
5,4%
. Acréscimo de 41,7% nos encargos do uso de ener-
energia gerada e disponibilizada no sistema, não
gia elétrica devidos pela utilização das instalações e
prevista nos contratos iniciais, apuradas entre os
componentes da rede básica, por dois fatores: ajuste
meses de junho de 2001 e fevereiro de 2002.
• Melhoria de 6,2% em custos e despesas gerenciá-
Cofins
(96.012)
(111.412)
16,0%
PIS
(21.421)
(24.518)
14,5%
realizado em abril de 2008, de aproximadamente R$
ISS
(1.331)
(2.037)
53,1%
7 milhões, para compensar despesas pagas a maior
29,2%
para transmissoras em períodos anteriores, e reajuste
. Aumento de 10,2% em material e serviços de terceiros,
das tarifas dos agentes de transmissão, ocorrido em
pelo acréscimo dos investimentos, aliado a reajustes
julho de 2008;
contratuais e maior volume de serviços prestados por
Cota Reserva Global
de Reversão (RGR)
(23.156)
(29.917)
veis determinada por:
Conta Consumo de Combustíveis Fósseis (CCC)
(58.160)
(55.251)
-5,0%
Conta de Desenvolvimento Energético (CDE)
(13.254)
(13.526)
2,0%
Programa de Eficiência
Energética e P&D
. Baixa da energia livre: em maio de 2008, foi procedida
(14.055)
(16.271)
15,8%
a baixa de saldos a receber e a pagar pela não recu-
. Melhoria de 257,7% em provisão para créditos de liqui-
peração no prazo conforme determinação do Ofício
dação duvidosa, por dois fatores: baixa do ativo regula-
Circular nº 2.409/2007. O montante refere-se à
tório, por não recuperação no prazo estabelecido pela
Encargo de capacidade/
aquisição emergencial
Total
(4)
2
-156,3%
(728.970)
(781.493)
7,2%
• Aumento de 29,2% na cota da Reserva Global de
Reversão (RGR). Essa cota é destinada à União Federal, para prover recursos para reversão, expansão
e melhoria dos serviços de energia elétrica. O montante equivale a 2,5% dos investimentos em ativos
vinculados à prestação do serviço de eletricidade.
Custos do serviço e despesa operacional (R$ mil)
2007
2008
Os custos e as despesas operacionais em 2008 alcançaram
R$ 1.462 milhões, o que representa aumento de 8% em
relação ao ano anterior, conforme detalhado na tabela ao
lado. Os principais motivos dessa variação foram:
• Incremento de 15,7% em custos e despesas não gerenciáveis, por:
. Aumento de 6,8% na energia elétrica comprada para
atendimento ao mercado;
Var.% 2008/2007
(807.927)
(862.684)
6,8%
(4.407)
(4.042)
-8,3%
Proinfa
(13.069)
(16.376)
25,3%
Encargo do Uso da Rede Elétrica
(50.163)
(71.062)
41,7%
Encargo de Serviço do Sistema (ESS)
-
(8.622)
-
Baixa energia livre
-
(50.482)
-
(875.567)
(1.013.269)
15,7%
Custos e despesas não gerenciáveis
Energia elétrica comprada para revenda
Taxa de fiscalização da Aneel
Subtotal
Custos e Despesas Operacionais
meio do segmento de novos negócios;
Custos e despesas gerenciáveis
Pessoal
(93.176)
(88.620)
-4,9%
Material e serviços de terceiros
(191.914)
(211.505)
10,2%
Depreciação e amortização
(140.624)
(145.592)
3,5%
29.545
29.053
-1,7%
(59.378)
93.522
-257,5%
-
(106.881)
-
(6.136)
6.509
-206,1%
Reversão de provisão sobre o ágio
Provisão para créditos de liquidação duvidosa
Baixa ativo regulatório
Provisões para contingências
Outras despesas operacionais
Subtotal
Total
(16.664)
(25.156)
51,0%
(478.346)
(448.667)
-6,2%
(1.353.913)
(1.461.936)
8,0%
39
acionistas
Aneel (R$ 107 milhões); e reversão de R$ 21 milhões da
Receitas e despesas financeiras (R$ mil)
dívida de um grande cliente;
Receita financeira
. Evolução de 206,1% em provisão para contingências:
ocasionada principalmente por reversão de provisões,
sendo R$ 9 milhões referentes a processos tributários
(Pasep) e R$ 4,4 milhões relativos a processos cíveis.
Apesar do montante elevado, os advogados da companhia consideram remota a possibilidade de perdas nesses processos;
. Aumento de 51,0% em outras despesas operacionais:
pela reversão não recorrente do déficit atuarial de R$
16,3 milhões, registrado no primeiro semestre de 2007,
2007
2008
Var.% 08/07
10.759
12.288
14,2%
174
841
-
Acréscimo moratório sobre conta de energia
34.930
31.006
-11,2%
Atualização ativo regulatório
-74,6%
Renda de aplicações financeiras
Variações monetárias
18.403
4.668
Atualização de CVA de compra e energia
203
872
-
Correção CVAs
778
2.750
253,4%
Correção parcela A
4.579
3.264
-28,7%
26.301
(24.096)
-191,6%
96.127
31.593
-67,1%
Encargo de dívidas
(44.859)
(59.053)
31,6%
Variações monetárias
(16.378)
(30.468)
86,0%
CPMF
(10.862)
(667)
-93,9%
-13,0%
Outras
Total
Despesas financeiras
Parcelamento de tributos
(4.844)
(4.215)
pela alteração de modalidade do plano previdenciário de
Correção Programa de Eficiência e P&D
(1.866)
(3.129)
67,7%
benefício para contribuição definida.
Correção CVAs
(1.993)
(590)
-70,4%
EBITDA
(23.162)
17.611
-176,0%
Total
Outras
(103.962)
(80.509)
-22,6%
Total
(7.836)
(48.916)
-
Com base nas variações das receitas, custos dos serviços
e despesas operacionais ocorridas em 2008, o EBITDA
peração do ativo regulatório oriundo do racionamento;
sem hedge (-R$ 4 milhões) e swap do empréstimo no
atingiu R$ 570 milhões, representando incremento de
. Redução de 191,6% (-R$ 24 milhões versus R$ 26 mi-
Banco Europeu de Investimentos (BEI), de -R$ 6 milhões.
19,7% em relação ao ano anterior (R$ 476 milhões). A
lhões) em outras receitas financeiras (-R$ 50 milhões):
Os efeitos foram compensados por:
margem EBITDA encerrou o ano em 29,7%, aumento de
ajuste de correções cambiais de dívida com fornecedor
• Término da cobrança da CPMF (+R$ 10 milhões);
7,4% em relação a 2007 (27,7%).
de energia indexada a três indicadores (petróleo, infla-
• Outras despesas (+R$ 41 milhões): ajuste de correções
ção e dólar), além da CVA.
Resultado Financeiro
cambiais de dívida com fornecedor de energia e CVA.
• Diminuição de 22,6% nas despesas financeiras, por:
Foi de - R$ 49 milhões, redução de 300% em relação ao
. Aumento de 31,6% nos encargos de dívidas: reflexo
IR/CSLL (R$ mil)
ano anterior (R$ 8 milhões), pelos seguintes fatores:
da emissão de R$ 245 milhões em notas promissórias;
IR / CSLL
. Variações monetárias de - R$ 14 milhões: resultantes
Incentivo fiscal Sudene
• Redução de 67,1% nas receitas financeiras por:
. Decréscimo de 74,6% na atualização do ativo regula-
da soma do conjunto de variações cambiais (-R$ 4
tório (-R$ 14 milhões): finalização do período de recu-
milhões), mais variação cambial dos bonds, empréstimos
Participações
Total
2007
2008 Var.% 08/07
(106.421)
(125.224)
-
66.633
17,7%
-
(5.958)
(7.078)
18,8%
(112.379)
(65.669)
-41,6%
40
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
IR/CSLL e participações
Endividamento (dívida financeira)
As despesas com Imposto de Renda (IR), Contribuição So-
A dívida financeira bruta (excluindo-se a dívida previ-
cial sobre o Lucro Líquido (CSLL) e participações foram de
denciária) encerrou 2008 em R$ 845 milhões, aumento
R$ 66 milhões, redução de 41,6% em relação ao ano an-
de 49,4% em relação ao ano de 2007, que foi de R$ 566
terior (R$ 112 milhões). Essa variação foi ocasionada pela
milhões. O acréscimo deve-se, principalmente, à emis-
aplicação da Instrução CVM 555/08, segundo a qual os
são de notas promissórias (commercial papers) no valor
incentivos fiscais passam a ser reconhecidos no resultado
de R$ 245 milhões, com remuneração de CDI+0,95%
do exercício. Dessa forma, o registro do incentivo fiscal –
ao ano, pelo prazo de 360 dias, realizada em julho de
Sudene, apurado a partir da Lei nº 11.638/07, foi contabi-
2008. Essa emissão teve o duplo objetivo de cobrir os
lizado no exercício como redutor da despesa do Imposto
atrasos no recebimento dos valores das subvenções dos
de Renda, e a seguir transferido para a reserva de lucros
programas Baixa Renda e Luz para Todos, e refinanciar
(R$ 67 milhões). Esse efeito foi parcialmente compensado
dívidas vincendas de custo mais elevado do que o custo
pelo aumento no IR e no CSLL, tendo em vista resultado
da emissão das notas promissórias.
Indexadores da dívida
Dívida por moeda e hedge
antes de impostos apurado em 2008.
INVESTIMENTOS
Lucro líquido
Os investimentos totalizaram R$ 473 milhões, evolução de
Com base nos efeitos expostos anteriormente, o lucro
19,2% em relação ao ano anterior (R$ 397 milhões). Os
líquido foi de R$ 339 milhões, valor 38,3% superior
recursos foram investidos em obras de expansão, reformas
ao registrado no ano de 2007 (R$ 245 milhões). Ao
e manutenção do sistema elétrico, controle de perdas, sis-
analisar a evolução do lucro líquido sem os efeitos da
temas de informação e atendimento ao cliente, garantindo
adoção da Lei nº 11.638/07 e da Medida Provisória nº
449/08 (conforme nota explicativa nº 2 das Demonstrações Financeiras), a companhia teria um incremento de
9,8%. Esses efeitos, em resumo, são:
• Incentivos fiscais que passaram a ser reconhecidos no
resultado do exercício (R$ 66 milhões); e
• Extinção da conta de ativo diferido, que ocasionou
baixa do Balanço Patrimonial (R$ 3 milhões).
Indicadores de endividamento
2004
2005
2006
2007
2008
Dívida bruta (R$ mil)
641.572
622.813
489.001
565.741
845.141
Dívida líquida (R$ mil)
555.155
470.180
424.349
553.377
829.303
2,9
1,7
0,9
1,19
1,48
Dívida bruta/EBITDA
2,2
3,8
6,9
10,61
9,65
Dívida bruta/(Dívida bruta + PL)
EBITDA/Encargos de dívidas
0,36
0,46
0,39
0,40
0,42
Dívida líquida/(Dívida líquida + PL)
0,33
0,39
0,35
0,39
0,41
acionistas
a eficiência da rede, elevação dos níveis de confiabilidade
e ampliação da capacidade de atendimento.
O volume mais expressivo no portfólio de investimentos
Var.%
Investimentos (R$ mil)
Investimentos por demanda
Novas conexões
2007
MERCADO DE CAPITAIS
2008
08/07
130.642 150.303
15,0%
100.482 115.302
14,7%
Apesar dos efeitos da crise financeira internacional
continuou direcionado ao Programa Luz para Todos, que
Atendimento à demanda
30.160
35.001
16,1%
sobre o mercado de capitais brasileiro, o desempe-
representa 47% do total. Excluindo os aportes e subsídios,
Qualidade do sistema elétrico
39.648
49.769
25,5%
nho da ação preferencial COCE5 apresentou valori-
os investimentos líquidos atingiram R$ 314 milhões,
Programa Luz para Todos
149.149 223.986
50,2%
zação de 4,6% em 2008, saldo mais positivo do que
14,6% superior ao realizado em 2007.
Em 2009, a Coelce planeja investir R$ 433 milhões,
Combate às perdas
56.280
28.477
-49,4%
Outros
21.190
20.773
-2,0%
a queda de 41,6% registrada no Ibovespa no mesmo
396.908 473.307
19,2%
período e a desvalorização de 11,6% do Índice de
Total
Energia Elétrica (IEE). Esse comportamento faz com
priorizando a universalização do acesso à energia, a
qualidade do serviço e a confiabilidade do sistema. Des-
Infraestrutura | GRI EU1, EU3 |
2007
2008
94
95
Capacidade instalada (MVA)
2.101
2.143
Linhas de transmissão (km)
3.979
4.244
102.161
110.730
98.738
107.476
se total, aproximadamente R$ 150 milhões devem ser
Subestações
aplicados em obras do Programa Luz para Todos, com
estimativa de conectar quase 24 mil clientes.
Rede de distribuição (km)
Transformadores de distribuição (unid.)
Infraestrutura
que o papel se destaque dentre os ativos que compõem a carteira do IEE (16 ao total), sendo o terceiro
melhor desempenho em 2008.
No encerramento de dezembro, a Coelce tinha três
papéis negociados na BM&FBovespa, sendo que o
de maior liquidez era a ação preferencial A (COCE5),
Em dezembro de 2008, o sistema elétrico da Coelce
com média de 50 negócios diários, em 2008. Os de-
era composto por 110.730 quilômetros de rede de dis-
mais papéis, por possuírem baixa liquidez, estavam
tribuição, 4.244 quilômetros de linhas de transmissão
expostos a negociações que fugiram à percepção
e 95 subestações, com capacidade instalada de 2.143
média do mercado sobre a companhia, o que ocasio-
MVA. A evolução reflete os investimentos para a exe-
nou a desvalorização em 2008, na comparação com
cução dos programas Universalização do Acesso e Luz
o período anterior.
para Todos, além dos objetivos de ampliar a eficiência e
a qualidade na prestação dos serviços.
No mercado acionário, 41,1% do capital social da
Coelce está em livre negociação da BM&FBovespa, e
representa o free float, enquanto 58,9% estão nas
mãos do acionista controlador.
41
42
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
Indicadores de mercado
2004
2005
2006
2007
2008
Var.% 08/07
8,24
14,20
22,9
21,50
22,48
14,70%
35
22
39
82
50
16,10%
Criação de valor | GRI EC1 |
Ação preferencial A (COCE5)
Cotação
Média diária de negócios
O valor adicionado de 2008 somou R$ 1,4 bilhão, distribuído entre governo e sociedade (62%), colaboradores
Média diária de volume financeiro (R$ mil)
463
398
1.031
1.950
829
25,50%
Valor de mercado
593
1.092
1.966
2.162
1.574
-27,20%
(8%), acionistas (19%), financiadores (6%) e lucros reti-
1.148
1.562
2.378
2.715
2.403
-11,50%
dos (5%). O plano estratégico da Coelce está estruturado
5,70
4,22
-26,10%
-24,40%
Enterprise value (EV*) (R$ mil)
EV/EBITDA
Preço da ação PNA/ lucro por ação (P/L)
Dividend yeld da ação PNA
Valor de mercado/ patrimônio líquido
para proporcionar um retorno adequado aos acionistas e
17,56
5,85
5,98
6,84
5,17
13,54%
3,14%
12,78%
16,9%
14,00%
-17,40%
para as demais partes interessadas: colaboradores, forne-
0,52
1,49
2,52
2,54
1,33
-47,60%
cedores de produtos e serviços, financiadores de capital e
*EV = Valor de Mercado + Dívida Líquida
governo. Indiretamente, a criação de valor também beneficia clientes e sociedade.
COCE5 X ibovespa
valor para Acionistas
COCE5
Ibovespa
A Coelce distribuiu aos acionistas, a título de dividendos, R$ 245 milhões em 2008. O valor foi equivalente a
100% do lucro líquido passível de distribuição relativo
ao exercício de 2007. Na Assembleia Geral Ordinária de
2009, a Administração proporá que seja atingido 100%
do lucro líquido passível de distribuição do exercício de
2008, pois a soma da reservas legal e de capital já excedeu 30% do capital social, conforme exigência da Lei das
1/3/00 6/3/00 11/3/00 4/3/01 9/3/01 2/3/02 7/3/02 12/3/02 5/3/03 10/3/03 3/3/04/ 8/3/04 1/3/05 6/3/05 11/3/05 4/3/06 9/3/06 2/3/07 7/3/07 12/3/07 5/3/08 10/3/08 3/3/09
Sociedades Anônimas. O montante é de R$ 263 milhões
(R$ 3,38 por ação preferencial ou ordinária).
Criação de valor para empregados (R$ mil)
Riqueza total gerada
Valor destinado aos colaboradores
Valor adicionado (médio) por empregado
2005
2006
2007
2008
1.173.207
1.376.907
1.320.980
1.414.547
78.359
75.582
109.386
117.580
889
1.049
1.018
1.107
2005
2006
2007
2008
1.173.207
1.376.907
1.283.814
1.414.547
785.288
858.930
788.097
871.964
valor para empregados
Do total da riqueza gerada em 2008, 8% foram destinados aos empregados, por meio de remunerações,
Criação de valor para a sociedade (R$ mil)
Riqueza total gerada
Riqueza distribuída para o governo
encargos sociais, previdência privada, participação nos
resultados, dentre outros benefícios.
acionistas
Distribuição do valor adicionado
valor para fornecedores
Nº
Participação
no total
das compras
é apenas uma troca de compra e venda de serviços. A
Fornecedores locais (Ceará)
179
41,44%
companhia realiza várias ações visando à melhoria da
Fornecedores nacionais
(outros estados)
246
56,94%
7
1,62%
432
100%
O relacionamento entre a Coelce e seus fornecedores não
comunicação, principalmente pela importância das atividades que prestam ao seu negócio. Os colaboradores
Governo 62,0%
Acionistas 19,0%
Pessoal 8,0%
Fornecedores de materiais
por localidade | GRI EC6 |
parceiros fazem a leitura mensal do consumo de energia,
atendem nas lojas e na Central de Relacionamento, cons-
Financiadores 6,0%
troem novas linhas e consertam ocorrências no sistema
Retido 5,0%
elétrico, entre outras atividades.
Fornecedores globais (outros países)
Total*
*Considera-se para o total, fornecedores de materiais destinados a estoque e fornecedores que suprem de materiais diretamente as áreas e para uso imediato.
adquiridos de terceiros totalizou R$ 1,6 milhão (compra
No encerramento de 2008, eram mantidos 736 forne-
de energia elétrica e de materiais e serviços, além de en-
cedores ativos, sendo 268 de serviços, 432 de materiais
cargos sobre o uso da rede elétrica, perda na realização
e 36 de supridores de energia. O valor pago por insumos
de ativos e outras despesas operacionais). Materiais e
serviços representaram R$ 211,5 milhões. No ano, foram
Demonstração do Valor Adicionado (R$ mil)
Receitas
2006 1
2007 1
2008
2.330.547
2.809.080
3.138.780
940.517
(1.473.148)
(1.639.287)
1.390.030
1.335.932
1.499.493
Total de insumos adquiridos de terceiros
( = ) Valor Adicionado Bruto
quinas e equipamentos utilizados na rede elétrica). (Mais
informações sobre fornecedores na página 74). | GRI EC6 )
( ) Quotas de reintegração
(109.563)
(111.079)
(116.539)
( = ) Valor Adicionado Líquido
1.280.467
1.224.853
1.382.954
96.440
96.127
31.593
Os 184 municípios da área de concessão são beneficia-
1.376.907
1.320.980
1.414.547
dos, direta ou indiretamente, com os impostos, taxas e
( + ) Valor Adicionado recebido em transferência
( = ) Valor Adicionado a Distribuir
Valor para a sociedade
contribuições destinados pela companhia aos governos
Reclassificado
A Demonstração do Valor Adicionado detalhada está na página 127
1
federal, estadual e municipal. Esse montante somou R$
Distribuição do Valor Adicionado (R$ mil)
2006 1
2007 1
2008
%
Pessoal
75.582
109.386
117.580
8%
Governo
858.930
788.097
871.964
62%
Financiadores
112.505
108.761
86.480
6%
Além do benefício indireto, a companhia investe em
Acionistas
283.345
244.751
263.096
19%
programas nas áreas de educação, geração de renda,
46.545
69.985
75.427
5%
1.376.907
1.320.980
100%
100%
inclusão social e cultura, que estão apresentados em
Retido
Total do Valor Adicionado distribuído
1
adquiridos R$ 472,3 milhões em bens imobilizados (má-
Reclassificado
872 milhões em 2008, o equivalente a 62% de toda a
riqueza gerada pela Coelce no ano.
Meio Ambiente (página 78) e Sociedade (página 98).
43
clientes:
Atendimento com proximidade
CLIENTES
Ao proporcionar ampliação do acesso à energia elétrica em
do leiturista, além de o cliente ficar satisfeito com a
todo o Ceará, a Coelce contribui para o desenvolvimento
possibilidade de conhecer, de forma antecipada, o valor
socioeconômico do Estado. As atividades dos setores
da fatura e planejar o pagamento. A conta imediata,
industrial, comercial e de serviços são intensificadas e a
introduzida em 2007 como projeto-piloto para todas as
população passa a contar com diversos benefícios sociais
unidades do perímetro urbano, foi ampliada em 2008
atrelados à chegada da energia elétrica, de forma a
para 1,8 milhão de clientes em todo o Estado.
melhorar o nível de qualidade de vida e as oportunidades
de geração de renda.
Além de intensificar a evolução em seus indicadores
INDICADORES DE QUALIDADE TÉCNICA
de qualidade técnica, a Coelce adota constantemente
novos processos e soluções para deixar mais ágil e pró-
A Coelce garantiu mais uma redução histórica dos seus
ximo o atendimento aos clientes. Uma delas é a fatura
indicadores de qualidade técnica, que servem como
imediata, por meio da qual, em uma única visita ao
parâmetro do sistema elétrico. O indicador de Duração
cliente, realiza-se a leitura do medidor, o faturamento,
Equivalente de Interrupção por Consumidor (DEC)
a impressão e a entrega da conta de energia.
atingiu 8,18 horas, em 2008, melhora de 12,9% em
Entre as vantagens, observou-se a economia de
relação ao ano anterior. Além de ser o melhor resultado
tempo e de custos operacionais com uma visita única
dentre as demais distribuidoras da Região Nordeste,
eficiência no fornecimento - dec e fec
evolução da eficiência do ano
| GRI EU27, EU28 |
2005
2006
DEC (horas)
2007
2008
FEC (VEZES)
Meta 2009
0,55 0,55
0,47
0,55 0,45
0,44 0,48
DEC (horas)
FEC (VEZES)
0,5
z
2004
m
ar
0,46
0,5 0,61
0,7
de
6,6
0,65
0,52
t
6,78
0,61
no
v
7,87
0,55 0,59
t
9,11
0,69
ou
10,44
0,71
0,55 0,92
se
11,95
0,81
ju
l
8,18
1,13
7,96
ag
o
9,40
ju
n
11,42
ab
r
m
ai
12,45
ja
n
Ser a empresa mais admirada
do Ceará
0,98
14,6
fe
v
Desafio
| GRI EU27, EU28 |
45
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
evolução da eficiência do atendimento no ano
(tMa - minutos)
tempo Médio de atendimento
(tMa - minutos)
133
imprevisto que suspenda o abastecimento, ele seja resolvido com muita agilidade, a Coelce adota iniciativas
de monitoramento e manutenção preventiva: | GRI EU5 |
• Melhoria do processo de inspeção de transformado-
141
109
130
105
105
108
111
105
94
85
93
97
res de distribuição, com a utilização de termovisores,
92
81
83
tornando as inspeções mais eficientes, seguras e prevenindo a queima de equipamentos;
z
de
t
ou
no
v
se
t
l
ju
o
teção nas redes de média-tensão, principalmente
ag
n
ju
r
ai
m
ar
Meta 2009
ab
2008
m
2007
ja
2006
n
• Investimento em equipamentos de automação e profe
v
46
com a instalação de religadores modernos, telecomandados e assistidos pelos centros de controle;
Boas práticas •
certificação ampliada
ele é inferior ao DEC médio no País, que foi de 16,08
minutos (em 2007), segundo dados da Aneel.
• Pacotes de Melhoria de Qualidade do Serviço (MQS),
que atuam na eficiência das redes de baixa, média e
O indicador Frequência Equivalente de Interrupção
alta-tensão; instalação de para-raios, reformas com-
A garantia de qualidade nos processos das áreas
por Cliente (FEC), que mensura o número de vezes
pletas dos centros de distribuição de áreas próximas
Comercial e Técnica é certificada pela norma ISO
em que o cliente teve o fornecimento interrompido,
a hospitais, grandes empresas e de elevado contin-
9001:2000 desde 2005. A conquista de certifica-
totalizou 6,78 vezes, quase a metade do FEC médio do
ções demonstra o empenho em expandir a atuação
País, de 11,72 vezes (em 2007, de acordo com Aneel).
de forma estruturada e controlada, proporcionando
um grau elevado de satisfação aos clientes.
gente populacional;
• Melhor planejamento dos desligamentos programa-
Houve ainda redução do Tempo Médio de
dos, com a utilização de geradores portáteis que pos-
Atendimento Emergencial (TMA), que registra o
sibilitam manter o fornecimento aos clientes durante
A unificação de vários processos formou um gran-
intervalo médio de atendimento, expresso em minutos,
de escopo de Operação Técnica, que foi certificado
desde o ingresso da reclamação até o seu atendimento.
• Construção de novas subestações, em 2008, além de
em dezembro de 2008 com essa norma. A certifica-
A companhia continuará a trajetória de consolidação
mais 265 quilômetros de rede de alta-tensão e 8.569
ção abrangeu as áreas de Planejamento e Controle
de melhorias e estipulou atingir, em 2009, metas de
da Manutenção e Planejamento das Redes de Alta-
7,96 horas (DEC) e 6,6 vezes (FEC).
a manutenção;
quilômetros de redes de distribuição; | GRI 2.9 |
• Faseamento das linhas de transmissão, entre as dez
principais subestações da capital cearense, com o ob-
Tensão e Média-Tensão e o processo do planejamento à execução de obras na rede. Das 67 lojas com
monitoramento
jetivo de tornar mais ágil a operação do sistema nas
processos certificados, 26 foram obtidos em 2008.
Para que raramente falte energia elétrica nas residên-
transferências de grandes blocos de cargas, evitando
cias e nos parques industriais, e, caso ocorra algum
a interrupção de clientes em uma dada contingência.
CLIENTES
Universalização
2006
2007
2008
85.607
75.836
103.288
122.798
113.371
114.455
143%
149%
111%
Metas de atendimento
Atendimentos (n°)
Alcance de metas (%)
Luz para Todos
(2004 a 2008) 1
89
124
salização do Acesso e Luz para Todos tinham abrangido
com baixo poder aquisitivo, que são classificados como
67%
98,5% dos consumidores potenciais da área da Coelce.
consumidores de baixa renda. Eles têm redução de até
Tais programas buscam oferecer desenvolvimento so-
65% no valor de sua tarifa, sendo o repasse do be-
cioeconômico, permitindo o acesso a serviços de saúde,
nefício transferido para as outras classes de consumo,
educação, abastecimento de água e saneamento.
que financiam, em média, 75% do projeto. Os governos
Ligações
Nº
%
1.200
244.300
15,5%
Região Nordeste
3.800
772.800
49,0%
Região Sudeste
1.600
322.200
20,4%
650
129.500
8,2%
Total
rizadas para eletrificação. O programa atende clientes
48%
Região Norte
Região Centro-Oeste
minar a demanda e definir as obras que devem ser prioAté o encerramento de 2008, os programas de Univer-
48
Benefic.
(mil)
Região Sul
estaduais contribuem com 10% e as empresas distriUniversalização | GRI EU22 |
De acordo com a Aneel, a Região Nordeste ilustra
550
108.900
6,9%
pelo Programa de Universalização do Acesso e Uso da
bem o impacto da geração de renda no consumo de
1.577.700
100%
Energia Elétrica. A iniciativa prevê a ligação de novas
energia elétrica. Em maio de 2008, a Empresa de Pes-
unidades consumidoras, ou aumento de carga, sem ônus
quisa Energética (EPE) detectou que, pela primeira vez,
para os interessados. Dos 184 municípios cearenses,
o volume de energia elétrica requerido pelas residên-
124 haviam sido universalizados até o final de 2008.
cias nordestinas (que abrigam 28% da população na-
Parte dos atendimentos conta com o incentivo do pro-
cional) superou o da Região Sul que, apesar de reunir
grama Luz para Todos. Do total de ligações, 10% foram
15% da população do País, tem capacidade industrial
mais desenvolvida.
Estimativa do número de novos consumidores ligados à rede elétrica
Fonte: Ministério de Minas e Energia, 2008 (Valores até maio de 2008).
Luz para Todos – Ceará
2006
2007
2008
Metas de atendimento
33.000
30.000
29.700
Número de atendimentos efetuados
33.965
21.671
23.410
103%
72%
79%
custeadas pelo governo do Estado do Ceará, 15% pela
Coelce e 75% pelo governo federal. A meta é finalizar a
Origem dos recursos (R$ mil)
Governo federal | GRI EC4 |
2006
2007
2008
65.419
46.300
52.843
Conta de Desenvolvimento
Energético (CDE)
54.509
38.583
44.011
Reserva Global de Reversão
10.910
7.717
8.832
13.148
6.457
Governo estadual | GRI EC4 |
Próprios
Total dos recursos aplicados
Operação e Manutenção
Custo médio por atendimento
buidoras de energia elétrica, com mais 15%.
No ano, 114.455 novos consumidores foram atendidos
7.800
1
Cumprimento de metas (%)
meio do Comitê Gestor Estadual, responsável por exa-
26%
Municípios univ.
Municípios univ. (%)
PRINCIPAIS PROGRAMAS
Universalização em 2010. | GRI EC4 |
O desempenho deve-se à expansão do consumo médio por domicílio, em decorrência do aumento de renda
e de programas sociais de transferência de recursos do
Luz para Todos | GRI EU22 |
governo federal, especialmente o Bolsa Família. Tam-
3.075
O Programa Nacional de Eletrificação Rural, Luz para
bém influenciou a evolução do número de domicílios
25.163
102.849 171.143
Todos, iniciado em 2004, busca levar energia elétrica
atendidos, por meio do Luz para Todos.
103.730
155.606 227.061
para as comunidades rurais, contribuindo para o de-
No Estado do Ceará, o programa atendeu a 112 mil
senvolvimento social e econômico, o aumento da renda
unidades consumidoras até 2008, sendo 23.410 so-
familiar e a redução da pobreza.
mente no ano, com investimento de R$ 227 milhões,
ND
ND
ND
3,05
7,18
9,70
A solicitação é feita em uma das lojas Coelce ou por
dos quais R$ 56 milhões subvencionados pelos gover-
47
48
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
nos federal e estadual. Nos últimos três anos, o progra-
a mesma tensão. Já os clientes rurais de baixa-tensão
ma superou as metas estabelecidas pelo governo, totali-
têm redução de 60% comparativamente aos consumi-
zando 82 mil consumidores, em média – representando
dores das demais classes com o mesmo nível de tensão.
Boas práticas •
postes resistentes
Em 2008, o benefício foi concedido a 1.558.032
desempenho de 80% no atendimento dessas solicitações.
clientes residenciais. Desse total, 1.141.384 são vincu-
A Coelce, em parceria com o fabricante local L.C.
Tarifa social | GRI EU22 |
lados à Resolução Aneel nº 246/02, que estabelece a
Amaro, desenvolveu o protótipo de um poste de fibra
O Programa Tarifa Social Baixa Renda é um benefício
tarifa de baixa renda aos clientes com média de consu-
de vidro, ideal para uso em áreas de intensa con-
criado pelo governo federal, que concede descontos
mo mensal inferior a 80 kWh (considerando o prazo de
centração salina, pois resiste mais à maresia do que
na tarifa de energia elétrica às famílias com menores
12 meses anteriores). Essa categoria já recebe o bene-
os tradicionais (feitos de concreto). Além de reduzir
condições socioeconômicas, conforme disposto na Lei
fício automaticamente.
o custo de manutenção e ser produzido localmen-
nº 10.438/2002. Em contrapartida, as distribuidoras
recebem um subsídio mensal do governo.
Os outros 416.648 clientes são vinculados à Resolu-
te, contribuindo para a geração de renda no Ceará,
ção Aneel nº 485/02, que beneficia consumidores com
o material proporciona facilidade de transporte, de
Até dezembro de 2008, as homologações mensais
média de consumo entre 80 kWh e 220 kWh e inscritos
instalação, redução do risco de choques elétricos e
foram realizadas conforme cronograma estabelecido na
no Cadastro Único para Programas Sociais do governo
vida útil prolongada. Agora estão sendo desenvol-
regulamentação, não existindo atraso no repasse des-
federal (Cartão Cidadão, Vale-gás, Bolsa Escola, Bolsa
vidos postes bipartidos de cinco e sete metros, que
ses recursos pela Eletrobrás. A solicitação do subsídio
Alimentação e Bolsa Família).
possibilitam o transporte em carros pequenos.
complementar referente ao período de março a novem-
Em 2008, por exigência da agência reguladora, todos
Em 2008, a companhia realizou um programa de
bro de 2007, no valor de R$ 16,9 milhões, foi homolo-
os consumidores classificados como baixa renda tive-
inspeção e qualificação de oito fabricantes de pos-
gada integralmente pela Aneel. | GRI EC4 |
ram de fazer seu recadastramento, mediante a apresen-
tes de concreto, vigas, anéis e outros acessórios de
Clientes residenciais e rurais classificados como de
tação do número do Cadastro de Pessoa Física (CPF).
concreto armado. Com durabilidade estimada pelas
baixa renda podem alcançar redução de 65% do valor
Dos 400 mil clientes registrados no banco de dados da
normas técnicas entre 10 e 20 anos, os postes ad-
da tarifa residencial tradicional. Os clientes rurais de
Coelce, 300 mil solicitaram o cadastro e continuaram
quiridos estavam resistindo apenas dois anos.
nível de alta-tensão possuem tarifa social 10% menor
aptos a receber o benefício de redução do valor mensal
do que a das demais classes (indústria e comércio) com
da tarifa de energia.
As áreas de Normas e Procedimentos e de Qualidade da Coelce organizaram visitas às fábricas e
auditoria de infraestrutura e processos de fabrica-
Tarifa Baixa Renda
Clientes cadastrados no programa Bolsa Família
Domicílios atendidos como baixa renda
% do total de domicílios atendidos
(consumidores residenciais)
2004
2005
2006
2007
2008
ção, incluindo a qualidade da matéria-prima uti-
ND
143.513
410.278
507.518
540.182
lizada. A empresa mais bem qualificada recebeu
1.339.871
1.415.968
1.486.591
1.385.387
1.558.032
72%
73%
74%
68%
73%
certificado de credenciamento.
CLIENTES
Programa de investimentos especiais (R$ mil)
CATEGORIAS DE CLIENTES
A companhia encerrou 2008 com 14 clientes livres, retração de 26,3% em relação ao final de 2007. Essa varia-
A Coelce alcançou, em 2008, a marca de 2,8 milhões
ção se deve pela redução líquida de cinco clientes livres na
de clientes – 153.092 novos consumidores, crescimento
base comercial da companhia (basicamente, o retorno de
de 5,7% em relação ao ano anterior. Desse total, 2,1
oito clientes livres ao mercado cativo e a entrada de três
milhões de unidades consumidoras referem-se ao seg-
novos clientes livres, ao longo de 2008).
mento residencial (cerca de 1,6 milhão classificado como
Total de clientes ativos (mil)
baixa renda) e 304 mil são clientes rurais. O acréscimo
Programa de Investimentos Especiais
está concentrado nas classes residencial e rural.
O contrato de concessão da Coelce prevê a execução de
Essa evolução reflete, em essência, o crescimento ve-
obras e serviços contemplados pelo Programa Anual de
getativo do mercado cativo e os investimentos para a co-
Investimentos Especiais do Estado. São previstas obras
nexão de novos clientes à rede, em especial no Programa
de extensão de redes MT/BT, subestações com linhas
Luz para Todos, que foram responsáveis pelo acréscimo de
de transmissão de 69 kVA, aumento de carga, obras de
23.410 unidades consumidoras.
2.334
2.438
2.543
2004
2005
2006
2.842
2.689
2007
2008
suporte, remanejamento de postes e recondutoramento
que sejam solicitados pelo governo estadual. O objetivo
é garantir infraestrutura aos projetos industriais, turís-
Evolução do número de clientes
| GR I EU2 |
ticos, de irrigação, abastecimento de água, iluminação
Mercado Cativo
pública e eletrificação rural e urbana.
Residencial
De acordo com o Convênio nº 048/98 emitido pelo
Normal
2005
2006
2007
2008
(07/08)
1.871.241
1.943.684
2.020.253
2.036.983
2.132.492
4,7%
531.370
527.716
533.662
651.596
574.460
-11,8%
governo estadual, a Coelce deve destinar 1% do fatura-
1.339.871
1.415.968
1.486.591
1.385.387
1.558.032
12,5%
Industrial
6.831
6.572
6.455
6.015
5.943
-1,2%
mento líquido de venda de energia para o Programa de
Comercial
136.141
138.696
141.469
146.680
151.276
3,1%
Investimentos Especiais. A liberação das obras se dá após
Rural
189.591
208.797
218.162
267.709
303.994
13,6%
a entrega do plano de obras pelo governo estadual, o
qual se reflete nos valores investidos pela companhia. Os
valores anuais investidos que não atingem o percentual
Baixa renda
Var. (%)
2004
Setor Público (inclui Iluminação Pública)
Subtotal
Revenda
Consumo próprio
do faturamento líquido definido no referido convênio se
Clientes ativos sem fornecimento
acumulam para os anos posteriores. Em 2008 o valor in-
Total de clientes
vestido totalizou R$ 2,6 milhões. | GRI EC8 |
26.248
27.721
29.617
32.608
35.731
9,6%
2.230.052
2.325.470
2.415.956
2.489.995
2.629.436
5,6%
2
2
3
2
2
0%
216
216
220
241
225
-6,6%
103.320
112.402
127.078
198.508
212.175
6,9%
2.333.590
2.438.090
2.543.257
2.688.746
2.841.838
5,7%
49
50
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
Serviços Coelce
Produtos e serviços para clientes residenciais
A crescente oferta de novas opções em seguros, serviços e parcerias fortalece a imagem da Coelce como
Seguros Coelce
Cobrança realizada mensalmente na fatura de energia elétrica
Família Seguro
Residencial 3 + 1
Produto que mais se destacou nas vendas em 2008, na carteira de seguros da Coelce. O conjunto de seguros
residenciais com coberturas específicas garante a indenização em caso de incêndio, raio e/ou explosão e,
dependendo do plano escolhido, cobre riscos de roubo e/ou furto qualificado e responsabilidade civil familiar.
Foram registradas 242.808 adesões em 2008, 11% superior a 2007 (218.316).
Seguro Vida Protegida
Lançado em 2008, além de oferecer proteção financeira e assistência funeral, possibilita descontos na compra
de medicamentos. O titular ainda participa mensalmente de sorteios de R$ 3 mil pela Loteria Federal. Foram
registradas 4.054 adesões em 2008.
Seguro Estudo Garantido
Lançado em 2008, oferece cobertura por morte natural ou acidental em 24 vezes o valor da mensalidade até
o limite máximo de R$ 10 mil por estudante. Também paga R$ 1 mil no caso de morte natural ou acidental do
responsável pelo pagamento das mensalidades escolares, por aluno. No caso de desemprego involuntário,
pagamento de até cinco mensalidades escolares do mês imediatamente posterior ao sinistro, até o limite
máximo de R$ 11,5 mil, entre outras vantagens. Em 2008 a Coelce registrou 196 adesões.
Seguro Emergência Auto
Assistência 24 horas em caso de problemas como o carro. Com 176 adesões em 2008, o produto é ideal para
quem não tem condições de arcar com um seguro tradicional. Dentre os serviços garantidos estão socorro
mecânico, reboque de carro, chaveiro, assistência em caso de falta de combustível, pneu furado ou danificado,
meios de transporte alternativo, hospedagem, guarda-carro, motorista amigo, envio de peças e transmissão
de mensagens urgentes.
Seguro Domiciliar com
Assistência 24 horas
Além da assistência residencial, oferece cobertura de incêndio, raio e explosão com nove serviços disponíveis
em caso de sinistro, serviços de emergência (chaveiro, eletricista e encanador) e serviços especiais. Foram
registradas 4.329 adesões em 2008, quantidade 90% superior a 2007 (2.278).
Seguro para Diária de
Internação Hospitalar
Em caso de internação hospitalar, o cliente recebe R$ 120,00 por diária. Como foi instituído em dezembro de
2008, não registrou adesões.
Título de capitalização
Boa Ação, Boa Sorte
O cliente contribui com um valor fixo mensal acessível, de R$ 2,99 (Plano I) ou 4,95 (Plano II) e concorre a
prêmios em dinheiro, por meio de sorteios mensais. Do total arrecadado, 10% são destinados para o Instituto
Ronald McDonald, que investe em projetos de combate ao câncer infanto-juvenil. Em Fortaleza, o instituto
apoia a Associação Peter Pan. Em 2008, o produto registrou 95.355 adesões, quantidade quase quatro vezes
maior que em 2007 (19.128).
prestadora de soluções capaz de gerar benefícios aos
seus clientes e maior retorno financeiro aos acionistas,
de forma mais ampla do que levar energia elétrica de
qualidade.
Clientes residenciais – Em 2008, foram considerados sucesso de vendas o seguro Família Residencial
3+1, o título de capitalização Boa Ação, Boa Sorte e a
arrecadação de faturas de planos odontológicos, com
total de 542.510 clientes.
Grandes clientes – O pacote de serviços e soluções
Coelce Plus é destinado a clientes ligados às redes de
média e alta-tensão.
Clientes institucionais – Por meio do Coelce Plus
Institucional, são oferecidos os seguintes serviços a
clientes da administração pública:
Coelce
Plus Institucional
Clientes
Clientes
em 2007
em 2008
37
41
5
10
209
349
87
16
Outros
104
127
Total
442
543
Banco de capacitores
Construção de subestações
Iluminação de prédios públicos
Manutenção de subestações
Coelce Serviços
Kit Energia
Conjunto de peças e serviços utilizado para entrada de energia em residências ou empresas, com objetivo de
proporcionar qualidade ao serviços de ligação nova, acréscimo/decréscimo de carga, padrão rural irrigante
dupla tarifação e mudança de medidor de local. Em 2008 foram vendidos 56.387 kits, 33% acima do ano
anterior (42.190).
Coelce Comercial
Profissionais qualificados vistoriam o empreendimento do cliente, elaboram orçamento e consertam
eventuais problemas em instalações elétricas, com pagamento facilitado pela conta de energia. Em 2008
foram realizados 5.342 serviços (14.763 em 2007).
Cobrança Fácil
A conta de energia é colocada à disposição como meio de arrecadação de produtos e serviços oferecidos
por empresas parceiras (que em 2008 totalizaram 11). No ano, a quantidade de serviços de cobrança foi de
887.863, 602% maior que em 2007 (126.354).
CLIENTES
ATENDIMENTO
Clientes Residenciais
Para atingir a sua Visão de ser a empresa número um,
Central de Relacionamento
se tratarem de serviços de fornecimento ininterruptos,
no Ceará, em atendimento e proximidade com os clientes
As novas regras do Código de Defesa do Consumidor
como é o caso da distribuição de energia. O tempo de
até 2011, a Coelce investe em tecnologia e melhoria dos
para os serviços de call center foram de fácil adequação
espera deve ser de até um minuto para contato direto
processos internos, além de treinar seus colaboradores
pela Coelce, que desde 2005 desenvolvia o Projeto
com o operador e a ligação só poderá ser transferida
para que entendam cada vez mais as necessidades dos
Contato. Visando à excelência, essa iniciativa já buscava
de um atendente para outro uma única vez. O serviço
consumidores, visando estreitar o relacionamento com
solucionar a ocorrência no primeiro contato com o cliente.
gratuito de teleatendimento, disponível pelos telefones
esse público estratégico.
Em 2008, isso ocorreu em 82,5% dos atendimentos.
0800-285-0196 (ligações originadas de telefones fixos)
As exigências determinam que os call centers estejam disponíveis 24 horas, sete dias por semana, quando
e 9090-8811-6000 (de telefones celulares), cumpriu
Serviços Coelce Plus para grandes clientes
Eficiência energética
Construção de linhas e
subestações
Manutenção de subestações
Correção do fator potência
Instalações elétricas internas
Venda de equipamentos
Outros
Diagnóstico e elaboração de projeto para tornar as instalações mais ecoeficientes, por meio da troca de
equipamentos de climatização, iluminação e força motriz. Além disso, treina colaboradores do cliente
para o consumo eficiente da energia elétrica. Em 2008 seis clientes foram beneficiados e 20 pessoas
treinadas (21 empresas, com treinamento de 120 pessoas, em 2007).
toda a regulamentação, inclusive com tempo médio de
apenas 0,08 segundos para o início do atendimento.
Outro motivo de comemoração para a Coelce referese ao indicador que verifica o abandono da ligação pelo
Elaboração de projeto elétrico civil e execução da construção e montagem de subestações aéreas e
abrigadas, além de redes de distribuição. Foram registrados 271 serviços em 2008, quantidade 198%
superior à registrada em 2007 (91).
Atendimentos
Manutenção preventiva anual para os clientes que possuem subestações aéreas ou abrigadas. Inclui o
serviço da equipe Coelce Plus Empresarial para atendimento emergencial. Em 2008 foram realizados 187
serviços, montante 315% superior ao de 2007 (45).
Relacionamento
Instalação de bancos capacitores para o equilíbrio do consumo de energia elétrica. Após a contratação
do serviço, o cliente economiza o valor da multa por reativo excedente antes cobrada pelo baixo fator de
potência. Em geral, o custo da implantação do serviço é pago com a própria economia obtida na conta. Em
2008 foram registrados 351 serviços, quantidade 112% superior a 2007 (165).
Modernização das instalações elétricas internas por meio de mão de obra especializada em construção
e adequação de subestações de média e alta-tensão, construção de rede de loteamentos, rede rural,
projetos de iluminação pública, estádios esportivos e atendimento a eventos especiais. Em 2008 foram
registrados dois serviços, em comparação a sete no ano anterior.
Oferta de soluções em projeto e equipamentos eficientes (máquinas, motores, transformadores,
geradores, etc.), com pagamento facilitado via fatura de energia. Em 2008 aconteceram 57 vendas de
equipamentos, quantidade 90% acima de 2007 (30).
Reformas elétricas, adequação de medição, atendimento emergencial, cobertura isolante em baixa e
média-tensão, aluguel de equipamentos. Os 292 serviços registrados em 2008 foram superiores aos 257
obtidos no ano anterior.
Central de
Agências
2006
2007
2008
3.073.962
3.305.654
2.936.214
2.555.823
2.832.637
2.732.931
Internet
Total
376.418
751.396
1.257.536
6.006.203
6.889.687
6.926.681
Tempo de espera (min)
2006
2007
2008
Espera até o início de
atendimento nas agências
04:47
04:21
05:14
Espera até o início de
atendimento na Central de
Relacionamento
0,13
0,13
0,08
Tempo de atendimento
nas agências
04:40
04:55
04:52
Tempo de atendimento na
Central de Relacionamento
04:03
04:20
04:36
51
52
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
cliente, que em 2008 foi abaixo de 1% (0,87%), signifi-
mais espaço físico e bem-estar aos atendentes. Foi ainda
Lojas de atendimento
cando que cada vez menos o cliente fica esperando por
instalado um novo sistema para atendimento integral ao
A Coelce possui 201 lojas de atendimento, sendo duas
atendimento. Em 2008, os 350 teleatendentes, que se
cliente, com plataforma de navegação na web mais dinâ-
unidades móveis. Os 373 atendentes recebem solicita-
revezam em três turnos na Central de Relacionamento,
mica e moderna. Foram também contratados mais 50 co-
ção de serviços e realizam a venda de seguros e demais
receberam, em média, 250 mil ligações mensais, con-
laboradores e reforçadas as campanhas de motivação para
produtos e soluções da companhia. Em 2008, houve
tabilizando 2,9 milhões de chamadas. A quantidade de
alcance de metas comerciais, recompensadas por meio de
2,7 milhões de atendimentos.
ligações pode ser influenciada por alterações climáticas
bonificações aos melhores desempenhos. Cuidados com a
Os clientes também podem imprimir a segunda via da
e outras ocorrências que impacta o sistema elétrico.
postura, alimentação e voz são observados no cotidiano.
conta de energia, consultar débitos ou solicitar outros
A estrutura da Central de Relacionamento em Fortale-
Massoterapeutas também atuam diariamente para aju-
serviços simples por meio de máquinas de autoatendi-
za passou por completa reforma em 2008, para garantir
dar os funcionários a relaxar possíveis tensões no corpo.
mento. Em 2008 foram registradas 723 mil operações.
A partir de 2007, a Coelce passou a elaborar um
ranking trimestral dos melhores profissionais das lojas de
Boas práticas • Atendimento mais próximo
atendimento, com base em cinco critérios: tempo médio
de atendimento; produtividade; avaliação dos conhecimentos sobre os procedimentos da companhia; venda de
O ano de 2008 marcou a inauguração do novo formato
atendimento foi super-rápido e gostei de acompanhar
produtos e serviços; e satisfação do cliente. Esse último
de atendimento. Agora, clientes e atendentes ficam lado
na tela do computador o que estava sendo explicado.
item recebe a maior ponderação do cálculo, equivalente
a lado, e não mais separados por um balcão, permitindo
No final, ainda perguntaram: a senhora está satisfei-
a 60%. Os profissionais que se destacaram têm sua foto
mais interação e transparência. O novo projeto arquite-
ta?”, diz Helenice, confirmando ter ficado muito bem-
divulgada na intranet, e a cada trimestre são convidados
tônico das lojas também prevê instalações mais amplas
impressionada com o sistema.
para um jantar com o presidente da Coelce, diretores e
e espaço exclusivo para exposição e oferta de produtos
e serviços.
A novidade também foi aprovada pelas atenden-
coordenadores de áreas, quando são homenageados.
tes. “O cliente vê que a gente busca fazer o melhor”,
“Quando cheguei aqui, me encantei. Todos os clien-
explica Fabíola Siqueira. Seis grandes lojas adotaram
Agência interativa
tes esperavam sentados, as atendentes tinham sorriso
esse modelo em 2008, que será estendido a mais nove
Acompanhando a tendência global do aumento de usu-
no rosto e os clientes eram tratados do mesmo jeito,
unidades até o final de 2009.
ários de internet, em 2008 foi registrado 1,3 milhão
não somente os que estavam vestidos de forma mais
Outra facilidade disponível é o atendimento com
de atendimentos instantâneos via website (chat), que
vistosa”, conta Helenice Maria Rodrigues Costa, profes-
hora marcada, que pode ser agendado por meio de
oferecem os mesmos serviços disponíveis por telefone
sora aposentada, que foi à loja do Conjunto Ceará. “O
uma central telefônica 0800 ou no próprio local.
e funcionam como canal de comunicação para receber
reclamações ou sugestões.
CLIENTES
2006
2007
2008
ta ou por intermédio das lojas, Central de Relacionamen-
Prazos na execução de serviços
2,80%
0,69%
0,34%
to, caixa postal e website. Também recebe reclamações
Fornecimento inadequado de energia
0,35%
0,84%
0,80%
90,04%
92,79%
96,70%
de órgãos de defesa do consumidor e promotorias, além
Conta não entregue
2,97%
3,05%
1,20%
Valores cobrados na conta
0,17%
0,23%
0,02%
necessitam de prazo estipulado para resposta. Em 2008,
Outros
3,67%
2,40%
0,94%
foram prestados 452.127 atendimentos, incluindo a en-
Total
100%
100%
100%
trega de respostas de correspondências.
Reclamações procedentes e improcedentes
2006
2007
2008
Para o desenvolvimento profissional dos colaborado-
Julgadas procedentes em relação ao total de reclamações recebidas
96%
95%
96%
res da Área de Análise e Resposta ao Cliente, a Coelce
ofereceu cursos para aperfeiçoar a escrita, atualizar co-
Principais reclamações recebidas
Interrupções
Julgadas improcedentes em relação ao total de reclamações recebidas
Solucionadas em relação ao número de reclamações procedentes
Quantidade de inovações implantadas em razão da interferência do ouvidor e/ou do
serviço de atendimento ao consumidor
4%
5%
4%
99%
98%
93%
7
15
19*
das análises de recursos de Termo de Ocorrência (TO), que
nhecimentos e calcular Termos de Ocorrência.
Escreva para o presidente
* 8 por meio da Ouvidoria e 11 pelas áreas de atendimento comercial
Os clientes podem enviar mensagens diretamente para
O principal motivo das reclamações recebidas via
são direcionadas para atender à comunidade em aspectos
o presidente da Coelce, por meio de canal de comunica-
Central de Relacionamento, lojas de atendimento e
como parcelamentos facilitados, aferições de medidores e
ção disponível nas lojas de atendimento. Em 2008, foram
internet é a interrupção de serviços, com 96,7% do
cadastro para os programas Ecoelce e Troca Eficiente.
realizados 74 atendimentos, entre reclamações e suges-
total das solicitações. Em 2008, foram solucionadas
A partir de julho de 2008, a equipe passou a promo-
tões, com resposta enviada ao cliente em 24 horas, por
ver oficinas de teatro com jovens, como um meio de eles
meio de carta. A área responsável pela análise e resposta
expressarem suas opiniões. Um grupo de voluntários da
aos clientes mantém relacionamento direto com o Decon
Coelce nos Bairros
Coelce, capacitados pela Casa do Conto, também apro-
Fortaleza, que registrou, em 2008, redução de 32% no
O programa busca ser um forte canal de comunicação
veita a reunião da comunidade para contar estórias e
total de reclamações em relação ao ano anterior.
entre a empresa e as comunidades, por meio de reuni-
realizar atividades lúdicas com as crianças. De janeiro a
ões e do contato direto com lideranças para entender
dezembro de 2008, o Coelce nos Bairros realizou 190
Pontos de arrecadação
suas reais necessidades. Nos encontros, são realizadas
reuniões, com a participação de 37.578 pessoas.
Os clientes da Coelce podem pagar suas faturas de
93% das reclamações consideradas procedentes.
energia em 1.562 pontos de arrecadação distribuídos
palestras de esclarecimentos sobre o uso eficiente e
seguro da energia elétrica, os canais de atendimento,
Carta Serviço – análise e resposta
pelos 184 municípios cearenses, como instituições ban-
produtos, serviços e programas sociais da distribuidora.
O canal é especializado em controlar o recebimento de re-
cárias, farmácias, supermercados, entre outros. Nas 201
A partir das demandas, as demais áreas da empresa
clamações e sugestões dos consumidores, de forma escri-
lojas de atendimento, há 131 pontos de arrecadação.
53
54
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
Clientes com necessidades especiais
2006, com a introdução dos projetos Ecoelce (página
Para manter a certificação ISO 9001 para a Área de
A Coelce incrementou suas ações inclusivas com a com-
87), Troca Eficiente e Energia Social (página 101), que
Grandes Clientes, foram realizadas as seguintes ativi-
pra de um aparelho que permite o atendimento telefô-
promovem a capacidade econômica de uso da energia.
dades em 2008:
nico a clientes com deficiência auditiva, cujo número é
• Atendimento prioritário a grandes clientes pelas equi-
0800 2801887. Nesse sistema, o cliente insere o apa-
Grandes Clientes
relho monofone (teclado alfanumérico) em um telefone
A parcela de grandes clientes corresponde a 0,2% do
comum e digita as informações, que são visualizadas
total da carteira atendida pela Coelce. Pela característi-
• Intensificação das visitas personalizadas: totalizaram
pela atendente da Central de Relacionamento.
pes de Linha Viva (especialistas técnicos que realizam obras em rede energizada);
ca desse segmento, a companhia oferece atendimento
3.864 em 2008, aumento de 59,8% em relação ao
Houve também treinamento dos profissionais na
especial, desde o momento da solicitação dos serviços,
ano anterior. O objetivo é conhecer de perto os pla-
Linguagem Brasileira de Sinais (Libras). Até dezembro
com postos exclusivos na Central de Relacionamento,
nos de expansão dos clientes, a fim de oferecer solu-
de 2008, nove lojas possuíam atendentes qualificados,
até a execução e manutenção dos trabalhos.
ções diferenciadas para cada caso, e
com dez profissionais formados pela Federação Nacio-
Uma das principais iniciativas foi a realização do
nal de Educação e Integração dos Surdos (Feneis). Já
curso Gestor de Conta de Energia. A fatura destinada
as pessoas com deficiências visuais podem solicitar a
a esse público traz vários elementos, com maior grau
conta de energia em versão braile, benefício que con-
de complexidade que a residencial. Durante oito horas,
Clientes Institucionais
templou 42 clientes em 2008.
os administradores aprendem conceitos tarifários, leitu-
Uma área exclusiva é destinada ao relacionamento com
• Expansão das visitas e vendas de serviços para o interior do Ceará.
Outra iniciativa é a construção de rampas de acesso
ra técnica da fatura e funcionamento da telemedição,
os clientes institucionais, sendo dividida em atendimento
nas lojas de atendimento. Todas as unidades que passam
entre outros. Também visitam o Centro de Controle do
e vendas de serviços. Um grupo de seis executivos espe-
por reformas recebem essa estrutura, sendo que 39 já
Sistema e a Central de Relacionamento. Em 2008 foram
cializados e quatro colaboradores de apoio é responsável
oferecem essa facilidade para pessoas com dificuldades
oferecidos cinco cursos, com 204 participantes. A ini-
pela oferta de serviços de ligações novas ou provisórias,
de locomoção (sendo 14 em Fortaleza e Região
ciativa continuará em 2009, de acordo com a demanda.
pedidos de execução de obras de extensão de rede, ve-
Outro destaque foi a parceria firmada entre a Coelce
rificação de faturas mensais de energia, repasse da Con-
Metropolitana e 25 no interior do Estado). | GRI EU23 |
e a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec),
tribuição de Iluminação Pública e outras demandas dos
Comunidades de baixa renda
no programa Ampliando Possibilidades. A iniciativa
municípios e governos estadual e federal.
Além do acesso a uma tarifa de energia mais barata,
possibilita que empresas contem com atendimento per-
Os clientes institucionais ainda contam com a orien-
definida pela Aneel, a Coelce atua de forma proativa
sonalizado da Coelce, na sede da entidade, com acesso
tação de 16 profissionais qualificados para facilitar a
em comunidades com baixos índices de consumo e/ou
mais rápido à solução de problemas e a produtos e ser-
contratação dos serviços Coelce Plus Institucional.
poder aquisitivo, com foco na realização de programas
viços. Parceria semelhante foi firmada com a Câmara
sociais. Essas iniciativas ganharam destaque a partir de
dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza.
CLIENTES
SATISFAÇÃO DO CLIENTE
Negociação de Dívidas
Ouvidoria
A Coelce permite a opção de parcelamento de dívidas
Os clientes contam com canais diretos de comunicação
Privacidade e Ética
dos clientes, oferecendo taxas e prazos mais favoráveis
com a Coelce, por meio de Central de Relacionamento
O Código de Ética Empresarial da Coelce prevê o ade-
que os existentes no mercado financeiro. A negociação
(0800 2804100), pessoalmente (na Rua Padre Valdevi-
quado manuseio das informações, a fim de garantir a
de dívida pode ser feita por meio de qualquer canal
no Nº 150, Fortaleza), pelo e-mail ouvidoria@coelce.
privacidade dos clientes. Na divulgação de campanhas
de atendimento da empresa. Em todo o ano de 2008
com.br e por correspondências. Em 2008, a Ouvidoria
e peças publicitárias, a Coelce respeita os padrões éti-
foram realizados 106.082 parcelamentos, quantidade
realizou 14.852 atendimentos, entre consultas, recla-
cos de propaganda adotados no Brasil, definidos pelo
17,4% menor que em 2007. Do total, 86,4% foram so-
mações e solicitações, atuando de forma imparcial na
Conselho Nacional de Autorregulamentação Publici-
licitações de clientes residenciais.
mediação dos conflitos. | GRI PR5 |
Em 2008, foram gerados na Ouvidoria 1.227 proces-
tária (Conar) e não possui registro de violação de regulamentação de propaganda e marketing. A Área de
Quantidade de negociação de dívidas
sos, dos quais 989 julgados procedentes. Do total de
Comunicação é responsável, em última instância, pela
processos, 8,2% recorreram à Arce. Várias ações foram
adequação do conteúdo divulgado. Todas as campa-
adotadas para melhorar o atendimento:
nhas são submetidas ao Comitê de Gestão da Marca
• Ampliação do quadro de colaboradores, de oito para
para avaliação final. | GRI PR6 |
nove, com disponibilidade de atendimento presen-
Os produtos da Coelce não são passíveis de pro-
cial, inclusive no horário de almoço (12 às 14 horas);
cedimentos de rotulagem, embora a Aneel estabeleça
• Expansão do programa Ouvidoria na Comunidade, que
alguns itens obrigatórios na conta de energia elétrica,
vai até as regiões mais carentes para levar esclareci-
o que é respeitado e cumprido 100% pela empresa,
mentos sobre a Coelce e o papel da Ouvidoria, além de
que não registrou nenhuma não conformidade nesse
colher reclamações e/ou solicitações dos consumidores.
aspecto em 2008.
Negociação por classe de consumidores
Em relação à descrição de seus outros produtos,
Quantidade de atendimentos pela
Ouvidoria Coelce 2004 - 2008
como seguros e títulos de capitalização, todas as características e condições particulares de uso são colocadas
13.494
de forma clara nos contratos de adesão e materiais de
Residencial 86,4%
vendas. No caso de seguros, são consideradas também
Rural 6,7%
informações obrigatórias para comercialização de segu-
Comercial 6,6%
ros privados, seguindo as normas da Superintendência
de Seguros Privados (Susep). | GRI PR3 |
Industrial 0,3%
11.841
9.063
12.494
14.852
55
56
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
Pesquisas de Satisfação do Cliente | GRI PR5 |
Cliente
Fantasma
Média
Pesquisa Abradee
A evolução no Índice de Satisfação da Qualidade Per-
2005/
jun.
2005/
set.
2006/
jun.
2006/
nov.
2007
2008
8,08
8,86
8,3
9,05
8,5
9,23
Pesquisa de satisfação
2006
2007
2008
Fornecimento
89,1
84,6
85,2
eleita como a melhor distribuidora de energia elétrica do
Atendimento
83,9
78,0
82,7
Nordeste, pelo terceiro ano consecutivo. A companhia
Conta de luz
85,4
83,1
85,4
Informação e comunicação
71,2
68,2
80,4
Imagem
83,6
80,4
86,9
cebida (ISQP) para 84,3% contribuiu para a Coelce ser
também foi a quinta do País no resultado global do Prêmio Abradee e a segunda em Responsabilidade Social.
Pesquisa Gerp de atendimento ao cliente
Fonte: Vox Populi
Realizada anualmente, a pesquisa avalia: qualidade
de fornecimento de energia; informação e comunica-
de 0 a 10, aspectos como abordagem ao cliente,
ção com o consumidor; atendimento; conta de luz; e
prontidão no atendimento, competência técnica, entre
imagem da distribuidora. O indicador Informação e Co-
outros itens. O resultado da Pesquisa Cliente Fantasma
municação da Coelce foi o melhor do Brasil entre as
em 2008 atribuiu média de 9,23 à Coelce, nota superior
empresas com mais de 500 mil clientes.
à registrada no ano anterior.
A Coelce contratou o Instituto Gerp para promover semestralmente pesquisas de satisfação, utilizando os mes-
Outras pesquisas
mos critérios do modelo Abradee, com o objetivo de iden-
A Coelce também contratou outros institutos de pesquisa
tificar as iniciativas de melhoria contínua prioritárias para
em 2008 para realizar sondagens de avaliação de satis-
execução. Entre elas destaca-se a necessidade de ampliar
fação dos consumidores em relação à empresa. O quadro
a comunicação dos avisos de desligamento programado
acima demonstra os resultados registrados pelo Vox Populi.
e de divulgar melhor os direitos e os deveres dos clientes.
O desempenho no Estudo de Percepção de Imagem
com Líderes de Opinião (ILO externo) foi excelente, na
índice aneel
A companhia também monitora a qualidade de seus
Fonte: Aneel
comparação com os anos anteriores, ao receber nota
8,7. A metodologia consiste em entrevistas para a co-
serviços por meio do Índice Aneel de Satisfação do Con-
Cliente Fantasma
leta de depoimentos de formadores de opinião, para a
sumidor (Iasc). O objetivo é registrar a opinião sobre a
O objetivo da pesquisa é monitorar a qualidade
avaliação de aspectos como a relação da empresa com
qualidade percebida, confiança, fidelidade, valor per-
dos serviços prestados aos clientes nas lojas de
o seu entorno e os níveis de transparência no repasse
cebido e satisfação. O resultado de 2008 foi 56,51%.
atendimento. Uma empresa externa avalia, com notas
de informação e responsabilidade social.
CLIENTES
Na análise segmentada por público, a Coelce foi mais
2007. Grande parte dos acidentes fatais ocorreu durante o
bem avaliada pelas autoridades políticas, cuja nota mé-
período de campanhas políticas, com a passagem de trios
dia foi 9,1; seguida pela percepção da sociedade (8,8),
elétricos e a instalação de palcos. | GRI EU24 |
Em conformidade com as decisões judiciais, a com-
imprensa geral (8,7) e veículos da mídia especializados
em economia (8,2).
Número e % de clientes indenizados
panhia indeniza os prejuízos decorridos de acidentes,
tais como invalidez, morte, degradação de instalações,
RESPONSABILIDADE SOBRE O PRODUTO
incêndios e danos ambientais.
A Coelce procura garantir a segurança na distribuição de
Acidentes com
a população
2004
2005
2006
2007
2008
energia elétrica ao cumprir de forma rigorosa as normas
Taxa de Frequência
2,84
2,72
3,46
3,83
5,01
e os padrões técnicos estabelecidos pela legislação, além
Taxa de Gravidade
374
926
2.171
1.738
2.368
de investir na manutenção preventiva de instalações e
equipamentos. Além disso, os consumidores são cons-
Aparelhos queimados
ressarcimento de R$ 1.381.761. O valor médio das in-
tantemente informados e lembrados sobre o uso seguro
Os danos causados por ocorrências elétricas decor-
denizações foi de R$ 402,85.
e racional de energia elétrica. | GRI PR1 |
rentes de oscilações no sistema elétrico são ressarci-
No Estado do Ceará existem 74 lojas de assistência
Para isso, a companhia utiliza os principais veícu-
dos pela Coelce, conforme determinação da Aneel. Em
técnica credenciadas para o atendimento de indeniza-
los de comunicação, além de transmitir as mensagens
2008, a companhia registrou 4.618 pedidos de ressar-
ção de equipamentos danificados por ocorrências elé-
na própria conta de energia e em folhetos explicativos
cimento em sua área de concessão, quantidade pouco
tricas. Em 2008, a Coelce cumpriu todos os prazos es-
disponíveis nas lojas de atendimento. As comunidades
menor que a de 2007, quando foram registradas 4.896
tipulados pela Aneel para o ressarcimento dos clientes,
cearenses participam ainda de projetos de educação,
solicitações. Do total de pedidos de 2008, 3.430 foram
principalmente o máximo de 90 dias para a devolução
como o Escola Coelce Caminhos Eficientes, e recebem
considerados procedentes, determinando um custo de
do valor após o deferimento da reclamação.
orientações por meio do programa Coelce nos Bairros.
Apesar de todas as campanhas de conscientização, ain-
Sinistros com terceiros 1 | GRI EU24 |
da é registrado um grande número de furtos de cabos con-
Montante reivindicado em processo a partir das reclamações da comunidade
2006
2007
2008
261,99
431,96
783,14
49,01
45,80
37,62
dutores de energia elétrica, que em alguns casos acabam
Valor provisionado no passivo (R$ mil)
resultando em mortes. Em 2008, foram registrados 41 aci-
Número de processos judiciais existentes 32
56
69
dentes com a população, devido a choque elétrico, sendo
Número de pessoas vinculadas nos processos
32
56
69
19 fatais, em comparação a 31 e 12, respectivamente, em
2
Ações judiciais relacionadas a acidentes com energia elétrica, acidente de trânsito e ressarcimento por queima de aparelhos.
2
Processos que permaneciam ativos em 31.12.2008
1
57
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
Conformidade
A excelência no atendimento e a melhoria da quali-
Boas práticas • Atendimento humanizado
dade dos serviços prestados ao cliente resultaram na
diminuição de reclamações registradas no Programa
Após atuar com os atendentes da Central de Relacionamento, o Projeto Humanização teve como públicoalvo, em 2008, os eletricistas. Os momentos de corte
do fornecimento, geralmente motivados por falta de
pagamento, e de normalização dos serviços costumam
ter forte impacto nos clientes.
Para minimizar o potencial conflito, a Coelce investe
na humanização no atendimento, buscando o aumento
da percepção dos colaboradores parceiros para entender os sentimentos dos clientes e agir de forma mais
receptiva. Alinhado aos valores de ser uma empresa
simples, transparente e confiável, o projeto investiu na
mudança comportamental dos profissionais em campo,
para que passem a transmitir esse sentimento de servir
com atenção e qualidade.
Em 2008, 400 eletricistas participaram do projetopiloto em Fortaleza e Região Metropolitana, áreas
com maior percentual de reclamações. A iniciativa
foi dividida em três fases: humanização no trabalho;
atendimento eficaz e padrão Coelce de atendimento.
Incluiu o debate de temas como significado do trabalho, valorização da vida e os cuidados essenciais com a
segurança, entre outros.
O número de reclamações por conduta ou serviço
mal-executado no corte ou na religação foi usado
para mensurar a influência do projeto. O desempenho
pontuado nos gráficos a seguir confirma a eficácia. O
primeiro aponta reclamações procedentes em áreas
nas quais o projeto foi desenvolvido e o segundo de
regiões onde ele não ocorreu.
Reclamações em regiões do projeto
14
13
9
17
15
Dessas, 79% foram consideradas improcedentes.
Arce
A Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados
do Estado do Ceará (Arce) é a responsável pela regulação e fiscalização dos serviços prestados pela Coelce. Em 2008, ingressaram na Arce 925 reclamações de
clientes da empresa (média mensal de 77), quantidade
8,3% inferior à registrada em 2007 (1.009).
Quando o consumidor registra reclamação no órgão
no número de audiências de mediação realizadas pela
49
31
28
3
3
56
32% do número de reclamações, que totalizaram 492.
Em 2008, comparativamente a 2007, houve redução
50
38
34
5
9
50
45
e Procon). No ranking, a companhia caiu do sétimo
para o nono lugar entre 2007 e 2008, com redução de
tar-se e apresentar solução para a situação reclamada.
91
21
Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Decon
regulador, a Coelce é comunicada e solicitada a manifes-
Reclamações em outras regiões
25
23
28
Arce, envolvendo a Coelce e os consumidores reclamantes. Foram realizadas 33 audiências, sendo todas
35
Conduta no corte executado
Serviço mal-executado no corte ou religação
Conduta no corte executado
Serviço mal-executado no corte ou religação
z
de
no
v
t
ou
t
se
ju
l
ag
o
ju
n
ar
ab
r
m
ai
fe
v
m
ja
n
z
de
no
v
t
ou
t
se
ju
l
ag
o
ju
n
ar
ab
r
m
ai
m
ja
n
relacionadas a reclamações sobre Termos de Ocorrênfe
v
58
cias (TO), das quais chegou-se a acordo em 39%, ocasionando o encerramento das reclamações. Em 2007
haviam sido realizadas 364 audiências de mediação
pelo órgão regulador estadual.
-
CLIENTES
Justiça Federal
Há diversas ações questionando o reajuste tarifário, mas
em todos os casos as liminares concedidas foram cassadas. Em 2008, a Coelce participou da Semana Nacional
de Conciliação, realizada pelo fórum Clóvis Bevilacqua.
Por meio da iniciativa do Conselho Nacional de Justiça
(CNJ), a empresa firmou acordo em 40% das demandas
e tem interesse em repetir no próximo ano, uma vez que
há redução de custos (logístico e de acompanhamento
das causas), de contingências e do estoque de ações.
Justiça Estadual
(juizado especial e justiça comum)
O estoque de ações foi reduzido em aproximadamente
25,5%, principalmente em razão de avaliação no estoque de processos incluídos nos relatórios e que já
deveriam estar baixados. O ingresso de novas ações
Mediação
Ressarcimento Mudança de
titularidade com
de danos
liberação de
elétricos
débito
anterior. Os principais motivos das ações dizem respeito aos temas: medição irregular, corte do fornecimento
Com acordo
Reclamações recebidas e procedentes
Reclamações registradas no Procon/Decon
1
Reclamações de agências reguladoras (Aneel/ Arce)
Sem acordo
Total
Quant.
%
Quant.
%
Quant.
%
13
39%
20
61%
33
100%
2008
Meta
2009
492
467
Reclamações por Termo de Ocorrência
1
diminuiu 19,3% em 2008, na comparação com o ano
Cobrança
indevida
de energia elétrica, queima de aparelhos e protesto de
Tema
Reclamações consideradas procedentes (Procon)
Ligação nova
Consumo
abusivo
2004
2005
2006
2007
Meta
2008
1.560
2.327
1.283
724
688
dívidas (SPC e Serasa). | GRI PR9 |
Causas cíveis | GRI PR9 |
2006
2007
2008
Total de processos
5.399
5.878
4.377
31.827
34.357
31.700
1.989
1.683
1.358
576
1.145
631
44
59
150
Contingência (R$ mil)
156
232
205
148
-
105
-
Ingresso de ações
1.155
1.356
1.610
1.009
-
925
-
Processos arquivados
Foram acrescentados dez processos em 2007 (passando de 138 para 148) em decorrência de análises concluídas em 2008. Além dos 105 em 2008, há 72 em análise
Acordos realizados
59
pessoas:
Desenvolvimento profissional, saúde e segurança
PESSOAS
O primeiro pilar da visão corporativa da Coelce refere-
Carreira baseada em competências
se ao desenvolvimento profissional e pessoal do seu
capital humano. Até 2011, almeja ser a melhor empresa
Os colaboradores conseguem planejar e aprimorar a sua
para se trabalhar no Nordeste e umas melhores do País.
carreira por meio do Plano de Desenvolvimento Profis-
Para alcançar esse objetivo, investe de forma significati-
sional (PDP), baseado num sistema de competências ali-
va em planos de carreira, saúde e segurança, educação
nhadas à estratégia do negócio. Visualizando de forma
e lazer de seus colaboradores. A Diretoria de Recursos
transparente as etapas de ascensão e, principalmente, os
Humanos contabilizou um número recorde de 184 mil
requisitos mínimos para atingir o topo, o próprio funcio-
horas de treinamento em 2008, o que representou a
nário consegue identificar as oportunidades de melhoria
média de 144 horas por pessoa treinada.
e, além do seu esforço pessoal, conta com o apoio da
Agir com simplicidade e proximidade, respeito e ética
nas relações de trabalho, de parcerias e no atendimento
aos clientes é a forma de atuação da companhia e de
quem está ligado a esses valores.
Desafio
Ser, até o ano 2011, a melhor
empresa para trabalhar na
Região Nordeste
área de Recursos Humanos para subsidiar treinamentos
técnicos e comportamentais. | GRI
EU15 |
O Sistema de Gestão por Competência, iniciado em
2006, funciona de forma integrada com os processos
Como resultado desses esforços, a Coelce foi eleita,
de recrutamento e seleção e desenvolvimento e remu-
pelo terceiro ano consecutivo, uma das 150 melhores
neração. Toda a trajetória do empregado na Coelce está
empresas para se trabalhar no Brasil pelo Guia Exame –
registrada em seu Mapa de Carreira. Dessa forma, a
Você S/A. Ficou na terceira posição na categoria serviços
empresa procura evitar escolhas subjetivas nas promo-
públicos, destacando-se no aspecto melhor setor para
ções internas de troca de cargos.
se trabalhar (no qual se avalia o Índice de Felicidade no
A eficácia das ações de desenvolvimento da Gestão
Ambiente de Trabalho). E, pela primeira vez, integrou o
por Competências é verificada, anualmente, com base
ranking das 500 melhores empresas do Brasil do anuá-
na evolução nos níveis de proficiência das competên-
rio As Melhores da Dinheiro, da revista Isto É Dinheiro.
cias nos mapas de carreira dos empregados. Em 2008,
A companhia foi destaque na área energética, ficando
18% dos colaboradores cresceram em média um nível
em segundo lugar em dois critérios: Responsabilidade
de proficiência em pelo menos duas competências. Em
Social e Recursos Humanos. Ocupou ainda o 43º lugar
2007, esse índice foi 24% e em 2006, de 34%. O maior
no ranking das 100 Melhores Empresas para Trabalhar
percentual de 2006 reflete o empenho para suprir defi-
no Brasil, pela revista Época e The Great Place to Work.
ciências então existentes em várias competências.
61
62
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
deseNVOLVIMENTO
Treinamento por função
O desenvolvimento dos três tipos de competências
| GRI LA10 |
2006
2007
2008
Horas/
empregado
no Mapa de Carreira está intrinsecamente relacionado
Categoria funcional
Horas
Horas/
empregado
Horas
Horas/
empregado
Nível técnico
48.654
172,53
71.770
220,15
50.855
129,73
à conquista dos melhores resultados obtidos pela
Nível operacional
43.617
103,36
79.523
220,29
49.601
168,14
(específicas, comportamentais e técnico-gerais) presentes
‘Horas
Coelce nos últimos anos. Em 2008, 1.134 colaboradores
Gerentes e supervisores
9.315
136,99
14.552
214,00
11.263
170,65
participaram de 12.332 horas de oficinas e treinamentos,
Administrativo
24.717
107,00
61.633
282,72
37.381
185,05
Profissionais
20.288
70,69
40.051
133,06
32.675
108,20
2.733
118,83
15.465
672,39
1.435
65,23
incluindo cursos de informática, idiomas e projetos (7.984
horas em 2007).
Diretoria
Com o uso da metodologia Dominância, Influência, Estabilidade e Conformidade (Disc), foi realizada
Lideranças | GRI EU15 |
a correlação dos perfis definidos de cada área com as
Os principais responsáveis pelas áreas puderam aper-
mercial participaram do encontro Superação, no qual
avaliações de potencial dos indicados pelos gestores.
feiçoar as suas competências de liderança e gerencia-
trocaram a rotina do escritório por trilhas ecológicas.
Desse grupo, dez ascenderam a cargos de liderança. A
mento de trabalho em equipe durante todo o ano de
Cerca de 60 pessoas passaram dois dias em imersão
companhia possui 52 candidatos no Banco de Talentos,
2008, por meio de vários cursos e treinamentos. No
de conhecimentos e para maior integração entre os
que será atualizado em 2009.
total, foram 1.199 participações, com 12.698 horas.
responsáveis e suas equipes. A política de gestão de re-
Como parte da estratégia para reter os talentos inter-
Em novembro de 2008, os gestores da Diretoria Co-
dução de custos também esteve na pauta dos debates.
nos, a empresa é parceira de universidades e escolas de
Programas corporativos
ensino técnico na formação educacional de seus colabo-
O Crescer Juntos, um dos vários programas corporativos,
Recrutamento e seleção
radores nos níveis médio, superior e pós-graduação, com
passou por reformulação importante em 2008. Antes de
A companhia procura privilegiar a competência e o talento
a oferta de bolsas de estudo.
caráter individual, passou a ser realizado em grupos de até
do seu público interno nos processos de recrutamento e
12 pessoas, da mesma ou de diferentes áreas.
seleção. De forma sistemática, a divulgação da vaga é feita
Anualmente a Coelce realiza a análise do desempenho
de seus empregados em relação ao alcance de objetivos
Todos aprendem quais são os macroprocessos da área
na intranet, sendo os currículos dos candidatos analisados
e metas. O resultado constitui um dos indicadores para a
escolhida, por meio de um seminário e uma visita guiada.
de acordo com o perfil do cargo e as competências
definição da participação nos resultados da companhia.
Em novembro de 2008, por exemplo, a Área de Cobrança
técnicas e comportamentais. Caso nenhum colaborador
realizou um seminário com o novo formato integrado do
atenda aos requisitos exigidos, são procurados candidatos
Avaliação | GRI LA12 |
2005
2006
2007
2008
programa Crescer Juntos. Os participantes analisaram os
do mercado de trabalho. O processo respeita o Código de
Percentual de
empregados avaliados
97%
97%
98%
90%
processos de cobranças especiais, corte e religação, além
Ética, proibindo qualquer discriminação de etnia, gênero,
de debateram sobre as atividades da gestão da cobrança.
orientação sexual, religião ou classe social.
63
PESSOAS
Perfil dos colaboradores
e 299 na produção (eletricista, operador de subestação,
Total de colaboradores
| GRI LA1, EU16 |
No encerramento de 2008, a Coelce mantinha 9.150
Por prazo indeterminado ou permanente
Por prazo determinado ou temporário
a 2007 (8.331), sendo 1.278 empregados, 7.662
Contratados de terceiros
Em 2008, 1.187 empregados eram contratados em regime
2007
2008
Empregados em tempo integral
colaboradores, aumento de 9,8% quando comparado
terceirizados, 186 estagiários e 24 menores-aprendizes.
2006
Profissionais autônomos ou liberais
Estagiários
Jovens-aprendizes
1
1.207 1.201 1.187
inspetor de linhas, entre outros). O quadro reunia, em
dezembro de 2008, 916 empregados de raça branca e
91
362 de raça negra. Não havia registro de pessoas de
6.376 6.837 7.662
raça amarela ou indígena.
Do total de empregados, 53 (4,15%) são portadores de
necessidades especiais, dos quais 3% são executivos e gestores de área, com salário médio de R$ 6,3 mil. Para os demais colaboradores com deficiências, a média salarial é de
R$ 2,2 mil. Nos últimos anos, a companhia tem investido
de forma significativa em adaptar as estruturas físicas de
suas unidades e lojas de atendimento com rampas de
acessibilidade e banheiros adequados. | GRI LA13 |
106
96
-
-
-
193
176
186
8
21
24
integral (220 horas) de trabalho e 91 em regime parcial
1
(180 horas). Os empregados estão classificados nas
economista, entre outros), 357 técnicos (eletrotécnico,
seguintes funções: 23 executivos (6 diretores, incluindo
assistente técnico, técnico de segurança do trabalho,
o presidente, e 17 gerentes), 64 gestores de áreas,
entre outros), 213 administrativos (agente administrativo,
322 profissionais (contador, engenheiro, administrador,
auxiliar de serviço, assistente, secretárias, entre outros)
Em 31 de dezembro
Programa
Objetivo
Carga horária
Beneficiados 2007
Beneficiados 2008
Composição do quadro
Semear
Desenvolver a percepção dos valores
12 horas/turma,
-
237 empregados
| GRI LA13 |
corporativos, a partir dos valores
em sistema de
individuais, para sedimentar a vivência
imersão
Administrativo
dos mesmos no ambiente de trabalho.
Valores em Ação
Disseminar Missão, Visão e Valores por
12 horas/turma,
meio de atividades teóricas e práticas.
em imersão
Crescer Juntos
Promover a integração entre
12 horas/turma
142 estagiários
Substituído pelo
447 empregados
256 empregados
Executivos e supervisores
Produção 1
programa Semear
colaboradores para conhecimento dos
8 horas/turma
pela companhia, por meio dos principais
389
419
309
298
263
1.003
1.020
1.036
275
277
277
Branca
916
930
941
Negra
362
367
372
-
-
-
Até 30 anos
151
135
120
De 30 a 50 anos
894
965
1.010
Mais de 50 anos
233
197
183
e 40 estagiários
Cor / raça
Participaram 9.355
de acidentes no sistema elétrico,
de 3 horas/turma
de 2,5 mil pessoas
pessoas nas três
associando temas comportamentais a
(em média)
Amarela/indígena
reuniões gerais
Faixa etária
realizadas em 2008
conteúdos técnicos.
de Controle de Alta e Baixa-tensão a
91
299
279
e 43 estagiários
Participação média
Inteligência Emocional
242
89
322
Mulheres
Reuniões gerais
Orientar os empregados dos Centros
231
87
357
227 colaboradores
Educar para análise preventiva de riscos
Desenvolvendo a
213
Técnicos 1
452 colaboradores
indicadores e eixos estratégicos.
Prevenindo Sempre
2006
Profissionais
Homens
relação cliente-fornecedor interno.
Apresentar as atividades desenvolvidas
2007
Gênero
processos, melhoria da comunicação e
Conhecendo a Coelce
2008
Categoria funcional
8 horas/turma
97 participantes
35 participantes com
12 horas/aula
administrar o estresse cotidiano.
1
Inclui eletricistas que passaram à função de eletrotécnicos
64
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
emprego
Empregados e parceiros
por região | GRI LA1 |
Localidade
Fortaleza e Região Metropolitana
2006
2007
Empregados
Contratados
Empregados
824
2.907
813
2008
Contratados Empregados
3.117
799
Contratados
3.495
A média de rotatividade de pessoal (turnover) manteve-
Leste
81
545
80
584
78
654
se estável em 6% entre 2008 e 2007, com admissão de
Norte
166
1.339
166
1.437
161
1.610
77
838
76
899
75
1.007
68 e desligamento de 87 empregados, sendo que muitos
Sul
Centro-Norte
Centro-Sul
Total
62
380
63
407
64
456
103
367
99
393
101
440
1.313
6.376
1.297
6.837
1.278
7.662
* Em 31 de dezembro
aderiram ao Programa de Aposentadoria Espontânea.
Educação de jovens
Com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento
Empregados – Perfil por escolaridade
Homens
Mulheres
Total
socioeconômico do Estado do Ceará, a Coelce oferece
0
0
0
oportunidades de estágio, capacitando os jovens que
Ensino fundamental incompleto
25
1
26
Ensino fundamental completo
65
3
68
ingressam no mercado de trabalho formal. Na empre-
0
0
0
488
82
570
dizado e a troca de experiências com colaboradores
48
17
65
experientes. A dedicação dos jovens é recompensada
283
126
409
94
46
140
com a contratação ao final do período, caso o seu perfil
1.003
275
1.278
Analfabetos
Ensino médio incompleto
Ensino médio completo
Superior incompleto
Superior completo
Pós-graduação (especialização, MBA, mestrado ou doutorado)
Total
Empregados com necessidades especiais
2005
2006
2007
2008
2,02%
1,92%
2%
3%
Salário médio mensal (R$)
1.663,33
1.820,73
1.940,88
2.206,43
Salário médio mensal em cargos de gestão (R$)
4.746,09
4.911,27
5.422,98
6.282,61
Em cargos de gestão
sa, eles encontram um ambiente propício para o apren-
atenda aos requisitos das vagas abertas. Em 2008, foram mantidos 24 jovens-aprendizes e 186 estagiários.
Muitos profissionais iniciaram a trajetória na companhia por esse caminho. Um deles é Cláudio Cunha,
que ingressou na empresa há dez anos, quando cursava
a universidade. Fez intercâmbio de um ano na Chilectra, empresa da Endesa no Chile, voltou ao Ceará como
coordenador do Programa Luz para Todos, e posteriormente assumiu o processo de planejamento e controle
da empresa. A partir de 2009, passa a ser responsável
pelo Planejamento e Controle da Distribuição da Endesa Brasil, no Rio de Janeiro.
PESSOAS
Rotatividade | GRI LA2 |
2006
2007
2008
Além do programa de estágio, a empresa adota a
para colaboradores aposentados e demitidos sem justa
Número de admitidos
37
62
68
política de erradicação do trabalho infantil, não uti-
causa. Ex-executivos da Endesa (responsáveis por ge-
Número de demitidos 1
43
78
87
lizando mão de obra de menores de 14 anos, ou de
rências e diretorias) têm acesso a programas de reco-
Taxa de rotatividade – total
3,2
6,0%
6,0%
maiores de 14 e menores de 16 anos que não estejam
locação profissional por um período de até seis meses.
na condição de aprendiz. Todo contrato com fornece-
Por gênero
Homens
28
62
65
dores e empresas parceiras tem cláusulas proibitivas
Relações com sindicatos | GRI LA4, HR5 |
Mulheres
15
16
22
nesses aspectos, cuja transgressão resulta em quebra
A Coelce amparou 1.255 empregados por acordos de
imediata do acordo, independentemente de aviso pré-
negociação coletiva em 2008, representando 98% do
9
7
12
De 30 a 50 anos
28
37
46
vio ou notificação judicial. | GRI HR6 |
total. A companhia defende a livre associação sindical
Mais de 50 anos
6
34
29
30
57
66
4
10
7
Por faixa etária
Até 30 anos
Por região
Fortaleza e Metropolitana
Norte
1
de seu público interno e está aberta ao diálogo permanente com as representações sindicais.
Comportamento frente a demissões
O investimento em cursos e treinamentos para o seu
público interno visa à constante reciclagem de conheci-
Acordos | GRI LA4 |
Quantidade de empregados
amparados por acordo
1.298
1.290
1.276
1.255
Total de empregados da Coelce
1.319
1.313
1.297
1.278
98%
98%
98%
98%
2005
2006
2007
2008
Sul
2
2
5
mentos desses profissionais, de forma que a demissão
Leste
3
1
3
por não atender mais às qualificações exigidas para o
Centro-Norte
2
2
-
cargo seja sempre a última opção a ser considerada.
Centro-Sul
1
5
2
São também mantidas parcerias com instituições de
Atlântico
1
1
4
ensino (Universidade sem Fronteiras, Sebrae, Senac,
Segundo estabelecido no acordo do biênio 2006-
dentre outros) e financiados cursos de capacitação
2008, bimestralmente os dirigentes da Coelce se reúnem
Inclui empregados demitidos sem justa causa, aposentados e outros
% de empregados
amparados por acordo
com o Sindicato dos Eletricitários do Ceará (Sindeletro)
Comportamento frente a demissões
2006
2007
2008
para negociar reivindicações e fornecer informações que
Número de empregados ao final do período
1.313
1.297
1.278
possam subsidiar as discussões.
37
62
68
Durante o período de negociação, o Sindicato tem
44%
14%
100%
permissão de realizar encontros periódicos na empresa,
1.003,5
1.454
4.501,2
divulgados informativos Por Dentro do Acordo Coletivo.
300,6
69,4
143,6
Dessa forma, até a negociação final os profissionais têm
Número de processos existentes
16
15
21
Número de empregados vinculados nos processos
16
15
20
Número de admissões durante o período
Reclamações trabalhistas iniciadas por total de demitidos no período
Reclamações trabalhistas
Montante reivindicado em processos judiciais (R$ mil)
Valor provisionado no passivo
em contato direto com os colaboradores. Também são
a oportunidade de esclarecer dúvidas e contribuir para a
elaboração das cláusulas.
65
66
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
O acordo garante, entre outros itens, a liberação por
Remuneração e benefícios
oito horas mensais de um empregado com cargo de de-
Os benefícios independem de gênero, contrato de
trabalho com tempo integral ou parcial e abrangem to-
legado sindical para cada grupo de cem empregados, e
Todos os colaboradores são contratados conforme a
dos os níveis hierárquicos. Incluem: | GRI LA3 |
mais 12 diretores da Administração do Sindeletro.O do-
Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e a política de
• Auxílio-funeral: despesas funerárias de colaboradores
cumento não contempla forma ou periodicidade pre-
remuneração oferece salários com valores compatíveis
viamente estipuladas de notificações sobre mudanças
aos de mercado. O cumprimento de metas estratégicas
• Creche ou creche-escola e creche especial: apoio a
operacionais significativas da organização. Apesar
prevê remuneração extra, de forma a reconhecer o de-
todos os empregados, homens e mulheres, com filhos
disso, a companhia informa periodicamente os rumos
sempenho e a dedicação dos colaboradores. Em 2008,
de 2 meses a 7 anos, mediante reembolso das men-
dos negócios por meio dos informativos Linha Direta
a remuneração variável representou menos de 20% da
salidades. Para os empregados lotados em municípios
e na reunião mensal do planejamento estratégico Ser
massa salarial, por conta da atividade que requer adi-
onde não há creche, a empresa concede até R$ 300,00
Coelce. | GRI LA5 |
cional de periculosidade e sobreaviso.
mensais, por filho com idade entre 2 meses e 3 anos.
e dependentes legais até R$ 2,5 mil.
Boas práticas • Liderança com entusiasmo
Uma líder que faz acontecer, comprometida em
aspirações”, explica.
com o desafio de melhorar a percepção dos consu-
disseminar os valores corporativos de simplicidade
Formada em engenharia civil, com pós-graduação
midores em relação aos serviços da Coelce. “Sempre
e garantia de resultados. Esse é o reconhecimento
em Segurança e Medicina no Trabalho, Márcia pas-
digo na Central de Relacionamento que temos de
do trabalho desenvolvido por Márcia Sandra Roque
sou a ser colaboradora da Coelce aos 29 anos e, em
atender com um sorriso na voz”. No ano, também
Vieira da Silva, atualmente responsável pela Área de
quase dez anos, já atuou em diversos setores: gestão
liderou a campanha União Solidária, em benefício
Serviços ao Cliente. Em 2008, ela participou de for-
da Área Comercial, em Maracanaú; gestão econômi-
de 15 mil crianças de comunidades de baixa renda.
ma ativa dos treinamentos e, principalmente, apli-
ca da Diretoria Comercial; e gestão da Área de Co-
A mensagem aos profissionais que vislumbram
cou os ensinamentos para aprimorar suas equipes.
brança, o que considerou um desafio enorme. “Não
chegar à liderança é de entusiasmo: “Não se con-
existe área que cause mais impacto no cliente que a
quista nada sem entusiasmo e confiança naquilo
cobrança e o possível corte do fornecimento.”
que se faz. Se a gente trabalha com dedicação e é
Para ela, o importante é estar sempre “desaprendendo” e adquirindo conhecimentos. “Não adianta
chegar com vários MBAs se você não está disposto
Nova mudança surgiu em 2008, quando passou
feliz, o resto vem por competência. Acredito que não
a conhecer o outro, saber de suas necessidades e
a ser responsável pela Área de Serviços ao Cliente,
exista outra receita se não fazer e fazer bem-feito.”
PESSOAS
Relações salariais | GRI EC5 |
2006
2007
2008
• Seguro de vida em grupo: para empregados e côn-
Relação entre a maior e a menor remuneração (vezes)
19,36
19,36
17,44
juges. A Coelce contribui com 50% do prêmio men-
1,75
1,69
1,80
sal para os empregados e 100% para estagiários e
Salário mínimo em moeda local em 31 de dezembro (R$)
350,00
380,00
415,00
executivos. Os aposentados pagam 100% do prêmio.
Menor salário pago pela organização (R$)
611,64
640,88
748,08
• Vale-alimentação: concedido a todos os emprega-
Divisão do menor salário pelo mínimo vigente
dos, independentemente da faixa salarial, para os
Salário de homens e mulheres (R$)
| GRI LA14 |
2006
2007
afastados por motivo de doença, acidente ou licença
2008
Categoria funcional
Homens
Mulheres
Homens
Mulheres
Homens
Mulheres
Administrativo
1.758,17
1.501,43
1.874,00
1.599,67
1.920,25
1.737,16
Técnico
2.335,12
2.350,27
2.387,04
2.358,41
2.474,49
2.328,33
Produção
1.763,04
1.172,46
1.855,46
1.434,21
2.006,62
1.673,05
Gerentes e supervisores
6.009,81
6.029,01
6.372,07
5.949,31
7.192,67
6.861,12
Profissionais
3.772,10
3.096,63
4.182,98
3.531,36
4.375,44
3.814,05
gestante e também durante o período de férias.
• Convênios: descontos em cursos de línguas e informática, academias de ginástica, atendimento em psicologia e fonoaudiologia, entre outros, por meio de
convênios com 34 instituições.
• Nossa Marca Coelce: espaço de venda de produtos
da companhia, como camisetas e bonés, cadernos,
Benefícios sociais em 2008
| LA3 |
Assistência para acidentados no trabalho
Auxílio-funeral
Benefício para filhos de empregados,
portadores de necessidades especiais
Complementação do auxílio-acidentário
Nº de
beneficiados
O benefício é repassado mediante comprovação de
pagamento à babá.
mochilas, canetas, almofadas, etc., a preço de custo.
• Plano de previdência: a Fundação Coelce de Segu-
44
• Incentivo à Educação: valor de R$ 500,00, para cada
rança Social (Faelce) administra planos de benefícios
3
filho de empregado que esteja cursando o ensino
previdenciários constituídos por contribuições dos
fundamental e tenha sido aprovado no ano letivo an-
participantes e da empresa, em percentuais médios
terior com nota geral igual ou superior a 7,5.
de 5,4% a 6,8% da remuneração mensal. Em 2008,
18
6
• Plano de Assistência Médica e Odontológica (Pla-
os dois planos beneficiaram 8.840 pessoas, sendo
301
mec): benefício concedido a empregados e depen-
1.312 participantes ativos. O aporte de recursos pela
29
dentes legais, aposentados e pensionistas. A empresa
Coelce foi R$ 8,3 milhões. | GRI EC3 |
Assistência médica e odontológica
4.615
patrocina de 50% a 90% do valor da mensalidade
O acordo coletivo de trabalho inclui cláusulas espe-
Programa de Participação dos Lucros
1.332
do plano. A participação do empregado varia de (de
cíficas de segurança e saúde, detalhando critérios para
Seguro de vida em grupo
1.409
10% a 50% da mensalidade do plano) e é desconta-
assistência médica ao empregado, seus dependentes,
Vale-alimentação
1.270
da em folha de pagamento.
agregados, pensionistas, aposentados e dependentes
Incentivo à educação
430
Creches ou creche-escola
Licença-acompanhante
Vale-transporte
Total
187
• Programa de Participação nos Lucros: anualmente,
legais. Além do plano de saúde, destacam-se: | GRI LA9 |
9.644
beneficia 100% dos empregados, com o pagamento
• Licença-acompanhante: liberação para acompa-
Valores de benefícios estão detalhados no Balanço Social Ibase, na página 110
de parcela do resultado da empresa.
67
68
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
Segurança no trabalho
nhar dependente legal, cônjuge ou companheiro (a),
Fronteiras (Unisf). Ele inclui cursos direcionados de acordo
pai e mãe, por motivos de doença.
com o do perfil do aposentado (aulas de inglês, informá-
• Apoio ao portador de necessidades especiais:
tica, empreendedorismo) e cursos livres. Em 2008, essas
A gestão de Segurança e Saúde Ocupacional está baseada
benefício para tratamento especializado de filho do
atividades beneficiaram 30 empregados que aderiram ao
em quatro pilares: atendimento à legislação, controle dos
colaborador com doença mental, motora, visual ou
Plano de Apoio a Aposentadoria Espontânea. | GRI LA11 |
riscos de acidentes, melhoria contínua e direito de recusa
Além disso, a Fundação Coelce de Segurança Social
de tarefas caso as medidas de segurança não sejam satis-
auditiva, no valor de 1% do salário nominal.
• Complementação do auxílio-acidente: para acidentados do trabalho ou vítimas de doenças profissionais pelo período de dois anos.
• Periculosidade: pagamento do adicional, conforme
(Faelce) mantém as seguintes ações:
fatórias. Os procedimentos e normas são regulamentados
• Programa Informática para a Vida: realizado em par-
pelo sistema de gestão de segurança e saúde ocupacional
ceria com a Unisf, registrou a participação de 65 pes-
OHSAS 18001 (Occupational Health and Safety Assess-
soas em 2008.
ment Series), certificação conquistada em 2006. Aborda
• Pipoca com Guaraná: apresentações mensais de fil-
temas como equipamentos de proteção individual (EPI),
• Apoio ao portador do HIV e de doenças terminais:
mes no auditório da Faelce, seguido de discussão so-
treinamentos, direito de recusa em trabalhar caso não haja
programa preventivo da Aids e assistência ao empre-
bre temas destinados ao autoconhecimento, relações
100% das condições de segurança, entre outros.
gado portador do vírus HIV e de doenças terminais
interpessoais, dentre outros.
legislação do setor elétrico.
por meio de acompanhamento médico, social e psicológico. | GRI LA6 |
• Programa Faelce de Melhoria da Condição Físico-Fun-
Comitês Especiais de Segurança
cional: sob a orientação de um profissional de edu-
O Comitê Central de Segurança é formado pelo presidente
cação física, são oferecidos, duas vezes por semana,
da companhia, diretores, gerentes, responsável pela Área
Apoio à aposentadoria
exercícios físicos e orientações para o cuidado com
de Segurança do Trabalho, além de especialistas convida-
Atualmente, a companhia possui cerca de 4% de em-
a saúde de aposentados e dependentes. Ao todo, 48
dos para debater assuntos técnicos específicos. As reuni-
pregados com idade para se aposentar nos próximos
pessoas participaram em 2008.
ões acontecem mensalmente, definindo os procedimentos
cinco anos. Desde 2007 é mantido um programa de
para que os objetivos estratégicos sejam atingidos com
apoio a essa fase de transição dos colaboradores. Naquele ano, foi promovida palestra com consultores do
INSS e um ciclo de encontros (chamado Você, a Razão
de Tudo), que trabalhou os aspectos comportamentais
inerentes à nova fase de vida, com o objetivo de beneficiar os futuros aposentados. | GRI LA11 |
Também foi executado o projeto Desenvolvimento na
Aposentadoria, em parceria com a Universidade Sem
100% de segurança dos profissionais. Há subcomitês ou
Preparação à aposentadoria
comitês regionais no interior. Nas reuniões mensais, os
| GRI LA11 |
2006
2007
2008
Investimentos em previdência
complementar (R$ mil)
9.167
8.862
9.160
tores de contrato e empresas parceiras.
Número de beneficiados pelo
programa de previdência
complementar
1.266
1.269
1.248
Cipa
0
46
30
Número de beneficiados pelo
programa de preparação para
aposentadoria
gestores locais discutem iniciativas de prevenção com ges-
Acima de 75% dos empregados são representados por
comitês formais de segurança e saúde compostos por
PESSOAS
representantes da gestão e dos trabalhadores. Em 2008,
gurança; realização de Dias D de Segurança nas áreas
o ranking das falhas das empresas parceiras, que de-
dez Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (Cipas)
operacionais e reuniões semanais com colaboradores
monstra a situação desses parceiros no que se refere
atuaram para disseminar ações e procedimentos para o
e parceiros sobre um ambiente de trabalho totalmente
aos resultados das inspeções de campo.
trabalho seguro em todas as unidades, juntamente com os
livre de acidentes.
Inspeções
comitês regionais de segurança. Ao todo, participaram das
Cipas 88 membros, sendo 50% representantes da admi-
Workshops
nistração e 50% de empregados. | GRI LA6 |
Foram promovidos quatro workshops de segurança
Quantidade
Meta
Meta
2005
2006
2007
2008
2008
2009
5.725
5.679
6.912
5.500
8.501
6.000
A Semana Interna de Prevenção de Acidentes (Sipat)
e saúde com empresas parceiras, com o total de 341
aconteceu em outubro, na capital e nas unidades de
participantes. O objetivo foi apresentar os critérios
Rodeio Coelce de Eletricistas
Canindé, Itapipoca, Sobral, Limoeiro, Iguatu e Juazeiro
de elaboração dos Programas de Prevenção de Riscos
Após o sucesso da primeira edição, em 2007, quando par-
do Norte, com a participação de 4.858 colaboradores.
Ambientais (PPRA) e detalhar a metodologia do cálcu-
ticiparam 800 pessoas, o Rodeio de Eletricistas de 2008
No evento foram discutidos os riscos inerentes ao tra-
lo do Índice de Prevenção de Acidentes Laborais (Ipal),
reuniu cerca de 2 mil pessoas. Elas presenciaram a com-
balho, saúde ocupacional, entre outros temas.
uma vez que a partir de 2009 esse indicador será usado
petição, que testa o trabalho em equipe, a agilidade nos
como ferramenta para avaliação de desempenho das
serviços executados e, acima de tudo, o comportamento
empresas e áreas gestoras de contratos.
seguro durante a realização das tarefas. Competiram 116
Plano Anual de Segurança do Trabalho
Foram realizadas várias ações, em 2008, para colocar
eletricistas da companhia e de 18 empresas parceiras.
em prática a Política de Saúde e Segurança: revisão
Inspeções de segurança
de 59 Procedimentos de Execução; oito blitze em em-
Realizadas de forma permanente nos serviços de cam-
Prevenindo Sempre
presas terceirizadas para verificação de requisitos de
po, procuram observar o comportamento dos emprega-
O programa corporativo busca a disseminação de uma
segurança; 8.487 inspeções aos serviços de campo;
dos e parceiros e o uso adequado dos Equipamentos
cultura comportamental de segurança. A iniciativa é
reuniões com presidentes das Cipas e técnicos de se-
de Proteção Individual (EPIs). Também é monitorado
composta por treinamentos, palestras e uma premiação
baseada em critérios que abrangem avaliações de conhe-
Saúde e segurança
Categorias de treinamentos 2008
cimento, falha zero nas inspeções de campo e votação
Participações
Horas/homens
treinadas
R$ mil
Auditoria interna OHSAS
445
2.070
87.819,33
Cipa
214
2.496
180.427,58
Prevenindo Sempre
160
568
18.158,33
Segurança em instalações e serviços em eletricidade (NR-10)
589
12.004
123.430,28
Outros
645
6.040
207.326,45
educadores; e os eventos de premiação, que contaram
TOTAL
2.053
23.178
617.161,97
em média com 160 participações.
entre os próprios eletricistas. Em 2008, foram realizadas
três reuniões gerais, com total de 9.355 participações;
dois encontros de educadores, com 120 participações;
treinamento a Arte de falar em público, atingindo 70
69
70
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
Projeto Anjo da Guarda
Boas práticas •
Segurança máxima no trabalho
Quantidade de Inspeções x Demissões
12
5
4
4
5
4
0
Projeto Anjo da Guarda
Indicadores de segurança
A partir de junho de 2008, a Coelce iniciou um rigoroso
Em 2008, a empresa conseguiu avançar em 106% na
programa de inspeção dos trabalhadores em campo, com
sua meta de redução da Taxa de Frequência de Aciden-
punições severas aos colaboradores flagrados sem os de-
tes Global, como estipulado no planejamento Ser Co-
vidos equipamentos de proteção ou sendo imprudentes no
elce. O indicador ficou em 3,19 – melhor que a meta
exercício da função. Os fiscais agem de forma anônima,
traçada de 3,30 e o resultado do ano anterior, de 3,30.
registrando a distância as infrações. Se forem consideradas
Em relação à Taxa de Gravidade de Acidentes, no entan-
leves, o colaborador recebe advertência; caso ofereçam ris-
to, o avanço foi nulo, por conta de quatro óbitos envolven-
co fatal, ele é punido com demissão por justa causa.
do terceirizados. Os óbitos aconteceram por falta do uso
Nos primeiros meses, o programa detectou eletricistas
de EPI obrigatório e de atenção aos riscos.
trabalhando sem luvas ou cinto de segurança ao subir em
O índice de absenteísmo foi de 2,5, em 2008, valor
postes, resultando na perda do emprego. A companhia en-
7,4% menor que o apresentado em 2007. Ele foi cal-
tende que a medida é dura e considerada antipática por
culado com base na relação entre a quantidade de dias
alguns colaboradores, mas avalia que dessa forma conse-
perdidos por enfermidades comuns pelo total de dias de
gue avançar de forma ativa na propagação de uma cultura
trabalho, multiplicado pelo número de empregados.
de segurança no trabalho. No ano, 23.178 horas/homem
Os colaboradores e terceirizados informam as ocor-
treinadas corresponderam ao tema específico de saú-
rências por meio do formulário de Comunicação de
de e segurança (11.704 horas em 2007).
Acidente de Trabalho (CAT), em caso de acidente sem
Cuidado com o excesso de confiança! Essa é uma
das recomendações de Alexandre Marques de Oliveira, que conquistou o prêmio de Destaque 2008
do Programa Prevenindo Sempre. O eletricista contratado pela Eficaz Engenharia, empresa parceira da
Coelce, tem 26 anos de idade e mais de sete anos
de profissão. No ano, participou de todas as palestras sobre segurança, além de receber notas altas na
avaliação de conhecimento e inspeções de campo.
Seu nome também foi o mais votado pelos colegas
eletricistas, na eleição do Prevenindo Sempre.
“Tudo o que a gente faz em relação à segurança
não é tempo perdido. É um tempo necessário para
a garantia da nossa vida. Antes de fazer qualquer
trabalho, eu penso na minha segurança e também
no amor que tenho pela minha família”, explica.
Muitos acidentes ocorrem, avalia, devido à imprudência: por terem experiência, os profissionais
acabam deixando de lado equipamentos fundamentais. Alexandre sugere checar de forma rigorosa
todos os materiais de segurança e, principalmente,
se estão em boas condições de uso. “Quando chega
a campo, a pessoa não quer voltar para buscar o
equipamento que está faltando. Acaba substituindo
por outra coisa e faz do jeito que dá, facilitando a
ocorrência de falhas”, diz.
PESSOAS
afastamento, ou mediante Procedimentos de Execu-
Acidentes de trabalho | GRI LA7 |
ção (PEXs), em acidente com afastamento. Por meio
Realizado
2008
Meta 2009
15
9
13
53
53
53
2006
2007
Meta 2008
Empregados
15
19
Terceirizados
55
54
Total de acidentes
do sistema informatizado de gerenciamento de não
conformidades, a companhia identifica os motivos das
principais ocorrências e, posteriormente, inicia um
Acidentes com afastamento
plano de ação para combater as falhas identificadas.
Empregados
5
4
3
6
3
Terceirizados
55
54
53
53
53
Acidentes sem afastamento
Saúde ocupacional
Empregados
10
15
12
3
10
ND
ND
ND
ND
ND
Empregados
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
Terceirizados
1,82%
0,00%
0,00%
3,77%
0,00%
Empregados
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
Terceirizados
3,64%
0,00%
0,00%
7,54%
0,00%
1.700
As atividades de distribuição de energia e manutenção
Terceirizados 1
das redes não registram incidência de doenças relacio-
Percentual dos acidentes que resultaram em mutilação 2
nadas às funções exercidas, nem marcadores biológicos
ou limites de tolerância de exposição específicos. Mes-
Percentual dos acidentes que resultaram em morte
mo assim, a Coelce investiu R$ 617 mil em ações de
medicina preventiva e campanhas, com o objetivo de
contribuir para a saúde ocupacional. | GRI LA8 |
Outros Indicadores 3
Dias perdidos
1.523
693
1.223
784
2006
2007
2008
Dias debitados
18.000
0
2.000
25.350
0
-
13,5%
7,0%
Índice de absenteísmo
7
2,9
2,7
2,5
2,3
Infecções respiratórias
1,4%
2,7%
1,8%
58
58
56
62
55
Doenças osteomusculares
7,8%
6,5%
2,6%
2
0
0
4
0
Empregados
1,99
1,64
1,23
2,49
1,23
Terceirizados
4,03
3,71
3,50
3,29
2,99
Global
3,72
3,41
3,30
3,19
2,90
Monitoramento de saúde
Triglicérides
Lesões típicas
Óbitos
Taxa de Frequência de Acidentes
Do total de 1.223 exames periódicos realizados
com empregados de todo o Estado, foi detectado
que: 7% dos colaboradores possuíam taxa de trigli-
Taxa de Gravidade de Acidentes
cérides alta, podendo ocasionar problemas de circu-
Empregados
165
13
74
26
49
lação sanguínea; 1,8% com infecções respiratórias;
Terceirizados
1402
45
209
1.621
98
e 2,6% afetados por doenças osteomusculares. Es-
Global
1209
41
190
1.413
92
ses colaboradores são orientados por meio das ações
dos Programas Saúde do Homem e da Mulher e recebem
tratamento pelo médico do trabalho.
1
A Coelce ainda não dispõe do controle de acidentes sem afastamento com terceirizados, pela dificuldade de obtenção desses dados.
2
Danos à integridade física, com afastamento permanente do cargo (incluindo LER)
3
Inclui empregados e terceirizados
71
72
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
6,2%
Ações de saúde | GRI LA8 | Descrição
Beneficiados 2008
Check-up para executivos
Acompanhamento de executivos com exames complementares.
21 executivos
Ginástica Laboral
Durante 15 minutos, três vezes por semana, profissionais
1.120 colaboradores
de educação física conduzem exercícios de alongamento,
no próprio local do trabalho, a fim de prevenir doenças
osteomusculares
3,6%
2,7%
1,5%
1,6%
Programa de Controle Médico
Prevenir, rastrear e diagnosticar precocemente agravos à saúde
de Saúde Ocupacional (PCMSO)
relacionados ao trabalho. As ações de saúde foram baseadas
1.485 colaboradores
no relatório anual do PCMSO de 2006, com encaminhamentos e
exames complementares
Por meio de pesquisas de acompanhamento, realizadas
Programa de Controle do
Palestras sobre a importância do diagnóstico precoce do
747 colaboradores analisados, sendo
Colesterol Alto
colesterol total e as melhores formas de minimizar o problema,
que 40 registraram colesterol acima
fatores de risco para doenças cardiovasculares,
da média. Em 2007, o número era
acidente vascular cerebral e trombose
maior: 242 dos 514 analisados
Orientar sobre fatores de risco para a saúde do homem,
784 colaboradores
Programa Saúde do Homem
tais como hipertensão, sedentarismo, diabetes, tabagismo,
desde 2003, foi registrada redução de 1,1 ponto do índice
de morbidade de infecções respiratórias. Foram 19 casos
alcoolismo, cânceres de próstata e peniano
Programa Saúde da Mulher
entre os 1.223 exames periódicos examinados (1,6%). Em
2003, o índice foi de 13,5%. A melhoria é resultante das
campanhas anuais de vacinação antigripal.
Palestras sobre câncer de mama e de colo uterino, mostra de
95 colaboradoras, número 73%
vídeos educativos e distribuição de folhetos informativos. É
menor que o alcançado em 2007
oferecida a Consulta-ação, com atendimento individual para
(356), dado que em 2008 as
tratar desses temas. As gestantes receberam orientações sobre
atividades foram focadas para a
vacinação, cuidados com o recém-nascido, entre outros temas
saúde do homem
Campanhas de saúde | GRI LA8 |
Descrição
Campanha do Carnaval:
Folia com segurança traz alegria
Realizada nas vésperas da festividade, busca conscientizar os colaboradores sobre a prevenção de Doenças Sexualmente
Transmissíveis (DST), com enfoque em Aids, além dos malefícios de drogas psicoativas e a importância da direção defensiva.
Beneficiados
1.054
Vacinação contra a rubéola
Em 2008, o foco foi nos homens, que possuíam baixo índice vacinal.
Vacinação contra gripe
Realizada anualmente, busca imunizar os colaboradores e, com isso, reduzir o absenteísmo por conta de gripe, doença respiratória,
pneumonia e internações hospitalares.
1.100
1.700
Campanhas das datas pontuais do Ministério da Saúde
Colaboradores receberam por e-mail orientações a respeito de diversos temas de prevenção de doenças e qualidade de vida
Credenciamento para dirigir automóvel e pilotar moto
Ênfase na prevenção de acidentes de trânsito.
Apoio à Brigada de Incêndio e Primeiros Socorros
Reciclagem periódica de primeiros socorros e apoio ao treinamento de brigadistas para a formação de brigadas de incêndio
Palestras em comunidades e empresas parceiras
Palestras sobre prevenção de DST/Aids e Primeiros Socorros em comunidades, empresas parceiras e hospitais
Campanha de doação de sangue
Voluntários doaram sangue para o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Estado do Ceará (Hemoce)
Consulta-ação
Abordagem individual especial ou em grupos específicos (hipertensos, diabetes, obesos, dislipidêmicos, portadores de necessidades
especiais, mulheres) fazendo orientação/educação e encaminhamento.
Orientação de Imunização
Total de beneficiados*
* Não contabiliza número de pacientes que receberam sangue doado para o Hemoce
662
62
179
73
68
1.021
400
7.305
PESSOAS
clima organizacional
ração e entrega do Manual do Gestor e do Guia do
Eventos sociais e culturais internos
Colaborador, continuação da premiação dos times es-
A festa de inauguração da nova sede administrativa
O grau de satisfação dos colaboradores, medido por
tratégicos e realização de workshops sobre melhoria da
da Coelce foi um dos destaques de 2008 nas ações de
meio de pesquisas de clima organizacional, é importante
sistemática de avaliação de desempenho.
incentivo à integração entre os colaboradores de dife-
instrumento para avaliar a eficácia da gestão de
A Coelce também observa o índice de satisfação da
pessoas. Com base nos resultados dessas pesquisas,
pesquisa 150 Melhores Empresas para se Trabalhar, do
a companhia elabora seu planejamento estratégico,
Guia Exame e Você S/A, que em 2008 foi de 78,7%.
estabelecendo novas metas, caso seja necessário, a fim
de proporcionar satisfação e motivação constantes no
rentes áreas. Muitos desses eventos contam com a participação dos colaboradores parceiros.
A celebração de datas comemorativas, como o Dia Internacional da Mulher, a Campanha da Páscoa e a festa
Melhores para se trabalhar
ambiente de trabalho.
Índices
natalina, dentre outras iniciativas sociais e culturais, são
2004
2005
2006
2007
2008
79%
86%
70,4%
75,5%
78,7%
tradicionais na companhia e buscam promover o bemestar e a qualidade de vida.
PESQUISA
A última pesquisa de clima ocorreu em 2007. Como
Eventos sociais e culturais
Ações
Beneficiados em 2008
pontos de destaque foram atingidos índices de 92%
Campanha do Carnaval
Campanha com temáticas do alcoolismo e direção, cuidados com a
saúde (exposição ao sol) e DST/Aids, entre outras
1.064 colaboradores
Lançamento do Ser Coelce
Grande evento para divulgar as metas estratégicas
3.500 colaboradores
Premiação de incentivo à educação
Os melhores alunos, filhos de colaboradores, receberam certificados 40 filhos de colaboradores
e um kit com mochila, lápis, régua, borracha, dicionário e gramática
Tarde da criançada
Os filhos dos empregados visitaram o local de trabalho dos pais e
participaram de uma tarde diferenciada, com exibição de filmes,
peças de teatro, pipoca e refrigerante
100 filhos de
colaboradores com idade
entre 6 e 12 anos
Café da manhã com o presidente
Três encontros em Fortaleza e sete no interior do Ceará, com
a presença do presidente e diretores para bate-papo com os
colaboradores
883 colaboradores
Inauguração de sede nova
Festa de inauguração da nova sede administrativa
400 colaboradores
em compromisso e 87% em fidelidade. As seguintes
iniciativas foram executadas em 2008 como parte do
plano de ação de melhorias:
Relações Internas (conhecimento de projetos de
outras áreas e cooperação transversal) – Reformulação
dos programas Crescer Juntos e Conhecendo a Coelce,
lançamento do programa Semear (Semeando valores,
construindo uma vida melhor), realização de Oficinas
de desenvolvimento comportamental, apresentações
do Ser Coelce, times estratégicos e programa Deu Certo.
Desenvolvimento (promoção aos mais competentes)
– Prioridade a seleções internas, promoções verticais,
desenvolvimento com foco no Mapa de Carreira, incentivo a cursos de pós-graduação, coaching.
Compensação (mérito e igualdade interna) – Elabo-
Bolo de aniversário dos colaboradores Homenagem aos aniversariantes
1.340 empregados
Confraternização natalina
para colaboradores
Festa anual, com sorteio de brindes
2.900 colaboradores
Concurso anual de desenho
Concurso de desenho e apresentação de peças teatrais produzidas
pelos filhos de empregados e parceiros, de 6 a 12 anos
272 crianças
Festa das Conquistas Coelce
Evento para comemorar as conquistas de 2008
2.200 colaboradores
Datas festivas (Natal, Páscoa, Dia
Internacional da Mulher, etc.)
Comemorações, entrega de brindes
Todos os colaboradores
próprios e parceiros
73
74
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
parceiros
contratos de serviços vigentes, 358 possuíam cláusulas de
proibição ao trabalho forçado e infantil – 81% do total.
A Coelce possui 84% de sua força de trabalho terceiriza-
Esses critérios passaram a ser inseridos a partir de 2005.
da, com 7.662 colaboradores. A companhia dá prioridade
Contratos antigos em vigor incluirão a cláusula na próxima
à contratação de fornecedores de serviço e de materiais
renovação. | GRI HR1, HR2 |
Fornecedores
por porte
Pequeno porte
Médio porte
Grande porte
Valor dos
contratos
Quantidade
Até R$ 100 mil
138
Entre R$ 100 mil
e R$ 500 mil
99
Acima de R$ 500 mil
200
Total
437
locais, apesar de não ter formalmente uma cláusula espe-
As empresas contratadas para a vigilância devem cum-
cífica em sua política de contratação. A Coelce possui 268
prir a determinação da Polícia Federal de oferecer curso
parcerias para o fornecimento de serviços, num total de
aos seguranças, com objetivo de conscientizá-los sobre o
Fornecedores críticos de serviços
65
437 contratos. Empresas de grande porte respondem por
respeito aos direitos humanos, o atendimento adequado
Fornecedores críticos de materiais
23
e prioritário a pessoas com deficiência e a importância de
Óleo para transformador
03
Transformadores
04
Lâmpadas
03
Cabos condutores
05
46% dos contratos de serviços.
São consideradas fornecedores significativos 65 empre-
desenvolver hábitos de sociabilidade. Em 2008, recebe-
sas de serviços, das quais 17 referem-se a investimentos
ram treinamento 89 colaboradores parceiros, num total
no Programa Luz para Todos. Mais 23 fornecedores de
de 178 horas-homem treinadas. | GRI HR8 |
Tipo de fornecedores
Quantidade
Postes
08
Total geral
88
materiais são considerados críticos, seja pela natureza ou
A Coelce dissemina de forma constante seus valores
volume do produto comercializado (três de transformado-
e os conceitos de responsabilidade social, mas até o
res, quatro de óleo para transformadores, três de lâmpadas,
encerramento de 2008 ainda não contabilizava o total
oito de postes e cinco de cabos condutores).
de horas em treinamento específico em aspectos de di-
Fortaleza e Região Metropolitana
reitos humanos relevantes para a operação.
Leste
654
Norte
1.610
Sul
1.007
Desses 88 fornecedores significativos, 24 foram vistoriados em 2008 (29%), não sendo registrada nenhuma
Parceiros, por região
| GRI EU16 |
ocorrência de trabalho forçado ou infantil. As empresas
Desenvolvimento
foram escolhidas de forma aleatória dentre as que já
Melhorar a prestação dos serviços ao cliente significa
Centro-Sul
tinham essas cláusulas em contrato. Em 2008, dos 437
primeiramente apoiar o desenvolvimento das empresas
Total
Contratos de investimento
| GRI HR1 |
Nº total de contratos de investimento
(Ex.: Luz para Todos, Universalização,
reforma de redes, projetos de perdas)*
% de contratos com cláusulas de
direitos humanos
2006
2007
2008
36
14
17
100% 100%
100%
* Somente contratos considerados significativos, que são os de serviços relacionados diretamente à atividade fim da Coelce, a distribuição de energia elétrica.
No em 2008
3.495
Centro-Norte
Atividades dos colaboradores parceiros | GRI EU16 |
456
440
7.662
2006
2007
2008
Construção (construção da rede elétrica)
ND
1.865
2.211
Operação (leitura e entrega de contas, atendimento em agências, teleatendimento,
administrativos, transportes, logística, tecnologia da informação, zeladoria,
reprografia, segurança patrimonial e serviços advocatícios)
ND
2.221
2.426
Manutenção (inspeção, manutenção preventiva e corretiva no SEP, normalização,
ligação nova, poda, corte e religação)
ND
2.751
3.025
6.376
6.837
7.662
Total
PESSOAS
parceiras da Coelce. A companhia possui 83,7% de sua
força de trabalho terceirizada, com 7.662 empregados.
Atividades e projetos feitos conjuntamente entre colaboradores e terceirizados têm esse caráter de estabelecer
parcerias duradouras e sustentáveis. O comprometimen-
Treinamento de
parceiros
Nº participações
quadrimestre, são premiados três profissionais que se
Chefe de turma
7.310
43
Ser Coelce
5.000
2.500
destacaram nas áreas de Fortaleza, Região Metropoli-
40.800
3.400
6.400
400
Prevenindo Sempre
Leituristas
to dos terceirizados com ações de melhoria contínua é
Eletricistas Qualidade
monitorado periodicamente por meio do Índice Global
Total
de Avaliação das Empresas Parceiras (Igaep), conforme
detalhado na página 76 deste Relatório.
Também são realizadas inspeções nas empresas
parceiras para verificar o cumprimento de obrigações
previdenciárias, trabalhistas e de saúde e segurança
realizada com os clientes que foram atendidos. A cada
Horas
desempenho em todo o processo.
8.000
2.000
Em 2008, ocorreram 18 encontros, com 1.960 par-
67.510
8.343
ticipações. Essa iniciativa procura motivar o parceiro a
buscar a excelência em todos os aspectos de seu tra-
*Um colaborador pode ter mais de uma participação
balho. Na oportunidade, são promovidos eventos com
Treinamento em saúde
e segurança | GRI EU17 |
2006
2007
2008
Nº de colaboradores parceiros
6.376
6.837
7.662
ND
ND
100%
% de colaboradores parceiros
que receberam treinamento
tana, Norte e Sul, além da melhor equipe e do melhor
no trabalho. Dessa forma, busca-se garantir que os
palestras motivacionais e muita animação.
A partir de 2008, também passou a ser comemorado
o Dia do Leiturista, em 20 de julho, um reconhecimento
aos profissionais que atuam no contato com os clien-
terceirizados tenham os direitos legais respeitados.
de horas de treinamento e dos tipos de atividades
tes. Durante dois dias, em um hotel em Fortaleza, 450
Em 2008, nenhum contrato foi reincidido por conta de
desenvolvidas. Em 2008, foram dedicadas a esses
pessoas participaram de eventos de confraternização.
irregularidades.
treinamentos 55,75 horas/homens – dado que soma
Além de brindes, foram distribuídos folderes com os 10
os treinamentos ofertados pela companhia e pelas
mandamentos para um bom atendimento em campo e
empresas parceiras.
O Manual do Leiturista, que envolve informações so-
Educação e treinamento
Apesar de as empresas parceiras serem responsáveis
bre postura, segurança, instalações e configurações de
pela capacitação e treinamento dos empregados, a
Reconhecimentos
companhia atua de forma ativa e conjunta para a de-
Como forma de reconhecer a qualidade de prestação
finição de temas relevantes e da qualidade dos cursos
de serviços dos parceiros, a Coelce instituiu o Programa
Avaliação de empresas
oferecidos. Os colaboradores parceiros participaram
de Reconhecimento da Qualidade, que tem como ob-
A Coelce intitula de empresa parceira aquela que pres-
de cursos sobre qualidade no atendimento ao cliente,
jetivo avaliar e acompanhar o desempenho em campo
ta serviços de forma contínua, cujo acompanhamento
desenvolvimento profissional e aspectos de saúde, se-
dos melhores leituristas e eletricistas nos serviços de
regular de sua gestão se faz necessário para o alinha-
gurança e meio ambiente, além de apresentações das
ligação nova, inspeção, normalização, corte, religação e
mento à estratégia da companhia, bem como para a
metas do plano estratégico Ser Coelce.
atendimento emergencial.
manutenção da qualidade dos serviços prestados.
equipamentos e produtos e serviços da companhia.
As empresas parceiras são incentivadas a capacitar
Os colaboradores são avaliados a partir dos seus in-
O engajamento das empresas parceiras em busca
seus colaboradores por meio da avaliação do número
dicadores operacionais e de uma pesquisa de satisfação
de melhoria contínua de suas atividades foi medido
75
76
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
Igaep/
Inpar
Pontos
Meta
Meta
2006
2007
2008
2008
2009
80,49%
82,57%
85,0%
85,2%
75,0%
Meta para 2009 prevê redução quando comparada ao valor de 2008, em razão
de novos critérios de avaliação no Inpar, que exigem maior qualidade na gestão
Boas práticas • Qualidade das empresas parceiras
A Eficaz Engenharia estipulou como visão corpo-
manos. Outro destaque é o Inspetor Nota 10, pro-
rativa ser reconhecida pela Coelce como a melhor
grama de avaliação de desempenho em segurança
durante todo o ano de 2008 pelo Índice Global de
parceira até o final de 2009. A empresa, que presta
do trabalho. “Em cem inspeções feitas pela Coelce,
Avaliação das Empresas Parceiras (Igaep). A partir de
serviços como inspeção de fraudes e cálculos de ter-
tivemos falha zero no item segurança de trabalho.
2009, o conjunto de indicadores passará a se chamar
mos de ocorrência, conquistou já em 2008 a primeira
Foi uma vitória”, diz Benildo.
Índice de Parceria (Inpar), cujos critérios de avaliação
posição no Índice Global de Avaliação das Empresas
A CAM Brasilpassou da 19ª posição, em 2007,
serão disseminados para as demais empresas Endesa. O
Parceiras (Igaep), que a partir de 2009 passa a se
para o segundo lugar, em 2008. Especializada em
novo indicador traz apenas algumas modificações nos
chamar Prêmio Inpar.
soluções tecnológicas no campo metrológico e de au-
critérios quando comparados aos do Igaep e inclusive
“Vemos não somente como indicadores de resultado,
tomação, também criou um comitê multidisciplinar
aproveita a metodologia de autoavaliação criada pela
mas como importante ferramenta de gestão. Trata da
para avançar no Igaep. “Pedimos para a Coelce fazer
Fundação Nacional da Qualidade (FNQ).
parte de segurança, de melhoria de qualidade, res-
uma palestra sobre os critérios de avaliação e per-
peito ao meio ambiente, saúde financeira. É tudo o
cebemos que éramos melhores do que estava sendo
presas parceiras:
que a empresa precisa para administrar bem”, afirma
mostrado. O desafio passou a ser divulgar melhor os
• Melhorar a qualificação e satisfação dos colaboradores;
Benildo Aguiar, diretor Comercial.
nossos eventos, tanto para o público externo quanto
Esse sistema oferece cinco grandes desafios às em-
• Reduzir os índices de acidentes no trabalho;
• Manter a saúde financeira da parceira e a produtividade de forma eficiente;
Para melhorar em todos os aspectos do negócio,
a Eficaz Engenharia criou times estratégicos, for-
para o interno”, avalia a gestora de Desenvolvimento
de Negócios, Tânia Lima.
mados por profissionais de diferentes áreas, para
O passeio ao Parque do Cocó, reduto verde em
focar em cada um dos cinco critérios de avaliação
Fortaleza, a distribuição de mudas no Dia do Meio
do Igaep. Fortaleceu a área de recursos humanos,
Ambiente e o programa de Desenvolvimento de Lí-
investindo em treinamento e desenvolvimento. “Bi-
deres são algumas das ações realizadas. “O melhor
meio ambiente.
mestralmente, 100% dos empregados participam
de ser funcionário da CAM é o bom ambiente de tra-
• Melhorar a satisfação do cliente Coelce e a qualidade
dos serviços contratados;
• Realizar programas de alcance social e respeito ao
Para cada uma dessas áreas há vários indicadores
do Papo Eficaz, quando podem conversar sobre seus
balho, que estimula as pessoas a se desenvolverem
mensuráveis. Caso ocorram acidentes fatais no traba-
sentimentos, planos de carreira, salário, etc.”, expli-
sempre”, acrescenta Katyanny Pontes, assistente de
lho, a parceira será automaticamente desclassificada
ca João Luís Lopes Pinto, gerente de Recursos Hu-
Desenvolvimento de Pessoas.
para o recebimento de prêmios e vantagens.
PESSOAS
Projeto Enlace
Metas de 2008
Resultado
A partir de junho de 2008, foram incorporadas novas
Certificação OHSAS 18001: site Administração Central
Prorrogada para 2009
formas de licitação dos serviços operacionais. O Projeto
5,5 mil inspeções de segurança
Meta atingida (8.501 inspeções)
Enlace é um modelo aplicado pela Endesa S.A., com a
Nenhum óbito por acidentes de empregados ou terceirizados
Meta não atingida (4 óbitos)
finalidade de garantir mais qualidade dos serviços pres-
Taxa de Frequência de Acidentes com empregados de 1,23
Meta não atingida (2,49)
tados, excelência no atendimento, segurança dos colabo-
Taxa de Frequência de Acidentes com terceirizados de 3,50
Meta atingida (3,29)
radores, custo competitivo e riscos sob controle.
Taxa de Gravidade de Acidentes com empregados de 74
Meta atingida (26)
Taxa de Gravidade de Acidentes com terceirizados de 209
Meta não atingida (1.621)
Como as exigências passaram a ser mais rigorosas,
alinhadas ao objetivo de melhoria contínua de produtos
e serviços, foi promovida uma apresentação da companhia aos interessados em se tornarem fornecedores.
Várias empresas de referência foram estudadas para
chegar nesse modelo licitatório, além da realização de
reuniões prévias para discutir os pontos com as empresas parceiras.
Para segurança dos colaboradores, por exemplo, será
obrigatória a instalação de sistema GPS nos veículos, a
fim de monitorar a velocidade de tráfego, assim como
os cintos de segurança dos eletricistas para subir nos
postes devem ser confeccionados com materiais mais
robustos, dentre muitos outros pontos de melhoria solicitados aos parceiros.
O Enlace também prevê um sistema de bonificação
aos fornecedores, de acordo com o cumprimento de níveis de qualidade do serviço prestado. Com as mudanças, as empresas Endesa esperam que seja estimulada a
concorrência e, principalmente, a excelência dos serviços
efetuados pelos colaboradores parceiros. (Mais informa-
ções sobre fornecedores na página 42).
Aplicar avaliação 360º para os gestores
Meta atingida (83 gestores)
Introduzir ferramenta corporativa de e-learning
Meta atingida (73 gestores participantes)
Instituir Programa Gestor Coach
Meta não atingida
Metas para 2009
Taxa de Frequência de Acidentes de trabalho de 2,9
Taxa de Gravidade de Acidentes de trabalho de 92
Índice de Parceria (Inpar) de 75%
Realizar 6 mil inspeções de segurança
Zerar a quantidade de óbitos por acidentes de trabalho
77
meio ambiente:
Preservação e consumo consciente
MEIO AMBIENTE
A inauguração da nova sede administrativa em Fortaleza,
em um prédio construído de forma ecoeficiente, foi um
dos destaques de 2008 relacionados ao compromisso da
Coelce em atuar causando o mínimo impacto ao meio
ambiente. A empresa também comemorou a premiação
do programa de reciclagem Ecoelce pela Organização
das Nações Unidas (ONU), dentre outros reconhecimentos para essa iniciativa que promove de forma inédita a
mudança comportamental da sociedade cearense.
A Coelce comprova na prática que as suas ações vão
além do cumprimento rigoroso da legislação e das normas
ambientais. A companhia procura engajar cada vez mais
Os investimentos em meio ambiente totalizaram
colaboradores, empresas parceiras, fornecedores e socie-
R$ 27,4 milhões em 2008, 30,5% acima de 2007
dade na busca por um mundo mais sustentável.
(R$ 21,0 milhões). Os gastos envolveram: manutenção
Também investe em práticas para o uso racional dos
do sistema de gestão ambiental, arborização urbana,
recursos naturais, programas de gerenciamento de resí-
licenças ambientais, programa de P&D ambiental, ma-
duos e em pesquisas direcionadas ao desenvolvimento
nejo de vegetação, investimento em rede compacta e
sustentável do setor elétrico, como a criação do óleo eco-
educação ambiental.
lógico para transformadores de distribuição e do adubo
orgânico proveniente da biocompostagem do resíduo de
Gestão ambiental
Desafio
poda da vegetação urbana.
Para ajudar na divulgação de suas atividades, de for-
A Política Ambiental da Coelce é disseminada constan-
Ser referência, no Ceará,
em eficiência energética,
reciclagem de resíduos e
educação ambiental
ma alinhada ao compromisso de garantir cada vez mais
temente por meio de campanhas de divulgação interna,
transparência e proximidade no relacionamento com seus
além de estar disponível na intranet e no site institu-
stakeholders, foi lançada em 2008 uma página de Sus-
cional. Todos os colaboradores assumem compromisso
tentabilidade no website da companhia (www.coelcesites.
com 100% das diretrizes, que são reunidas em quatro
com.br/sustentabilidade), com informações sobre as ações
principais vertentes: ética ambiental, educação ambien-
sociais e ambientais e metas para atingir os Sete Compro-
tal, compromisso com a legalidade e gestão de resíduos.
missos para um Desenvolvimento Sustentável.
A Área de Meio Ambiente e Responsabilidade Social
79
80
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
Corporativa é responsável por desenvolver ações que
Política Ambiental da Coelce
• Ética ambiental
Ser proativa com a comunidade interna e externa,
mantendo canal de comunicação aberto para informações quanto a suas ações ambientais, bem como
disponibilizando um amplo acervo técnico sobre a
gestão ambiental, contribuindo para o desenvolvimento sustentável.
• Educação ambiental
Promover em todos os níveis hierárquicos a educação ambiental, enfocando o senso de responsabilidade individual e o sentido de prevenção com
relação ao meio ambiente, por meio de capacitação
e conscientização, incluindo terceiros que atuem
em seu nome e fornecedores.
• Compromisso com a legalidade
Cumprir os requisitos legais aplicáveis e outros requisitos subscritos pela empresa, visando melhorar continuamente o desempenho ambiental do planeta e do entorno, através da prevenção da poluição, monitoramento e
recuperação de eventuais impactos ambientais.
• Gestão de resíduos
Promover alternativas para prevenir a poluição
através da redução, da reutilização e da reciclagem
de resíduos gerados na atividade operacional.
Custos e despesas ambientais
atendam e promovam essa política, além de ajudar na
fiscalização para combater possíveis irregularidades.
| GRI EN30 |
2007
2008
Relacionados à produção/operação
9.274
19.549
Educação ambiental para colaboradores
O Sistema de Gestão Ambiental (SGA) é uma impor-
Gerenciamento de resíduos
tante ferramenta de melhoria contínua no estabelecimento de objetivos, metas e programas com base nessa
78
0
Licenças e auditorias ambientais
31
802
1.022
864
Arborização urbana
desde outubro de 2006. Em 2008, foi ampliado o escopo
inicial, que abrange as áreas de construção, operação,
0
26
Manejo de vegetação
2.154
2.683
Rede compacta ou isolada
5.695
14.928
manutenção do sistema de transmissão e distribuição de
Outros gastos para melhoria contínua
energia elétrica e suas atividades de apoio nas diversas
Prrogramas e/ou projetos externos
unidades de negócio. A certificação foi estendida à nova
sede administrativa, situada em Fortaleza, que inclui a
Diretoria Comercial e todas as suas atividades.
Esse foi um período intenso para treinar quase mil
pessoas nos procedimentos do SGA, como avaliação de
situações de emergência, gerenciamento de resíduos e
69
57
Reciclagem de óleo 1
Pesquisa e desenvolvimento tecnológico
e industrial
política. Ele é certificado pela norma ISO 14001:2004,
49
116
129
120
11.748
7.870
Educação ambiental
2.250
669
Programa de Eficiência Energética 2
9.498
7.201
21.022
27.419
Total
Em 2008, não foram contratados serviços para regeneração do óleo. Foi realizado
apenas recondicionamento, com mão de obra e tecnologia próprias
2
A redução em 2008 decorre do acúmulo de liberações, em 2007, por parte da agência
reguladora, de projetos para execução que eram relativos ao exercício de 2006
1
qualificação de prestadores de serviços. Em 2009, a meta
2.433,5 horas, com 1.558 participações, em 2008. Um
será recertificar todo o escopo da ISO 14001.
dos destaques foi a realização do curso, com 24 horas/
As responsabilidades do Sistema de Gestão Ambiental
são compartilhadas entre todos os empregados, estagiá-
aula, para ampliar o número de auditores ambientais
internos, que passaram de 38 para 48.
rios e colaboradores parceiros. Todos recebem o Guia de
A Coelce é a única empresa privada integrante da
Formação Ambiental, que contém explicações detalhadas
Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental
sobre os benefícios e as ações do SGA. Para o público
do Estado do Ceará (Ciea) e do Fórum de Mudanças
externo, a Coelce distribui nas lojas de atendimento e por-
Climáticas do Estado do Ceará, ambos vinculados ao
tarias das sedes administrativas um folheto com a política
Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente. Além
ambiental e os canais de comunicação sobre o tema.
de intensificar o relacionamento com o poder público, a
Os treinamentos de colaboradores referentes à formação ambiental e aos documentos do SGA totalizaram
companhia auxilia na elaboração de políticas públicas
direcionadas à educação ambiental no Ceará.
MEIO AMBIENTE
Estrutura do SGA Comitê executivo
impactos da atuação
Comitê executivo
A Coelce identificou e documentou todos os aspectos
Diretor-presidente e todos os demais diretores
(causas) e impactos (efeitos) ambientais de suas ativi-
Responsável da área de Responsabilidade Social
Corporativa e Meio Ambiente e Diretoria Jurídica
dades, elaborando uma série de procedimentos, normas
Extensão das redes, em km
| GRI EU3 |
2007
2008
Alta-tensão (75,2 kV)
3.979
4.244
Média-tensão (13,8 kV)
62.597
68.439
Baixa-tensão (380 e 220 volts)
39.564
42.291
106.140
114.974
Total
técnicas e instruções de controle ambiental.
+
No geral, a distribuição de energia tem baixo impac-
MUDANÇAS CLIMÁTICAS
to no meio ambiente e na biodiversidade, que decorre,
Para a companhia, as mudanças climáticas, causadas
principalmente, da supressão vegetal na instalação e
principalmente pelo aquecimento global, podem repre-
Responsável da área de Responsabilidade Social
manutenção das linhas, e/ou na utilização e descarte de
sentar tanto riscos quanto oportunidades para os negó-
Corporativa e Meio Ambiente e pelo menos um
equipamentos com óleo mineral isolante, que oferecem
cios. Uma prolongada escassez de chuvas, por exemplo,
riscos de vazamento.
poderá prejudicar as geradoras hidrelétricas, resultando
Comitê técnico
representante de cada uma das áreas envolvidas nos
aspectos técnico-ambientais (manutenção de linhas e
subestações, distribuição, engenharia e obras, normas e
procedimentos e operação) e representantes das áreas
Comercial, Recursos Humanos e Financeiro
+
Área de Responsabilidade Social Corporativa
e Meio Ambiente
+
Ecotimes
10 grupos de
colaboradores que atuam
Auditores (internos)
como agentes ambientais
48 colaboradores
A fumaça preta emitida pelos carros a diesel é ou-
em racionamento obrigatório do consumo de energia por
tro aspecto que pode causar contaminação do ar. Essas
parte da população, com impactos nos resultados finan-
emissões são medidas de acordo com a escala de Rin-
ceiros das distribuidoras.
gelmann e monitoradas semestralmente. Outra iniciativa
O cenário poderia obrigar a empresa a diversificar o
envolve medições periódicas para avaliar se o nível de
portfólio de aquisição de energia, com fontes energéticas
emissão de ruídos das subestações está de acordo com
de custo mais elevado. Como oportunidade de negócio,
os parâmetros da legislação e não prejudica a comuni-
entretanto, surge a oferta de novos produtos e serviços
dade do entorno. | GRI EN12 |
baseados em programas de ecoeficiência, além da maior
As redes da Coelce são descritas, de forma simplifica-
disseminação de temas de sustentabilidade em toda a
da neste relatório, como linhas de transmissão, apesar
sua cadeia de fornecimento, inclusive entre empresas
de tecnicamente serem chamadas de linhas de subtrans-
parceiras. | GRI EC2 |
missão (com potência de, no máximo, 75,2 kV). Diferem
das linhas de transmissão propriamente ditas que são
Gestão dos impactos
e multiplicadores em suas
originadas a partir de centrais elétricas e, devido à alta-
Como sua área de concessão abrange todo o Estado do
unidades de trabalho.
tensão transmitida (de 155 a 765 kV), precisam de gran-
Ceará, a companhia atua em locais ricos em biodiver-
des faixas de servidão (áreas de segurança sobre as quais
sidade e protegidos por lei. Essas áreas abrangem 11
passam as linhas) e de um controle ambiental maior.
unidades de conservação administradas pelo governo
81
82
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
federal, 20 pelo governo estadual, 11 por prefeituras e 14
Poda
pela iniciativa privada – dessas, nove são reconhecidas
Supressão vegetal
pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e cinco
(m² por trimestre)
pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ce-
Resíduos de poda
ará (Semace). Os terrenos de propriedade na Coelce nessas áreas somavam, até o encerramento de 2008, 40.947
1
2007
2008
parceria com a Universidade do Ceará. Os pesquisado-
469.688
649.875 2
res ainda analisam as oportunidades do lançamento do
355
654
adubo orgânico e da criação de pequenas usinas para um
(m3 média mensal) 1
programa de farmácia viva, que contempla uma das metas
ambientais estratégicas da Coelce para 2009.
1
Considerando 1 ha = 10 mil m2 e 1 t = 1 m3
2
Somatório de desmatamento de linhas de transmissão = 259,95 ha
metros quadrados. | GRI EN11 |
Postes e cabos
Quando não é possível evitar supressão de vegetação
trico é um dos motivos de interrupção do fornecimento
Os postes tiveram acréscimo na altura para que a rede aé-
que possam afetar a fauna e flora em Áreas de Preserva-
de energia. Os colaboradores parceiros que executam o
rea fique acima da vegetação. Foi criada a cruzeta do tipo
ção Ambiental (APAs), a Semace exige, como medida com-
serviço de poda são treinados para retirar apenas o neces-
beco e meio beco, artefato de concreto montado no topo
pensatória, a destinação de 0,5% do valor da obra para o
sário, sem comprometer o desenvolvimento das árvores,
dos postes para sustentação dos cabos. Essa modificação
próprio órgão ambiental, que é responsável pela aplicação
com orientações específicas nas diferentes voltagens da
reduz a necessidade de poda, pois os cabos são instalados
do recurso no que considerar necessário. Em 2008, foram
rede (alta, média e baixa-tensão).
de forma a que a sua posição e faixa ocupada se deem so-
destinados R$ 62,2 mil pela construção de quatro linhas
de transmissão. | GRI EN13 |
Em áreas de subestações, o controle de vegetação é fei-
bre a via pública (rua) e não sobre a calçada. A linha verde
to manualmente, para evitar o uso de agrotóxicos. Após
de média-tensão é composta por cabos aéreos protegidos
instalar uma manta plástica sobre o solo, ela é coberta
(spacer), o que também proporciona redução de podas.
cuidados com a flora
com uma camada de brita ou areia proveniente dos rios,
Desde 2002, tornou-se padrão nas construções da rede
Na expansão das redes de distribuição, a Coelce procura
impedindo o crescimento de ervas daninhas. A medida re-
de baixa-tensão a instalação de cabos pré-reunidos (tran-
colocar os postes ao longo de vias e estradas já abertas
duz o custo das capinas e mantém o controle de vegeta-
çados) que oferecem segurança e menor poluição visual,
pela comunidade, a fim de evitar o corte de árvores em
ção sem contaminar o solo.
além de reduzirem a supressão vegetal. Em 2008, foram
mata fechada. A medida também facilita o acesso das
Os galhos e as folhas oriundos da poda urbana são
equipes de manutenção, contribuindo para a melhoria dos
enviados para aterros municipais e parte dos resíduos ge-
indicadores de qualidade técnica. | GRI EN14 |
rados em Fortaleza é transformada em adubo orgânico.
Com exceção de uma rede construída em 2005, que uti-
Esse é um projeto de P&D desenvolvido desde 2004 em
lizou 120 postes de madeira, todos os postes da Coelce
A interferência dos galhos das árvores no sistema elé-
construídos 2.956.009 quilômetros em redes trifásicas e
monofásicas. | GRI EN14 |
são feitos de concreto. A empresa utiliza cruzetas de maPropriedades em áreas protegidas
/ biodiversidade | GRI EN11 |
Dentro de áreas
Em áreas adjacentes
Total
Área (m2)
Localização
Tipo de
operação
40.947
Guaramiranga, Ibiapina, Inhuçu,Tianguá e Viçosa do Ceará
Subestações
ND
ND
ND
40.947
deira apenas nas redes aéreas antifurto (Distribuição Aérea
Transversal – DAT). Até 2006, a companhia desconhecia
a origem da madeira, mas desde 2007 apenas adquire o
recurso com certificação de origem florestal sustentável.
MEIO AMBIENTE
Cuidados com a avifauna
um equipamento de baixo custo, de cano de PVC, para
Emissão de ruídos
Antes do início de construção das obras, são identifica-
colocar sobre as duas cruzetas e impedir que o pássaro
De forma preventiva, a Coelce realiza medições de ruídos
das as espécies existentes em cada região. Em 2008, não
pouse, faça ninhos e provoque curto-circuitos, precisando
em subestações, para garantir que essas instalações es-
foi constatada a existência de animais ameaçados de ex-
ser removidos na manutenção da rede.
tejam plenamente de acordo com os níveis exigidos pela
tinção de acordo com a listagem da União Internacional
para Conservação da Natureza (UICN). | GRI EN15 |
Outra iniciativa é o afugentador de abelhas. Col-
legislação ambiental. Em linhas de transmissão essas me-
meias construídas nas estruturas e na rede ameaçam
dições são consideradas desnecessárias, segundo conclu-
Mesmo com o baixo impacto à avifauna que entra em
a segurança dos eletricistas e provocam interrupção no
são de estudo do Instituto de Tecnologia para o Desenvol-
contato com a rede energizada, a companhia estimula ini-
fornecimento de energia. Para afugentá-las, passou a ser
vimento (Lactec) e aprovado pelo órgão ambiental, pois os
ciativas de preservação. Um exemplo é o projeto Casaca
borrifado um defensivo natural derivado da mandioca.
ruídos não causam incômodo à comunidade.
de Couro, nome de um pássaro que faz seu ninho em es-
Além de não matar as abelhas, o composto evita a con-
truturas da rede de média-tensão. Colaboradores criaram
taminação dos trabalhadores e do meio ambiente.
Principais materiais utilizados | GRI EN1 |
Cabos e fios (metros)
Cabos e fios (kg)
Concretos (unidades)
Conectores (unidades)
Em 2005, a Coelce promoveu um projeto de P&D para
2006
2007
Meta 2008
2008
Meta 2009
12.791.092
14.964.176
17.387.886
11.861.563
23.114.491
1.499.967
1.849.505
2.149.065
2.478.772
2.992.011
195.962
228.703
370.135
305.504
380.755
com o Lactec, a pesquisa concluiu que esses campos não
1.176.331
1.327.591
1.616.786
1.421.204
2.095.550
apresentam risco à saúde ou à segurança da população
residente nas proximidades de suas linhas de transmissão.
Disjuntores (unidades)
88.407
115.985
150.004
144.415
195.934
Isoladores (unidades)
678.139
722.859
1.071.922
946.303
1.187.944
Medidores (unidades)
213.837
215.495
255.473
215.260
487.993
Para-raios (unidades)
19.265
24.745
36.460
36.205
37.100
176.816
219.127
465.352
426.375
465.478
7.274
8.425
16.154
9.247
11.713
Seccionadores (unidades)
Transformadores (unidades)
Campos eletromagnéticos
estudar os efeitos de campos eletromagnéticos produzidos
na passagem de energia elétrica. Realizada em parceria
Materiais
A Coelce incentiva o uso de produtos e a busca de
Materiais reciclados | GRI EN2 |
Uso
Papel reciclado
Os contracheques e informes de rendimento dos funcionários são feitos em papel reciclado,
além de contas de parte dos clientes externos, folderes, blocos de notas e brindes
Papéis sanitários
Os papéis toalhas usados na empresa são reciclados
Cartuchos remanufaturados
A empresa Xerox recicla seus cartuchos de tonners
Madeira certificada
As cruzetas de madeira compradas são certificadas pelo Ibama
Biodegradáveis
Projeto Adubo Orgânico, que transforma em adubo a poda de árvores em Fortaleza
Nº de materiais diretos
Materiais de construção
Resíduos de postes e cruzetas são transformados em tijolos ecológicos, utilizados na
construção de casas populares e em estradas
Nº de materiais não
renováveis
soluções que não agridam o meio ambiente. O óleo
utilizado em transformadores de distribuição e de potência
Materiais usados
| GRI EN1 |
2006
2007
2008
2.556.031
2.862.930
3.504.513
ND
ND
ND
83
84
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
é 100% recondicionado, e totalizou 136.250 litros em
Gerenciamento de resíduos | GRI EN22 |
2008. O percentual de faturas de energia impressas
Resíduos perigosos: estopas contaminadas
com óleo; pó de madeira contaminado por
óleo mineral, transformadores e óleo mineral
isolante (kg)
em papel reciclado, no entanto, diminuiu de 48% para
30% do total das contas entregues aos clientes, na
2007
2008
146.000
230.132
Transportados por empresa licenciada e,
posteriormente, incinerados. O óleo mineral fica em
estoque, para recondicionamento e regeneração
32.544
22.046
Armazenadas de forma correta até o transporte por
empresa licenciada. Posteriormente recebem
tratamento de descontaminação
579.680
164.701
Transportados por empresa licenciada e destinados
a aterro sanitário. Os resíduos gerados no interior
do Estado são transportados até os aterros pelas
prefeituras municipais
3.583.032
7.048.944
66.570
215.530
Cartuchos, cilindros e tonners para
impressoras (unidades)
ND
745
Recolhidos pelo fornecedor, que providencia
reutilização. Caso não seja possível o reúso,
os resíduos são incinerados
Baterias para celulares e pilhas (kg)
ND
338
Armazenados e identificados em recipientes
adequados, para posterior destinação final
Lâmpadas (unidades)
comparação entre 2008 e o ano anterior. Isso se deve à
ampliação do sistema de fatura imediata, uma vez que
Resíduos orgânicos (kg) 1
os equipamentos que emitem a conta de energia utilizam
papéis eletromagnéticos. O papel reciclado foi empregado
em 100% dos contracheques dos empregados. | GRI EN2 |
Resíduos de postes (kg)
Resíduos de cruzetas (kg)
Gerenciamento de óleo e demais resíduos
O Sistema de Gerenciamento Ambiental (SGA) prevê
medidas de controle e prevenção de vazamentos de
óleo isolante durante a manutenção e troca dos transformadores. Cada equipamento contém em média 60
Destinação
Recolhidos por uma usina de reciclagem em
Fortaleza, que fabrica tijolos ecológicos para
utilização
em construções de conjuntos residenciais
populares para baixa renda
litros (os de distribuição) e 10 mil litros de óleo (os
Papel (kg)
9.886
18.777
Reciclagem
transformadores de potência).
Papelão (kg)
1.822
3.277
Reciclagem
Papel misto (kg)
1.049
7.899
Reciclagem
266
632
Reciclagem
3.843
2.141
Reciclagem
Reciclagem
O resíduo de óleo fica armazenado em tanques na sede
Plástico – filme (kg)
da Coelce em Maracanaú, para regeneração por empresa
Plástico – gerais (kg)
licenciada para essa atividade.
Plástico – garrafa (kg)
Durante o ano, colaboradores próprios e parceiros
23
398
Vidro (kg)
1.080
968
Reciclagem
Resíduo metálico – aço (kg)
9.396
3.040
Reciclagem
foram treinados em procedimentos emergenciais para
Resíduo metálico – chumbo (kg)
10
0
Reciclagem
casos de vazamento de óleo, com aulas teóricas e si-
PVC (kg)
10
13
Reciclagem
mulados práticos periódicos sobre riscos de incidentes.
Ferro (kg)
1.943
8.299
Reciclagem
Jornal (kg)
90
826
Reciclagem
Inox (kg)
17
0
Reciclagem
ND
81.554
Reciclagem
40
30.896
Reciclagem
1.849
6.634
400
126
Desde 2000, a Coelce é livre de ascarel (bifenila poli-
clorada – PCB), óleo isolante usado nos transformadores.
Cobre (kg)
Proibido em 1981, por representar riscos à saúde huma-
Alumínio (kg)
Porcelana (kg)
na, o uso do ascarel poderia ser mantido até a substituição dos equipamentos.
Entulho de construção civil (t)
1
Somente Fortaleza e área metropolitana
Aterro
Reciclagem
MEIO AMBIENTE
Uso eficiente dos recursos
O consumo de energia indireta refere-se ao funcionamento de sedes administrativas e pontos de apoio de
Barreira natural
contra os ventos
A maresia e os ventos salinos diminuem a vida
útil dos equipamentos do sistema de distribuição de
energia em municípios litorâneos. Unindo criatividade e respeito ao meio ambiente, a equipe da Área
de Linhas de Transmissão (LTs) e Subestações (SEs)
Fortaleza e Metropolitana encontrou uma alternativa
para reduzir a força dos ventos sobres os barramentos de 72,5kV e 15kV.
Batizado de Barreira Vegetal, o projeto consiste
no plantio de vegetação cipreste nos arredores da
subestação, uma solução simples, de custo baixo
e com viés ecológico. A iniciativa foi executada no
município de Beberibe e deverá ser estendida para
outras áreas litorâneas a partir de 2009.
Ao incorporar os princípios da construção sustentá-
subestações. O montante em 2008 foi 11,01 GWh (o
vel em sua nova sede administrativa, em Fortaleza, a
equivalente a 39.600 gigajoules), 1,6% de aumento na
Coelce reforçou o compromisso com o uso racional e
comparação com o ano anterior (10,8 GWh). O acréscimo
eficiente dos recursos naturais. As instalações e os equi-
deve-se à ampliação de instalações e à contratação de
pamentos do prédio são ecoeficientes no consumo de
colaboradores. A companhia tem como meta para 2009 o
água e energia. O revestimento é de vidros com baixa
consumo de 11,7 GWh, crescimento de 5,8% em relação
retenção de calor. Na base do edifício foram utilizados
ao 2008 por conta da ampliação de instalações. Periodica-
tijolos ecológicos, originados de entulho reciclado de
mente, são realizadas campanhas de comunicação interna
construção civil, e o painel eletrônico, instalado na fa-
para combater o desperdício do insumo. A mudança, em
chada para divulgar mensagens educativas, utiliza LED
setembro de 2008, para a nova sede administrativa já re-
(Light Emitting Diode, ou Diodo Emissor de Luz), que
sultou em economia de energia por conta das instalações
consome 20% menos de energia. | GRI EN7 |
mais eficientes.
Energia
idênticas à da matriz energética brasileira, que em 2008,
O consumo de energia usada diretamente na atividade de
segundo dados do Ministério de Minas e Energia, era
distribuição refere-se ao combustível que move a frota de
41% oriunda de petróleo e derivados. A energia de fonte
veículos nos diversos serviços de instalação e manutenção
hidráulica representa 72% da matriz elétrica.
| GRI EN4 |
As fontes de fornecimento de energia indireta são
das linhas e redes, assim como em atividades comerciais
Para reduzir os custos financeiros e o impacto ao meio
(ligação nova e religação, entre outras). Como essas tare-
ambiente, a companhia deu prioridade à realização de
fas são realizadas por empresas parceiras, a Coelce ainda
videoconferências em substituição a reuniões presenciais
não dispõe de inventário centralizado e sistematizado para
em outros estados, principalmente no Rio de Janeiro,
o cálculo desse consumo.
onde está localizada a holding Endesa Brasil.
| GRI EN3 |
Energia contratada (kWh)
2005
2006
2007
Meta 2008
2008
Meta 2009
Hidráulica
4.623.467.976
4.261.874.004
4.431.757.285
4.698.050.338
4.698.050.338
4.854.576.686
Térmica
3.091.884.331
3.220.789.204
3.205.857.839
3.383.664.460
3.383.630.197
3.658.984.214
55.464.000
72.143.333
124.952.153
168.455.886
157.348.653
215.795.245
7.770.816.307
7.554.806.541
7.762.567.277
8.250.170.684
8.239.029.188
8.729.356.145
Eólica
Total
85
86
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
A empresa distribui energia oriunda de fontes hidráu-
A Coelce não reutiliza água para outras atividades,
lica, térmica e eólica, sendo a maioria proveniente de
como limpeza. Também desconhece se as fontes hídricas
hidrelétricas, um tipo de energia limpa e renovável, que
de abastecimento público foram significativamente afeta-
não emite resíduos tóxicos para a atmosfera. A energia
das pela retirada de água que posteriormente será consu-
térmica adquirida provém de gás natural, que, apesar de
mida em suas atividades. | GRI EN9, EN10 |
ser um combustível fóssil, é menos agressivo à natureza
na comparação com o petróleo e o carvão.
Consumo de água por
fonte – m3 | GRI EN8 |
Poços artesianos 1
2006
2007
2008
ND
83
1.099
Abastecimento municipal 2
44.899
38.057
40.399
Total
44.899
38.140
41.498
1
A partir da adoção do SGA (em 2007), o indicador passou a incluir a água oriunda de três poços artesianos (nas subestações de Aquiraz, Coluna e Cascavel). Em
2007, foi utilizado apenas o de Aquiraz. Em 2008, usados os três poços
2
O SGA permitiu aperfeiçoar a mensuração do indicador. Por isso, o dado de 2006
diverge do publicado no relatório daquele ano (50.645 m3)
A energia eólica é uma fonte alternativa que recebe
cada vez mais investimentos. No Ceará, o governo estadual conduz o Programa de Desenvolvimento da Cadeia
Produtiva Geradora de Energia Eólica (Pró-eólica), com
investimentos na área de infraestrutura e política de in-
Boas práticas • Transformadores com óleo ecológico
centivos fiscais. Apesar de ainda representar uma pequena
parcela da energia adquirida, na comparação com hidrelé-
Após um período de testes, a Coelce inaugurou ofi-
UFC. Outra característica do óleo é ser menos infla-
trica e térmica, seu uso vem sendo intensificado, passando
cialmente, em abril de 2008, o primeiro transforma-
mável do que os derivados do petróleo, diminuindo os
de 0,7% do total, em 2005, para 1,9% em 2008.
dor de distribuição com óleo vegetal 100% brasileiro.
riscos de explosões e acidentes na rede elétrica.
O equipamento foi desenvolvido em parceria com o
Entre 2007 e 2008, o produto foi utilizado em ca-
Água
Parque de Desenvolvimento Tecnológico (Padetec),
ráter experimental pela Coelce em dois transforma-
O consumo de água para operar suas unidades adminis-
vinculado à Universidade Federal do Ceará (UFC). Fei-
dores, apresentando excelentes resultados após 10
trativas (uso de sanitários, água para o consumo huma-
to a partir da mistura do líquido da castanha de caju
mil horas de uso. Em 2009, começará a terceira fase
no e limpeza das instalações) totalizou 41.498 metros
com óleo de mamona, não oferece riscos ao meio
do projeto, com o objetivo de ampliar a utilização
cúbicos, em 2008, proveniente da Companhia de Água e
ambiente em caso de vazamento.
desse óleo para dez transformadores de distribuição
Esgoto do Ceará (Cagece) ou Serviço Autônomo de Água
“Esse óleo é completamente biodegradável. Se ele
e iniciar a utilização em transformadores de potência.
vazar, em uma semana não existirá mais nada, enquan-
A companhia iniciou, em março de 2008, o proces-
São realizadas campanhas sistemáticas para evitar o des-
to os de origem mineral permanecerão lá por anos”,
so de reconhecimento de patente do óleo ecológico,
perdício de água, mas a meta de reduzir em 5,2% o consu-
garante o pesquisador que desenvolveu a tecnologia,
em que será a primeira brasileira e a quarta no mun-
mo em 2008, para 36.154 metros cúbicos, não foi atingida.
Prof. Dr. José Osvaldo Beserra Carioca, um dos pais do
do (três delas são norte-americanas), marcando sua
O aumento de 8,8% registrado em comparação a 2007
biodiesel no Brasil, químico industrial e professor da
posição de liderança no setor elétrico. | GRI EN26 |
e Esgoto (SAAE), além de poços artesianos.
deve-se a reformas de sedes e construções de subestações.
MEIO AMBIENTE
INICIATIVAS SUSTENTÁVEIS
Efluentes
gética, a companhia entende que deve tratar o CFC e
A distribuição de energia elétrica não gera efluentes
o HCFC contidos nos equipamentos substituídos. Para
a serem tratados. Há apenas os efluentes sanitários
isso, firmou parceria com empresa cadastrada no Iba-
Ecoelce: prestígio internacional
oriundos das sedes administrativas e pontos de apoio
ma, especializada em recolher esses gases e evitar a
Fruto de um bem-sucedido projeto de P&D, o Programa
às subestações. A rede de esgoto é interligada às em-
fuga dessas emissões para a atmosfera. Em 2008 foram
Coelce de Desenvolvimento Social pela Energia Con-
presas de saneamento ou recebe tratamento por meio
recolhidos 386 quilos de clorofluorcarboneto (CFC) e
sumida (Ecoelce) troca lixo reciclável por descontos na
de fossa séptica.
hidroclorofluorcarboneto (HCFC). | GRI EN19 |
energia consumida. Por meio da coleta seletiva, o ma-
As fossas são inspecionadas periodicamente, confor-
O inventário de hexafluoreto de enxofre (SF6) em
terial levado pelos clientes até os locais credenciados é
me previsto em Norma Técnica Ambiental, para poste-
2008 verificou a existência de 1.138 quilos desse ma-
pesado e transformado em bônus na conta de energia
rior limpeza quando necessário, executada por empresa
terial, sendo parte armazenada e outra utilizada em
elétrica, que pode chegar inclusive ao valor zero.
devidamente licenciada. A Coelce possui uma dispen-
equipamentos de proteção do sistema elétrico (inter-
Até 2008, o programa recolheu 4,5 toneladas de re-
sa emitida pela Semace, órgão de controle ambiental,
ruptores e disjuntores). A estimativa é que em 2008, as
síduos, economizando energia para extrair da natureza
pela qual não é requerido o monitoramento (análises
fugas tenham correspondido a 80,8 quilos. | GRI EN16 |
as matérias-primas que seriam necessárias para trans-
laboratoriais) dos efluentes cloacais gerados em suas
As emissões indiretas de GEE derivam da frota de veículos
formá-las em produtos. De acordo com dados do econo-
atividades. | GRI EN21 |
contratada para serviços de poda, medição mensal do
mista e advogado Sabetai Calderoni, autor do livro Os
consumo de energia dos clientes, construção e manutenção
bilhões perdidos no lixo ((USP, 1997), para cada tipo de
Descartes de água | EN 21 |
2006
2007
2008
preventiva e corretiva do sistema elétrico, transporte de
material reciclado é possível obter considerável econo-
Volume total do descarte (m³/ano)
44.899
38.057
40.399
colaboradores, consumo próprio, dentre outros. A Coelce
mia de energia devido ao reprocessamento.
ainda não possui um inventário para o cálculo dessas
Emissões
emissões nem do impacto do transporte. | GRI EN29 |
Com investimento de R$ 212 mil em 2008, o programa
contou com 63 pontos de coleta seletiva (35 fixos e 28
A atividade de distribuição de energia elétrica não
Semestralmente é realizado o monitoramento da fu-
móveis), nos seguintes municípios: Fortaleza, Maracanaú,
constitui fonte primária de emissões de Gases de Efeito
maça preta dos veículos movidos a diesel, da sua frota
Maranguape, Caucaia, Farias Brito, Reriutaba, Milagres,
Estufa (GEE). Por essa razão, a companhia não produz
própria e de empresas parceiras. Caso a densidade da
emissões atmosféricas diretas significativas de dióxido
fumaça não esteja nos padrões exigidos, o veículo é
Benefícios do Ecoelce
de carbono (CO2). Para o fornecimento de energia elé-
encaminhado para manutenção. A companhia também
• Geração de renda
trica, a Coelce também não emite óxidos de nitrogênio
estabelece formalmente nos contratos que os veículos
(NOx) e de enxofre (SOx). | GRI EN16, EN20 |
devem ter, no máximo, dois anos de uso, como forma
Com as trocas de geladeiras e aparelhos de ar-condicionado realizadas pelo Programa de Eficiência Ener-
de garantir equipamentos mais eficientes e de menor
emissão de gases. | GRI EN17, EN18 |
• Educação ambiental
• Incentivo ao fornecimento seguro de energia elétrica, uma vez
que as pessoas têm condições de pagar a conta de luz
• Redução dos custos dos municípios no tratamento de
resíduos e do volume enviado para aterros sanitários
• Ganho ambiental
87
88
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
Reciclagem com geração de
renda para presidiários
Parte dos resíduos de postes e cruzetas de concreto são doados pela Coelce para a construção de
casas populares. A parceira com a empresa Usifort
Ambiental, uma usina de reciclagem de entulho de
construção civil, teve início em 2006 e até o encerramento de 2008 já havia destinado um volume
de sucata correspondente a 4.638 postes e 3.095
vigas de concreto.
Por meio de um convênio com a Secretaria de
Justiça do Estado do Ceará, a Usifort emprega em
sua força de trabalho presidiários em liberdade
condicional, oferecendo oportunidade de geração
de renda e inclusão social. Em 2008, eram quatro
trabalhadores, mas dependendo do volume de matéria-prima recebida, o número pode aumentar. O
entulho reciclado é transformado em base asfáltica
para corredores de ônibus, estacas de cercas, meiofio, bueiros e tijolos ecológicos, oriundos 100% de
resíduos da construção civil.
A Usifort vende seu material 30% mais barato
que o preço do mercado tradicional, com a vantagem de utilizar apenas resíduos recicláveis, diminuindo o impacto ambiental na exploração da matéria-prima. Parte do prédio da nova sede da Coelce
também foi construída com esses tijolos ecológicos
provenientes de material reciclado.
Ecoelce foi um dos dez ganhadores do World Business
Sobral, Morada Nova, Campos Sales, Quixadá, Iguatu e Juazeiro do Norte. Para 2009, a introdução do programa está
and Development Awards (WBDA), promovido pela Or-
confirmada nos municípios de Itapipoca e Aquiraz. A meta
ganização das Nações Unidas (ONU), que destaca a con-
para 2008, de 100 mil clientes, foi superada, totalizando
tribuição das empresas do setor privado para atingir os
mais de 112 mil clientes, com R$ 622,5 mil em bônus.
Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Cerca de 100
projetos de sustentabilidade de 44 países concorreram à
premiação, concedida somente a dez empresas.
Reconhecimentos
A qualidade do programa e a sua inovação inspiradora,
Outros reconhecimentos do Ecoelce em 2008 foram:
capaz de agregar vantagens ambientais, sociais e econô-
• Brasil que Inova, promovido pela revista Exame: uma das
25 maiores inovações brasileiras da última década.
micas, renderam prêmios e reconhecimentos em 2008. O
Ecoelce
Resíduos recolhidos
Energia economizada
(MWh/t) 1
Toneladas recicladas
Economia total
(GWh/2008) 2
Metal
5,3
201,30
1,06
Vidro
0,64
215,41
0,13
Papel
3,51
595,02
2,08
Plástico
5,06
263,35
1,33
-
1.275,08
4,6
Totais
Calderoni, 1997
2
Ecoelce, set-dez 2008
1
Ecoelce
Resíduos reciclados
2008
Total
Volume (Kg)
Volume (Kg)
Valor
(R$)
Volume (kg)
Valor
(R$)
Papel (papel branco, misto, papelão, jornal)
419.682
39.533
1.513.051
109.834
1.932.733
149.368
Embalagens de vidro
177.262
13.329
544.966
25.532
722.228
38.862
Metais (alumínio, ferro, chumbo, aço)
466.788
60.182
564.060
152.252
1.030.848
212.434
Plásticos
164.262
45.698
658.614
173.421
822.876
219.119
981
290
8.499
2.457
9.480
2.747
-
-
1.100
46
1.100
46
1.228.975
159.031
3.290.290
463.543
4.519.265
622.575
Óleo de cozinha 1
Embalagens cartonadas
Total
1
2007
Valor
(R$)
A arrecadação de óleo de cozinha começou em março de 2007; os números correspondem ao total de 9 meses.
MEIO AMBIENTE
• Prêmio Von Martius, realizado pela Câmara BrasilAlemanha: 2º lugar na categoria Natureza.
• Prêmio Fundação Coge (Comitê de Gestão Empresarial): finalista da categoria de Ações Ambientais.
• Prêmio Fiec por Desempenho Ambiental: 1º lugar na
categoria Integração com a Sociedade.
A Coelce também iniciou uma pesquisa, realizada
Educação Ambiental
em parceria com a Universidade de São Paulo (USP),
Por meio de palestras, cursos e treinamentos, a compa-
para avaliar o potencial do Ecoelce em gerar créditos
nhia busca disseminar a importância da preservação do
de carbono, uma vez que o aumento da reciclagem mi-
meio ambiente. Várias iniciativas marcam a atuação:
nimiza a necessidade de extrair as matérias-primas da
natureza, evitando a emissão de Gases de Efeito Es-
Ecotimes em ação
• Cámara Oficial Española de Comércio en Brasil: Res-
tufa. Esse é o caminho que a companhia planeja para
Formados por dez grupos de colaboradores, os Ecotimes
ponsabilidade Social Corporativa para os melhores
neutralizar a emissão do gás carbônico na geração de
atuam para disseminar as diretrizes da Política Ambiental
projetos em benefícios da sociedade brasileira.
energia elétrica. | GRI EU4 |
e do SGA, além de apoiar e engajar os demais colegas de
trabalho nas campanhas organizadas pela Área de Responsabilidade Social Corporativa e Meio Ambiente. Em
Boas práticas • Parceria com catadores de recicláveis
2008, 88 funcionários integraram os Ecotimes, sendo que
18 deles foram treinados como auditores ambientais.
A novidade de trocar lixo reciclável por bônus de energia trouxe benefício imediato às comunidades carentes
e ao meio ambiente, mas tornou-se um problema para
o movimento de recicladores do Ceará. “Nós voltávamos
com o carrinho vazio, porque quem doava para a gente
estava entregando papel, plástico, jornal, etc. para a Coelce. Daí fomos na empresa reclamar porque estávamos
ficando sem o material”, explica Maria da Conceição da
Silva de Souza, presidente da Associação dos Recicladores Amigos por Natureza (Aran), que há cinco anos atua
na comunidade Bom Sucesso, em Fortaleza.
Foi realizada audiência pública na Câmara dos Vereadores, com a participação de autoridades e integrantes
da Rede dos Recicladores do Ceará – da qual Conceição
também é presidente –, seguida de novas negociações,
que resultaram em uma parceria bem-sucedida.
A Coelce passou a equipar as associações de recicláveis com as máquinas que registram os créditos do
Ecoelce, permitindo que a população fizesse a troca dos
resíduos também nesses pontos. No processo, as associações conseguem ter uma margem de lucro entre a
compra e a venda dos materiais, utilizada para o pagamento dos salários dos catadores.
“A parceira melhorou muito o negócio. Antes vendíamos por mês cerca de mil quilos de cada material (papel,
papelão, vidro, plástico e metal) e depois conseguimos
esse mesmo volume por quinzena”, diz Conceição. São
mais de 500 pessoas da comunidade cadastradas no
programa. “Além de pagar a conta de luz, o Ecoelce
ajudou na educação ambiental, porque antes o pessoal
jogava o lixo em qualquer canto. Agora todo mundo separa e traz o lixo para cá”, diz a líder da Aran.
Escola Coelce Caminhos Eficientes
No programa Escola Ecoelce Caminhos Eficientes, as comunidades têm a oportunidade de conhecer, por meio de
maquetes, o processo de geração de energia elétrica até a
sua chegada nas residências. Por meio de uma plataforma
móvel adaptada, mensagens com foco em educação ambiental são disseminadas de forma itinerante, percorrendo
os municípios cearenses. Os visitantes também recebem
treinamento sobre o uso racional e seguro da energia.
Em 2008, o projeto percorreu 85 comunidades, recebendo aproximadamente 33 mil visitantes, com cerca
de 3.190 turmas formadas e 38.302 multiplicadores
capacitados. Com investimento de R$ 619,6 mil, o programa ainda realizou a troca de 28 mil lâmpadas fluorescentes nas comunidades. | GRI EU6 |
89
90
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
uma luz para o verde
A Coelce, em parceira com a Câmara dos Dirigentes
Lojistas (CDL), promoveu o plantio simultâneo de
65 mil árvores em Fortaleza, com a participação de
300 voluntários, entre colaboradores próprios, de
empresas parceiras e familiares. O resultado motivou
a busca por registro no Guinness Book, o livro dos
recordes, ao superar o recorde anterior do município
de Indaiatuba, no interior de São Paulo.
A maratona verde começou e, em apenas 23
minutos e 30 segundos, o plantio foi totalmente
concluído. Os locais que receberam as mudas de
plantas foram o Condomínio Espiritual Uirapuru
(50 mil) e o campus da Universidade Estadual do
Ceará (15 mil). No evento, os participantes também
tiveram a oportunidade de visitar a unidade móvel
Escola Coelce Caminhos Eficientes.
Atividades de educação ambiental
Beneficiados 2007
Beneficiados 2008
Formação ambiental (treinamento geral sobre
658 colaboradores e estagiários
1.004 colaboradores e estagiários, além de
benefícios e práticas do SGA)
e 2.667 parceiros
2.764 empregados de empresas parceiras
Treinamento ambiental sobre procedimentos,
2.596 colaboradores próprios e
554 colaboradores próprios e 523 de
normas técnicas, controle e manual do SGA
de empresas parceiras
empresas parceiras
Formação de auditores ambientais
28 colaboradores próprios
25 colaboradores próprios
Formação de auditores líderes em Sistemas de
8 colaboradores próprios
-
Curso de gerenciamento de resíduos
50 colaboradores próprios
-
Curso de legislação ambiental
37 colaboradores próprios
-
Curso de aspectos e impactos ambientais
-
20 colaboradores próprios
Curso de avaliação de fornecedores para
-
25 colaboradores próprios
500 alunos de escolas públicas e
247 participantes (alunos e professores de
privadas e 31 funcionários públicos
ensino médio/ fundamental e superior)
Palestras sobre temas ambientais para
76 colaboradores próprios e
238 colaboradores próprios e parceiros
colaboradores
parceiros
Orientações ambientais para público interno
1.994 colaboradores, entre próprios
675 funcionários, entre próprios e parceiros,
(referentes ao SGA) e externo (coleta seletiva)
e parceiros, além de abordagens que
além de abordagens com o público externo,
atingiram 3 mil pessoas da sociedade
que abrangeram mais de 4 mil pessoas.
Gestão Ambiental, com o objetivo de capacitar
para coordenação das auditorias internas
Sistema de Gestão Ambiental
Palestras para escolas e órgãos ambientais
Dia Coelce do Meio Ambiente
Mudanças Climáticas – Aquecimento Global no Semiárido
Grafitando com Arte
O Dia Coelce do Meio Ambiente, comemorado em 4 de
– e exposição de fotos sobre a temática ambiental.
Os muros de subestações são transformados em espaço
outubro, promove eventos que contribuem para despertar
Foram distribuídos, ainda, folderes sobre o uso ra-
de divulgação de dicas e iniciativas ambientais do projeto
a consciência ambiental de colaboradores e empresas
cional de água e brindes educativos em todas as uni-
Grafitando com Arte, desenvolvido desde 2005. Após rece-
parceiras. Em 2008, mais de 3 mil pessoas, incluindo
dades da Coelce no Estado do Ceará. Pela internet, os
berem treinamento em educação ambiental, os grafiteiros
familiares, foram envolvidas em diversas atividades, como
colaboradores receberam dicas ambientais e lembretes
utilizam o talento para desenhar e inserir mensagens que
passeios ecológicos e participação no plantio de mudas
sobre a importância da certificação ISO 14001:2004 na
remetem ao desenvolvimento sustentável. Em 2008, fo-
de pau-brasil, sessões de cinema, palestras – como
qualidade da gestão ambiental.
ram pintados 15 muros, com investimento de R$ 20 mil.
MEIO AMBIENTE
Pesquisa e Desenvolvimento
Em parceria com universidades e centros de pesquisa nacionais, a Coelce investe em projetos de Pesquisa e Desenvolvimento com foco na área ambiental, buscando tornar as atividades do setor elétrico cada vez mais sustentáveis.
Projetos de P&D ambientais 2008 1
Investimento
R$ mil
Desenvolvimento de processo biotecnológico de compostagem para a reciclagem dos resíduos de poda das
árvores que obstruem redes elétricas urbanas, proporcionando reaproveitamento ecológico desse resíduo
98
Desenvolvimento de técnicas e sistema de lavagem a seco de isoladores, de forma a aumentar a segurança do
processo de limpeza em sistemas energizados
281
Desenvolvimento e implementação de óleo ecológico para transformadores de distribuição
185
Programa Coelce de Desenvolvimento Social pela Energia Consumida – Ecoelce
Total de investimentos em 2008
1
206
Desenvolvimento de produtos à base de compósito fibra de coco em matriz polimérica para aplicação em
sistemas de baixa-tensão. Além de buscar economia financeira, ao desenvolver caixas de baixo custo para os
medidores de energia, reaproveita os subprodutos do coco, resíduo abundante no Ceará
Resultado
Manter o consumo de
água em até 36 mil m3
Não atingida (somou 43,9 mil m3)
Manter o consumo de
energia em 10 GWh
Não atingida (totalizou 11,01 GWh)
Conquistar 100 mil
clientes no Ecoelce
Superada em 12% (112 mil clientes)
Desenvolver
biocatalizador para a
viabilização de adubo
orgânico
Realizados estudos para a criação
de biocatalisador proveniente
de recursos naturais, com o
objetivo de tornar o custo do
produto mais econômico. Foram
encontrados organismos que
atendem ao objetivo, porém são
necessárias mais pesquisas sobre o
metabolismo desses seres
94
863
Mais informações sobre Pesquisa e Desenvolvimento na página 94.
Metas ambientais
de 2008
Metas para 2009
Alcançar 200 mil clientes cadastrados no Ecoelce
Recertificar todo o escopo da ISO 14001
P&D ambientais
2006
2007
2008
Recursos aplicados (R$ mil)
1.375
1.022
863
Plantar 12 mil mudas de árvores como parte do projeto Uma
Luz para o Verde
Atender a 85 comunidades com o projeto Escola Coelce
Caminhos Eficientes
91
inovacão e criatividade:
Incentivo à eficácia
inovação e criatividade
A Coelce procura criar e aperfeiçoar diversos canais de
INOVA COELCE
Inovadora. O vencedor de cada categoria recebe um
gestão de ideias e projetos de inovação, com metodo-
Desde setembro de 2006, o Inova Coelce busca apro-
cheque de 2 mil euros. Em 2008, a Coelce recebeu men-
logias específicas para que os autores, independente-
veitar a capacidade criativa e o potencial inovador dos
ção honrosa pela iniciativa Desenvolvimento de Óleo
mente da função ou cargo na empresa, possam partici-
colaboradores, tornando-os protagonistas do cresci-
Ecológico para Transformadores.
par ativamente dos processos que signifiquem melhoria
mento da empresa. Ideias enviadas por funcionários de
contínua e agregação de valor ao negócio.
empresas parceiras também são bem-vindas.
DEU CERTO
Além de proporcionar ganho adicional de competiti-
Um das novidades do ano foi a Semana da Inovação
Lançado em 2008, o programa Deu Certo – Gente que
vidade, esses programas melhoram a qualidade dos ser-
Coelce, realizada de 3 a 7 de novembro de 2008, com
Acredita e Faz foi desenvolvido para incentivar a cria-
viços e impactam de forma positiva o desenvolvimento
oficinas de inovação comercial para intensificar a cria-
ção, o desenvolvimento e a difusão de melhores práti-
socioeconômico. Como exemplo, uma das boas ideias já
tividade e o empreendedorismo. O evento reuniu 121
cas em todas as áreas da Coelce. A iniciativa reconhece
adotadas é o Kit Irrigação, um regulador automático que
participantes de 16 municípios, que trouxeram mais de
e premia os projetos de melhoria contínua que já foram
permite ao produtor rural irrigar sua plantação no horá-
175 ideias, originando sete novos conceitos de negócio.
adotados e trouxeram resultados efetivos e mensurá-
rio em que a tarifa de energia tem custo menor. Além de
Um deles, de caráter educativo, sugere a criação de um
veis para a empresa. Foram mais de cem inscrições pela
programas corporativos – Inova Coelce e Deu Certo –, há
programa de bolsas e inclusão educacional tendo como
internet (www.deucertocoelce.com.br), contemplando
uma iniciativa global da Endesa, o Novare, e projetos de
suporte uma plataforma de seguro ou título de capitali-
ainda fóruns de disseminação para avaliar a possibi-
melhoria que surgem de Pesquisa & Desenvolvimento e
zação atrelado à conta de energia elétrica.
lidade de acelerar o processo de aplicação das ideias.
dos programas de Eficiência Energética. | GRI EU7 |
Desafio
Crescer com o uso de
tecnologias sustentáveis
O outro destaque do ano foi o novo portal na inter-
Dois projetos foram vencedores do ciclo 2008:
net (www.inovacoelce.com.br), com mais interatividade
Bloqueador Sinalizador de Chave Fusível e Seccio-
e acesso ao banco de informações sobre a iniciativa.
nadora e Troca de Arraias. O primeiro criou um me-
O cadastro das ideias, com viés comercial, tecnológico
canismo que sinaliza e impede que ocorra um reli-
ou de melhoria contínua, passou a ser feito pela web,
gamento acidental do circuito, evitando a falta de
dando agilidade ao processo.
energia prolongada em casos de situações transitórias.
Já o segundo envolve uma ação educativa sobre o pe-
Novare
rigo e os transtornos de soltar pipas próximo da rede
Por meio do Projeto Novare, as inovações podem ser
elétrica, além de estimular a troca dessa brincadeira por
aproveitadas por qualquer companhia Endesa, forta-
outras mais seguras, como pião e bola.
lecendo os esforços de melhoria contínua global. As
Ao final do primeiro ano de existência, a Coelce pu-
cinco categorias premiadas são: Distribuição, Geração,
blicou a edição inaugural da revista Deu Certo, com 77
Comercialização, Serviços Corporativos e Ideia mais
projetos dos participantes.
93
94
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
PESQUISA E DESENVOLVIMENTO | GRI EU7 |
Boas práticas • Brincadeira segura
A Aneel estabelece que as distribuidoras invistam,
anualmente, 0,5% da sua Receita Operacional Líqui-
No Ceará, é comum observar a garotada empinando
arraias (ou pipas) como diversão, principalmente nos
meses de julho e agosto, época das férias escolares
e de boas correntes de vento. Apesar de ser fabricado
sem praticamente nenhum custo, o brinquedo causa
grandes despesas com limpeza da rede e reparos dos
problemas acarretados no sistema elétrico.
Além disso, a segurança da comunidade é ameaçada com o uso do cerol, uma mistura de cola com vidro
moído que é aplicado nas linhas das pipas. Cresce
a cada ano o número de vítimas de ferimentos provocados pelo produto, sendo alguns fatais. Um dos
dois projetos vencedores do programa Deu Certo quis
justamente acabar com esse problema, enfocando o
lado social da questão.
Em uma série de ações conjuntas, os colaboradores
do Centro de Serviço de Maracanaú conseguiram reduzir de forma significativa as ocorrências provocadas
por arraias. Por meio de blitze de inspeção e parceria
com as Lojas de Atendimento, os colaboradores passaram a conscientizar os moradores do entorno sobre os
perigos de soltar pipas perto da fiação elétrica, distribuindo panfletos – inclusive informando que o uso de
cerol é crime previsto no Código Penal.
Outra ação envolveu a troca de arraias por brinquedos populares, como pião, bolas de futebol e
bila (bola de gude). “Nós antecipamos o período
das férias da criançada, efetuando a troca por esses
brinquedos. Todos da equipe se engajaram. Faziam
questão de participar, inclusive nos mutirões realizados aos sábados, no dia de folga”, afirma Antonio
Ernando Ferreira, o autor da ideia e líder do projeto
no programa Deu Certo.
Nessa iniciativa, ao custo de R$ 900,00 foram distribuídos 650 piões, 200 bolas e 6 mil bilas. Como
resultado, foi possível retirar de circulação aproximadamente 500 latas com cerol e centenas de arraias. A
unidade de Maracanaú também comemorou a queda
de 60% da Duração Equivalente de Interrupção por
Cliente (DEC), um dos indicadores que mede a qualidade do sistema, que passou de 1,49, em 2007, para
0,89, em 2008, após a adoção do projeto batizado
como Caçador de Pipas.
“Se a Coelce quiser levar a ideia para toda a empresa, sugerimos fazer uma parceria com os fabricantes
dos brinquedos, para que não falte material a ser doado”, complementa Raimundo Nonato Pereira Lima, outro integrante do projeto. Ele também considera importante engajar as autoridades municipais, mostrando o
quanto podem economizar no sistema de saúde, com
redução dos gastos decorrentes de atropelamentos e
braços quebrados – tipos de acidentes que ocorrem
quando as crianças correm para resgatar as pipas –,
além das vítimas do cerol. | GRI EN9 |
da (ROL) em projetos de Pesquisa & Desenvolvimento
(P&D), com a finalidade de trazer melhorias para o setor
energético. Em 2008, o órgão regulador divulgou novas
regras para elaboração e aprovação do programa de
P&D. A nova metodologia prevê que a avaliação inicial do projeto seja apenas indicativa, ficando a cargo
da empresa decidir pela execução. Já a avaliação final
se tornou obrigatória e foca os resultados alcançados,
seguindo critérios como originalidade, aplicabilidade,
relevância e razoabilidade dos custos.
A Coelce continuará assegurando a qualidade dos
temas pesquisados, além de acompanhar de perto a
busca por resultados que possam contribuir significativamente para superar os desafios do setor e tornar os
processos mais eficientes e ambientalmente amigáveis.
Em 2008, foram investidos R$ 3,2 milhões em projetos de P&D para promover a qualidade e confiabilidade das áreas técnica, comercial e institucional. (As
pesquisas relativas ao meio ambiente são abordadas na
página 91). Para a realização do programa, a companhia mantém parcerias com universidades e entidades
de pesquisas, e faz prospecção e análise dos cenários
tecnológicos, estabelecendo diretrizes e ferramentas
que possam ser aplicadas para o aprimoramento da
atuação empresarial.
inovação e criatividade
Projetos P&D 2008
Descrição
R$ mil
Um importante projeto de P&D foi concluído em de-
Avaliação do uso de cabo de
alumínio em área de
alta agressividade salina
Estudo da resistência à corrosão de cabo condutor em liga de alumínio
engraxado, com análise da substituição do cabo de cobre atualmente utilizado
280
zembro de 2008, cujo benefício está disponível para
Corrosão e degradação atmosférica
dos materiais elétricos
Mapeamento do Estado do Ceará para a identificação das zonas de alta
agressividade por poluentes atmosféricos e estabelecimento de um modelo
de padronização de materiais elétricos para a Coelce, buscando melhor
desempenho e vida útil
194
Desenvolvimento e aplicação de software
para previsão de atendimento otimizado
de emergência ao cliente
Desenvolvimento de um software capaz de operar com dados do Sistema de
Informações Geográficas e gerar soluções para alocação de equipes de forma a
minimizar tempo e custo no atendimento emergencial aos clientes da Coelce
289
Estudo e validação do inibidor de
furto em redes de baixa-tensão
Desenvolvimento de protótipo de equipamento capaz de tornar a energia
elétrica indisponível para o uso residencial, inibindo o furto em ramais de
baixa-tensão, e realização de testes de aplicação em área piloto do sistema de
distribuição
99
Otimização dos aspectos de segurança
e comunicação de dados do sistema de
fatura imediata
Investigação e proposta de soluções de software que possam ser agregadas
ao Sistema de Fatura Imediata, de forma a aperfeiçoar as características de
segurança e comunicação de dados via rede GPRS
140
Posto avançado de atendimento ao
consumidor por videoconferência
Desenvolvimento de um espaço de atendimento integrado a um terminal de
videoconferência, possibilitando ao cliente a interação direta com a Central de
Relacionamento por meio de recursos de som e imagem
326
Sistema computacional de detecção
e gestão de interrupções de energia
integrado ao atendimento emergencial
Desenvolvimento de um sistema de gestão de atendimento de emergência
baseado na detecção automática no tratamento de interrupções no
fornecimento de energia elétrica antes do registro de reclamações dos clientes
afetados
391
Sistema de caracterização de perdas
comerciais baseado no perfil de
consumidores para otimização
de inspeções
Desenvolvimento de um sistema computacional capaz de analisar as
informações disponíveis nos medidores de memória da massa e o histórico
de eventos relacionados ao processo de aferição de consumo, possibilitando o
aumento no índice de acerto das inspeções de fraude
161
Sistema de monitoramento de
descargas atmosféricas para o
Estado do Ceará
Implantação de uma rede de sensores para a detecção de descargas
atmosféricas em tempo real do tipo nuvem-terra sobre o Estado do Ceará,
auxiliando o gerenciamento, a manutenção e operação das linhas de
distribuição de energia da Coelce
52
Sistema de religamento e corte de
unidades consumidoras com
tecnologia bluetooth
Desenvolvimento e aplicação de dispositivo para religamento e corte de
unidades consumidoras, utilizando tecnologia bluetooth, tendo como base de
controle e comunicação a utilização de equipamentos tipo palmtop
98
Sistema para medição e verificação
de performance (Pimvp) do PEE Aneel
Desenvolvimento e aplicação de sistema para medição remota e avaliação de
resultados obtidos por ações de eficiência energética, colocando à disposição
da sociedade um canal de divulgação via web
267
TOTAL 1
1
Valor exclui P&D ambiental
toda a sociedade cearense. Trata-se do Sistema de Monitoramento de Descargas Atmosféricas para o Estado
do Ceará, desenvolvido em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual do
Ceará (Uece). Por meio dessa iniciativa, todas as redes
de distribuição da Coelce foram georreferenciadas e
passaram a transmitir à longa distância dados sobre
a incidência de raios e outras informações relativas à
meteorologia.
Com isso, a companhia pode melhorar o seu atendimento de emergência, deixando as equipes de
sobreaviso em áreas com maior potencial de chuvas, que costumam acarretar transtornos na rede
de distribuição elétrica – como a queda de postes
e interrupção de cabos. Em caso de interrupção do
fornecimento, principalmente em zonas rurais mais
isoladas, também consegue agilizar a localização e a
resolução do problema.
O projeto permite a geração de dados em tempo real,
com aplicações em áreas de recursos hídricos (tornando
mais real a estimativa de precipitação), de meteorologia (melhoria da previsão quantitativa de tempestades)
e inclusive na segurança da aviação.
2.297
Apesar de a Coelce ter acesso ao sistema completo
com as informações, parte do monitoramento pode ser
acompanhado pelo público em geral, por meio do portal na internet (http://www.zeus.iag.usp.br).
95
96
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
Os investimentos em eficiência energética constituem
importante alternativa para conter a expansão do
consumo sem comprometer a qualidade de vida da
população e o desenvolvimento econômico do País.
No Brasil, a legislação do setor elétrico determina que
as distribuidoras destinem, anualmente, 0,5% de sua
Receita Operacional Líquida (ROL) a programas caracterizados como de eficiência energética.
Todas as iniciativas devem ser aprovadas pela Aneel
menor poder aquisitivo, com a reforma de instala-
Energia economizada – MWh | GRI EU10, EU11 |
2006
2007
2008
Meta
2009
Residencial
(Ecoelce)
-
-
4.600
7.189
Residencial Baixa
Renda (Troca Eficiente)
-
3.940
6.226
8.287
Comercial
379
-
-
-
Industrial
3.401
-
-
-
Poder público (prédios
públicos, como
escolas, hospitais)
4.047
3.799
2.165
3.031
Classe de consumo
-
1.446
-
1.585
7.827
9.185
12.991
20.092
e geralmente estão divididas em dois grupos principais: ações educativas para a população, incluindo a
disseminação do selo de qualidade do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), e
investimentos em equipamentos e instalações.
Nesse sentido, a Coelce desenvolve projetos de
educação para o uso eficiente e seguro da energia,
Além de contribuir com a doação de equipamentos
mais ecoeficientes, a companhia garante o descarte
ambientalmente correto para os resíduos gerados nessa operação. Com investimento de R$ 5,8 milhões no
ano, os benefícios da iniciativa abrangeram:
• 1.440 residências com instalação de padrão de entrada e/ou reforma da rede interna;
Serviço público
Total
ções elétricas e a troca de refrigeradores e lâmpadas.
• 38.500 lâmpadas incandescentes de 60W substituídas por fluorescentes compactas de 15W; e
• 6.108 famílias beneficiadas com a troca de geladeira,
Benefícios da eficientização
| GRI EU10 |
Investimento
(R$ mil)
Troca de 6.108 refrigeradores
5.804
Doação de 38.500 lâmpadas fluorescentes
Redução na demanda, no horário de ponta, de
1.865,77 kW
Economia de 6.226,38 MWh/ano de energia
no sistema de refrigeração e iluminação
sendo 4.439 em Fortaleza e Região Metropolitana e
1.669 em municípios do interior do Ceará.
Além da Troca Eficiente, são realizadas ações educativas para o uso seguro e consciente da energia
elétrica por meio do programa Escola Coelce de Caminhos Eficientes (mais informações na página 89).
promove a substituição de geladeiras antigas por modelos mais novos entre a população de baixa renda e
prédios públicos | GRI EN6, EU6 |
a modernização dos sistemas de iluminação em hospi-
somaram R$ 7.202 mil, em 2008, e contribuíram para
A troca de lâmpadas, condicionadores de ar e a re-
tais e escolas públicas, entre outras ações.
a economia de energia em diversas classes de consumo,
forma da rede elétrica interna em prédios podem pro-
totalizando 12.991 MWh economizados, o equivalente à
porcionar economia mensal de até 15%. Lâmpadas e
demanda anual de cerca de 5 mil residências.
equipamentos ineficientes são reciclados, com desti-
A companhia possui um plano, com investimento
em capacitação de pessoal próprio para a gestão e
nação correta dos resíduos. Técnicos e consultores da
execução do Programa de Eficiência Energética, em
ações de marketing e divulgação, em aquisição de
Troca Eficiente | GRI EN6, EU6 |
companhia visitaram prédios públicos, como hospitais,
sistemas de gestão informatizados, dentre outros. Em
Devido ao sucesso do seu programa de ecoeficiên-
escolas, universidades e centros de pesquisa, para es-
2008, foram destinados R$ 58 mil a essas iniciativas.
cia no segmento de baixa renda, a Coelce continuou
tudar as ações necessárias que possibilitem tornar as
No total, os investimentos em eficiência energética
em 2008 a atuar em residências de consumidores de
instalações mais modernas.
inovação e criatividade
Projetos de eficiência energética
13 hospitais públicos
(seis em Fortaleza e sete
no interior do Estado)
Benefícios diretos | GRI EN6, EU6 |
Modernização de 5.168 pontos de iluminação
Investimento (R$ mil)
500
Troca de 333 condicionadores de ar
Modernização de 4.320 pontos de iluminação
Investir R$ 11,6 milhões em projetos de P&D
Investir R$ 13 milhões em projetos de Eficiência Energética
318
Troca de 163 condicionadores de ar
Redução na demanda, no horário de ponta, de 261,37 kW
Economia de 822,35 MWh/ano de energia nos sistemas de
refrigeração e iluminação
Centro de Educação Tecnológica do
Estado do Ceará (Centec)
Modernização de 1.189 pontos de iluminação
121
Troca de 72 condicionadores de ar
Redução na demanda, no horário de ponta, de 86,66 kW
Economia de 194,36 MWh/ano de energia nos sistemas de
refrigeração e iluminação
Faculdade de Economia, Administração,
Atuárias, Contabilidade e Secretariado
FEAACS (UFC)
Modernização de 486 pontos de iluminação
124
Troca de 81 condicionadores de ar
Redução na demanda, no horário de ponta, de 80,66 kW
Economia de 232,30 MWh/ano de energia nos sistemas de
refrigeração e iluminação
Fundação Cearense de Meteorologia e
Recursos Hídricos (Funceme)
Modernização de 212 pontos de iluminação
55
Troca de 40 condicionadores de ar
Redução na demanda, no horário de ponta, de 34,49 kW
Economia de 79,50 MWh/ano de energia nos sistemas de
refrigeração e iluminação
Total
Inova Coelce: inclusão de quatro novos produtos pela
metodologia utilizada no programa
Deu Certo: aplicação de 60 projetos de melhoria contínua
Redução na demanda, no horário de ponta, de 371,05 kW
Economia de 836,89 MWh/ano de energia nos sistemas de
refrigeração e iluminação
19 escolas públicas
(dez estaduais e nove municipais, todas
localizadas em Fortaleza)
Metas para 2009
1.118
Realizar a troca de 8 mil geladeiras e de 40 mil lâmpadas
97
sociedade:
Educação e responsabilidade social
99
SOCIEDADE
De forma crescente, a Coelce vem direcionando os seus
Impactos da distribuição
investimentos de responsabilidade social para a área de
educação, por acreditar que somente ao desenvolver po-
A qualidade no atendimento aos clientes e a seguran-
tencial criativo e massa crítica as pessoas são capazes de
ça no fornecimento de energia representam impactos
atuar para a transformação social inclusiva e sustentável.
positivos para a sociedade, que passa a ter acesso a
Os programas educacionais apoiados pela companhia en-
outros benefícios sociais, como sistemas de saúde e in-
volvem principalmente crianças e jovens.
cremento de atividades para a geração de renda. Algu-
A empresa também é uma das que mais investem no
mas iniciativas também estimulam a inclusão social por
Estado do Ceará para valorizar e disseminar a cultura
meio do acesso formal à rede elétrica. Dessa forma, a
local. Somente em 2008, destinou R$ 11,3 milhões para
fatura mensal passa a funcionar como comprovante de
financiar projetos sociais e culturais. Somados aos recur-
residência, o que permite ao consumidor obter linhas
sos próprios destinados a projetos de inclusão no forne-
de crédito e financiamento.
cimento de energia – Luz para Todos e Baixa Renda –,
Apesar de a construção ou ampliação de infraestru-
o investimento social externo da companhia totalizou R$
turas do sistema elétrico poder resultar no deslocamen-
223,9 milhões. Foram beneficiadas 3 milhões de pessoas
to de moradores, as atividades da companhia não pro-
em 2008, sendo 1,6 milhão de consumidores enquadrados
vocam retirada involuntária. O contrato com o governo
como baixa renda e 1 milhão em iniciativas direcionadas a
federal não permite, inclusive, que isso aconteça no
crianças e adolescentes atendidos por projetos que rece-
atendimento a solicitações enquadradas no Programa
bem recursos de Fundos da Infância e Adolescência.
Luz Para Todos. | GRI SO1, EU21, EU19 |
Fontes de investimentos sociais e culturais (R$ mil)
Desafio
| GRI EC8 |
2005
2006
2007
2008
638
1.301
2.431
1.500
Incentivos fiscais
5.054
7.547
9.273
9.818
Sistema Estadual de Cultura (Siec)
3.185
3.975
2.423
3.027
450
1.700
2.405
2.414
50
500
601
618
1.369
1.372
3.588
3.759
não vigente
não vigente
256
0
5.692
8.848
11.704
11.318
Recursos próprios
Ser reconhecida pela sociedade
como uma empresa parceira no
desenvolvimento do Ceará
Lei Rouanet
Fundos para a Infância e Adolescência (municipais e estadual)
Fundo Estadual para Cultura (FEC)
Lei de Incentivo ao Esporte 1
Total
1
Em 2008 a Coelce não recebeu nenhuma solicitação de projeto esportivo com mecanismo de patrocínio pela Lei nº 11.438/06 (Lei de Incentivo ao Esporte)
100
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
Iniciativas sociais e culturais
Gestão de impactos | GRI 1.2 |
Aspectos
Impactos sociais
Ações
Variação do nível de tensão
da energia distribuída
• Queima de
equipamentos
elétricos
• Indenização por ocorrência do sistema elétrico
• Medições instantâneas e gráficas em subestações e instalações
• Instalação de macromedição em centro de distribuição desenergizado
• Manutenções preventivas e corretivas
Uso irregular da energia
elétrica
• Choque elétrico
• Campanhas de combate a furtos de energia e riscos atrelados à rede elétrica
• Retirada de gambiarra
• Inspeção em redes de média e baixa-tensão
• Construção conforme padrão de ligação DAT (redes antifurto)
Uso ineficiente da energia
elétrica
• Aumento de
despesas
Uso inseguro da energia
• Queima de aparelhos • Campanhas para o uso seguro de energia elétrica
• Incêndios
• Choque elétrico
Risco na construção /
reforma irregular
de instalações elétricas
• Choque elétrico
• Campanhas para o uso seguro de energia elétrica
• Oferta de serviços de consertos e manutenção de sistemas elétricos
realizados por profissionais devidamente capacitados pela Coelce
Construção/reforma de prédios
próximos à rede elétrica
• Choque elétrico
• Campanhas para o uso seguro de energia elétrica
Interrupção não programada
do fornecimento
• Prejuízos financeiros
• Insegurança noturna
em vias públicas e
desconforto
• Riscos à saúde
• Transtornos no
trânsito
• Plano de Contingência para Atendimento Emergencial
• Controle da duração e frequência da interrupção do fornecimento
• Serviço especial, com informações sobe tempo e causas da interrupção
• Restrição de corte nos casos de uso de equipamentos indispensáveis à vida
• Geradores em residências com equipamentos indispensáveis à vida
• Campanhas de comunicação para não soltar pipas próximas à rede elétrica
• Manutenção preventiva
Interrupção programada do
fornecimento
• Troca de geladeiras e lâmpadas ineficientes, Ecoelce
• Campanhas para o uso consciente da energia
• Prejuízos financeiros • Comunicação antecipada sobre a interrupção temporária para grandes
• Desconforto e
clientes, hospitais e população em geral
insatisfação
• Informações precisas à população sobre duração e causas da interrupção
• Riscos à saúde
• Geradores em residências com equipamento indispensável à vida
Uso de cabos nus em redes de
baixa-tensão
• Choque elétrico
• Mudança do padrão de construção de rede de baixa-tensão com cabos
Suspensão do fornecimento
por não pagamento da conta
de energia
• Prejuízos financeiros • Aviso antecipado do corte em conta de energia
• Desconforto e
• Ativação do projeto de aviso antecipado de corte, que consiste na visita aos
insatisfação dos
clientes inadimplentes cuja comunicação por carta e do acionamento por
clientes
telefone não foi possível
• Projeto de Humanização do Atendimento, com capacitação de eletricistas
e leituristas
• Monitoramento do horário de pagamento de clientes listados para
suspender fornecimento, atualizado em tempo real
• Negociação da dívida
• Monitoramento dos pagamentos (via palm top) para religação imediata
cobertos
Desde 2008, de forma inédita, a Coelce oferece a
possibilidade de a comunidade cadastrar on-line os
projetos em busca de patrocínio. O portal http://www.
coelcesites.com.br/sustentabilidade permite aos interessados enviar ideias e justificar os benefícios a serem
contemplados com os programas.
Com total transparência, a companhia também informa a lista de todos os projetos de apoio à cultura,
ao esporte e aos direitos da criança e do adolescente
desenvolvidos em 2008, inclusive o valor dos investimentos destinados a cada um. Além de reunir notícias
atualizadas do desempenho da empresa no âmbito da
responsabilidade social corporativa, o portal também
dispõe de um canal para receber sugestões.
Natal Educar com Arte
Com a mensagem Investir em educação é a melhor for-
ma de desejar Feliz Natal para todo o Ceará, a campanha natalina de 2008 consistiu em um bem-sucedido
concurso de desenho entre os estudantes de escolas
públicas. Ao todo foram 17 mil trabalhos de 3,7 mil
escolas inscritas, localizadas em 181 dos 184 municípios do Ceará. Um diferencial foi a participação efetiva
dessas escolas, que selecionaram os cinco melhores
desenhos entre os seus alunos.
As três primeiras colocações foram de Luciana Nogueira Silva, Francisca Bruna de Souza Martins e Cindy
SOCIEDADE
Maria Damasceno Jales, que ganharam bolsa de estu-
móvel de atendimento comercial (Coelce nos Bairros).
dos de R$ 70 mil e computador com impressora. Os
Também disseminam o programa de eficiência energéti-
classificados do 4º ao 20º lugares receberam compu-
ca (troca de lâmpadas, fiação e geladeiras velhas), Baú
tadores e impressoras, e as escolas dos 20 estudantes
da Leitura, Cine Coelce, Escola Coelce Caminhos Efi-
ganharam kit multimídia contendo notebook, projetor
cientes, que busca combater o desperdício de energia
e tela de projeção. A campanha continuará em 2009.
elétrica, e programa de reciclagem Ecoelce, de troca de
resíduos recicláveis por bônus na conta de energia.
Programa Energia Social
A partir da necessidade de contribuir com uma aborda-
Conhecer – Direcionado para a autopercepção do pú-
gem social para a redução de perdas em comunidades
blico envolvido em relação ao contexto social em que
de baixo desenvolvimento socioeconômico, a Coelce
está inserido. A partir de vivências individuais, são de-
criou o Programa Energia Social. São três linhas de
senvolvidos temas como orçamento familiar, culinária
ação, que reúnem outras iniciativas já desenvolvidas
para aproveitamento integral dos alimentos, responsa-
pela companhia, com a intenção de potencializar o im-
bilidade socioambiental e orientação para o mercado.
pacto positivo no dia a dia das pessoas, como a negociação de dívidas e ações de geração de renda, cidadania e
Educar para Crescer – Busca fomentar o artesanato lo-
responsabilidade socioambiental.
cal como forma de geração de renda sustentável e va-
Energia social em 2008
• Investimento de R$ 630 mil
• 384 pessoas atingiram incremento real no orçamento familiar
• Geração de R$ 155.513,17 em comércio solidário
• 241 pessoas capacitadas em meio ambiente
• 288 pessoas receberam orientação sobre orçamento familiar
• 283 pessoas capacitadas em culinária alternativa
e uso de forno solar
• 465 pessoas aprimoraram ou aprenderam técnicas artesanais
• 91 jovens participaram de oficinas de orientação
para o mercado
Para melhor mensurar os impactos do Energia Social,
lorização da cultura cearense. Essa linha de ação prevê
será realizado um estudo das novas comunidades que
capacitar a comunidade para o aperfeiçoamento de téc-
O compromisso de reverter 100% do valor arreca-
devem ser atendidas, a partir de 2009. Por meio da par-
nicas artesanais, orientar para a produção de coleções e
dado com a venda dos artigos produzidos aos artesãos
ceria com a Universidade Federal do Ceará, estudantes
apoiar a comercialização das peças, com respeito a bases
proporcionou R$ 155,5 mil em comércio solidário, com
farão o levantamento de indicadores socioeconômicos,
regionais e tradições culturais de cada localidade.
incremento de renda direto para 384 pessoas. O progra-
atuação do Programa Energia Social.
incluindo o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH),
Em 2008, foram capacitadas 19 comunidades, que
ma orientou ainda jovens para o mercado de trabalho.
que servirão como parâmetro de avaliação de resultados.
produziram artigos de qualidade e boa aceitação no
Nesse sentido, embora não seja possível mensurar de
mercado. A Coelce apoiou também a criação de uma
forma precisa o impacto referente a empregos indiretos,
Ações Coelce – Abrangem as atividades comerciais, a
coleção de moda, incluindo desfile na Feira de Respon-
percebeu-se que a maior visibilidade conquistada pelo
exemplo do parcelamento de dívidas da fatura de ener-
sabilidade Social e um catálogo impresso dos produ-
Energia Social, em 2008, refletiu-se na contratação de
gia sem juros ou com ampliação do número de parcelas,
tos. Em alguns períodos, o alto número de encomendas
profissionais (instrutores, monitores, designers, etc.) e na
para clientes de baixa renda, e a instalação de unidade
determinou a inclusão de comunidades além do raio de
aquisição de matéria-prima de terceiros. | GRI EC9 |
101
102
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
Coelce Voluntários
O Programa Coelce Voluntários encerrou 2008 com uma
ação de enfoque educacional. Por meio do curso As Van-
Política de
Responsabilidade Social
nomia e negócios) realizaram diversas atividades lúdicas
para cem alunos das escolas públicas de ensino fundamental e médio Jenny Gomes, Maria Stella Cochrane Santiago (ambas em Fortaleza) e José de Borba Vasconcelos
(em Maracanaú).
Criado em 2006, com o intuito de reforçar a presença da
companhia na sociedade, o programa contou com a participação de 46 voluntários em 2008. Outras iniciativas no
ano, que beneficiaram diretamente 4 mil pessoas, foram:
• Cadastro de doadores de medula óssea.
• Campanha de doação de sangue.
• Arrecadação de donativos e R$ 20 mil em benefício de
42
0
do Cariri (AAPREC)*
• Transparência – de forma ética e em sentido
amplo
• Diversidade – respeito à sinergia das diferenças
culturais
• Desenvolvimento autossustentável – inclusão
social de forma digna
• Associação – parcerias com todos os atores
sociais
• Complementaridade – não avoca para si as
obrigações do governo, mas torna-se parceira
• Inclusão – redução da exclusão social no entorno
da entidade
• Participação – ações sociais realizadas pelos
colaboradores
Centro Católico de Evangelização Shallon
557
Desafio Jovem do Ceará
49
Diocese de Tianguá – Santuário de Fátima de
36
São Benedito
Entidade Filantrópica Raimundo Costa Sobrinho
257
(Cidadão e Amor)
Escolinha de Futebol do Ceará Sporting Clube
Escolinha de Futebol do Ferroviário
56
6
Atlético Clube
Escolinha de Futebol do Fortaleza Esporte Clube
Escolinha de Futebol do Icasa Esporte Clube
Federação das Associações de Pais e Amigos
138
132
1.235
de Excepcionais do Estado do Ceará
Fraternidade de Aliança Toca de Assis
Fundação Especial Permanente Casa Esperança
Fundo das Nações Unidas para a Infância
vítimas atingidas por chuvas nos municípios de Icó, Au-
20
11
270
(Unicef)
rora, Lavras da Mangabeira, Caririaçu, Crateús e Sobral.
• Repasse de verbas – Duas instituições sem fins lucrati-
• Narração de histórias em comunidades de baixa renda.
vos foram beneficiadas com 2,5% dos recursos arreca-
• Visitas a instituições carentes, como Associação Peter
dados pelo Seguro Família Residencial 3+1 e Seguro de
Pan, e doação, por parte dos colaboradores, de parte do
Vida com Assistência Funeral. O Instituto de Prevenção
Imposto de Renda Pessoa Física devido.
à Desnutrição e Excepcionalidade (Iprede) e o Hospital
Instituto Hesed*
Batista Memorial receberam R$ 44,1 mil cada um.
Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza
Coelce Solidária
(R$ mil)
Associação Brasileira de Amiotrofia Espinhal
Associação dos Amigos e Pacientes Renais
tagens de Permanecer na Escola, voluntários capacitados
pela Junior Achivement (organização de educação em eco-
Instituições beneficiadas por
doações pela conta de energia
• Arrecadação de fundos para entidades – Por meio da
Em 2008, o Programa Coelce Solidária repassou mais
doação de uma quantia simbólica por parte de 251 mil
de R$ 8 milhões para instituições sem fins lucrativos,
clientes, foram revertidos R$ 8,5 milhões para entidades
além de realizar outras ações direcionadas à qualidade
sem fins lucrativos. O montante é cerca de 30% maior
de vida da população: | GRI EC8, EC9 |
que em 2007 (R$ 6,5 milhões). Os clientes podem ir até
Hospital do Câncer de Fortaleza*
0
Hospital e Maternidade José Pinto do Carmo
4
(município de Baturité)
Instituto de Prevenção à Desnutrição e à
44
Excepcionalidade (Iprede)
Legião da Boa Vontade (LBV)
Pastoral da Criança*
Sociedade Hospitalar São Francisco de Canindé
Total arrecadado **
* Entidades em início de vigência do convênio, em dezembro de 2008.
** Valor arrecadado, descontados tributos e taxas administrativas.
0
4.701
934
0
37
8.530
SOCIEDADE
uma loja da distribuidora, escolher uma das entidades
um espaço na conta de energia elétrica para a divul-
e infanto-juvenis das mãos do próprio mascote da Co-
cadastradas a ser beneficiada e estipular uma quantia
gação de imagens de crianças desaparecidas, que inte-
elce, o Lampinha. Em parceria com o grupo Casa do
acima de R$ 1,00. Em 2008, a companhia manteve par-
gram o cadastro da Secretaria do Trabalho e Desenvol-
Conto, as histórias são narradas de maneira lúdica a fim
ceria com 22 instituições, sendo que quatro delas esta-
vimento Social do Ceará. Desde o início do programa,
de estimular ainda mais o gosto pela leitura. Em 2008,
vam em adequação do convênio no final do ano.
em 2004, oito crianças foram encontradas.
o projeto beneficiou 35 entidades, entre escolas públi-
• Doação de móveis e equipamentos – Anualmente é
cas, ONGs e associações comunitárias, com investimen-
realizada a doação de móveis usados e equipamentos
Incentivo à leitura
to de R$ 28 mil. Os municípios beneficiados pelo Baú
de informática. Em 2008, foram entregues 741 móveis
Desde 2005, o projeto Baú da Leitura contribui para a
da Leitura foram Canindé, Fortaleza, Icaupuí, Itarema,
a oito instituições e 70 computadores também para oito
disseminação do conhecimento em comunidades com
Maracanaú, Pacajus, Sobral e Trairi.
entidades de Fortaleza.
baixo desenvolvimento socioeconômico. Cada localida-
A companhia promoveu, ainda, um curso de capa-
de atendida recebe um acervo com 300 livros infantis
citação para contação de histórias, em junho de 2008,
• Apoio à busca de crianças desaparecidas – Reservado
do qual participaram 30 colaboradores. O objetivo é
transformar os voluntários em agentes disseminadores,
Feira coelce de Responsabilidade social
Realizada durante três dias no bosque do Marina Park
Hotel, em Fortaleza, a Feira Coelce de Responsabilidade Social ofereceu aos visitantes uma mostra de 11
projetos socioambientais apoiados pela companhia:
Baú de Leitura; Cine Coelce; Coelce Solidária com a
Saúde Pública; Ecoelce; Energia Social; Escola Coelce – Caminhos Eficientes, MidiaCom, Óleo Ecológico,
Adubo Orgânico, Promil e Troca Eficiente.
A primeira edição da Feira, que reuniu aproximadamente 2 mil pessoas, contou ainda com apresentações
musicais e uma Arena da Aprendizagem – espaço de
oficinas de contação de história, animação, uso eficiente de energia, brinquedos feitos a partir de material
reciclado, horta caseira e customização de camisetas.
| EC9 |
O resultado da capacitação de profissionais do artesanato pelo programa Energia Social ficou evidenciado no desfile de abertura do evento, com modelos
apresentando os produtos feitos de renda de filé, crochê, dentre outros materiais. Na ocasião, foi assinado
convênio com o Ateliê Brasil para comercialização das
peças artesanais produzidas pelas comunidades do
projeto. A segunda edição da Feira de Responsabilidade Social da Coelce já está confirmada para 2009.
Mais do que reforçar o seu compromisso com a
responsabilidade social corporativa, a Feira busca intensificar o diálogo e a transparência entre a Coelce e
a sociedade. A companhia aproveitou a ocasião para
divulgar o seu Relatório de Sustentabilidade 2007.
para o público infantil, de temas de segurança da rede
elétrica e eficiência energética. Após o treinamento, os
voluntários atuaram com a equipe do programa Coelce
nos Bairros, contando histórias para a comunidade de
São Bernardo, em Messejana.
Mostras-debate de cidadania
A Coelce tem promovido a discussão de temas relevantes
para a sociedade entre seus colaboradores. Destacam-se
os seguintes encontros realizados em 2008:
• Mostra-debate sobre Paternidade Responsável: a iniciativa, intitulada Conversa de Homem, trouxe à discussão
assuntos relacionados à paternidade responsável, buscando a construção de relações mais livres e prazerosas
entre pais e filhos. Antecedendo o evento, foi realizada
uma campanha interna com o título O Que é Ser Pai.
103
104
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
• Mostra-debate sobre Política: o evento reuniu colabo-
Fundo Estadual para a Criança e o Adolescente
radores da empresa, levando os participantes a refletir
Entidade
Descrição
sobre política e voto consciente. Foram utilizados recur-
Centro Pediátrico do Câncer da
Associação Peter Pan (APP)
Em 2008, os recursos foram destinados ao término da construção do Centro Pediátrico do
Câncer, com quatro pavimentos e 69 leitos.
24.500
Instituto Programa Movimento
de Integração Milenar (Promil)
Cursos de instalador-eletricista, instalador-bombeiro e secretariado, para jovens de 14 a 18
anos, bem como egressos do sistema penitenciário. Beneficiou 7 mil pessoas em 2008.
125.000
Tecendo Cidadania com
Educação e Arte
Promover a autoestima, o resgate dos valores éticos, o estímulo ao estudo e do exercício da
cidadania de 80 crianças e adolescentes em situação de risco social.
10.500
Caminho para a Cidadania
Ampliar as oportunidades de aprendizado para 20 crianças e adolescentes especiais.
sos de vídeo e música, além de palestra promovida pelo
instituto Fábrica de Imagens, especializado em promover ações de educação e cidadania.
direitos da criança e do adolescente
Em 2008, foram destinados R$ 617 mil (oriundos de 1%
do Imposto de Renda devido) ao apoio de ações capazes
Subtotal
(R$ mil)
21.500
181.500
Fundo Municipal para a Criança e o Adolescente
3ª Mostra de Arte da Cultura
Cearense (22ª Convenção
Estadual do Comércio Lojista)
O objetivo geral é proporcionar mudanças culturais, no sentido de promover a ampliação
do conhecimento tecnológico e empresarial da classe lojista, além do desenvolvimento de
novos negócios. Foram beneficiadas 1.200 pessoas.
40.000
cação, arte, cidadania e inclusão social.
Arte, Vida e Movimento, do
Grupo Bailarinos de Cristo Amor
e Doações (BCAD)
Oferece diversas atividades, como dança, teatro, computação, língua estrangeira (inglês)
e natação, entre outras, além de alimentação aos participantes. São acompanhadas 380
crianças de 21 comunidades de baixo poder aquisitivo, em vários núcleos de Fortaleza.
23.500
Projetos culturais
Festival Cariri de Canção –
Modalidade Infanto-Juvenil
Mobilizar, incentivar, criar espaços e apoiar a produção musical, artística e cultural, além
de favorecer o crescimento das atividades turísticas da região.
20.000
Festival Nordestino de
Teatro de Guaramiranga
Apoio à difusão, exibição, circulação e promoção do teatro em Guaramiranga. Ocorrido de 12 a
20 de setembro de 2008, participaram do evento 13,5 mil pessoas.
50.000
MídiaCOM
Capacitação em comunicação digital e computação gráfica, além de organização para a
geração de renda. Em 2008, beneficiou 120 alunos da rede pública de ensino de Aquiraz.
23.500
Projeto Atos de Aprendiz
do Conselho de Integração
Social (Integrassol)
Contribuir para o desenvolvimento socioprofissional e educacional de 100 estudantes de
escolas públicas (16 e 17 anos) em situação de risco social, com orientação e qualificação
profissional, visando à inserção no mercado do trabalho.
15.000
Visagens do Desejo da
Companhia de Dança do
Ceará (Vidança)
Com foco na dança como agente de transformação social, beneficia 300 crianças e
adolescentes de três bairros de Fortaleza. São promovidas aulas gratuitas de dança,
percussão e capoeira, inspirados na cultura e nas tradições locais. As famílias se envolvem,
participando de palestras e contribuindo na confecção do material usado nos espetáculos.
23.500
Juá Forró
Evento junino com duração de 15 dias, em Juazeiro do Norte, com perspectiva de público
de 450 mil pessoas. O festival contou com 45 atrações musicais e as apresentações de
quadrilhas com a presença de crianças, adolescentes e adultos.
120.000
Festival de Quadrilhas Juninas
Infantis de Maracanaú
Ao produzir uma grande festa de São João para a população de Maracanaú, a Coelce buscou
fortalecer as raízes culturais, além de atrair turistas e incrementar o comércio local.
120.000
de proporcionar um futuro melhor a crianças e jovens. A
contribuição beneficiou várias iniciativas, abrangendo edu-
A Coelce recebeu o Selo de Responsabilidade Cultural
2008, conferido pela Secretaria de Cultura do Estado, em
reconhecimento a seus investimentos no setor. Em 2008,
foram aplicados mais de R$ 10 milhões, entre recursos
próprios e oriundos do Sistema Estadual de Cultura (2%
do ICMS a recolher) e da Lei Rouanet (até 4% do Imposto
de Renda a recolher). Os projetos se enquadram nas categorias de artes cênicas, audiovisual, literatura, música e
patrimônio imaterial.
Artes cênicas
A companhia investiu R$ 425 mil nessa categoria, destacando-se a realização do Festival Nacional de Dança,
Subtotal
435.500
em Fortaleza.
Total
617.000
SOCIEDADE
Artes Cênicas (Teatro e Dança)
2008 (R$)
ARTES VISUAIS
As Sete Irmãs
Estimular e difundir a produção teatral das pessoas de terceira idade.
10.300
Nessa categoria, foram investidos R$ 203 mil, destacando-
Divertissiment –
Espetáculo que reuniu o Ballet Hugo Bianchi e companhias Cia. dos Pés Grandes, Cia. Etra
45.000
se o projeto Arte Profissionalizante realizado em bairros de
Vida e Arte de Hugo Bianchi
de Dança e Centro de Experimentação em Movimento. As apresentações em Fortaleza
baixo desenvolvimento socioeconômico.
foram gratuitas, com público estimado de 5 mil pessoas.
Donas do Destino
A peça, com atores de terceira idade, buscou promover a integração de várias culturas,
10.200
Literatura
valorizando tradições e crenças. As quatro apresentações foram vistas por 600 pessoas.
Energia para Desenvolver
O projeto é desenvolvido em Groaíras para a inclusão de crianças e adolescentes por
38.650
meio de arte-educação. Em 2008, atendeu 50 crianças e jovens. Em 2008 foi produzido
A iniciativa Fábrica de Leitores foi um dos destaques dentre os investimentos em literatura. A empresa patrocinou a
espetáculo itinerante de teatro que percorreu sete municípios (Massapé, Sobral,
produção de 20 livros infantis sobre a cultura e a história
Forquilha, Groaíras, Cariré, Acopiara e Crato), atingindo 3,6 mil adolescentes e jovens.
Estação das Artes – Plano de
Objetiva a produção, capacitação, pesquisa e difusão das manifestações artísticas para
39.325
capacitação em artes cênicas
consolidar a Estação Ferroviária de Senador Pompeu (CE) como centro de arte e cultura.
Festival Nacional de Dança
Evento anual dissemina a dança e cultura do Ceará com espetáculos, cursos e palestras.
70.000
Francisco – O homem que
Espetáculo teatral realizado há dez anos, durante a romaria de São Francisco de Assis.
135.818
se tornou santo
Em 2008 foram feitas cinco apresentações em Canindé, para um público estimado em 5
Música
mil pessoas. Inclui a promoção de cursos e oficinas, formando profissionais em figurino,
Após várias apresentações em eventos natalinos e em ou-
adereços, cenários, cabelo e maquiagem, camareiras, atores e diretores e outros.
No Nordeste é Assim
Espetáculo itinerante, na capital e interior, buscou promover o intercâmbio cultural. Foram
25.000
oferecidas oficinas de teatro, mostras de vídeos e palestras sobre a cultura nordestina.
O Cântico das Criaturas
O grupo Jardim de São Francisco apresentou a história da tradição do presépio e o Natal
50.818
2008 (R$)
159.556
renda e a promoção da cultura iconográfica nordestina e brasileira.
CD de músicas, patrocinado pela companhia, que busca
Beato Lourenço, mulheres, palhaços, animais, naturezas mortas, para reafirmar a
identidade cultural e preservar valores. Também faz uma releitura dos grandes mestres
Audiovisual
foi o Cine Ceará, Festival Nacional de Cinema e Vídeo, com
R$ 844 mil. O evento é o mais importante do gênero no
A temática em que se baseia a proposta é variada. O conjunto de desenhos aborda o
Estado e busca projetar o Ceará como difusor e produtor
universo nordestino: paisagem, trabalhadores, agricultores, pescadores, rendeiras,
violeiros, personalidades, Lampião, Padre Cícero, Maria Bonita, Antonio Conselheiro,
de cinema e vídeo.
43.000
da pintura com alusão às suas musas, como Aldemir Martins, Botticeli, Da Vinci, Degas,
Patrimônio imaterial
Di Cavalcante, Klimt, Lautrec, Matisse, Michelangelo, Modiglianni, Renoir, Picasso,
Foram destinados R$ 510 mil para iniciativas que fortale-
Portinari e Van Gogh.
Total
colaboradores e parceiros da Coelce gravou o seu primeiro
O projeto que recebeu o maior aporte financeiro em 2008
Propõe descobrir,formar e desenvolver novos talentos de artes plásticas na comunidade
carente de Fortaleza.Proporciona atendimento sociocultural e capacita para a geração de
Ceará em Foco –
Antenas e Raízes
tras datas comemorativas, o Coral das Luzes, formado por
425.111
Artes visuais (artes plásticas e fotografia)
Arte Profissionalizante
pública do Ensino Fundamental.
cada vez mais incrementar seus investimentos culturais.
franciscano para cerca de 15 mil romeiros que foram a Canindé, entre outubro e dezembro.
Total
do Nordeste a serem distribuídos para estudantes da rede
202.556
cem a cultura e os costumes do povo cearense.
105
106
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
Audiovisual
Música
Aniversário de
Fortaleza 2008
Show em homenagem aos 282 anos da
capital cearense. (R$ 50 mil)
Aprendendo
com Arte
Oficinas de música erudita (flauta, violão,
percussão e canto coral), em Fortaleza e
Orós, para crianças e jovens. (R$ 30 mil)
844.203
CD Cartas
na Mesa
Sessões de cinema em locais públicos para comunidades de baixo desenvolvimento
socioeconômico, com destaque para produções cearenses. Foram beneficiadas cerca de
15 mil pessoas em 2008, em várias cidades do interior do Estado.
Produção do artista Silvio Barreira, com
músicos e intérpretes cearenses. O CD será
distribuído a entidades. (R$ 30 mil)
250.000
CD O Retratista
CD alusivo à menina-mulher do sertão que
sonha com a cidade grande. (R$ 29.685)
Cine Itinerante
Visa educar por meio do ensino básico da produção audiovisual e difusão de consagradas
obras do audiovisual nacional e cearense. Participam comunidades no interior e capital.
180.000
Ceará Natal
de Luz
Coral infantil de Paracuru, com canções
natalinas. (R$ 275 mil)
Circuito Rural
Curtas-metragens que buscam disseminar a educação ambiental nas comunidades rurais do
Sertão Central, realizando também o plantio de espécies nativas em áreas degradadas.
42.580
Dom Fragoso
Audiovisual, em formato digital, com duração de aproximadamente 60 minutos, sobre a vida e
a obra do bispo católico Antônio Batista Fragoso à frente da diocese de Crateús, entre os anos
de 1964 e 1998. Fragoso foi um renomado defensor dos direitos humanos.
Feira da Música
de Fortaleza
62.000
Evento anual para atrair negócios à indústria
fonográfica do Nordeste e fomentar o turismo
do entretenimento musical. (R$ 125 mil)
Festival Latino-americano Realização da 3ª edição do festival, com mostra competitiva de filmes e vídeos de curta
de Curta-metragem
metragem, além de viabilizar o intercâmbio de conhecimentos e experiências entre
de Canoa Quebrada
produtores do Brasil e do exterior. A programação incluiu oficinas de capacitação profissional.
50.000
Festival de
Jazz e Blues de
Guaramiranga
Festival anual realizado na região de Baturité
e em Fortaleza, que atraiu público de 20 mil
pessoas. (R$ 153 mil)
Festival de
Música de
Barbalha
Promove a cultura e talento de músicos. Com
duração de dois dias de evento, atraiu cerca
de 8 mil pessoas em 2008. (R$ 12,6 mil)
Festival de
Sanfoneiros de
Limoeiro do
Norte
Durante quatro dias, a população do Vale do
Jaguaribe, no semiárido, assistiu a shows de
sanfoneiros, além de oficinas, exposição e
venda de instrumentos. (R$ 60 mil)
Festival Eleazar
de Carvalho
Dissemina a música clássica, em concertos
diários e gratuitos. Tem caráter didático,
atendendo 180 alunos em iniciação e
reciclagem em música clássica. (R$ 112 mil)
2008 (R$)
A Escola vai ao Cinema
O projeto realiza sessões gratuitas de cinemas para estudantes da rede pública de ensino da
capital cearense e do município de Sobral. Em 2008, foram beneficiadas 8 mil pessoas.
Ceará em Foco –
Antenas e Raízes
O objetivo da iniciativa é reciclar e reutilizar as máquinas caça-níqueis, transformando-as
em computadores a serem doadas às bibliotecas comunitárias de Fortaleza.
Cine Ceará – Festival
de Cinema e Vídeo
Mostra anual de cinema nacional, que busca projetar o Ceará como difusor e produtor
de cinema e vídeo. Com sessões gratuitas, os oitos dias de evento atraíram 16,8 mil
espectadores.
Cine Coelce
217.000
50.774
Festival Nacional de
Cinema e Vídeos
Ambientais
Festival que exibiu filmes e vídeos, em mostras competitivas e itinerantes, encontros, oficinas
e outras atividades.
Projeto Megafone
Centro de comunicação educativa instalado em três escolas da rede municipal de ensino nos
municípios de Maranguape, Maracanaú e Fortaleza.
112.000
O Altar do Cangaço
Documentário longa-metragem que tem como tema a história do cangaço.
200.000
O Auto da Camisinha
Filme de 40 minutos, com teor educativo sobre a importância de usar o preservativo na
prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.
40.000
O Siri-Ará
O filme de longa-metragem aborda o processo de colonização do Ceará e do Nordeste
brasileiro, mostrando a dimensão histórica dos encontros das culturas europeias e
ameríndias, em uma narrativa épica e original da história.
200.000
O projeto visa ao desenvolvimento sociocultural e formação profissional em produção e
realização audiovisual. Tem como público-alvo 30 jovens de baixa renda e oriundos de
escolas públicas em Fortaleza.
Coral das Luzes Produção do primeiro CD do coral composto
por funcionários da Coelce e show itinerante
por várias cidades do Ceará. (R$ 250 mil)
160.000
Tamboril Fest
Mostra multicultural com grupos artísticos no
município de Tamboril. (R$ 77.904)
Produção Cultural
Audiovisual Cearense
Publicação de edição histórica comemorativa dos 80 anos do jornal O Povo e da edição do
Anuário do Ceará, obra que apresenta um retrato do Estado.
185.000
Selva de Pedra:
Fortaleza Noiada
O documentário retrata a vida de usuários de crack e as mazelas que o vício traz para a
cidade de Fortaleza, promovendo debate sobre fatos, causas e consequências, além da
necessidade de políticas públicas eficazes para o enfrentamento dessa questão.
Orquestra de
Câmara
Eleazar de
Carvalho
Formação de plateia em música erudita, de
acordo com o Plano Estadual de Música do
Estado do Ceará. Inclui concertos de caráter
didático e beneficente, com público estimado
de 30 mil pessoas em 2008. (R$ 249.696)
Outros Olhares
Total
3.000
40.000
2.666.557
Total
1.454.885
SOCIEDADE
Literatura
Bienal Internacional do
Livro do Ceará
Contribuição para a 8ª Bienal Internacional do Livro do Ceará, cujo tema em 2008 foi A
aventura cultural da mestiçagem. O objetivo foi evocar a multiplicidade de culturas e a
condição mestiça de suas raízes, incentivando o hábito da leitura e a produção literária.
75.000
Casa do Conto
Núcleos de narradores que, utilizando histórias e jogos educativos, despertam em crianças
e adolescentes o interesse pela leitura, em vários bairros de Fortaleza e em seis cidades do
interior do Estado, tendo como sede as bibliotecas públicas.
15.801
Economia
Edição e publicação do livro Ciclos Econômicos do Ceará, desde a pecuária até a indústria.
87.280
Fábrica de Leitores
Produção de 20 livros de literatura infantil sobre a cultura e a história do Nordeste, visando
ao fortalecimento da formação de leitores nas séries iniciais do Ensino Fundamental.
107.000
Floresta do Araripe
Livro com fotografias e textos sobre as riquezas naturais e culturais desse ecossistema.
45.000
Livro Soldado da
Borracha: uma história
do Ceará e do Acre
Obra que relata com depoimentos, artigos, fotos e mapas a história da saga dos soldados
da borracha, que saíram de Fortaleza para a floresta amazônica, em 1943, alistados pelo
Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia.
55.000
Protagonistas da Leitura
O projeto visa ao desenvolvimento do prazer pela leitura em escolas públicas. Será executado
em Fortaleza, nas escolas: Externato São Vicente de Paulo, Escola de Ensino Fundamental e
Médio Antônio Dias Macêdo e Escola de Ensino Fundamental e Médio Edite Braga.
63.918
2008 (R$)
Total
448.999
Patrimônio Imaterial
Casa de Pedra
R$ mil
Criação de um Centro de Cultura Popular, que funcionará com oficinas, cursos e
apresentações, direcionados para o incentivo às artes populares e à tradição oral do Cariri
cearense.
30.000
Festival de Quadrilhas
Juninas do Ceará
Apoio a grupos de quadrilhas juninas do Ceará, com o objetivo principal de difundir e
promover as manifestações populares locais.
Restauração de imóvel
no Centro de Fortaleza
Dar continuidade à restauração de um imóvel, considerado patrimônio histórico de Fortaleza,
onde ficarão sediadas a Orquestra Filarmônica, o Memorial da Indústria do Ceará e o Instituto
Arquitetos do Brasil. O projeto visa ainda revitalizar a cultura e o centro da capital cearense.
45.000
Riquezas do Ceará
Programa veiculado na TV Cidade (afiliada da Record), Traz matérias exclusivas sobre as
belezas naturais, culinária, pontos turísticos, artistas locais, tecnologia, artesanato, folclore e
outros atrativos do Ceará.
125.000
São João de
Festa de São João realizada para a população do município de Maracanaú, revitalizando as
raízes culturais e atraindo turistas dos mais diversos tipos para alavancar a economia local,
com geração de empregos, aumento das vendas por parte do comércio local e incentivo ao
investimento em equipamentos turísticos locais.
150.000
Maracanaú 2008 – Festival
de Quadrilhas Juninas
Total
160.999
Metas em 2008
Resultados
Atender 30 instituições com
Meta superada, com 34
o Baú de Leitura
instituições atendidas
Realizar o projeto Cine Coelce-
Meta superada (40
Cinema na Praça em
comunidades visitadas)
30 comunidades cearenses
Energia Social: Desenvolver
Meta atingida: 15
o projeto em 15 comunidades
comunidades atendidas
de Fortaleza e municípios do
interior do Estado
Realizar treinamento de 600
Meta superada, com 705
colaboradores na temática de
colaboradores treinados.
sustentabilidade
Instituir projeto de educação
Atingida. Projeto foi
profissionalizante com o Corpo
instituído e 7 mil jovens
de Bombeiros Militar, para
beneficiados
formação de 500 eletricistas e
bombeiros-hidráulicos
Metas para 2009
Capacitar 10 novas comunidades no programa Energia Social
Atender 40 instituições com o Baú de Leitura
510.999
Treinar 600 colaboradores na temática da sustentabilidade
107
premiações e reconhecimentos 2008
| gri 2.10 |
PREMIAÇÕES e reconhecimentos 2008
• Prêmio Abradee 2008 – Melhor distribuidora de ener-
vespa – Pelo terceiro ano consecutivo, integra o seleto
• Prêmio Delmiro Gouveia – Maior Empresa do Ceará e
gia elétrica do Nordeste, pelo terceiro ano consecutivo,
grupo de empresas reconhecidas nacionalmente por
Melhor Contabilista. Iniciativa da Bovespa e do jornal O
e a quinta do Brasil. Também foi reconhecida como a
seu compromisso com o desenvolvimento sustentável.
Povo destaca o desempenho das empresas cearenses.
2ª melhor distribuidora em Responsabilidade Social, 3ª
• World Business and Development Awards (WBDA) –
• Prêmio Fiec por Desempenho Ambiental 2008 – 1ª
melhor em Gestão Operacional do Brasil e a 3ª melhor
O Ecoelce foi um dos dez ganhadores do prêmio pro-
colocada na categoria Integração com a Sociedade
distribuidora em Evolução do Desempenho do Brasil.
movido pela ONU, que reconhece a contribuição das
(programa Troca Eficiente Coelce), e 3ª colocada em
• Guia Exame/ Você S/A – Pelo terceiro ano consecutivo,
empresas do setor privado para atingir os Objetivos de
Produção mais Limpa (projeto Óleo Ecológico).
integrou o ranking das 150 Melhores Empresas para se
Desenvolvimento do Milênio.
Trabalhar no Brasil. A Coelce também ficou na terceira
• Prêmio Von Martius – O programa Ecoelce, de troca de
posição na categoria serviços públicos, destacando-se
resíduos por bônus na conta de energia, foi premiado
no item melhor setor para se trabalhar, no qual se avalia
com o 2º lugar na categoria Natureza, em evento reali-
o Índice de Felicidade no Ambiente de Trabalho.
zado pela Câmara Brasil-Alemanha
• Prêmio Top of Quality de Ambientação – Reconhecimento da Ordem dos Parlamentares do Brasil (OPB) ao
trabalho de proteção ao meio ambiente.
• Cámara Oficial Española de Comércio en Brasil –
Prêmio de Responsabilidade Social Corporativa para os
• Great Place to Work 2008 – 43º lugar no ranking das
• Brasil que Inova – Ecoelce foi considerado uma das 25
melhores projetos em benefícios da sociedade brasileira.
100 Melhores Empresas para Trabalhar no Brasil, da
maiores inovações brasileiras da última década, reco-
• Prêmio Consumidor Moderno – Iniciativa do Grupo Pa-
revista Época e do The Great Place to Work.
nhecimento promovido pela revista Exame.
• As Melhores da Dinheiro – Pela primeira vez, a Coelce
• Prêmio Abrasca (Associação Brasileira das Companhias
integrou o ranking das 500 melhores empresas do Bra-
Abertas), Relatório Anual – 11º posição no ranking na-
sil na edição 2008 do anuário da revista Isto É Dinheiro.
cional e a 5ª entre as empresas de energia.
drão, que reconhece a excelência no atendimento ao
cliente. Coelce foi finalista em energia elétrica.
• Prêmio Padrão de Qualidade – Promovida pela revista
Consumidor Moderno, a iniciativa premia as melhores
Foi destaque na categoria de empresas da área ener-
• Rumo a Credibilidade – O Relatório Anual de Sustentabi-
operações e tecnologias de Contact Center do Brasil. A
gética, ficando em segundo lugar em dois critérios de
lidade 2007 ficou em 3º lugar no ranking na pesquisa re-
Central de Relacionamento da Coelce ficou em primeiro
gestão: Responsabilidade Social e Recursos Humanos.
alizada pela Fundação Brasileira para o Desenvolvimento
• Selo Ibase – Reconhecimento do Instituto Brasileiro de
Sustentável (FBDS) em parceria com a internacional Sus-
Análises Sociais e Econômicas pela qualidade das informações do balanço social, desde 2004.
• Prêmio Fundação Coge 2008 – Finalista em três das
quatro categorias, com os programas Troca Eficiente Co-
tainAbility. Recebeu o 1º lugar do setor elétrico.
• Comunicação de Progresso – COP Notável – O Relatório de Sustentabilidade 2007 foi reconhecido como
notável pelo Pacto Global da ONU.
elce (Ações de Responsabilidade Social), Ecoelce (Ações
• Prêmio Contribuintes do Ceará 2008 – Reconhecimen-
Ambientais) e Prevenindo Sempre (Segurança e Saúde).
to pela contribuição ao desenvolvimento estadual, por
• Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), da Bo-
meio do recolhimento correto e regular do ICMS.
lugar, da categoria Energia Elétrica.
• Selo de Responsabilidade Cultural 2008 – Promovido
pela Secretaria de Cultura do Estado, que reconhece as
empresas que mais investem nesse setor, no Ceará.
• Medalha Capacete Bombeiro Militar – Reconhecimen
to pelo apoio ao Programa Movimento de Integração
Milenar (Promil), de capacitação profissional.
• Medalha Eloy Chaves – Reconhecimento às ações para
segurança e prevenção de acidentes.
109
Balanço social – ibase 1 – Base de cálculo
2008 Valor (mil reais)
2007 Valor (mil reais)
Receita líquida (RL)
1.915.044
1.718.879
Resultado operacional (RO)
404.192
357.130
Folha de pagamento bruta (FPB)
129.421
121.551
1.414.547
1.320.980
Valor Adicionado Total (VAT)
2 – Indicadores sociais internos
Alimentação
Encargos sociais compulsórios
Valor (mil)
% sobre FPB
% sobre RL
Valor (mil)
% sobre FPB
5.315
4,11%
0,28%
4.770
3,92%
% sobre RL
0,28%
24.331
18,80%
1,27%
23.058
18,97%
1,34%
Previdência privada
9.160
7,08%
0,48%
8.862
7,29%
0,52%
Saúde
6.718
5,19%
0,35%
5.647
4,65%
0,33%
Segurança e saúde no trabalho
617
0,48%
0,03%
182
0,15%
0,01%
Educação
512
0,40%
0,03%
561
0,46%
0,03%
Cultura
Capacitação e desenvolvimento profissional
0
0,00%
0,00%
0
0,00%
0,00%
2.610
2,02%
0,14%
2.544
2,09%
0,15%
Creches ou auxílio-creche
1.060
0,82%
0,06%
799
0,66%
0,05%
Participação nos lucros ou resultados
7.508
5,80%
0,39%
6.409
5,27%
0,37%
Vale-transporte
Esporte
Outros
Total – Indicadores sociais internos
3 – Indicadores sociais externos
Educação
Coelce nas Escolas – Módulo I
Baú de Leitura
Cultura
Audiovisual (cinema, tv, vídeo e multimídia)
Literatura
355
0,27%
0,02%
378
0,31%
0,02%
0
0,00%
0,00%
0 0,00%
0,00%
3.693
2,85%
0,19%
2.718
2,24%
0,16%
61.879
47,81%
3,23%
55.928
46,01%
3,25%
Valor (mil)
% sobre RO
% sobre RL
Valor (mil)
% sobre RO
% sobre RL
28
0,01%
0,00%
54
0,02%
0,00%
0
0,00%
0,00%
11
0,00%
0,00%
28
0,01%
0,00%
43
0,01%
0,00%
10.056
2,49%
0,53%
9.087
2,54%
0,53%
143
0,04%
0,01%
0
0,00%
0,00%
0
0,00%
0,00%
5
0,00%
0,00%
Música
50
0,01%
0,00%
35
0,01%
0,00%
Patrimônio Imaterial (manifestações, saberes e fazeres populares, artes e gastronomia)
45
0,01%
0,00%
30
0,01%
0,00%
Fundo Estadual da Cultura
Fundo Municipal para a Criança e o Adolescente
Fundo Estadual para a Criança e o Adolescente
3.759
0,93%
0,20%
3.588
1,00%
0,21%
436
0,11%
0,02%
444
0,12%
0,03%
182
0,05%
0,01%
157
0,04%
0,01%
Sistema Estadual de Cultura (Siec)
3.027
0,75%
0,16%
2.423
0,68%
0,14%
Lei Rouanet
2.414
0,60%
0,13%
2.405
0,67%
0,14%
50
0,01%
0,00%
0
0,00%
0,00%
0,01%
Saúde e saneamento
Esporte
6
0,00%
0,00%
256
0,07%
Lei de Incentivo ao Esporte
0
0,00%
0,00%
256
0,07%
0,01%
Corrida de Rua
6
0,00%
0,00%
0
0,00%
0,00%
213.746
52,88%
11,16%
143.917
40,28%
8,37%
9
0,00%
0,00%
0
0,00%
0,00%
549
0,14%
0,03%
68
0,02%
0,00%
Outros
Voluntariado
Geração de emprego e renda
BALANÇO SOCIAL
3 – Indicadores sociais externos (cont.)
Programas sociais
Programa de Investimentos Especiais
Luz para Todos
Benefícios para consumidores de baixa renda
Valor (mil)
% sobre RO
% sobre RL
Valor (mil)
% sobre RO
182.542
45,16%
9,53%
111.167
31,13%
% sobre RL
6,47%
2.567
0,64%
0,13%
601
0,17%
0,03%
179.975
44,53%
9,40%
110.566
30,96%
6,43%
30.646
7,58%
1,60%
32.682
9,15%
1,90%
Total das contribuições para a sociedade
223.886
55,39%
11,69%
153.314
42,93%
8,92%
Tributos (excluídos encargos sociais)
666.530
164,90%
34,80%
620.340
173,70%
36,09%
Total – Indicadores sociais externos
4 – Indicadores ambientais
Investimentos relacionados com a produção/ operação da empresa
890.416
220,30%
46,50%
773.654
216,63%
45,01%
Valor (mil)
% sobre RO
% sobre RL
Valor (mil)
% sobre RO
% sobre RL
0,54%
19.549
4,84%
1,02%
9.274
2,60%
Educação ambiental para colaboradores
69
0,02%
0,00%
49
0,01%
0,00%
Gerenciamento de resíduos
57
0,01%
0,00%
116
0,03%
0,01%
Reciclagem de óleo 1
0
0,00%
0,00%
78
0,02%
0,00%
Licenças ambientais
750
0,19%
0,04%
3
0,00%
0,00%
Auditorias ambientais
52
0,01%
0,00%
28
0,01%
0,00%
864
0,21%
0,05%
1.022
0,29%
0,06%
Desenvolvimento e Implementação de Óleo Ecológico
185
0,05%
0,01%
8
0,00%
0,00%
Desenvolvimento de Processo Biotecnológico de Compostagem para a Reciclagem dos Resíduos de
Podas de Árvores
206
0,05%
0,01%
163
0,05%
0,01%
0
0,00%
0,00%
238
0,07%
0,01%
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico e Industrial
Desenvolvimento de Metodologia para Acompanhamento Contábil do Sistema de Gestão Ambiental da Coelce
Programa Coelce de Desenvolvimento Social pela Energia Consumida – Ecoelce 2
Sistema de Gestão e Manejo da Arborização Urbana ao Longo das Redes de Distribuição
Desenvolvimento de Produtos à Base de Compósito Fibra de Coco em Matriz Polimérica para
Aplicação em Sistemas de Baixa Tensão
Desenvolvimento de Técnicas e Sistema de Lavagem a Seco de Isoladores
Arborização urbana
Manejo de vegetação
Rede compacta ou isolada
Outros gastos para melhoria contínua
Investimentos em programas e/ou projetos externos
Educação ambiental
Grafitando com Arte
Escola Coelce Caminhos Eficientes
Outros
Programa de Eficiência Energética 3
94
0,02%
0,00%
259
0,07%
0,02%
0
0,00%
0,00%
95
0,03%
0,01%
98
0,02%
0,01%
216
0,06%
0,01%
281
0,07%
0,01%
43
0,01%
0,00%
26
0,01%
0,00%
0
0,00%
0,00%
2.683
0,66%
0,14%
2.154
0,60%
0,13%
14.928
3,69%
0,78%
5.695
1,59%
0,33%
120
0,03%
0,01%
129
0,04%
0,01%
7.870
1,95%
0,41%
11.748
3,29%
0,68%
669
0,17%
0,03%
2.250
0,63%
0,13%
20
0,00%
0,00%
11
0,00%
0,00%
620
0,15%
0,03%
2.239
0,63%
0,13%
29
0,01%
0,00%
0
0,00%
0,00%
7.201
1,78%
0,38%
9.092
2,55%
0,53%
5.803
1,44%
0,30%
5.025
1,41%
0,29%
Hospitais públicos 4
500
0,12%
0,03%
1.136
0,32%
0,07%
Universidades e centros de pesquisa 5
245
0,06%
0,01%
657
0,18%
0,04%
Escolas públicas 6
318
0,08%
0,02%
273
0,08%
0,02%
0
0,00%
0,00%
1.515
0,42%
0,09%
Consumidores baixa renda
Prédios públicos
Entidades associativas e fundações 7
Programa Coelce de Desenvolvimento Social pela Energia Consumida – Ecoelce
Plano de Gestão do Programa de Eficiência Energética da Coelce
Projetos de iluminação pública 8
Total dos investimentos em meio ambiente
Quanto ao estabelecimento de “metas anuais” para minimizar resíduos, o consumo em geral
na produção/ operação e aumentar a eficácia na utilização de recursos naturais, a empresa:
55
0,01%
0,00%
486
0,14%
0,03%
222
0,05%
0,01%
0
0,00%
0,00%
58
0,01%
0,00%
0
0,00%
0,00%
0
0,00%
0,00%
406
0,11%
0,02%
27.419
6,78%
1,43%
21.022
5,89%
1,22%
○ não possui metas ○ cumpre de 51 a 75%
○ cumpre de 0 a 50% ● cumpre de 76 a 100%
○ não possui metas ○ cumpre de 51 a 75%
○ cumpre de 0 a 50% ● cumpre de 76 a 100%
111
112
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
5 – Indicadores do corpo funcional
2008 2007
Nº de empregados(as) ao final do período
1.278
1.297
Nº de admissões durante o período
68
62
Nº de desligamentos durante o período
86
78
Nº de empregados(as) terceirizados(as)
7.662
6.837
Nº de menores-aprendizes
Nº de estagiários(as)
24 21 186
176
Nº de empregados por faixa etária, nos seguintes intervalos:
até 25 anos
36
31
de 26 a 35 anos
244
231
de 36 a 45 anos
416
485
acima de 45 anos
582
550
analfabetos
0
0
com ensino fundamental I incompleto
0
0
com ensino fundamental I completo
0
1
com ensino fundamental II incompleto
26 33
com ensino fundamental II completo
68
73
Nº de empregados por nível de escolaridade, segregada por:
com ensino médio incompleto
com ensino médio completo
com ensino superior incompleto
com ensino superior completo
Nº de homens que trabalham na empresa
0
0
570
587
65
75
549
528
1.003
1.020
% de cargos de chefia ocupados por homens
75%
80%
Nº de mulheres que trabalham na empresa
275
277
25%
21%
% de cargos de chefia ocupados por mulheres
Nº de negros(as) que trabalham na empresa
% de cargos de chefia ocupados por negros(as)
Nº de portadores(as) de deficiência ou necessidades especiais (9)
363
367
21%
20%
53
50
6 - Informações relevantes quanto ao exercício da cidadania empresarial
2008
Metas 2009
Relação entre a maior e a menor remuneração na empresa
18
18
Número total de acidentes de trabalho 10
75
53
Os projetos sociais e ambientais desenvolvidos pela empresa
foram definidos por:
Os padrões de segurança e salubridade no ambiente de
trabalho foram definidos por:
Quanto à liberdade sindical, ao direito de negociação coletiva e
à representação interna dos(as) trabalhadores(as), a empresa:
( ) direção
( X ) direção e
gerências
( ) todos(as)
empregados(as)
( ) direção
(X) direção e
gerências
( ) todos(as)
empregados(as)
( ) direção e
gerências
( ) todos(as)
empregados(as)
( X ) todos(as)
+ Cipa
( ) direção e
gerências
( ) todos(as)
empregados(as)
( X ) todos(as)
+ Cipa
( ) não se
envolve
( ) segue
as normas
da OIT
( X ) incentiva
e segue a
OIT
( ) não se
envolverá
( ) seguirá
as normas
da OIT
( X ) incentivará
e seguirá
a OIT
BALANÇO SOCIAL
6 - Informações relevantes quanto ao exercício da cidadania empresarial
2008
Metas 2009
A previdência privada contempla:
( ) direção
( ) direção e
gerências
( X ) todos(as)
empregados(as)
( ) direção
( ) direção e
gerências
( X ) todos(as)
empregados(as)
A participação dos lucros ou resultados contempla:
( ) direção
( ) direção e
gerências
( X ) todos(as)
empregados(as)
( ) direção
( ) direção e
gerências
( X ) todos(as)
empregados(as)
( ) não são
considerados
( ) são
sugeridos
( X ) são
exigidos
( ) não serão
considerados
( ) serão
sugeridos
( X ) serão
exigidos
( ) não se
envolve
( ) apóia
( X ) organiza e
incentiva
( ) não se
envolverá
( ) apoiará
( X ) organizará
e incentivará
Número total de reclamações e críticas de consumidores(as):
na empresa11:
373.599
no Procon:
492
na Justiça12:
1.358
na empresa11:
336.239
no Procon:
467
na Justiça12:
1200
% de reclamações e críticas atendidas ou solucionadas:
na empresa11:
93%
no Procon:
98%
na Justiça12:
46,5%
na empresa11:
93%
no Procon
98%
na Justiça12:
50%
Na seleção dos fornecedores, os mesmos padrões éticos e de
responsabilidade social e ambiental adotados pela empresa:
Quanto à participação de empregados(as) em programas de
trabalho voluntário, a empresa:
Montante de multas e indenizações a clientes, determinadas por órgãos
de proteção e defesa do consumidor ou pela Justiça
Valor adicionado total a distribuir (em mil R$):
Distribuição do Valor Adicionado (DVA):
2.969
1.042
Em 2008: 1.414.547
Em 2007: 1.320.980
63% governo
6% pessoal
6% terceiros
19% acionista
5% retido
60,7% governo
6,3% pessoal
8,5% terceiros
19,1% acionista
5,5% retido
7 - Outras Informações
Em 2008 a Coelce não contratou serviços para regeneração (processo químico) do óleo. Apenas realizou
recondicionamento (processo físico), utilizando mão de obra e tecnologia próprios, num total de 136.560 litros
recondicionados.
2
Após a conclusão do projeto de pesquisa em jun/08 o programa foi remetido para análise do órgão regulador
sendo aprovado como programa de eficiência energética, por apresentar grande potencial de energia economizada
em decorrência da reciclagem dos resíduos coletados.
3
A redução do investimento em 2008 quando comparado a 2007 decorre de que em 2007 houve um acumulo de
liberações de projetos para execução, relativas ao exercício de 2006, por parte da agência reguladora.
4
Foram beneficiados 13 hospitais públicos, 6 localizados em Fortaleza e 7 em municípios do interior do Estado
(Iguatu, Maracanaú, Aracati, Maranguape e Limoeiro do Norte).
5
Foram beneficiadas duas instituições: Faculdade de Economia, Administração, Atuárias, Contabilidade e
Secretariado (Universidade Federal do Ceará) e Instituto Centro de Ensino Tecnológico (Centec).
6
Foram beneficiadas 19 escolas públicas, 10 estaduais e 9 municipais, todas localizadas em Fortaleza.
7
Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme)
8
A partir de 2008 projetos de iluminação pública deixaram de ser regulamentados, de acordo com o Manual
Aneel do Programa de Eficiência Energética 2008, que dispõe sobre critérios e procedimentos para a elaboração
de projetos de eficiência energética.
9
Do total de 1.278 empregados da Coelce, 53 são portadores de necessidades especiais. Conforme ata de
1
audiência nº 838/2007, de 16 de dezembro de 2008, do Ministério Público Federal, agosto de 2009 é o prazo
limite para que a Empresa alcance a quota de 64 portadores de necessidades especiais.
10
Embora o valor apresentado em 2008 seja o total de acidentes com e sem afastamento, a meta apresentada
só revela o valor de acidentes com afastamento. Isso decorre da empresa não estabelecer metas para acidentes
sem afastamento.
11
Envolve todos os registros de reclamações conforme Resolução Aneel nº 382/98.
12
Foram consideradas as reclamações e críticas do período citado. Nos anos anteriores esses quantitativos
referiam-se à discussão de mérito e seus respectivos recursos judiciais interpostos em que os números realizados
e suas respectivas metas referiam-se ao acúmulo de reclamações e críticas até o referido período.
CNPJ: 07.047.251/0001-70 | Setor Econômico: Energético | Categoria Distribuição UF da sede da empresa: Ceará
Para esclarecimentos sobre as informações declaradas:
Maria Enivalda da Silva Oliveira, (85) 3453-4167, [email protected]
“ Esta empresa não utiliza mão de obra infantil ou trabalho escravo, não tem envolvimento com prostituição
ou exploração sexual da criança ou adolescente e não está envolvida em corrupção.”
“Nossa empresa valoriza e respeita a diversidade interna e externamente.”
113
NÍVEL DE APLICAÇÃO GRI
C
C+
B
B+
A
A+
�
Autodeclarado
Examinado por terceiros
Sumário GRI
■
Examinado pela GRI
| GRI 3.12 |
Correlação com o
Pacto Global
Princípio do
Pacto Global
Página /
Comentário
ESTRATÉGIA E ANÁLISE
1.1
Declaração do detentor do cargo com maior poder de decisão na organização
1.2
Descrição dos principais impactos, riscos e oportunidades
10
28 a 30, 100
PERFIL ORGANIZACIONAL
2.1
Nome da organização
5
2.2
Principais marcas, produtos e/ou serviços
5
2.3
Estrutura operacional, incluindo principais divisões, unidades operacionais, subsidiárias e joint ventures
2.4
Localização da sede
2.5
Número de países em que a organização opera e nome dos países em que suas operações são relevantes para as questões de sustentabilidade
2.6
Tipo e natureza jurídica da propriedade
6
160
5
6, 7
2.7
Mercados atendidos (incluindo discriminação geográfica, setores atendidos e tipos de clientes/ beneficiários)
2.8
Porte da organização.
2,3, 5
5
6, 46
2.9
Principais mudanças durante o período coberto pelo relatório referentes a porte, estrutura ou participação acionária
2.10
Prêmios recebidos no período coberto pelo relatório
EU1
Capacidade instalada (MW), oferta de energia por tipo e país ou setor regulatório
41
EU2
Número de clientes residenciais, industriais e comerciais
49
EU3
Extensão das linhas de transmissão e distribuição, por voltagem
EU4
Licenças de comercialização de CO2, apresentadas por país ou regime regulatório
108
41, 81
89
PERFIL DO RELATÓRIO
3.1
Período coberto pelo relatório para as informações apresentadas
12
3.2
Data do relatório anterior mais recente
12
3.3
Ciclo de emissão de relatórios
12
3.4
Dados para contato em caso de perguntas relativas ao relatório ou seu conteúdo
12
Escopo e limite do relatório
3.5
Processo para definição do conteúdo
12
3.6
Limite do relatório
12
3.7
Declaração sobre quaisquer limitações específicas quanto ao escopo ou ao limite do relatório
12
3.8
Base para a elaboração do relatório no que se refere a joint ventures, subsidiárias, instalações arrendadas, operações terceirizadas e outras
organizações que possam afetar significativamente a comparabilidade entre períodos e/ou entre organizações
12
3.9
Técnicas de medição de dados e as bases de cálculos, incluindo hipóteses e técnicas, que sustentam as estimativas aplicadas à compilação dos
indicadores e outras informações do relatório
12
3.10
Explicação das consequências de quaisquer reformulações de informações fornecidas em relatórios anteriores e as razões para tais reformulações
12, 129
sumário GRI
■
Correlação com o
Pacto Global
3.11
Mudanças significativas em comparação com anos anteriores no que se refere a escopo, limite ou métodos de medição aplicados no relatório
3.12
Tabela que identifica a localização das informações no relatório
Princípio do
Pacto Global
Página /
Comentário
12
114
Verificação
3.13
Política e prática atual relativa à busca de verificação externa para o relatório.
12
GOVERNANÇA, COMPROMISSOS E ENGAJAMENTO
Governança
4.1
Estrutura de governança da organização, incluindo comitês sob o mais alto órgão de governança responsável por tarefas específicas, tais como
estabelecimento de estratégia ou supervisão da organização
1 a 10
22
4.2
Indicação caso o presidente do mais alto órgão de governança também seja um diretor-executivo
1 a 10
22
4.3
Declaração do número de membros independentes ou não executivos do mais alto órgão de governança
1 a 10
22
4.4
Mecanismos para que acionistas e empregados façam recomendações ou deem orientações ao mais alto órgão de governança
1 a 10
23
4.5
Relação entre remuneração para membros do mais alto órgão de governança, diretoria-executiva e demais executivos e o desempenho da organização
(incluindo desempenho social e ambiental)
1 a 10
22, 23
4.6
Processos em vigor no mais alto órgão de governança para assegurar que conflitos de interesse sejam evitados
1 a 10
22
4.7
Processo para determinação das qualificações e conhecimento dos membros do mais alto órgão de governança para definir a estratégia da organização
para questões relacionadas a temas econômicos, ambientais e sociais
1 a 10
22
4.8
Declarações de missão e valores, códigos de conduta e princípios internos relevantes para o desempenho econômico, ambiental e social, assim como o
estágio de sua implementação
1 a 10
contracapa,23
4.9
Procedimentos do mais alto órgão de governança para supervisionar a identificação e gestão por parte da organização do desempenho econômico,
ambiental e social, incluindo riscos e oportunidades relevantes, assim como a adesão ou conformidade com normas acordadas internacionalmente,
códigos de conduta e princípios
1 a 10
21
4.10
Processos para a autoavaliação do desempenho do mais alto órgão de governança, especialmente com respeito ao desempenho econômico, ambiental e social
1 a 10
22
Compromissos com iniciativas externas
4.11
Explicação de se e como a organização aplica o princípio da precaução
7
30
4.12
Cartas, princípios ou outras iniciativas desenvolvidas externamente de caráter econômico, ambiental e social que a organização subscreve ou endossa
1 a 10
16
4.13
Participação em associações (como federações de indústrias) e/ou organismos nacionais/ internacionais
1 a 10
16
Engajamento dos stakeholders
4.14
Relação de grupos de stakeholders engajados pela organização.
4.15
Base para a identificação e seleção de stakeholders com os quais se engajar
4.16
Abordagens para o engajamento dos stakeholders
4.17
Principais temas e preocupações que foram levantados por meio do engajamento dos stakeholders e quais medidas a organização tem adotado para tratá-los
26, 27
25
26, 27
27
115
116
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
INDICADORES DE DESEMPENHO
■
Correlação com o Pacto Global
Princípio do
Pacto Global
Página /
Comentário
DESEMPENHO ECONÔMICO
Forma de gestão
21, 28 a 31, 93
Gestão de acesso
Disponibilidade e segurança
SE
EU5
Planejamento para assegurar a disponibilidade e segurança na oferta de energia a curto e longo prazos
30, 46
Gerenciamento do consumo
SE
EU6
Programas para gerenciamento do consumo, incluindo programas residenciais, industriais e comercias
96 e 97
Pesquisa e desenvolvimento
SE
EU7
SE
EU8
Atividades de pesquisa e desenvolvimento destinadas ao acesso seguro e confiável aos serviços de eletricidade e à promoção do
desenvolvimento sustentável
93 a 95
Suspensão de operação
Provisões para a suspensão de unidades de energia nuclear
A Coelce não gera energia
Indicadores de desempenho econômico
Desempenho econômico
ES
EC1
Valor econômico direto gerado e distribuído, incluindo receitas, custos operacionais, remuneração de empregados, doações e
outros investimentos na comunidade, lucros acumulados e pagamentos para provedores de capital e governos
ES
EC2
Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades para as atividades da organização devido a mudanças climáticas
ES
EC3
Cobertura das obrigações do plano de pensão de benefício definido que a organização oferece
ES
EC4
42 a 43, 127
7
81
67, 152
Ajuda financeira significativa recebida do governo
47, 48
Presença no mercado
AD
EC5
Variação da proporção do salário mais baixo comparado ao salário mínimo local em unidades operacionais importantes
ES
EC6
Políticas, práticas e proporção de gastos com fornecedores locais em unidades operacionais importantes
ES
EC7
Procedimentos para contratação local e proporção de membros de alta gerência recrutados na comunidade local
ES
EC8
Desenvolvimento e impacto de investimentos em infraestrutura e serviços oferecidos, principalmente para benefício público, por
meio de engajamento comercial, em espécie ou atividades pro bono
AD
EC9
Identificação e descrição de impactos econômicos indiretos significativos, incluindo a extensão dos impactos
1
67
6
Não há políticas formais
43
Impactos econômicos indiretos
49,99, 102
101, 102
Disponibilidade e segurança
SE
EU9
Capacidade planejada (MW) versus demanda projetada de eletricidade em longo prazo, por tipo de fonte de energia e país ou
setor regulatório
-
SE
EU10
Energia economizada (MW) por meio de programas de gestão de consumo
96
SE
EU11
Energia economizada (MW) por meio de programas de gestão de consumo, divididos em clientes residenciais, comerciais e
industriais
96
SE
EU12
Média de eficiência na geração, por fonte energética e por país ou regime regulatório
SE
EU13
Eficiência na transmissão e distribuição
Gerenciamento do consumo
Eficiência do sistema
A Coelce não gera energia
35
■ ES - indicador essencial
■ AD - indicador adicional
■ SE - indicador setorial de energia
117
sumário GRI
■
Correlação com o Pacto Global
Princípio do
Pacto Global
Página /
Comentário
DESEMPENHO AMBIENTAL
Forma de gestão
19, 79 a 82, 87, 89
Materiais
ES
EN1
Materiais usados por peso ou volume
ES
EN2
Percentual dos materiais usados provenientes de reciclagem
8
83
8, 9
83, 84
ES
EN3
ES
EN4
Consumo de energia direta discriminado por fonte de energia primária
8
85
Consumo de energia indireta discriminado por fonte primária
8
AD
EN5
Energia economizada devido a melhorias em conservação e eficiência
8, 9
85
-
AD
EN6
Iniciativas para fornecer produtos e serviços com baixo consumo de energia, ou que usem energia gerada por recursos
renováveis, e a redução na necessidade de energia resultante dessas iniciativas
8, 9
96, 97
AD
EN7
Iniciativas para reduzir o consumo de energia indireta e as reduções obtidas
8, 9
85
Energia
Água
ES
EN8
Total de retirada de água por fonte
8
86
AD
EN9
Fontes hídricas significativamente afetadas por retirada de água
8
86
AD
EN10
Percentual e volume total de água reciclada e reutilizada
8, 9
86
8
82
Biodiversidade
ES
EN11
Localização e tamanho da área possuída, arrendada ou administrada dentro de áreas protegidas, ou adjacente a elas, e áreas de
alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas
SE
EU14
Evolução na biodiversidade de habitats recuperados em comparação com as áreas que precisam ser recuperadas
ES
EN12
Descrição de impactos significativos na biodiversidade de atividades, produtos e serviços em áreas protegidas e em áreas de alto
índice de biodiversidade fora das áreas protegidas
8
81
Não há nenhum passivo ambiental a
ser gerenciado ou recuperado.
AD
EN13
Habitats protegidos ou restaurados
8
82
AD
EN14
Estratégias, medidas em vigor e planos futuros para a gestão de impactos na biodiversidade
8
82
AD
EN15
Número de espécies na Lista Vermelha da IUCN e em listas nacionais de conservação com habitats em áreas afetadas por
operações, discriminadas pelo nível de risco de extinção
8
83
ES
EN16
Total de emissões diretas e indiretas de gases de efeito estufa, por peso
8
87
ES
EN17
Outras emissões indiretas relevantes de gases de efeito estufa, por peso
8
87
ES
EN18
Iniciativas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e as reduções obtidas
7, 8, 9
87
ES
EN19
Emissões de substâncias destruidoras da camada de ozônio, por peso
8
87
ES
EN20
NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas, por tipo e peso
8
Não ocorrem na atividade de
distribuição de energia.
ES
EN21
Descarte total de água, por qualidade e destinação
8
A Coelce não gera efluentes na
atividade de distribuição de energia.
ES
EN22
Peso total de resíduos, por tipo e método de disposição
8
84
Emissões, efluentes e resíduos
118
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
■
Correlação com o Pacto Global
Princípio do
Pacto Global
Página /
Comentário
ES
EN23
Número e volume total de derramamentos significativos
8
Não ocorreu nenhum em 2008.
AD
EN24
Peso de resíduos transportados, importados, exportados ou tratados considerados perigosos nos termos da Convenção da
Basileia13 – Anexos I, II, III e VIII, e percentual de carregamentos de resíduos transportados internacionalmente
8
A empresa não realiza transporte
internacional de materiais
considerados perigosos.
AD
EN25
Identificação, tamanho, status de proteção e índice de biodiversidade de corpos d’água e habitats relacionados significativamente
afetados por descartes de água e drenagem realizados pela organização relatora
8
Os descartes referem-se à água
sanitária e de uso em atividades
de limpeza e são realizados em
sistemas públicos de saneamento
ES
EN26
Iniciativas para mitigar os impactos ambientais de produtos e serviços e a extensão da redução desses impactos
ES
EN27
Percentual de produtos e suas embalagens recuperados em relação ao total de produtos vendidos, por categoria de produto
ES
EN28
AD
EN29
AD
EN30
Produtos e serviços
7, 8, 9
82, 86
8, 9
Não aplicável pela natureza da
atividade de distribuição de energia,
que não usa embalagens.
8
Não foram registradas em 2008
8
87
7, 8, 9
80
Princípio do
Pacto Global
Página /
Comentário
Conformidade
Valor monetário de multas significativas e número total de sanções não monetárias resultantes da não conformidade com leis e
regulamentos ambientais
Transporte
Impactos ambientais significativos do transporte de produtos e outros bens e materiais utilizados nas operações da organização,
bem como do transporte de trabalhadores
Geral
■
Total de investimentos e gastos em proteção ambiental, por tipo
Correlação com o Pacto Global
PRÁTICAS TRABALHISTAS E TRABALHO DECENTE
Forma de gestão
61, 62, 68, 69, 73, 75, 76
Emprego
ES
LA1
Trabalhadores por tipo de emprego contrato de trabalho e região
SE
EU15
Processos para garantir a retenção e renovação da força de trabalho qualificada
SE
EU16
Total de colaboradores subcontratados
SE
EU17
Porcentagem de contratados e subcontratados que tenham recebido treinamento relevante em saúde e segurança
ES
LA2
Número total e taxa de rotatividade de empregados, por faixa etária, gênero e região
AD
LA3
Benefícios oferecidos a empregados de tempo integral que não são oferecidos a empregados temporários ou em regime de meio
período, discriminados pelas principais operações
ES
LA4
Percentual de empregados abrangidos por acordos de negociação coletiva
ES
LA5
Prazo mínimo para notificação com antecedência referente a mudanças operacionais, incluindo se esse procedimento está
especificado em acordos de negociação coletiva
63, 64
61 e 62
63, 74
75
6
65
66, 67
Relações entre os trabalhadores e a governança
1, 3
65
3
66
■ ES - indicador essencial
■ AD - indicador adicional
■ SE - indicador setorial de energia
sumário GRI
■
Correlação com o Pacto Global
Princípio do
Pacto Global
Página /
Comentário
69
Saúde e segurança no trabalho
AD
LA6
Percentual dos empregados representados em comitês formais de segurança e saúde, compostos por gestores e por
trabalhadores, que ajudam no monitoramento e aconselhamento sobre programas de segurança e saúde ocupacional
1
ES
LA7
Taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos, absenteísmo e óbitos relacionados ao trabalho, por região
1
71
ES
LA8
Programas de educação, treinamento, aconselhamento, prevenção e controle de risco em andamento para dar assistência a
empregados, seus familiares ou membros da comunidade com relação a doenças graves
1
71 e 72
AD
LA9
Temas relativos à segurança e saúde cobertos por acordos formais com sindicatos
1
67, 68
Treinamento e educação
ES
LA10
Média de horas de treinamento por ano, por funcionário, discriminadas por categoria funcional
62
AD
LA11
Programas para gestão de competências e aprendizagem contínua que apoiam a continuidade da empregabilidade dos
funcionários e para gerenciar o fim da carreira
68
AD
LA12
Percentual de empregados que recebem regularmente análises de desempenho e de desenvolvimento de carreira
62
Diversidade e igualdade de oportunidades
ES
LA13
Composição dos grupos responsáveis pela governança corporativa e discriminação de empregados por categoria, de acordo com
gênero, faixa etária, minorias e outros indicadores de diversidade
1, 6
22, 64
ES
LA14
Proporção de salário base entre homens e mulheres, por categoria funcional
1, 6
67
DIREITOS HUMANOS
Forma de gestão
14, 23, 75
Práticas de investimento e de processos de compra
ES
HR1
Percentual e número total de contratos de investimentos significativos que incluam cláusulas referentes a direitos humanos ou
que foram submetidos a avaliações referentes a direitos humanos
1, 2, 3, 4, 5 e 6
74
ES
HR2
Percentual de empresas contratadas e fornecedores críticos que foram submetidos a avaliações referentes a direitos humanos e
as medidas tomadas
1, 2, 3, 4, 5 e 6
74
AD
HR3
Total de horas de treinamento para empregados em políticas e procedimentos relativos a aspectos de direitos humanos
relevantes para as operações, incluindo o percentual de empregados que recebeu treinamento
1, 2, 3, 4, 5 e 6
Até 2008, a Coelce
não registrava o total das
horas de treinamento.
ES
HR4
1,2 e 6
24
1, 2 e 3
65
1, 2 e 5
23, 65
1, 2 e 4
23
Não discriminação
Número total de casos de discriminação e as medidas tomadas
Liberdade de associação e negociação coletiva
ES
HR5
ES
HR6
ES
HR7
Operações identificadas em que o direito de exercer a liberdade de associação e a negociação coletiva pode estar correndo risco
significativo e as medidas tomadas para apoiar esse direito
Trabalho infantil
Operações identificadas como de risco significativo de ocorrência de trabalho infantil e as medidas tomadas para contribuir para
a abolição do trabalho infantil
Trabalho forçado ou análogo ao escravo
Operações identificadas como de risco significativo de ocorrência de trabalho forçado ou análogo ao escravo e as medidas
tomadas para contribuir para a erradicação do trabalho forçado ou análogo ao escravo
119
120
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
■
Correlação com o Pacto Global
Princípio do
Pacto Global
Página /
Comentário
1e2
74
1e2
No Estado do Ceará existem
sete áreas indígenas, segundo a
Fundação Nacional do Índio, nas
quais não há instalações da Coelce.
Práticas de segurança
AD
HR8
AD
HR9
Percentual do pessoal de segurança submetido a treinamento nas políticas ou procedimentos da organização relativos a
aspectos de direitos humanos que sejam relevantes às operações
Direitos indígenas
Número total de casos de violação de direitos dos povos indígenas e medidas tomadas
SOCIEDADE
Forma de gestão
99 a 102
Comunidade
SE
EU18
Processo participativo de tomada de decisões e resultados do engajamento com stakeholders
SE
EU19
Procedimentos para gerenciar os impactos indiretos do deslocamento involuntário
99
SE
EU20
Planejamento e medidas de contingência em casos desastres/ emergências e programas de treinamento e programas de
recuperação/restauração
31
ES
SO1
Natureza, escopo e eficácia de quaisquer programas e práticas para avaliar e gerir os impactos das operações nas comunidades,
incluindo a entrada, operação e saída.
99
SE
EU21
Número de pessoas desalojadas por projetos novos ou de expansão relacionados a melhorias na geração ou linhas de
transmissão, divididos por mudanças físicas e econômicas
99
ES
SO2
Percentual e número total de unidades de negócios submetidas a avaliações de riscos relacionados à corrupção
10
16
ES
SO3
Percentual de empregados treinados nas políticas e procedimentos anticorrupção da organização
10
16
ES
SO4
Medidas tomadas em resposta a casos de corrupção
10
24
25 a 27
Corrupção
Políticas públicas
ES
SO5
Posições quanto a políticas públicas e participação na elaboração de políticas públicas e lobbies
AD
SO6
Valor total de contribuições financeiras e em espécie para partidos políticos, políticos ou instituições relacionadas,
discriminadas por país
■
Correlação com o Pacto Global
1 a 10
17
10
A companhia, não participa de
lobbies e não apoia ou financia
candidaturas ou partidos políticos
Princípio do
Pacto Global
Página /
Comentário
Concorrência desleal
AD
SO7
Número total de ações judiciais por concorrência desleal, práticas de truste e monopólio e seus resultados
Não foram registradas
Conformidade
ES
SO8
Valor monetário de multas significativas e número total de sanções não monetárias resultantes da não conformidade com leis e
regulamentos
Não foram registrados
■ ES - indicador essencial
■ AD - indicador adicional
■ SE - indicador setorial de energia
121
sumário GRI
■
Correlação com o Pacto Global
Princípio do
Pacto Global
Página /
Comentário
RESPONSABILIDADE SOBRE O PRODUTO
Forma de gestão
45, 46, 51, 55
Acesso
SE
EU22
Programas, incluindo aqueles em parceria com o governo, para a melhoria ou manutenção do acesso a serviços de energia
47, 48
Provisão de informações
SE
EU23
Práticas para superar barreiras de acesso e garantir a segurança no uso dos serviços de energia (adequação à linguagem,
cultura, baixa instrução, deficiência)
54
ES
PR1
Fases do ciclo de vida de produtos e serviços em que os impactos na saúde e segurança são avaliados visando à melhoria, e o
percentual de produtos e serviços sujeitos a esses procedimentos
1
57
AD
PR2
Número total de casos de não conformidade com regulamentos e códigos voluntários relacionados aos impactos causados por
produtos e serviços na saúde e segurança durante o ciclo de vida, discriminados por tipo de resultado
1
Não foram registradas
ES
PR3
Tipo de informação sobre produtos e serviços exigida por procedimentos de rotulagem, e o percentual de produtos e serviços
sujeitos a tais exigências
8
55
AD
PR4
Número total de casos de não conformidade com regulamentos e códigos voluntários relacionados a informações e rotulagem
de produtos e serviços, discriminados por tipo de resultado
8
Não foram regostrados
AD
PR5
Práticas relacionadas à satisfação do cliente, incluindo resultados de pesquisas que medem essa satisfação
Saúde e segurança do cliente
Rotulagem de produtos e serviços
51, 55, 56
Comunicações de marketing
ES
PR6
Programas de adesão às leis, normas e códigos voluntários relacionados a comunicações de marketing, incluindo publicidade,
promoção e patrocínio
AD
PR7
Número total de casos de não conformidade com regulamentos e códigos voluntários relativos a comunicações de marketing,
incluindo publicidade, promoção e patrocínio, discriminados por tipo de resultado
AD
PR8
Número total de reclamações comprovadas relativas à violação de privacidade e perda de dados de clientes
ES
PR9
Valor monetário de multas (significativas) por não conformidade com leis e regulamentos relativos ao fornecimento e uso de
produtos e serviços
SE
EU24
SE
EU25
55
Não foram registrados
Conformidade
1
Não houve registro
59
Saúde e segurança pública
Número de acidentes e óbitos de pessoas da comunidade, envolvendo ativos da empresa, incluindo ações judiciais, multas e
processos pendentes relacionados a doenças
57
Acesso
Porcentagem da população não atendida em áreas licenciadas de distribuição, divididas por população em áreas urbanas e em
áreas rurais
SE
EU26
Número de desligamentos residenciais por não pagamento, divididos por duração do desligamento
SE
EU27
Frequência de interrupção de energia
SE
EU28
Duração média da interrupção de energia
SE
EU29
Disponibilidade média das unidades de geração, divididas por tipo de fontes de energia e país ou regime regulatório
–
–
46, 47
46.47
A Coelce não gera energia
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES
Aos
Acionistas e Administradores da
Companhia Energética do Ceará – Coelce
1. Examinamos o balanço patrimonial da COMPANHIA ENERGÉTICA DO CEARÁ – COELCE
em 31 de dezembro de 2008 e as correspondentes demonstrações dos resultados, das
mutações do patrimônio líquido, dos fluxos de caixa e do valor adicionado correspondentes
ao exercício findo naquela data, elaborados sob responsabilidade de sua Administração.
Nossa responsabilidade é de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.
2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no
Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos
saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Companhia;
(b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os
valores e as informações contábeis divulgados; (c) a avaliação das práticas e das estimativas
contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Companhia, bem como da
apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.
3. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no primeiro parágrafo
representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e
financeira da Companhia Energética do Ceará – Coelce, em 31 de dezembro de 2008,
o resultado de suas operações, as mutações do seu patrimônio líquido, os seus fluxos de
caixa e os valores adicionados nas operações referentes ao exercício findo naquela data, de
acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
4. Conforme detalhado na Nota Explicativa n° 5 (b), em 31 de dezembro de 2008,
a Companhia mantém transações de compra e venda de energia realizadas no âmbito
da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE pendentes de liquidação
e de revisão por parte da CCEE. Com relação às transações pendentes de liquidação, a
Sociedade possui registrado como contas a receber o montante de R$ 12.917.000 em 31
de dezembro de 2008, sob efeito de liminares judiciais para suspensão dos pagamentos.
Esses montantes podem estar sujeitos a alterações, dependendo de decisão de processos
judiciais em andamento movidos por empresas do setor, relativos a interpretações das
regras do mercado em vigor. Adicionalmente, outros agentes do mercado não honraram
seus pagamentos com a Coelce, com efeito de liminares judiciais para suspensão da
liquidação financeira desses valores nas datas estabelecidas pela CCEE, resultando em
um montante vencido de R$ 2.372.000, em 31 de dezembro de 2008. As demonstrações
financeiras da Companhia não incluem nenhuma provisão para perdas em relação a essas
contas a receber em atraso.
5. Anteriormente, auditamos as demonstrações contábeis referentes ao exercício findo em
31 de dezembro de 2007, compreendendo o balanço patrimonial, as demonstrações do
resultado do exercício, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações
de recursos, além das informações suplementares compreendendo as demonstrações
dos fluxos de caixa e do valor adicionado, sobre as quais emitimos parecer, datado de
29 de fevereiro de 2008, sem ressalvas e com parágrafo de ênfase sobre o assunto
mencionado no parágrafo quarto acima. Conforme mencionado na nota explicativa 2, as
práticas contábeis adotadas no Brasil foram alteradas a partir 1º. de janeiro de 2008. As
demonstrações contábeis referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2007, exceto
a demonstração das origens e aplicações de recursos, apresentadas de forma conjunta
com as demonstrações contábeis de 2008, foram elaboradas de acordo com as práticas
contábeis adotadas no Brasil vigentes até 31 de dezembro de 2007 e, como permitido pelo
Pronunciamento Técnico CPC no 13, que trata da adoção inicial da Lei nº 11.638/07, e da
Medida Provisória no 449/08, não estão sendo reapresentadas com os ajustes para fins de
comparação entre os exercícios.
Fortaleza, 6 de março de 2009
CANARIM Auditores Associados
CRC-RJ-003.003/O-5“S”CE
Érico L. Canarim
Sócio-Responsável
Contador-CRC-RJ-037.512/O-3“S”CE
123
Demonstrações Financeiras
BALANÇOS PATRIMONIAIS
PASSIVO
CIRCULANTE
Levantados em 31 de dezembro de 2008 e 2007
(Valores expressos em milhares de reais)
Fornecedores
Notas
explicativas
16
Folha de pagamento
ATIVO
CIRCULANTE
Disponibilidades
Notas
explicativas
4
2007
2008 (Reclassificado)
15.838
12.364
Consumidores, concessionários e permissionários
5e6
416.909
562.830
Provisão para créditos de liquidação duvidosa
5e6
(93.769)
(213.428)
7
30.410
26.031
7.335
14.525
Consumidores baixa renda
Serviços em curso
Estoques
1.471
511
Devedores diversos
4.228
5.770
Tributos a compensar
8
48.821
55.424
Depósitos vinculados
9
18.777
16.967
Tributos diferidos
10
51.975
95.687
Crédito luz para todos
13
181.547
76.234
Despesas pagas antecipadamente
11
87.839
113.530
Outros créditos
12
Total do ativo circulante
29.536
25.907
800.917
792.352
NÃO CIRCULANTE
Realizável a longo prazo
Consumidores, concessionários e permissionários
5e6
33.997
Provisão para créditos de liquidação duvidosa
5e6
(3.174)
-
13.699
16.555
52.834
47.976
Depósitos vinculados a litígios
Tributos a compensar
Depósitos vinculados
8
36.507
9
14.421
14.987
10
23.100
20.791
Despesas pagas antecipadamente
11
108.620
88.748
Outros créditos
12
280
280
243.777
225.844
Tributos diferidos
Total do realizável a longo prazo
Investimentos
220
235
Intangível
14
13.994
14.671
Imobilizado
13
1.722.679
1.527.355
-
8.793
Total do não circulante
Diferido
1.980.670
1.776.898
TOTAL DO ATIVO
2.781.587
2.569.250
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Encargos de dívidas
2007
2008 (Reclassificado)
157.582
241.753
7.233
6.460
18
19.974
4.291
204.941
Empréstimos e financiamentos
18
332.230
Tributos e contribuições sociais
17
48.356
54.972
Taxas regulamentares
19
17.086
10.294
7.508
6.409
24
263.927
245.977
20.041
10.454
8.963
8.958
Participações dos empregados
Dividendos a pagar
Contribuição de iluminação pública arrecadada
Obrigações estimadas
Provisão para contingências
21
773
769
Obrigações com benefícios pós-emprego
25
11.023
13.987
Partes relacionadas
20
103.792
102.665
Tributos diferidos
Programa pesquisa e desenvolvimento e eficiência
energética
Outras obrigações
10
26.632
69.402
13
22.329
18.235
23
Total do passivo circulante
21.189
44.729
1.068.638
1.044.296
NÃO CIRCULANTE
Tributos e contribuições sociais
17
8.421
8.442
Empréstimos e financiamentos
18
489.945
352.591
Provisão para contingências
22
63.214
69.344
Obrigações com benefícios pós-emprego
26
48.019
49.930
Partes relacionadas
20
104.227
104.546
Tributos diferidos
10
38.603
39.971
7
22.019
25.788
5.257
-
13
14.762
19.946
Provisão baixa renda
Provisão luz para Todos
Programa pesquisa e desenvolvimento e Eficiência
energética
Outras obrigações
23
Total do não circulante
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
1.381
3.947
795.848
674.505
24
Capital social
442.946
433.057
Reservas de capital
358.671
368.541
Reserva de lucros
115.478
48.845
Recursos destinados a aumento de capital
Total do patrimônio líquido
TOTAL DO PASSIVO
6
6
917.101
850.449
2.781.587
2.569.250
124
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO
Referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2008 e 2007 (Valores expressos em milhares de reais, exceto o lucro líquido por ação, expressos em reais)
Notas
explicativas
RECEITA OPERACIONAL
Fornecimento de energia elétrica
Consumidores, concessionários e permissionários
Baixa renda
Reposicionamento revisão tarifária
Valor a devolver reajuste tarifário-transmissoras
Recuperação perda de receita racionamento
Recuperação energia livre - Geradoras
Recuperação parcela A
Suprimento de energia elétrica
Receita de uso da rede elétrica
Baixa Energia Livre
Outras receitas
Total de receita operacional
Deduções à receita operacional
ICMS
COFINS
PIS
ISS
Quota para reserva global de reversão
Conta de consumo de combustiveis fosséis
Conta de desenvolvimento energético
Programa de eficiência energética e pesquisa e
desenvolvimento
Encargo de capacidade e aquisição emergencial
Total de deduções à receita operacional
Total de receita operacional líquida
CUSTO DO SERVIÇO DE ENERGIA ELÉTRICA
Custo com energia elétrica
Energia elétrica comprada para revenda
Energia elétrica comprada para revenda-Ativo
Transmissoras
Encargos de uso da rede de transmissão
Encargos de uso da rede de transmissão-Ativo
Transmissoras
Total do custo com energia elétrica
Custo de operação
Pessoal
Entidade de previdência privada
Material
Serviços de terceiros
Depreciação e amortização
Outros
Total do custo da operação
Total do custo do serviço de energia elétrica
Custo do serviço prestado a terceiros
Lucro operacional bruto
Notas
explicativas
2007
2008 (Reclassificado)
28
28
28
28
28
28
28
28
28
28
28 e 29
2.358.776
174.066
5.542
700
(18.339)
(6.429)
(48.866)
13.245
55.331
57.475
105.036
2.696.537
2.216.455
173.359
(22.464)
(1.867)
(55.685)
(19.492)
11.749
45.695
100.099
2.447.849
28
28
28
28
28
28
28
(528.563)
(111.412)
(24.518)
(2.037)
(29.917)
(55.251)
(13.526)
(501.577)
(96.012)
(21.421)
(1.331)
(23.156)
(58.160)
(13.254)
28
(16.271)
(14.055)
28
28
28
2
(781.493)
1.915.044
(4)
(728.970)
1.718.879
DESPESAS OPERACIONAIS
Despesas com vendas
Despesas gerais e administrativas
Amortização/reversão do ágio oriundo da incorporação
Taxa de fiscalização Aneel
Provisão para créditos de liquidação duvidosa
(Provisão) reversão para contingências
Outras
Total despesas operacionais
Resultado do serviço público de energia elétrica
RECEITAS (DESPESAS) FINANCEIRAS
Renda de aplicações financeiras
Acréscimo moratório em conta de energia
Atualização perda de receita racionamento
Encargos de dívidas
Variações monetárias
Outras
Total das receitas(despesas) financeiras
Resultado operacional
Lucro antes da contribuição social,
do imposto de renda e participações
Contribuição social-corrente
Contribuição social diferidos
Imposto de renda-corrente
Imposto de renda diferidos
Incentivo Fiscal-Adene
Lucro líquido antes das partipações
Participação nos lucros
Lucro líquido do exercício
31
(882.853)
(815.939)
31
3.793
(5.057)
31
(74.492)
(57.087)
31
(5.193)
6.924
(958.745)
(871.159)
(61.226)
(9.160)
(16.097)
(138.105)
(99.350)
(6.138)
(330.076)
(1.288.821)
(6.412)
619.811
(66.730)
(8.862)
(9.202)
(117.196)
(93.470)
(5.146)
(300.606)
(1.171.765)
(11.356)
535.758
31
31
31
31
31
31
31
Lucro líquido do exercício por ação - R$
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações
financeiras.
31
31
31
31
31
31
31
31
31
25
25
25
25
25
33
2007
2008 (Reclassificado)
(76.348)
(54.371)
(14.967)
(4.042)
(13.351)
6.509
(10.133)
(166.703)
453.108
(28.749)
(50.289)
(15.220)
(4.407)
(59.378)
(6.136)
(6.613)
(170.792)
364.966
12.288
31.847
4.668
(59.053)
(30.468)
(8.198)
(48.916)
404.192
10.759
35.104
18.403
(44.859)
(16.378)
(10.865)
(7.836)
357.130
404.192
(34.304)
1.102
(94.543)
2.521
66.633
345.601
(7.078)
357.130
(36.135)
8.238
(100.684)
22.160
250.709
(5.958)
338.523
244.751
4,35
3,14
Demonstrações Financeiras
DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2008 e 2007 (Valores expressos em milhares de reais, exceto o lucro líquido por ação, expressos em reais)
Capital Reserva
social de ágio
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006
Reserva de capital-incentivo fiscal
Lucro líquido do exercício
Proposta de destinação do lucro líquido:
Dividendos propostos (R$ 3,14 por ação)
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007
Reservas de capital
Remuneração de
bens e direitos
constituídos com
capital próprio
Reservas de Lucros
Reserva
incentivo
Reserva
fiscal legal
Adene
Incentivo
Fiscal Adene
Lucros
acumulados
Subtotal
Recursos
destinados a
aumento de
capital
Total
433.057
221.188
31.160
46.208
-
48.845
-
-
780.458
6
780.464
-
-
-
69.985
-
-
-
-
244.751
(244.751)
69.985
244.751
(244.751)
-
69.985
244.751
(244.751)
433.057
221.188
31.160
116.193
-
48.845
-
850.443
6
850.449
-
19
(9.889)
-
31.160
106.323
Ajustes de exercício anterior:
Baixa diferido lei 11.638/2007
dividendos prescritos
Ajuste-incentivo fiscal
Capitalização da reserva
9.889
Lucro líquido do exercício
Destinação do lucro:
Reserva de lucros-incentivo fiscal - Adene
Dividendos propostos (R$ 3,38)
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008
442.946 221.188
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
-
-
-
(8.794)
33
338.523
(8.794)
33
19
338.523
-
(8.794)
33
19
338.523
48.845
66.633
66.633
(66.633)
(263.129)
-
(263.129)
917.095
6
(263.129)
917.101
125
126
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
DEMONSTRAÇÕES DO FLUXO DE CAIXA
Referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2008 e 2007 (Valores expressos em milhares de reais)
Lucro líquido do exercício
Ajustes para reconciliar o lucro líquido com o caixa
gerado pelas (aplicado nas)
Atividades operacionais:
Provisão para créditos de liquidação duvidosa
Baixa RTE/energia livre
Depreciação e amortização
Depreciação Obrigações vinculadas a concessão
2008
338.523
2007
(Reclassificado)
244.751
13.351
(6.985)
122.756
(21.184)
59.378
109.526
(13.668)
14.967
89.521
3.130
(2.735)
(6.509)
31.436
6.246
3.086
247.080
15.220
61.237
1.591
(33.341)
6.136
(14.276)
35.480
(16.289)
69.985
27.032
308.011
(31.895)
41.255
(4.379)
1.781
Serviços em curso
7.190
1.535
Estoque
(960)
323
Tributos a compensar
1.745
(21.114)
Despesas pagas antecipadamente
(427)
(969)
(105.313)
(76.234)
Amortização do ágio oriundo da incorporação
Juros líquidos provisionados
Baixas do imobilizado em serviço
Tributos diferidos
Provisões para contingências
Recomposição tarifária
Despesas pagas antecipadamente
Baixa deficit atuarial
Incentivo Fiscal - Adene
Outros
(Aumento) redução nos ativos operacionais:
Consumidores e revendedores
Baixa renda
Crédito luz para todos
Depósitos vinculados
Depósitos vinculados a litígios
Outros créditos
Aumento (redução) nos passivos operacionais
Fornecedores
Folha de pagamento e provisões trabalhistas
Tributos e contribuições sociais
Taxas regulamentares
Provisão para contingências
Transações com partes relacionadas
Provisão devolução Baixa Renda
Outras contas a pagar
Caixa líquido gerado pelas atividades operacionais
(1.244)
5.356
1.645
(2.087)
(135.725)
6.199
(4.568)
(46.436)
(26.696)
1.877
(6.637)
6.792
2.584
(30.557)
(3.769)
(15.453)
(71.859)
378.019
29.756
1.052
35
(8.043)
(16.389)
16.666
(34.212)
(13.870)
(25.005)
481.321
Atividades de investimento
Aplicações no imobilizado
Aplicações no diferido
Aplicações no intangível
Obrigações vinculadas a concessão
Caixa líquido (aplicado nas) atividades de investimento
Atividades de financiamento
Captação de empréstimos e financiamentos
Pagamento de empréstimos e financiamentos
Dividendos
Juros sobre capital próprio
Caixa líquido gerado pelas (aplicado nas) aticidades de financiamento
Disponibilidade geradas no exercício
Saldo inicial de caixa
Saldo final de caixa
Informações adicionais:
Juros pagos
Imposto de renda e contribuição social pagos
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
2008
2007
(Reclassificado)
(472.255)
(2.325)
159.543
(315.037)
(395.831)
(6.970)
(3.194)
132.488
(273.507)
518.570
(332.899)
(245.179)
-
240.727
(225.887)
(224.947)
(49.995)
(59.508)
(260.102)
3.474
(52.288)
12.364
15.838
3.474
64.652
12.364
(52.288)
60.690
48.538
41.398
89.392
127
Demonstrações Financeiras
DEMONSTRAÇÕES DO VALOR ADICIONADO (GRI EC1)
Referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2008 e 2007 (Valores expressos em milhares de reais)
2008
%
2007
(Reclassificado)
Receitas
Receitas relativas à construção de ativos
próprios
Provisão para créditos de liquidação
duvidosa
Baixa RTE/Energia Livre
Outras receitas
2.638.070
2.431.347
2007
(Reclassificado)
%
512.877
424.055
(13.351)
(59.378)
6.985
-
(5.801)
13.056
3.138.780
2.809.080
Federal
407.569
29%
355.018
27%
Estadual
528.580
37%
501.595
38%
0,1%
Municipal
( - ) Incentivos fiscais
2.448
0,2%
1.469
(66.633)
-5%
(69.985)
-5%
871.964
62%
788.097
60%
Remuneração de capitais de terceiros
Juros e variações cambiais
89.520
6%
61.237
5%
Outras despesas financeiras
(9.011)
-1%
42.726
3%
Aluguéis
Total de receitas
%
Impostos, taxas e contribuições
GERAÇÃO DE RIQUEZAS
Venda de energia e serviços
2008
%
5.971
1%
4.798
0%
86.480
6%
108.761
8%
263.096
19%
244.751
19%
66.633
5%
69.985
5%
8.794
1%
-
-
338.523
24%
314.736
24%
1.414.547
100%
Remuneração de capitais próprios
Insumos adquiridos de terceiros
Compra de energia
Encargos de uso da rede elétrica
Material e serviços de terceiros
Outras despesas operacionais
Total de insumos adquiridos de terceiros
Dividendos
(879.060)
(820.996)
(71.063)
(50.163)
(683.759)
(587.745)
(5.405)
(14.244)
(1.639.287)
(1.473.148)
Reserva de Incentivo fiscal- Adene
Ajuste exercício anterior-lei 11638/2007
Total do valor adicionado distribuído
Valor adicionado (médio) por empregado
1.107
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
( = ) Valor adicionado bruto
(-) Depreciação e amortização
( = ) Valor adicionado líquido
1.499.493
1.335.932
(116.539)
(111.079)
1.382.954
1.224.853
( + ) Valor adicionado recebido em
transferência
Receita financeira
( = ) Valor adicionado a distribuir
31.593
1.414.547
96.127
100%
1.320.980
100%
74.871
5%
71.882
5%
5.591
0%
5.086
0%
DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO
Pessoal
Remunerações
Encargos sociais (exceto INSS)
Previdência privada
9.160
1%
8.862
1%
Auxílio-alimentação
5.315
0%
4.770
0%
15.565
1%
12.828
1%
7.078
1%
5.958
0%
117.580
8%
109.386
8%
Convênio assistencial e outros benefícios
Participação nos resultados
1.320.980 100%
1.018
128
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Referentes oos Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007 (Valores em milhares de reais, exceto quando mencionado em contrário)
1. CONTEXTO OPERACIONAL
A Companhia Energética do Ceará – Coelce (“Companhia”) é uma sociedade por ações de
capital aberto, controlada pela Investluz S/A, e concessionária do serviço público de energia
elétrica, destinada a pesquisar, estudar, planejar, construir e explorar a distribuição de energia
elétrica, sendo tais atividades regulamentadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica –
Aneel, vinculada ao Ministério de Minas e Energia. A Companhia tem como área de concessão
todo o Estado do Ceará, atendendo aproximadamente 2.629 mil consumidores (2.490 mil em
2007) e um quadro de 1.278 empregados em 31 de dezembro de 2008 (1.297 em 2007). A
concessão do serviço público de distribuição de energia elétrica se deu por meio do Contrato
de Concessão de Distribuição nº 01/1998, de 13 de maio de 1998, da Aneel, com prazo de 30
anos, com vencimento para 12 de maio de 2028.
2. Apresentação das demonstrações financeiras
As demonstrações contábeis estão sendo apresentadas de acordo com as práticas contábeis
adotadas no Brasil, as quais incluem as disposições da Lei das Sociedades por Ações, conjugada
com a legislação específica aplicada às concessionárias do serviço público de energia elétrica,
editada pela Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel e normas e procedimentos contábeis
emitidos pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM.
(a) Alteração da legislação societária brasileira
Em 28 de dezembro de 2007, foi promulgada a Lei nº 11.638, que alterou, revogou e
introduziu novos dispositivos à Lei das Sociedades por Ações, notadamente em relação ao
capítulo XV, sobre matéria contábil, que entrou em vigor a partir do exercício que se iniciou
em 1º de janeiro de 2008. Essa Lei teve, principalmente, o objetivo de atualizar a legislação
societária brasileira para possibilitar o processo de convergência das práticas contábeis
adotadas no Brasil com aquelas constantes nas normas internacionais de contabilidade (IFRS)
e permitir que novas normas e procedimentos contábeis sejam expedidos pela Comissão de
Valores Mobiliários – CVM em consonância com os padrões internacionais de contabilidade.
Conforme facultado pela Deliberação CVM nº. 565, de 17 de dezembro de 2008, que
aprovou o Pronunciamento Técnico CPC nº 13, a Companhia está adotando pela primeira vez
no exercício findo em 31 de dezembro de 2008, a Lei 11.638/07 e a Medida Provisória nº
449/08. Consequentemente, as seguintes práticas contábeis foram modificadas em relação ao
exercício findo em 31 de dezembro de 2007:
• A Companhia revisou os saldos registrados em ativo diferido e os que não atendiam aos
critérios de reconhecimento como intangível foram baixados no exercício de 2008. Assim,
a parcela correspondente a anos anteriores foi registrada, no balanço de abertura, no valor
total de R$8.794, líquido dos efeitos fiscais.
• O valor correspondente ao incentivo Adene, apurado a partir da vigência da Lei 11.638/07,
no montante de R$ 66.633, foi contabilizado no resultado do exercício como redutora da
despesa com imposto de renda e, posteriormente, transferido para a reserva de lucros não
distribuíveis, em atendimento à Deliberação CVM nº 555, de 12 de novembro de 2008, que
aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 07.
• A Companhia reclassificou o saldo de softwares do ativo imobilizado para o intangível, no
montante de R$ 13.994, em atendimento à Deliberação CVM nº 553, de 12 de novembro
de 2008, que aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 04.
• A Companhia reclassificou o saldo dos custos incorridos na captação de recursos no
montante de R$ 2.993, apresentando-os como redutor das contas de empréstimos e
financiamentos, e passou a amortizá-los com base na mesma curva de amortização do
empréstimo, em atendimento ao Pronunciamento Técnico CPC 08. Até 31 de dezembro de
2007, tais custos eram contabilizados como despesas antecipadas e amortizados em linha
reta pelo prazo do empréstimo.
• Em atendimento a medida provisória nº 449, de 3 de dezembro de 2008, a companhia
reclassificou o resultado não operacional para resultado operacional.
• Conforme item 51 do pronunciamento técnico CPC 13, a Companhia não está apresentando
a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos para o exercício findo em 31 de
dezembro de 2008.
• A Companhia já adotava a elaboração da demonstração do fluxo de caixa e da demonstração
do valor adicionado, que se tornaram obrigatórias através da Deliberação CVM nº 547 de 13
de agosto de 2008 e Deliberação CVM nº 557, de 12 de novembro de 2008 nesta ordem.
Os efeitos no resultado do exercício findo em 31 de dezembro de 2008 e no patrimônio
líquido decorrentes da adoção inicial da Lei 11.638/07 e Medida Provisória nº 449/08, líquidos
dos efeitos tributários, estão demonstrados a seguir: | GRI 3.10 |
Demonstrações Financeiras
Resultado do exercício
Patrimônio Líquido
3.118
(8.794)
66.633
-
3. Principais práticas contábeis adotadas
Efeitos da Lei 11.638/07:
Baixa ativo diferido
Reserva de incentivo fiscal – Adene
b) Reclassificações nas demonstrações financeiras
do exercício anterior:
Para fins de melhor apresentação e manutenção da comparabilidade, as demonstrações contábeis
do exercício findo em 31 de dezembro de 2007 foram reclassificadas, quando aplicável.
Balanço Patrimonial
Ativo
Circulante
Numerário disponível
Aplicações financeiras
Disponibilidades
Consumidores, concessionários e permissionários
Despesas pagas antecipadamente
Outros créditos
Não circulante
Depósitos vinculados a litígios
Despesas pagas antecipadamente
Imobilizado
Intangível
Passivo
Circulante
Empréstimos e financiamentos
Pesquisa e desenvolvimento/ Eficiência energética
Provisão Baixa renda
Partes relacionadas
Outras obrigações
Não circulante
Empréstimos e financiamentos
Provisão para contingências
Pesquisa e desenvolvimento/ Eficiência energética
Provisão Baixa renda
Demontração do Resultado
Outras receitas operacionais
Outras despesas operacionais
Receitas não operacionais
Despesas não operacionais
2007
Publicado
Reclassificado
12.354
10
565.714
115.145
23.023
12.364
562.830
113.530
25.907
21.668
90.681
1.542.026
-
16.555
88.748
1.527.355
14.671
206.556
38.181
25.788
101.815
45.579
204.941
18.235
102.665
44.729
354.524
74.457
-
352.591
69.344
19.946
25.788
83.597
(3.166)
16.502
(3.447)
100.099
(6.613)
-
(a) Aplicações financeiras – São registradas ao custo, acrescido das remunerações
contratadas, reconhecidas proporcionalmente até a data das demonstrações contábeis,
não excedendo o valor de mercado (nota 4);
(b) Consumidores, concessionários e permissionários – Referem-se a créditos de
fornecimento de energia faturada, não faturada e energia comercializada no âmbito
da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE até a data do balanço,
contabilizados pelo regime de competência (nota 5);
(c) Provisão para créditos de liquidação duvidosa – Calculada com base nos valores
a receber de consumidores residenciais vencidos há mais de 90 dias, consumidores
comerciais vencidos há mais de 180 dias, consumidores industriais, rurais, poderes públicos,
iluminação e serviços públicos vencidos há mais de 360 dias, bem como através de análise
criteriosa para os clientes com débitos relevantes. Está reconhecida em valor julgado
pela Administração da Companhia como suficiente para atender às perdas prováveis na
realização dos créditos (nota 5);
(d) Estoques – Os materiais em estoques, de operação e manutenção, classificados no ativo
circulante, e aqueles destinados a projetos, contabilizados no imobilizado, estão avaliados
ao custo médio de aquisição, ajustados por provisão para perda por obsolescência, quando
aplicável;
(e) Despesas pagas antecipadamente – São compostas por valores efetivamente
desembolsados e ainda não incorridos e incluem a conta de compensação da variação
de valores de itens da parcela A (CVA) e respectivos encargos que serão apropriados ao
resultado à medida que a receita correspondente for faturada aos consumidores (nota 11);
(f)Imobilizado – Está composto pelo custo de aquisição e/ou construção, deduzido da
depreciação acumulada, calculada pelo método linear em conformidade com as taxas de
depreciação determinadas pelas Resoluções Aneel nº 02, de 24 de dezembro de 1997, e nº
44, de 17 de março de 1999.
O saldo do imobilizado inclui o valor do ágio oriundo da incorporação de sua controladora
Distriluz Energia Elétrica S.A., aprovada pela Assembléia Geral Extraordinária de 27
de setembro de 1999. A amortização do ágio está sendo feita com base no prazo da
concessão, em proporções mensais à sua rentabilidade projetada até 31 de dezembro de
2027 (nota 13);
(g) Intangível – Registrado pelo custo de aquisição, composto de software do sistema
corporativo, sendo amortização método linear durante cinco anos (nota 14).
129
130
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
(h) Imposto de renda e contribuição social sobre o lucro – São calculados com base nas
alíquotas vigentes de imposto de renda (15% acrescida de 10% sobre o resultado tributável
que exceder R$ 240) e contribuição social sobre o lucro líquido (9%) e consideram a
absorção de prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social, limitada a 30%,
para fins de determinação das exigibilidades. Os impostos diferidos ativos atribuíveis
às diferenças temporárias, prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social são
registrados no pressuposto de realização futura, baseada nas projeções de resultados
preparadas pela Administração. A Companhia possui direito a redução do imposto de renda
a pagar calculado com base no lucro da exploração (nota 25);
(i)Obrigações com benefícios pós-emprego – Referem-se ao passivo atuarial relativo ao
plano de previdência complementar oferecido aos empregados registrado em regime de
competência com base em avaliação efetuada por atuário externo (nota 26);
(j)Provisões para contingências – São reconhecidas mediante avaliação dos riscos
em processos cuja probabilidade de perda é provável e quantificadas com base em
fundamentos econômicos e em pareceres jurídicos sobre os processos existentes na data
do balanço (nota 22);
(k) Obrigações vinculadas à concessão – Referem-se aos recursos de participação financeira
dos consumidores e da União e de doações e subvenções para investimentos, destinados à
execução de empreendimentos necessários ao atendimento de pedidos de fornecimento de
energia elétrica, depreciados de acordo ofício nº296, de fevereiro de 2007. Estas obrigações
foram apresentadas nas demonstrações financeiras como redução do ativo imobilizado em
serviço (nota 13).
(l)Atualizações monetárias de direitos e obrigações – Os direitos e obrigações sujeitos às
variações monetária e cambial, por força contratual ou dispositivo legal, estão atualizados
até a data do balanço. Os passivos pactuados em moeda norte-americana são convertidos
para reais pela taxa de câmbio reportada pelo Banco Central do Brasil (US$1 = R$ 2,3370
em 31 de dezembro de 2008 e US$1 = R$1,7713 em 31 de dezembro de 2007);
(m) Apuração do resultado – As receitas e despesas são apropriadas de acordo com o regime
contábil de competência;
(n) Outros direitos e obrigações – Demais ativos e passivos circulantes e não circulante estão
atualizados até a data do balanço, quando legal ou contratualmente exigidos;
(o) Estimativas – A preparação das demonstrações financeiras de acordo com as práticas
contábeis adotadas no Brasil requer que a Administração da Companhia se baseie em
estimativas para o registro de certas transações que afetam os ativos e passivos, receitas
e despesas, bem como a divulgação de informações sobre dados das suas demonstrações
financeiras. Os resultados finais dessas transações e informações, quando de sua efetiva
realização em períodos subsequentes, podem diferir dessas estimativas. As principais
estimativas relacionadas às demonstrações financeiras referem-se ao registro dos efeitos
decorrentes da:
• Provisão para créditos de liquidação duvidosa;
• Provisão para contingências e planos de aposentadoria complementar;
• Recuperação do imposto de renda e contribuição social diferidos;
• Recebimentos no âmbito da CCEE;
• Ativo regulatório – Reposicionamento tarifário;
• Provisão para devolução de baixa renda;
• Crédito luz para todos
• Fornecimento não faturado
(p) Lucro líquido por ação – Calculado com base no número total de ações na data do
encerramento do balanço.
4. Disponibilidades
As aplicações financeiras estão relacionados a certificados de depósitos bancários vinculados
ao CDI (Certificado de depósito intercalado) e fundos mútuos de renda fixa com remuneração
diária. Apesar de algumas aplicações estarem contratadas com vencimento superior a 12
meses, não há restrições para seu resgate imediato.
Banco
Votorantim
Votorantim
Votorantim
Contas correntes
Total disponibilidades
Tipo
Fundo de Investimento
CDB/DI
CDB/DI
-
Vencimento Taxa
Cotas diárias
10/11/2010
100,80% CDI
7/24/2010
103,00% CDI
-
2008
2
9
21
15.806
15.838
2007
2
8
12.354
12.364
5. Consumidores, concessionários e permissionários
A composição das contas a receber de consumidores, concessionários e permissionários, em
31 de dezembro, é como segue:
131
Demonstrações Financeiras
Descrição
Consumidores
Faturados
Não faturados
Fornecimento
Ativos regulatórios
Concessionários e permissionários
Comercialização no âmbito da CCEE (b)
Total de consumidores, concessionários e permissionários (a)
Circulante
Não Circulante
2008
430.917
353.646
77.271
76.804
467
4.678
15.311
450.906
416.909
2007 reclassificado
568.579
328.632
239.947
67.704
172.243
11.800
18.958
599.337
562.830
33.997
36.507
a) Análise das contas a receber e demonstrativo do saldo da provisão para créditos de liquidação duvidosa
Valor bruto
Classe de consumidores
Vincendos
Vencidos
até 90 dias
Vencidos há
mais de 90 dias
2008
Provisão créditos liq. duv.
Total
2007
reclassificado
2008
2007
2008
2007
reclassificado
65.406
Circulante
Residencial
46.995
31.138
14.104
92.237
79.344
(16.494)
(13.938)
75.743
Industrial
12.642
6.348
4.412
23.402
10.254
(5.608)
(3.638)
17.794
6.616
Comercial
13.960
10.355
10.084
34.399
30.943
(11.090)
(9.224)
23.309
21.719
Rural
14.136
6.061
1.682
21.879
19.299
(1.792)
(1.144)
20.087
18.155
-
-
-
-
(6)
-
2.712
2.125
Poder público
Federal
2.333
349
36
2.718
2.125
Estadual
3.246
328
35
3.609
3.629
(13)
(92)
3.596
3.537
Municipal
6.863
3.850
4.085
14.798
15.271
(3.934)
(3.975)
10.864
11.296
Iluminação pública
4.426
1.458
729
6.613
6.066
(497)
(613)
6.116
5.453
Serviço público
5.596
676
67
6.339
5.991
(622)
(42)
5.717
5.949
140.256
Subtotal
110.197
60.563
35.234
205.994
172.922
(40.056)
(32.666)
165.938
Comercialização na CCEE (b)
2.394
-
-
2.394
5.383
-
-
2.394
5.383
Consumidores livres
4.678
-
-
4.678
11.800
-
-
4.678
11.800
Não faturado
Provisão refaturamento Prefeituras
76.804
-
-
76.804
67.704
-
-
76.804
67.704
-
-
-
-
(12.000)
-
-
-
(12.000)
Parcelamento de débitos
44.946
-
-
44.946
45.898
(6.767)
(12.776)
38.179
33.122
Outros créditos
11.624
4.026
2.003
17.653
15.723
(778)
(687)
16.875
15.036
Encargo emergencial (c)
Créditos junto a clientes com ações (d)
judiciais
Ativos regulatórios (nota 6)
Ativos regulatórios-Transmissoras (nota 6)
Total Circulante
-
1.596
927
2.523
2.587
-
-
2.523
2.587
27.937
2.441
31.072
61.450
80.570
(46.168)
(64.737)
15.282
15.833
(102.562)
-
67.814
-
-
-
-
170.376
-
467
-
-
467
1.867
-
168.850
8.063
34.002
210.915
389.908
(53.713)
279.047
68.626
69.236
416.909
562.830
(93.769)
-
-
12.917
12.917
13.575
-
-
12.917
13.575
21.080
-
-
21.080
22.932
(3.174)
-
17.906
22.932
467
1.867
(180.762)
157.202
209.146
(213.428)
323.140
349.402
Não Circulante
Comercialização na CCEE (b) *
Parcelamento de débito
Total não Circulante
Total consumidores, concessionários e permissionários
21.080
-
12.917
33.997
36.507
(3.174)
-
30.823
36.507
300.127
68.626
82.153
450.906
599.337
(96.943)
(213.428)
353.963
385.909
132
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
6. Ativos e passivos regulatórios
b) Comercialização no âmbito da CCEE
Câmara de Comercialização de Energia Elétrica
2008
2007
12.917
13.575
-
103
Valores a receber – setembro/2000 a dezembro/2002
Valor em litígio – Liminares *
Valores negociados
Valores com a exigibilidade suspensa **
Valores a receber – Energia curto prazo do período
Total comercialização no âmbito da CCEE
Circulante
Não circulante
2008
2.372
2.560
22
2.720
15.311
18.958
2.394
5.383
12.917
13.575
* O montante de R$ 12.917 (13.575 em 2007), registrado no não circulante, permanece em aberto, decorrente das liminares para
suspensão de pagamento nas datas previstas de liquidação financeira das transações no âmbito da CCEE.
** O montante de R$ 2.372 (2.560 em 2007), referente a contas a receber de venda de energia efetuadas na CCEE às empresas AES sul
(R$ 2.031) e DFESA (R$ 341), encontra-se com a exigibilidade suspensa.
c) Encargo emergencial
Com o objetivo de cobrir os custos com a contratação de capacidade de geração ou de
potência de usinas emergenciais e aquisição de energia das mesmas, foram instituídos o
“encargo de capacidade emergencial” e o “encargo de aquisição emergencial”. Estes
encargos deveriam ser repassados mensalmente a Comercializadora Brasileira de Energia
Emergencial – CBEE. O “encargo de aquisição emergencial” vigorou temporariamente
durante os meses de janeiro e fevereiro de 2004.
O “encargo de capacidade emergencial” foi cobrado desde março de 2002 até 22 de
dezembro de 2005. A partir de 23 de dezembro de 2005 o mesmo teve sua cobrança
suspensa, conforme Resolução Normativa Aneel nº 204, de 22 de dezembro de 2005.
A companhia repassa mensalmente os valores arrecadados de inadimplência.
d) Créditos junto a clientes com ações judiciais
O montante de R$ 61.450 (R$ 80.570 em 2007) refere-se a créditos junto a clientes com
ações judiciais. Este montante inclui R$ 22.947 (R$ 22.350 em 2007) relativos às contas
a receber de diversos consumidores que questionam a legalidade e pleiteiam a restituição
de valores envolvidos na majoração da tarifa de energia elétrica, ocorrida na vigência do
Plano Cruzado.
Esses consumidores obtiveram, por meio de medidas judiciais, o direito de compensar os
créditos pleiteados com as faturas de energia elétrica, sem, contudo, terem o mérito da questão
transitado em julgado. A Companhia constituiu provisão para créditos de liquidação duvidosa
em montante julgado suficiente para cobrir eventuais perdas em relação a esses processos.
Descrição
Ativos:
a. Consumidores e revendedores (nota 5)
a1. Acordo geral do setor elétrico
Perda de receita – racionamento
Energia livre
Provisão para crédito liquidação duvidosa
– RTE
a2. Ativo regulatório transmissoras
2007
Circulante
Não
circulante
Circulante
Não
circulante
-
-
120.552
49.824
-
b. Despesas pagas antecipadamente – CVA
(nota 11)
Parcela A – Extraordinária
CVA – Conta consumo de combustível
CVA – Conta de desenvolvimento energético
CVA – Uso da rede elétrica
CVA – Encargo de serviço do sistema
CVA – Compra de energia
CVA – PROINFA
Passivos:
a. Fornecedores – Suprimento de energia
(nota 16)
Energia livre
b. Outros Passivos (nota 22)
b1. CVA
CVA – Uso da rede elétrica
CVA – Conta consumo de combustível
CVA – Sobrecontratação – excedente 3%
b2. Reposicionamento revisão tarifária
b3. Passivo regulatório –Transmissoras
b4. Passivo regulatório – Parcela A
-
-
(102.562)
-
467
467
-
1.867
69.681
-
7.857
83
4.825
19.641
52.282
1.239
85.927
7.849
4
2.808
6.820
89.669
46
107.196
43.137
15.041
137
53.303
426
112.044
6.080
15
81.094
134
87.323
-
-
64.030
64.030
-
10.948
3.791
1.167
2.463
18.369
-
5.259
20.790
9.333
1.867
37.249
1.278
1.284
2.562
a) Consumidores e revendedores
a1. Acordo geral do setor elétrico
Em dezembro de 2001, foi firmado o acordo geral do setor elétrico entre o Governo
Federal e as concessionárias distribuidoras e as geradoras de energia elétrica para a
Demonstrações Financeiras
retomada do equilíbrio econômico-financeiro dos contratos existentes e a recomposição
de receitas relativas ao período de vigência do programa emergencial de redução do
consumo de energia elétrica (1º de junho de 2001 a 1º de março de 2002).
Com base nas disposições contidas na Lei nº 10.438 todas as concessionárias de
distribuição de energia elétrica efetuaram um levantamento do montante da receita não
auferida decorrente de redução de consumo de energia elétrica no período do racionamento
(Recomposição tarifária extraordinária – RTE) a ser reconhecida com o objetivo de retomada
do equilíbrio econômico-financeiro dos contratos de concessão.
A referida recomposição tarifária extraordinária ocorreu no período de janeiro de 2002 a
abril de 2008, por meio da aplicação às tarifas vigentes à época do acordo do setor elétrico,
assim reconhecidas pela Aneel, da seguinte forma:
• 2,9% para os clientes residenciais, rurais e iluminação pública, exceto para aqueles
classificados como residenciais baixa renda;
• 7,9% para os demais clientes.
O saldo apurado de perdas de receita do racionamento sofreu correção monetária pela
taxa Selic (acrescida de 1% a.a. até o montante de financiamento liberado pelo BNDES).
A remuneração do saldo foi efetuada em conformidade com o Oficio Circular Aneel nº
2212/2005 e o Ofício Circular Aneel nº 074/2006.
A receita auferida a partir de janeiro de 2002, por meio dos reajustes de tarifa mencionados
anteriormente (2,9% e 7,9%), foi colocada integralmente como recuperação das perdas de
receita do racionamento (ativo regulatório) e de energia livre registrado nas contas a receber.
Essa recomposição tarifária extraordinária vigorou pelo período de 76 meses, a partir de
janeiro de 2002, conforme estabelecido na Resolução Normativa Aneel nº 001, de 12 de
janeiro de 2004.
Em maio de 2008, a Companhia procedeu a baixa do ativo regulatório e a reversão da
provisão para perdas conforme Ofício circular nº 2.409/2007, devido a não recuperação
dentro do prazo de estabelecido pela Resolução Normativa Aneel nº 001/2004.
Energia livre
Perda de receita – racionamento
A perda de receita registrada no contas a receber teve os seguintes efeitos reconhecidos
contra resultados dos períodos correspondentes:
Valor Homologado
(+) Atualização monetária até 31 de dezembro de 2007
(+) Atualização monetária em 2008
2008
210.861
212.323
4.669
Total de atualização
(-) Recuperação das perdas até 31 de dezembro de 2007
(-) Recuperação das perdas de 2008
216.992
(302.632)
(18.347)
Total recuperado
(320.979)
Baixa RTE Ofício – Aneel n.º 2409/07
Saldo em 31 de dezembro de 2008
(106.874)
-
O valor de R$ 210.861, homologado pelas Resoluções Aneel nº 480 e n°481, de 29 de
agosto de 2002, refere-se à diferença entre a receita estimada, sem os efeitos da redução de
consumo decorrente do programa emergencial de redução do consumo de energia elétrica, e
a receita auferida pela concessionária para o período de junho de 2001 a fevereiro de 2002.
O montante relacionado à energia livre refere-se à energia gerada e disponibilizada no
sistema, não prevista nos contratos iniciais apurado entre os meses de junho de 2001 a
fevereiro de 2002.
Esse montante foi contabilizado com base na Resolução Aneel nº 483, de 29 de agosto de
2002, no montante de R$ 63.187, ajustado conforme a Resolução Normativa Aneel 001/2004
no montante de R$ 8.643 e majorado pelos valores recuperáveis de PIS e Cofins, no montante
de R$ 2.667. O saldo de energia livre sofre correção monetária pela taxa Selic acrescida de
1% para as geradoras que obtiveram financiamento junto ao BNDES.
Para as demais geradoras incide apenas a remuneração pela taxa Selic. Esta remuneração
está em conformidade com o Ofício Circular Aneel nº 2212/2005 e o Ofício Circular Aneel nº
074/2006. Através da Resolução Aneel nº 45, de 03 de março de 2004, o percentual aplicado
sobre a arrecadação da recomposição tarifária extraordinária a título de repasse de energia
livre é de 25,9489%.
Em maio de 2008 a Companhia procedeu a baixa da energia livre pela conforme Ofício
circular nº 2.409/2007, devido a não recuperação no prazo estabelecido pela Resolução
Normativa Aneel nº 001/2004.
Os valores contabilizados como ativos e passivos de energia livre têm a seguinte
composição:
133
134
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
Valor Homologado
(+) Atualização monetária até 31 de dezembro de 2007
(+) Atualização monetária em 2008
Total de atualização
(-) Recuperação/repasse até 31 de dezembro de 2007
(-) Recuperação/repasse de 2008
Total recuperado
Baixa da Energia Livre Ofício - Aneel n.º 2409/07
Saldo em 31 de dezembro de 2008
2008
Ativo
74.497
62.779
7.087
69.866
(87.452)
(6.429)
(93.881)
(50.482)
-
Passivo
71.830
69.143
2.495
71.638
(76.943)
(8.847)
(85.790)
(57.678)
-
Valor Homologado
(+) Atualização monetária até 31 de dezembro de 2007
(+) Atualização monetária em 2008
Total de atualização até 31 de dezembro de 2008
Total a recuperar parcela A
(-) Recuperação em 2008
Total recuperado até 31 de dezembro de 2008
Valor a devolver no próximo Reajuste Tarifário
Saldo em 31 de dezembro de 2008
2008
Ativo
15.977
27.160
3.266
30.426
46.403
(48.866)
(48.866)
2.463
-
Passivo
2.463
2.463
a2. Ativo regulatório transmissoras
Conta de variação de custos da parcela A-CVA
Com base no Ofício Circular nº 2.409/2007, a Companhia registrou um ativo regulatório
que se refere a valores recebidos a maior pelas transmissoras em seu processo de revisão
tarifária. Tais valores foram considerados como custo na Parcela “A” das distribuidoras. O
montante em 31 de dezembro de 2008 é R$ 467.
Esta conta destina-se ao registro da compensação de diferenças, calculadas comparando
o valor considerado na tarifa e seu efetivo pagamento do ano em curso. Os itens, cujas
variações seriam compensadas, foram:
• Quota de recolhimento à conta de consumo de combustíveis – CCC;
• Tarifa de uso das instalações de transmissão integrantes da rede básica;
• Encargos de serviços de sistema – ESS;
• Conta de desenvolvimento energético – CDE;
• Programa de incentivo a fontes alternativas de energia (Proinfa);
b. Despesas pagas antecipadamente
Parcela A – Extraordinária
A Companhia registrou como despesas antecipadas os incrementos incorridos entre janeiro
e outubro de 2001, relacionados aos custos imputáveis à despesa operacional, como:
•Quota de recolhimento à conta de consumo de combustíveis – CCC;
•Tarifa de uso das instalações de transmissão, integrantes da rede básica;
•Energia comprada estabelecida nos contratos iniciais;
•Quota de reserva global de reversão – RGR;
•Taxa de fiscalização de serviço de energia elétrica;
•Encargos de conexão.
Com o término do prazo de 76 meses para recompor a receita das Perdas do
Racionamento e a Energia Livre das Geradoras, iniciou-se a recuperação da parcela A –
extraordinária através do adicional tarifário de 2,9% e 7,9%. De acordo com a Resolução
Normativa Aneel nº 001/2008, não existe limitação de prazo para recuperação destes
custos. A companhia recuperou todo o valor da parcela A durante o ano de 2008 e
reclassificou para o passivo o excedente de recuperação para devolução aos consumidores
no próximo reajuste tarifário.
Compra de energia
Os saldos apurados nas CVAs, em obediência à legislação, estão acrescidos de remuneração
financeira baseada na taxa Selic.
CVA – Compra de energia
A CVA sobre os custos de aquisição de energia elétrica, ou seja, de compra de energia
foi instituída através da Portaria Interministerial n° 361, do Ministério da Fazenda, de 26 de
novembro de 2004. A Resolução Normativa n° 153, de 14 de março de 2005, estabeleceu
critérios e procedimentos para cálculo e repasse, às tarifas de fornecimento de energia
elétrica das concessionárias de distribuição.
Por ocasião do reajuste tarifário ordinário da Companhia de abril de 2005, o Grupo
Endesa apresentou à Aneel proposta de diferimento de uma parcela do preço da energia do
contrato da Central Geradora Termelétrica Fortaleza – CGTF com a Coelce.
135
Demonstrações Financeiras
Referido diferimento foi proposto visto o reflexo que o reconhecimento dos custos de
compra de energia da CGTF geraria no reajuste tarifário de abril-05, e considerando que
esse custo poderia ser minimizado com o efeito do crescimento do mercado previsto para
os próximos anos.
A proposta apresentada teve aprovação da Aneel e em decorrência desse fato, foi
firmado o Terceiro Termo Aditivo ao Contrato de Compra de Energia, conforme condições
descritas a seguir:
1. Período de diferimento de pagamento de 01/maio/05 a 30/abril/07;
2. CGTF emitirá mensalmente sua fatura com o valor ao preço de contrato (faturamento
sem diferimento de pagamento);
3. O diferimento de pagamento corresponde ao montante de energia mensal contratado
multiplicado pelo valor resultante da diferença do preço do contrato para o valor de
128,00 MWh;
4. O preço a ser reconhecido na tarifa de fornecimento da Coelce será de 123,74 R$/MWh.
A diferença entre o preço pago e de repasse para a tarifa mantêm as mesmas condições
atuais do contrato;
5. O valor diferido constituirá um passivo da Coelce para com a CGTF que será pago no
período de maio/2007 a abril/2012, cinco anos;
6. A companhia constituiria um ativo regulatório a ser repassado aos clientes no mesmo
período de recomposição do passivo;
7. O passivo não terá nenhum encargo financeiro, sendo atualizado pelo mesmo percentual
de reajuste do preço de compra;
8. Os preços serão atualizados nas condições e data estabelecida no contrato.
CVA PROINFA
A Lei 10.438, de 26 de abril de 2002, instituiu o programa de incentivo às fontes
alternativas de energia elétrica – Proinfa, com o objetivo de aumentar a participação no
sistema elétrico interligado nacional, da energia elétrica produzida por empreendimentos
de produtores independentes autônomos, concebidos com base em fontes eólicas,
pequenas centrais hidrelétricas e biomassa.
Através da Resolução Normativa Aneel nº 189, de 06 de dezembro de 2005, foi instituída
a CVA Proinfa para apurar e contabilizar os valores decorrentes de variações das quotas
de custeio do referido encargo, ocorridas entre reajustes tarifários anuais, a partir de 30 de
novembro de 2005.
CVA ESS
O encargo de serviço de sistema, por razão de segurança energética, tem a finalidade de
subsidiar a manutenção da confiabilidade e estabilidade do Sistema Elétrico Interligado Nacional.
Segue quadro com a movimentação das CVAs no exercício de 2008.
Descrição
Ativos
Parcela A
CVA – Conta consumo de
combustível
CVA – Conta de desenvolvimento
energético
CVA – Uso da rede elétrica
CVA – Encargo de serviço do
sistema
CVA – Compra de Energia
CVA – Proinfa
Passivos
Parcela A
CVA de Uso da rede elétrica
CVA – Conta consumo de
combustível
CVA – Sobrecontratação - 3%
excedente
2007
Adição
Remuneração
Amor- Reclastização sificação
2008
43.137
-
3.266
(48.866)
2.463
-
21.121
19.007
647
(6.679)
(18.390)
15.706
152
76
10
(151)
-
87
-
13.253
219
(3.537)
(2.302)
7.633
-
24.695
1.766
-
-
26.461
134.397
560
199.367
42.667
1.862
101.560
540
110
6.558
(35.653)
(1.247)
(96.133)
(18.229)
141.951
1.285
193.123
6.537
-
55
(4.290)
2.463
(2.302)
2.463
-
22.074
530
202
(4.416)
(18.390)
-
-
10.948
-
-
-
10.948
28.611
11.478
257
(8.706)
(18.229)
13.411
b1. CVA – Sobrecontratação – 3% excedente da compra de energia
A Lei nº 10.848/04 e o Decreto nº 5.163/04 definiram as condições de contratação de
energia por parte das distribuidoras de energia elétrica nos leilões regulados e a forma
de repasse desses custos às tarifas de fornecimento. Conforme referida legislação, as
distribuidoras têm assegurado o direito de recuperar, mediante tarifa, as sobras de energia
de até 3% em relação ao total da energia necessária ao atendimento de seu mercado.
b2. Reposicionamento revisão tarifária
Na revisão tarifária provisória, ocorrida em 22 de abril de 2007, o valor estabelecido
para quota de reintegração foi de R$ 111.446. Em outubro de 2007 a Aneel procedeu a
fiscalização da base de remuneração tendo emitido o relatório de fiscalização – R.F 199/07
onde registrou o valor de R$ 97.086 de quota de reintegração. Esta redução foi decorrente
136
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
da retirada dos bens totalmente depreciados na composição do ativo imobilizado em
serviço. O saldo em 31 de dezembro é de R$ 3.791 (R$ 9.333 em dezembro de 2007) .
b3. Passivo regulatório – transmissoras
Com base no Ofício Circular nº 2.409/2007 a Companhia registrou um passivo regulatório
que se refere ao ativo financeiro (ver nota a2) que foi contemplado na Parcela “A” da tarifa
cobrada de consumidores. O saldo em 31 de dezembro de 2008 é de 1.167 (R$ 1.867 em
dezembro de 2007).
7. Consumidores de baixa renda
A Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002, estabeleceu as diretrizes para enquadramento na
subclasse residencial baixa renda, da unidade consumidora com consumo mensal inferior a
80KWh, tendo o Decreto nº 4.336, de 15 de agosto de 2002, ampliado a regulamentação
de enquadramento, para unidades consumidoras com consumo mensal entre 80 e 220
KWh, também segundo diretrizes da própria Lei n° 10.438/02.
O crédito a receber de consumidores residenciais baixa renda é calculado pela Companhia
e submetido, mensalmente, à apreciação e homologação da Aneel, conforme determina a
Resolução n° 089, de 25 de outubro de 2004. O saldo em 31 de dezembro de 2008 é de
R$ 30.410 (R$ 26.031 em dezembro 2007).
Provisão devolução baixa renda
De acordo com as novas diretrizes estabelecidas pelo Órgão Regulador, a Companhia
mantém provisão de R$ 22.019 para cobrir diferenças de valores homologados e
recebidos em períodos anteriores em virtude de reclassificações de consumidores
beneficiados com o subsídio.
8. Tributos a compensar
2008
Imposto de renda a compensar
ICMS a compensar
Contribuição social a compensar
Pis/Cofins
Outros tributos
Total tributos a compensar
Circulante
13.896
30.841
2.415
703
966
48.821
2007
Não
circulante
52.834
52.834
Circulante
28.193
21.973
3.683
701
874
55.424
Não
circulante
47.976
47.976
O saldo de imposto de renda a compensar refere-se a valores de imposto de renda retido
na fonte – IRRF sobre aplicações financeiras, a retenções de órgãos públicos (Lei n° 9.430/96)
e o saldo do imposto de renda antecipado relativo ao ano calendário de 2006, 2007 e 2008.
A partir de janeiro de 2001, a Companhia passou a contabilizar em tributos e
contribuições sociais compensáveis os créditos de ICMS vinculados ao ativo permanente,
os quais estão sendo compensados mensalmente à razão de 1/48 avos.
Além disso, consta desta conta valores relativos à aquisição de ICMS por meio de
transferência de créditos de empresas exportadoras bem como créditos de ICMS das
compras de energia e importação.
O saldo de contribuição social a compensar refere-se ao valor do saldo da CSLL
antecipado relativo ao ano calendário de 2006 e 2007, além de valores retidos por órgãos
públicos, conforme Lei n° 9.430/96.
9. Depósitos vinculados
2008
Bancos
Bradesco
Unibanco
Itaú
Banco do Brasil
Outros bancos
Total depósitos vinculados
Circulante
18.777
18.777
2007
Não
circulante
11.218
177
756
2.250
20
14.421
Circulante
16.967
16.967
Não
circulante
1.116
10.905
696
2.250
20
14.987
Estes depósitos correspondem a aplicações de valores vinculados aos contratos de
aquisição de energia elétrica. Os depósitos do Banco do Brasil referem-se às retenções
contratuais de fornecedores de serviços e garantia de contrato de financiamento.
Demonstrações Financeiras
10. Tributos diferidos
Passivo diferido
Ativo diferido
A composição do imposto de renda, da contribuição social, do PIS e Cofins diferidos
passivos, em 31 de dezembro de 2008, por natureza, está demonstrada como segue:
A Companhia possui registrado em 31 de dezembro de 2008 e de 2007 créditos fiscais
diferidos sobre diferenças temporárias, cuja composição está demonstrada a seguir:
PIS/Cofins
2008
2007
Diferenças temporárias
Provisão para
contingências
Provisão para créditos de
liquidação duvidosa
Provisão para
obsolescência de estoque
Despesa diferida PIS/
Cofins
Provisão baixa renda
Outros
Total tributos diferidos
Circulante
Não circulante
Imposto de
Renda
2008
2007
Contribuição
Social
2008
2007
Total
2008
2007
-
-
13.414
13.411
4.829
4.828
18.243
18.239
-
-
24.236
53.357
8.725
19.209
32.961
72.566
-
-
1.010
896
364
323
1.374
1.219
-
-
3.124
4.243
1.381
1.527
4.505
5.770
3.676
3.676
3.864
3.864
8.155
2.490
52.429
10.073
824
82.804
2.935
736
18.970
3.626
297
29.810
14.766
3.226
75.075
17.563
1.121
116.478
51.975
23.100
95.687
20.791
Atendendo às normas da Instrução CVM nº 371, de 25 de junho de 2002, a Companhia,
com base nas projeções de resultados futuros, demonstra as parcelas de realização do
ativo fiscal diferido em 31 de dezembro de 2008 para o período de cinco anos como segue:
Anos de realização
2009
2010
2011
2012
2013
Montante a realizar
51.975
8.085
8.085
4.620
2.310
75.075
Imposto de
Renda
2008
2007
Contribuição
Social
2008
2007
Total
2008
2007
1.507
1.739
2.521
2.811
4.028
4.550
- 30.138
-
10.850
-
40.988
-
-
-
-
13.131
12.431
- 35.341 37.201
596
13.131 12.431 36.848 69.674
12.735
15.256
13.392
215
27.268
48.076
65.235
50.593
811
109.373
26.632
38.603
69.402
39.971
PIS/Cofins
2008
2007
Correção monetária
especial (CME) e
complementar (CMC)
Perda de receita –
Racionamento
Reposicionamento revisão
tarifária
CVA Compra de energia
Provisão baixa renda
Total passivo diferido
-
-
-
-
13.131 12.431
Circulante
Não Circulante
Em consonância com a Instrução CVM 371/02 e a Deliberação CVM nº 273/98, a
Companhia tem registrado o imposto de renda e a contribuição social diferidos passivos
calculados sobre o saldo a ser depreciado da correção monetária especial.
11. Despesas pagas antecipadamente
2008
Ativos regulatórios (nota 6b-ativos)
Seguros e outros
Total de despesas pagas
antecipadamente
Não
Circulante circulante
85.927
107.196
1.912
1.424
87.839
108.620
2007
Circulante
Não circulante
(Reclassificado)
(Reclassificado)
112.044
87.323
1.486
1.425
113.530
88.748
137
138
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
12. Outros créditos
2008
1.888
4.132
5.486
14.590
1.220
2.500
29.816
29.536
280
Alienação de bens e direitos
Convênios de arrecadação
Desativações em curso
Correção energia livre
Serviços a terceiros
Clientes sem pagamento
Outros
Circulante
Não circulante
2007 reclassificado
1.494
10.794
3.884
5.276
2.884
1.229
626
26.187
25.907
280
13. Imobilizado
2008
Taxas
anuais
de deprec.
Em serviço:
• Distribuição
Custo histórico
Correção monetária especial
Valor
Líquido
2007
Valor
Líquido
reclas.
2.874.010
(906.731) 1.967.279
122.183
(116.642)
5.541
2.996.193 (1.023.373) 1.972.820
1.577.782
6.525
1.584.307
Deprec.
e amort.
Custo acumulada
5,00%
• Comercialização
Custo histórico
Correção monetária especial
8,00%
• Administração
Custo histórico
Correção monetária especial
11,00%
21.097
508
21.605
(3.270)
(508)
(3.778)
17.827
17.827
14.792
14.792
18.807
5.285
24.092
(12.209)
(4.989)
(17.198)
6.598
296
6.894
7.729
316
8.045
131.267
146.233
3.562.303 (1.433.495) 2.128.808
1.753.377
Atividades não vinculadas à concessão do serviço público de energia elétrica
Custo histórico – Ágio
5,66%
Total imobilizado em serviço
Em Curso:
Distribuição
Comercialização
Administração
Total imobilizado em curso
Obrigações especiais vinculadas
à concessão do serviço público de
energia elétrica
Total do imobilizado
520.413
266.997
2.176
5.526
274.699
5,00%
(389.146)
-
266.997
2.176
5.526
274.699
301.488
4.957
10.002
316.447
(715.680)
34.852 (680.828)
3.121.322 (1.398.643) 1.722.679
(542.469)
1.527.355
As principais taxas anuais de depreciação por macroatividade, de acordo com a resolução
Aneel nº240 de 05 de dezembro de 2006, são as seguintes:
Distribuição
Banco de capacitores - tensão < 69KV
Chave - tensão < 69KV
Condutor – tensão < 69KV
Disjuntor
Estrutura (poste,torre) – tensão < 69KV
Luminária
Regulador de tensão – tensão < 69KV
Sistema de radiocomunicação
Transformador de distribuição
Transformador de força
Comercialização
Equipamento geral
Medidor
Administração central
Equipamento geral
Veículos
Taxas anuais de
depreciação (%)
6,7%
6,7%
5,0%
3,0%
5,0%
7,7%
4,8%
7,1%
5,0%
2,5%
10,0%
4,0%
10,0%
20,0%
O ativo imobilizado em curso refere-se, substancialmente, a obras de expansão do
sistema de distribuição de energia elétrica e das instalações referentes às áreas comercial
e administrativa.
Os bens e instalações utilizados na geração, transmissão, distribuição e comercialização
de energia elétrica são vinculados a esses serviços, não podendo ser retirados, alienados,
cedidos ou dados em garantia hipotecária, sem prévia e expressa autorização do órgão
regulador, Aneel.
A Resolução Aneel nº 20/99 regulamenta a desvinculação de bens das concessões do
serviço público de energia elétrica, concedendo autorização prévia para desvinculação de
bens inservíveis à concessão, quando destinados à alienação, determinando, ainda, que
o produto da alienação seja depositado em conta bancária vinculada, para aplicação
na concessão. O montante total de bens associados à concessão é de R$ 1.966.212.
Extinta a concessão, os bens vinculados ao serviço serão revertidos a União, procedendose aos levantamentos, avaliações e determinação do montante da indenização devido à
concessionária pelo valor residual contábil.
Demonstrações Financeiras
Programa de universalização
Em 26 de abril de 2002, foi sancionada a Lei Federal nº 10.438 que dispõe sobre a
universalização do serviço público de distribuição de energia elétrica e estabelece que seu
atendimento seja regulamentado por Resoluções editadas pela Aneel.
Em 29 de abril de 2003, foi editada a Resolução Aneel nº 223 estabelecendo as
condições gerais para elaboração dos planos de universalização de energia elétrica, visando
ao atendimento de novas unidades consumidoras ou aumento de carga, sem ônus para os
interessados. Pela Resolução, a Companhia tinha o ano de 2013 como limite para que a
Companhia atendesse todas as solicitações de pedidos de ligação com extensão de rede,
sendo elaborado um cronograma anual por município. Em dezembro de 2005, com a
Resolução Aneel nº 175, foi antecipada a universalização do serviço de energia para o ano
de 2008, tanto da área rural como urbana.
O valor de R$ 181.547 em 31 dezembro de 2008 (R$ 76.234 em dezembro de 2007)
registrado no ativo circulante como crédito luz para todos refere-se a investimentos
realizados pela Companhia, os quais ainda não foram repassados pelo Governo Federal. Os
recursos permitiram conectar 23.410 clientes em 2008, com expansão de 4.236,09 km da
rede de média-tensão e 1.473,48 km de baixa-tensão.
Em virtude do Decreto Federal 6.442, a Companhia apresentou ao Ministério de Minas
e Energia proposta para conclusão do Programa Luz para Todos através da realização de
26.000 novas ligações em 2009 e mais 26.000 ligações em 2010.
Os investimentos futuros previstos totalizam R$ 335.226, com o atendimento de 49.766
unidades consumidoras.
Ágio de incorporação da controladora
Programa luz para todos
No dia 11 de novembro de 2003, foi publicado o Decreto Federal nº 4.873 que institui
o programa nacional de universalização do acesso e uso da energia elétrica denominado
“Programa luz para todos”.
No dia 25 de abril de 2008, foii publicado o Decreto Federal nº 6.442, alterando o
Decreto Federal nº 4.873, prorrogando o prazo do Programa Luz Para Todos até 2010, onde
o Ministério de Minas definirá as metas e os prazos de encerramento do programa, em cada
Estado ou por área de concessão.
O Programa é coordenado pelo Ministério das Minas e Energia e operacionalizado
com a participação da Eletrobrás e das concessionárias de energia. Para realização
do programa, a Companhia conta com recursos do Governo Federal (75%), Governo
Estadual (10%) e próprios (15%).
Participação das fontes de recursos
Concessionária
Empréstimo Eletrobrás – RGR *
Subvenção do Governo Federal – CDE *
2008
171.143
8.832
44.011
223.986
2007
102.849
7.717
38.583
149.149
* Recursos efetivamente recebidos no respectivo exercício. Em 2008, a Companhia prestará contas de parte dos investimentos
realizados em 2007 para recebimento do empréstimo e subvenção.
O ágio oriundo da operação de incorporação de sua controladora Distriluz Energia
Elétrica S.A., aprovada em Assembléia Geral Extraordinária de 27 de setembro de 1999
está fundamentado nos resultados futuros durante o prazo de concessão e vem sendo
amortizado no prazo compreendido entre a data da incorporação até 31 de dezembro de
2027, em proporções mensais a sua rentabilidade projetada, conforme determinação da
Resolução nº 269, de 15 de setembro de 1999, da Aneel, conforme demonstrado abaixo:
Ano
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
Fator de
amortização
0,05673
0,05192
0,04752
0,04349
0,03980
0,03642
0,03333
0,03051
Ano
2016
2017
2018
2019
2020
2021
2022
2023
Fator de
amortização
0,02792
0,02555
0,02338
0,02140
0,01958
0,01792
0,01640
0,01501
Ano
2024
2025
2026
2027
Fator de
amortização
0,01374
0,01257
0,01151
0,01053
Tal amortização poderá ser revisada anualmente, a critério da Superintendência de
Fiscalização Econômica e Financeira da Aneel, em função dos resultados realizados
comparativamente aos dados projetados. O saldo em 31 de dezembro de 2008 é de R$
131.267. Em abril de 2005, foi constituída uma provisão sobre o ágio a amortizar em
contra-partida da reserva de ágio (reserva de capital) no montante que não se constitui
benefício fiscal para a Companhia, conforme determina a Instrução CVM nº 349/2001.
139
140
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
Ágio – Ativo imobilizado em serviço
Ágio da incorporação
Amortização acumulada
Provisão sobre o ágio
Reversão da provisão sobre o ágio
Saldo do ágio – Ativo imobilizado
Reserva de capital
Ágio da incorporação
(-) Desdobramento e resgate de ações
Provisão sobre o ágio
Saldo reserva de capital
2008
775.960
(389.146)
(429.365)
173.818
131.267
2008
775.960
(125.407)
(429.365)
221.188
2007
775.960
(345.126)
(429.365)
144.764
146.233
2007
775.960
(125.407)
(429.365)
221.188
De acordo com o Ofício Circular nº 296, de fevereiro de 2007, as concessionárias e
permissionárias do serviço público de energia elétrica deverão proceder à anulação dos
efeitos da reintegração no resultado contábil, a partir do exercício de 2007, decorrentes de
bens constituídos ao longo dos anos com recursos das obrigações especiais registrados nas
contas de programa de eficiência energética, pesquisa e desenvolvimento e universalização
do serviço público de energia elétrica.
Após a revisão tarifária do 2º ciclo, a companhia iniciou a depreciação dos bens
constituídos com os recursos das obrigações especiais, independentemente da sua data de
formação, de acordo com o estabelecido no Despacho nº 3.073/2006.
Obrigações especiais vinculadas à concessão do serviço público
de energia elétrica
14. Intangível
Obrigações vinculadas à concessão do serviço público de energia elétrica representam os
valores da União, dos Estados, dos Municípios e dos consumidores, bem como as doações
não condicionadas a qualquer retorno a favor do doador e as subvenções destinadas a
investimentos na atividade de distribuição. O prazo de vencimento dessas obrigações é
aquele estabelecido pelo Órgão Regulador para concessões de distribuição, cuja quitação
ocorrerá ao final da concessão.
A partir de 1º de janeiro de 1996, essas obrigações não estão sendo mais atualizadas
pelos efeitos da inflação.
O intangível é composto por software do sistema corporativo e está distribuído da
seguinte forma:
Contribuições de Consumidores
Participação da União
Doações e Subvenções
Universalização
Outras
(-) Depreciação
Total de obrigações especiais
2008
(256.192)
(15.950)
(358.070)
(84.608)
(663)
34.655
(680.828)
…
(246.613)
(15.950)
(283.896)
(9.014)
(664)
13.668
(542.469)
As contribuições de consumidores se referem aos recursos recebidos para possibilitar a
execução de empreendimentos necessários ao atendimento de pedidos de fornecimento de
energia elétrica.
A participação da União se refere às verbas federais recebidas para execução de
empreendimentos vinculados ao serviço público de energia elétrica.
As doações e subvenções se referem às obras construídas por terceiros e doadas para a
Companhia, com vistas à expansão do serviço público de energia elétrica.
Amortização
Custo
acumulada
Em serviço:
• Distribuição
Custo histórico
Correção monetária especial
• Comercialização
Custo histórico
Correção monetária especial
• Administração
Custo histórico
Correção monetária especial
Atividades não vinculadas à concessão do
serviço público de energia elétrica
Custo histórico – outros ativos
Total intangível em serviço
Em curso:
Distribuição
Comercialização
Administração
Total intangível em curso
Total do intangível
2008
Valor
Líquido
2007
Valor
Líquido
29,512
87
29,599
(23,914)
(48)
(23,962)
5,598
39
5,637
8,025
39
8,064
10,410
10,410
(9,634)
(9,634)
776
776
207
207
17,102
17,102
(15,103)
(15,102)
1,999
1,999
2,820
2,820
7,001
7,001
64,112
(7,001)
(7,001)
(55,699)
8,412
11,091
2,271
2,323
988
5,582
69,694
(55,699)
2,271
2,323
988
5,582
13,994
2,303
521
756
3,580
14,671
Demonstrações Financeiras
15. Investimento remunerável ( não auditado)
17. Tributos e contribuições sociais
O investimento remunerável, também denominado de base de remuneração, constituído
pelo Ativo Imobilizado em Serviço – AIS e Almoxarifado de operação, deduzido do saldo das
Obrigações Vinculadas ao Serviço Público de Energia Elétrica (Obrigação Especial), sobre o
qual foi calculada a remuneração, bem como o AIS que gerou a cota de depreciação, que
fazem parte da Parcela “B” da Receita Requerida – RR da Concessionária, homologada
pela Resolução Homologatória Aneel nº 640, de 18/04/2008, se atualizados pelo IGPM nos
Reajustes Tarifários Anuais já ocorridos, estariam assim formados:
Componentes do investimento remunerável
a) Ativo Imobilizado em Serviço Bruto
b) (-) Depreciação Acumulada
c) (-) Obrigação Vinculada ao SPEE
d) Ativo imobilizado em serviço líquido
e) (+) Almoxarifado
f) Investimento remunerável (base de remuneração)
Revisão abril de
2007
2.972.811
Reajuste abril
de2008
3.243.337
(1.182.949)
(1.290.597)
(440.084)
(480.131)
1.349.778
1.472.609
473
516
1.350.251
1.473.125
-
9,10%
g) Bens 100% depreciados
2008
2007
Circulante
28.752
4.779
1.905
Não
circulante
640
Circulante
36.161
5.458
1.380
Não
circulante
640
Cofins
9.604
7.758
9.697
7.758
Outros tributos e contribuições
3.316
23
2.276
44
48.356
8.421
54.972
8.442
ICMS
Contribuições sociais
PIS
Total de tributos e contribuições sociais
Os saldos de PIS e Cofins se devem, principalmente, ao fato de ter sido proferida decisão
administrativa desfavorável à Companhia em relação ao pedido de compensação de valores
de multas pagas espontaneamente com valores de PIS, Cofins e IRPJ no ano de 1999.
A partir desta decisão desfavorável, a Companhia optou por parcelar o valor devido, R$
15.416, em 60 vezes, pagas mensalmente e atualizadas pela taxa Selic.
18. Empréstimos e financiamentos
h) Variação do IGPM (RH Aneel/Reajuste Tarifário nº 640/2008
i) Cota de Depreciação – Taxa Média Anual : 4,46%
16. Fornecedores
A composição do saldo em 31 de dezembro de 2008 e de 2007 é como segue:
2008
Suprimento de energia
Passivos regulatórios (nota 6a – passivos)
Cia Hidroelétrica do São Francisco – Chesf
Furnas Centrais Elétricas S.A.
Circulante
2007
Circulante
reclassificado
13.879
64.030
11.266
16.198
14.934
Companhia Energética de São Paulo – Cesp
5.689
4.911
Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A – Eletronorte
5.196
4.646
Copel Geração S.A – Copel
3.797
3.446
CEMIG – Geração e Transmissão S.A.
3.186
2.751
Duke Energy Inter. Ger. Paranapanema
Companhia Estadual de Energia Elétrica – CEEE
Outros fornecedores
Materiais e serviços
Total de fornecedores
1.411
1.375
1.229
15.420
91.577
157.582
1.160
7.866
125.368
241.753
As principais informações a respeito dos empréstimos e financiamentos em moeda
estrangeira e nacional são:
a. BNDES FINEM: Financiamento para o plano de investimento 2003/2004 da Companhia,
contratado em 08 de abril de 2004 junto ao sindicato liderado pelo Unibanco, com
repasse de recursos do BNDES. Sobre 15% do valor contratado (subcrédito A) incidiam
juros proporcionais de 5,5% ao ano, mais UMBND (cesta de moedas), com vencimentos
mensais iniciados juntamente com o período de amortização em 16 de maio de 2005.
Para minimizar a exposição à variação cambial desta parcela, foi realizada operação de
swap com cobertura parcial do valor contratado, da variação de US$ mais 5,5% ao ano
para 103,8% do CDI. Sobre 85% do financiamento (subcréditos B e C), providos com
recursos ordinários do BNDES, incidiam juros compostos de 5,5% ao ano mais TJLP,
também com vencimentos mensais iniciados em 16 de maio de 2005. A amortização do
empréstimo foi realizada mensalmente, tendo iniciado em 16 de maio de 2005 e a última
amortização em 15 de outubro de 2008. As garantias constituídas para a operação
incluíam recebíveis tarifários e conta-reserva.
b.BNDES FINEM: Financiamento para o plano de investimento 2007/2009 da Companhia,
contratado em 28/04/2008 junto ao sindicato liderado pelo Unibanco, com repasse
de recursos do BNDES, com taxa de juros de 3,70% ao ano, mais TJLP, exigíveis
141
142
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
trimestralmente no período de carência de 15/05/2008 à 15/12/2009 e mensalmente
a partir de 15/01/2010. A primeira amortização será em 15/01/2010 e a última prevista
para 15/12/2014. As garantias constituídas para a operação incluem recebíveis tarifários
e conta-reserva. O saldo em 31 de dezembro era de R$ 141.846.
c. Banco Europeu de Investimentos – BEI – Financiamento para o plano de investimentos
2001/2002 da Companhia, contratado em 28 de maio de 2002 conforme Acordo
de Cooperação Decreto-Lei nº 1609/95, com vencimento em 15 de junho de 2012 e
encargos com base na variação cambial (dólares norte-americanos) mais 5,49% ao ano.
A operação tem como garantia fianças bancárias do Banco Bilbao Vizcava Argentaria
(BBVA) e Banco Santander Central Hispano. A operação possui swap para 98,80% do CDI.
O pagamento de juros e amortização anual foi iniciado em 15 de junho de 2007 e a última
amortização está prevista para 15 de junho de 2012. O saldo em 31 de dezembro de 2008
era de R$ 80.226.
d.Banco do Brasil – Resolução nº 2770 – Contrato celebrado em 28 de janeiro de 2008 com
captação de recursos no exterior, para empréstimo no valor de R$ 24.199, com variação
cambial em iene mais taxa de juros de 2,466% a.a, a operação teve um swap para 105%
do CDI, com pagamento de juros e amortização realizados em 28 de julho de 2008.
e. Banco do Brasil – Resolução nº 2770 – Contrato celebrado em 28 de janeiro de 2008
com captação de recursos no exterior, para empréstimo no valor de R$ 2.800, com
variação cambial em iene mais taxa de juros de 4,207% a.a, a operação teve um swap
para 105% do CDI, com pagamento de juros e amortização prevista para 28 de julho
de 2008 a qual, foi antecipada, por iniciativa da Coelce, para 25 de julho de 2008 em
função da contratação da operação de notas promissórias em 23 de julho de 2008.
f. Unibanco – Resolução nº 2770 – Contrato celebrado em 04 de setembro de 2007
junto ao Unibanco no valor de R$ 79.000, com variação cambial em dólares norteamericanos mais taxa de juros de 2% aa. A operação teve um swap para 109,50%
do CDI, com pagamento de juros e amortização prevista para 29 de agosto de 2008 a
qual, foi antecipada, por iniciativa da Coelce, para 23 de julho de 2008 em função da
contratação da operação de notas promissórias em 23 de julho de 2008.
g.Unibanco – Resolução nº 2770 – Contrato celebrado em 20 de fevereiro de 2008 junto
ao Unibanco no valor de R$ 37.000, com variação cambial em dólares norte-americanos
mais taxa de juros de 2% a.a. A operação teve um swap para 115,50% do CDI, com
pagamento de juros e amortização prevista para 29 de dezembro de 2008 a qual, foi
antecipada, por iniciativa da Coelce, para 23 de julho de 2008 em função da contratação
da operação de notas promissórias em 23 de julho de 2008.
h.Eletrobrás – Financiamento de projetos: Empréstimo para financiamento de projetos
de expansão do sistema de transmissão com recursos FINEL, contratado em 30 de
dezembro de 1998. Os juros são de 8,5% ao ano com taxa de administração de 2%
ao ano. A última amortização está prevista para 30 de junho de 2009. Em 31 de
dezembro de 2008 era R$ 120.
i. Eletrobrás – Luz no Campo – Empréstimo contratado em 03 de março de 2000, para
cobertura financeira dos custos diretos do programa de eletrificação rural – Luz no campo,
do Ministério das Minas e Energia, com recursos oriundos da RGR. A primeira amortização
foi realizada em 30 de maio de 2002, e a última amortização está prevista para 30 de abril
de 2012. Os juros são de 5% ao ano, juntamente com a taxa de administração de 1% ao
ano e o principal são exigíveis mensalmente. A operação tem como garantia recebíveis
tarifários. Em 31 de dezembro de 2008, o saldo devedor era de R$ 19.774.
j. Eletrobrás – Luz para todos (1ª Tranche)– Empréstimo contratado em 04 de abril
de 2004 para cobertura financeira dos custos diretos das obras do programa de
eletrificação rural, que integra o programa de universalização do acesso e uso de
energia elétrica – Luz para todos, do Ministério das Minas e Energia, com recursos
originários da RGR. A primeira amortização foi em 30 de outubro de 2006 e o último
pagamento está previsto para 30 de setembro de 2016. Os juros são de 5% mais taxa
de administração de 1% ao ano, com amortização mensal do principal. A operação
tem como garantia recebíveis tarifários e nota promissória. Em 31 de outubro de 2008,
o saldo devedor era de R$ 8.455.
k.Eletrobrás – Luz para todos (2ª Tranche) – Empréstimo contratado em 13 de janeiro de
2006, para cobertura financeira dos custos diretos das obras do programa de eletrificação
rural, que integra o programa de universalização do acesso e uso de energia elétrica – Luz
para todos, do Ministério das Minas e Energia, com recursos originários da RGR e CDE. A
primeira amortização iniciou em 30 de abril de 2008 e o último pagamento está previsto
para 30 de março de 2018. Os juros são de 5% mais taxa de administração de 1% ao ano,
com amortização mensal do principal. A operação tem como garantia recebíveis tarifários
e nota promissória. Em 31 de dezembro de 2008, o saldo devedor era de R$ 12.195.
l. Eletrobrás – Luz para todos (3ª Tranche) - Empréstimo contratado em 09 de maio de 2007
para cobertura financeira dos custos diretos das obras do programa de eletrificação rural,
que integra o programa de universalização do acesso e uso de energia elétrica – luz para
todos, do Ministério das Minas e Energia, com recursos originários da RGR e CDE. A primeira
amortização será em 30 de outubro de 2009 e o último pagamento está previsto para 30
de setembro de 2019. Os juros são de 5% mais taxa de administração de 1% ao ano, com
Demonstrações Financeiras
amortização mensal do principal. A operação tem como garantia recebíveis tarifários e nota
promissória. Em 31 de dezembro de 2008, o saldo devedor era de R$ 13.400.
m.Eletrobrás – Linha de subtransmissão – Empréstimo contratado em 07 de julho de 2006
para cobertura financeira dos custos para projetos de construção de linhas de transmissão,
subestações e reforço de capacidade de subestações, com recursos originários da RGR.
Até 30 de junho de 2008, a Companhia recebeu R$ 15.386 provenientes da RGR
(empréstimo). A primeira amortização ocorreu em 30 de setembro de 2008 e o último
pagamento está previsto para 30 de agosto de 2013. Os juros são de 5% mais taxa de
administração de 2% ao ano, com amortização mensal do principal. A operação tem
como garantia recebíveis tarifários e nota promissória. Em 31 de dezembro de 2008, o
saldo devedor era de R$ 15.279.
n.União Federal (Agente financeiro: Banco do Brasil) – Eletrobrás – Cessão de crédito, que
fez a Eletrobrás à União Federal, em 30 de março de 1994, com vencimentos mensais
consecutivos de juros e principal, e data final de amortização prevista para 01 de março
de 2014. Os encargos da operação são baseados na variação do IGPM mais 10,028%
ao ano. A operação tem como garantia recebíveis tarifários. O saldo em 31 de dezembro
de 2008 era de R$ 39.338.
o.União Federal (Agente financeiro: Banco do Brasil) – CEF – Cessão de crédito, que fez a
Caixa Econômica Federal à União Federal em 30 de setembro de1994, com vencimentos
mensais consecutivos de juros e principal, e data final de amortização prevista para
01 de março de 2014. Os encargos da operação são baseados na variação da TR mais
10,028% ao ano. A operação tem como garantia recebíveis tarifários. O saldo em 31 de
dezembro de 2008 era de R$ 1.232.
p.Banco do Brasil – Fat Fomentar – A Coelce contratou em 23 de janeiro de 2007, operação
de crédito comercial com objetivo de financiar investimentos no valor de R$ 15.000, com
taxa de TJLP mais 4,5% ao ano, com prazo de três anos para carência e quatro anos de
amortizações mensais e sucessivas. A primeira amortização será em 18 de março de 2010 e o
último pagamento está previsto para 18 de fevereiro de 2014. A operação está garantida por
fiança bancária. O saldo em 31 de dezembro de 2008 era de R$ 16.918.
q.Banco do Nordeste - Proinfra I – A Companhia celebrou contrato, em 29 de dezembro
de 2004, com o Banco do Nordeste do Brasil, para o financiamento de inversões fixas,
no valor total de R$ 140.389, sendo R$ 70.195 financiadas com recursos do FNE/
PROINFRA e R$ 70.194 com recursos próprios da Companhia. A operação tem um
período de duração de oito anos com 36 meses de carência. A taxa de contratação
inicial de 14% a.a.(com redução de encargos por adimplência nos pagamentos), foi
reduzida para 11,5% em 01 de janeiro de 2007 e depois para 10% a.a a partir de 01 de
janeiro de 2008. A amortização será realizada em 60 parcelas mensais, com pagamentos
de juros trimestrais durante a carência e mensais a partir da primeira amortização em
29 de janeiro de 2008, e a última em 29 de dezembro de 2012. O financiamento é
garantido por carta de fiança bancária em favor do Banco do Nordeste. O saldo em 31
de dezembro de 2008 era de R$ 56.181.
r. Banco do Nordeste – Proinfra II – O contrato foi celebrado em 25 de setembro de 2006, com
o Banco do Nordeste do Brasil, para o financiamento de inversões fixas, no valor total de R$
216.695, sendo R$ 130.000 financiadas com recursos do FNE/Proinfra e R$ 86.695 com
recursos próprios da Companhia. A operação tem duração de 8 (oito) anos com 35 meses de
carência. A taxa de contratação inicial de 14%a.a (com redução com redução de encargos
por adimplência nos pagamentos), foi reduzida para 11,5% a partir de 01 de janeiro de
2007 e depois para 10% a.a a partir de 01 de janeiro de 2008. A amortização será realizada
em 60 parcelas mensais com pagamentos de juros trimestrais durante a carência e mensais
a partir da primeira amortização em 25 de outubro de 2009, e a última em 25 de setembro
de 2014. O financiamento é garantido por carta de fiança bancária em favor do Banco do
Nordeste. No ano de 2008 foi liberada a última parcela de R$ 29.348. O saldo em 31 de
dezembro de 2008 era de R$ 130.137.
s. Unibanco – Resolução nº 2770 – O contrato foi celebrado em 24 de agosto de 2007
com o Unibanco para captação de recursos no exterior, para empréstimo de capital
de giro da Companhia, no valor de R$ 10.101. A operação foi contratada à taxa fixa
de 12,7476%aa e teve um swap de taxa de juros para 109% do CDI, com prazo de
pagamento de um ano, sendo sua liquidação prevista para 01 de agosto de 2008, foi
antecipada, por iniciativa da Coelce, para 23 de julho de 2008 em função da contratação
da operação de notas promissórias em 23 de julho de 2008.
t. Emissão de Notas Promissórias – Em 23 de julho de 2008, a Companhia realizou a
8ª emissão de notas promissórias para distribuição pública. Foram emitidas 20 notas
promissórias comerciais, em série única, no valor total de R$ 245.000, com remuneração
de CDI+ 0,95% a.a, pelo prazo de 360 dias. A emissão não prevê outorga de garantias
e possui condições de resgate antecipado facultativo ao emissor, com pagamento de
acordo com a remuneração prevista nos termos iniciais da emissão. O processo de emissão
foi coordenado pelos Bancos Santander S.A e Banco Safra de Investimento S.A. Com
os recursos captados nesta emissão, a Companhia realizou pagamento antecipado das
seguintes operações de curto prazo:
143
144
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
Operação Res 2770
Unibanco
Unibanco
Unibanco
Banco do Brasil
Banco do Brasil
Taxa
109% CDI
109,5% CDI
115,5% CDI
105% CDI
105% CDI
Início
23/ago/07
04/set/07
20/fev/08
28/jan/08
28/jan/08
Data da
Liquidação
23/jul/08
23/jul/08
23/jul/08
25/jul/08
28/jul/08
Valor da
liquidação
11.218
87.490
37.289
2.961
25.602
164.560
2008
Moeda estrangeira:
União Federal – DMLP (agente financeiro Banco do Brasil)
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES
FINEM - Subcrédito A (a)
Banco Europeu de Investimentos (c)
Banco do Brasil Resolução 2770 (d,e)
Unibanco USD x DI (f,g)
Total moeda estrangeira
Moeda nacional:
Eletrobrás (h,i,j,k,l,m)
Encargos
110
2007
Principal
Circulante
Não Circulante
785
8.860
Principal
Circulante
Não Circulante
669
7.311
Encargos
115
-
-
-
19
4.089
-
2.326
2.436
19.475
20.260
58.425
67.285
2.195
205
469
3.003
14.761
22.454
71.588
113.561
59.043
66.354
12
12.045
57.166
273
8.891
55.919
319
28
7.667
-
32.584
16.890
327
26
-
6.632
-
34.821
15.847
-
União Federal – Lei 8.727 (Agente financeiro Banco do Brasil) (n,o)
Banco do Brasil (Nota de crédito comercial)
Banco do Brasil (BB Fat Fomentar) (p)
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES
FINEM – Subcrédito B e C (a)
Banco do Nordeste – Proinfa (q,r)
Unibanco Pré x DI (s)
BNDES Finem 2007 (Sindicalizado) (a,b)
Nota Promissória – Safra (t)
Nota Promissória – Santander (t)
Conta Garantida Santander
Total moeda nacional
Custos de transação
Total moeda nacional líquido dos custos de transação
-
-
-
119
28.089
-
161
1.662
7.670
7.670
16
17.538
17.538
18.618
122.500
122.500
26.500
309.830
(1.424)
308.406
167.539
140.184
414.363
(1.569)
412.794
121
422
14.039
10.101
156.809
-
1.288
1.288
67.752
(1.615)
66.137
263.396
(1.933)
261.463
Total sem efeito do Swap
19.974
328.666
480.079
4.291
179.698
327.817
Resultado das operações de swap
19.974
3.564
332.230
9.866
489.945
4.291
25.243
204.941
24.774
352.591
-
145
Demonstrações Financeiras
Do total de empréstimos e financiamentos, R$ 119.548 estão garantidos por vínculos
com a receita de energia elétrica (arrecadação).
Nas operações de empréstimo junto ao Banco Europeu de Investimentos – BEI e ao
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, contratados em 2002 e
2008, a Companhia comprometeu-se a cumprir as seguintes obrigações, durante a vigência
dos contratos, as quais foram adequadamente atendidas em 31 de dezembro de 2008:
Obrigações Especiais Financeiras
Dívida (com swap e fornecedores) / Ativo total (máximo)
EBITDA / Encargos da dívida (mínimo)
Endividamento financeiro líquido / LAJIDA (máximo)
Endividamento financeiro líquido / (Endividamento financeiro
líquido + Patrimônio líquido) (máximo)
Banco
BEI
BEI
BNDES / FINEM
Índice
0,7
3,0
3,5
BNDES / FINEM
0,6
O principal dos empréstimos e financiamentos a longo prazo, exclusive os efeitos da
operação de swap tem sua curva de amortização distribuída da seguinte forma:
Curva de amortização
2010
108.865
2011
111.137
2012
107.001
2013
79.844
Após 2013
73.232
480.079
Composição original dos empréstimos e financiamentos por tipo de moeda e indexador
(exclusivo de efeitos das operações de swap contratados):
Moeda (equivalente em R$) / Indexador
Moeda estrangeira
Dólares norte-americano
Ienes
Cesta de moedas
Moeda nacional
IGP-M
Finel
TJLP
CDI/Selic
RGR
TR
R$
Total
2008
89.981
39.338
120
158.764
286.856
69.103
1.232
186.318
741.731
831.712
%
100,00
5,30
0,02
21,40
38,67
9,32
0,17
25,12
100,00
2007
156.151
22.659
4.108
40.395
479
44.081
64.605
1.384
181.492
332.436
515.354
%
85,37
12,39
2,25
12,15
0,14
13,26
19,43
0,42
54,59
100,00
A Companhia mantém contrato de swap para o empréstimo em moeda estrangeira do
BEI, trocando a remuneração desse contrato para taxa pós-fixadas de 98,80% do CDI.
Quanto aos contratos DMLP – dívida de médio e longo prazo – com a União Federal, tendo
o Banco do Brasil S.A. como agente financeiro, não está vinculado a contratos de swap,
mantendo-se, porém, dentro do limite de exposição cambial especificado na política de
riscos financeiros da Companhia representando apenas 1,15% da dívida total na posição
de 31 de dezembro de 2008. Variação de moedas/indexadores:
Moeda / Indexador
Dólar norte-americano
Cesta de moedas
IGP-M
Finel
TJLP
CDI/Selic
RGR
TR
2008
31,94%
33,86%
9,81%
1,90%
6,25%
12,37%
0,00%
1,63%
2007
-17,15%
-16,79%
7,75%
1,51%
6,37%
11,81%
0,00%
1,45%
Mutação de empréstimos e financiamentos:
Moeda Nacional
Moeda Estrangeira
Circulante Não circulante
Em dezembro de 2006
Circulante Não circulante
70.392
270.909
32.484
Ingressos
37.100
97.627
106.000
-
Encargos
1.288
–
3.003
–
Variação Monetária e Cambial
Transferências
Swap
Amortizações
Em dezembro de 2007
Ingressos
Encargos
Variação Monetária e Cambial
Transferências
Swap
Amortizações
Em dezembro de 2008
115.216
-
8.706
-
(19.876)
113.846
(113.846)
8.402
(8.402)
3.956
-
14.083
4.190
(149.630)
-
(22.165)
-
69.040
263.396
141.807
91.128
272.548
182.023
64.049
-
24.384
–
4.411
–
994
4.185
5.413
26.520
52.158
(52.158)
25.192
(25.192)
(24.380)
16.917
(9.778)
(15.305)
(67.376)
-
(204.834)
-
327.368
414.363
26.260
77.151
146
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
19. Taxas regulamentares
Conta consumo de combustível
2008
2007
7.540
4.242
Reserva global de reversão
3.733
1.561
Conta de desenvolvimento energético
2.966
1.517
Taxa de fiscalização
Encargos emergenciais
Total taxas regulamentares
322
378
2.525
17.086
2.596
10.294
20. Transações com partes relacionadas
Na opinião de sua administração, a Companhia não efetua transações com partes relacionadas
em bases ou termos menos favoráveis do que aqueles que seriam praticados com terceiros.
A Companhia mantém contrato de compra de energia junto à Central Geradora Térmica
de Fortaleza. O total dos gastos no exercício com este contrato montou, até 31 de dezembro
de 2008, R$ 414.955 (R$ 425.317 em 2007).
As operações com a Synapsis Brasil S.A referem-se, basicamente, à prestação de serviços
de informática e manutenção dos sistemas da Companhia. O total de gastos incorridos em
2008 montou R$ 24.274 (R$ 21.304 em 2007), sendo R$ 18.949 (R$ 17.543 em 2007)
como despesa operacional no resultado da Companhia e R$ 5.325 (R$ 3.761 em 2007)
capitalizados como investimento.
Os saldos com a CAM Brasil Multiserviços Ltda. advém, basicamente, de contratação
desta para fiscalização de obras com aplicação direta no investimento da Companhia. A
CAM também prestou serviços de fiscalização de cortes e aparelhos queimados, sendo
estes classificados como despesa. O total de custos incorridos no ano de 2008 é de R$
15.991 (R$ 15.607 em 2007), sendo R$ 14.807 (R$ 15.079 em 2007) como investimento
e R$ 1.184 (R$ 528 em 2007) como despesa operacional.
A Synapsis Brasil SA, a CAM Brasil Multiserviços Ltda., e a Central Geradora Termelétrica
de Fortaleza – CGTF são subsidiárias dos acionistas controladores.
2008
Central Geradora Termelétrica de Fortaleza – CGTF
Synapsis Brasil S.A.
CAM Brasil Multiserviços Ltda.
Fundação Coelce de Seguridade Social – Faelce
Passivo circulante
92.646
4.397
5.970
779
103.792
2007
Passivo não
circulante
104.227
104.227
Despesa
414.955
18.949
1.184
6.926
442.014
Investimento
5.325
14.807
2.234
22.366
Passivo circulante
96.958
2.088
2.769
850
102.665
Passivo não
circulante
104.546
104.546
Despesa
425.317
17.543
528
7.412
450.800
Investimento
3.761
15.079
1.450
20.290
147
Demonstrações Financeiras
21. Programa de eficiência energética
e pesquisa e desenvolvimento
e Pesquisa e Desenvolvimento conforme seu período de competência, permanecendo os
valores provisionados e corrigidos pela Selic até a efetiva realização.
Conforme Lei nº 9.991, de 24 de julho de 2000, as concessionárias e permissionárias de
serviços públicos de distribuição de energia elétrica estão obrigadas a destinar, anualmente,
1% (um por cento) de sua receita operacional líquida para os programas de pesquisa e
desenvolvimento (P&D) e eficiência energética (PEE) distribuído de acordo com os
percentuais determinados pela Aneel. Durante o exercício de 2008 foi investido R$ 10.359
(R$ 14.768 em 2007) nos referidos programas.
As resoluções Aneel nº 316, de 13 de maio de 2008 e n° 300 de 12 de fevereiro de
2008 aprova os Manuais do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento e de Eficiência
Energética, versão 2008, que estabelecem as diretrizes e orientações na elaboração dos
projetos de P&D e PEE. As principais mudanças provenientes dos novos manuais são: a
possibilidade de submissão de projetos a qualquer época do ano, tornando o processo
contínuo; a ênfase na avaliação final dos projetos, aumentando assim a responsabilidade
da concessionária na aplicação do investimento; a adoção de um plano de investimento e
um plano de gestão dos programas, tendo recursos destinados para tal; além da abertura
do programa de P&D para as demais etapas do ciclo de inovação (cabeça-de-série, lote
pioneiro e inserção no mercado).
A Companhia contabiliza as despesas referentes aos Programas de Eficiência Energética
2008
Não
circulante Circulante
Circulante
Programa eficiência energética
2007
Não
circulante
reclassif.
12.730
3.123
8.715
13.318
Programa de pesquisa e desenvolvimento
2.867
11.639
3.147
6.628
Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico
e Tecnológico – FNDCT
4.737
-
4.498
-
Ministério de Minas e Energia – MME
1.995
-
1.875
-
22.329
14.762
18.235
19.946
22. Provisão para contingências
A Administração entende que todas as provisões constituídas são suficientes para
cobrir eventuais perdas com os processos em andamento. Com base na opinião de seus
consultores legais, foram provisionados todos os processos judiciais cuja probabilidade de
perda foi estimada como provável para a Companhia.
Segue quadro demonstrativo das contingências e depósitos judiciais em 31 de dezembro
de 2008 e 2007:
2008
2007
Provisão paracontingência
Provisão para contingência
Depósitos judiciais
No exercício
Acumulada
Depósitos judiciais
Provisão para
relacionados a contingências
contingências líquidas
No exercício
Acumulada
relacionados a
Provisão para
contingências
contingências
(Reclassificado)
líquidas
Trabalhistas (a)
Danos morais
Diferenças salariais
Empresas terceirizadas
Horas extras
739
739
( 24)
715
( 59)
–
–
–
(904)
–
–
–
53
904
(13)
891
1.066
3.043
(790)
2.253
473
1.977
(977)
1.000
(17)
57
( 17)
40
13
74
(10)
64
148
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
2008
2007
Provisão paracontingência
Provisão para contingência
Depósitos judiciais
Depósitos judiciais
Provisão para
relacionados a
Provisão para
contingências
contingências
No exercício
Acumulada
relacionados a contingências
contingências líquidas
No exercício
Acumulada
(Reclassificado)
líquidas
Periculosidade
113
2 .032
(23)
2.009
97
1.919
(11)
1.908
Verbas rescisórias
112
204
(35)
169
24
92
(38)
54
2
35
( 22)
13
( 330)
33
(17)
16
577
6 .295
(2.936)
3.359
(257)
5.718
(1.385)
4.333
Reintegração
Ex funcionários - verbas
Outros
(25)
1 .187
(632)
555
(1.005)
1.212
(18)
1.194
1 .663
1 3.592
( 4.479)
9.113
( 991)
11.929
(2.469)
9.460
(1.704)
3 1.079
(3.229)
27.850
6.805
32.783
(1.198)
31.585
8 .518
8 .518
–
8.518
–
–
–
–
6 .814
3 9.597
( 3.229)
36.368
6.805
32.783
(1.198)
31.585
806
1 2.486
–
12.486
942
11.680
–
11.680
–
(9.000)
9.900
–
9.900
– (2.896)
–
–
–
(1.446)
7.488
Cíveis (b e d)
Consumidores
Outros
Fiscais ( c )
Funrural e INCRA
SEBRAE e FGTS
Outros
–
–
Impostos compensados
com medida judicial
(9.900)
–
–
–
–
(1.468)
7 .466
(1.446)
6.020
–
8.934
(10.562)
1 9.952
( 1.446)
18.506
( 10.954)
30.514
(1.446)
29.068
(2.085)
7 3.141
( 9.154)
63.987
( 5.140)
75.226
(5.113)
70.113
a) Contingências trabalhistas
Referem-se a diversas ações trabalhistas que questionam, entre outros: danos morais,
reintegração ao trabalho, pagamento de horas extras, adicionais de periculosidade, verbas
rescisórias e diferenças salariais. Além disso, existem ações relativas a empregados de
empresas terceirizadas que questionam o vínculo empregatício com a Companhia bem
como equiparação em direitos aos empregados desta.
b) Contingências cíveis
A situação jurídica da Companhia engloba processos de natureza cível, nos quais a
Companhia é ré, sendo grande parte associada a pleitos de danos morais e materiais.
c) Contingências fiscais
A Companhia possui processo administrativo pendente de julgamento, protocolado
junto à Receita Federal, em que solicita a compensação dos valores recolhidos a maior a
Demonstrações Financeiras
título de PASEP, em face da inconstitucionalidade dos Decretos nºs 2.445/88 e 2.448/88,
declarada pelo Supremo Tribunal Federal e ratificada por meio de resolução do Senado
Federal. Sustentada na opinião dos consultores legais, a Companhia decidiu compensar
os valores envolvidos com os impostos e contribuições vincendos (PIS, Cofins, IRPJ e
CSLL). Conservadoramente, a Companhia manteve provisionado o valor dos referidos
tributos e contribuições compensadas, no montante de R$ 9.075. Em junho de 2007,
apoiada em carta conforto de seus assessores legais, a Companhia procedeu à reversão
de R$ 9.000, referente à atualização monetária que vinha sendo reconhecida em
relação a este processo. O saldo referente a este processo foi baixado em agosto de
2008. Os valores relativos ao FGTS e Sebrae foram baixados em virtude do julgamento
improcedente das causas sendo os valores depositados convertidos em renda da União.
d) Tarifaço
A Companhia é ré em ações judiciais em que são questionados os valores pagos por
consumidor, provenientes da majoração de tarifas de energia elétrica, com base nas Portarias
do DNAEE nºs 38 e 45, de 27 de janeiro e 4 de março de 1986, respectivamente, durante
a vigência do Plano Cruzado. A provisão para perdas nessas ações está contemplada no
saldo de provisão para créditos de liquidação duvidosa.
Adicionalmente, existem processos de natureza cível, trabalhista e fiscal em andamento
em um montante de R$ 136.532, cuja probabilidade de perda foi estimada como possível
e nenhuma provisão foi consignada nas demonstrações financeiras.
Causas Possíveis
Trabalhistas
Cíveis
Fiscais
Juizados especiais
4.081
31.633
94.348
6.470
136.532
e) Contingências fiscais – processos com expectativa de perda possível
e.1) ICMS – Termo de acordo 035/91
A Companhia celebrou Termo de Acordo nº 035/91 com a Secretaria de Fazenda do
Estado do Ceará, onde formalizou a existência de regime especial de recolhimento de
ICMS, o qual seria efetuado pelo valor arrecadado (receitas recebidas), em periodicidade
decendial. Referido acordo vigorou até 31 de março de 1998, sendo revogado pelo Ato
Declaratório nº 02/98.
Não obstante, a Secretaria de Fazenda do Estado do Ceará lavrou 4 autos de infração
relativos aos exercícios de 1995, 1996, 1997 e 1998 (período em que o mencionado
termo de acordo era vigente) para cobrar débitos de ICMS não recolhidos, no valor
atualizado de R$ 9.200. A Companhia aguarda decisão de recurso apresentado
(Embargos de Declaração) ao Conselho de Recursos Tributários, contra decisão que
julgou os Autos de Infração parcialmente procedentes, determinando o recolhimento do
ICMS devido pelos valores nominais, excluídos a penalidade e os juros de mora.
e.2) ICMS – Base cadastral de consumidores isentos e imunes
A Secretaria de Fazenda do Estado do Ceará lavrou um auto de infração em 29 de
dezembro de 2004, no valor atualizado de R$ 9.025, no intuito de exigir créditos de
ICMS oriundos de erro na base cadastral de consumidores isentos e imunes (classes
comercial, industrial, iluminação pública e serviços públicos) referentes ao período de
abril a agosto de 1999. A Companhia impugnou o auto e aguarda decisão de primeira
instância administrativa.
Adicionalmente, foi lavrado um auto de infração em 29 de dezembro de 2005 com o
mesmo objeto do auto acima, no valor atualizado de R$ 4.249, referente ao ano de
2000. A Companhia aguarda decisão de segunda instância administrativa.
e.3) ICMS – Diferencial de alíquota
A Companhia recebeu 3 autos de infração para a cobrança de diferencial de alíquota de
ICMS sobre as aquisições interestaduais destinadas ao ativo permanente, relativas aos
exercícios de 2001, 2002, e 2003 nos valores atualizados de R$ 28.934, R$ 11.941 e de
R$ 3.262, respectivamente. A Coelce impugnou os autos e aguarda decisão de primeira
instância administrativa.
e.4) ICMS – Crédito oriundo da aquisição de bens destinados ao ativo permanente
A Secretaria de Fazenda do Estado do Ceará lavrou um auto de infração para cobrar
débitos de ICMS relativos aos anos de 2003 e 2004, no valor atualizado de R$ 2.751,
por apropriação a maior de créditos de ICMS oriundos da aquisição de bens destinados
ao ativo permanente. A Coelce impugnou o auto, mas foi proferida decisão de primeira
instância julgando o auto procedente em 05 de novembro de 2008. A Companhia
recorreu e aguarda decisão de segunda instância administrativa.
e.5) ICMS – Transferência de Créditos
Em 1º de agosto de 2005, a Fazenda Estadual ajuizou Execução fiscal para cobrar débitos
de ICMS relativos às operações de transferência de créditos ocorridas durante o exercício
de 1999 e 2000, no montante de R$ 1.577. Em 09 de março de 2007 foi proferida
149
150
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
sentença favorável à Coelce. A Fazenda Estadual apresentou recurso (Apelação), que está
pendente de julgamento.
Em 06 de maio de 2005, a Companhia ajuizou ação anulatória de débitos de ICMS
relativos à operação de transferência de créditos ocorrida durante o exercício de 2001, que
perfazem o montante de R$ 1.538. A Coelce aguarda decisão de primeira instância judicial.
e.6) ISS
A Companhia ajuizou em 08 de agosto de 2007 ação anulatória de débitos de ISS cobrados
pela prestação de serviços acessórios indispensáveis ao fornecimento de energia, no valor
de R$ 3.332. A companhia aguarda decisão de primeira instância judicial.
Não obstante a Companhia tenha ajuizado ação anulatória, em 10 de outubro de
2007 o Município de Fortaleza ajuizou duas Execuções Fiscais para a cobrança dos
mencionados débitos, nas quais a Coelce apresentou defesa e aguarda decisão de
primeira instância judicial.
Adicionalmente, o Município de Fortaleza ajuizou 3 Execuções Fiscais, que perfazem o
montante de R$ 15.782 para cobrar débitos de ISS cobrados pela prestação de serviços
acessórios indispensáveis ao fornecimento de energia. A Companhia aguarda decisão de
segunda instancia judicial nos três processos.
e.7) Multa Moratória
Em 25 de abril de 2003, a Companhia impetrou Mandado de Segurança objetivando
a exclusão da multa de mora imposta em decorrência da denúncia espontânea de
débitos em atraso. Em 24 de agosto de 2005 foi proferida sentença que julgou o pedido
procedente em parte, para que a Receita Federal se abstenha de efetuar o lançamento
dos valores supostamente devidos a título de multa moratória até o limite de seus créditos
comprovados nestes autos. Com base na decisão, a Coelce efetuou a compensação de
créditos no montante de R$ 2.757. A Coelce aguarda o julgamento de recurso (Embargos
de Declaração) contra decisão de segunda instância desfavorável à Companhia.
Ações ordinárias
(em unidade) Investluz S.A
Eletrobrás
Endesa Brasil S.A
Fundos e Clubes de Investimentos
Fundos de pensão
Outros
Total de ações
TOTAL (I)
44.061.433
552.120
919.403
2.534.981
48.067.937
91,67%
0,00%
0,00%
1,15%
1,91%
5,27%
100%
23. Outras obrigações
2008
18.369
2007
39.811
Arrecadação de terceiros
718
2.912
Adiantamento de clientes
1.294
1.159
Empréstimos compulsórios
Outros
Total de outras obrigações
423
1.766
22.570
462
4.332
48.676
Circulante
Não circulante
21.189
1.381
44.729
3.947
Passivos regulatórios (nota 6b - passivos)
24. Patrimônio líquido
Em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 28 de abril de 2008 foi deliberado aumento
de capital social no valor de R$ 9.889, mediante capitalização de parte da Reserva de
Capital- Subvenções para Investimento e aprovada a conversão de 58 ações preferenciais
classe B em ações preferências classe A, nos termos do § 2º do artigo 5º do Estatuto Social.
O capital social está composto de ações sem valor nominal, assim distribuídas:
2008 (Em unidades)
48.067.937
28.131.352
1.656.010
77.855.299
Ações Ordinárias
Ações Preferenciais A
Ações Preferenciais B
Ações preferenciais
(em unidade) Classe A
3.967.756
1.770.000
10.530.834
2.998.522
8.864.240
28.131.352
0,00%
14,10%
6,29%
37,44%
10,66%
31,51%
100%
Classe B
1.531.141
24
124.845
1.656.010
Total
(em unidades) TOTAL (II)
0,00%
92,46%
0,00%
0,00%
0,00%
7,54%
100%
2007 (Em unidades)
48.067.937
28.123.352
1.664.010
77.855.299
5.498.897
1.770.000
10.530.858
2.998.522
8.989.085
29.787.362
0,00%
18,46%
5,94%
35,35%
10,07%
30,18%
100%
(I) + (II)
44.061.433
5.498.897
1.770.000
11.082.978
3.917.925
11.524.066
77.855.299
56,60%
7,06%
2,27%
14,24%
5,03%
14,80%
100%
Demonstrações Financeiras
As ações preferenciais não têm direito a voto, nem são conversíveis em ações ordinárias.
Entretanto, gozam de prioridade no reembolso do capital, tendo o direito a dividendos
mínimos não cumulativos de 6% ao ano para as ações de classe “A” e 10% para as ações
de classe “B”, calculados sobre o valor proporcional do capital social atribuído à respectiva
classe, corrigido ao término de cada exercício social.
As ações preferenciais de classe “B” poderão ser convertidas em ações preferenciais de
classe “A”, a requerimento do interessado.
A Companhia está autorizada a aumentar seu capital até o limite de 300.000.000 de ações
sem valor nominal, sendo 100.000.000 de ações ordinárias e 193.352.996 mil de ações
preferenciais Classe “A” e 6.647.004 mil de ações preferenciais Classe “B”.
Dividendos propostos do exercício
2008
2007
263.129
244.751
A referida proposta de distribuição dos dividendos por ação é demonstrada como segue:
Ações Ordinárias
Ações Preferenciais Classe A
Ações Preferenciais Classe B
Total de dividendos propostos
2008
162.456
95.076
5.597
263.129
2007
151.110
88.410
5.231
244.751
25. Imposto de renda e contribuição social sobre o lucro
Dividendos
Os dividendos mínimos obrigatórios são calculados conforme a Lei das Sociedades por
Ações, observando-se os percentuais definidos no estatuto social para as ações preferenciais
(Nota 23). A partir de 2007, a Companhia deixou de constituir reserva legal por atender ao
disposto no art. 193 § 1º da Lei 6.404/76 onde a soma da sua reserva de capital mais a
reserva legal excedeu de 30% do capital social.
A remuneração dos acionistas é demonstrada como segue:
A conciliação entre a alíquota efetiva e a nominal de imposto de renda e contribuição social
é como segue:
Lucro antes do imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido
(-) Participação dos lucros
Alíquota nominal
2008
2007
Lucro líquido do exercício
338.523
244.751
(-) Reserva de Incentivo Fiscal
(66.633)
-
(-) Ajustes de exercícios anteriores
Lucro líquido ajustado
(8.761)
-
263.129
244.751
Os dividendos mínimos são como segue:
25% sobre o lucro
líquido ajustado
Dividendos mínimos
sobre capital social
Dividendos mínimos
obrigatórios
2008
2007
2008
2007
2008
2007
Ações ordinárias
40.614
37.777
-
-
40.614
37.777
Ações preferenciais classe A
23.769
22.103
9.603
9.386
23.769
22.103
Ações preferenciais classe B
1.399
1.308
942
926
1.399
1.308
65.782
61.188
10.545
10.312
65.782
61.188
Total
A Administração da Companhia irá propor a seguinte distribuição dos resultados na
próxima Assembléia Geral de Acionistas:
Reversão da provisão sobre o ágio da incorporação
Outros
Despesas com IR e CSLL antes do benefício fiscal
(-)Incentivo fiscal – Adene
Despesas com IR e CSLL após o benefício fiscal
2008
2007
404.192
(7.078)
397.114
34%
135.019
(9.878)
83
125.224
(66.633)
58.591
357.130
(5.958)
351.172
34%
119.398
(10.045)
(2.932)
106.421
106.421
A Companhia obteve incentivo de redução do imposto de renda por estar situada na
área de atuação da Adene (Agência de Desenvolvimento do Nordeste). O reconhecimento
do beneficio fiscal foi aprovado pela Adene em agosto de 2007 conforme laudo constitutivo
nº. 0170/2007.
O incentivo consiste na redução do imposto de renda devido em 75% do imposto de
renda apurado a partir da receita líquida .
O valor do imposto de renda que deixou de ser pago em virtude dos benefícios de
redução foi contabilizado de acordo com a Lei nº 11.638/07 e Deliberação CVM nº 555
que aprovou o CPC nº 07 em que determina a contabilização no resultado do exercício
151
152
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
e posteriormente a transferência para reserva especial de lucro não distribuível, no qual
somente poderá ser utilizada para absorção de prejuízos ou aumento de capital.
Em virtude do acima exposto, a Companhia deixou de recolher, no ano de 2008, o
montante de R$ 66.633 (R$ 60.097 em 2007).
• Prazo para pagamento total: 14 parcelas semestrais e sucessivas, iniciando em 31 de
dezembro de 2007 e terminando em 30 de junho de 2014.
• Pagamento dos juros: mensais e sucessivos, corrigidos pelo INPC.
• Amortização do principal: semestral calculado sobre o saldo devedor de cada mês,
depois da aplicação da correção monetária pelo INPC.
26. Obrigações com benefícios pós-emprego (GRI EC3)
A Companhia é patrocinadora de fundo de pensão, administrado pela Fundação Coelce de
Seguridade Social – Faelce, entidade fechada de previdência privada complementar, sem
fins lucrativos. A Fundação administra dois planos de benefícios, sendo um na modalidade
de benefício definido (Plano BD), que tem por finalidade principal complementar os
benefícios a que têm direito auferir, como segurados de previdência social, os empregados
da Companhia, e um na modalidade de contribuição definida (Plano CD), que tem por
objetivo conceder um benefício em função da reserva acumulada em nome do participante.
O cálculo matemático relativo aos benefícios de complementação de aposentadorias e
pensões do Plano BD adota o regime financeiro de capitalização.
Para o Plano BD a Companhia contribui mensalmente com a taxa de 4,45% da folha
de remuneração de todos os seus empregados e dirigentes participantes, para cobertura
do custo normal e com taxa de 2,84% sobre o quociente (não inferior à unidade) entre
o número de empregados e dirigentes participantes da Faelce, existentes em 31 de julho
de 1997, e o número de empregados participantes existentes no mês de competência da
contribuição suplementar amortizante, estando prevista a vigência dessa contribuição
suplementar durante 22 anos e 6 meses, a contar de julho de 1997. Além desse percentual,
a patrocinadora é responsável pelo pagamento das despesas administrativas do programa
previdencial da referida entidade.
Para o Plano CD a Companhia contribui mensalmente com o mesmo valor que o
participante efetua. O valor da contribuição varia em função da remuneração, tendo seu
cálculo definido com base nas alíquotas 2,5%, 4,0% e 9,0%, aplicadas “em cascata”.
Em 30 de junho de 1999 foi firmado contrato de dívida consolidando todos os débitos
provenientes de retenções e atrasos nos repasses de obrigações e encargos financeiros
pela Companhia. Em 30 de junho de 2007 foi assinado um terceiro aditivo, conforme
Resolução CGPC Nº 17/96 do Ministério da Previdência e Assistência Social, sob as
seguintes condições:
Em 31 de dezembro de 2008, o saldo a pagar a Faelce referente a esse contrato de dívida
é de R$ 59.042 (R$ 63.917 em 2007), sendo R$ 11.023 (R$ 13.987 em 2007) classificado no
ativo circulante e R$ 48.019 (R$ 49.930 em 2007) no ativo não circulante.
A composição da obrigação atuarial, em 31 de dezembro de 2008, é como segue:
Conciliação dos (ativos) passivos:
Valor presente das obrigações atuariais
Valor justo dos ativos
(Ativo) Passivo atuarial
460.358
(468.558)
(8.200)
A companhia não registrou o ativo líquido de pensão devido ao seu plano junto a Faelce
não prever redução efetiva das contribuições e não ser reembolsável por sua parte.
Movimentação da obrigação atuarial líquido em 2008:
Valor presente da obrigação atuarial total
Custo dos serviços correntes
(549.211)
(5.719)
Custo dos juros
(49.278)
Ganho atuarial
115.553
Benefícios pagos em 2008
Valor presente da obrigação atuarial total
36.105
(452.550)
Movimentação do valor justo dos ativos dos planos:
Valor justo dos ativos do plano (2007)
Contribuições pagas em 2008
Rendimento real dos ativos
499.241
22.445
(25.223)
Benefícios pagos em 2008
(36.105)
Valor justo dos ativos do plano (final)
460.358
Demonstrações Financeiras
Despesa prevista para 2009:
Custo do Serviço Corrente
3.873
Custo dos Juros
51.484
Retorno dos Investimentos
(46.258)
Contribuição esperada dos empregados
(2.338)
Total de despesas previstas
6.761
As principais premissas adotadas pelo atuário independente para a avaliação são:
Principais premissas atuariais
Taxa de desconto para avaliação do
custo de serviço corrente e da obrigação
atuarial total
Taxa de rendimento esperada sobre
ativos do plano
Taxa do crescimento salarial
Taxa de inflação esperada
2008
2007
11,80% inflação
anual+desconto 7,5%a.a
9,20% inflação
anual+desconto 5%a.a
10,24% inflação anual
+ juro real 6%a.a
10,24% inflação anual
+ juro real 6%a.a
5,84% (empregados
participantes)
4% (participantes não
empregados)
4%
5,18% (empregados
participantes)
4% (participantes não
empregados)
4%
4%
4%
Reajuste de benefícios concedidos
de prestação continuada
Fator de capacidade do benefício/salário
98%
98%
Taxa de rotatividade
Nula
Nula
Tábua geral de mortalidade (qx)
Tábua de entrada em invalidez (ix)
Tábua de mortalidade de inválidos(
Tábua de mortalidade de ativos
estrangeira, sem nenhum caráter especulativo. Desta forma, a Companhia possui operações
de hedge cambial com o objetivo de minimizar sua exposição, nas operações expostas à
variação cambial. Essas operações de hedge são swaps de moeda e taxas de juros.
)
AT-83
AT-83
LIGHT-MÉDIA
LIGHT-MÉDIA
qx da AT-49
qx da AT-49
método de Hamza
método de Hamza
27. Instrumentos financeiros e riscos operacionais
(atendimento à deliberação CVM nº 566 de 17 de dezembro de 2008)
Considerações Gerais
A Companhia possui políticas e estratégias operacionais e financeiras visando manter a
liquidez, segurança e rentabilidade de seus ativos. Para tanto, mantém sistemas de controle
e acompanhamento gerenciais das transações financeiras e seus respectivos valores, com a
finalidade de monitorar os riscos e taxas praticadas pelo mercado.
A Companhia utiliza instrumentos financeiros derivados com a premissa exclusiva de
proteção aos riscos financeiros de variação cambial de suas captações realizadas em moeda
Fatores de Risco
A linha de negócio da Companhia está concentrada na distribuição de energia elétrica
em toda a área de concessão do Estado do Ceará. Em sintonia com a gestão financeira e
melhores práticas para minimização de riscos financeiros, bem como observar os aspectos
regulatórios, identifica os seguintes fatores de riscos que podem afetar seus negócios:
a) Risco de taxa de câmbio
Esse risco decorre da possibilidade da Companhia vir a incorrer em perdas por conta de
flutuações nas taxas de câmbio, que aumentem as despesas financeiras e os saldos de passivo
de empréstimos e financiamentos em moeda estrangeira captados no mercado. A Companhia,
visando assegurar que oscilações significativas nas cotações das moedas a que está sujeito
seu passivo em moeda estrangeira não afetem seu resultado e fluxo de caixa, possui em 31 de
dezembro de 2008, uma operação de hedge cambial, com fim único de proteção da dívida. Os
ajustes a débito e a crédito dessas operações estão registrados na demonstração do resultado.
No exercício findo em 31 de dezembro de 2008 a Companhia apurou um resultado negativo
não realizado na operação de hedge cambial no montante de R$ 13.430 (nota 18).
Vide abaixo análise de sensibilidade do risco taxa de câmbio, demonstrando os efeitos da
variação do dólar sobre a parcela da dívida swapada no resultado da variação nos cenários.
Quadro I – Risco: Alta do USD – Projeção para os próximos 6 meses R$
Operação
Risco
Cenário Provável Cenario Possível Cenário Remoto
USD
USD +25%
USD + 50%
2,4529
2,921
3,5055
Dívida BEI
USD
(83.103)
(103.870)
(124.655)
Swap ponta Ativa – ABN Amro
USD
83.103
103.870
124.655
b) Risco de encargos de dívida
Este risco é oriundo da possibilidade da Companhia vir a incorrer em perdas por conta de
flutuações nas taxas de juros ou outros indexadores de dívida, que aumentem as despesas
financeiras relativas a empréstimos e financiamentos captados no mercado. A Companhia não
tem pactuado contratos de derivativos para fazer swap contra este risco. Porém, a Companhia
monitora as taxas de juros de mercado com o objetivo de avaliar a eventual necessidade
153
154
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
de contratação de derivativos para se proteger contra o risco de volatilidade dessas taxas.
Minimizando esse risco, a Companhia busca aumentar à participação de empréstimos com
taxas pré-fixadas (BNB e Eletrobrás) e atrelados a outros índices menos voláteis às oscilações
do mercado financeiro, como a TJLP (BNDES). Abaixo análise de sensibilidade do risco nas
variações do CDI na parcela da dívida após o swap, que demonstra os efeitos no resultado.
Quadro II – Risco: Alta do CDI – Projeção para os próximos 6 meses R$
Operação
Risco Cenário Provável Cenario Possível Cenário Remoto
CDI
CDI + 25%
CDI + 50%
13,07
15,46
18,56
Swap ponta passiva – ABN Amro
CDI
(98.928)
(99.548)
(100.337)
Conforme demonstrado, a variação do dólar sobre a parcela da dívida coberta pelo swap
é compensada pela variação oposta sofrida por sua ponta ativa. Essa parcela da dívida troca
de indexação, passando a sofrer a variação do CDI, em reais, e a correr riscos de aumento de
encargos, porém reduzindo sua exposição cambial.
Essas análises de sensibilidade têm por objetivo ilustrar a sensibilidade a mudanças em
variáveis de mercado nos instrumentos financeiros da Companhia. As análises de sensibilidade
acima demonstradas são estabelecidas com o uso de premissas e pressupostos em relação
a eventos futuros. A Administração da Companhia revisa regularmente essas estimativas e
premissas utilizadas nos cálculos. Não obstante, a liquidação das transações envolvendo
essas estimativas poderá resultar em valores diferentes dos estimados devido à subjetividade
inerente ao processo utilizado na preparação dessas análises.
c) Risco de Crédito
Esse risco surge da possibilidade de a Companhia vir a incorrer em perdas resultantes da
dificuldade de recebimento de valores faturados a seus clientes. Esse risco é avaliado como
baixo, considerando a pulverização do número de clientes. Adicionalmente, a Companhia
tem o direito de interromper o fornecimento de energia caso o cliente deixe de realizar
o pagamento de suas faturas, dentro de parâmetros e prazos definidos pela legislação e
regulamentação específicas. A provisão para créditos de liquidação duvidosa é estabelecida
em montante julgado suficiente, pela Administração da Companhia, para cobrir possíveis
riscos de realização das contas a receber.
d) Risco de Escassez de Energia
Corresponde ao risco de escassez na oferta de energia elétrica por parte das usinas
hidroelétricas por eventuais atrasos do período chuvoso, associado ao crescimento de
demanda acima do planejado, podendo ocasionar perdas para a Companhia em função
do aumento de custos ou redução de receitas com a adoção de um novo programa de
racionamento, como o verificado em 2001. No entanto, considerando os níveis atuais dos
reservatórios e as simulações efetuadas, o Operador Nacional de Sistema Elétrico – ONS
não prevê para os próximos anos um novo programa de racionamento.
e) Risco de vencimento antecipado
A Companhia possui contratos de empréstimos e financiamentos com cláusulas restritivas
que, em geral, requerem a manutenção de índices econômico-financeiros em determinados
níveis (“covenants” financeiros). O descumprimento dessas restrições pode implicar em
vencimento antecipado da dívida (vide nota explicativa no 18). Essas restrições são
monitoradas adequadamente e não limitam a capacidade de condução normal das operações.
Valorização dos instrumentos financeiros
Em 31 de dezembro de 2008, os principais instrumentos financeiros ativos e passivos,
incluindo-se as operações de derivados, estão assim avaliados:
• Disponibilidades: os valores demonstrados nos balanços patrimoniais se aproximam dos
valores de mercado;
• Ativos e Passivos Regulatórios: os valores estão registrados conforme critérios definidos
por regras ou orientações da Aneel;
• Empréstimos e financiamentos: registrados conforme condições contratuais (nota 16).
• Instrumentos financeiros derivativos – a operação com derivativo tem por objetivo a
proteção contra variações cambiais nas captações realizadas em moeda estrangeira e não
possui nenhum caráter especulativo. Dessa forma, é considerado como instrumento de
hedge e está contabilizado pelo valor de mercado. O valor justo é calculado projetando
os fluxos futuros das operações (ativo e passivo) utilizando as curvas da BM&F e trazendo
esses fluxos a valor presente com a taxa DI futura da BM&F.
Os valores da curva e de mercado do instrumento derivativo (swap) de 31 de dezembro
de 2008 são como segue:
Derivativo
Swap ABN AMRO
Valor da curva
12.290
Valor de mercado
(contábil)
13.430
Diferença
1.140
A estimativa do valor de mercado das operações de swaps foi elaborada baseando-se no
modelo de fluxos futuros a valor presente, descontados a taxas de mercado apresentadas
pela BM&F na data de fechamento do ano.
Demonstrações Financeiras
A Companhia possui instrumentos derivativos com objetivo exclusivo de proteção
econômica e financeira contra a variação cambial utilizando, em 31 de dezembro de 2008,
apenas swap dólar para CDI, não possuindo derivativos exóticos ou outras modalidades.
As operações de hedge são contratadas apenas como proteção do endividamento em moeda
Valores de Referência
Moeda Estrangeira
Moeda Local
Data dos
Contratos
Data de
Vencimento
16/06/06
15/06/12
Dólar + 5,49% a.a.
98,8% do CDI
15/10/08
Dólar + 5,5% a.a.
103,8% do CDI
15/02/08
JPY + 2,466% a.a
103,7% do CDI
Posição
2008
USD 30,471
2007
USD 40,027
USD 746
29/07/04
2007
R$ 79,946
R$ 93,376
-R$ 13,430
R$ 76,987
R$ 109,530
-R$ 32,543
Efeito Acumulado 2007
Valor a receber/
Valor a
recebido pagar/pago
-R$ 32,543
R$ 2,278
-R$ 2,219
R$ 27,000
-R$ 5,419
R$ 10,101
R$ 17
R$ + 12,7476% a.a
R$ 10,523
01/08/08
109% do CDI
R$ 10,506
R$ 17
29/08/08
Dólar + 2% a.a.
109,5% do CDI
USD 40,415
04/09/07
2008
Efeito Acumulado 2008
Valor a receber/
Valor a
recebido pagar/pago
-R$ 13,430
R$ 22,659
R$ 28,078
-R$ 5,419
R$ 10,101
24/08/07
2007
R$ 91,442
Valor Justo
R$ 1,573
R$ 3,792
-R$ 2,219
JPY 1,444,082
20/08/07
2008
R$ 69,612
estrangeira, de forma que os ganhos e perdas dessas operações decorrentes da variação cambial
sejam compensados pelos ganhos e perdas equivalentes das dívidas em moeda estrangeira.
Em 31 de dezembro de 2008 e 2007, a Companhia detinha operações de swap, conforme
demonstrado a seguir:
R$ 79,000
-R$ 9,854
R$ 72,057
R$ 81,911
-R$ 9,854
155
156
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
28. Fornecimento de energia elétrica
A composição do fornecimento de energia elétrica, por classe de consumidores, é como segue:
Nº de consumidores Não auditado
2008
Fornecimento faturado
Residencial Normal
Residencial Baixa Renda
Industrial
Comércio, serviços e outros
Rural
Poder público
Iluminação pública
Serviços públicos
(+) Estorno provisão refaturamento Prefeituras
Total do Faturamento
Fornecimento não faturado
Consumidores, concessionários e permissionários
Baixa renda
Reposicionamento Revisão Tarifária
Reposicionamento Tarifário-Transmissoras
Recuperação Perda de Receita 2001
Recuperação Energia Livre – Geradoras
Recuperação parcela A
Suprimento
Receita encargos de uso da rede elétrica
Baixa Energia Livre
Outras receitas
Receita Operacional Bruta
(-) Deduções da Receita
ICMS
Cofins
PIS
RGR – Quota para Reserva Global de Reversão
CCC – Conta de Consumo de Combustível
Outros impostos e contribuições sobre a Receita
Total de deduções de receita
Total receita operacional líquida
2007
MWh
Não auditado
2008
R$ 2007
2008
2007
647.131
253.072
388.578
600.805
133.370
159.132
94.302
67.286
2.343.676
6.000
2.349.676
9.100
2.358.776
174.066
5.542
700
(18.339)
(6.429)
(48.866)
13.245
55.331
57.475
105.036
2.696.537
630.204
235.783
353.914
566.455
123.282
151.200
89.662
68.026
2.218.526
2.218.526
(2.071)
2.216.455
173.359
(22.464)
(1.867)
(55.685)
(19.492)
11.749
45.695
100.099
2.447.849
574.460
1.558.032
5.943
151.276
303.994
28.400
5.697
1.634
2.629.436
-
651.596
1.385.387
6.015
146.680
267.709
27.084
3.977
1.547
2.489.995
-
1.301.003
1.249.971
1.291.747
1.433.357
711.869
393.434
367.722
236.458
6.985.561
-
1.253.449
1.158.663
1.168.320
1.339.405
660.514
371.717
345.548
244.700
6.542.316
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(528.563)
(111.412)
(501.577)
(96.012)
-
-
-
-
(24.518)
(21.421)
-
-
-
-
2.629.436
2.489.995
6.985.561
6.542.316
(29.917)
(55.251)
(31.832)
(781.493)
1.915.044
(23.156)
(58.160)
(28.644)
(728.970)
1.718.879
Demonstrações Financeiras
29. Outras receitas operacionais
Inspeção de instalações e serviços vários
Renda na prestação de serviços
Arrendamento e aluguéis
Serviço taxado
Reversão déficit atuarial
Outros
Total de outras receitas operacionais
2008
5.056
82.967
10.928
4.427
1.658
105.036
2007 (Reclassificado)
3.780
63.582
9.989
5.218
16.289
1.241
100.099
30. Compra e venda de energia na CCEE
Nos exercícios de 2008 e 2007 a Companhia efetuou a comercialização de energia de
curto prazo no âmbito da Câmara de Compensação de Energia Elétrica – CCEE, conforme
a seguir demonstrado:
2008
Compra
Compra de energia
Ajustes
Venda
Venda de energia
CVA Sobrecontratação
Ajustes
MWh
Não auditado
18.400
1.012
19.412
MWh
Não auditado
215.112
(12.133)
202.979
R$
(5.076)
168
(4.908)
2008
R$
26.679
(10.948)
(2.486)
13.245
2007
MWh
Não auditado
24.245
24.245
MWh
Não auditado
170.876
170.876
R$
(2.346)
(2.346)
2007
R$
11.749
11.749
157
158
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
31. Resultado do serviço
As despesas operacionais têm a seguinte composição por natureza de gasto:
Descrição
Receita operacional líquida
Pessoal
Material
Serviços de terceiros
Energia elétrica comprada para revenda
Energia elétrica comprada para revenda – Ativo transmissoras
Encargos do uso do sistema de transmissão
Encargos do uso do sistema de transmissão – Ativo transmissoras
Encargo serviço de sistema – ESS
Provisão CVA-ESS
Depreciação e amortização
Amortização/reversão ágio da incorporação
Provisão saldo a cobrar reajuste tarifário 2005
Provisões para créditos de liquidação duvidosa
Provisão/Reversão perda de receita – racionamento
Taxa de fiscalização da Aneel
Baixa ativo regulatório
Baixa energia livre
Provisão para contingências
Outras despesas operacionais
Custo do Serviço
Serviços
prestados a
terceiros
(70.386)
(16.097)
(138.105)
(882.853)
3.793
(65.870)
(5.193)
(33.318)
24.695
(99.350)
(6.137)
(1.288.821)
(3.091)
(3.321)
(6.412)
Resultado do serviço
Resultado financeiro
Resultado operacional
Despesa de pessoal
Remunerações
Encargos sociais
Benefícios
Outros
(-) Transferências para
imobilizado em curso
Total de despesa de pessoal
2008
(74.870)
(24.331)
(30.041)
372
2007
(71.882)
(23.058)
(26.460)
568
40.251
27.656
(88.619)
(93.176)
Outras despesas operacionais
Aluguéis
Publicidade e propaganda
Indenizações a terceiros
Doações, contribuições e subvenções
Seguros
Tributos
Estagiários
Publicações legais e assinaturas
Custos judiciais
Perda na alienação de bens
Prejuizo na desativação de bens
Material de segurança
Despesas gerais
Total de despesas operacionais
Despesa de Depesas Gerais e
Vendas
Administrativas
(25.856)
106.873
(106.881)
(50.482)
(2)
(76.348)
(18.233)
(9.990)
(15.044)
(2.207)
(8.897)
(54.371)
Outras
(15)
(14.967)
(9.040)
(4.311)
(4.042)
6.509
(10.118)
(35.984)
2008
1.915.044
(88.619)
(29.178)
(182.326)
(882.853)
3.793
(65.870)
(5.193)
(33.318)
24.695
(101.572)
(14.967)
(9.040)
102.562
(4.042)
(106.881)
(50.482)
6.509
(25.154)
(1.461.936)
453.108
(48.916)
404.192
2008
(5.971)
(5.262)
(1.442)
(1.367)
(987)
(477)
(1.003)
(598)
(290)
(2.212)
(1.928)
(2.651)
(966)
(25.154)
2007
(Reclassificado)
1.718.879
(93.176)
(27.814)
(164.100)
(815.939)
(5.057)
(57.087)
6.924
(95.860)
(15.220)
(14.333)
(45.045)
(4.407)
(6.136)
(16.663)
(1.353.913)
364.966
(7.836)
357.130
2007
(Reclassificado)
(4.799)
(2.114)
(1.320)
(1.221)
(836)
(311)
(955)
(465)
(254)
(1.311)
(1.967)
(1.110)
(16.663)
Demonstrações Financeiras
Quantidade MWH
R$
Não auditado
Energia elétrica comprada para revenda
2008
2007
2008
2007
Central Geradora Termelétrica de Fortaleza – CGTF
2.690.000 2.690.000 (414.955) (425.317)
Centrais Elétricas S.A. – Furnas
1.610.406 1.591.470 (120.173) (116.454)
Companhia Hidroelétrica do São Francisco – Chesf
1.238.004 1.136.151
(89.565) (75.070)
Companhia Energética de São Paulo- CESP
602.602
562.172
(46.191) (40.991)
Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A – Eletronorte
487.530
323.922
(37.314) (33.649)
Copel Geração S.A – Copel
418.644
390.065
(29.785) (27.146)
Cemig - Geração e Transmissão S.A.
289.922
266.506
(23.392) (20.336)
Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE)
19.412
24.245
(4.908)
(2.346)
Programa de Inc. as Fontes Alternativas – Proinfa
121.017
75.676
(18.238) (14.538)
CVA Compra de Energia do Período
11.231
22.279
CVA – Proinfa
1.862
1.469
Amortização CVA
(35.653) (44.885)
Energia comprada – Transmissoras
(5.057)
Amortização Energia Comprada – Transmissoras
3.793
Contratos por disponibilidade
78.859
(26.837)
Outros
625.248
470.071
(48.935) (38.955)
Total energia comprada para revenda
8.181.644 7.530.278 (879.060) (820.996)
32. Participação nos resultados
A Companhia implantou o programa de participação dos empregados nos resultados, nos
moldes da Lei nº 10.101/00 e artigo nº 189 da Lei nº 6.404/76, baseado em acordo de metas
operacionais e financeiras previamente estabelecidas com os mesmos. O montante dessa
participação para o exercício de 2008 foi de R$ 7.078 (R$ 5.958 em 2007).
33. Remuneração dos administradores
Os honorários dos administradores foram fixados pela Assembléia Geral Ordinária e
Extraordinária realizada em 28 de abril de 2008, no montante global anual de até R$ 6.000
(R$ 5.600 em 2007). Desse total, R$ 3.051 (R$ 2.645 em 2007) foram apropriados em
despesas gerais e administrativas durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2008
34. Seguros
Os principais ativos em serviço da Companhia estão segurados por uma apólice internacional
do Grupo Endesa, no montante global de U$ 283.716, correspondendo a R$ 663.044(*), com
uma cobertura por eventos de danos materiais combinado a perda de benefícios no montante
de U$ 30.000, correspondendo a R$ 70.110(*). A Companhia também mantém um seguro de
responsabilidade civil que faz parte do programa de seguros corporativos do grupo Endesa
no valor de U$ 150.000 por sinistro ou agregado anual, correspondendo a R$ 350.550(*).
Ambos programas, tem validade no período compreendido de 30 de junho de 2008 a 30 de
junho de 2009.
Na tabela abaixo se registra o prêmio total de R$ 1.951, sendo R$ 876 de riscos
operacionais e R$ 1.075 de responsabilidade civil. A especificação por modalidade de risco e
data de vigência está demonstrada a seguir:
Risco
Danos materiais
Responsabilidade Civil
Vigência
30.06.2008 a 30.06.2009
30.06.2008 a 30.06.2009
2008
70.110
350.550
* Os valores em reais foram convertidos pela ptax de 2,3370 de 31 dezembro de 2008
35. Questões Ambientais
A Coelce, a cada ano, reafirma seu compromisso de levar desenvolvimento socioeconômico
ao Estado do Ceará causando o mínimo impacto ao meio ambiente. Para isso cumpre
rigorosamente a legislação e as normas ambientais, investe em pesquisa, novas tecnologias,
educação ambiental, bem como desenvolve projetos ambientais que beneficiam a sociedade
em geral. Para a Coelce, somente com a participação consciente de todos será possível
garantir um futuro adequado às próximas gerações. Em 2008, dentre as ações ambientais
que merecem destaque, tem-se:
a) Uso de Rede Compacta/ Linha Verde
Com o objetivo de minimizar a necessidade de podas em redes de média-tensão, a Coelce
investe em cabos aéreos protegidos (chamados spacer), que requerem menor supressão
vegetal. Nas redes de baixa-tensão, desde 2002, a Coelce adota um padrão de construção
de redes com cabos pré-reunidos (trançados), cobertos, que oferecem segurança e menor
poluição visual, além de reduzirem a supressão vegetal. Em 2008 foram investidos R$ 14.928.
b) Realização do Programa de Eficiência Energética
O combate ao desperdício de energia elétrica é o principal objetivo deste programa. Em
2008 foram investidos R$ 7.822 que, entre outras iniciativas, proporcionou:
• Modernização dos sistemas de iluminação e troca de aparelhos de ar condicionado,
ineficientes, por outros modernos e mais eficientes do ponto de vista energético, com
159
160
coelce08
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008
selo de qualidade Procel, em hospitais, escolas, universidades
e centros de pesquisa e entidades associativas;
• Substituição de geladeiras antigas, ineficientes, por eficientes,
a clientes baixa-renda. Após a substituição a Companhia dá
a destinação ambientalmente correta dos resíduos perigosos
gerados, cumprindo o Protocolo de Montreal, com referência ao
gás clorofluorcarbono (CFC), bem como do óleo do compressor,
o qual é recolhido e regenerado;
• Substituição de lâmpadas incandescentes por fluorescentes
compactas (eficientes) e palestras para o uso eficiente da energia
elétrica, beneficiando comunidades de baixa-renda.
c) Manutenção do Sistema de Gestão Ambiental
Em 2008 a Coelce manteve a certificação de seu sistema de
gestão ambiental, conquistada em 2006, e ampliou o escopo,
atendendo à norma ISO 14001:2004, emitida pelo Bureau
Veritas Certification. O escopo da certificação compreende
construção, operação, manutenção do sistema de transmissão
e distribuição de energia elétrica e suas atividades de apoio,
focadas nas seguintes unidades de negócio: Administração
Central, Gerência de Distribuição Fortaleza e Metropolitana,
Departamento de Distribuição Norte e Relacionamento Comercial
da Loja de Atendimento de Sobral, sede do Departamento de
Distribuição Centro Norte, sede do Departamento de Distribuição
Centro Sul Iguatú, sede do Departamento de Distribuição Centro
Norte Canindé, sede do Departamento de Distribuição Sul e
Relacionamento Comercial da Agência de Juazeiro do Norte.
36. Demonstração do resultado por
atividade (não auditada)
Em atendimento às instruções e orientações da Aneel, apresentamos as demonstrações financeiras, em 31 de dezembro de
2008, das unidades de negócio: distribuição, comercialização,
atividades não vinculadas à concessão do serviço público de
energia elétrica e consolidado.
Demonstração do resultado por atividade
Distribuição Comercialização
RECEITA OPERACIONAL
Fornecimento de energia elétrica
Consumidores, concessionários e permissionários
1.257.083
1.101.693
Baixa renda
92.763
81.303
Reposicionamento revisão tarifária
1.845
3.697
Valor a devolver reajuste tarifário-transmissoras
372
328
Recuperação perda de receita racionamento
(9.811)
(8.528)
Recuperação energia livre – Geradoras
(3.440)
(2.989)
Recuperação parcela A
(26.004)
(22.862)
Suprimento de energia elétrica
13.245
Receita de uso da rede elétrica
55.331
Baixa Energia Livre
57.475
Outras receitas
12.172
92.864
Total de fornecimento de energia elétrica, bruta
1.380.311
1.316.226
Deduções à receita operacional:
ICMS
(281.695)
(246.868)
Cofins
(60.440)
(50.972)
PIS
(16.884)
(7.634)
ISS
(1.859)
(178)
Quota para reserva global de reversão
(29.917)
Conta consumo combustível
(55.251)
Conta de desenvolvimento energético
(13.526)
Programas de eficiência energética e P&D
(16.271)
Encargo de capacidade/aquisição Emergencial
2
Total do fornecimento de energia elétrica, líquida
(475.843)
(305.650)
Receita operacional líquida
904.468
1.010.576
Custo do serviço de energia elétrica:
Custo com energia elétrica:
Energia elétrica comprada para revenda
(882.853)
Energia elétrica comprada para revenda-ativo transmissoras
3.793
Encargos de uso da rede de transmissão
(74.492)
Encargos de uso da rede de transmissão-ativo transmissoras
(5.193)
Total do custo com energia elétrica
(958.745)
Custo de operação:
Pessoal
(33.926)
(27.300)
Entidade de previdência privada
(5.076)
(4.084)
Material
(10.031)
(6.066)
Serviços de terceiros
(70.515)
(67.590)
Depreciação e amortização
(98.041)
(1.309)
Outras
(2.623)
(3.515)
Total do custo de operação
(220.212)
(109.864)
(220.212)
(1.068.609)
Custo do serviço prestado a terceiros:
(6.412)
Lucro bruto operacional
684.256
(64.445)
Atividades não
vinculadas
2008
Consolidado
-
2.358.776
174.066
5.542
700
(18.339)
(6.429)
(48.866)
13.245
55.331
57.475
105.036
2.696.537
-
(528.563)
(111.412)
(24.518)
(2.037)
(29.917)
(55.251)
(13.526)
(16.271)
2
(781.493)
1.915.044
-
(882.853)
3.793
(74.492)
(5.193)
(958.745)
-
(61.226)
(9.160)
(16.097)
(138.105)
(99.350)
(6.138)
(330.076)
(1.288.821)
(6.412)
619.811
Demonstrações Financeiras
Demonstração do resultado por atividade
Despesas operacionais
Despesas com vendas
Despesas gerais e administrativas
Amortização/Reversão do ágio oriundo da incorporação
Taxa de fiscalização Aneel
Provisão para créditos de liquidação duvidosa
Provisão para contingências
Outras
Total das despesas operacionais
Distribuição Comercialização
Atividades não
vinculadas
2008
Consolidado
(14.967)
-
(16.983)
(32.100)
(4.042)
6.867
(8.139)
(54.397)
(59.365)
(22.271)
(13.351)
(358)
(1.979)
(97.324)
(15)
(14.982)
(76.348)
(54.371)
(14.967)
(4.042)
(13.351)
6.509
(10.133)
(166.703)
Resultado do serviço público de energia elétrica
629.859
(161.769)
(14.982)
453.108
Receitas (Despesas) financeiras:
Renda de aplicações financeiras
Acréscimo moratório em conta de energia
Atualização Perda de Receita Racionamento
Encargos de dívidas
Variações monetárias
Outras
Total receitas (despesas) financeiras
12.288
(59.053)
(30.468)
(16.832)
(94.065)
31.847
4.668
8.634
45.149
-
12.288
31.847
4.668
(59.053)
(30.468)
(8.198)
(48.916)
Resultado Operacional
535.794
(116.620)
(14.982)
404.192
Lucro antes da Contribuição Social, do imposto de renda,
participações
535.794
(116.620)
(14.982)
404.192
Contribuição social
Contribuição social diferido
Imposto de renda
Imposto de renda diferido
Incentivo Fiscal – IRPJ
(34.304)
1.102
(94.543)
2.521
66.633
-
Lucro antes das participações
477.203
(116.620)
(34.304)
1.102
(94.543)
2.521
66.633
(14.982)
345.601
Participação nos lucros
(3.922)
(3.156)
-
(7.078)
Lucro Líquido do Exercício
473.281
(119.776)
(14.982)
338.523
Lucro líquido do exercício por ação - R$
4,35
161
Informações corporativas
Conselho de Administração
Companhia Energética do Ceará – Coelce
Mário Fernando de Melo Santos
Marcelo Andrés Llévenes Rebolledo
Aurélio Ricardo Bustilho de Oliveira
Cristóbal Sanchez Romero
Cristián Eduardo Fierro Montes
Gonzalo Manuel Vial Vial
José Alves de Mello Franco
José Nunes de Almeida Neto
Jorge Parente Frota Júnior 1
Fernando Antônio de Moura Avelino 2
Roberto de Pádua Macieira 3
Rua Padre Valdevino, 150 – Bairro Piedade
CEP 60.135-040 – Fortaleza – Ceará – Brasil | GRI 2.4 |
Fone: 55 85 3453 4800
CNPJ/MF: 07.047.251/0001-70
Registro na CVM: 01486-9
Inscrição Estadual: 06.105.848-3
Inscrição Municipal: 112.188-0
www.coelce.com.br
Conselheiro independente
2
Conselheiro independente, eleito pelos empregados acionistas
3
Conselheiro independente, eleito pelos acionistas minoritários
Diretor Financeiro e de Relações com Investidores
1
Relações com Investidores
Luiz Carlos Bettencourt
David Abreu
Conselho Fiscal
Responsável por Relações com Investidores
Antônio Cleber Uchoa Cunha
Antônio Osvaldo Alves Teixeira
Sérgio Queiroz Lyra
+55 21 2613-7094
[email protected]
Isabel Alcântara
Diretoria-Executiva
Coordenadora Financeira
Abel Alves Rochinha – Diretor-presidente
Aurélio Ricardo Bustilho de Oliveira – Diretor de Planejamento e Controle de Gestão
José Alves de Mello Franco – Diretor de Regulação
José Nunes de Almeida Neto – Diretor de Relações Institucionais, Governamentais, Meio Ambiente
+55 85 3453-4029
[email protected]
e Responsabilidade Social Corporativa
José Renato Ferreira Barreto – Diretor de Recursos Humanos
José Távora Batista – Diretor Técnico
Luiz Carlos Laurens Ortins Bettencourt – Diretor de Finanças e Relações com Investidores
Olga Jovanna Carranza Salazar – Diretora Comercial
Sílvia Cunha Saraiva Pereira – Diretora Jurídica
Hugo Nascimento
+55 21 2613-7773
[email protected]
[email protected]
www.coelce.com.br/ri.htm
informações corporativas
CRÉDITOS
Instituição Depositária das Ações
Banco Itaú S/A
Av. Eng. Armando de Arruda, Nº 707,
9º andar, Jabaquara
04.344-902 - São Paulo – SP – Brasil
e-mail: [email protected]
Bolsas de Valores
Códigos de negociação na BM&FBovespa:
Coelce ON – COCE3
Coelce PNA – COCE5
Coelce PNB – COCE6
Coordenação geral
Auditores Independentes
AGN Canarim Auditores Associados
Auditores Independentes
Flávia da Matta Design
Site na internet
Encontram-se disponíveis no site www.coelce.com.br/ri.htm
informações detalhadas sobre o desempenho financeiro
da companhia, atos societários, governança corporativa,
indicadores de mercado, relatórios, balanços anuais e
trimestrais, apresentações institucionais, dentre outras.
Diretoria de Relações Institucionais, Governamentais, Meio Ambiente
e Responsabilidade Social Corporativa – José Nunes de Almeida Neto
Área de Responsabilidade Social Corporativa e Meio Ambiente – Sérgio Araújo de Sousa
Coordenação de conteúdo e editorial
Débora Pinho – Área de Responsabilidade Social Corporativa e Meio Ambiente
Conteúdo e redação
Editora Contadino
Projeto gráfico
Ilustrações
Estúdio Olga
Fotos
Local Foto
Esclarecimentos adicionais sobre este relatório podem ser obtidos com:
Área de Responsabilidade Social Corporativa e Meio Ambiente
E-mails: [email protected]
Tel.: (85) 3453-4821
163
RUA PADRE VALDEVINO 1 5 0 P I E D A D E F O RTA L E Z A C E 6 0 1 3 5 - 0 4 0 | www.coelce.com.br
Download

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008