R E L AT Ó R I O A N U A L D E S U S T E N TA B I L I D A D E 2 0 0 8 MISSÃO, VISÃO, VALORES | GRI 4.8 | Em 2008, a Coelce teve a sua missão reformulada, a fim de deixá-la mais objetiva e clara, para estar mais próxima dos seus clientes, colaboradores, acionistas e demais públicos estratégicos. A mensagem também procura ser inspiradora, uma vez que a aspiração da empresa é desenvolver-se juntamente com a melhoria dos indicadores socioeconômicos do Estado do Ceará. A Visão permanece a mesma, com foco em três pilares – gente, cliente e resultado –, para ser vista como referência em segurança do trabalho, em responsabilidade socioambiental e eficiência mundial nas operações. Com a reestruturação da Endesa Brasil, da qual faz parte, os Valores se modificaram, na busca por objetivos comuns entre as empresas, capazes de elevar o nível de excelência dos serviços prestados e a satisfação de seus clientes. Missão Coelce: Gente e energia para um mundo melhor! Energia orientada para um relacionamento próximo e transparente com nossos clientes, crescendo junto com o Ceará e gerando valor para os acionistas, através da satisfação e compromisso de todo o nosso time. Visão gente + cliente + resultado A Coelce quer ser até 2011: Gente: A melhor empresa para se trabalhar no Nordeste; Cliente: A número 1, no Ceará, em atendimento e proximidade com clientes; Resultado: Uma das três melhores empresas de distribuição de energia elétrica do Brasil. Valores Respeitamos a vida Somos Simples Criamos Valor • Segurança em tudo que fazemos • Simplicidade nas ações • Inovação em processos e negócios • Compromisso com a sociedade e o meio ambiente • Transparência e confiança nas relações • Compromisso e profissionalismo • Respeito às pessoas • Parcerias sustentáveis Índice 4 Perfil institucional 78 Meio ambiente: preservação e consumo consciente 10 Mensagem dA ADMINISTRAÇÃO 92 INOVação e criatividade: incentivo à eficácia 12 apresentação do Relatório 98 Sociedade: educação e responsabilidade social 14 Compromissos com a sustentabilidade 108 20 Conduta: Governança corporativa e ética 110 Balanço Social Anual Ibase 32 Acionistas: Criação de valor 114 Sumário de conteúdo GRI 44 Clientes: Atendimento com proximidade 122 demonstrações financeiras 60 Pessoas: Desenvolvimento profissional, saúde e segurança 162 Informações Corporativas premiações e reconhecimentos PRINCIPAIS INDICADORES Número de clientes ativos (mil) 2.334 2.438 2.543 2.689 2.842 | GRI 2.8 | Mercado 2004 2005 2006 2007 2008 Energia faturada (GWh) 6.260 6.713 6.877 7.327 7.656 Nº de consumidores ativos (milhares) 2.334 2.438 2.543 2.689 2.842 Consumo residencial médio (KWh/ano) 1.079 1.120 1.116 1.184 1.196 305,75 482,89 554,10 503,00 516,95 - 178,07 212,54 203,50 255,41 Comercial 364,01 408,96 462,32 422,92 437,47 Industrial 217,72 261,63 332,75 303,84 317,48 Rural 173,44 191,31 207,00 186,55 250,95 2004 2005 2006 2007 2008 Receita operacional bruta 1.849.892 2.224.753 2.336.960 2.447.849 2.696.537 Receita operacional líquida 1.334.283 1.487.312 1.567.575 1.718.879 1.915.044 223.458 359.859 532.623 476.045 569.646 94.595 255.314 423.061 351.911 458.909 (33.436) (5.666) (10.748) (7.836) (48.916) 36.529 189.124 298.258 244.751 338.523 0,47 2,43 3,83 3,14 4,35 2004 2005 2006 2007 2008 Tarifas médias de fornecimento 1 (R$/MWh) Residencial 2 Residencial baixa renda 2004 2005 2006 2007 2008 Energia faturada (GWh) 6.260 6.713 6.877 7.327 Econômico-financeiros 7.656 Resultados (R$ mil) EBITDA (R$ mil) 3 Resultado do serviço – EBIT 4 2004 2005 2006 2007 Resultado financeiro 2008 Lucro líquido Lucro líquido por ação 5 Margens (%) Receita operacional bruta (R$ milhões) 2.337 2.448 Margem EBITDA 2.697 2.225 1.850 16,7% 24,2% 34,0% 27,7% 29,7% Margem EBIT 7,1% 17,2% 27,0% 20,7% 24,0% Margem líquida 2,7% 12,7% 19,0% 14,2% 17,7% Financeiro 2004 2005 2006 2007 2008 Ativo total (R$ mil) 6 2.386.481 2.400.409 2.510.593 2.569.250 2.781.587 Patrimônio líquido (R$ mil) 7 1.146.326 733.919 780.464 850.449 917.101 172.605 251.139 343.098 396.908 473.307 1,21 0,99 0,75 0,73 0,75 3,2% 20,1% 39,4% 30,0% 36,9% Investimentos (R$ mil) 2004 2005 2006 2007 2008 Liquidez (ativo circulante/ passivo circulante) Retorno sobre patrimônio líquido (%) 570 476 360 223 2005 2006 2007 622.813 489.001 565.741 845.141 470.180 424.349 * 553.377 829.303 48,4% 64,1% 54,4% 65,0% 60,3% Inclui ICMS 2 Em 2004, contempla clientes residenciais normais e baixa renda 3 EBITDA reflete o lucro bruto antes das receitas e despesas financeiras líquidas, do Imposto de Renda e da Contribuição Social, das depreciações e amortizações. O EBITDA é utilizado como medida de desempenho pela administração da Coelce e não é uma medida adotada pelas práticas contábeis brasileiras ou americanas 4 EBIT reflete o lucro bruto antes das receitas e despesas financeiras líquidas, do Imposto de Renda e da Contribuição Social. O EBIT é utilizado como medida de desempenho pela administração da Coelce e não é uma medida adotada pelas práticas contábeis brasileiras ou americanas 5 Os anos de 2004 a 2006 foram ajustados para fins de comparação, devido a grupamento de ações ocorrido em 2007 na proporção de 2 mil ações para uma ação 6 Número de 2007 diferente do publicado no ano anterior, uma vez que houve reclassificação, conforme detalhado no Balanço Patrimonial e nas Notas Explicativas 7 Em cumprimento às recomendações da Aneel, em 2005 foi registrada a alteração no processo de contabilização do ágio oriundo da incorporação da controladora 1 2004 641.572 555.155 Dívida financeira líquida/ patrimônio líquido EBITDA (R$ milhões) 533 Dívida financeira bruta (R$ mil) 6 Dívida financeira líquida (R$ mil) 6 2008 Ações8 Lucro líquido (R$ milhões) 339 298 2005 2006 2007 2008 8,24 14,20 22,90 21,50 22,48 Valor de mercado das ações PNB (R$/ação) 8 15,00 12,00 20,46 21,70 19,70 7,00 14,00 26,80 31,65 18,90 34.702 227.768 283.345 244.751 263.130 Valor de mercado das ações ON (R$/ação) 8 245 189 2004 Valor de mercado das ações PNA (R$/ação) 8 Distribuição de resultados (R$ mil) Valor de mercado companhia (R$ mil) 37 Nº de ações PNA (mil) 9 2004 2005 2006 2007 2008 Nº de ações PNB (mil) 9 Nº de ações ON (mil) 9 Nº total de ações (mil) 9 Dívida financeira líquida (R$ milhões) 829 555 470 424 553 2007 2008 Investimentos (R$ milhões) 473 343 397 1.573.500 28.131.352 3.337.522 3.337.522 3.329.337 1.664.010 1.656.010 96.135.875 96.135.875 96.135.875 48.067.937 48.067.937 155.710.600 155.710.600 155.710.600 77.855.299 77.855.299 2004 2005 2006 2007 2008 1.319 1.313 1.297 1.278 Nº de colaboradores parceiros 5.826 5.853 6.376 6.837 7.662 123 184 193 176 186 3 12 8 21 24 7.286 7.356 7.882 8.310 9.150 Produtividade 2004 2005 2006 2007 2008 Consumidores por empregado 1.745 1.848 1.937 2.073 2.224 Energia vendida por empregado (MWh) 4.682 5.089 5.238 5.649 5.991 Custos por cliente (R$) 10 95,68 105,47 107,45 108,13 110,72 Perdas de energia (%) 13,90 14,00 13,00 12,35 11,7 14,6 12,45 11,42 9,40 8,18 11,95 10,44 9,11 7,87 6,78 DEC (horas) 11 251 2.162.111 28.123.352 1.337 Nº total de colaboradores 2006 1.966.290 56.245.389 Nº de colaboradores próprios Nº de menores-aprendizes 2005 1.092.260 56.237.203 Corpo funcional Nº de estagiários 2004 593.204 56.237.203 FEC (quantidade) 12 173 2004 2005 2006 2007 2008 Indicadores ambientais (R$ mil) 2004 2005 2006 2007 2008 Investimentos em meio ambiente 4.688 7.954 17.029 21.022 27.419 Indicadores sociais (R$ mil) Energia vendida por empregado (MWh) 4.682 5.089 5.238 5.649 5.991 2004 2005 2006 2007 2008 Investimentos sociais internos 46.746 52.139 54.945 55.928 61.879 Total de contribuições para a sociedade 62.032 79.781 154.546 153.314 223.886 2004 2005 2006 2007 2008 70.477 78.359 75.582 109.386 117.580 Impostos, taxas e contribuições 13 613.735 777.786 858.930 799.097 871.964 Juros e aluguéis 130.291 120.436 112.505 108.761 86.480 34.702 179.668 283.345 244.751 263.096 8.901 16.958 46.545 69.985 75.427 Distribuição do Valor Adicionado (R$ mil) Pessoal e encargos 13 Juros sobre capital próprio e dividendos 2004 2005 2006 2007 Retenções na companhia (R$ mil) (Incentivos fiscais e reserva de lucros) 2008 Valores referentes à última cotação do exercício 9 Número de ações está representado em milhares de 2004 a 2006. A partir de 2007, com o grupamento na proporção de 200 ações para uma ação, está em unidades 10 Pessoal + material + serviços de terceiros + programa de eficiência energética + outras despesas operacionais 11 Duração Equivalente da Interrupção por Cliente 12 Frequência Equivalente da Interrupção por Cliente 13 Número diferente do publicado em 2007, uma vez que houve reclassificação, conforme detalhado no Balanço Patrimonial e nas Notas Explicativas 8 Contribuições para a sociedade (R$ milhões) 224 62 80 2004 2005 155 153 2006 2007 2008 perfil INSTITUCIONAL PERFIL INSTITUCIONAL Eleita pelo terceiro ano consecutivo como a melhor totalizando 95 no encerramento do ano, com capacidade distribuidora do Nordeste, a Companhia Energética instalada de 2.143 MVA. | GRI 2.8, EU3, EU1 | do Ceará (Coelce) se destaca pela qualidade de A empresa comemorou a conquistas de excelentes desempenho ao ofertar energia para todo o Estado. resultados econômico-financeiros em 2008. Obteve Sua área de concessão abrange os 184 municípios recorde de lucro líquido acumulado, de R$ 339 milhões, cearenses, que possuem uma população de mais de e patrimônio líquido de R$ 916 milhões. Na comparação 8 milhões de habitantes, em um território de 149 mil com 2007, registrou queda de 27,2% no seu valor de quilômetros quadrados. | GRI 2.1, 2.2, 2.5 | mercado, com capitalização de R$ 1,57 bilhão. | GRI 2.8 | Sua sede está localizada na capital, Fortaleza, com Além da receita oriunda da comercialização de energia oito unidades principais, entre centros de serviços e de elétrica, a Coelce investe em variados produtos, soluções manutenção, e 201 lojas de atendimento em todo o e serviços, que agregam rentabilidade ao negócio, Estado. É terceira maior distribuidora do Nordeste em tais como consertos de instalações elétricas, seguros, volume comercializado de energia, com fornecimento para títulos de capitalização, venda de equipamentos e kits mais de 2,8 milhões de clientes, dos quais 2,1 milhões são de energia, montagem e manutenção de subestações, da classe residencial, 5,9 mil da categoria industrial, 151,3 dentre outros. Mantém, inclusive, um programa mil comerciais e 35,7 mil institucionais. | GRI 2.7, EU2 | corporativo – o Inova Coelce – para fomentar as ideias O destino principal de seus investimentos, em 2008, criativas e inovadoras de novos produtos e serviços foi o Programa Nacional de Eletrificação Rural, Luz para comerciais (Mais informações no capítulo Inovação, com Todos, iniciativa do governo federal para levar energia início na página 92). elétrica para as comunidades rurais, contribuindo para o O fornecimento faturado de energia totalizou 7,6 mil desenvolvimento social e econômico dessas populações. GWh, 3,9% acima do registrado no ano anterior. A com- No encerramento de 2008, empregava mais de 8 mil panhia continuou também a sua trajetória de sucesso em pessoas, sendo 1.278 colaboradores próprios, 7.662 de aperfeiçoar os indicadores de qualidade do serviço, com empresas parceiras, 186 estagiários e 24 jovens-aprendizes. melhoria significativa na operação do sistema elétrico. A extensão das linhas de distribuição e transmissão de Sociedade anônima de capital aberto desde 1995, é energia era de 114.975 quilômetros, segmentada em alta- controlada pela Endesa, por meio da holding Investluz tensão (4.244 km), média-tensão (68.439 km) e baixa- S.A., que detém 56,6% do capital total e 91,66% do tensão (42.291 km). Uma nova subestação foi construída, capital votante. O restante do capital pertence a pessoas 5 6 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 físicas, investidores institucionais nacionais e estrangeiros, como fundos de pensão, clubes e fundos de investimentos e outras pessoas jurídicas. A companhia foi privatizada em 1998 e ganhou o direito de concessão pelo prazo de 30 anos, a partir daquela data. Em outubro de 2007, ocorreu uma reorganização societária da Endesa S.A, sediada na Espanha, que é controladora indireta da Coelce. Desde então as empresas Enel e Acciona assumiram o controle acionário da Endesa S.A. | GRI 2.6, 2.9 | Unidades | GRI 2.3 | • Fortaleza Administração Central – Abriga as diretorias de Recursos Humanos, Técnica (Planejamento e Engenharia de Alta e Média-Tensão, Operação Técnica, Centro de Controle de Serviços), Comercial (Central de Relacionamento e áreas de combate às perdas, serviços aos clientes, operações comerciais, atendimento a grandes clientes, cobrança e marketing, Jurídica, Institucional e Comunicação, além das áreas de Regulação e Mercado, Planejamento e Controle, e Financeira. Cerca de 740 colaboradores trabalham no prédio, construído com o mínimo impacto ambiental. Messejana – Centraliza as atividades de atendimento emergencial e de campo referentes à Fortaleza e à Região Metropolitana. • Iguatu – Concentra a operação técnica de atendimento emergencial, um centro de controle regional e outras atividades de campo, bem como comerciais de combate às perdas relativas à Região Centro-Sul do Ceará. • Sobral – Reúne a operação técnica de atendimento emergencial, um centro de controle regional e outras atividades de campo, bem como comerciais de combate às perdas e de cobrança relativas à Região Norte do Estado. • Juazeiro do Norte – Reúne a operação técnica de atendimento emergencial, um centro de controle regional e outras atividades de campo, além de comerciais de cobrança relativas à Região Sul. • Itapipoca – Abrange a operação técnica de atendimento emergencial e outras atividades de campo na Região Atlântico. • Canindé – Concentra a operação técnica de atendimento emergencial, um centro de controle regional e outras atividades de campo referentes à Região Centro-Norte. • Limoeiro do Norte – Abriga a operação técnica de atendimento emergencial, um centro de controle regional e outras atividades de campo na Região Leste. estado do ceará PERFIL INSTITUCIONAL 100% ORGANIZAÇÃO SOCIETÁRIA | GRi 2.6 | Enel Finanzas DOS S/A Acciona 5% 67% Outros 20% 8% Endesa 100% Endesa Internacional 27,7% 60,2% 21,5% Enersis 60,0% 13,7% 99,0% Endesa Chile IFC Edegel 2,7% 35,3% Chilectra 4,1% 8,8% Endesa Brasil 100% Endesa Fortaleza 99,6% Endesa Cachoeira 100% Endesa Cien 2,3% Coelce 31,4% 63,6% 56,6% Investluz S/A 36,4% 0,4% 46,9% 46,9% Ampla Investimentos e Serviços S/A Ampla Energia e Serviços S/A 0,4% 41,1% 0,4% 7,7% Free Float (Mercado) EDP 7 8 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 Endesa Brasil – Holding das cinco companhias de energia em operação no Brasil, sendo duas distribuidoras (Ampla e Coelce), duas geradoras (Endesa Cachoeira e Endesa Fortaleza) e uma conversora (Endesa Cien). Está hoje entre as cinco maiores empresas privadas do setor elétrico brasileiro. Em 2008, a Endesa Brasil passou por uma reestruturação de suas operações e definiu um novo organograma, criando áreas de apoio que passaram a atuar de forma centralizada como prestadoras de serviço para todas as empresas Endesa, fortalecendo os negócios de geração e distribuição da energia. (Mais informações em Governança Corporativa, na página 21). | GRI 2.9 | A Endesa Brasil, por sua vez, é controlada pela Endesa S.A., uma das dez maiores empresas de energia do mundo e a primeira nos mercados da Espanha e da América do Sul. Atende mais de 23 milhões de clientes em 15 países e atua nos mercados de eletricidade, gás, cogeração e energias renováveis, com instalações eólicas, pequenas centrais hidrelétricas, aproveitamento de resíduos e bio massa. No final de 2008, a composição acionária da Endesa S.A. estava dividida entre a Enel S.P.A., com 67%; a Acciona S.A.(5% diretamente e 20% indiretamente). Os 8% restantes pertenciam a outros acionistas. Em 20 de fevereiro de 2009, a Enel e a Acciona assinaram um acordo por meio do qual a Enel adquirirá a participação da Acciona na Endesa, passando a deter 92% do controle. A Enel é a maior companhia elétrica da Itália e a segunda maior de energia da Europa, com operações de distribuição de energia e gás. Atua também nas Américas do Norte e Latina. Presença da Endesa NO Brasil | GRI 2.5 | Geração Potência instalada: 346,6 MW Distribuição Nº de clientes: 2,8 milhões Energia faturada: 7.656 GWh CE DF GO Geração Potência instalada: 658,0 MW ES RJ Distribuição Nº de clientes: 2,5 milhões Energia faturada: 8.965 GWh Conversão e transmissão Potência instalada: 2.200 MW Extensão de linhas: 1.000 km RS PERFIL INSTITUCIONAL MARCOS HISTÓRICOS Desde os anos de 1960, a trajetória da Coelce busca a ampliação da oferta de energia no Estado do Ceará, para dar mais qualidade de vida à sociedade cearense. 1960 • Distriluz Energia Elétrica S.A., Coelce, Aneel e governo • Criação da Companhia de Eletricidade do Cariri (Celca) do Estado do Ceará assinam o contrato de concessão, e da Companhia de Eletrificação Centro-Norte do Ceará válido por 30 anos, por meio do qual a Coelce assume (Cenort). a distribuição de energia elétrica no Ceará. 2007 • Encerramento do plano estratégico intitulado Escalada Coelce (2004-2007). • Lançamento da plataforma de imagem A nossa ideia é conhecer você 1962 1999 • Surgem a Companhia Nordeste de Eletrificação de • É concluído o processo de reestruturação societária, Fortaleza (Conefor) e a Companhia de Eletrificação pelo qual incorpora sua controladora Distriluz Energia do Nordeste (Cerne). Elétrica S.A., passando, então, a ser controlada pela 2008 1971 Investluz S.A., que detém 91,66% do capital votante • Início do plano estratégico Ser Coelce, com duração • É criada a Coelce por meio da Lei Estadual nº. e 56,59% do capital total da companhia. A Investluz de quatro anos e foco em três pilares: gente, cliente 9.477, de 05/07/1971, com a unificação das quatro S.A é controlada pela Endesa Brasil, com participação e resultado. empresas distribuidoras de energia elétrica então existentes no Ceará. direta em 63,57% de seu capital total. 2000 - 2006 • Enel e Acciona assumem o controle acionário da Endesa S.A. • Reposicionamento de imagem, com o conceito Coelce – Cada vez mais próxima de você. • Período de investimento significativo no reposiciona- • Inauguração do novo conceito das Lojas de Atendimento, • A Coelce torna-se uma empresa de capital aberto, mento de imagem e planejamento estratégico, visando no qual as atendentes ficam lado a lado com os clientes. passando a negociar suas ações nas principais bolsas à contínua expansão e melhoria dos serviços, com foco • Ecoelce foi um dos dez ganhadores do prêmio World de valores brasileiras. no relacionamento com o cliente e no lançamento de Business and Development Awards, que reconhece 1998 produtos e serviços, em resposta ao crescimento do a contribuição do setor privado para atingir os • Em leilão público, realizado na Bolsa de Valores do mercado e suas necessidades. Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) das 1995 Rio de Janeiro (BVRJ), a companhia é privatizada. O • Participação das ações preferenciais classe A no Consórcio Distriluz Energia Elétrica S.A. – formado Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bolsa • Lucro recorde da história da companhia: R$ 339 milhões. por Endesa España S.A., Enersis S.A., Chilectra S.A. e de Valores de São Paulo (2006). • Eleita pelo terceiro ano consecutivo como Melhor Nações Unidas. Companhia de Eletricidade do Rio de Janeiro (Cerj), Distribuidora do Nordeste (Abradee) e entre as 150 atual Ampla – converte-se no operador da empresa. Melhores para Trabalhar (Guia Exame–Você S.A.). 9 MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO Mario Santos Abel Alves Rochinha | GRI 1.1 | A qualidade dos serviços prestados pela Coelce e ral para a universalização da energia elétrica na zona a excelência crescente no atendimento aos clientes rural. Nesse programa, aplicamos R$ 180 milhões em proporcionaram conquistas surpreendentes em 2008. recursos próprios, como contribuição da Coelce para Obtivemos o maior lucro da história da companhia, de aumentar o desenvolvimento econômico do Ceará e a R$ 339 milhões, seguindo fortemente a estratégia de qualidade de vida da sociedade. manter boa eficiência operacional com custos baixos, Para a Coelce, não basta democratizar o acesso à controle disciplinado da inadimplência e redução energia elétrica. É preciso prestar um serviço com me- de perdas de energia. Pelo terceiro ano consecutivo, lhoria contínua na qualidade. Prova disso é a evolução também fomos eleitos como Melhor Distribuidora de de desempenho nos indicadores de qualidade técnica. Energia Elétrica do Nordeste, pela Associação Brasileira Registramos queda de 12,9% no índice de duração das de Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee). Há muito interrupções do fornecimento (DEC), que ficou em 8,18 trabalho duro e dedicação dos colaboradores por trás de horas, nos destacando mais uma vez como a empresa todos esses avanços, que nos conduzem a sonhar cada com o melhor resultado do Nordeste. O índice de fre- vez mais alto, mas mantendo os pés no chão. quência (FEC) também evoluiu, ficando em 6,78, núme- Devido ao cenário de instabilidade econômica mun- ro consideravelmente inferior ao FEC médio do País, de dial, agravado a partir do segundo semestre de 2008 por 11,72 – segundo dados de 2007 divulgados pela Agên- conta da crise de confiança nas instituições bancárias cia Nacional de Energia Elétrica (Aneel). norte-americanas, a Coelce adotou uma série de medidas No encerramento de 2008, a Coelce contava com a fim de mitigar o impacto sobre seus negócios. A princi- 2,8 milhões de unidades consumidoras, tendo incor- pal delas foi se empenhar para tornar a operação ainda porado 96 mil novos clientes no ano, além de alcan- mais enxuta e eficiente, de forma a reduzir os custos es- çar 114 mil quilômetros de linhas de distribuição e truturais. Isso não significa corte dos empregos e sim um inaugurar uma subestação. As perdas (técnicas e co- esforço interno de rever todos os processos com base em merciais) foram reduzidas para 11,7%, e o aumento uma metodologia de otimização de custos. da oferta de novos produtos e serviços gerou R$ 97 Os investimentos para 2009 continuarão no mesmo milhões a mais na receita, fortalecendo nossa imagem patamar aplicado nos últimos anos, sem readequação como empresa que oferece soluções que vão além da de cronograma. Em 2008, totalizaram R$ 473 milhões, distribuição de energia. com ênfase para os R$ 224 milhões investidos no Após a reestruturação interna da Endesa Brasil, da Programa Luz para Todos, iniciativa do governo fede- qual fazemos parte, modificamos os valores corporativos, PERFIL INSTITUCIONAL a fim de deixá-los em sintonia com os objetivos comuns, valioso que a vida humana e voltaremos a reforçar ao de atuação, que é a melhoria da educação no Estado ganhando em sinergia. Nossa visão também foi refor- máximo a necessidade da segurança plena dos colabo- do Ceará –, destacamos a realização do Natal Educar mulada, com uma mensagem mais direta e inspiradora: radores. Infelizmente, os acidentes demonstraram que com Arte. Os estudantes do ensino público foram con- Coelce: Gente e energia para um mundo melhor! Dessa ainda existe falta de conscientização sobre a gravidade vidados a participar de um concurso de desenho com forma, reforçamos a busca por maior proximidade no dos riscos inerentes a certas funções, como o trabalho uma mensagem natalina, cujo prêmio para os três pri- relacionamento com os nossos públicos estratégicos, ba- dos eletricistas. Para voltarmos a celebrar a marca zero meiros lugares foram bolsas de estudo de R$ 70 mil. O seada em mais confiança, transparência e simplicidade. de acidentes graves, conquistada e mantida nos anos concurso recebeu mais de 17 mil desenhos de 3,7 mil Todas as nossas atividades também são planejadas anteriores, adotamos um rigoroso programa de inspe- escolas inscritas, com imensa aprovação da sociedade, conforme os Sete Compromissos com o Desenvolvimen- ção nas empresas parceiras, batizado de Projeto Anjo e pretendemos repeti-lo em 2009. to Sustentável, assumidos desde 2005 por todos da En- da Guarda, detalhado na página 70 deste relatório. Todas essas iniciativas estão alicerçadas no planejamento desa Brasil. Por conta dessas iniciativas, mantivemos as Nossas ações de responsabilidade social corporativa e estratégico Ser Coelce, que norteia nosso caminho em ações preferenciais no seleto grupo de integrantes do proteção ambiental continuaram fortes. O ano de 2008 foi prol da sustentabilidade nas esferas econômica, social e Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bolsa de reconhecimento máximo para o Ecoelce, o programa ambiental. Continuaremos trabalhando para ampliar o de Valores de São Paulo. que troca resíduos recicláveis por bônus na conta de escopo de certificações de qualidade (ISO 9001), de meio energia, com mais de 100 mil pessoas cadastradas. ambiente (ISO 14001) e de saúde e segurança do trabalho mos investindo no desenvolvimento das competências A iniciativa inovadora foi uma das dez vencedoras do (OHSAS 18001). profissionais do nosso time, dando ênfase nas capacita- World Business and Development Awards, promovido Gostaríamos de agradecer o empenho de todos os ções envolvendo as lideranças da companhia, que têm a pela Organização das Nações Unidas (ONU) para profissionais que se esforçaram ao máximo para alcan- responsabilidade de incentivar e disseminar as mudan- reconhecer as empresas que mais contribuíram para a çarmos a importante missão de distribuir, diariamente, ças que queremos para os próximos anos. Com muito obtenção dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. energia com qualidade e com proximidade no atendi- orgulho recebemos a notícia de estarmos, pelo terceiro Em parceira com a Câmara dos Dirigentes Lojistas mento aos clientes. É dessa forma que queremos conti- ano seguido, na lista das 150 Melhores Empresas para se (CDL), também batemos o recorde nacional de plantio nuar crescendo junto com o Ceará e gerando valor para Trabalhar, na pesquisa do Guia Exame/Você S.A. de mudas de árvores em uma hora. Com a participa- os acionistas, por meio da satisfação dos colaboradores Nosso principal desafio em 2009 envolve a segurança ção de cerca de 300 voluntários, entre colaboradores, e do respeito ao meio ambiente. Muito obrigado! no trabalho. Em 2008, registramos a lamentável marca parceiros e familiares, foram plantadas 65 mil mudas de quatro acidentes fatais entre colaboradores terceiri- em apenas 23 minutos e 30 segundos. Esse é apenas Mario Santos Abel Alves Rochinha zados. Acompanhamos de perto cada uma das ocorrên- um exemplo da força da nossa energia para melhorar a Presidente do Conselho Diretor-presidente cias e nos empenharemos para que tudo isso jamais seja qualidade de vida dos cearenses, em todos os sentidos. de Administração esquecido. Acreditamos que não existe patrimônio mais No âmbito social – alinhado ao nosso principal foco Visando ao bem-estar do público interno, continua- 11 APRESENTAÇÃO DO RELATÓRIO A estrutura do Relatório Anual de Sustentabilidade Coelce mações coletadas para responder aos indicadores GRI, divididas em sete temas para a avaliação. Os testes 2008 tem como base os Sete Compromissos para um registrando novos padrões de cálculo dos dados, com foco foram aplicados em contato pessoal e por e-mail, de Desenvolvimento Sustentável disseminados pela Endesa, na melhoria contínua da apuração. Com isso, algumas in- janeiro a fevereiro de 2009. A consulta abrangeu 49 como reforço à estratégia de combinar avanços nos âmbitos formações publicadas em 2007 sofreram revisões, devida- representantes de público interno (colaboradores pró- econômico, social e ambiental. Publicado anualmente, mente explicadas ao longo deste Relatório. O documento prios e parceiros e diretoria) e 34 de públicos externos desde 2005, o Relatório segue as diretrizes propostas pela reúne dados e atividades da Coelce, em toda a sua área (acionistas, clientes, fornecedores, ONGs, imprensa e Global Reporting Initiative (GRI), organização internacional de concessão, no período entre 1º de janeiro e 31 de de- órgãos governamentais). que desenvolveu um conjunto de princípios e indicadores zembro de 2008. De ciclo anual, o relatório anterior foi pu- A alta direção da empresa consolidou o resultado final para comunicar o desempenho das empresas e servir como blicado em maio de 2008. | GRI 3.10, 3.1, 3.2, 3.3, 3.6, 3.8 | da materialidade considerando os Sete Compromissos Sempre que possível, os números são acompanhados para um Desenvolvimento Sustentável da Endesa – A companhia adotou, em 2007, a versão G3 dos indi- de uma base histórica, permitindo visualizar a evolução Conduta, Acionistas, Sociedade, Clientes, Pessoas, Meio cadores GRI e este ano incluiu os indicadores do suple- de indicadores considerados relevantes para a tomada de Ambiente e Inovação e Criatividade; as orientações da GRI mento setorial de energia (sigla EU). O relatório também decisão dos públicos estratégicos. Os responsáveis pelas e os princípios do Pacto Global. apresenta as práticas em relação aos princípios do Pacto áreas também incluem uma análise sobre o crescimento Stakeholders internos e externos tiveram o mesmo peso Global e traz o balanço proposto pelo Instituto Brasilei- ou a queda de cada indicador, além de citar as metas es- na consolidação, exceção feita à Diretoria, que recebeu o ro de Análise Sociais e Econômicas (Ibase). Segue, ainda, tabelecidas para 2009, como reforço ao compromisso de dobro do peso na avaliação inicial. A matriz da materiali- recomendações de conteúdo da Associação Brasileira das transparência, inclusive em relação aos próximos passos a dade aponta a relevância final dos temas para a inclusão Companhias Abertas (Abrasca). | GRI serem tomados. | GRI 3.9 | do Relatório. Por essa análise, os assuntos de menor rele- ferramenta de gestão da sustentabilidade. 3.7, 3.11 | As demonstrações financeiras e o Balanço Social (Ibase) foram auditados pela AGN Canarim Auditores Associados, vância na consolidação do documento foram: participação Aplicação da materialidade | GRI 3.5 | em políticas públicas e lobbies; relações com a concorrência; contribuições a partidos políticos; planos de aposenta- enquanto os demais indicadores são passíveis de auditorias internas periódicas, por intermédio do Sistema de Au- Na definição do conteúdo do documento, a empresa ditoria Corporativa (SAC). Os dados referentes à qualidade aplicou teste de materialidade, seguindo as orientações Comentários ou pedidos de esclarecimentos sobre técnica do sistema elétrico, assim como os programas da GRI. Realizado em duas etapas, o processo contou este Relatório podem ser encaminhados para a área de subsidiados pelo governo, são monitorados pela Agência com apoio de consultoria externa. A primeira fase in- Responsabilidade Social Corporativa e Meio Ambiente, Nacional de Energia Elétrica (Aneel). | GRI 3.13 | cluiu a consulta a públicos internos e externos, que pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone deram sua opinião sobre a relevância de 54 questões, (85) 3453-4821. | GRI 3.4 | A Coelce aumentou o grau de transparência das infor- doria e direitos indígenas. PERFIL INSTITUCIONAL Matriz de Materialidade Temas/relevância Indicadores GRI alto Muito importante Nível de importância para o público externo Importante 37 8 42 41 40 12 26 Muito Importante 11 5 47 49 4846 39 13 36 45 2 29 15 3 25 34 10 38 6 43 20 18 24 21 50 3 23 51 52 28 19 22 9 44 33 4 22 54 17 31 16 7 15 14 27 30 35 Pouco Importante Medianamente Importante baixo alto Nível de relevância para a empresa Temas/relevância Indicadores GRI Muito importante 38. Gestão dos impactos das operações da empresa na sociedade SO1 20. Cuidados ambientais na oferta de produtos e serviços EN26, EN29 10. Pesquisa e desenvolvimento EU7, EN6 2. Governança corporativa 4.1 a 4.7, 4.9, 4.10 23. Geração de emprego LA1, LA2 28. Treinamento e educação LA 10, LA 11 52. Conformidade (produtos e serviços) PR6, PR9, EU24 3. Compromissos com iniciativas externas 4.12 50. Saúde e segurança do cliente PR1, PR2 22. Investimentos e gastos com proteção ambiental EN30 32. Não discriminação HR4 33. Trabalho infantil HR6 19. Gerenciamento de emissões, efluentes e resíduos EN16 a EN25 51. Privacidade do cliente PR8 34. Trabalho forçado ou escravo HR7 18. Atenção à biodiversidade EN11 a EN15, EU14 9. Gerenciamento da demanda de energia EU5, EU6, EU7, EU9, EU22, EU29 37. Engajamento de stakeholders 4.14 a 4.17, EU18 44. Ações de voluntariado SO1 16. Consumo de energia EN3, EN4, EN5 46. Fornecimento de informações para o uso seguro da energia EU23 31. Critérios na seleção de fornecedores e em investimentos HR1, HR2, HR5, HR6, HR7 48. Canais de atendimento ao cliente PR1, PR5 17. Consumo de água EN8, EN9, EN10 47. Comunicação com o cliente PR6, PR7, EU23 54. Indicadores de interrupção do fornecimento por inadimplência EU26 25. Saúde e segurança no trabalho LA6, LA7 Importante 5. Resultados operacionais EU13 37. Engajamento da sociedade nas decisões da empresa 4.17, EU18 49. Práticas e pesquisas relacionadas à satisfação de clientes PR5 8. Incentivos fiscais e outros subsídios governamentais EC4 13. Eficiência do sistema de distribuição de energia EN6, EU7, EU11, EU13, EU20, EU27, EU28 Medianamente importante 27. Igualdade de oportunidades LA13, LA14, EC5 45. Programa de universalização da energia (acesso amplo) EU22 7. Novos negócios (seguros e outras facilidades para clientes) PR5 53. Indicadores de qualidade da energia fornecida EU27, EU28 15. Consumo de materiais EN1, EN2 36. Investimentos na comunidade (projetos sociais e culturais) EC8 12. Presença no mercado 2.5, 2.7, EC9, EU29 11. Disponibilidade e segurança na oferta de energia PR1, PR2, EU5, EU24, EU25 14. Mercado de capitais (composição acionária e direitos das ações) 2.8 1. Impactos, riscos e oportunidades 1.2, 4.17, SO1, EC1, EU7 26. Remuneração e benefícios 43. Conformidade com leis e regulamentos SO8 Pouco importante 6. Resultados econômico-financeiros 2.8, EC1 40. Participação em políticas públicas e lobbies SO5, SO6 21. Conformidade com leis e regulamentos ambientais EN28 42. Relações com a concorrência SO7 39. Práticas anticorrupção SO2, SO3, SO4 41. Contribuições a partidos políticos SO6 24. Relações dos empregados com a empresa LA4, LA5 30. Planos de aposentadoria EC3 29. Trabalhadores terceirizados LA1, EU16 35. Direitos indígenas HR9 LA3 13 COMPROMISSOS COM A SUSTENTABILIDADE CONDUTA MEIO AMBIENTE ACIONISTAS CLIENTES INOVAÇÃO PESSOAS SOCIEDADE compromissos COM A sustentabilidade Sustentabilidade para a Coelce é crescimento responsável, ou seja, a incorporação de critérios sociais e ambientais em sua estratégia e modelos de gestão, possibilitando o alcance dos objetivos do negócio e maximizando a criação de valor em uma perspectiva de longo prazo, respeitando as comunidades em que opera. As conquistas no desempenho operacional e financeiro, respeitando igualmente os aspectos socioambientais, são resultantes da adoção dos Sete Compromissos para um Desenvolvimento Sustentável, disseminados pela Endesa, que aconteceu oficialmente em 2005. O conjunto de diretrizes, resumido no esquema gráfico ao lado, serve como alicerce às atividades desenvolvidas no plano estratégico, além de definir a Visão, a Missão e os Valores Corporativos. As empresas parceiras também devem atuar em plena sintonia com os Sete Compromissos. Os compromissos com a sustentabilidade são disseminados continuamente entre o público interno e divulgados externamente. Em 2008, colaboradores da linha de frente (atendentes, teleatendentes, leituristas e eletricistas) participaram dos encontros Coelce e Sustentabilidade. Ao todo, 705 colaboradores integraram uma discussão sobre sustentabilidade, como oportunidade para conhecer e entender melhor o posicionamento da Coelce acerca do tema, bem como suas práticas de responsabilidade social e ambiental. Sete Compromissos para um Desenvolvimento Sustentável 15 16 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 Incorporação e apoio a iniciativas externas | gri 4.12 | fine procedimentos a serem adotados pelas empresas Os clientes institucionais são representados principal- em seu relacionamento com o poder público, tratando mente por órgãos públicos, como prefeituras e governo de temas como sonegação fiscal, corrupção de agentes estadual e, por esse motivo, a Coelce exige de seus em- públicos, crime organizado e lavagem de dinheiro. A pregados uma relação profissional transparente, evitan- iniciativa é organizada pelo Instituto Ethos, juntamente do, principalmente, qualquer risco que possa denegrir a Signatária do Pacto Global desde março de 2005, a com o Programa das Nações Unidas para o Desenvol- imagem da companhia. | GRI SO2 | Coelce vem incrementando suas ações corporativas vimento (PNUD), o Escritório das Nações Unidas contra para contribuir com a disseminação e o alcance dos Drogas e Crime (UNODC) e o Comitê Brasileiro do Pacto dez princípios estabelecidos nas áreas de Direitos Global, dentre outras entidades. PACTO GLOBAL Participação em associações Humanos, Direitos do Trabalho, Proteção Ambiental e Na relação com autoridades do governo, o Código Desde 2007, a Coelce é associada ao Instituto Ethos Anticorrupção. Promovida pelas Nações Unidas, essa de Ética Empresarial da Coelce também determina o de Empresas e Responsabilidade Social, com a inten- iniciativa quer engajar o setor empresarial na adoção de não favorecimento direto ou indireto a agentes do ção de contribuir, juntamente com as demais empresas práticas de responsabilidade corporativa, contribuindo governo. Apesar de não ter realizado nenhum treina- brasileiras filiadas, na elaboração e no engajamento em para uma economia global mais sustentável e inclusiva mento formal sobre as suas políticas e procedimentos ações que promovam o desenvolvimento sustentável. socialmente. anticorrupção, a companhia aproveitou a proximidade Também é uma das filiadas da Associação Brasileira das eleições municipais, em outubro de 2008, para pro- de Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee), com mover um debate com os colaboradores situados em representantes em grupos de trabalho que discutem te- Fortaleza. Foram discutidos temas como a importância mas como responsabilidade socioambiental, qualidade Em janeiro de 2008, a Coelce aderiu ao Pacto Nacional do voto consciente, a política praticada de forma ética, da gestão, avaliação pelo cliente, gestão operacional, pela Erradicação do Trabalho Escravo, uma iniciativa e questões envolvendo cidadania, como a responsabili- dentre outros. Em 2008, também realizou os preparati- do Instituto Ethos em conjunto com a Organização In- dade pelo bem-estar social. | GRI SO3 | vos para receber o selo de Empresa Amiga da Criança, TRABALHO ESCRAVO ternacional do Trabalho (OIT) e a ONG Repórter Brasil. Em 2008, a discussão sobre o combate à corrupção O pacto busca a articulação de ações para erradicar o e outros aspectos que contrariam o Código de Ética trabalho escravo. também foi levada às empresas parceiras. No encontro Ética nas Relações de Trabalho, a companhia estimulou INTEGRIDADE concedido pela Fundação Abrinq, em fevereiro de 2009. | GRI 4.13 | Politicas públicas a reflexão dos participantes sobre atitudes pessoais nas relações de trabalho e buscou alinhar os comportamen- Para a execução do Programa Luz para Todos, dentre Desde 2007, a companhia é signatária do Pacto Empre- tos individuais ao seu Código de Ética. Participaram 49 outras iniciativas decorrentes de políticas públicas, sarial pela Integridade e Contra a Corrupção, que de- gestores de empresas parceiras. a Coelce participa da discussão e elaboração e do compromissos COM A sustentabilidade planejamento das propostas. Em 2008, compareceu intenso treinamento dos colaboradores e adequação • Departamento de Distribuição Centro-Norte Canindé a encontros e seminários para o debate de temas de das instalações, até o fechamento de 2008, estavam • Departamento de Distribuição Sul infraestrutura para o Estado do Ceará com a participação certificadas as seguintes atividades: • Relacionamento Comercial Agência Juazeiro do Norte de representantes do Comitê Gestor Estadual do • Construção e manutenção de redes de distribuição Programa Luz para Todos, da Secretaria de Infraestrutura (13,8KV e 380/220V): processos dos sites de Messe- ISO 9001 jana, Sobral, Canindé, Iguatu; O sistema de gestão é certificado pela norma ISO do Ceará (Seinfra), da Secretaria de Desenvolvimento Rural do Ceará, da Agência de Desenvolvimento do Ceará • Manutenção de linhas de transmissão (69KV) e su- 9001:2000, que abrange as seguintes atividades: bestações: processos dos sites de Messejana, Sobral, • Operação Técnica A companhia também esteve presente em reuniões Canindé, Iguatu e subestações (Várzea Alegre, Solo- • Normas e Procedimentos mensais com a Ouvidoria da agência reguladora, para nópole, Sobral, Coreaú, Viçosa, Tauape, Dias Macedo, • Planejamento de Alta e Média-Tensão tratar de assuntos como frequência e natureza das re- Varjota, Guaramiranga, Inhuporanga); e • Centros de Controle Regionais (Adece) e da Centrais Elétricas Brasileiras – Eletrobrás. clamações, tempo de resolução das reclamações, pro- • Comercialização de energia elétrica: processos dos sites gramas e projetos adotados para o aprimoramento da de Sobral, Canindé, Iguatu e Administração Central. de Alta e Média-Tensão e Subestações • Projetos e Obras de Baixa e Média-Tensão de Fortale- qualidade do atendimento e prestação de serviços aos consumidores. | GRI SO5 | • Planejamento e Controle da Manutenção de Linhas ISO 14001 za e Região Metropolitana Em 2008, a Coelce manteve a certificação de seu siste- • Análise e Resposta a Clientes ma de gestão ambiental, conquistada em 2006, e am- • Central de Relacionamento pliou o escopo, atendendo à norma ISO 14001:2004, • Faturamento OHSAS 18001 emitida pelo Bureau Veritas Certification. O escopo da • Lojas de Atendimento a Clientes do Grupo A A Coelce estabeleceu, mantém e melhora continuamen- certificação compreende construção, operação, manu- (Grandes Clientes) te a eficácia do seu Sistema de Gestão de Segurança e tenção do sistema de transmissão e distribuição de • Lojas de Atendimento a Clientes de Baixa-tensão Saúde Ocupacional a partir de rigoroso controle de suas energia elétrica e suas atividades de apoio, focadas nas • Ligação Nova do Grupo B (clientes de Baixa-tensão) atividades administrativas e operacionais, para promo- seguintes unidades de negócio: ver e preservar condições seguras na realização de seus • Administração Central, Gerência de Distribuição Fortaleza Normas e padrões de qualidade processos para todas as partes envolvidas com o seu desenvolvimento. Os procedimentos seguem os requisitos estabeleci- e Metropolitana • Departamento de Distribuição Norte e Relacionamento Comercial da Loja de Atendimento de Sobral dos na norma OHSAS 18001 (Occupational Health and • Departamento de Distribuição Centro-Norte Safety Assessment Series),conquistada em 2006. Após • Departamento de Distribuição Centro-Sul Iguatu 17 18 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 Práticas de disseminação e cumprimento Princípios do Pacto Global Direitos Humanos Práticas adotadas pela Coelce • Código de Ética Empresarial e de Conduta dos Empregados • Inclusão de cláusulas referentes a direitos humanos nos contratos de fornecedores de materiais e serviços • Investimento de R$ 636 mil em projetos sociais • Investimento de R$ 10 milhões em projetos culturais • Investimento de R$ 618 mil no Fundo para Infância e Adolescência • Missão, Visão e Valores • Código de Ética Empresarial e de Conduta dos Empregados • Missão, Visão e Valores Direitos do Trabalho • Código de Ética Empresarial e de Conduta dos Empregados • Acordo coletivo de trabalho • Bom relacionamento com sindicatos • Código de Ética Empresarial e de Conduta dos Empregados • Inclusão de cláusulas sociais nos contratos de fornecedores de materiais e de serviços • Monitoramento de fornecedores • Índice de Parceria (Inpar) para acompanhamento da gestão de empresas parceiras • Adesão ao Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo • Inclusão de cláusulas sociais nos contratos de fornecedores e serviços • Código de Ética Empresarial e de Conduta dos Empregados • Investimento de R$ 618 mil no Fundo para a Infância e a Adolescência • Parceria com a Fundação Abrinq • Monitoramento de fornecedores • Códigos de Ética Empresarial e de Conduta dos Empregados • Modelo de Gestão por Competências • Canais confidenciais de denúncia de irregularidades • Comissão de Ética compromissos COM A sustentabilidade Princípios do Pacto Global Proteção Ambiental Práticas adotadas pela Coelce • Sistema de Gestão Ambiental, que controla e monitora as atividades da companhia • Certificações ISO 14.001 • Investimentos de R$ 27 milhões em ações de meio ambiente • Comitê de Sustentabilidade Ambiental • Política Ambiental • Campanhas para o uso racional de recursos naturais • Comitê de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável • Comitê Técnico Ambiental • Origem certificada da madeira utilizada nas cruzetas • Adubo orgânico • Programa Troca Eficiente • Programa de reciclagem Ecoelce • Óleo ecológico • Programa para melhorias de processos Deu Certo • Projetos de P&D com foco em meio ambiente Contra a Corrupção • Códigos de Ética Empresarial e de Conduta dos Empregados • Canal Ético • Comissão de Ética • Auditoria externa para validação dos dados econômico-financeiros • Auditoria interna • Adesão ao Pacto Empresarial pela Integridade e Contra a Corrupção 19 conduta: Governança corporativa e ética conduta Pelo terceiro ano consecutivo, a Coelce integra o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da O Conselho de Administração e os membros da BM&FBovespa, composto pelas ações de um grupo de Diretoria Executiva apoiam e gerenciam de forma ativa empresas que demonstram alto grau de comprometi- a adoção de diretrizes e indicadores que promovam mento com o desenvolvimento sustentável dos negó- os Sete Compromissos com o Desenvolvimento cios e do País. Para a empresa, é um reconhecimento Sustentável da Endesa, como os da Global Reporting público de seus esforços em promover uma gestão Initiative (GRI), o questionário do Instituto Ethos de baseada na transparência e confiança nas relações. Empresas e Responsabilidade Social e o Balanço Social São adotadas várias práticas de governança corporativa, Desafio Garantir relações confiáveis com as partes interessadas, alinhada aos princípios de governança corporativa trolador, e cumprimento rigoroso de normas de controle. proposto pelo Ibase. a exemplo de tratamento igualitário a todos os acionistas, Por meio de todos esses indicadores, a empresa publicação periódica de relatórios sobre as suas atividades consegue mensurar e supervisionar a evolução do e aperfeiçoamento de canais de comunicação com os desempenho nos aspectos socioambientais, além do seus públicos de relacionamento. Elas incluem uma financeiro, que é validado por auditores independentes. ampla adequação dos processos internos para atender É dever de todos os colaboradores atuar de forma ética às exigências da lei Sarbanes-Oxley – que busca coibir e contribuir para o aprimoramento das ações norteadas fraudes e corrupção nos relatos financeiros. pelos indicadores de sustentabilidade. | GRI 4.9 | Ao disseminar o seu Código de Ética Empresarial en- Em 2008, foi adotado um novo organograma das dire- tre colaboradores e empresas parceiras, a companhia torias das empresas que compõem a Endesa Brasil. Pelo enfatiza a importância do comportamento ético em novo modelo, as áreas de apoio passam a atuar de forma todas as etapas da distribuição de energia elétrica. O centralizada como prestadoras de serviço para todas as funcionamento da estrutura organizacional também é empresas controladas pela holding, fortalecendo os negó- fortalecido pela adoção de colegiados não obrigatórios, cios de geração e distribuição da Endesa Brasil, como parte participação expressiva de conselheiros independentes da estratégia de tornar as operações mais eficientes e com (27% dos membros), sem vínculo com o acionista con- mais sinergia para crescer fortemente no País. 21 22 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 ESTRUTURA DE GOVERNANÇA | GRI 4.1 | ESTRUTURA ORGANIZACIONAL assembléia de acionistas Assembleia de Acionistas conselho fiscal Tem a missão de deliberar e verificar a legitimidade e conselho de administração legalidade das ações realizadas pelos demais órgãos da auditoria interna Administração. Responsável por eleger os Conselhos de diretoria Jurídica Administração e Fiscal, reuniu-se duas vezes em 2008, sendo uma em sessão ordinária e outra extraordinária. diretoria de regulação Conselho de Administração Responsável pela orientação geral dos negócios e pelo acompanhamento da execução dos programas adotados. Em 2008, o Conselho de Administração era constituído por dez membros titulares e igual número de suplentes, sendo um presidente e um vice-presidente. Os atuais integrantes foram escolhidos em abril de Presidência diretoria comercial diretoria de recursos humanos ouvidoria Diretoria de Finanças e Relações com Investidores Diretoria de Rel. Inst., Gov., Meio Ambiente e Resp. Social Corp. Diretoria de Planejamento e Controle diretoria técnica área de Perdas área de operação técnica área de operações comerciais área de distribuição fortaleza e Metropolitana área de grandes clientes área de distribuição norte área de cobrança área de distribuição sul área de serviços ao cliente área de Planejamento e engenharia da at e Mt 2007 para um mandato de três anos, sendo permitida a reeleição. Um dos membros foi indicado pelos acionistas empregados e outro pelos acionistas preferenciais. O presidente não exerce função executiva. Três conselheiros são independentes. Eles representam públicos estraregulamentos contratuais, assim como o Código de Ética, tégicos da Coelce, tais como consumidores, empregados Não é adotado processo formal de qualificação dos e acionistas minoritários, e recebem remuneração fixa conselheiros, embora todos os membros contem com anos por reunião, definida pela Assembleia. | GRI 4.2, 4.3 | de experiência profissional e formação educacional, estan- A companhia não possui mecanismos ou política for- Os membros titulares do Conselho não têm participa- do aptos a definir as estratégias para o negócio. Até o final mal para contratação de mulheres, negros ou pessoas ção nos lucros da companhia ou remuneração vinculada de 2008, não era mantido processo estruturado para au- com deficiências para o Conselho de Administração ou ao desempenho dos negócios. Os colaboradores rece- toavaliação do desempenho do Conselho. | GRI 4.7, 4.10 | cargos de Diretoria. Todos os conselheiros são homens, bem remuneração extra, caso consigam cumprir metas relacionadas aos objetivos estratégicos. | GRI 4.5 | Para evitar conflitos de interesses, o Conselho de Administração é responsável por assegurar que normas legais e sejam rigorosamente respeitados. | GRI 4.6 | de cor branca, sendo 40% deles com idade entre 30 e 50 anos e 60% com mais de 50 anos. | GRI LA13 | conduta Ao final de 2008, um conselheiro titular era executivo da Diretoria-Executiva comportamento ético | GRI 4.8 | Coelce (José Alves de Mello Franco, diretor de Regulação), Responsável pela administração das operações da com- além de alguns integrarem a Diretoria da Endesa Brasil. panhia, segundo as diretrizes apontadas pelo Conselho Código de Ética Empresarial Dentre os membros suplentes, eram diretores da compa- de Administração. É formada pelo presidente e por oito O documento, disseminado para todos os colaboradores nhia: José Távora Batista (Técnico); Luiz Carlos Laurens vice-presidentes, com mandato de três anos, sendo permi- próprios e parceiros, reúne as principais diretrizes para Ortins Bettencourt (Finanças e Relações com Investidores); tida a reeleição. Os nove integrantes são brancos, sendo o relacionamento com acionistas, empresas parceiras, José Nunes de Almeida Neto (Relações Institucionais, Go- sete homens e duas mulheres, com idades de 30 a 50 clientes, governo e sociedade. Disponível na intranet e vernamentais, Meio Ambiente e Responsabilidade Social anos (cinco) e mais de 50 anos (quatro). no site da companhia, o Código considera inaceitáveis as seguintes práticas: Corporativa); e José Renato Ferreira Barreto (Organização e Recursos Humanos). Comitês de apoio à Administração • Qualquer tipo de discriminação, seja ela política, eco- Os acionistas e colaboradores podem se comunicar Após a definição das diretrizes pelo Conselho de Admi- com o Conselho de Administração por meio de corres- nistração, 11 comitês auxiliam na execução e fiscalização pondências enviadas para a sede da Coelce, em Fortale- do plano estratégico: za, ou pelo canal Fale com RI ([email protected]). • Comitê de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável vantagens de qualquer natureza, que resultem de Os temas são posteriormente discutidos nas reuniões do • Comitê Técnico Ambiental relacionamento com a empresa e possam influenciar Conselho e na Assembleia Geral Ordinária. | GRI 4.4 | • Comitê Econômico decisões de interesse próprios ou de terceiros; nômica, social, de raça, nacionalidade, gênero, idade, religião ou orientação sexual; • Receber pagamentos, aceitar ou oferecer favores ou • Comitê de Investimentos • Favorecimento a agentes do governo; Conselho Fiscal • Comitê de Gestão da Marca • Uso ou divulgação de imagens que coloquem qualquer É responsável por fiscalizar os atos dos administradores, • Comitê de Gestão dos Riscos Financeiros indivíduo em situação constrangedora, preconceituo- inclusive as demonstrações financeiras, dando parecer aos • Comitê Central de Segurança sa, desrespeitosa ou de risco; acionistas. Órgão independente da administração e da • Comitê de Segurança da Informação auditoria externa é formado por três membros, com igual • Comitê de Gestão de Crises logo ao escravo em sua cadeia produtiva. Apesar de número de suplentes, sendo um representante de acionis- • Comitê de Novos Negócios não identificar atividades sujeitas a esse risco, os con- tas preferenciais que não pertence ao grupo de controle. • Comitê de Inovação tratos com fornecedores incluem proibição do trabalho • Uso de mão de obra infantil, trabalho forçado ou aná- O mandato do Conselho Fiscal é de um ano, com pos- Integrantes da alta administração e/ou especialistas sibilidade de reeleição pela Assembleia Geral. Em 2008, técnicos participam dos comitês, auxiliando para que as aconteceram quatro reuniões. Todos os integrantes do decisões estratégicas sejam tomadas a partir de critérios Código de Conduta dos Empregados Conselho Fiscal recebem remuneração mensal, que não técnicos e multidisciplinares. Todos os novos empregados recebem o documento, tam- está vinculada ao desempenho dos negócios. | GRI 4.5 | infantil e mão de obra escrava. | GRI HR6, HR7 | bém disponível na intranet, que abrange as diretrizes de 23 24 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 boa conduta profissional. O Código estabelece que o 2009. A AGN não presta nenhum outro serviço para a de defesa dos consumidores (Decon). Em 2008, foram funcionário deve dar prioridade aos interesses da empre- Coelce, garantindo o princípio da independência. realizadas nove reuniões em Fortaleza e duas no interior, sa em detrimento de interesses pessoais ou de terceiros que possam influir em suas decisões. nos municípios de Itapajé e Limoeiro do Norte. Auditoria Interna Além da auditoria externa contratada, a Coelce mantém Área de Relações com Investidores Código de Postura dos Administradores um programa interno de auditoria, responsável por O mercado de capitais, os acionistas e investidores contam Aplica-se a todos os diretores, norteando as ações com- fiscalizar o cumprimento de normas e procedimentos, além com uma área de relacionamento pela qual podem obter portamentais em nome da ética e do profissionalismo. de garantir que os sistemas de controle interno estejam informações e esclarecer dúvidas. Há profissionais no Rio livres de erros e fraudes. O programa é coordenado em de Janeiro e em Fortaleza aptos a prestar esse atendimen- Canal Ético nível corporativo, reforçando sua autonomia em relação to diferenciado. O site http://www.coelce.com.br/ri.htm Por meio do site da Coelce, é possível denunciar más prá- à diretoria de cada empresa Endesa. divulga periodicamente análises dos indicadores econômi- ticas corporativas. As manifestações são encaminhadas co-financeiros e operacionais. Em 2008, a equipe realizou para uma empresa independente, que analisa a ques- Unidade de Controle Interno dois encontros com analistas e investidores na Associação tão e aciona os órgãos competentes para uma solução, Requisito obrigatório pela Lei Sarbanes-Oxley, tem a dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado garantindo confidencialidade ao autor da denúncia. Em função principal de monitorar e garantir a eficácia dos de Capitais (Apimec) em São Paulo e dois em Fortaleza. 2008, o canal recebeu três denúncias, sendo duas envol- planos de ação para gerenciamento de riscos. vendo empregados da companhia (um caso de discrimi- Diretoria Jurídica nação e um de corrupção) e uma relacionada a cliente Ouvidoria Especialistas com conhecimentos técnico-jurídicos (furto de energia). | GRI HR4, SO4 | Por meio de uma central telefônica gratuita, e-mails e representam a Coelce perante as esferas dos poderes correspondências, os consumidores podem entrar em Judiciário, Executivo e Legislativo. Comissão de ética contato com a Coelce para enviar reclamações, comentá- Zela pelo respeito ao Código de Conduta dos Empregados rios e/ou denúncias. A Ouvidoria atua de forma imparcial, Diretoria de Regulação e Mercado e ao Código de Ética Empresarial. Composta pelo presi- mediando os conflitos. (Mais informações na página 55). Acompanha a regulamentação do setor elétrico brasileiro e as medidas necessárias para a Coelce atender dente, pelos diretores de Recursos Humanos, Jurídico e Regulação e por representante da Auditoria, analisa casos Conselho de Consumidores com qualidade à demanda projetada, minimizando os de irregularidades e define medidas a serem tomadas. Orienta, analisa e avalia questões ligadas às tarifas e ao riscos e aproveitando ao máximo as oportunidades do fornecimento e aperfeiçoamento dos serviços prestados. mercado de energia. Auditoria Independente Tem um representante titular e outro suplente das clas- As demonstrações econômico-financeiras são auditadas ses consumidoras – residencial, rural, comercial, indus- pela AGN Canarim Auditores Associados, contratada até trial e poder público –, além da participação do órgão conduta Relacionamento com as partes interessadas Para o público interno, o principal canal de notícias, e a Coelce. O reposicionamento incluiu um estudo de o Linha Direta, disponível na intranet, ganhou novo sof- marca e pesquisas internas e externas com toda a sua tware de gestão que proporciona mais agilidade e inte- cadeia de relacionamento. Os pilares do novo posicio- Para estar mais próxima de seus públicos, a Coelce fez ratividade. Por meio desse aplicativo, os colaboradores namento de mercado são: Energia Empreendedora, um investimento recorde em comunicação e marketing, podem solicitar a divulgação de acontecimentos de sua Aprender Sempre Mais e Saber Ouvir. em 2008. Também finalizou o mapeamento de seus pú- área e acompanhar o andamento da solicitação. Para intensificar a comunicação com todos os seus blicos, para entender as particularidades e necessida- A ferramenta permite também maior participação públicos, a companhia investiu R$ 2.633 mil em ações des de cada segmento e, assim, elaborar ações específi- por meio dos comentários de notícias, além de promo- na mídia televisiva. Em setembro de 2008, a empresa cas de comunicação e relacionamento. | GRI 4.15, EU18 | ver enquetes sobre diversos assuntos. Em cinco meses, lançou também campanha publicitária estrelada por Com isso, espera ampliar o grau de percepção – e o novo Linha Direta publicou cerca de 120 notícias, que Pelé. Assim como o jogador se consagrou tricampeão receberam mais de 400 comentários. mundial de futebol na Copa do Mundo de 70, a Coelce satisfação – em relação às atividades de melhoria de eficiência do sistema elétrico e aos projetos socioam- Em janeiro de 2008, comercial de um minuto no in- conquistou, pelo terceiro ano consecutivo, a posição de bientais. A convicção é de que a empresa só fica mais tervalo do Fantástico (Rede Globo) e nas demais emis- Melhor Distribuidora de Energia do Nordeste, segundo próxima de quem efetivamente conhece, em um esforço soras da TV aberta marcou o lançamento da platafor- a Abradee. Parte do cachê de Pelé foi doada à Associa- sintonizado à aspiração de ser, até 2011, a número 1 no ma de relacionamento: A curiosidade move o mundo ção Peter Pan, que cuida de crianças com câncer. Ceará em atendimento e proximidade com os clientes. Em 2008, a divulgação de informações sobre produtos e serviços seguiu ações específicas para diferentes públicos: uso racional e seguro da energia elétrica, para donas de casa; riscos de acidente pela má utilização da energia, para o público de construção civil; etc. Outro foco é a regionalização, com reforço a ações de comunicação no interior do Ceará sobre os programas institucionais. O objetivo não é apenas comunicar, mas sim engajar população, imprensa, órgãos públicos e demais entidades para desenvolver um Estado e um País melhores. O sucesso da participação dos líderes comunitários no programa Ecoelce de reciclagem é um exemplo dessa mobilização. Positiva 80,0% Positiva 67,0% Positiva 74,0% Negativa 13,3% Negativa 33,0% Negativa 26,0% Neutra 6,7% 25 26 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 Engajamento de stakeholders | GRI 4.14, 4.15, 4.16, EU18 | Parte interessada Descrição Canais de comunicação Canais de participação Clientes 2,8 milhões de clientes, divididos em oito Website institucional | Conta de energia | Conselho de Consumidores da Coelce (Conerge) | Ouvidoria | Ouvidoria na explicativos | Revista Cliente Coelce Plus sendo duas unidades móveis | Escreva para o Presidente | Central de Relacionamento | Website institucional | Portal de Pesquisa Indicador de Líderes de Opinião (ILO) Externo | Reuniões do Conselho classes de consumo: residencial, comercial, industrial, rural, poderes públicos, iluminação pública, serviços Campanhas na mídia | Folderes públicos e revenda Acionistas e Investidores Acionistas preferenciais e ordinários | Comunidade | Coelce nos Bairros | Agência Interativa Coelce | 201 lojas de atendimento, Pesquisas de satisfação realizadas pela companhia | Pesquisa Abradee de Satisfação do Cliente Residencial Potenciais investidores e analistas Relacionamento com Investidores | de mercado Informações financeiras trimestrais Revista Endesa América | Relatório | | Pesquisa Índice Aneel de Satisfação do Consumidor (Iasc) de Administração | Assembleia de Acionistas | Conselho Fiscal | E-mail: [email protected] | Área de Relações com Investidores Anual de Sustentabilidade Governo Órgãos da administração direta e indireta nos âmbitos federal, estadual e municipal Colaboradores 1.278 empregados | 7.662 parceiros | 86 estagiários | 24 menores-aprendizes Comunidade/ Pessoas residentes na área de concessão Sociedade da companhia Website institucional | Relatório Anual de Sustentabilidade | Informações financeiras Área de Regulação e Mercado | Área de Clientes Institucionais | Área de Coordenação e Acompanhamento Regulamentar | Pesquisa Indicador de Líderes de Opinião (ILO) Externo | trimestrais Reuniões com gestores da companhia e representantes governamentais Intranet | Website institucional | Informativos Encontro mensal do Ser Coelce | Pesquisa de clima laboral | Pesquisa de comunicação Linha Direta, Dica Cultural e Dica Ambiental interna | Reuniões com a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes | RH e Você | | Fotorreportagens | Clipping de notícias | Contracheque | Informativo Ação Coelce | Revista Família Coelce | Campanhas internas Café da Manhã com o Presidente | Times de trabalho para objetivos estratégicos Website institucional |Campanhas em Coelce nos Bairros | Ouvidoria na Comunidade | Área de projetos nas comunidades veículos de comunicação |Relatório Anual | Área de Meio Ambiente e Responsabilidade Social de Sustentabilidade Fornecedores Supridores de energia | Fornecedores de materiais | Empresas parceiras Entidades sem Entidades parceiras em projetos sociais fins lucrativos e de pesquisa e desenvolvimento | e organizações Universidades | Entidades de classe | socioambientais Institutos e fundações relacionados à área Website institucional | Portal de Encontro anual para planejamento estratégico | Área de Gestão do Relacionamento Relatório Anual de Sustentabilidade | Aprovisionamento | Time de trabalho para o objetivo estratégico de integrar os parceiros ao Informativo Ação Coelce negócio da companhia Website institucional | Relatório Anual Área de Meio Ambiente e Responsabilidade Social Corporativa | Pesquisa Indicador de Relacionamento com Fornecedores| de Sustentabilidade para a Qualidade dos Serviços Prestados | Encontros com empresas parceiras | Área de Líderes de Opinião (ILO) Externo | Reuniões em órgãos ligados ao meio ambiente (Ibama, Semace, etc.) socioambiental Concorrentes Empresas de distribuição de energia elétrica Website institucional | Relatório Anual de Sustentabilidade | Publicações Abradee Meios de comunicação Rádios | Jornais | Revistas | Emissoras de televisão | Canais de notícias na internet Seminário Abradee de Melhores Práticas | Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica | Eventos, visitas e reuniões com gestores de empresas de distribuição de energia Website | Coletivas de imprensa | Releases | Pesquisa Indicador de Líderes de Opinião (ILO) Externo | Área de Comunicação | Encontro Relatório Anual de Sustentabilidade de comunicadores | Visitas às redações dos principais veículos de imprensa local conduta Parte interessada Descrição Canais de comunicação Associações empresariais Organização das Nações Unidas | Associações (Distribuidoras de Website institucional | Relatório Anual de Energia Elétrica, Sociedades de Capital Aberto, Analistas e Profissionais Sustentabilidade e organizações de Investimento no Mercado de Capitais, Contadores de Empresas nacionais e Elétricas) | Bolsa de Valores de São Paulo | Instituto Brasileiro de internacionais Canais de participação Reuniões com representações de associações empresariais | Participação em eventos Relações com Investidores | Instituto Brasileiro dos Executivos em Finanças (Ibef) | Federação das Indústrias do Estado do Ceará Instituto Ethos | Fundação Abrinq | Ibase | Principais temas e preocupações | GRI 4.17 | Parte interessada Tema/preocupação Medidas adotadas Clientes Qualidade do atendimento | Qualidade da prestação de Nova plataforma de relacionamento com o objetivo de ficar mais próxima do cliente | Busca pela melhoria dos serviços | Falta de segurança com o uso da energia elétrica indicadores de qualidade | Estabelecimento de moderno processo de atendimento emergencial | Melhorias de | Corte de energia por falta de pagamento | Desperdício no processos de cobrança | Participação na Semana de Negociação, que intensifica acordos judiciais, principalmente consumo de energia | Formas de contornar os efeitos em relação ao furto de energia | Campanhas de comunicação (direitos e deveres do cliente, uso eficiente da da crise econômica energia, riscos e perigos da energia e aviso antecipado do desligamento programado da energia) | Curso de Gestor de Contas para os grandes clientes optarem por medidas que proporcionam maior economia | Visitas a clientes, para entender seus planos de expansão e buscar as melhores soluções Acionistas e investidores Desempenho e acesso a relatórios financeiros Portal de Relações com Investidores | Publicação trimestral de demonstrações financeiras Colaboradores Empregabilidade | Qualidade de vida | Gestão participativa | Plano de cargos e carreiras | Campanhas de saúde e para a qualidade de vida de colaboradores | Investimentos em Benefícios | Relacionamento com colaboradores parceiros capacitação e desenvolvimento | Plano de benefícios negociado com sindicato | Área de Gestão de Parceiros Comunidade Falta de infraestrutura em muitas comunidades atendidas Apoio e/ou realização de projetos sociais, ambientais e de geração de renda Fornecedores Integração com fornecedores | Qualidade da gestão de Realização de seminários técnicos para maior conhecimento sobre materiais elétricos | Estabelecimento do Índice empresas fornecedoras de serviços de Parcerias (Inpar) | Criação da Área de Gestão de Parceiros Entidades sem fins Ausência de sustentação econômica em muitos projetos Incentivo ao desenvolvimento de projetos autossustentáveis | Financiamento de projetos sociais, ambientais e lucrativos e organizações | Escassez de recursos para execução de projetos | culturais desenvolvidos por ONGs | Compartilhamento de valores praticados por organizações socioambientais socioambientais Sustentabilidade do planeta Associações empresariais Discussão de temas de interesse dos públicos atendidos por e organizações nacionais e associação/organização. Compartilhamento de práticas e valores internacionais Meios de comunicação Governo Dúvidas, reivindicações e denúncias de consumidores por meio Campanhas publicitárias nos diversos veículos de comunicação e interação com a mídia por meio de entrevistas e de matérias veiculadas na mídia envio de releases com matérias de interesse da comunidade Desenvolvimento sustentável do Ceará | Reclamações Encontros com representantes governamentais para a discussão de políticas públicas | Realização de parcerias em órgãos de defesa do consumidor, Judiciário e para a universalização do acesso à energia | Cumprimento de legislação e acordos realizados com órgãos das agências reguladoras diferentes esferas governamentais 27 28 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO: SER COELCE mais focadas na aproximação do relacionamento com o rante por todas as unidades da companhia, no interior, cliente, no desenvolvimento profissional dos colabora- expondo pessoalmente as novas metas corporativas, dores e no fortalecimento das parcerias com as empre- além de realizar uma grande apresentação na sede, em O lucro recorde de R$ 339 milhões em 2008 é consi- sas prestadoras de serviços e fornecedoras de materiais. Fortaleza, com a presença de quase 800 colaboradores derado uma prova do sucesso obtido pelo primeiro ano A estratégia também atende aos Sete Compromissos parceiros de campo e da Central de Relacionamento. de existência do planejamento estratégico Ser Coelce: para um Desenvolvimento Sustentável adotados global- Gente no caminho certo. Por meio dessas diretrizes, a mente pela Endesa. participação companhia vem investindo fortemente em melhorias Para que a disseminação do plano ocorresse de for- A evolução dos resultados do Ser Coelce é analisada técnicas e operacionais, além de promover ações ainda ma efetiva, a direção participou de uma caravana itine- mensalmente por todos os colaboradores. Por meio de videoconferência com as principais unidades do interior do Ceará e de alguns representantes da Ampla, no Rio Principais desafios do Ser Coelce | GRI 1.2 | 2007 Meta 2008 Resultados 2008 Meta 2009 Meta 2011 Gente bre os avanços conquistados e os pontos de melhoria, Taxa de frequência de acidentes de trabalho 3,4 3,3 3,19 2,9 2,0 Taxa de gravidade de acidentes de trabalho 41 190 1.413 92 65 82% 85% 85,2% 75% 90% Inclusão no ranking das 150 melhores empresas para se trabalhar, do Guia Exame-Você S.A. Continuar entre as 150 melhores empresas para se trabalhar (Exame-Você S.A) Esteve entre as 150 melhores empresas para se trabalhar (Exame-Você S.A) Continuar entre as 150 melhores empresas para se trabalhar (Exame-Você S.A) A melhor empresa para se trabalhar no Nordeste Índice de Parceria (Inpar) Clima laboral de Janeiro, a direção da companhia presta contas soalém de fazer um reconhecimento público aos trabalhos e projetos que se destacaram no mês. Esse encontro mensal também é um grande avanço em governança corporativa, pois todos os colaboradores podem dialogar de forma direta com a Presidência, aumentando o grau de transparência. Com a reestruturação da Endesa Brasil, incluindo o Cliente DEC (horas) 9,4 8,8 8,18 7,96 7,5 alinhamento dos Valores entre todas as empresas, o Ser FEC (vezes) 7,9 7,5 6,78 6,6 6,4 Coelce também teve parte de suas metas de planejamen- 12,3% 12,3% 11,72% 11,5% 11,2% 100,3% 99,7% 100,5% 99,7% 99,7% 100% do lucro líquido passível de distribuição do exercício de 2007 (R$ 244,7 milhões) Meta atingida . 100% do lucro líquido passível de distribuição do exercício de 2008 100% Crescer 5% 4,8% 5,7% 5,5% Índice de perdas Índice de arrecadação (cobrabilidade) Resultados Remuneração dos acionistas Venda de energia Mais 6,5% to revista em comparação ao que foi publicado em 2007. Para o seu planejamento, a Coelce utiliza a ferramenta de gestão Balanced Scorecard, cujos objetivos estratégicos são pautados em três linhas de ação: Gente, Cliente e Resultado. conduta GESTÃO DE ATIVOS INTANGÍVEIS Dentre eles, destacam-se as competências e habilidades de seus colaboradores e parceiros, que demonstram Luz para Todos, sem deixar de lado, no entanto, a máxima qualidade. Para a Coelce, o diferencial competitivo na busca da no dia a dia uma enorme capacidade de inovação e A identificação desses ativos é feita com base na eficiência operacional e do incremento do valor agre- solução de problemas com agilidade. Outro importante avaliação das metas de sustentabilidade, respaldadas gado de suas atividades está fortemente enraizado na ativo é a infraestrutura de redes do sistema elétrico, no plano estratégico Ser Coelce. importância de seus ativos intangíveis. que cresce de forma expressiva em razão do programa Gestão de intangíveis Ativo Definição Gestão para desenvolver e manter o ativo Imagem/marca • Tradição da marca e da reputação em sua área de concessão • Portfólio de produtos e serviços • Qualidade do serviço e do atendimento aos clientes Forte cultura e valores da organização em relação ao comportamento ético, com a disseminação do Código de Ética e Conduta | Identificação de necessidades e expectativas de clientes por meio de pesquisas | Estudos de impacto da marca Coelce | Investimentos para a melhoria da qualidade do serviço | Aperfeiçoamento de processos de atendimento | Desenvolvimento de projetos socioambientais alinhados às necessidades do público da área de concessão | Cumprimento rigoroso das legislações pertinentes | Participação no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bolsa de Valores de São Paulo | 150 Melhores Empresas para se Trabalhar (Guia Exame-Você S.A.) Processos • Processos principais e de apoio • Sistemas de gestão Mapeamento de processos | Certificações de normas internacionais (ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001) | Realização de auditorias internas e controles internos em conformidade com a Lei Sarbanes-Oxley | Contratação de auditoria externa para validar os dados econômico-financeiros Inovação • Capacidade de inovação em processos e produtos Programa de Pesquisa e Desenvolvimento e outros dois específicos para incrementar a cultura de inovação: Inova Coelce e Deu Certo, além do programa global Novare Recursos humanos • Conhecimentos e habilidades de colaboradores, que possuem elevados índices de satisfação e de produtividade • Cultura organizacional Mapeamento de competências de cada colaborador, a área de RH subsidia treinamentos, cursos, bolsas de estudo e outras iniciativas em prol do desenvolvimento pessoal e profissional | Oferta de plano de benefícios completo | Remuneração variável conforme a obtenção de metas estratégicas | Investimento em saúde e segurança | Formas de avaliar e medir as competências e o nível de satisfação, como avaliação 360o e pesquisas de clima laboral, respectivamente | Cultura de compartilhamento e aprendizagem entre as áreas Infraestrutura • Tecnologias para uso específico da empresa • Sistemas de informação personalizados • Banco de dados e toda infraestrutura de distribuição Investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento para manter sua infraestrutura eficiente e ambientalmente correta | Investimentos em tecnologia para informatizar e tornar cada vez mais ágeis os processos, como o uso de palm tops para corte e religação, por exemplo, além da fatura imediata entregue aos consumidores em única visita do leiturista Clientes • Base composta por clientes distribuídos nos 184 municípios do Ceará, sua área de concessão, cujo PIB é o terceiro maior da Região Nordeste Ampla oferta de canais de comunicação e relacionamento | Inovação do conceito de atendimento em suas lojas, pelo qual as atendentes ficam lado a lado com o cliente, e não mais separados por um balcão, permitindo mais proximidade e transparência | Plataforma estratégica Ser Coelce: gente no caminho certo, com metas de acompanhamento mensal em relação às ações envolvendo melhoria do atendimento aos clientes e da qualidade dos serviços prestados | Ênfase no aviso antecipado do corte, a fim de evitar ao máximo que o cliente seja prejudicado com o corte por falta de pagamento 29 30 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 GESTÃO DE RISCOS | GRI 1.2 | a assegurar o abastecimento, ampliar a receita e minimi- dade. É mantida, ainda, uma Diretoria de Regulação zar eventuais prejuízos. Por outro lado, considerando os para estreitar o relacionamento com o órgão regulador, A Coelce mantém rigorosos procedimentos para miti- níveis atuais dos reservatórios e as simulações efetuadas, acompanhando de forma permanente os aspectos que gar os riscos inerentes ao negócio de distribuição de o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) não prevê podem interferir na continuidade do contrato. energia elétrica, tanto na área técnico-operacional, para os próximos anos um novo programa de racionamen- como administrativa, comercial ou financeira. Conta to que, em momentos anteriores, como ocorrido em 2001, ambientais com equipes especializadas para atuar no monitora- ocasionou redução nas receitas da companhia. | GRI EU5 | Para estar em conformidade com a legislação ambiental, foi adotado o Sistema de Gestão Ambiental (SGA), mento constante das atividades e investe na ampliação de estratégias para evitar sua exposição a cada um Mercado por meio do qual a Coelce monitora as atividades, dos fatores que apresentem risco potencial. A gestão A concessão garante exclusividade na distribuição de orientando a execução dos processos operacionais com também está fundamentada no Princípio de Precaução, energia elétrica em todos os municípios do Ceará, dimi- base nos requisitos exigidos pela certificação ambiental que estabelece como prioritária a prevenção do meio nuindo o impacto real desse tipo de risco. O aumento do ISO 14001:2004 e normas técnico-ambientais vigentes. ambiente e da saúde e segurança dos colaboradores, consumo de energia depende, dentre outros fatores, do Na compra de materiais, é levado em conta o cumpri- empregados parceiros e das comunidades | GRI 4.11 | comportamento da economia e da renda do consumidor. mento das especificidades técnicas definidas pela Área Por isso, a empresa procura desenvolver programas em de Meio Ambiente e Responsabilidade Social Corpora- Energéticos parceria com o governo estadual para promover o desen- tiva, ainda que esses produtos sejam mais caros que a Estimativas sobre o cenário de oferta e demanda de volvimento sustentável da região. O marco regulatório média de mercado. energia para o Ceará são analisadas e revistas de forma do setor energético também dispõe de mecanismos com- constante por uma equipe especializada, a fim de prever pensatórios, que preservam a manutenção do equilíbrio Financeiros de forma mais efetiva o futuro dos negócios no longo econômico-financeiro da concessão. São considerados aqueles fatores operacionais que promovem perdas financeiras, além dos riscos de crédito, de prazo. São aplicados modelos econométricos para definir a quantidade ótima de contratação, a partir de diversas Regulatórios liquidez e de mercado (inflacionário, de taxa de juros e de estimativas de demanda, incorporando variáveis macroe- Como concessionária do serviço público de distribuição câmbio). O Comitê de Gestão de Riscos Financeiros ava- conômicas e setoriais que afetam a evolução do consumo. de energia elétrica, a Coelce está sujeita às exigências lia periodicamente os níveis de exposição da companhia, Também investe na proximidade do seu relacionamento estabelecidas em seu contrato de concessão e às normas recomendando operações financeiras e ações corretivas com os clientes institucionais e os grandes clientes, a fim definidas pela Aneel. Todas as mudanças na estrutura para o cumprimento da Norma de Riscos Financeiros e de conhecer os planos de expansão e a necessidade futura regulatória do setor energético brasileiro são acompa- Patrimoniais, Política, Controle e Gestão. Para evitar o risco de energia. Dessa forma, a Coelce consegue antecipar po- nhadas e cumpridas integralmente, de modo a evitar o das flutuações de câmbio, foram contratados instrumentos tenciais impactos sobre a área de distribuição, de maneira risco de multas ou outras situações de não conformi- de proteção, como operações de hedge/swap, encerrando conduta 2008 com apenas 1,15% do endividamento em moe- de clientes é atingido pela suspensão do fornecimento. Patrimoniais da estrangeira – a política de risco estabelece o limite A comunicação sobre o problema é intensificada e os São seguidas as políticas corporativas da Endesa S.A. máximo de 20% da dívida exposta à variação cambial. especialistas técnicos e o Comitê de Gestão de Crises para a proteção de ativos por meio da contratação de são convocados para gerenciar os procedimentos ime- seguros, além de assumir responsabilidade contra ris- Operacionais diatos. A companhia realiza o devido ressarcimento dos cos de perdas acidentais que possam comprometer sua O sistema de distribuição está sujeito a interrupções danos por ocorrências elétricas decorrentes de oscila- rentabilidade e provisionar contingências relacionadas imprevisíveis e acidentais, resultado de falha ou ina- ções no sistema de energia. | GRI EU20 | à responsabilidade civil por acidentes e danos a ter- dequação de processos, sistemas ou pessoas, além de A empresa também investe na modernização e au- ceiros. Todos esses riscos são cobertos por apólices de efeitos decorrentes de desastres climáticos e roubo de tomação do sistema e realiza campanhas para diminuir seguradoras que atuam no mercado local e em escala energia e de infraestrutura. o furto de energia, reforçando, ainda, a infraestrutura global. A Coelce conta com um avançado Centro de Controle de Sistema, que tem a missão de assumir a operação e dos postes com cabos antifurto nas regiões com grande número de ocorrências. Sociais o controle de todo o sistema elétrico do Ceará, moni- Os riscos operacionais decorrentes de erros ou frau- As atividades da Coelce podem causar impactos, de torando a meteorologia e identificando com rapidez as des nos processos de trabalho são controlados por forma positiva ou não, às comunidades nas quais atua. interrupções do fornecimento de luz. A partir do mais meio da certificação e do monitoramento de proces- Sua operação representa, intrinsecamente, efeitos so- moderno padrão do Brasil, esse centro opera a rede sos de trabalho considerados críticos, de acordo com ciais positivos, dado que a energia elétrica é considera- de alta-tensão de todas as subestações do Ceará e as os preceitos da Lei Sarbanes-Oxley, sob a supervisão da fator de inclusão socioeconômica. redes de média e baixa-tensão da capital e da Região da Unidade de Controle Interno (UCI). Os controles dos No entanto, há também impactos negativos, a exem- Metropolitana de Fortaleza. processos financeiros relevantes também são monito- plo dos relacionados à interrupção de fornecimento de rados segundo as determinações do Projeto Normas y energia elétrica, que pode trazer prejuízos diversos, Procedimientos (NyP), da Endesa. como perda de produtividade na indústria, comércio e O risco de interrupção de fornecimento em razão da perda de equipamentos é gerido pela ação de equipes especializadas para manutenção preventiva da rede São realizados investimentos na segurança e na prestação de serviços, queima de aparelhos eletroele- (que executam periodicamente ações de lavagem de motivação dos colaboradores e exigido o mesmo das trônicos, falta de segurança dos indivíduos com a inter- isoladores, termoleitura de transformadores, etc.), as- empresas parceiras, pela convicção de que apenas pro- rupção temporária da iluminação pública, entre outros. sim como controle de estoques dos equipamentos es- fissionais bem dispostos conseguem executar com a A companhia adota critérios e procedimentos para senciais, dentre outros. máxima eficiência os serviços solicitados. O Sistema de minimizar esses riscos, tais como controle de duração e Além de investimentos em melhorias na operação, é Segurança e Saúde Ocupacional está certificado pela frequência das interrupções (ver página 45), cadastro de mantido um Plano de Contingência em casos de ocor- norma OHSAS 18001 e atua na mitigação de riscos de pessoas dependentes de aparelhos essenciais à vida, aviso rências de alto impacto, nos quais um grande número acidentes e doenças ocupacionais. antecipado de suspensão de fornecimento, entre outros. 31 acionistas: Criação de valor acionistas Desafio Garantir a sustentabilidade do negócio, destacando-se como uma das melhores empresas de distribuição de energia elétrica do Brasil cenário AMBIENTE REGULATÓRIO O longo ciclo de crescimento acelerado da economia Em abril de 2008, além do reajuste anual tarifário con- mundial, com expansão do crédito e da renda, foi inter- tratual, a Aneel procedeu ao recálculo da revisão tari- rompido em 2008 com o agravamento da crise finan- fária ocorrida em 2007, quando foi aprovada a Base de ceira iniciada nos Estados Unidos. Desencadeada pelo Remuneração e, consequentemente, também o valor da setor imobiliário norte-americano, a crise disseminou- Remuneração do Capital e da Quota de Reintegração. se pelo mercado financeiro e, a partir de setembro, A revisão tarifária acontece a cada quatro anos, para provocou a retração do crédito e falta de liquidez, com reavaliar o equilíbrio econômico-financeiro da conces- impactos significativos em todos os países. são e repassar ao consumidor os ganhos de produti- O consumo das famílias e os investimentos impul- vidade das concessionárias por meio do Fator X. Em sionaram o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que razão de algumas metodologias ainda permanecerem cresceu 5,1% no ano. A taxa de desemprego apresen- pendentes por parte do órgão regulador, a revisão teve tou em dezembro o menor nível desde o início de sua caráter provisório e foi estabelecido um reposiciona- série histórica, em 6,8%. mento tarifário médio negativo de 6,35%. No Ceará, área de atuação da Coelce, o ritmo dos ne- A partir de então, a Aneel passou a reavaliar a me- gócios continuou forte até o encerramento de 2008, sem todologia usada para o cálculo, principalmente os itens queda considerável de produtividade da indústria, nem da parcela B: Custos Operacionais, Remuneração do redução da rentabilidade financeira da empresa, que co- Capital e Quota de Reintegração. O processo de revi- memorou, inclusive, o maior lucro de sua história. são tarifária, entretanto, ainda permaneceu provisório, O faturamento da indústria de transformação do Es- visto que faltou a definição quanto à metodologia para tado encerrou 2008 com aumento de 8,71% na com- construção da Empresa de Referência. A estimativa da paração com o ano anterior, mostrando que os números Aneel é concluí-la em abril de 2009. negativos do último trimestre não conseguiram se so- O reajuste tarifário anual contratual de 2008 foi de brepor ao forte crescimento registrado até outubro. De 8,43%, sendo 6,04% relativos ao processo de reajuste acordo com a Federação das Indústrias do Estado do e 2,39% referente aos componentes financeiros perti- Ceará (Fiec), o total exportado pela indústria cearense nentes, correspondendo a um efeito médio de 6,78% foi de US$ 912.484 milhões, com expansão de 12,76% percebido pelos consumidores. A Aneel reconheceu a so- em relação a 2007 e recorde histórico. licitação para recompor custos incorridos devido a não uti- 33 34 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 lização dos créditos de Imposto sobre Circulação de Mer- classes residencial e comercial, que, juntas, responderam cadorias e Serviços (ICMS), no período de janeiro e 2003 por 52% do crescimento total da energia distribuída. a março de 2009, que corresponde ao valor atualizado de Em 2008, a classe industrial cativa apresentou cres- R$ 148,4 milhões. Esse montante deverá ser repassado cimento de 9,1%, volume influenciado pela migração para as tarifas nos próximos reajustes tarifários. de três grandes clientes do mercado livre para o cativo. Hidráulica 57,0% A energia requerida pelo sistema Coelce teve aumento de RESULTADOS OPERACIONAIS Térmica 41,1% Eólica 1,9% 3,8% em relação ao ano anterior. O montante foi inferior ao crescimento do mercado, decorrente da redução das perdas elétricas de 12,3%, em 2007, para 11,7%, em 2008. Em 2008, a companhia contratou 8.239 GWh de ener- No cenário nacional, o consumo de energia cresceu gia elétrica para atender à demanda do seu mercado 3,8% em 2008, de acordo com estatísticas da Empresa classe residencial é consequência do uso de mais ele- cativo. Desse total, 57% eram provenientes de hidre- de Pesquisa Energética (EPE). A maior demanda ocorreu trodomésticos e da incorporação, em 2008, de 2 mi- létricas, 41% de energia de fonte térmica e 2% de eó- no setor de serviços (mais 6%) e nas famílias (5,3% lhões de novos consumidores no País, repercutindo o lica. Do total contratado, 73,1% foram adquiridos dos acima do registrado no ano anterior). Programa Luz Para Todos. Do consumo total, 74% cor- o movimento de portos e aeroportos. O aumento na quatro maiores supridores de energia: Endesa Fortaleza Entre o fatores de crescimento do comércio e ser- responderam ao mercado cativo das concessionárias (32,6%), Furnas Centrais Elétricas (19,5%), Compa- viço destacaram-se a ligação de novos pontos comer- de distribuição (ambiente de contratação regulada de nhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), com 15%, ciais na Região Nordeste, o turismo de estrangeiros e energia) e 26% ao mercado livre. e Eletronorte (5,8%). O restante (26,9%) corresponde a supridores que fornecem menos de 5,5% do total. O nível de contratação ficou em 102,1%, ou seja, além do requisito necessário para atendimento ao mercado e abaixo do limite regulatório, que é de 3%. Portanto, toda a energia comprada foi integralmente reconhecida nas tarifas. Mercado A energia elétrica distribuída (mercados cativo e livre) em 2008 na área de concessão foi de 7.571 GWh, Balanço de energia 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Var. (%) 08/07 Demanda de energia (MW) 1.087 1.144 1.172 1.202 1.294 1.333 3,0% Energia requerida GWh 6.825 7.133 7.653 7.778 8.258 8.575 3,8% Energia distribuída GWh* 5.905 6.141 6.580 6.769 7.227 7.571 4,8% Residencial 1.803 1.916 2.074 2.167 2.322 2.510 8,1% 1.697 1.774 1.533 1.166 1.167 1.273 9,1% Industrial Consumo próprio Comercial 18 11 10 11 11 0,8% 1.110 1.191 1.251 1.329 1.422 7,0% Rural 497 477 554 576 654 692 5,8% Poderes públicos 280 294 330 350 368 386 5,0% Iluminação pública 326 335 335 329 348 369 6,2% Serviços públicos 209 213 232 237 245 236 -3,6% 9 4 Revenda representando expansão de 4,8% em relação aos 7,2 Consumidores livres mil GWh do ano anterior. O resultado positivo deve-se, Perdas % principalmente, ao bom desempenho apresentado pelas 8 1.076 13,5% Obs.: * Quantidade de energia efetivamente medida no período 13,9% 4 2 316 681 784 670 -14,5% 0,0% 14,0% 13,0% 12,35% 11,7% 0,8 pp acionistas Normal 17,0% Baixa Renda 16,3% 10,11% do total da energia comprada, percentual inferior ações de combate às perdas ao registrado em 2007 (10,63%). Já as perdas comerciais A Coelce continuou investindo na campanha Sou do acumularam 1,61%, abaixo do 1,71% do ano anterior. Time que Ganha. Todos Contra o Furto de Energia, que O índice de perdas combinado, de 11,72%, apresen- busca disseminar uma cultura de disciplina de mercado. tou redução de 0,62 ponto percentual em relação a 2007 Colaboradores próprios e parceiros podem fazer denún- (12,35%), resultado de várias iniciativas, como: cias por meio de coletores de leitura e intranet. Devido • Entrada em operação do ponto de entrega em Tauá; ao aumento de denúncias efetivas (de 150 para 2,9 mil • Construção da subestação de Independência; por mês) em 2007, a campanha foi lançada em todas • Recondutoramento de alimentadores de 13,8 kV; as regionais em 2008. As premiações trimestrais foram • Ampliação, em comunidades carentes, de projetos de ampliadas, abrangendo duas categorias: os que mais de- Residencial 33,3% Outros 13,0% geração de renda (Energia Social, Ecoelce, etc.) como nunciaram e os maiores termos de ocorrência. O saldo no Comercial 18,7% Rural 9,3% Industrial 16,9% alternativa de combate ao furto de energia; ano foi a média de 3,2 mil denúncias efetivas mensais. Livres 8,8% Energia faturada • Troca de 16.656 ramais de ligação de clientes de Em conjunto com a parceira CAM, foi obtida a certifi- baixa-tensão, proporcionando melhor qualidade no cação pelo Inmetro (ISO 17025) do Laboratório de Me- fornecimento de energia; didores. Os medidores com suspeita de fraude, quando Em 2008, a Coelce faturou 7.656 GWh, aumento de • Consolidação do sistema de telemedição de grandes retirados de campo, são lacrados em sacolas especiais e 4,5% em relação ao ano anterior. Destaca-se o acrés- clientes, alcançando 4.996 unidades consumidoras; numerados na presença do cliente. Ao chegar ao labo- cimo de 5,8% do consumo da classe residencial, com • Instalação de telemedição em 99 alimentadores, ofe- ratório, as sacolas são abertas para que a perícia seja média de 1.196 kWh/consumidor. A participação dos recendo monitoramento durante as 24 horas do dia; clientes residenciais corresponde a 33,3% da energia • Utilização de novas tecnologias para a melhoria do faturada, sendo 16,3% relativos à categoria baixa ren- processo de inspeção de unidades consumidoras; e da. As classes industrial e comercial obtiveram partici- • Mais 5.370 unidades ligadas na rede DAT (antifurto), • Migração do Projeto de Recuperação de Clientes pações de 16,9% e 18,7%, respectivamente. Os consu- com investimentos de cerca de R$ 8,5 milhões, totali- (PRC) da Área de Combate às Perdas para a Área midores rurais totalizaram 9,3% da energia faturada. zando mais de 35 mil clientes conectados. de Cobrança, ampliando o enfoque social do projeto, Controle de perdas e inadimplência Em 2008, foram intensificados os esforços no combate às perdas de energia vinculadas ao sistema elétrico (técnicas) Técnicas Comerciais Esses esforços foram complementados por ações já incorporadas ao dia a dia, sendo as principais: que inclui meios facilitadores da adimplência, como Perdas de energia | GRI EU13 | realizada com o acompanhamento do cliente. cadastramento de clientes no Ecoelce, palestras para 2006 2007 2008 10,74% 10,63% 10,11% o uso eficiente de energia e lâmpadas ecoeficientes; 2,23% 1,71% 1,61% • Acionamentos de telecobrança e aviso antecipado de e ao consumo irregular (perdas comerciais). No encerra- corte aos clientes inadimplentes, buscando reduzir a mento de dezembro, as perdas técnicas representaram quantidade de suspensões do fornecimento de energia; 35 36 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 Prazo entre corte e pagamento | GRI EU26 | No de clientes 2006 1 2007 2008 Menos de 48 horas 275.518 248.446 209.683 Entre 48 horas e 1 semana 136.228 105.417 81.935 71.872 59.152 45.656 176 153 121 - - - Entre 1 semana e 1 mês Entre 1 mês e 1 ano Mais de um ano Reconexão após o pagamento | GRI EU26 | Menos de 24 horas Entre 24 horas e 1 semana Mais de 1 semana cutados foi de 67 mil e, desde então, o montante vem classe A (COCE5) integraram a composição da car- decaindo, apesar do ingresso de novos consumidores. A teira do Índice de Sustentabilidade Empresarial da média mensal de cortes reduziu-se de 57 mil, em 2007, BM&F Bovespa; para 48 mil, em 2008. DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO • Em 18 de março de 2009 foi aprovada pelo Conselho de Administração a proposta de distribuição de R$ 263.129.829,13 em dividendos (100% do lucro líquido passível de distribuição), o que representa No de clientes 20061 2007 2008 602.458 568.268 472.791 69.143 36.072 30.861 38 15 13 Dados sobre a hora do pagamento passaram a ser disponíveis a partir do mês de julho de 2006. Os indicadores daquele ano, portanto, foram apurados com base na quantidade do segundo semestre multiplicada por dois. 1 Destaques superior a 2007; • O EBITDA evoluiu 19,7% em 2008, atingindo R$ 570 milhões; • O lucro líquido superou o resultado de 2007 em 38,3%, totalizando R$ 339 milhões; • Intensificação do envio de clientes devedores aos ór- R$ 3,3797/ação (evento subsequente). • A receita líquida totalizou R$ 1.915 milhões, 11,4% • Pelo terceiro ano consecutivo, as ações preferenciais Receita Operacional Bruta A receita operacional bruta alcançou R$ 2.697 milhões, incremento de 10,2% em relação a 2007, causado, principalmente, pelos seguintes aspectos: • Evolução de 6,4% no fornecimento de energia em decorrência do aumento de 5,7% do número de gãos de proteção ao crédito, viabilizando maior número de negociação das causas pelo SPC/ Serasa; e • Centralização da geração de cortes massivos em For- Principais contas de resultado (R$ mil) 2007 2008 Var.% 08/07 2.447.849 2.696.537 10,2% taleza, com ação mais rápida para clientes inadim- Receita operacional bruta plentes cujas dívidas são mais representativas. Deduções à receita operacional (728.970) (781.493) 7,2% Receita operacional líquida 1.718.879 1.915.044 11,4% (1.353.913) (1.461.936) 8,0% 476.045 569.646 19,7% Foi também possível recuperar aproximadamente Custos do serviço e despesas operacionais R$ 16 milhões por meio de ações de cobrança judicial EBITDA* e extrajudicial com clientes industriais, rurais e hospi- Margem EBITDA tais/casas de saúde. Todas essas iniciativas permitiram Resultado operacional manter um elevado índice de arrecadação, que encer- Margem operacional rou 2008 com 100,5% do total faturado no ano. Resultado financeiro (106.421) Apesar das medidas para evitar a suspensão do fornecimento de energia elétrica, há casos em que a companhia necessita realizar o corte até que o pagamento seja efetuado. Em 2006, a média mensal de cortes exe- Imposto de Renda e Contribuição Social 27,7% 29,7% 7,4% 364.966 453.108 24,2% 21,2% 23,7% 11,4% (7.836) (48.916) - (58.591) -44,9% Participações (5.958) (7.078) 18,8% Lucro líquido 244.751 338.523 38,3% 14,2% 17,7% 24,1% Margem líquida *Resultado do Serviço + Depreciações e Amortizações acionistas consumidores e consequente crescimento da energia Receita Operacional Bruta (R$ mil) faturada em 6,5%, além do reajuste tarifário da com- Fornecimento de energia panhia, de 8,43%, a partir de 22 de abril de 2008; Baixa renda • Evolução de 124,7% no reposicionamento tarifário – CVA. Em abril de 2008, a Coelce começou a reverter a provisão constituída entre dezembro de 2007 e março 2007 2008 2.216.455 2.358.776 Var.%08/07 6,4% 173.359 174.066 0,4% Suprimento de energia elétrica 11.749 13.245 12,7% Receita pela disponibilidade da rede elétrica 45.695 55.331 21,1% (22.464) 5.542 -124,7% (1.867) 700 -137,5% Reposicionamento tarifário CVA Reposicionamento tarifário transmissoras de 2008 (R$ 13 milhões, sendo R$ 9 milhões em 2007 Recuperação ativo regulatório (55.685) (18.339) -67,1% e R$ 4 milhões em 2008), a ser feita em 12 parcelas Recuperação energia livre (19.492) (6.429) -67,0% iguais. O objetivo foi cobrir as diferenças de tarifa a Recuperação parcela A - (48.866) - serem devolvidas no reajuste de abril de 2008 pelo Baixa energia livre - 57.475 - recálculo da cota de reintegração considerada na revisão tarifária de 2007, que passou de R$ 111 milhões Outras receitas Total 100.099 105.036 4,9% 2.447.849 2.696.537 10,2% para R$ 97 milhões. Entre dezembro de 2006 e março • Incremento de 67,1% na recuperação do ativo regulató- de 2007, a mesma provisão (sem reversão), foi feita rio, que se refere ao estorno de receitas apropriadas em no valor de R$ 16 milhões (R$ 3 milhões em 2006 e outros exercícios para recuperação de perdas oriundas O crescimento na receita operacional bruta também R$13 milhões em 2007); do racionamento de energia (junho de 2001 e fevereiro foi parcialmente compensado pela recuperação integral de 2002). Esse estorno foi iniciado em janeiro de 2002 da Parcela A (-R$ 49 milhões). Com o término do prazo e encerrado em abril de 2008 (76 meses); de 76 meses para recuperar os ativos registrados pelas de serviços (projeto e construção de redes particulares, aluguel de infraestrutura, etc.). • Baixa da Energia Livre (R$ 58 milhões): em maio de perdas do racionamento e a energia livre das geradoras, 2008 a companhia procedeu a baixa da energia livre teve início a recuperação da parcela A – extraordinária, (saldos a receber e a pagar) pela não recuperação no por meio do adicional tarifário de 2,9% e 7,9%. prazo conforme determinação do Ofício Circular nº 2.409/2007. A energia livre refere-se à energia gerada Deduções da Receita e disponibilizada no sistema, não prevista nos contratos As deduções da receita aumentaram 7,2% em relação ao ano anterior. Essa variação deve-se, principalmente, a: • Acréscimo de 5,4% no ICMS, cujo aumento resulta do incremento da receita operacional bruta; • Aumento de 16,0% e 14,5%, respectivamente, na Cofins e no PIS, também em decorrência do saldo maior da receita operacional bruta; e iniciais e apurada entre junho de 2001 e fevereiro de 2002; e • Aumento de 4,9% em outras receitas, refletindo o aumento das vendas de novos produtos e serviços. Receita bruta (R$ milhões) Índice de Arrecadação (%) Destacam-se arrecadação para terceiros e prestação 37 38 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 Deduções da receita (R$ mil) ICMS 2007 Var.% 2008 2008/2007 (501.577) (528.563) 5,4% . Acréscimo de 41,7% nos encargos do uso de ener- energia gerada e disponibilizada no sistema, não gia elétrica devidos pela utilização das instalações e prevista nos contratos iniciais, apuradas entre os componentes da rede básica, por dois fatores: ajuste meses de junho de 2001 e fevereiro de 2002. • Melhoria de 6,2% em custos e despesas gerenciá- Cofins (96.012) (111.412) 16,0% PIS (21.421) (24.518) 14,5% realizado em abril de 2008, de aproximadamente R$ ISS (1.331) (2.037) 53,1% 7 milhões, para compensar despesas pagas a maior 29,2% para transmissoras em períodos anteriores, e reajuste . Aumento de 10,2% em material e serviços de terceiros, das tarifas dos agentes de transmissão, ocorrido em pelo acréscimo dos investimentos, aliado a reajustes julho de 2008; contratuais e maior volume de serviços prestados por Cota Reserva Global de Reversão (RGR) (23.156) (29.917) veis determinada por: Conta Consumo de Combustíveis Fósseis (CCC) (58.160) (55.251) -5,0% Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) (13.254) (13.526) 2,0% Programa de Eficiência Energética e P&D . Baixa da energia livre: em maio de 2008, foi procedida (14.055) (16.271) 15,8% a baixa de saldos a receber e a pagar pela não recu- . Melhoria de 257,7% em provisão para créditos de liqui- peração no prazo conforme determinação do Ofício dação duvidosa, por dois fatores: baixa do ativo regula- Circular nº 2.409/2007. O montante refere-se à tório, por não recuperação no prazo estabelecido pela Encargo de capacidade/ aquisição emergencial Total (4) 2 -156,3% (728.970) (781.493) 7,2% • Aumento de 29,2% na cota da Reserva Global de Reversão (RGR). Essa cota é destinada à União Federal, para prover recursos para reversão, expansão e melhoria dos serviços de energia elétrica. O montante equivale a 2,5% dos investimentos em ativos vinculados à prestação do serviço de eletricidade. Custos do serviço e despesa operacional (R$ mil) 2007 2008 Os custos e as despesas operacionais em 2008 alcançaram R$ 1.462 milhões, o que representa aumento de 8% em relação ao ano anterior, conforme detalhado na tabela ao lado. Os principais motivos dessa variação foram: • Incremento de 15,7% em custos e despesas não gerenciáveis, por: . Aumento de 6,8% na energia elétrica comprada para atendimento ao mercado; Var.% 2008/2007 (807.927) (862.684) 6,8% (4.407) (4.042) -8,3% Proinfa (13.069) (16.376) 25,3% Encargo do Uso da Rede Elétrica (50.163) (71.062) 41,7% Encargo de Serviço do Sistema (ESS) - (8.622) - Baixa energia livre - (50.482) - (875.567) (1.013.269) 15,7% Custos e despesas não gerenciáveis Energia elétrica comprada para revenda Taxa de fiscalização da Aneel Subtotal Custos e Despesas Operacionais meio do segmento de novos negócios; Custos e despesas gerenciáveis Pessoal (93.176) (88.620) -4,9% Material e serviços de terceiros (191.914) (211.505) 10,2% Depreciação e amortização (140.624) (145.592) 3,5% 29.545 29.053 -1,7% (59.378) 93.522 -257,5% - (106.881) - (6.136) 6.509 -206,1% Reversão de provisão sobre o ágio Provisão para créditos de liquidação duvidosa Baixa ativo regulatório Provisões para contingências Outras despesas operacionais Subtotal Total (16.664) (25.156) 51,0% (478.346) (448.667) -6,2% (1.353.913) (1.461.936) 8,0% 39 acionistas Aneel (R$ 107 milhões); e reversão de R$ 21 milhões da Receitas e despesas financeiras (R$ mil) dívida de um grande cliente; Receita financeira . Evolução de 206,1% em provisão para contingências: ocasionada principalmente por reversão de provisões, sendo R$ 9 milhões referentes a processos tributários (Pasep) e R$ 4,4 milhões relativos a processos cíveis. Apesar do montante elevado, os advogados da companhia consideram remota a possibilidade de perdas nesses processos; . Aumento de 51,0% em outras despesas operacionais: pela reversão não recorrente do déficit atuarial de R$ 16,3 milhões, registrado no primeiro semestre de 2007, 2007 2008 Var.% 08/07 10.759 12.288 14,2% 174 841 - Acréscimo moratório sobre conta de energia 34.930 31.006 -11,2% Atualização ativo regulatório -74,6% Renda de aplicações financeiras Variações monetárias 18.403 4.668 Atualização de CVA de compra e energia 203 872 - Correção CVAs 778 2.750 253,4% Correção parcela A 4.579 3.264 -28,7% 26.301 (24.096) -191,6% 96.127 31.593 -67,1% Encargo de dívidas (44.859) (59.053) 31,6% Variações monetárias (16.378) (30.468) 86,0% CPMF (10.862) (667) -93,9% -13,0% Outras Total Despesas financeiras Parcelamento de tributos (4.844) (4.215) pela alteração de modalidade do plano previdenciário de Correção Programa de Eficiência e P&D (1.866) (3.129) 67,7% benefício para contribuição definida. Correção CVAs (1.993) (590) -70,4% EBITDA (23.162) 17.611 -176,0% Total Outras (103.962) (80.509) -22,6% Total (7.836) (48.916) - Com base nas variações das receitas, custos dos serviços e despesas operacionais ocorridas em 2008, o EBITDA peração do ativo regulatório oriundo do racionamento; sem hedge (-R$ 4 milhões) e swap do empréstimo no atingiu R$ 570 milhões, representando incremento de . Redução de 191,6% (-R$ 24 milhões versus R$ 26 mi- Banco Europeu de Investimentos (BEI), de -R$ 6 milhões. 19,7% em relação ao ano anterior (R$ 476 milhões). A lhões) em outras receitas financeiras (-R$ 50 milhões): Os efeitos foram compensados por: margem EBITDA encerrou o ano em 29,7%, aumento de ajuste de correções cambiais de dívida com fornecedor • Término da cobrança da CPMF (+R$ 10 milhões); 7,4% em relação a 2007 (27,7%). de energia indexada a três indicadores (petróleo, infla- • Outras despesas (+R$ 41 milhões): ajuste de correções ção e dólar), além da CVA. Resultado Financeiro cambiais de dívida com fornecedor de energia e CVA. • Diminuição de 22,6% nas despesas financeiras, por: Foi de - R$ 49 milhões, redução de 300% em relação ao . Aumento de 31,6% nos encargos de dívidas: reflexo IR/CSLL (R$ mil) ano anterior (R$ 8 milhões), pelos seguintes fatores: da emissão de R$ 245 milhões em notas promissórias; IR / CSLL . Variações monetárias de - R$ 14 milhões: resultantes Incentivo fiscal Sudene • Redução de 67,1% nas receitas financeiras por: . Decréscimo de 74,6% na atualização do ativo regula- da soma do conjunto de variações cambiais (-R$ 4 tório (-R$ 14 milhões): finalização do período de recu- milhões), mais variação cambial dos bonds, empréstimos Participações Total 2007 2008 Var.% 08/07 (106.421) (125.224) - 66.633 17,7% - (5.958) (7.078) 18,8% (112.379) (65.669) -41,6% 40 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 IR/CSLL e participações Endividamento (dívida financeira) As despesas com Imposto de Renda (IR), Contribuição So- A dívida financeira bruta (excluindo-se a dívida previ- cial sobre o Lucro Líquido (CSLL) e participações foram de denciária) encerrou 2008 em R$ 845 milhões, aumento R$ 66 milhões, redução de 41,6% em relação ao ano an- de 49,4% em relação ao ano de 2007, que foi de R$ 566 terior (R$ 112 milhões). Essa variação foi ocasionada pela milhões. O acréscimo deve-se, principalmente, à emis- aplicação da Instrução CVM 555/08, segundo a qual os são de notas promissórias (commercial papers) no valor incentivos fiscais passam a ser reconhecidos no resultado de R$ 245 milhões, com remuneração de CDI+0,95% do exercício. Dessa forma, o registro do incentivo fiscal – ao ano, pelo prazo de 360 dias, realizada em julho de Sudene, apurado a partir da Lei nº 11.638/07, foi contabi- 2008. Essa emissão teve o duplo objetivo de cobrir os lizado no exercício como redutor da despesa do Imposto atrasos no recebimento dos valores das subvenções dos de Renda, e a seguir transferido para a reserva de lucros programas Baixa Renda e Luz para Todos, e refinanciar (R$ 67 milhões). Esse efeito foi parcialmente compensado dívidas vincendas de custo mais elevado do que o custo pelo aumento no IR e no CSLL, tendo em vista resultado da emissão das notas promissórias. Indexadores da dívida Dívida por moeda e hedge antes de impostos apurado em 2008. INVESTIMENTOS Lucro líquido Os investimentos totalizaram R$ 473 milhões, evolução de Com base nos efeitos expostos anteriormente, o lucro 19,2% em relação ao ano anterior (R$ 397 milhões). Os líquido foi de R$ 339 milhões, valor 38,3% superior recursos foram investidos em obras de expansão, reformas ao registrado no ano de 2007 (R$ 245 milhões). Ao e manutenção do sistema elétrico, controle de perdas, sis- analisar a evolução do lucro líquido sem os efeitos da temas de informação e atendimento ao cliente, garantindo adoção da Lei nº 11.638/07 e da Medida Provisória nº 449/08 (conforme nota explicativa nº 2 das Demonstrações Financeiras), a companhia teria um incremento de 9,8%. Esses efeitos, em resumo, são: • Incentivos fiscais que passaram a ser reconhecidos no resultado do exercício (R$ 66 milhões); e • Extinção da conta de ativo diferido, que ocasionou baixa do Balanço Patrimonial (R$ 3 milhões). Indicadores de endividamento 2004 2005 2006 2007 2008 Dívida bruta (R$ mil) 641.572 622.813 489.001 565.741 845.141 Dívida líquida (R$ mil) 555.155 470.180 424.349 553.377 829.303 2,9 1,7 0,9 1,19 1,48 Dívida bruta/EBITDA 2,2 3,8 6,9 10,61 9,65 Dívida bruta/(Dívida bruta + PL) EBITDA/Encargos de dívidas 0,36 0,46 0,39 0,40 0,42 Dívida líquida/(Dívida líquida + PL) 0,33 0,39 0,35 0,39 0,41 acionistas a eficiência da rede, elevação dos níveis de confiabilidade e ampliação da capacidade de atendimento. O volume mais expressivo no portfólio de investimentos Var.% Investimentos (R$ mil) Investimentos por demanda Novas conexões 2007 MERCADO DE CAPITAIS 2008 08/07 130.642 150.303 15,0% 100.482 115.302 14,7% Apesar dos efeitos da crise financeira internacional continuou direcionado ao Programa Luz para Todos, que Atendimento à demanda 30.160 35.001 16,1% sobre o mercado de capitais brasileiro, o desempe- representa 47% do total. Excluindo os aportes e subsídios, Qualidade do sistema elétrico 39.648 49.769 25,5% nho da ação preferencial COCE5 apresentou valori- os investimentos líquidos atingiram R$ 314 milhões, Programa Luz para Todos 149.149 223.986 50,2% zação de 4,6% em 2008, saldo mais positivo do que 14,6% superior ao realizado em 2007. Em 2009, a Coelce planeja investir R$ 433 milhões, Combate às perdas 56.280 28.477 -49,4% Outros 21.190 20.773 -2,0% a queda de 41,6% registrada no Ibovespa no mesmo 396.908 473.307 19,2% período e a desvalorização de 11,6% do Índice de Total Energia Elétrica (IEE). Esse comportamento faz com priorizando a universalização do acesso à energia, a qualidade do serviço e a confiabilidade do sistema. Des- Infraestrutura | GRI EU1, EU3 | 2007 2008 94 95 Capacidade instalada (MVA) 2.101 2.143 Linhas de transmissão (km) 3.979 4.244 102.161 110.730 98.738 107.476 se total, aproximadamente R$ 150 milhões devem ser Subestações aplicados em obras do Programa Luz para Todos, com estimativa de conectar quase 24 mil clientes. Rede de distribuição (km) Transformadores de distribuição (unid.) Infraestrutura que o papel se destaque dentre os ativos que compõem a carteira do IEE (16 ao total), sendo o terceiro melhor desempenho em 2008. No encerramento de dezembro, a Coelce tinha três papéis negociados na BM&FBovespa, sendo que o de maior liquidez era a ação preferencial A (COCE5), Em dezembro de 2008, o sistema elétrico da Coelce com média de 50 negócios diários, em 2008. Os de- era composto por 110.730 quilômetros de rede de dis- mais papéis, por possuírem baixa liquidez, estavam tribuição, 4.244 quilômetros de linhas de transmissão expostos a negociações que fugiram à percepção e 95 subestações, com capacidade instalada de 2.143 média do mercado sobre a companhia, o que ocasio- MVA. A evolução reflete os investimentos para a exe- nou a desvalorização em 2008, na comparação com cução dos programas Universalização do Acesso e Luz o período anterior. para Todos, além dos objetivos de ampliar a eficiência e a qualidade na prestação dos serviços. No mercado acionário, 41,1% do capital social da Coelce está em livre negociação da BM&FBovespa, e representa o free float, enquanto 58,9% estão nas mãos do acionista controlador. 41 42 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 Indicadores de mercado 2004 2005 2006 2007 2008 Var.% 08/07 8,24 14,20 22,9 21,50 22,48 14,70% 35 22 39 82 50 16,10% Criação de valor | GRI EC1 | Ação preferencial A (COCE5) Cotação Média diária de negócios O valor adicionado de 2008 somou R$ 1,4 bilhão, distribuído entre governo e sociedade (62%), colaboradores Média diária de volume financeiro (R$ mil) 463 398 1.031 1.950 829 25,50% Valor de mercado 593 1.092 1.966 2.162 1.574 -27,20% (8%), acionistas (19%), financiadores (6%) e lucros reti- 1.148 1.562 2.378 2.715 2.403 -11,50% dos (5%). O plano estratégico da Coelce está estruturado 5,70 4,22 -26,10% -24,40% Enterprise value (EV*) (R$ mil) EV/EBITDA Preço da ação PNA/ lucro por ação (P/L) Dividend yeld da ação PNA Valor de mercado/ patrimônio líquido para proporcionar um retorno adequado aos acionistas e 17,56 5,85 5,98 6,84 5,17 13,54% 3,14% 12,78% 16,9% 14,00% -17,40% para as demais partes interessadas: colaboradores, forne- 0,52 1,49 2,52 2,54 1,33 -47,60% cedores de produtos e serviços, financiadores de capital e *EV = Valor de Mercado + Dívida Líquida governo. Indiretamente, a criação de valor também beneficia clientes e sociedade. COCE5 X ibovespa valor para Acionistas COCE5 Ibovespa A Coelce distribuiu aos acionistas, a título de dividendos, R$ 245 milhões em 2008. O valor foi equivalente a 100% do lucro líquido passível de distribuição relativo ao exercício de 2007. Na Assembleia Geral Ordinária de 2009, a Administração proporá que seja atingido 100% do lucro líquido passível de distribuição do exercício de 2008, pois a soma da reservas legal e de capital já excedeu 30% do capital social, conforme exigência da Lei das 1/3/00 6/3/00 11/3/00 4/3/01 9/3/01 2/3/02 7/3/02 12/3/02 5/3/03 10/3/03 3/3/04/ 8/3/04 1/3/05 6/3/05 11/3/05 4/3/06 9/3/06 2/3/07 7/3/07 12/3/07 5/3/08 10/3/08 3/3/09 Sociedades Anônimas. O montante é de R$ 263 milhões (R$ 3,38 por ação preferencial ou ordinária). Criação de valor para empregados (R$ mil) Riqueza total gerada Valor destinado aos colaboradores Valor adicionado (médio) por empregado 2005 2006 2007 2008 1.173.207 1.376.907 1.320.980 1.414.547 78.359 75.582 109.386 117.580 889 1.049 1.018 1.107 2005 2006 2007 2008 1.173.207 1.376.907 1.283.814 1.414.547 785.288 858.930 788.097 871.964 valor para empregados Do total da riqueza gerada em 2008, 8% foram destinados aos empregados, por meio de remunerações, Criação de valor para a sociedade (R$ mil) Riqueza total gerada Riqueza distribuída para o governo encargos sociais, previdência privada, participação nos resultados, dentre outros benefícios. acionistas Distribuição do valor adicionado valor para fornecedores Nº Participação no total das compras é apenas uma troca de compra e venda de serviços. A Fornecedores locais (Ceará) 179 41,44% companhia realiza várias ações visando à melhoria da Fornecedores nacionais (outros estados) 246 56,94% 7 1,62% 432 100% O relacionamento entre a Coelce e seus fornecedores não comunicação, principalmente pela importância das atividades que prestam ao seu negócio. Os colaboradores Governo 62,0% Acionistas 19,0% Pessoal 8,0% Fornecedores de materiais por localidade | GRI EC6 | parceiros fazem a leitura mensal do consumo de energia, atendem nas lojas e na Central de Relacionamento, cons- Financiadores 6,0% troem novas linhas e consertam ocorrências no sistema Retido 5,0% elétrico, entre outras atividades. Fornecedores globais (outros países) Total* *Considera-se para o total, fornecedores de materiais destinados a estoque e fornecedores que suprem de materiais diretamente as áreas e para uso imediato. adquiridos de terceiros totalizou R$ 1,6 milhão (compra No encerramento de 2008, eram mantidos 736 forne- de energia elétrica e de materiais e serviços, além de en- cedores ativos, sendo 268 de serviços, 432 de materiais cargos sobre o uso da rede elétrica, perda na realização e 36 de supridores de energia. O valor pago por insumos de ativos e outras despesas operacionais). Materiais e serviços representaram R$ 211,5 milhões. No ano, foram Demonstração do Valor Adicionado (R$ mil) Receitas 2006 1 2007 1 2008 2.330.547 2.809.080 3.138.780 940.517 (1.473.148) (1.639.287) 1.390.030 1.335.932 1.499.493 Total de insumos adquiridos de terceiros ( = ) Valor Adicionado Bruto quinas e equipamentos utilizados na rede elétrica). (Mais informações sobre fornecedores na página 74). | GRI EC6 ) ( ) Quotas de reintegração (109.563) (111.079) (116.539) ( = ) Valor Adicionado Líquido 1.280.467 1.224.853 1.382.954 96.440 96.127 31.593 Os 184 municípios da área de concessão são beneficia- 1.376.907 1.320.980 1.414.547 dos, direta ou indiretamente, com os impostos, taxas e ( + ) Valor Adicionado recebido em transferência ( = ) Valor Adicionado a Distribuir Valor para a sociedade contribuições destinados pela companhia aos governos Reclassificado A Demonstração do Valor Adicionado detalhada está na página 127 1 federal, estadual e municipal. Esse montante somou R$ Distribuição do Valor Adicionado (R$ mil) 2006 1 2007 1 2008 % Pessoal 75.582 109.386 117.580 8% Governo 858.930 788.097 871.964 62% Financiadores 112.505 108.761 86.480 6% Além do benefício indireto, a companhia investe em Acionistas 283.345 244.751 263.096 19% programas nas áreas de educação, geração de renda, 46.545 69.985 75.427 5% 1.376.907 1.320.980 100% 100% inclusão social e cultura, que estão apresentados em Retido Total do Valor Adicionado distribuído 1 adquiridos R$ 472,3 milhões em bens imobilizados (má- Reclassificado 872 milhões em 2008, o equivalente a 62% de toda a riqueza gerada pela Coelce no ano. Meio Ambiente (página 78) e Sociedade (página 98). 43 clientes: Atendimento com proximidade CLIENTES Ao proporcionar ampliação do acesso à energia elétrica em do leiturista, além de o cliente ficar satisfeito com a todo o Ceará, a Coelce contribui para o desenvolvimento possibilidade de conhecer, de forma antecipada, o valor socioeconômico do Estado. As atividades dos setores da fatura e planejar o pagamento. A conta imediata, industrial, comercial e de serviços são intensificadas e a introduzida em 2007 como projeto-piloto para todas as população passa a contar com diversos benefícios sociais unidades do perímetro urbano, foi ampliada em 2008 atrelados à chegada da energia elétrica, de forma a para 1,8 milhão de clientes em todo o Estado. melhorar o nível de qualidade de vida e as oportunidades de geração de renda. Além de intensificar a evolução em seus indicadores INDICADORES DE QUALIDADE TÉCNICA de qualidade técnica, a Coelce adota constantemente novos processos e soluções para deixar mais ágil e pró- A Coelce garantiu mais uma redução histórica dos seus ximo o atendimento aos clientes. Uma delas é a fatura indicadores de qualidade técnica, que servem como imediata, por meio da qual, em uma única visita ao parâmetro do sistema elétrico. O indicador de Duração cliente, realiza-se a leitura do medidor, o faturamento, Equivalente de Interrupção por Consumidor (DEC) a impressão e a entrega da conta de energia. atingiu 8,18 horas, em 2008, melhora de 12,9% em Entre as vantagens, observou-se a economia de relação ao ano anterior. Além de ser o melhor resultado tempo e de custos operacionais com uma visita única dentre as demais distribuidoras da Região Nordeste, eficiência no fornecimento - dec e fec evolução da eficiência do ano | GRI EU27, EU28 | 2005 2006 DEC (horas) 2007 2008 FEC (VEZES) Meta 2009 0,55 0,55 0,47 0,55 0,45 0,44 0,48 DEC (horas) FEC (VEZES) 0,5 z 2004 m ar 0,46 0,5 0,61 0,7 de 6,6 0,65 0,52 t 6,78 0,61 no v 7,87 0,55 0,59 t 9,11 0,69 ou 10,44 0,71 0,55 0,92 se 11,95 0,81 ju l 8,18 1,13 7,96 ag o 9,40 ju n 11,42 ab r m ai 12,45 ja n Ser a empresa mais admirada do Ceará 0,98 14,6 fe v Desafio | GRI EU27, EU28 | 45 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 evolução da eficiência do atendimento no ano (tMa - minutos) tempo Médio de atendimento (tMa - minutos) 133 imprevisto que suspenda o abastecimento, ele seja resolvido com muita agilidade, a Coelce adota iniciativas de monitoramento e manutenção preventiva: | GRI EU5 | • Melhoria do processo de inspeção de transformado- 141 109 130 105 105 108 111 105 94 85 93 97 res de distribuição, com a utilização de termovisores, 92 81 83 tornando as inspeções mais eficientes, seguras e prevenindo a queima de equipamentos; z de t ou no v se t l ju o teção nas redes de média-tensão, principalmente ag n ju r ai m ar Meta 2009 ab 2008 m 2007 ja 2006 n • Investimento em equipamentos de automação e profe v 46 com a instalação de religadores modernos, telecomandados e assistidos pelos centros de controle; Boas práticas • certificação ampliada ele é inferior ao DEC médio no País, que foi de 16,08 minutos (em 2007), segundo dados da Aneel. • Pacotes de Melhoria de Qualidade do Serviço (MQS), que atuam na eficiência das redes de baixa, média e O indicador Frequência Equivalente de Interrupção alta-tensão; instalação de para-raios, reformas com- A garantia de qualidade nos processos das áreas por Cliente (FEC), que mensura o número de vezes pletas dos centros de distribuição de áreas próximas Comercial e Técnica é certificada pela norma ISO em que o cliente teve o fornecimento interrompido, a hospitais, grandes empresas e de elevado contin- 9001:2000 desde 2005. A conquista de certifica- totalizou 6,78 vezes, quase a metade do FEC médio do ções demonstra o empenho em expandir a atuação País, de 11,72 vezes (em 2007, de acordo com Aneel). de forma estruturada e controlada, proporcionando um grau elevado de satisfação aos clientes. gente populacional; • Melhor planejamento dos desligamentos programa- Houve ainda redução do Tempo Médio de dos, com a utilização de geradores portáteis que pos- Atendimento Emergencial (TMA), que registra o sibilitam manter o fornecimento aos clientes durante A unificação de vários processos formou um gran- intervalo médio de atendimento, expresso em minutos, de escopo de Operação Técnica, que foi certificado desde o ingresso da reclamação até o seu atendimento. • Construção de novas subestações, em 2008, além de em dezembro de 2008 com essa norma. A certifica- A companhia continuará a trajetória de consolidação mais 265 quilômetros de rede de alta-tensão e 8.569 ção abrangeu as áreas de Planejamento e Controle de melhorias e estipulou atingir, em 2009, metas de da Manutenção e Planejamento das Redes de Alta- 7,96 horas (DEC) e 6,6 vezes (FEC). a manutenção; quilômetros de redes de distribuição; | GRI 2.9 | • Faseamento das linhas de transmissão, entre as dez principais subestações da capital cearense, com o ob- Tensão e Média-Tensão e o processo do planejamento à execução de obras na rede. Das 67 lojas com monitoramento jetivo de tornar mais ágil a operação do sistema nas processos certificados, 26 foram obtidos em 2008. Para que raramente falte energia elétrica nas residên- transferências de grandes blocos de cargas, evitando cias e nos parques industriais, e, caso ocorra algum a interrupção de clientes em uma dada contingência. CLIENTES Universalização 2006 2007 2008 85.607 75.836 103.288 122.798 113.371 114.455 143% 149% 111% Metas de atendimento Atendimentos (n°) Alcance de metas (%) Luz para Todos (2004 a 2008) 1 89 124 salização do Acesso e Luz para Todos tinham abrangido com baixo poder aquisitivo, que são classificados como 67% 98,5% dos consumidores potenciais da área da Coelce. consumidores de baixa renda. Eles têm redução de até Tais programas buscam oferecer desenvolvimento so- 65% no valor de sua tarifa, sendo o repasse do be- cioeconômico, permitindo o acesso a serviços de saúde, nefício transferido para as outras classes de consumo, educação, abastecimento de água e saneamento. que financiam, em média, 75% do projeto. Os governos Ligações Nº % 1.200 244.300 15,5% Região Nordeste 3.800 772.800 49,0% Região Sudeste 1.600 322.200 20,4% 650 129.500 8,2% Total rizadas para eletrificação. O programa atende clientes 48% Região Norte Região Centro-Oeste minar a demanda e definir as obras que devem ser prioAté o encerramento de 2008, os programas de Univer- 48 Benefic. (mil) Região Sul estaduais contribuem com 10% e as empresas distriUniversalização | GRI EU22 | De acordo com a Aneel, a Região Nordeste ilustra 550 108.900 6,9% pelo Programa de Universalização do Acesso e Uso da bem o impacto da geração de renda no consumo de 1.577.700 100% Energia Elétrica. A iniciativa prevê a ligação de novas energia elétrica. Em maio de 2008, a Empresa de Pes- unidades consumidoras, ou aumento de carga, sem ônus quisa Energética (EPE) detectou que, pela primeira vez, para os interessados. Dos 184 municípios cearenses, o volume de energia elétrica requerido pelas residên- 124 haviam sido universalizados até o final de 2008. cias nordestinas (que abrigam 28% da população na- Parte dos atendimentos conta com o incentivo do pro- cional) superou o da Região Sul que, apesar de reunir grama Luz para Todos. Do total de ligações, 10% foram 15% da população do País, tem capacidade industrial mais desenvolvida. Estimativa do número de novos consumidores ligados à rede elétrica Fonte: Ministério de Minas e Energia, 2008 (Valores até maio de 2008). Luz para Todos – Ceará 2006 2007 2008 Metas de atendimento 33.000 30.000 29.700 Número de atendimentos efetuados 33.965 21.671 23.410 103% 72% 79% custeadas pelo governo do Estado do Ceará, 15% pela Coelce e 75% pelo governo federal. A meta é finalizar a Origem dos recursos (R$ mil) Governo federal | GRI EC4 | 2006 2007 2008 65.419 46.300 52.843 Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) 54.509 38.583 44.011 Reserva Global de Reversão 10.910 7.717 8.832 13.148 6.457 Governo estadual | GRI EC4 | Próprios Total dos recursos aplicados Operação e Manutenção Custo médio por atendimento buidoras de energia elétrica, com mais 15%. No ano, 114.455 novos consumidores foram atendidos 7.800 1 Cumprimento de metas (%) meio do Comitê Gestor Estadual, responsável por exa- 26% Municípios univ. Municípios univ. (%) PRINCIPAIS PROGRAMAS Universalização em 2010. | GRI EC4 | O desempenho deve-se à expansão do consumo médio por domicílio, em decorrência do aumento de renda e de programas sociais de transferência de recursos do Luz para Todos | GRI EU22 | governo federal, especialmente o Bolsa Família. Tam- 3.075 O Programa Nacional de Eletrificação Rural, Luz para bém influenciou a evolução do número de domicílios 25.163 102.849 171.143 Todos, iniciado em 2004, busca levar energia elétrica atendidos, por meio do Luz para Todos. 103.730 155.606 227.061 para as comunidades rurais, contribuindo para o de- No Estado do Ceará, o programa atendeu a 112 mil senvolvimento social e econômico, o aumento da renda unidades consumidoras até 2008, sendo 23.410 so- familiar e a redução da pobreza. mente no ano, com investimento de R$ 227 milhões, ND ND ND 3,05 7,18 9,70 A solicitação é feita em uma das lojas Coelce ou por dos quais R$ 56 milhões subvencionados pelos gover- 47 48 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 nos federal e estadual. Nos últimos três anos, o progra- a mesma tensão. Já os clientes rurais de baixa-tensão ma superou as metas estabelecidas pelo governo, totali- têm redução de 60% comparativamente aos consumi- zando 82 mil consumidores, em média – representando dores das demais classes com o mesmo nível de tensão. Boas práticas • postes resistentes Em 2008, o benefício foi concedido a 1.558.032 desempenho de 80% no atendimento dessas solicitações. clientes residenciais. Desse total, 1.141.384 são vincu- A Coelce, em parceria com o fabricante local L.C. Tarifa social | GRI EU22 | lados à Resolução Aneel nº 246/02, que estabelece a Amaro, desenvolveu o protótipo de um poste de fibra O Programa Tarifa Social Baixa Renda é um benefício tarifa de baixa renda aos clientes com média de consu- de vidro, ideal para uso em áreas de intensa con- criado pelo governo federal, que concede descontos mo mensal inferior a 80 kWh (considerando o prazo de centração salina, pois resiste mais à maresia do que na tarifa de energia elétrica às famílias com menores 12 meses anteriores). Essa categoria já recebe o bene- os tradicionais (feitos de concreto). Além de reduzir condições socioeconômicas, conforme disposto na Lei fício automaticamente. o custo de manutenção e ser produzido localmen- nº 10.438/2002. Em contrapartida, as distribuidoras recebem um subsídio mensal do governo. Os outros 416.648 clientes são vinculados à Resolu- te, contribuindo para a geração de renda no Ceará, ção Aneel nº 485/02, que beneficia consumidores com o material proporciona facilidade de transporte, de Até dezembro de 2008, as homologações mensais média de consumo entre 80 kWh e 220 kWh e inscritos instalação, redução do risco de choques elétricos e foram realizadas conforme cronograma estabelecido na no Cadastro Único para Programas Sociais do governo vida útil prolongada. Agora estão sendo desenvol- regulamentação, não existindo atraso no repasse des- federal (Cartão Cidadão, Vale-gás, Bolsa Escola, Bolsa vidos postes bipartidos de cinco e sete metros, que ses recursos pela Eletrobrás. A solicitação do subsídio Alimentação e Bolsa Família). possibilitam o transporte em carros pequenos. complementar referente ao período de março a novem- Em 2008, por exigência da agência reguladora, todos Em 2008, a companhia realizou um programa de bro de 2007, no valor de R$ 16,9 milhões, foi homolo- os consumidores classificados como baixa renda tive- inspeção e qualificação de oito fabricantes de pos- gada integralmente pela Aneel. | GRI EC4 | ram de fazer seu recadastramento, mediante a apresen- tes de concreto, vigas, anéis e outros acessórios de Clientes residenciais e rurais classificados como de tação do número do Cadastro de Pessoa Física (CPF). concreto armado. Com durabilidade estimada pelas baixa renda podem alcançar redução de 65% do valor Dos 400 mil clientes registrados no banco de dados da normas técnicas entre 10 e 20 anos, os postes ad- da tarifa residencial tradicional. Os clientes rurais de Coelce, 300 mil solicitaram o cadastro e continuaram quiridos estavam resistindo apenas dois anos. nível de alta-tensão possuem tarifa social 10% menor aptos a receber o benefício de redução do valor mensal do que a das demais classes (indústria e comércio) com da tarifa de energia. As áreas de Normas e Procedimentos e de Qualidade da Coelce organizaram visitas às fábricas e auditoria de infraestrutura e processos de fabrica- Tarifa Baixa Renda Clientes cadastrados no programa Bolsa Família Domicílios atendidos como baixa renda % do total de domicílios atendidos (consumidores residenciais) 2004 2005 2006 2007 2008 ção, incluindo a qualidade da matéria-prima uti- ND 143.513 410.278 507.518 540.182 lizada. A empresa mais bem qualificada recebeu 1.339.871 1.415.968 1.486.591 1.385.387 1.558.032 72% 73% 74% 68% 73% certificado de credenciamento. CLIENTES Programa de investimentos especiais (R$ mil) CATEGORIAS DE CLIENTES A companhia encerrou 2008 com 14 clientes livres, retração de 26,3% em relação ao final de 2007. Essa varia- A Coelce alcançou, em 2008, a marca de 2,8 milhões ção se deve pela redução líquida de cinco clientes livres na de clientes – 153.092 novos consumidores, crescimento base comercial da companhia (basicamente, o retorno de de 5,7% em relação ao ano anterior. Desse total, 2,1 oito clientes livres ao mercado cativo e a entrada de três milhões de unidades consumidoras referem-se ao seg- novos clientes livres, ao longo de 2008). mento residencial (cerca de 1,6 milhão classificado como Total de clientes ativos (mil) baixa renda) e 304 mil são clientes rurais. O acréscimo Programa de Investimentos Especiais está concentrado nas classes residencial e rural. O contrato de concessão da Coelce prevê a execução de Essa evolução reflete, em essência, o crescimento ve- obras e serviços contemplados pelo Programa Anual de getativo do mercado cativo e os investimentos para a co- Investimentos Especiais do Estado. São previstas obras nexão de novos clientes à rede, em especial no Programa de extensão de redes MT/BT, subestações com linhas Luz para Todos, que foram responsáveis pelo acréscimo de de transmissão de 69 kVA, aumento de carga, obras de 23.410 unidades consumidoras. 2.334 2.438 2.543 2004 2005 2006 2.842 2.689 2007 2008 suporte, remanejamento de postes e recondutoramento que sejam solicitados pelo governo estadual. O objetivo é garantir infraestrutura aos projetos industriais, turís- Evolução do número de clientes | GR I EU2 | ticos, de irrigação, abastecimento de água, iluminação Mercado Cativo pública e eletrificação rural e urbana. Residencial De acordo com o Convênio nº 048/98 emitido pelo Normal 2005 2006 2007 2008 (07/08) 1.871.241 1.943.684 2.020.253 2.036.983 2.132.492 4,7% 531.370 527.716 533.662 651.596 574.460 -11,8% governo estadual, a Coelce deve destinar 1% do fatura- 1.339.871 1.415.968 1.486.591 1.385.387 1.558.032 12,5% Industrial 6.831 6.572 6.455 6.015 5.943 -1,2% mento líquido de venda de energia para o Programa de Comercial 136.141 138.696 141.469 146.680 151.276 3,1% Investimentos Especiais. A liberação das obras se dá após Rural 189.591 208.797 218.162 267.709 303.994 13,6% a entrega do plano de obras pelo governo estadual, o qual se reflete nos valores investidos pela companhia. Os valores anuais investidos que não atingem o percentual Baixa renda Var. (%) 2004 Setor Público (inclui Iluminação Pública) Subtotal Revenda Consumo próprio do faturamento líquido definido no referido convênio se Clientes ativos sem fornecimento acumulam para os anos posteriores. Em 2008 o valor in- Total de clientes vestido totalizou R$ 2,6 milhões. | GRI EC8 | 26.248 27.721 29.617 32.608 35.731 9,6% 2.230.052 2.325.470 2.415.956 2.489.995 2.629.436 5,6% 2 2 3 2 2 0% 216 216 220 241 225 -6,6% 103.320 112.402 127.078 198.508 212.175 6,9% 2.333.590 2.438.090 2.543.257 2.688.746 2.841.838 5,7% 49 50 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 Serviços Coelce Produtos e serviços para clientes residenciais A crescente oferta de novas opções em seguros, serviços e parcerias fortalece a imagem da Coelce como Seguros Coelce Cobrança realizada mensalmente na fatura de energia elétrica Família Seguro Residencial 3 + 1 Produto que mais se destacou nas vendas em 2008, na carteira de seguros da Coelce. O conjunto de seguros residenciais com coberturas específicas garante a indenização em caso de incêndio, raio e/ou explosão e, dependendo do plano escolhido, cobre riscos de roubo e/ou furto qualificado e responsabilidade civil familiar. Foram registradas 242.808 adesões em 2008, 11% superior a 2007 (218.316). Seguro Vida Protegida Lançado em 2008, além de oferecer proteção financeira e assistência funeral, possibilita descontos na compra de medicamentos. O titular ainda participa mensalmente de sorteios de R$ 3 mil pela Loteria Federal. Foram registradas 4.054 adesões em 2008. Seguro Estudo Garantido Lançado em 2008, oferece cobertura por morte natural ou acidental em 24 vezes o valor da mensalidade até o limite máximo de R$ 10 mil por estudante. Também paga R$ 1 mil no caso de morte natural ou acidental do responsável pelo pagamento das mensalidades escolares, por aluno. No caso de desemprego involuntário, pagamento de até cinco mensalidades escolares do mês imediatamente posterior ao sinistro, até o limite máximo de R$ 11,5 mil, entre outras vantagens. Em 2008 a Coelce registrou 196 adesões. Seguro Emergência Auto Assistência 24 horas em caso de problemas como o carro. Com 176 adesões em 2008, o produto é ideal para quem não tem condições de arcar com um seguro tradicional. Dentre os serviços garantidos estão socorro mecânico, reboque de carro, chaveiro, assistência em caso de falta de combustível, pneu furado ou danificado, meios de transporte alternativo, hospedagem, guarda-carro, motorista amigo, envio de peças e transmissão de mensagens urgentes. Seguro Domiciliar com Assistência 24 horas Além da assistência residencial, oferece cobertura de incêndio, raio e explosão com nove serviços disponíveis em caso de sinistro, serviços de emergência (chaveiro, eletricista e encanador) e serviços especiais. Foram registradas 4.329 adesões em 2008, quantidade 90% superior a 2007 (2.278). Seguro para Diária de Internação Hospitalar Em caso de internação hospitalar, o cliente recebe R$ 120,00 por diária. Como foi instituído em dezembro de 2008, não registrou adesões. Título de capitalização Boa Ação, Boa Sorte O cliente contribui com um valor fixo mensal acessível, de R$ 2,99 (Plano I) ou 4,95 (Plano II) e concorre a prêmios em dinheiro, por meio de sorteios mensais. Do total arrecadado, 10% são destinados para o Instituto Ronald McDonald, que investe em projetos de combate ao câncer infanto-juvenil. Em Fortaleza, o instituto apoia a Associação Peter Pan. Em 2008, o produto registrou 95.355 adesões, quantidade quase quatro vezes maior que em 2007 (19.128). prestadora de soluções capaz de gerar benefícios aos seus clientes e maior retorno financeiro aos acionistas, de forma mais ampla do que levar energia elétrica de qualidade. Clientes residenciais – Em 2008, foram considerados sucesso de vendas o seguro Família Residencial 3+1, o título de capitalização Boa Ação, Boa Sorte e a arrecadação de faturas de planos odontológicos, com total de 542.510 clientes. Grandes clientes – O pacote de serviços e soluções Coelce Plus é destinado a clientes ligados às redes de média e alta-tensão. Clientes institucionais – Por meio do Coelce Plus Institucional, são oferecidos os seguintes serviços a clientes da administração pública: Coelce Plus Institucional Clientes Clientes em 2007 em 2008 37 41 5 10 209 349 87 16 Outros 104 127 Total 442 543 Banco de capacitores Construção de subestações Iluminação de prédios públicos Manutenção de subestações Coelce Serviços Kit Energia Conjunto de peças e serviços utilizado para entrada de energia em residências ou empresas, com objetivo de proporcionar qualidade ao serviços de ligação nova, acréscimo/decréscimo de carga, padrão rural irrigante dupla tarifação e mudança de medidor de local. Em 2008 foram vendidos 56.387 kits, 33% acima do ano anterior (42.190). Coelce Comercial Profissionais qualificados vistoriam o empreendimento do cliente, elaboram orçamento e consertam eventuais problemas em instalações elétricas, com pagamento facilitado pela conta de energia. Em 2008 foram realizados 5.342 serviços (14.763 em 2007). Cobrança Fácil A conta de energia é colocada à disposição como meio de arrecadação de produtos e serviços oferecidos por empresas parceiras (que em 2008 totalizaram 11). No ano, a quantidade de serviços de cobrança foi de 887.863, 602% maior que em 2007 (126.354). CLIENTES ATENDIMENTO Clientes Residenciais Para atingir a sua Visão de ser a empresa número um, Central de Relacionamento se tratarem de serviços de fornecimento ininterruptos, no Ceará, em atendimento e proximidade com os clientes As novas regras do Código de Defesa do Consumidor como é o caso da distribuição de energia. O tempo de até 2011, a Coelce investe em tecnologia e melhoria dos para os serviços de call center foram de fácil adequação espera deve ser de até um minuto para contato direto processos internos, além de treinar seus colaboradores pela Coelce, que desde 2005 desenvolvia o Projeto com o operador e a ligação só poderá ser transferida para que entendam cada vez mais as necessidades dos Contato. Visando à excelência, essa iniciativa já buscava de um atendente para outro uma única vez. O serviço consumidores, visando estreitar o relacionamento com solucionar a ocorrência no primeiro contato com o cliente. gratuito de teleatendimento, disponível pelos telefones esse público estratégico. Em 2008, isso ocorreu em 82,5% dos atendimentos. 0800-285-0196 (ligações originadas de telefones fixos) As exigências determinam que os call centers estejam disponíveis 24 horas, sete dias por semana, quando e 9090-8811-6000 (de telefones celulares), cumpriu Serviços Coelce Plus para grandes clientes Eficiência energética Construção de linhas e subestações Manutenção de subestações Correção do fator potência Instalações elétricas internas Venda de equipamentos Outros Diagnóstico e elaboração de projeto para tornar as instalações mais ecoeficientes, por meio da troca de equipamentos de climatização, iluminação e força motriz. Além disso, treina colaboradores do cliente para o consumo eficiente da energia elétrica. Em 2008 seis clientes foram beneficiados e 20 pessoas treinadas (21 empresas, com treinamento de 120 pessoas, em 2007). toda a regulamentação, inclusive com tempo médio de apenas 0,08 segundos para o início do atendimento. Outro motivo de comemoração para a Coelce referese ao indicador que verifica o abandono da ligação pelo Elaboração de projeto elétrico civil e execução da construção e montagem de subestações aéreas e abrigadas, além de redes de distribuição. Foram registrados 271 serviços em 2008, quantidade 198% superior à registrada em 2007 (91). Atendimentos Manutenção preventiva anual para os clientes que possuem subestações aéreas ou abrigadas. Inclui o serviço da equipe Coelce Plus Empresarial para atendimento emergencial. Em 2008 foram realizados 187 serviços, montante 315% superior ao de 2007 (45). Relacionamento Instalação de bancos capacitores para o equilíbrio do consumo de energia elétrica. Após a contratação do serviço, o cliente economiza o valor da multa por reativo excedente antes cobrada pelo baixo fator de potência. Em geral, o custo da implantação do serviço é pago com a própria economia obtida na conta. Em 2008 foram registrados 351 serviços, quantidade 112% superior a 2007 (165). Modernização das instalações elétricas internas por meio de mão de obra especializada em construção e adequação de subestações de média e alta-tensão, construção de rede de loteamentos, rede rural, projetos de iluminação pública, estádios esportivos e atendimento a eventos especiais. Em 2008 foram registrados dois serviços, em comparação a sete no ano anterior. Oferta de soluções em projeto e equipamentos eficientes (máquinas, motores, transformadores, geradores, etc.), com pagamento facilitado via fatura de energia. Em 2008 aconteceram 57 vendas de equipamentos, quantidade 90% acima de 2007 (30). Reformas elétricas, adequação de medição, atendimento emergencial, cobertura isolante em baixa e média-tensão, aluguel de equipamentos. Os 292 serviços registrados em 2008 foram superiores aos 257 obtidos no ano anterior. Central de Agências 2006 2007 2008 3.073.962 3.305.654 2.936.214 2.555.823 2.832.637 2.732.931 Internet Total 376.418 751.396 1.257.536 6.006.203 6.889.687 6.926.681 Tempo de espera (min) 2006 2007 2008 Espera até o início de atendimento nas agências 04:47 04:21 05:14 Espera até o início de atendimento na Central de Relacionamento 0,13 0,13 0,08 Tempo de atendimento nas agências 04:40 04:55 04:52 Tempo de atendimento na Central de Relacionamento 04:03 04:20 04:36 51 52 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 cliente, que em 2008 foi abaixo de 1% (0,87%), signifi- mais espaço físico e bem-estar aos atendentes. Foi ainda Lojas de atendimento cando que cada vez menos o cliente fica esperando por instalado um novo sistema para atendimento integral ao A Coelce possui 201 lojas de atendimento, sendo duas atendimento. Em 2008, os 350 teleatendentes, que se cliente, com plataforma de navegação na web mais dinâ- unidades móveis. Os 373 atendentes recebem solicita- revezam em três turnos na Central de Relacionamento, mica e moderna. Foram também contratados mais 50 co- ção de serviços e realizam a venda de seguros e demais receberam, em média, 250 mil ligações mensais, con- laboradores e reforçadas as campanhas de motivação para produtos e soluções da companhia. Em 2008, houve tabilizando 2,9 milhões de chamadas. A quantidade de alcance de metas comerciais, recompensadas por meio de 2,7 milhões de atendimentos. ligações pode ser influenciada por alterações climáticas bonificações aos melhores desempenhos. Cuidados com a Os clientes também podem imprimir a segunda via da e outras ocorrências que impacta o sistema elétrico. postura, alimentação e voz são observados no cotidiano. conta de energia, consultar débitos ou solicitar outros A estrutura da Central de Relacionamento em Fortale- Massoterapeutas também atuam diariamente para aju- serviços simples por meio de máquinas de autoatendi- za passou por completa reforma em 2008, para garantir dar os funcionários a relaxar possíveis tensões no corpo. mento. Em 2008 foram registradas 723 mil operações. A partir de 2007, a Coelce passou a elaborar um ranking trimestral dos melhores profissionais das lojas de Boas práticas • Atendimento mais próximo atendimento, com base em cinco critérios: tempo médio de atendimento; produtividade; avaliação dos conhecimentos sobre os procedimentos da companhia; venda de O ano de 2008 marcou a inauguração do novo formato atendimento foi super-rápido e gostei de acompanhar produtos e serviços; e satisfação do cliente. Esse último de atendimento. Agora, clientes e atendentes ficam lado na tela do computador o que estava sendo explicado. item recebe a maior ponderação do cálculo, equivalente a lado, e não mais separados por um balcão, permitindo No final, ainda perguntaram: a senhora está satisfei- a 60%. Os profissionais que se destacaram têm sua foto mais interação e transparência. O novo projeto arquite- ta?”, diz Helenice, confirmando ter ficado muito bem- divulgada na intranet, e a cada trimestre são convidados tônico das lojas também prevê instalações mais amplas impressionada com o sistema. para um jantar com o presidente da Coelce, diretores e e espaço exclusivo para exposição e oferta de produtos e serviços. A novidade também foi aprovada pelas atenden- coordenadores de áreas, quando são homenageados. tes. “O cliente vê que a gente busca fazer o melhor”, “Quando cheguei aqui, me encantei. Todos os clien- explica Fabíola Siqueira. Seis grandes lojas adotaram Agência interativa tes esperavam sentados, as atendentes tinham sorriso esse modelo em 2008, que será estendido a mais nove Acompanhando a tendência global do aumento de usu- no rosto e os clientes eram tratados do mesmo jeito, unidades até o final de 2009. ários de internet, em 2008 foi registrado 1,3 milhão não somente os que estavam vestidos de forma mais Outra facilidade disponível é o atendimento com de atendimentos instantâneos via website (chat), que vistosa”, conta Helenice Maria Rodrigues Costa, profes- hora marcada, que pode ser agendado por meio de oferecem os mesmos serviços disponíveis por telefone sora aposentada, que foi à loja do Conjunto Ceará. “O uma central telefônica 0800 ou no próprio local. e funcionam como canal de comunicação para receber reclamações ou sugestões. CLIENTES 2006 2007 2008 ta ou por intermédio das lojas, Central de Relacionamen- Prazos na execução de serviços 2,80% 0,69% 0,34% to, caixa postal e website. Também recebe reclamações Fornecimento inadequado de energia 0,35% 0,84% 0,80% 90,04% 92,79% 96,70% de órgãos de defesa do consumidor e promotorias, além Conta não entregue 2,97% 3,05% 1,20% Valores cobrados na conta 0,17% 0,23% 0,02% necessitam de prazo estipulado para resposta. Em 2008, Outros 3,67% 2,40% 0,94% foram prestados 452.127 atendimentos, incluindo a en- Total 100% 100% 100% trega de respostas de correspondências. Reclamações procedentes e improcedentes 2006 2007 2008 Para o desenvolvimento profissional dos colaborado- Julgadas procedentes em relação ao total de reclamações recebidas 96% 95% 96% res da Área de Análise e Resposta ao Cliente, a Coelce ofereceu cursos para aperfeiçoar a escrita, atualizar co- Principais reclamações recebidas Interrupções Julgadas improcedentes em relação ao total de reclamações recebidas Solucionadas em relação ao número de reclamações procedentes Quantidade de inovações implantadas em razão da interferência do ouvidor e/ou do serviço de atendimento ao consumidor 4% 5% 4% 99% 98% 93% 7 15 19* das análises de recursos de Termo de Ocorrência (TO), que nhecimentos e calcular Termos de Ocorrência. Escreva para o presidente * 8 por meio da Ouvidoria e 11 pelas áreas de atendimento comercial Os clientes podem enviar mensagens diretamente para O principal motivo das reclamações recebidas via são direcionadas para atender à comunidade em aspectos o presidente da Coelce, por meio de canal de comunica- Central de Relacionamento, lojas de atendimento e como parcelamentos facilitados, aferições de medidores e ção disponível nas lojas de atendimento. Em 2008, foram internet é a interrupção de serviços, com 96,7% do cadastro para os programas Ecoelce e Troca Eficiente. realizados 74 atendimentos, entre reclamações e suges- total das solicitações. Em 2008, foram solucionadas A partir de julho de 2008, a equipe passou a promo- tões, com resposta enviada ao cliente em 24 horas, por ver oficinas de teatro com jovens, como um meio de eles meio de carta. A área responsável pela análise e resposta expressarem suas opiniões. Um grupo de voluntários da aos clientes mantém relacionamento direto com o Decon Coelce nos Bairros Coelce, capacitados pela Casa do Conto, também apro- Fortaleza, que registrou, em 2008, redução de 32% no O programa busca ser um forte canal de comunicação veita a reunião da comunidade para contar estórias e total de reclamações em relação ao ano anterior. entre a empresa e as comunidades, por meio de reuni- realizar atividades lúdicas com as crianças. De janeiro a ões e do contato direto com lideranças para entender dezembro de 2008, o Coelce nos Bairros realizou 190 Pontos de arrecadação suas reais necessidades. Nos encontros, são realizadas reuniões, com a participação de 37.578 pessoas. Os clientes da Coelce podem pagar suas faturas de 93% das reclamações consideradas procedentes. energia em 1.562 pontos de arrecadação distribuídos palestras de esclarecimentos sobre o uso eficiente e seguro da energia elétrica, os canais de atendimento, Carta Serviço – análise e resposta pelos 184 municípios cearenses, como instituições ban- produtos, serviços e programas sociais da distribuidora. O canal é especializado em controlar o recebimento de re- cárias, farmácias, supermercados, entre outros. Nas 201 A partir das demandas, as demais áreas da empresa clamações e sugestões dos consumidores, de forma escri- lojas de atendimento, há 131 pontos de arrecadação. 53 54 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 Clientes com necessidades especiais 2006, com a introdução dos projetos Ecoelce (página Para manter a certificação ISO 9001 para a Área de A Coelce incrementou suas ações inclusivas com a com- 87), Troca Eficiente e Energia Social (página 101), que Grandes Clientes, foram realizadas as seguintes ativi- pra de um aparelho que permite o atendimento telefô- promovem a capacidade econômica de uso da energia. dades em 2008: nico a clientes com deficiência auditiva, cujo número é • Atendimento prioritário a grandes clientes pelas equi- 0800 2801887. Nesse sistema, o cliente insere o apa- Grandes Clientes relho monofone (teclado alfanumérico) em um telefone A parcela de grandes clientes corresponde a 0,2% do comum e digita as informações, que são visualizadas total da carteira atendida pela Coelce. Pela característi- • Intensificação das visitas personalizadas: totalizaram pela atendente da Central de Relacionamento. pes de Linha Viva (especialistas técnicos que realizam obras em rede energizada); ca desse segmento, a companhia oferece atendimento 3.864 em 2008, aumento de 59,8% em relação ao Houve também treinamento dos profissionais na especial, desde o momento da solicitação dos serviços, ano anterior. O objetivo é conhecer de perto os pla- Linguagem Brasileira de Sinais (Libras). Até dezembro com postos exclusivos na Central de Relacionamento, nos de expansão dos clientes, a fim de oferecer solu- de 2008, nove lojas possuíam atendentes qualificados, até a execução e manutenção dos trabalhos. ções diferenciadas para cada caso, e com dez profissionais formados pela Federação Nacio- Uma das principais iniciativas foi a realização do nal de Educação e Integração dos Surdos (Feneis). Já curso Gestor de Conta de Energia. A fatura destinada as pessoas com deficiências visuais podem solicitar a a esse público traz vários elementos, com maior grau conta de energia em versão braile, benefício que con- de complexidade que a residencial. Durante oito horas, Clientes Institucionais templou 42 clientes em 2008. os administradores aprendem conceitos tarifários, leitu- Uma área exclusiva é destinada ao relacionamento com • Expansão das visitas e vendas de serviços para o interior do Ceará. Outra iniciativa é a construção de rampas de acesso ra técnica da fatura e funcionamento da telemedição, os clientes institucionais, sendo dividida em atendimento nas lojas de atendimento. Todas as unidades que passam entre outros. Também visitam o Centro de Controle do e vendas de serviços. Um grupo de seis executivos espe- por reformas recebem essa estrutura, sendo que 39 já Sistema e a Central de Relacionamento. Em 2008 foram cializados e quatro colaboradores de apoio é responsável oferecem essa facilidade para pessoas com dificuldades oferecidos cinco cursos, com 204 participantes. A ini- pela oferta de serviços de ligações novas ou provisórias, de locomoção (sendo 14 em Fortaleza e Região ciativa continuará em 2009, de acordo com a demanda. pedidos de execução de obras de extensão de rede, ve- Outro destaque foi a parceria firmada entre a Coelce rificação de faturas mensais de energia, repasse da Con- Metropolitana e 25 no interior do Estado). | GRI EU23 | e a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), tribuição de Iluminação Pública e outras demandas dos Comunidades de baixa renda no programa Ampliando Possibilidades. A iniciativa municípios e governos estadual e federal. Além do acesso a uma tarifa de energia mais barata, possibilita que empresas contem com atendimento per- Os clientes institucionais ainda contam com a orien- definida pela Aneel, a Coelce atua de forma proativa sonalizado da Coelce, na sede da entidade, com acesso tação de 16 profissionais qualificados para facilitar a em comunidades com baixos índices de consumo e/ou mais rápido à solução de problemas e a produtos e ser- contratação dos serviços Coelce Plus Institucional. poder aquisitivo, com foco na realização de programas viços. Parceria semelhante foi firmada com a Câmara sociais. Essas iniciativas ganharam destaque a partir de dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza. CLIENTES SATISFAÇÃO DO CLIENTE Negociação de Dívidas Ouvidoria A Coelce permite a opção de parcelamento de dívidas Os clientes contam com canais diretos de comunicação Privacidade e Ética dos clientes, oferecendo taxas e prazos mais favoráveis com a Coelce, por meio de Central de Relacionamento O Código de Ética Empresarial da Coelce prevê o ade- que os existentes no mercado financeiro. A negociação (0800 2804100), pessoalmente (na Rua Padre Valdevi- quado manuseio das informações, a fim de garantir a de dívida pode ser feita por meio de qualquer canal no Nº 150, Fortaleza), pelo e-mail ouvidoria@coelce. privacidade dos clientes. Na divulgação de campanhas de atendimento da empresa. Em todo o ano de 2008 com.br e por correspondências. Em 2008, a Ouvidoria e peças publicitárias, a Coelce respeita os padrões éti- foram realizados 106.082 parcelamentos, quantidade realizou 14.852 atendimentos, entre consultas, recla- cos de propaganda adotados no Brasil, definidos pelo 17,4% menor que em 2007. Do total, 86,4% foram so- mações e solicitações, atuando de forma imparcial na Conselho Nacional de Autorregulamentação Publici- licitações de clientes residenciais. mediação dos conflitos. | GRI PR5 | Em 2008, foram gerados na Ouvidoria 1.227 proces- tária (Conar) e não possui registro de violação de regulamentação de propaganda e marketing. A Área de Quantidade de negociação de dívidas sos, dos quais 989 julgados procedentes. Do total de Comunicação é responsável, em última instância, pela processos, 8,2% recorreram à Arce. Várias ações foram adequação do conteúdo divulgado. Todas as campa- adotadas para melhorar o atendimento: nhas são submetidas ao Comitê de Gestão da Marca • Ampliação do quadro de colaboradores, de oito para para avaliação final. | GRI PR6 | nove, com disponibilidade de atendimento presen- Os produtos da Coelce não são passíveis de pro- cial, inclusive no horário de almoço (12 às 14 horas); cedimentos de rotulagem, embora a Aneel estabeleça • Expansão do programa Ouvidoria na Comunidade, que alguns itens obrigatórios na conta de energia elétrica, vai até as regiões mais carentes para levar esclareci- o que é respeitado e cumprido 100% pela empresa, mentos sobre a Coelce e o papel da Ouvidoria, além de que não registrou nenhuma não conformidade nesse colher reclamações e/ou solicitações dos consumidores. aspecto em 2008. Negociação por classe de consumidores Em relação à descrição de seus outros produtos, Quantidade de atendimentos pela Ouvidoria Coelce 2004 - 2008 como seguros e títulos de capitalização, todas as características e condições particulares de uso são colocadas 13.494 de forma clara nos contratos de adesão e materiais de Residencial 86,4% vendas. No caso de seguros, são consideradas também Rural 6,7% informações obrigatórias para comercialização de segu- Comercial 6,6% ros privados, seguindo as normas da Superintendência de Seguros Privados (Susep). | GRI PR3 | Industrial 0,3% 11.841 9.063 12.494 14.852 55 56 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 Pesquisas de Satisfação do Cliente | GRI PR5 | Cliente Fantasma Média Pesquisa Abradee A evolução no Índice de Satisfação da Qualidade Per- 2005/ jun. 2005/ set. 2006/ jun. 2006/ nov. 2007 2008 8,08 8,86 8,3 9,05 8,5 9,23 Pesquisa de satisfação 2006 2007 2008 Fornecimento 89,1 84,6 85,2 eleita como a melhor distribuidora de energia elétrica do Atendimento 83,9 78,0 82,7 Nordeste, pelo terceiro ano consecutivo. A companhia Conta de luz 85,4 83,1 85,4 Informação e comunicação 71,2 68,2 80,4 Imagem 83,6 80,4 86,9 cebida (ISQP) para 84,3% contribuiu para a Coelce ser também foi a quinta do País no resultado global do Prêmio Abradee e a segunda em Responsabilidade Social. Pesquisa Gerp de atendimento ao cliente Fonte: Vox Populi Realizada anualmente, a pesquisa avalia: qualidade de fornecimento de energia; informação e comunica- de 0 a 10, aspectos como abordagem ao cliente, ção com o consumidor; atendimento; conta de luz; e prontidão no atendimento, competência técnica, entre imagem da distribuidora. O indicador Informação e Co- outros itens. O resultado da Pesquisa Cliente Fantasma municação da Coelce foi o melhor do Brasil entre as em 2008 atribuiu média de 9,23 à Coelce, nota superior empresas com mais de 500 mil clientes. à registrada no ano anterior. A Coelce contratou o Instituto Gerp para promover semestralmente pesquisas de satisfação, utilizando os mes- Outras pesquisas mos critérios do modelo Abradee, com o objetivo de iden- A Coelce também contratou outros institutos de pesquisa tificar as iniciativas de melhoria contínua prioritárias para em 2008 para realizar sondagens de avaliação de satis- execução. Entre elas destaca-se a necessidade de ampliar fação dos consumidores em relação à empresa. O quadro a comunicação dos avisos de desligamento programado acima demonstra os resultados registrados pelo Vox Populi. e de divulgar melhor os direitos e os deveres dos clientes. O desempenho no Estudo de Percepção de Imagem com Líderes de Opinião (ILO externo) foi excelente, na índice aneel A companhia também monitora a qualidade de seus Fonte: Aneel comparação com os anos anteriores, ao receber nota 8,7. A metodologia consiste em entrevistas para a co- serviços por meio do Índice Aneel de Satisfação do Con- Cliente Fantasma leta de depoimentos de formadores de opinião, para a sumidor (Iasc). O objetivo é registrar a opinião sobre a O objetivo da pesquisa é monitorar a qualidade avaliação de aspectos como a relação da empresa com qualidade percebida, confiança, fidelidade, valor per- dos serviços prestados aos clientes nas lojas de o seu entorno e os níveis de transparência no repasse cebido e satisfação. O resultado de 2008 foi 56,51%. atendimento. Uma empresa externa avalia, com notas de informação e responsabilidade social. CLIENTES Na análise segmentada por público, a Coelce foi mais 2007. Grande parte dos acidentes fatais ocorreu durante o bem avaliada pelas autoridades políticas, cuja nota mé- período de campanhas políticas, com a passagem de trios dia foi 9,1; seguida pela percepção da sociedade (8,8), elétricos e a instalação de palcos. | GRI EU24 | Em conformidade com as decisões judiciais, a com- imprensa geral (8,7) e veículos da mídia especializados em economia (8,2). Número e % de clientes indenizados panhia indeniza os prejuízos decorridos de acidentes, tais como invalidez, morte, degradação de instalações, RESPONSABILIDADE SOBRE O PRODUTO incêndios e danos ambientais. A Coelce procura garantir a segurança na distribuição de Acidentes com a população 2004 2005 2006 2007 2008 energia elétrica ao cumprir de forma rigorosa as normas Taxa de Frequência 2,84 2,72 3,46 3,83 5,01 e os padrões técnicos estabelecidos pela legislação, além Taxa de Gravidade 374 926 2.171 1.738 2.368 de investir na manutenção preventiva de instalações e equipamentos. Além disso, os consumidores são cons- Aparelhos queimados ressarcimento de R$ 1.381.761. O valor médio das in- tantemente informados e lembrados sobre o uso seguro Os danos causados por ocorrências elétricas decor- denizações foi de R$ 402,85. e racional de energia elétrica. | GRI PR1 | rentes de oscilações no sistema elétrico são ressarci- No Estado do Ceará existem 74 lojas de assistência Para isso, a companhia utiliza os principais veícu- dos pela Coelce, conforme determinação da Aneel. Em técnica credenciadas para o atendimento de indeniza- los de comunicação, além de transmitir as mensagens 2008, a companhia registrou 4.618 pedidos de ressar- ção de equipamentos danificados por ocorrências elé- na própria conta de energia e em folhetos explicativos cimento em sua área de concessão, quantidade pouco tricas. Em 2008, a Coelce cumpriu todos os prazos es- disponíveis nas lojas de atendimento. As comunidades menor que a de 2007, quando foram registradas 4.896 tipulados pela Aneel para o ressarcimento dos clientes, cearenses participam ainda de projetos de educação, solicitações. Do total de pedidos de 2008, 3.430 foram principalmente o máximo de 90 dias para a devolução como o Escola Coelce Caminhos Eficientes, e recebem considerados procedentes, determinando um custo de do valor após o deferimento da reclamação. orientações por meio do programa Coelce nos Bairros. Apesar de todas as campanhas de conscientização, ain- Sinistros com terceiros 1 | GRI EU24 | da é registrado um grande número de furtos de cabos con- Montante reivindicado em processo a partir das reclamações da comunidade 2006 2007 2008 261,99 431,96 783,14 49,01 45,80 37,62 dutores de energia elétrica, que em alguns casos acabam Valor provisionado no passivo (R$ mil) resultando em mortes. Em 2008, foram registrados 41 aci- Número de processos judiciais existentes 32 56 69 dentes com a população, devido a choque elétrico, sendo Número de pessoas vinculadas nos processos 32 56 69 19 fatais, em comparação a 31 e 12, respectivamente, em 2 Ações judiciais relacionadas a acidentes com energia elétrica, acidente de trânsito e ressarcimento por queima de aparelhos. 2 Processos que permaneciam ativos em 31.12.2008 1 57 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 Conformidade A excelência no atendimento e a melhoria da quali- Boas práticas • Atendimento humanizado dade dos serviços prestados ao cliente resultaram na diminuição de reclamações registradas no Programa Após atuar com os atendentes da Central de Relacionamento, o Projeto Humanização teve como públicoalvo, em 2008, os eletricistas. Os momentos de corte do fornecimento, geralmente motivados por falta de pagamento, e de normalização dos serviços costumam ter forte impacto nos clientes. Para minimizar o potencial conflito, a Coelce investe na humanização no atendimento, buscando o aumento da percepção dos colaboradores parceiros para entender os sentimentos dos clientes e agir de forma mais receptiva. Alinhado aos valores de ser uma empresa simples, transparente e confiável, o projeto investiu na mudança comportamental dos profissionais em campo, para que passem a transmitir esse sentimento de servir com atenção e qualidade. Em 2008, 400 eletricistas participaram do projetopiloto em Fortaleza e Região Metropolitana, áreas com maior percentual de reclamações. A iniciativa foi dividida em três fases: humanização no trabalho; atendimento eficaz e padrão Coelce de atendimento. Incluiu o debate de temas como significado do trabalho, valorização da vida e os cuidados essenciais com a segurança, entre outros. O número de reclamações por conduta ou serviço mal-executado no corte ou na religação foi usado para mensurar a influência do projeto. O desempenho pontuado nos gráficos a seguir confirma a eficácia. O primeiro aponta reclamações procedentes em áreas nas quais o projeto foi desenvolvido e o segundo de regiões onde ele não ocorreu. Reclamações em regiões do projeto 14 13 9 17 15 Dessas, 79% foram consideradas improcedentes. Arce A Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará (Arce) é a responsável pela regulação e fiscalização dos serviços prestados pela Coelce. Em 2008, ingressaram na Arce 925 reclamações de clientes da empresa (média mensal de 77), quantidade 8,3% inferior à registrada em 2007 (1.009). Quando o consumidor registra reclamação no órgão no número de audiências de mediação realizadas pela 49 31 28 3 3 56 32% do número de reclamações, que totalizaram 492. Em 2008, comparativamente a 2007, houve redução 50 38 34 5 9 50 45 e Procon). No ranking, a companhia caiu do sétimo para o nono lugar entre 2007 e 2008, com redução de tar-se e apresentar solução para a situação reclamada. 91 21 Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Decon regulador, a Coelce é comunicada e solicitada a manifes- Reclamações em outras regiões 25 23 28 Arce, envolvendo a Coelce e os consumidores reclamantes. Foram realizadas 33 audiências, sendo todas 35 Conduta no corte executado Serviço mal-executado no corte ou religação Conduta no corte executado Serviço mal-executado no corte ou religação z de no v t ou t se ju l ag o ju n ar ab r m ai fe v m ja n z de no v t ou t se ju l ag o ju n ar ab r m ai m ja n relacionadas a reclamações sobre Termos de Ocorrênfe v 58 cias (TO), das quais chegou-se a acordo em 39%, ocasionando o encerramento das reclamações. Em 2007 haviam sido realizadas 364 audiências de mediação pelo órgão regulador estadual. - CLIENTES Justiça Federal Há diversas ações questionando o reajuste tarifário, mas em todos os casos as liminares concedidas foram cassadas. Em 2008, a Coelce participou da Semana Nacional de Conciliação, realizada pelo fórum Clóvis Bevilacqua. Por meio da iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a empresa firmou acordo em 40% das demandas e tem interesse em repetir no próximo ano, uma vez que há redução de custos (logístico e de acompanhamento das causas), de contingências e do estoque de ações. Justiça Estadual (juizado especial e justiça comum) O estoque de ações foi reduzido em aproximadamente 25,5%, principalmente em razão de avaliação no estoque de processos incluídos nos relatórios e que já deveriam estar baixados. O ingresso de novas ações Mediação Ressarcimento Mudança de titularidade com de danos liberação de elétricos débito anterior. Os principais motivos das ações dizem respeito aos temas: medição irregular, corte do fornecimento Com acordo Reclamações recebidas e procedentes Reclamações registradas no Procon/Decon 1 Reclamações de agências reguladoras (Aneel/ Arce) Sem acordo Total Quant. % Quant. % Quant. % 13 39% 20 61% 33 100% 2008 Meta 2009 492 467 Reclamações por Termo de Ocorrência 1 diminuiu 19,3% em 2008, na comparação com o ano Cobrança indevida de energia elétrica, queima de aparelhos e protesto de Tema Reclamações consideradas procedentes (Procon) Ligação nova Consumo abusivo 2004 2005 2006 2007 Meta 2008 1.560 2.327 1.283 724 688 dívidas (SPC e Serasa). | GRI PR9 | Causas cíveis | GRI PR9 | 2006 2007 2008 Total de processos 5.399 5.878 4.377 31.827 34.357 31.700 1.989 1.683 1.358 576 1.145 631 44 59 150 Contingência (R$ mil) 156 232 205 148 - 105 - Ingresso de ações 1.155 1.356 1.610 1.009 - 925 - Processos arquivados Foram acrescentados dez processos em 2007 (passando de 138 para 148) em decorrência de análises concluídas em 2008. Além dos 105 em 2008, há 72 em análise Acordos realizados 59 pessoas: Desenvolvimento profissional, saúde e segurança PESSOAS O primeiro pilar da visão corporativa da Coelce refere- Carreira baseada em competências se ao desenvolvimento profissional e pessoal do seu capital humano. Até 2011, almeja ser a melhor empresa Os colaboradores conseguem planejar e aprimorar a sua para se trabalhar no Nordeste e umas melhores do País. carreira por meio do Plano de Desenvolvimento Profis- Para alcançar esse objetivo, investe de forma significati- sional (PDP), baseado num sistema de competências ali- va em planos de carreira, saúde e segurança, educação nhadas à estratégia do negócio. Visualizando de forma e lazer de seus colaboradores. A Diretoria de Recursos transparente as etapas de ascensão e, principalmente, os Humanos contabilizou um número recorde de 184 mil requisitos mínimos para atingir o topo, o próprio funcio- horas de treinamento em 2008, o que representou a nário consegue identificar as oportunidades de melhoria média de 144 horas por pessoa treinada. e, além do seu esforço pessoal, conta com o apoio da Agir com simplicidade e proximidade, respeito e ética nas relações de trabalho, de parcerias e no atendimento aos clientes é a forma de atuação da companhia e de quem está ligado a esses valores. Desafio Ser, até o ano 2011, a melhor empresa para trabalhar na Região Nordeste área de Recursos Humanos para subsidiar treinamentos técnicos e comportamentais. | GRI EU15 | O Sistema de Gestão por Competência, iniciado em 2006, funciona de forma integrada com os processos Como resultado desses esforços, a Coelce foi eleita, de recrutamento e seleção e desenvolvimento e remu- pelo terceiro ano consecutivo, uma das 150 melhores neração. Toda a trajetória do empregado na Coelce está empresas para se trabalhar no Brasil pelo Guia Exame – registrada em seu Mapa de Carreira. Dessa forma, a Você S/A. Ficou na terceira posição na categoria serviços empresa procura evitar escolhas subjetivas nas promo- públicos, destacando-se no aspecto melhor setor para ções internas de troca de cargos. se trabalhar (no qual se avalia o Índice de Felicidade no A eficácia das ações de desenvolvimento da Gestão Ambiente de Trabalho). E, pela primeira vez, integrou o por Competências é verificada, anualmente, com base ranking das 500 melhores empresas do Brasil do anuá- na evolução nos níveis de proficiência das competên- rio As Melhores da Dinheiro, da revista Isto É Dinheiro. cias nos mapas de carreira dos empregados. Em 2008, A companhia foi destaque na área energética, ficando 18% dos colaboradores cresceram em média um nível em segundo lugar em dois critérios: Responsabilidade de proficiência em pelo menos duas competências. Em Social e Recursos Humanos. Ocupou ainda o 43º lugar 2007, esse índice foi 24% e em 2006, de 34%. O maior no ranking das 100 Melhores Empresas para Trabalhar percentual de 2006 reflete o empenho para suprir defi- no Brasil, pela revista Época e The Great Place to Work. ciências então existentes em várias competências. 61 62 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 deseNVOLVIMENTO Treinamento por função O desenvolvimento dos três tipos de competências | GRI LA10 | 2006 2007 2008 Horas/ empregado no Mapa de Carreira está intrinsecamente relacionado Categoria funcional Horas Horas/ empregado Horas Horas/ empregado Nível técnico 48.654 172,53 71.770 220,15 50.855 129,73 à conquista dos melhores resultados obtidos pela Nível operacional 43.617 103,36 79.523 220,29 49.601 168,14 (específicas, comportamentais e técnico-gerais) presentes ‘Horas Coelce nos últimos anos. Em 2008, 1.134 colaboradores Gerentes e supervisores 9.315 136,99 14.552 214,00 11.263 170,65 participaram de 12.332 horas de oficinas e treinamentos, Administrativo 24.717 107,00 61.633 282,72 37.381 185,05 Profissionais 20.288 70,69 40.051 133,06 32.675 108,20 2.733 118,83 15.465 672,39 1.435 65,23 incluindo cursos de informática, idiomas e projetos (7.984 horas em 2007). Diretoria Com o uso da metodologia Dominância, Influência, Estabilidade e Conformidade (Disc), foi realizada Lideranças | GRI EU15 | a correlação dos perfis definidos de cada área com as Os principais responsáveis pelas áreas puderam aper- mercial participaram do encontro Superação, no qual avaliações de potencial dos indicados pelos gestores. feiçoar as suas competências de liderança e gerencia- trocaram a rotina do escritório por trilhas ecológicas. Desse grupo, dez ascenderam a cargos de liderança. A mento de trabalho em equipe durante todo o ano de Cerca de 60 pessoas passaram dois dias em imersão companhia possui 52 candidatos no Banco de Talentos, 2008, por meio de vários cursos e treinamentos. No de conhecimentos e para maior integração entre os que será atualizado em 2009. total, foram 1.199 participações, com 12.698 horas. responsáveis e suas equipes. A política de gestão de re- Como parte da estratégia para reter os talentos inter- Em novembro de 2008, os gestores da Diretoria Co- dução de custos também esteve na pauta dos debates. nos, a empresa é parceira de universidades e escolas de Programas corporativos ensino técnico na formação educacional de seus colabo- O Crescer Juntos, um dos vários programas corporativos, Recrutamento e seleção radores nos níveis médio, superior e pós-graduação, com passou por reformulação importante em 2008. Antes de A companhia procura privilegiar a competência e o talento a oferta de bolsas de estudo. caráter individual, passou a ser realizado em grupos de até do seu público interno nos processos de recrutamento e 12 pessoas, da mesma ou de diferentes áreas. seleção. De forma sistemática, a divulgação da vaga é feita Anualmente a Coelce realiza a análise do desempenho de seus empregados em relação ao alcance de objetivos Todos aprendem quais são os macroprocessos da área na intranet, sendo os currículos dos candidatos analisados e metas. O resultado constitui um dos indicadores para a escolhida, por meio de um seminário e uma visita guiada. de acordo com o perfil do cargo e as competências definição da participação nos resultados da companhia. Em novembro de 2008, por exemplo, a Área de Cobrança técnicas e comportamentais. Caso nenhum colaborador realizou um seminário com o novo formato integrado do atenda aos requisitos exigidos, são procurados candidatos Avaliação | GRI LA12 | 2005 2006 2007 2008 programa Crescer Juntos. Os participantes analisaram os do mercado de trabalho. O processo respeita o Código de Percentual de empregados avaliados 97% 97% 98% 90% processos de cobranças especiais, corte e religação, além Ética, proibindo qualquer discriminação de etnia, gênero, de debateram sobre as atividades da gestão da cobrança. orientação sexual, religião ou classe social. 63 PESSOAS Perfil dos colaboradores e 299 na produção (eletricista, operador de subestação, Total de colaboradores | GRI LA1, EU16 | No encerramento de 2008, a Coelce mantinha 9.150 Por prazo indeterminado ou permanente Por prazo determinado ou temporário a 2007 (8.331), sendo 1.278 empregados, 7.662 Contratados de terceiros Em 2008, 1.187 empregados eram contratados em regime 2007 2008 Empregados em tempo integral colaboradores, aumento de 9,8% quando comparado terceirizados, 186 estagiários e 24 menores-aprendizes. 2006 Profissionais autônomos ou liberais Estagiários Jovens-aprendizes 1 1.207 1.201 1.187 inspetor de linhas, entre outros). O quadro reunia, em dezembro de 2008, 916 empregados de raça branca e 91 362 de raça negra. Não havia registro de pessoas de 6.376 6.837 7.662 raça amarela ou indígena. Do total de empregados, 53 (4,15%) são portadores de necessidades especiais, dos quais 3% são executivos e gestores de área, com salário médio de R$ 6,3 mil. Para os demais colaboradores com deficiências, a média salarial é de R$ 2,2 mil. Nos últimos anos, a companhia tem investido de forma significativa em adaptar as estruturas físicas de suas unidades e lojas de atendimento com rampas de acessibilidade e banheiros adequados. | GRI LA13 | 106 96 - - - 193 176 186 8 21 24 integral (220 horas) de trabalho e 91 em regime parcial 1 (180 horas). Os empregados estão classificados nas economista, entre outros), 357 técnicos (eletrotécnico, seguintes funções: 23 executivos (6 diretores, incluindo assistente técnico, técnico de segurança do trabalho, o presidente, e 17 gerentes), 64 gestores de áreas, entre outros), 213 administrativos (agente administrativo, 322 profissionais (contador, engenheiro, administrador, auxiliar de serviço, assistente, secretárias, entre outros) Em 31 de dezembro Programa Objetivo Carga horária Beneficiados 2007 Beneficiados 2008 Composição do quadro Semear Desenvolver a percepção dos valores 12 horas/turma, - 237 empregados | GRI LA13 | corporativos, a partir dos valores em sistema de individuais, para sedimentar a vivência imersão Administrativo dos mesmos no ambiente de trabalho. Valores em Ação Disseminar Missão, Visão e Valores por 12 horas/turma, meio de atividades teóricas e práticas. em imersão Crescer Juntos Promover a integração entre 12 horas/turma 142 estagiários Substituído pelo 447 empregados 256 empregados Executivos e supervisores Produção 1 programa Semear colaboradores para conhecimento dos 8 horas/turma pela companhia, por meio dos principais 389 419 309 298 263 1.003 1.020 1.036 275 277 277 Branca 916 930 941 Negra 362 367 372 - - - Até 30 anos 151 135 120 De 30 a 50 anos 894 965 1.010 Mais de 50 anos 233 197 183 e 40 estagiários Cor / raça Participaram 9.355 de acidentes no sistema elétrico, de 3 horas/turma de 2,5 mil pessoas pessoas nas três associando temas comportamentais a (em média) Amarela/indígena reuniões gerais Faixa etária realizadas em 2008 conteúdos técnicos. de Controle de Alta e Baixa-tensão a 91 299 279 e 43 estagiários Participação média Inteligência Emocional 242 89 322 Mulheres Reuniões gerais Orientar os empregados dos Centros 231 87 357 227 colaboradores Educar para análise preventiva de riscos Desenvolvendo a 213 Técnicos 1 452 colaboradores indicadores e eixos estratégicos. Prevenindo Sempre 2006 Profissionais Homens relação cliente-fornecedor interno. Apresentar as atividades desenvolvidas 2007 Gênero processos, melhoria da comunicação e Conhecendo a Coelce 2008 Categoria funcional 8 horas/turma 97 participantes 35 participantes com 12 horas/aula administrar o estresse cotidiano. 1 Inclui eletricistas que passaram à função de eletrotécnicos 64 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 emprego Empregados e parceiros por região | GRI LA1 | Localidade Fortaleza e Região Metropolitana 2006 2007 Empregados Contratados Empregados 824 2.907 813 2008 Contratados Empregados 3.117 799 Contratados 3.495 A média de rotatividade de pessoal (turnover) manteve- Leste 81 545 80 584 78 654 se estável em 6% entre 2008 e 2007, com admissão de Norte 166 1.339 166 1.437 161 1.610 77 838 76 899 75 1.007 68 e desligamento de 87 empregados, sendo que muitos Sul Centro-Norte Centro-Sul Total 62 380 63 407 64 456 103 367 99 393 101 440 1.313 6.376 1.297 6.837 1.278 7.662 * Em 31 de dezembro aderiram ao Programa de Aposentadoria Espontânea. Educação de jovens Com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento Empregados – Perfil por escolaridade Homens Mulheres Total socioeconômico do Estado do Ceará, a Coelce oferece 0 0 0 oportunidades de estágio, capacitando os jovens que Ensino fundamental incompleto 25 1 26 Ensino fundamental completo 65 3 68 ingressam no mercado de trabalho formal. Na empre- 0 0 0 488 82 570 dizado e a troca de experiências com colaboradores 48 17 65 experientes. A dedicação dos jovens é recompensada 283 126 409 94 46 140 com a contratação ao final do período, caso o seu perfil 1.003 275 1.278 Analfabetos Ensino médio incompleto Ensino médio completo Superior incompleto Superior completo Pós-graduação (especialização, MBA, mestrado ou doutorado) Total Empregados com necessidades especiais 2005 2006 2007 2008 2,02% 1,92% 2% 3% Salário médio mensal (R$) 1.663,33 1.820,73 1.940,88 2.206,43 Salário médio mensal em cargos de gestão (R$) 4.746,09 4.911,27 5.422,98 6.282,61 Em cargos de gestão sa, eles encontram um ambiente propício para o apren- atenda aos requisitos das vagas abertas. Em 2008, foram mantidos 24 jovens-aprendizes e 186 estagiários. Muitos profissionais iniciaram a trajetória na companhia por esse caminho. Um deles é Cláudio Cunha, que ingressou na empresa há dez anos, quando cursava a universidade. Fez intercâmbio de um ano na Chilectra, empresa da Endesa no Chile, voltou ao Ceará como coordenador do Programa Luz para Todos, e posteriormente assumiu o processo de planejamento e controle da empresa. A partir de 2009, passa a ser responsável pelo Planejamento e Controle da Distribuição da Endesa Brasil, no Rio de Janeiro. PESSOAS Rotatividade | GRI LA2 | 2006 2007 2008 Além do programa de estágio, a empresa adota a para colaboradores aposentados e demitidos sem justa Número de admitidos 37 62 68 política de erradicação do trabalho infantil, não uti- causa. Ex-executivos da Endesa (responsáveis por ge- Número de demitidos 1 43 78 87 lizando mão de obra de menores de 14 anos, ou de rências e diretorias) têm acesso a programas de reco- Taxa de rotatividade – total 3,2 6,0% 6,0% maiores de 14 e menores de 16 anos que não estejam locação profissional por um período de até seis meses. na condição de aprendiz. Todo contrato com fornece- Por gênero Homens 28 62 65 dores e empresas parceiras tem cláusulas proibitivas Relações com sindicatos | GRI LA4, HR5 | Mulheres 15 16 22 nesses aspectos, cuja transgressão resulta em quebra A Coelce amparou 1.255 empregados por acordos de imediata do acordo, independentemente de aviso pré- negociação coletiva em 2008, representando 98% do 9 7 12 De 30 a 50 anos 28 37 46 vio ou notificação judicial. | GRI HR6 | total. A companhia defende a livre associação sindical Mais de 50 anos 6 34 29 30 57 66 4 10 7 Por faixa etária Até 30 anos Por região Fortaleza e Metropolitana Norte 1 de seu público interno e está aberta ao diálogo permanente com as representações sindicais. Comportamento frente a demissões O investimento em cursos e treinamentos para o seu público interno visa à constante reciclagem de conheci- Acordos | GRI LA4 | Quantidade de empregados amparados por acordo 1.298 1.290 1.276 1.255 Total de empregados da Coelce 1.319 1.313 1.297 1.278 98% 98% 98% 98% 2005 2006 2007 2008 Sul 2 2 5 mentos desses profissionais, de forma que a demissão Leste 3 1 3 por não atender mais às qualificações exigidas para o Centro-Norte 2 2 - cargo seja sempre a última opção a ser considerada. Centro-Sul 1 5 2 São também mantidas parcerias com instituições de Atlântico 1 1 4 ensino (Universidade sem Fronteiras, Sebrae, Senac, Segundo estabelecido no acordo do biênio 2006- dentre outros) e financiados cursos de capacitação 2008, bimestralmente os dirigentes da Coelce se reúnem Inclui empregados demitidos sem justa causa, aposentados e outros % de empregados amparados por acordo com o Sindicato dos Eletricitários do Ceará (Sindeletro) Comportamento frente a demissões 2006 2007 2008 para negociar reivindicações e fornecer informações que Número de empregados ao final do período 1.313 1.297 1.278 possam subsidiar as discussões. 37 62 68 Durante o período de negociação, o Sindicato tem 44% 14% 100% permissão de realizar encontros periódicos na empresa, 1.003,5 1.454 4.501,2 divulgados informativos Por Dentro do Acordo Coletivo. 300,6 69,4 143,6 Dessa forma, até a negociação final os profissionais têm Número de processos existentes 16 15 21 Número de empregados vinculados nos processos 16 15 20 Número de admissões durante o período Reclamações trabalhistas iniciadas por total de demitidos no período Reclamações trabalhistas Montante reivindicado em processos judiciais (R$ mil) Valor provisionado no passivo em contato direto com os colaboradores. Também são a oportunidade de esclarecer dúvidas e contribuir para a elaboração das cláusulas. 65 66 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 O acordo garante, entre outros itens, a liberação por Remuneração e benefícios oito horas mensais de um empregado com cargo de de- Os benefícios independem de gênero, contrato de trabalho com tempo integral ou parcial e abrangem to- legado sindical para cada grupo de cem empregados, e Todos os colaboradores são contratados conforme a dos os níveis hierárquicos. Incluem: | GRI LA3 | mais 12 diretores da Administração do Sindeletro.O do- Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e a política de • Auxílio-funeral: despesas funerárias de colaboradores cumento não contempla forma ou periodicidade pre- remuneração oferece salários com valores compatíveis viamente estipuladas de notificações sobre mudanças aos de mercado. O cumprimento de metas estratégicas • Creche ou creche-escola e creche especial: apoio a operacionais significativas da organização. Apesar prevê remuneração extra, de forma a reconhecer o de- todos os empregados, homens e mulheres, com filhos disso, a companhia informa periodicamente os rumos sempenho e a dedicação dos colaboradores. Em 2008, de 2 meses a 7 anos, mediante reembolso das men- dos negócios por meio dos informativos Linha Direta a remuneração variável representou menos de 20% da salidades. Para os empregados lotados em municípios e na reunião mensal do planejamento estratégico Ser massa salarial, por conta da atividade que requer adi- onde não há creche, a empresa concede até R$ 300,00 Coelce. | GRI LA5 | cional de periculosidade e sobreaviso. mensais, por filho com idade entre 2 meses e 3 anos. e dependentes legais até R$ 2,5 mil. Boas práticas • Liderança com entusiasmo Uma líder que faz acontecer, comprometida em aspirações”, explica. com o desafio de melhorar a percepção dos consu- disseminar os valores corporativos de simplicidade Formada em engenharia civil, com pós-graduação midores em relação aos serviços da Coelce. “Sempre e garantia de resultados. Esse é o reconhecimento em Segurança e Medicina no Trabalho, Márcia pas- digo na Central de Relacionamento que temos de do trabalho desenvolvido por Márcia Sandra Roque sou a ser colaboradora da Coelce aos 29 anos e, em atender com um sorriso na voz”. No ano, também Vieira da Silva, atualmente responsável pela Área de quase dez anos, já atuou em diversos setores: gestão liderou a campanha União Solidária, em benefício Serviços ao Cliente. Em 2008, ela participou de for- da Área Comercial, em Maracanaú; gestão econômi- de 15 mil crianças de comunidades de baixa renda. ma ativa dos treinamentos e, principalmente, apli- ca da Diretoria Comercial; e gestão da Área de Co- A mensagem aos profissionais que vislumbram cou os ensinamentos para aprimorar suas equipes. brança, o que considerou um desafio enorme. “Não chegar à liderança é de entusiasmo: “Não se con- existe área que cause mais impacto no cliente que a quista nada sem entusiasmo e confiança naquilo cobrança e o possível corte do fornecimento.” que se faz. Se a gente trabalha com dedicação e é Para ela, o importante é estar sempre “desaprendendo” e adquirindo conhecimentos. “Não adianta chegar com vários MBAs se você não está disposto Nova mudança surgiu em 2008, quando passou feliz, o resto vem por competência. Acredito que não a conhecer o outro, saber de suas necessidades e a ser responsável pela Área de Serviços ao Cliente, exista outra receita se não fazer e fazer bem-feito.” PESSOAS Relações salariais | GRI EC5 | 2006 2007 2008 • Seguro de vida em grupo: para empregados e côn- Relação entre a maior e a menor remuneração (vezes) 19,36 19,36 17,44 juges. A Coelce contribui com 50% do prêmio men- 1,75 1,69 1,80 sal para os empregados e 100% para estagiários e Salário mínimo em moeda local em 31 de dezembro (R$) 350,00 380,00 415,00 executivos. Os aposentados pagam 100% do prêmio. Menor salário pago pela organização (R$) 611,64 640,88 748,08 • Vale-alimentação: concedido a todos os emprega- Divisão do menor salário pelo mínimo vigente dos, independentemente da faixa salarial, para os Salário de homens e mulheres (R$) | GRI LA14 | 2006 2007 afastados por motivo de doença, acidente ou licença 2008 Categoria funcional Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres Administrativo 1.758,17 1.501,43 1.874,00 1.599,67 1.920,25 1.737,16 Técnico 2.335,12 2.350,27 2.387,04 2.358,41 2.474,49 2.328,33 Produção 1.763,04 1.172,46 1.855,46 1.434,21 2.006,62 1.673,05 Gerentes e supervisores 6.009,81 6.029,01 6.372,07 5.949,31 7.192,67 6.861,12 Profissionais 3.772,10 3.096,63 4.182,98 3.531,36 4.375,44 3.814,05 gestante e também durante o período de férias. • Convênios: descontos em cursos de línguas e informática, academias de ginástica, atendimento em psicologia e fonoaudiologia, entre outros, por meio de convênios com 34 instituições. • Nossa Marca Coelce: espaço de venda de produtos da companhia, como camisetas e bonés, cadernos, Benefícios sociais em 2008 | LA3 | Assistência para acidentados no trabalho Auxílio-funeral Benefício para filhos de empregados, portadores de necessidades especiais Complementação do auxílio-acidentário Nº de beneficiados O benefício é repassado mediante comprovação de pagamento à babá. mochilas, canetas, almofadas, etc., a preço de custo. • Plano de previdência: a Fundação Coelce de Segu- 44 • Incentivo à Educação: valor de R$ 500,00, para cada rança Social (Faelce) administra planos de benefícios 3 filho de empregado que esteja cursando o ensino previdenciários constituídos por contribuições dos fundamental e tenha sido aprovado no ano letivo an- participantes e da empresa, em percentuais médios terior com nota geral igual ou superior a 7,5. de 5,4% a 6,8% da remuneração mensal. Em 2008, 18 6 • Plano de Assistência Médica e Odontológica (Pla- os dois planos beneficiaram 8.840 pessoas, sendo 301 mec): benefício concedido a empregados e depen- 1.312 participantes ativos. O aporte de recursos pela 29 dentes legais, aposentados e pensionistas. A empresa Coelce foi R$ 8,3 milhões. | GRI EC3 | Assistência médica e odontológica 4.615 patrocina de 50% a 90% do valor da mensalidade O acordo coletivo de trabalho inclui cláusulas espe- Programa de Participação dos Lucros 1.332 do plano. A participação do empregado varia de (de cíficas de segurança e saúde, detalhando critérios para Seguro de vida em grupo 1.409 10% a 50% da mensalidade do plano) e é desconta- assistência médica ao empregado, seus dependentes, Vale-alimentação 1.270 da em folha de pagamento. agregados, pensionistas, aposentados e dependentes Incentivo à educação 430 Creches ou creche-escola Licença-acompanhante Vale-transporte Total 187 • Programa de Participação nos Lucros: anualmente, legais. Além do plano de saúde, destacam-se: | GRI LA9 | 9.644 beneficia 100% dos empregados, com o pagamento • Licença-acompanhante: liberação para acompa- Valores de benefícios estão detalhados no Balanço Social Ibase, na página 110 de parcela do resultado da empresa. 67 68 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 Segurança no trabalho nhar dependente legal, cônjuge ou companheiro (a), Fronteiras (Unisf). Ele inclui cursos direcionados de acordo pai e mãe, por motivos de doença. com o do perfil do aposentado (aulas de inglês, informá- • Apoio ao portador de necessidades especiais: tica, empreendedorismo) e cursos livres. Em 2008, essas A gestão de Segurança e Saúde Ocupacional está baseada benefício para tratamento especializado de filho do atividades beneficiaram 30 empregados que aderiram ao em quatro pilares: atendimento à legislação, controle dos colaborador com doença mental, motora, visual ou Plano de Apoio a Aposentadoria Espontânea. | GRI LA11 | riscos de acidentes, melhoria contínua e direito de recusa Além disso, a Fundação Coelce de Segurança Social de tarefas caso as medidas de segurança não sejam satis- auditiva, no valor de 1% do salário nominal. • Complementação do auxílio-acidente: para acidentados do trabalho ou vítimas de doenças profissionais pelo período de dois anos. • Periculosidade: pagamento do adicional, conforme (Faelce) mantém as seguintes ações: fatórias. Os procedimentos e normas são regulamentados • Programa Informática para a Vida: realizado em par- pelo sistema de gestão de segurança e saúde ocupacional ceria com a Unisf, registrou a participação de 65 pes- OHSAS 18001 (Occupational Health and Safety Assess- soas em 2008. ment Series), certificação conquistada em 2006. Aborda • Pipoca com Guaraná: apresentações mensais de fil- temas como equipamentos de proteção individual (EPI), • Apoio ao portador do HIV e de doenças terminais: mes no auditório da Faelce, seguido de discussão so- treinamentos, direito de recusa em trabalhar caso não haja programa preventivo da Aids e assistência ao empre- bre temas destinados ao autoconhecimento, relações 100% das condições de segurança, entre outros. gado portador do vírus HIV e de doenças terminais interpessoais, dentre outros. legislação do setor elétrico. por meio de acompanhamento médico, social e psicológico. | GRI LA6 | • Programa Faelce de Melhoria da Condição Físico-Fun- Comitês Especiais de Segurança cional: sob a orientação de um profissional de edu- O Comitê Central de Segurança é formado pelo presidente cação física, são oferecidos, duas vezes por semana, da companhia, diretores, gerentes, responsável pela Área Apoio à aposentadoria exercícios físicos e orientações para o cuidado com de Segurança do Trabalho, além de especialistas convida- Atualmente, a companhia possui cerca de 4% de em- a saúde de aposentados e dependentes. Ao todo, 48 dos para debater assuntos técnicos específicos. As reuni- pregados com idade para se aposentar nos próximos pessoas participaram em 2008. ões acontecem mensalmente, definindo os procedimentos cinco anos. Desde 2007 é mantido um programa de para que os objetivos estratégicos sejam atingidos com apoio a essa fase de transição dos colaboradores. Naquele ano, foi promovida palestra com consultores do INSS e um ciclo de encontros (chamado Você, a Razão de Tudo), que trabalhou os aspectos comportamentais inerentes à nova fase de vida, com o objetivo de beneficiar os futuros aposentados. | GRI LA11 | Também foi executado o projeto Desenvolvimento na Aposentadoria, em parceria com a Universidade Sem 100% de segurança dos profissionais. Há subcomitês ou Preparação à aposentadoria comitês regionais no interior. Nas reuniões mensais, os | GRI LA11 | 2006 2007 2008 Investimentos em previdência complementar (R$ mil) 9.167 8.862 9.160 tores de contrato e empresas parceiras. Número de beneficiados pelo programa de previdência complementar 1.266 1.269 1.248 Cipa 0 46 30 Número de beneficiados pelo programa de preparação para aposentadoria gestores locais discutem iniciativas de prevenção com ges- Acima de 75% dos empregados são representados por comitês formais de segurança e saúde compostos por PESSOAS representantes da gestão e dos trabalhadores. Em 2008, gurança; realização de Dias D de Segurança nas áreas o ranking das falhas das empresas parceiras, que de- dez Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (Cipas) operacionais e reuniões semanais com colaboradores monstra a situação desses parceiros no que se refere atuaram para disseminar ações e procedimentos para o e parceiros sobre um ambiente de trabalho totalmente aos resultados das inspeções de campo. trabalho seguro em todas as unidades, juntamente com os livre de acidentes. Inspeções comitês regionais de segurança. Ao todo, participaram das Cipas 88 membros, sendo 50% representantes da admi- Workshops nistração e 50% de empregados. | GRI LA6 | Foram promovidos quatro workshops de segurança Quantidade Meta Meta 2005 2006 2007 2008 2008 2009 5.725 5.679 6.912 5.500 8.501 6.000 A Semana Interna de Prevenção de Acidentes (Sipat) e saúde com empresas parceiras, com o total de 341 aconteceu em outubro, na capital e nas unidades de participantes. O objetivo foi apresentar os critérios Rodeio Coelce de Eletricistas Canindé, Itapipoca, Sobral, Limoeiro, Iguatu e Juazeiro de elaboração dos Programas de Prevenção de Riscos Após o sucesso da primeira edição, em 2007, quando par- do Norte, com a participação de 4.858 colaboradores. Ambientais (PPRA) e detalhar a metodologia do cálcu- ticiparam 800 pessoas, o Rodeio de Eletricistas de 2008 No evento foram discutidos os riscos inerentes ao tra- lo do Índice de Prevenção de Acidentes Laborais (Ipal), reuniu cerca de 2 mil pessoas. Elas presenciaram a com- balho, saúde ocupacional, entre outros temas. uma vez que a partir de 2009 esse indicador será usado petição, que testa o trabalho em equipe, a agilidade nos como ferramenta para avaliação de desempenho das serviços executados e, acima de tudo, o comportamento empresas e áreas gestoras de contratos. seguro durante a realização das tarefas. Competiram 116 Plano Anual de Segurança do Trabalho Foram realizadas várias ações, em 2008, para colocar eletricistas da companhia e de 18 empresas parceiras. em prática a Política de Saúde e Segurança: revisão Inspeções de segurança de 59 Procedimentos de Execução; oito blitze em em- Realizadas de forma permanente nos serviços de cam- Prevenindo Sempre presas terceirizadas para verificação de requisitos de po, procuram observar o comportamento dos emprega- O programa corporativo busca a disseminação de uma segurança; 8.487 inspeções aos serviços de campo; dos e parceiros e o uso adequado dos Equipamentos cultura comportamental de segurança. A iniciativa é reuniões com presidentes das Cipas e técnicos de se- de Proteção Individual (EPIs). Também é monitorado composta por treinamentos, palestras e uma premiação baseada em critérios que abrangem avaliações de conhe- Saúde e segurança Categorias de treinamentos 2008 cimento, falha zero nas inspeções de campo e votação Participações Horas/homens treinadas R$ mil Auditoria interna OHSAS 445 2.070 87.819,33 Cipa 214 2.496 180.427,58 Prevenindo Sempre 160 568 18.158,33 Segurança em instalações e serviços em eletricidade (NR-10) 589 12.004 123.430,28 Outros 645 6.040 207.326,45 educadores; e os eventos de premiação, que contaram TOTAL 2.053 23.178 617.161,97 em média com 160 participações. entre os próprios eletricistas. Em 2008, foram realizadas três reuniões gerais, com total de 9.355 participações; dois encontros de educadores, com 120 participações; treinamento a Arte de falar em público, atingindo 70 69 70 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 Projeto Anjo da Guarda Boas práticas • Segurança máxima no trabalho Quantidade de Inspeções x Demissões 12 5 4 4 5 4 0 Projeto Anjo da Guarda Indicadores de segurança A partir de junho de 2008, a Coelce iniciou um rigoroso Em 2008, a empresa conseguiu avançar em 106% na programa de inspeção dos trabalhadores em campo, com sua meta de redução da Taxa de Frequência de Aciden- punições severas aos colaboradores flagrados sem os de- tes Global, como estipulado no planejamento Ser Co- vidos equipamentos de proteção ou sendo imprudentes no elce. O indicador ficou em 3,19 – melhor que a meta exercício da função. Os fiscais agem de forma anônima, traçada de 3,30 e o resultado do ano anterior, de 3,30. registrando a distância as infrações. Se forem consideradas Em relação à Taxa de Gravidade de Acidentes, no entan- leves, o colaborador recebe advertência; caso ofereçam ris- to, o avanço foi nulo, por conta de quatro óbitos envolven- co fatal, ele é punido com demissão por justa causa. do terceirizados. Os óbitos aconteceram por falta do uso Nos primeiros meses, o programa detectou eletricistas de EPI obrigatório e de atenção aos riscos. trabalhando sem luvas ou cinto de segurança ao subir em O índice de absenteísmo foi de 2,5, em 2008, valor postes, resultando na perda do emprego. A companhia en- 7,4% menor que o apresentado em 2007. Ele foi cal- tende que a medida é dura e considerada antipática por culado com base na relação entre a quantidade de dias alguns colaboradores, mas avalia que dessa forma conse- perdidos por enfermidades comuns pelo total de dias de gue avançar de forma ativa na propagação de uma cultura trabalho, multiplicado pelo número de empregados. de segurança no trabalho. No ano, 23.178 horas/homem Os colaboradores e terceirizados informam as ocor- treinadas corresponderam ao tema específico de saú- rências por meio do formulário de Comunicação de de e segurança (11.704 horas em 2007). Acidente de Trabalho (CAT), em caso de acidente sem Cuidado com o excesso de confiança! Essa é uma das recomendações de Alexandre Marques de Oliveira, que conquistou o prêmio de Destaque 2008 do Programa Prevenindo Sempre. O eletricista contratado pela Eficaz Engenharia, empresa parceira da Coelce, tem 26 anos de idade e mais de sete anos de profissão. No ano, participou de todas as palestras sobre segurança, além de receber notas altas na avaliação de conhecimento e inspeções de campo. Seu nome também foi o mais votado pelos colegas eletricistas, na eleição do Prevenindo Sempre. “Tudo o que a gente faz em relação à segurança não é tempo perdido. É um tempo necessário para a garantia da nossa vida. Antes de fazer qualquer trabalho, eu penso na minha segurança e também no amor que tenho pela minha família”, explica. Muitos acidentes ocorrem, avalia, devido à imprudência: por terem experiência, os profissionais acabam deixando de lado equipamentos fundamentais. Alexandre sugere checar de forma rigorosa todos os materiais de segurança e, principalmente, se estão em boas condições de uso. “Quando chega a campo, a pessoa não quer voltar para buscar o equipamento que está faltando. Acaba substituindo por outra coisa e faz do jeito que dá, facilitando a ocorrência de falhas”, diz. PESSOAS afastamento, ou mediante Procedimentos de Execu- Acidentes de trabalho | GRI LA7 | ção (PEXs), em acidente com afastamento. Por meio Realizado 2008 Meta 2009 15 9 13 53 53 53 2006 2007 Meta 2008 Empregados 15 19 Terceirizados 55 54 Total de acidentes do sistema informatizado de gerenciamento de não conformidades, a companhia identifica os motivos das principais ocorrências e, posteriormente, inicia um Acidentes com afastamento plano de ação para combater as falhas identificadas. Empregados 5 4 3 6 3 Terceirizados 55 54 53 53 53 Acidentes sem afastamento Saúde ocupacional Empregados 10 15 12 3 10 ND ND ND ND ND Empregados 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% Terceirizados 1,82% 0,00% 0,00% 3,77% 0,00% Empregados 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% Terceirizados 3,64% 0,00% 0,00% 7,54% 0,00% 1.700 As atividades de distribuição de energia e manutenção Terceirizados 1 das redes não registram incidência de doenças relacio- Percentual dos acidentes que resultaram em mutilação 2 nadas às funções exercidas, nem marcadores biológicos ou limites de tolerância de exposição específicos. Mes- Percentual dos acidentes que resultaram em morte mo assim, a Coelce investiu R$ 617 mil em ações de medicina preventiva e campanhas, com o objetivo de contribuir para a saúde ocupacional. | GRI LA8 | Outros Indicadores 3 Dias perdidos 1.523 693 1.223 784 2006 2007 2008 Dias debitados 18.000 0 2.000 25.350 0 - 13,5% 7,0% Índice de absenteísmo 7 2,9 2,7 2,5 2,3 Infecções respiratórias 1,4% 2,7% 1,8% 58 58 56 62 55 Doenças osteomusculares 7,8% 6,5% 2,6% 2 0 0 4 0 Empregados 1,99 1,64 1,23 2,49 1,23 Terceirizados 4,03 3,71 3,50 3,29 2,99 Global 3,72 3,41 3,30 3,19 2,90 Monitoramento de saúde Triglicérides Lesões típicas Óbitos Taxa de Frequência de Acidentes Do total de 1.223 exames periódicos realizados com empregados de todo o Estado, foi detectado que: 7% dos colaboradores possuíam taxa de trigli- Taxa de Gravidade de Acidentes cérides alta, podendo ocasionar problemas de circu- Empregados 165 13 74 26 49 lação sanguínea; 1,8% com infecções respiratórias; Terceirizados 1402 45 209 1.621 98 e 2,6% afetados por doenças osteomusculares. Es- Global 1209 41 190 1.413 92 ses colaboradores são orientados por meio das ações dos Programas Saúde do Homem e da Mulher e recebem tratamento pelo médico do trabalho. 1 A Coelce ainda não dispõe do controle de acidentes sem afastamento com terceirizados, pela dificuldade de obtenção desses dados. 2 Danos à integridade física, com afastamento permanente do cargo (incluindo LER) 3 Inclui empregados e terceirizados 71 72 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 6,2% Ações de saúde | GRI LA8 | Descrição Beneficiados 2008 Check-up para executivos Acompanhamento de executivos com exames complementares. 21 executivos Ginástica Laboral Durante 15 minutos, três vezes por semana, profissionais 1.120 colaboradores de educação física conduzem exercícios de alongamento, no próprio local do trabalho, a fim de prevenir doenças osteomusculares 3,6% 2,7% 1,5% 1,6% Programa de Controle Médico Prevenir, rastrear e diagnosticar precocemente agravos à saúde de Saúde Ocupacional (PCMSO) relacionados ao trabalho. As ações de saúde foram baseadas 1.485 colaboradores no relatório anual do PCMSO de 2006, com encaminhamentos e exames complementares Por meio de pesquisas de acompanhamento, realizadas Programa de Controle do Palestras sobre a importância do diagnóstico precoce do 747 colaboradores analisados, sendo Colesterol Alto colesterol total e as melhores formas de minimizar o problema, que 40 registraram colesterol acima fatores de risco para doenças cardiovasculares, da média. Em 2007, o número era acidente vascular cerebral e trombose maior: 242 dos 514 analisados Orientar sobre fatores de risco para a saúde do homem, 784 colaboradores Programa Saúde do Homem tais como hipertensão, sedentarismo, diabetes, tabagismo, desde 2003, foi registrada redução de 1,1 ponto do índice de morbidade de infecções respiratórias. Foram 19 casos alcoolismo, cânceres de próstata e peniano Programa Saúde da Mulher entre os 1.223 exames periódicos examinados (1,6%). Em 2003, o índice foi de 13,5%. A melhoria é resultante das campanhas anuais de vacinação antigripal. Palestras sobre câncer de mama e de colo uterino, mostra de 95 colaboradoras, número 73% vídeos educativos e distribuição de folhetos informativos. É menor que o alcançado em 2007 oferecida a Consulta-ação, com atendimento individual para (356), dado que em 2008 as tratar desses temas. As gestantes receberam orientações sobre atividades foram focadas para a vacinação, cuidados com o recém-nascido, entre outros temas saúde do homem Campanhas de saúde | GRI LA8 | Descrição Campanha do Carnaval: Folia com segurança traz alegria Realizada nas vésperas da festividade, busca conscientizar os colaboradores sobre a prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), com enfoque em Aids, além dos malefícios de drogas psicoativas e a importância da direção defensiva. Beneficiados 1.054 Vacinação contra a rubéola Em 2008, o foco foi nos homens, que possuíam baixo índice vacinal. Vacinação contra gripe Realizada anualmente, busca imunizar os colaboradores e, com isso, reduzir o absenteísmo por conta de gripe, doença respiratória, pneumonia e internações hospitalares. 1.100 1.700 Campanhas das datas pontuais do Ministério da Saúde Colaboradores receberam por e-mail orientações a respeito de diversos temas de prevenção de doenças e qualidade de vida Credenciamento para dirigir automóvel e pilotar moto Ênfase na prevenção de acidentes de trânsito. Apoio à Brigada de Incêndio e Primeiros Socorros Reciclagem periódica de primeiros socorros e apoio ao treinamento de brigadistas para a formação de brigadas de incêndio Palestras em comunidades e empresas parceiras Palestras sobre prevenção de DST/Aids e Primeiros Socorros em comunidades, empresas parceiras e hospitais Campanha de doação de sangue Voluntários doaram sangue para o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Estado do Ceará (Hemoce) Consulta-ação Abordagem individual especial ou em grupos específicos (hipertensos, diabetes, obesos, dislipidêmicos, portadores de necessidades especiais, mulheres) fazendo orientação/educação e encaminhamento. Orientação de Imunização Total de beneficiados* * Não contabiliza número de pacientes que receberam sangue doado para o Hemoce 662 62 179 73 68 1.021 400 7.305 PESSOAS clima organizacional ração e entrega do Manual do Gestor e do Guia do Eventos sociais e culturais internos Colaborador, continuação da premiação dos times es- A festa de inauguração da nova sede administrativa O grau de satisfação dos colaboradores, medido por tratégicos e realização de workshops sobre melhoria da da Coelce foi um dos destaques de 2008 nas ações de meio de pesquisas de clima organizacional, é importante sistemática de avaliação de desempenho. incentivo à integração entre os colaboradores de dife- instrumento para avaliar a eficácia da gestão de A Coelce também observa o índice de satisfação da pessoas. Com base nos resultados dessas pesquisas, pesquisa 150 Melhores Empresas para se Trabalhar, do a companhia elabora seu planejamento estratégico, Guia Exame e Você S/A, que em 2008 foi de 78,7%. estabelecendo novas metas, caso seja necessário, a fim de proporcionar satisfação e motivação constantes no rentes áreas. Muitos desses eventos contam com a participação dos colaboradores parceiros. A celebração de datas comemorativas, como o Dia Internacional da Mulher, a Campanha da Páscoa e a festa Melhores para se trabalhar ambiente de trabalho. Índices natalina, dentre outras iniciativas sociais e culturais, são 2004 2005 2006 2007 2008 79% 86% 70,4% 75,5% 78,7% tradicionais na companhia e buscam promover o bemestar e a qualidade de vida. PESQUISA A última pesquisa de clima ocorreu em 2007. Como Eventos sociais e culturais Ações Beneficiados em 2008 pontos de destaque foram atingidos índices de 92% Campanha do Carnaval Campanha com temáticas do alcoolismo e direção, cuidados com a saúde (exposição ao sol) e DST/Aids, entre outras 1.064 colaboradores Lançamento do Ser Coelce Grande evento para divulgar as metas estratégicas 3.500 colaboradores Premiação de incentivo à educação Os melhores alunos, filhos de colaboradores, receberam certificados 40 filhos de colaboradores e um kit com mochila, lápis, régua, borracha, dicionário e gramática Tarde da criançada Os filhos dos empregados visitaram o local de trabalho dos pais e participaram de uma tarde diferenciada, com exibição de filmes, peças de teatro, pipoca e refrigerante 100 filhos de colaboradores com idade entre 6 e 12 anos Café da manhã com o presidente Três encontros em Fortaleza e sete no interior do Ceará, com a presença do presidente e diretores para bate-papo com os colaboradores 883 colaboradores Inauguração de sede nova Festa de inauguração da nova sede administrativa 400 colaboradores em compromisso e 87% em fidelidade. As seguintes iniciativas foram executadas em 2008 como parte do plano de ação de melhorias: Relações Internas (conhecimento de projetos de outras áreas e cooperação transversal) – Reformulação dos programas Crescer Juntos e Conhecendo a Coelce, lançamento do programa Semear (Semeando valores, construindo uma vida melhor), realização de Oficinas de desenvolvimento comportamental, apresentações do Ser Coelce, times estratégicos e programa Deu Certo. Desenvolvimento (promoção aos mais competentes) – Prioridade a seleções internas, promoções verticais, desenvolvimento com foco no Mapa de Carreira, incentivo a cursos de pós-graduação, coaching. Compensação (mérito e igualdade interna) – Elabo- Bolo de aniversário dos colaboradores Homenagem aos aniversariantes 1.340 empregados Confraternização natalina para colaboradores Festa anual, com sorteio de brindes 2.900 colaboradores Concurso anual de desenho Concurso de desenho e apresentação de peças teatrais produzidas pelos filhos de empregados e parceiros, de 6 a 12 anos 272 crianças Festa das Conquistas Coelce Evento para comemorar as conquistas de 2008 2.200 colaboradores Datas festivas (Natal, Páscoa, Dia Internacional da Mulher, etc.) Comemorações, entrega de brindes Todos os colaboradores próprios e parceiros 73 74 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 parceiros contratos de serviços vigentes, 358 possuíam cláusulas de proibição ao trabalho forçado e infantil – 81% do total. A Coelce possui 84% de sua força de trabalho terceiriza- Esses critérios passaram a ser inseridos a partir de 2005. da, com 7.662 colaboradores. A companhia dá prioridade Contratos antigos em vigor incluirão a cláusula na próxima à contratação de fornecedores de serviço e de materiais renovação. | GRI HR1, HR2 | Fornecedores por porte Pequeno porte Médio porte Grande porte Valor dos contratos Quantidade Até R$ 100 mil 138 Entre R$ 100 mil e R$ 500 mil 99 Acima de R$ 500 mil 200 Total 437 locais, apesar de não ter formalmente uma cláusula espe- As empresas contratadas para a vigilância devem cum- cífica em sua política de contratação. A Coelce possui 268 prir a determinação da Polícia Federal de oferecer curso parcerias para o fornecimento de serviços, num total de aos seguranças, com objetivo de conscientizá-los sobre o Fornecedores críticos de serviços 65 437 contratos. Empresas de grande porte respondem por respeito aos direitos humanos, o atendimento adequado Fornecedores críticos de materiais 23 e prioritário a pessoas com deficiência e a importância de Óleo para transformador 03 Transformadores 04 Lâmpadas 03 Cabos condutores 05 46% dos contratos de serviços. São consideradas fornecedores significativos 65 empre- desenvolver hábitos de sociabilidade. Em 2008, recebe- sas de serviços, das quais 17 referem-se a investimentos ram treinamento 89 colaboradores parceiros, num total no Programa Luz para Todos. Mais 23 fornecedores de de 178 horas-homem treinadas. | GRI HR8 | Tipo de fornecedores Quantidade Postes 08 Total geral 88 materiais são considerados críticos, seja pela natureza ou A Coelce dissemina de forma constante seus valores volume do produto comercializado (três de transformado- e os conceitos de responsabilidade social, mas até o res, quatro de óleo para transformadores, três de lâmpadas, encerramento de 2008 ainda não contabilizava o total oito de postes e cinco de cabos condutores). de horas em treinamento específico em aspectos de di- Fortaleza e Região Metropolitana reitos humanos relevantes para a operação. Leste 654 Norte 1.610 Sul 1.007 Desses 88 fornecedores significativos, 24 foram vistoriados em 2008 (29%), não sendo registrada nenhuma Parceiros, por região | GRI EU16 | ocorrência de trabalho forçado ou infantil. As empresas Desenvolvimento foram escolhidas de forma aleatória dentre as que já Melhorar a prestação dos serviços ao cliente significa Centro-Sul tinham essas cláusulas em contrato. Em 2008, dos 437 primeiramente apoiar o desenvolvimento das empresas Total Contratos de investimento | GRI HR1 | Nº total de contratos de investimento (Ex.: Luz para Todos, Universalização, reforma de redes, projetos de perdas)* % de contratos com cláusulas de direitos humanos 2006 2007 2008 36 14 17 100% 100% 100% * Somente contratos considerados significativos, que são os de serviços relacionados diretamente à atividade fim da Coelce, a distribuição de energia elétrica. No em 2008 3.495 Centro-Norte Atividades dos colaboradores parceiros | GRI EU16 | 456 440 7.662 2006 2007 2008 Construção (construção da rede elétrica) ND 1.865 2.211 Operação (leitura e entrega de contas, atendimento em agências, teleatendimento, administrativos, transportes, logística, tecnologia da informação, zeladoria, reprografia, segurança patrimonial e serviços advocatícios) ND 2.221 2.426 Manutenção (inspeção, manutenção preventiva e corretiva no SEP, normalização, ligação nova, poda, corte e religação) ND 2.751 3.025 6.376 6.837 7.662 Total PESSOAS parceiras da Coelce. A companhia possui 83,7% de sua força de trabalho terceirizada, com 7.662 empregados. Atividades e projetos feitos conjuntamente entre colaboradores e terceirizados têm esse caráter de estabelecer parcerias duradouras e sustentáveis. O comprometimen- Treinamento de parceiros Nº participações quadrimestre, são premiados três profissionais que se Chefe de turma 7.310 43 Ser Coelce 5.000 2.500 destacaram nas áreas de Fortaleza, Região Metropoli- 40.800 3.400 6.400 400 Prevenindo Sempre Leituristas to dos terceirizados com ações de melhoria contínua é Eletricistas Qualidade monitorado periodicamente por meio do Índice Global Total de Avaliação das Empresas Parceiras (Igaep), conforme detalhado na página 76 deste Relatório. Também são realizadas inspeções nas empresas parceiras para verificar o cumprimento de obrigações previdenciárias, trabalhistas e de saúde e segurança realizada com os clientes que foram atendidos. A cada Horas desempenho em todo o processo. 8.000 2.000 Em 2008, ocorreram 18 encontros, com 1.960 par- 67.510 8.343 ticipações. Essa iniciativa procura motivar o parceiro a buscar a excelência em todos os aspectos de seu tra- *Um colaborador pode ter mais de uma participação balho. Na oportunidade, são promovidos eventos com Treinamento em saúde e segurança | GRI EU17 | 2006 2007 2008 Nº de colaboradores parceiros 6.376 6.837 7.662 ND ND 100% % de colaboradores parceiros que receberam treinamento tana, Norte e Sul, além da melhor equipe e do melhor no trabalho. Dessa forma, busca-se garantir que os palestras motivacionais e muita animação. A partir de 2008, também passou a ser comemorado o Dia do Leiturista, em 20 de julho, um reconhecimento aos profissionais que atuam no contato com os clien- terceirizados tenham os direitos legais respeitados. de horas de treinamento e dos tipos de atividades tes. Durante dois dias, em um hotel em Fortaleza, 450 Em 2008, nenhum contrato foi reincidido por conta de desenvolvidas. Em 2008, foram dedicadas a esses pessoas participaram de eventos de confraternização. irregularidades. treinamentos 55,75 horas/homens – dado que soma Além de brindes, foram distribuídos folderes com os 10 os treinamentos ofertados pela companhia e pelas mandamentos para um bom atendimento em campo e empresas parceiras. O Manual do Leiturista, que envolve informações so- Educação e treinamento Apesar de as empresas parceiras serem responsáveis bre postura, segurança, instalações e configurações de pela capacitação e treinamento dos empregados, a Reconhecimentos companhia atua de forma ativa e conjunta para a de- Como forma de reconhecer a qualidade de prestação finição de temas relevantes e da qualidade dos cursos de serviços dos parceiros, a Coelce instituiu o Programa Avaliação de empresas oferecidos. Os colaboradores parceiros participaram de Reconhecimento da Qualidade, que tem como ob- A Coelce intitula de empresa parceira aquela que pres- de cursos sobre qualidade no atendimento ao cliente, jetivo avaliar e acompanhar o desempenho em campo ta serviços de forma contínua, cujo acompanhamento desenvolvimento profissional e aspectos de saúde, se- dos melhores leituristas e eletricistas nos serviços de regular de sua gestão se faz necessário para o alinha- gurança e meio ambiente, além de apresentações das ligação nova, inspeção, normalização, corte, religação e mento à estratégia da companhia, bem como para a metas do plano estratégico Ser Coelce. atendimento emergencial. manutenção da qualidade dos serviços prestados. equipamentos e produtos e serviços da companhia. As empresas parceiras são incentivadas a capacitar Os colaboradores são avaliados a partir dos seus in- O engajamento das empresas parceiras em busca seus colaboradores por meio da avaliação do número dicadores operacionais e de uma pesquisa de satisfação de melhoria contínua de suas atividades foi medido 75 76 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 Igaep/ Inpar Pontos Meta Meta 2006 2007 2008 2008 2009 80,49% 82,57% 85,0% 85,2% 75,0% Meta para 2009 prevê redução quando comparada ao valor de 2008, em razão de novos critérios de avaliação no Inpar, que exigem maior qualidade na gestão Boas práticas • Qualidade das empresas parceiras A Eficaz Engenharia estipulou como visão corpo- manos. Outro destaque é o Inspetor Nota 10, pro- rativa ser reconhecida pela Coelce como a melhor grama de avaliação de desempenho em segurança durante todo o ano de 2008 pelo Índice Global de parceira até o final de 2009. A empresa, que presta do trabalho. “Em cem inspeções feitas pela Coelce, Avaliação das Empresas Parceiras (Igaep). A partir de serviços como inspeção de fraudes e cálculos de ter- tivemos falha zero no item segurança de trabalho. 2009, o conjunto de indicadores passará a se chamar mos de ocorrência, conquistou já em 2008 a primeira Foi uma vitória”, diz Benildo. Índice de Parceria (Inpar), cujos critérios de avaliação posição no Índice Global de Avaliação das Empresas A CAM Brasilpassou da 19ª posição, em 2007, serão disseminados para as demais empresas Endesa. O Parceiras (Igaep), que a partir de 2009 passa a se para o segundo lugar, em 2008. Especializada em novo indicador traz apenas algumas modificações nos chamar Prêmio Inpar. soluções tecnológicas no campo metrológico e de au- critérios quando comparados aos do Igaep e inclusive “Vemos não somente como indicadores de resultado, tomação, também criou um comitê multidisciplinar aproveita a metodologia de autoavaliação criada pela mas como importante ferramenta de gestão. Trata da para avançar no Igaep. “Pedimos para a Coelce fazer Fundação Nacional da Qualidade (FNQ). parte de segurança, de melhoria de qualidade, res- uma palestra sobre os critérios de avaliação e per- peito ao meio ambiente, saúde financeira. É tudo o cebemos que éramos melhores do que estava sendo presas parceiras: que a empresa precisa para administrar bem”, afirma mostrado. O desafio passou a ser divulgar melhor os • Melhorar a qualificação e satisfação dos colaboradores; Benildo Aguiar, diretor Comercial. nossos eventos, tanto para o público externo quanto Esse sistema oferece cinco grandes desafios às em- • Reduzir os índices de acidentes no trabalho; • Manter a saúde financeira da parceira e a produtividade de forma eficiente; Para melhorar em todos os aspectos do negócio, a Eficaz Engenharia criou times estratégicos, for- para o interno”, avalia a gestora de Desenvolvimento de Negócios, Tânia Lima. mados por profissionais de diferentes áreas, para O passeio ao Parque do Cocó, reduto verde em focar em cada um dos cinco critérios de avaliação Fortaleza, a distribuição de mudas no Dia do Meio do Igaep. Fortaleceu a área de recursos humanos, Ambiente e o programa de Desenvolvimento de Lí- investindo em treinamento e desenvolvimento. “Bi- deres são algumas das ações realizadas. “O melhor meio ambiente. mestralmente, 100% dos empregados participam de ser funcionário da CAM é o bom ambiente de tra- • Melhorar a satisfação do cliente Coelce e a qualidade dos serviços contratados; • Realizar programas de alcance social e respeito ao Para cada uma dessas áreas há vários indicadores do Papo Eficaz, quando podem conversar sobre seus balho, que estimula as pessoas a se desenvolverem mensuráveis. Caso ocorram acidentes fatais no traba- sentimentos, planos de carreira, salário, etc.”, expli- sempre”, acrescenta Katyanny Pontes, assistente de lho, a parceira será automaticamente desclassificada ca João Luís Lopes Pinto, gerente de Recursos Hu- Desenvolvimento de Pessoas. para o recebimento de prêmios e vantagens. PESSOAS Projeto Enlace Metas de 2008 Resultado A partir de junho de 2008, foram incorporadas novas Certificação OHSAS 18001: site Administração Central Prorrogada para 2009 formas de licitação dos serviços operacionais. O Projeto 5,5 mil inspeções de segurança Meta atingida (8.501 inspeções) Enlace é um modelo aplicado pela Endesa S.A., com a Nenhum óbito por acidentes de empregados ou terceirizados Meta não atingida (4 óbitos) finalidade de garantir mais qualidade dos serviços pres- Taxa de Frequência de Acidentes com empregados de 1,23 Meta não atingida (2,49) tados, excelência no atendimento, segurança dos colabo- Taxa de Frequência de Acidentes com terceirizados de 3,50 Meta atingida (3,29) radores, custo competitivo e riscos sob controle. Taxa de Gravidade de Acidentes com empregados de 74 Meta atingida (26) Taxa de Gravidade de Acidentes com terceirizados de 209 Meta não atingida (1.621) Como as exigências passaram a ser mais rigorosas, alinhadas ao objetivo de melhoria contínua de produtos e serviços, foi promovida uma apresentação da companhia aos interessados em se tornarem fornecedores. Várias empresas de referência foram estudadas para chegar nesse modelo licitatório, além da realização de reuniões prévias para discutir os pontos com as empresas parceiras. Para segurança dos colaboradores, por exemplo, será obrigatória a instalação de sistema GPS nos veículos, a fim de monitorar a velocidade de tráfego, assim como os cintos de segurança dos eletricistas para subir nos postes devem ser confeccionados com materiais mais robustos, dentre muitos outros pontos de melhoria solicitados aos parceiros. O Enlace também prevê um sistema de bonificação aos fornecedores, de acordo com o cumprimento de níveis de qualidade do serviço prestado. Com as mudanças, as empresas Endesa esperam que seja estimulada a concorrência e, principalmente, a excelência dos serviços efetuados pelos colaboradores parceiros. (Mais informa- ções sobre fornecedores na página 42). Aplicar avaliação 360º para os gestores Meta atingida (83 gestores) Introduzir ferramenta corporativa de e-learning Meta atingida (73 gestores participantes) Instituir Programa Gestor Coach Meta não atingida Metas para 2009 Taxa de Frequência de Acidentes de trabalho de 2,9 Taxa de Gravidade de Acidentes de trabalho de 92 Índice de Parceria (Inpar) de 75% Realizar 6 mil inspeções de segurança Zerar a quantidade de óbitos por acidentes de trabalho 77 meio ambiente: Preservação e consumo consciente MEIO AMBIENTE A inauguração da nova sede administrativa em Fortaleza, em um prédio construído de forma ecoeficiente, foi um dos destaques de 2008 relacionados ao compromisso da Coelce em atuar causando o mínimo impacto ao meio ambiente. A empresa também comemorou a premiação do programa de reciclagem Ecoelce pela Organização das Nações Unidas (ONU), dentre outros reconhecimentos para essa iniciativa que promove de forma inédita a mudança comportamental da sociedade cearense. A Coelce comprova na prática que as suas ações vão além do cumprimento rigoroso da legislação e das normas ambientais. A companhia procura engajar cada vez mais Os investimentos em meio ambiente totalizaram colaboradores, empresas parceiras, fornecedores e socie- R$ 27,4 milhões em 2008, 30,5% acima de 2007 dade na busca por um mundo mais sustentável. (R$ 21,0 milhões). Os gastos envolveram: manutenção Também investe em práticas para o uso racional dos do sistema de gestão ambiental, arborização urbana, recursos naturais, programas de gerenciamento de resí- licenças ambientais, programa de P&D ambiental, ma- duos e em pesquisas direcionadas ao desenvolvimento nejo de vegetação, investimento em rede compacta e sustentável do setor elétrico, como a criação do óleo eco- educação ambiental. lógico para transformadores de distribuição e do adubo orgânico proveniente da biocompostagem do resíduo de Gestão ambiental Desafio poda da vegetação urbana. Para ajudar na divulgação de suas atividades, de for- A Política Ambiental da Coelce é disseminada constan- Ser referência, no Ceará, em eficiência energética, reciclagem de resíduos e educação ambiental ma alinhada ao compromisso de garantir cada vez mais temente por meio de campanhas de divulgação interna, transparência e proximidade no relacionamento com seus além de estar disponível na intranet e no site institu- stakeholders, foi lançada em 2008 uma página de Sus- cional. Todos os colaboradores assumem compromisso tentabilidade no website da companhia (www.coelcesites. com 100% das diretrizes, que são reunidas em quatro com.br/sustentabilidade), com informações sobre as ações principais vertentes: ética ambiental, educação ambien- sociais e ambientais e metas para atingir os Sete Compro- tal, compromisso com a legalidade e gestão de resíduos. missos para um Desenvolvimento Sustentável. A Área de Meio Ambiente e Responsabilidade Social 79 80 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 Corporativa é responsável por desenvolver ações que Política Ambiental da Coelce • Ética ambiental Ser proativa com a comunidade interna e externa, mantendo canal de comunicação aberto para informações quanto a suas ações ambientais, bem como disponibilizando um amplo acervo técnico sobre a gestão ambiental, contribuindo para o desenvolvimento sustentável. • Educação ambiental Promover em todos os níveis hierárquicos a educação ambiental, enfocando o senso de responsabilidade individual e o sentido de prevenção com relação ao meio ambiente, por meio de capacitação e conscientização, incluindo terceiros que atuem em seu nome e fornecedores. • Compromisso com a legalidade Cumprir os requisitos legais aplicáveis e outros requisitos subscritos pela empresa, visando melhorar continuamente o desempenho ambiental do planeta e do entorno, através da prevenção da poluição, monitoramento e recuperação de eventuais impactos ambientais. • Gestão de resíduos Promover alternativas para prevenir a poluição através da redução, da reutilização e da reciclagem de resíduos gerados na atividade operacional. Custos e despesas ambientais atendam e promovam essa política, além de ajudar na fiscalização para combater possíveis irregularidades. | GRI EN30 | 2007 2008 Relacionados à produção/operação 9.274 19.549 Educação ambiental para colaboradores O Sistema de Gestão Ambiental (SGA) é uma impor- Gerenciamento de resíduos tante ferramenta de melhoria contínua no estabelecimento de objetivos, metas e programas com base nessa 78 0 Licenças e auditorias ambientais 31 802 1.022 864 Arborização urbana desde outubro de 2006. Em 2008, foi ampliado o escopo inicial, que abrange as áreas de construção, operação, 0 26 Manejo de vegetação 2.154 2.683 Rede compacta ou isolada 5.695 14.928 manutenção do sistema de transmissão e distribuição de Outros gastos para melhoria contínua energia elétrica e suas atividades de apoio nas diversas Prrogramas e/ou projetos externos unidades de negócio. A certificação foi estendida à nova sede administrativa, situada em Fortaleza, que inclui a Diretoria Comercial e todas as suas atividades. Esse foi um período intenso para treinar quase mil pessoas nos procedimentos do SGA, como avaliação de situações de emergência, gerenciamento de resíduos e 69 57 Reciclagem de óleo 1 Pesquisa e desenvolvimento tecnológico e industrial política. Ele é certificado pela norma ISO 14001:2004, 49 116 129 120 11.748 7.870 Educação ambiental 2.250 669 Programa de Eficiência Energética 2 9.498 7.201 21.022 27.419 Total Em 2008, não foram contratados serviços para regeneração do óleo. Foi realizado apenas recondicionamento, com mão de obra e tecnologia próprias 2 A redução em 2008 decorre do acúmulo de liberações, em 2007, por parte da agência reguladora, de projetos para execução que eram relativos ao exercício de 2006 1 qualificação de prestadores de serviços. Em 2009, a meta 2.433,5 horas, com 1.558 participações, em 2008. Um será recertificar todo o escopo da ISO 14001. dos destaques foi a realização do curso, com 24 horas/ As responsabilidades do Sistema de Gestão Ambiental são compartilhadas entre todos os empregados, estagiá- aula, para ampliar o número de auditores ambientais internos, que passaram de 38 para 48. rios e colaboradores parceiros. Todos recebem o Guia de A Coelce é a única empresa privada integrante da Formação Ambiental, que contém explicações detalhadas Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental sobre os benefícios e as ações do SGA. Para o público do Estado do Ceará (Ciea) e do Fórum de Mudanças externo, a Coelce distribui nas lojas de atendimento e por- Climáticas do Estado do Ceará, ambos vinculados ao tarias das sedes administrativas um folheto com a política Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente. Além ambiental e os canais de comunicação sobre o tema. de intensificar o relacionamento com o poder público, a Os treinamentos de colaboradores referentes à formação ambiental e aos documentos do SGA totalizaram companhia auxilia na elaboração de políticas públicas direcionadas à educação ambiental no Ceará. MEIO AMBIENTE Estrutura do SGA Comitê executivo impactos da atuação Comitê executivo A Coelce identificou e documentou todos os aspectos Diretor-presidente e todos os demais diretores (causas) e impactos (efeitos) ambientais de suas ativi- Responsável da área de Responsabilidade Social Corporativa e Meio Ambiente e Diretoria Jurídica dades, elaborando uma série de procedimentos, normas Extensão das redes, em km | GRI EU3 | 2007 2008 Alta-tensão (75,2 kV) 3.979 4.244 Média-tensão (13,8 kV) 62.597 68.439 Baixa-tensão (380 e 220 volts) 39.564 42.291 106.140 114.974 Total técnicas e instruções de controle ambiental. + No geral, a distribuição de energia tem baixo impac- MUDANÇAS CLIMÁTICAS to no meio ambiente e na biodiversidade, que decorre, Para a companhia, as mudanças climáticas, causadas principalmente, da supressão vegetal na instalação e principalmente pelo aquecimento global, podem repre- Responsável da área de Responsabilidade Social manutenção das linhas, e/ou na utilização e descarte de sentar tanto riscos quanto oportunidades para os negó- Corporativa e Meio Ambiente e pelo menos um equipamentos com óleo mineral isolante, que oferecem cios. Uma prolongada escassez de chuvas, por exemplo, riscos de vazamento. poderá prejudicar as geradoras hidrelétricas, resultando Comitê técnico representante de cada uma das áreas envolvidas nos aspectos técnico-ambientais (manutenção de linhas e subestações, distribuição, engenharia e obras, normas e procedimentos e operação) e representantes das áreas Comercial, Recursos Humanos e Financeiro + Área de Responsabilidade Social Corporativa e Meio Ambiente + Ecotimes 10 grupos de colaboradores que atuam Auditores (internos) como agentes ambientais 48 colaboradores A fumaça preta emitida pelos carros a diesel é ou- em racionamento obrigatório do consumo de energia por tro aspecto que pode causar contaminação do ar. Essas parte da população, com impactos nos resultados finan- emissões são medidas de acordo com a escala de Rin- ceiros das distribuidoras. gelmann e monitoradas semestralmente. Outra iniciativa O cenário poderia obrigar a empresa a diversificar o envolve medições periódicas para avaliar se o nível de portfólio de aquisição de energia, com fontes energéticas emissão de ruídos das subestações está de acordo com de custo mais elevado. Como oportunidade de negócio, os parâmetros da legislação e não prejudica a comuni- entretanto, surge a oferta de novos produtos e serviços dade do entorno. | GRI EN12 | baseados em programas de ecoeficiência, além da maior As redes da Coelce são descritas, de forma simplifica- disseminação de temas de sustentabilidade em toda a da neste relatório, como linhas de transmissão, apesar sua cadeia de fornecimento, inclusive entre empresas de tecnicamente serem chamadas de linhas de subtrans- parceiras. | GRI EC2 | missão (com potência de, no máximo, 75,2 kV). Diferem das linhas de transmissão propriamente ditas que são Gestão dos impactos e multiplicadores em suas originadas a partir de centrais elétricas e, devido à alta- Como sua área de concessão abrange todo o Estado do unidades de trabalho. tensão transmitida (de 155 a 765 kV), precisam de gran- Ceará, a companhia atua em locais ricos em biodiver- des faixas de servidão (áreas de segurança sobre as quais sidade e protegidos por lei. Essas áreas abrangem 11 passam as linhas) e de um controle ambiental maior. unidades de conservação administradas pelo governo 81 82 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 federal, 20 pelo governo estadual, 11 por prefeituras e 14 Poda pela iniciativa privada – dessas, nove são reconhecidas Supressão vegetal pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e cinco (m² por trimestre) pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ce- Resíduos de poda ará (Semace). Os terrenos de propriedade na Coelce nessas áreas somavam, até o encerramento de 2008, 40.947 1 2007 2008 parceria com a Universidade do Ceará. Os pesquisado- 469.688 649.875 2 res ainda analisam as oportunidades do lançamento do 355 654 adubo orgânico e da criação de pequenas usinas para um (m3 média mensal) 1 programa de farmácia viva, que contempla uma das metas ambientais estratégicas da Coelce para 2009. 1 Considerando 1 ha = 10 mil m2 e 1 t = 1 m3 2 Somatório de desmatamento de linhas de transmissão = 259,95 ha metros quadrados. | GRI EN11 | Postes e cabos Quando não é possível evitar supressão de vegetação trico é um dos motivos de interrupção do fornecimento Os postes tiveram acréscimo na altura para que a rede aé- que possam afetar a fauna e flora em Áreas de Preserva- de energia. Os colaboradores parceiros que executam o rea fique acima da vegetação. Foi criada a cruzeta do tipo ção Ambiental (APAs), a Semace exige, como medida com- serviço de poda são treinados para retirar apenas o neces- beco e meio beco, artefato de concreto montado no topo pensatória, a destinação de 0,5% do valor da obra para o sário, sem comprometer o desenvolvimento das árvores, dos postes para sustentação dos cabos. Essa modificação próprio órgão ambiental, que é responsável pela aplicação com orientações específicas nas diferentes voltagens da reduz a necessidade de poda, pois os cabos são instalados do recurso no que considerar necessário. Em 2008, foram rede (alta, média e baixa-tensão). de forma a que a sua posição e faixa ocupada se deem so- destinados R$ 62,2 mil pela construção de quatro linhas de transmissão. | GRI EN13 | Em áreas de subestações, o controle de vegetação é fei- bre a via pública (rua) e não sobre a calçada. A linha verde to manualmente, para evitar o uso de agrotóxicos. Após de média-tensão é composta por cabos aéreos protegidos instalar uma manta plástica sobre o solo, ela é coberta (spacer), o que também proporciona redução de podas. cuidados com a flora com uma camada de brita ou areia proveniente dos rios, Desde 2002, tornou-se padrão nas construções da rede Na expansão das redes de distribuição, a Coelce procura impedindo o crescimento de ervas daninhas. A medida re- de baixa-tensão a instalação de cabos pré-reunidos (tran- colocar os postes ao longo de vias e estradas já abertas duz o custo das capinas e mantém o controle de vegeta- çados) que oferecem segurança e menor poluição visual, pela comunidade, a fim de evitar o corte de árvores em ção sem contaminar o solo. além de reduzirem a supressão vegetal. Em 2008, foram mata fechada. A medida também facilita o acesso das Os galhos e as folhas oriundos da poda urbana são equipes de manutenção, contribuindo para a melhoria dos enviados para aterros municipais e parte dos resíduos ge- indicadores de qualidade técnica. | GRI EN14 | rados em Fortaleza é transformada em adubo orgânico. Com exceção de uma rede construída em 2005, que uti- Esse é um projeto de P&D desenvolvido desde 2004 em lizou 120 postes de madeira, todos os postes da Coelce A interferência dos galhos das árvores no sistema elé- construídos 2.956.009 quilômetros em redes trifásicas e monofásicas. | GRI EN14 | são feitos de concreto. A empresa utiliza cruzetas de maPropriedades em áreas protegidas / biodiversidade | GRI EN11 | Dentro de áreas Em áreas adjacentes Total Área (m2) Localização Tipo de operação 40.947 Guaramiranga, Ibiapina, Inhuçu,Tianguá e Viçosa do Ceará Subestações ND ND ND 40.947 deira apenas nas redes aéreas antifurto (Distribuição Aérea Transversal – DAT). Até 2006, a companhia desconhecia a origem da madeira, mas desde 2007 apenas adquire o recurso com certificação de origem florestal sustentável. MEIO AMBIENTE Cuidados com a avifauna um equipamento de baixo custo, de cano de PVC, para Emissão de ruídos Antes do início de construção das obras, são identifica- colocar sobre as duas cruzetas e impedir que o pássaro De forma preventiva, a Coelce realiza medições de ruídos das as espécies existentes em cada região. Em 2008, não pouse, faça ninhos e provoque curto-circuitos, precisando em subestações, para garantir que essas instalações es- foi constatada a existência de animais ameaçados de ex- ser removidos na manutenção da rede. tejam plenamente de acordo com os níveis exigidos pela tinção de acordo com a listagem da União Internacional para Conservação da Natureza (UICN). | GRI EN15 | Outra iniciativa é o afugentador de abelhas. Col- legislação ambiental. Em linhas de transmissão essas me- meias construídas nas estruturas e na rede ameaçam dições são consideradas desnecessárias, segundo conclu- Mesmo com o baixo impacto à avifauna que entra em a segurança dos eletricistas e provocam interrupção no são de estudo do Instituto de Tecnologia para o Desenvol- contato com a rede energizada, a companhia estimula ini- fornecimento de energia. Para afugentá-las, passou a ser vimento (Lactec) e aprovado pelo órgão ambiental, pois os ciativas de preservação. Um exemplo é o projeto Casaca borrifado um defensivo natural derivado da mandioca. ruídos não causam incômodo à comunidade. de Couro, nome de um pássaro que faz seu ninho em es- Além de não matar as abelhas, o composto evita a con- truturas da rede de média-tensão. Colaboradores criaram taminação dos trabalhadores e do meio ambiente. Principais materiais utilizados | GRI EN1 | Cabos e fios (metros) Cabos e fios (kg) Concretos (unidades) Conectores (unidades) Em 2005, a Coelce promoveu um projeto de P&D para 2006 2007 Meta 2008 2008 Meta 2009 12.791.092 14.964.176 17.387.886 11.861.563 23.114.491 1.499.967 1.849.505 2.149.065 2.478.772 2.992.011 195.962 228.703 370.135 305.504 380.755 com o Lactec, a pesquisa concluiu que esses campos não 1.176.331 1.327.591 1.616.786 1.421.204 2.095.550 apresentam risco à saúde ou à segurança da população residente nas proximidades de suas linhas de transmissão. Disjuntores (unidades) 88.407 115.985 150.004 144.415 195.934 Isoladores (unidades) 678.139 722.859 1.071.922 946.303 1.187.944 Medidores (unidades) 213.837 215.495 255.473 215.260 487.993 Para-raios (unidades) 19.265 24.745 36.460 36.205 37.100 176.816 219.127 465.352 426.375 465.478 7.274 8.425 16.154 9.247 11.713 Seccionadores (unidades) Transformadores (unidades) Campos eletromagnéticos estudar os efeitos de campos eletromagnéticos produzidos na passagem de energia elétrica. Realizada em parceria Materiais A Coelce incentiva o uso de produtos e a busca de Materiais reciclados | GRI EN2 | Uso Papel reciclado Os contracheques e informes de rendimento dos funcionários são feitos em papel reciclado, além de contas de parte dos clientes externos, folderes, blocos de notas e brindes Papéis sanitários Os papéis toalhas usados na empresa são reciclados Cartuchos remanufaturados A empresa Xerox recicla seus cartuchos de tonners Madeira certificada As cruzetas de madeira compradas são certificadas pelo Ibama Biodegradáveis Projeto Adubo Orgânico, que transforma em adubo a poda de árvores em Fortaleza Nº de materiais diretos Materiais de construção Resíduos de postes e cruzetas são transformados em tijolos ecológicos, utilizados na construção de casas populares e em estradas Nº de materiais não renováveis soluções que não agridam o meio ambiente. O óleo utilizado em transformadores de distribuição e de potência Materiais usados | GRI EN1 | 2006 2007 2008 2.556.031 2.862.930 3.504.513 ND ND ND 83 84 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 é 100% recondicionado, e totalizou 136.250 litros em Gerenciamento de resíduos | GRI EN22 | 2008. O percentual de faturas de energia impressas Resíduos perigosos: estopas contaminadas com óleo; pó de madeira contaminado por óleo mineral, transformadores e óleo mineral isolante (kg) em papel reciclado, no entanto, diminuiu de 48% para 30% do total das contas entregues aos clientes, na 2007 2008 146.000 230.132 Transportados por empresa licenciada e, posteriormente, incinerados. O óleo mineral fica em estoque, para recondicionamento e regeneração 32.544 22.046 Armazenadas de forma correta até o transporte por empresa licenciada. Posteriormente recebem tratamento de descontaminação 579.680 164.701 Transportados por empresa licenciada e destinados a aterro sanitário. Os resíduos gerados no interior do Estado são transportados até os aterros pelas prefeituras municipais 3.583.032 7.048.944 66.570 215.530 Cartuchos, cilindros e tonners para impressoras (unidades) ND 745 Recolhidos pelo fornecedor, que providencia reutilização. Caso não seja possível o reúso, os resíduos são incinerados Baterias para celulares e pilhas (kg) ND 338 Armazenados e identificados em recipientes adequados, para posterior destinação final Lâmpadas (unidades) comparação entre 2008 e o ano anterior. Isso se deve à ampliação do sistema de fatura imediata, uma vez que Resíduos orgânicos (kg) 1 os equipamentos que emitem a conta de energia utilizam papéis eletromagnéticos. O papel reciclado foi empregado em 100% dos contracheques dos empregados. | GRI EN2 | Resíduos de postes (kg) Resíduos de cruzetas (kg) Gerenciamento de óleo e demais resíduos O Sistema de Gerenciamento Ambiental (SGA) prevê medidas de controle e prevenção de vazamentos de óleo isolante durante a manutenção e troca dos transformadores. Cada equipamento contém em média 60 Destinação Recolhidos por uma usina de reciclagem em Fortaleza, que fabrica tijolos ecológicos para utilização em construções de conjuntos residenciais populares para baixa renda litros (os de distribuição) e 10 mil litros de óleo (os Papel (kg) 9.886 18.777 Reciclagem transformadores de potência). Papelão (kg) 1.822 3.277 Reciclagem Papel misto (kg) 1.049 7.899 Reciclagem 266 632 Reciclagem 3.843 2.141 Reciclagem Reciclagem O resíduo de óleo fica armazenado em tanques na sede Plástico – filme (kg) da Coelce em Maracanaú, para regeneração por empresa Plástico – gerais (kg) licenciada para essa atividade. Plástico – garrafa (kg) Durante o ano, colaboradores próprios e parceiros 23 398 Vidro (kg) 1.080 968 Reciclagem Resíduo metálico – aço (kg) 9.396 3.040 Reciclagem foram treinados em procedimentos emergenciais para Resíduo metálico – chumbo (kg) 10 0 Reciclagem casos de vazamento de óleo, com aulas teóricas e si- PVC (kg) 10 13 Reciclagem mulados práticos periódicos sobre riscos de incidentes. Ferro (kg) 1.943 8.299 Reciclagem Jornal (kg) 90 826 Reciclagem Inox (kg) 17 0 Reciclagem ND 81.554 Reciclagem 40 30.896 Reciclagem 1.849 6.634 400 126 Desde 2000, a Coelce é livre de ascarel (bifenila poli- clorada – PCB), óleo isolante usado nos transformadores. Cobre (kg) Proibido em 1981, por representar riscos à saúde huma- Alumínio (kg) Porcelana (kg) na, o uso do ascarel poderia ser mantido até a substituição dos equipamentos. Entulho de construção civil (t) 1 Somente Fortaleza e área metropolitana Aterro Reciclagem MEIO AMBIENTE Uso eficiente dos recursos O consumo de energia indireta refere-se ao funcionamento de sedes administrativas e pontos de apoio de Barreira natural contra os ventos A maresia e os ventos salinos diminuem a vida útil dos equipamentos do sistema de distribuição de energia em municípios litorâneos. Unindo criatividade e respeito ao meio ambiente, a equipe da Área de Linhas de Transmissão (LTs) e Subestações (SEs) Fortaleza e Metropolitana encontrou uma alternativa para reduzir a força dos ventos sobres os barramentos de 72,5kV e 15kV. Batizado de Barreira Vegetal, o projeto consiste no plantio de vegetação cipreste nos arredores da subestação, uma solução simples, de custo baixo e com viés ecológico. A iniciativa foi executada no município de Beberibe e deverá ser estendida para outras áreas litorâneas a partir de 2009. Ao incorporar os princípios da construção sustentá- subestações. O montante em 2008 foi 11,01 GWh (o vel em sua nova sede administrativa, em Fortaleza, a equivalente a 39.600 gigajoules), 1,6% de aumento na Coelce reforçou o compromisso com o uso racional e comparação com o ano anterior (10,8 GWh). O acréscimo eficiente dos recursos naturais. As instalações e os equi- deve-se à ampliação de instalações e à contratação de pamentos do prédio são ecoeficientes no consumo de colaboradores. A companhia tem como meta para 2009 o água e energia. O revestimento é de vidros com baixa consumo de 11,7 GWh, crescimento de 5,8% em relação retenção de calor. Na base do edifício foram utilizados ao 2008 por conta da ampliação de instalações. Periodica- tijolos ecológicos, originados de entulho reciclado de mente, são realizadas campanhas de comunicação interna construção civil, e o painel eletrônico, instalado na fa- para combater o desperdício do insumo. A mudança, em chada para divulgar mensagens educativas, utiliza LED setembro de 2008, para a nova sede administrativa já re- (Light Emitting Diode, ou Diodo Emissor de Luz), que sultou em economia de energia por conta das instalações consome 20% menos de energia. | GRI EN7 | mais eficientes. Energia idênticas à da matriz energética brasileira, que em 2008, O consumo de energia usada diretamente na atividade de segundo dados do Ministério de Minas e Energia, era distribuição refere-se ao combustível que move a frota de 41% oriunda de petróleo e derivados. A energia de fonte veículos nos diversos serviços de instalação e manutenção hidráulica representa 72% da matriz elétrica. | GRI EN4 | As fontes de fornecimento de energia indireta são das linhas e redes, assim como em atividades comerciais Para reduzir os custos financeiros e o impacto ao meio (ligação nova e religação, entre outras). Como essas tare- ambiente, a companhia deu prioridade à realização de fas são realizadas por empresas parceiras, a Coelce ainda videoconferências em substituição a reuniões presenciais não dispõe de inventário centralizado e sistematizado para em outros estados, principalmente no Rio de Janeiro, o cálculo desse consumo. onde está localizada a holding Endesa Brasil. | GRI EN3 | Energia contratada (kWh) 2005 2006 2007 Meta 2008 2008 Meta 2009 Hidráulica 4.623.467.976 4.261.874.004 4.431.757.285 4.698.050.338 4.698.050.338 4.854.576.686 Térmica 3.091.884.331 3.220.789.204 3.205.857.839 3.383.664.460 3.383.630.197 3.658.984.214 55.464.000 72.143.333 124.952.153 168.455.886 157.348.653 215.795.245 7.770.816.307 7.554.806.541 7.762.567.277 8.250.170.684 8.239.029.188 8.729.356.145 Eólica Total 85 86 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 A empresa distribui energia oriunda de fontes hidráu- A Coelce não reutiliza água para outras atividades, lica, térmica e eólica, sendo a maioria proveniente de como limpeza. Também desconhece se as fontes hídricas hidrelétricas, um tipo de energia limpa e renovável, que de abastecimento público foram significativamente afeta- não emite resíduos tóxicos para a atmosfera. A energia das pela retirada de água que posteriormente será consu- térmica adquirida provém de gás natural, que, apesar de mida em suas atividades. | GRI EN9, EN10 | ser um combustível fóssil, é menos agressivo à natureza na comparação com o petróleo e o carvão. Consumo de água por fonte – m3 | GRI EN8 | Poços artesianos 1 2006 2007 2008 ND 83 1.099 Abastecimento municipal 2 44.899 38.057 40.399 Total 44.899 38.140 41.498 1 A partir da adoção do SGA (em 2007), o indicador passou a incluir a água oriunda de três poços artesianos (nas subestações de Aquiraz, Coluna e Cascavel). Em 2007, foi utilizado apenas o de Aquiraz. Em 2008, usados os três poços 2 O SGA permitiu aperfeiçoar a mensuração do indicador. Por isso, o dado de 2006 diverge do publicado no relatório daquele ano (50.645 m3) A energia eólica é uma fonte alternativa que recebe cada vez mais investimentos. No Ceará, o governo estadual conduz o Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva Geradora de Energia Eólica (Pró-eólica), com investimentos na área de infraestrutura e política de in- Boas práticas • Transformadores com óleo ecológico centivos fiscais. Apesar de ainda representar uma pequena parcela da energia adquirida, na comparação com hidrelé- Após um período de testes, a Coelce inaugurou ofi- UFC. Outra característica do óleo é ser menos infla- trica e térmica, seu uso vem sendo intensificado, passando cialmente, em abril de 2008, o primeiro transforma- mável do que os derivados do petróleo, diminuindo os de 0,7% do total, em 2005, para 1,9% em 2008. dor de distribuição com óleo vegetal 100% brasileiro. riscos de explosões e acidentes na rede elétrica. O equipamento foi desenvolvido em parceria com o Entre 2007 e 2008, o produto foi utilizado em ca- Água Parque de Desenvolvimento Tecnológico (Padetec), ráter experimental pela Coelce em dois transforma- O consumo de água para operar suas unidades adminis- vinculado à Universidade Federal do Ceará (UFC). Fei- dores, apresentando excelentes resultados após 10 trativas (uso de sanitários, água para o consumo huma- to a partir da mistura do líquido da castanha de caju mil horas de uso. Em 2009, começará a terceira fase no e limpeza das instalações) totalizou 41.498 metros com óleo de mamona, não oferece riscos ao meio do projeto, com o objetivo de ampliar a utilização cúbicos, em 2008, proveniente da Companhia de Água e ambiente em caso de vazamento. desse óleo para dez transformadores de distribuição Esgoto do Ceará (Cagece) ou Serviço Autônomo de Água “Esse óleo é completamente biodegradável. Se ele e iniciar a utilização em transformadores de potência. vazar, em uma semana não existirá mais nada, enquan- A companhia iniciou, em março de 2008, o proces- São realizadas campanhas sistemáticas para evitar o des- to os de origem mineral permanecerão lá por anos”, so de reconhecimento de patente do óleo ecológico, perdício de água, mas a meta de reduzir em 5,2% o consu- garante o pesquisador que desenvolveu a tecnologia, em que será a primeira brasileira e a quarta no mun- mo em 2008, para 36.154 metros cúbicos, não foi atingida. Prof. Dr. José Osvaldo Beserra Carioca, um dos pais do do (três delas são norte-americanas), marcando sua O aumento de 8,8% registrado em comparação a 2007 biodiesel no Brasil, químico industrial e professor da posição de liderança no setor elétrico. | GRI EN26 | e Esgoto (SAAE), além de poços artesianos. deve-se a reformas de sedes e construções de subestações. MEIO AMBIENTE INICIATIVAS SUSTENTÁVEIS Efluentes gética, a companhia entende que deve tratar o CFC e A distribuição de energia elétrica não gera efluentes o HCFC contidos nos equipamentos substituídos. Para a serem tratados. Há apenas os efluentes sanitários isso, firmou parceria com empresa cadastrada no Iba- Ecoelce: prestígio internacional oriundos das sedes administrativas e pontos de apoio ma, especializada em recolher esses gases e evitar a Fruto de um bem-sucedido projeto de P&D, o Programa às subestações. A rede de esgoto é interligada às em- fuga dessas emissões para a atmosfera. Em 2008 foram Coelce de Desenvolvimento Social pela Energia Con- presas de saneamento ou recebe tratamento por meio recolhidos 386 quilos de clorofluorcarboneto (CFC) e sumida (Ecoelce) troca lixo reciclável por descontos na de fossa séptica. hidroclorofluorcarboneto (HCFC). | GRI EN19 | energia consumida. Por meio da coleta seletiva, o ma- As fossas são inspecionadas periodicamente, confor- O inventário de hexafluoreto de enxofre (SF6) em terial levado pelos clientes até os locais credenciados é me previsto em Norma Técnica Ambiental, para poste- 2008 verificou a existência de 1.138 quilos desse ma- pesado e transformado em bônus na conta de energia rior limpeza quando necessário, executada por empresa terial, sendo parte armazenada e outra utilizada em elétrica, que pode chegar inclusive ao valor zero. devidamente licenciada. A Coelce possui uma dispen- equipamentos de proteção do sistema elétrico (inter- Até 2008, o programa recolheu 4,5 toneladas de re- sa emitida pela Semace, órgão de controle ambiental, ruptores e disjuntores). A estimativa é que em 2008, as síduos, economizando energia para extrair da natureza pela qual não é requerido o monitoramento (análises fugas tenham correspondido a 80,8 quilos. | GRI EN16 | as matérias-primas que seriam necessárias para trans- laboratoriais) dos efluentes cloacais gerados em suas As emissões indiretas de GEE derivam da frota de veículos formá-las em produtos. De acordo com dados do econo- atividades. | GRI EN21 | contratada para serviços de poda, medição mensal do mista e advogado Sabetai Calderoni, autor do livro Os consumo de energia dos clientes, construção e manutenção bilhões perdidos no lixo ((USP, 1997), para cada tipo de Descartes de água | EN 21 | 2006 2007 2008 preventiva e corretiva do sistema elétrico, transporte de material reciclado é possível obter considerável econo- Volume total do descarte (m³/ano) 44.899 38.057 40.399 colaboradores, consumo próprio, dentre outros. A Coelce mia de energia devido ao reprocessamento. ainda não possui um inventário para o cálculo dessas Emissões emissões nem do impacto do transporte. | GRI EN29 | Com investimento de R$ 212 mil em 2008, o programa contou com 63 pontos de coleta seletiva (35 fixos e 28 A atividade de distribuição de energia elétrica não Semestralmente é realizado o monitoramento da fu- móveis), nos seguintes municípios: Fortaleza, Maracanaú, constitui fonte primária de emissões de Gases de Efeito maça preta dos veículos movidos a diesel, da sua frota Maranguape, Caucaia, Farias Brito, Reriutaba, Milagres, Estufa (GEE). Por essa razão, a companhia não produz própria e de empresas parceiras. Caso a densidade da emissões atmosféricas diretas significativas de dióxido fumaça não esteja nos padrões exigidos, o veículo é Benefícios do Ecoelce de carbono (CO2). Para o fornecimento de energia elé- encaminhado para manutenção. A companhia também • Geração de renda trica, a Coelce também não emite óxidos de nitrogênio estabelece formalmente nos contratos que os veículos (NOx) e de enxofre (SOx). | GRI EN16, EN20 | devem ter, no máximo, dois anos de uso, como forma Com as trocas de geladeiras e aparelhos de ar-condicionado realizadas pelo Programa de Eficiência Ener- de garantir equipamentos mais eficientes e de menor emissão de gases. | GRI EN17, EN18 | • Educação ambiental • Incentivo ao fornecimento seguro de energia elétrica, uma vez que as pessoas têm condições de pagar a conta de luz • Redução dos custos dos municípios no tratamento de resíduos e do volume enviado para aterros sanitários • Ganho ambiental 87 88 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 Reciclagem com geração de renda para presidiários Parte dos resíduos de postes e cruzetas de concreto são doados pela Coelce para a construção de casas populares. A parceira com a empresa Usifort Ambiental, uma usina de reciclagem de entulho de construção civil, teve início em 2006 e até o encerramento de 2008 já havia destinado um volume de sucata correspondente a 4.638 postes e 3.095 vigas de concreto. Por meio de um convênio com a Secretaria de Justiça do Estado do Ceará, a Usifort emprega em sua força de trabalho presidiários em liberdade condicional, oferecendo oportunidade de geração de renda e inclusão social. Em 2008, eram quatro trabalhadores, mas dependendo do volume de matéria-prima recebida, o número pode aumentar. O entulho reciclado é transformado em base asfáltica para corredores de ônibus, estacas de cercas, meiofio, bueiros e tijolos ecológicos, oriundos 100% de resíduos da construção civil. A Usifort vende seu material 30% mais barato que o preço do mercado tradicional, com a vantagem de utilizar apenas resíduos recicláveis, diminuindo o impacto ambiental na exploração da matéria-prima. Parte do prédio da nova sede da Coelce também foi construída com esses tijolos ecológicos provenientes de material reciclado. Ecoelce foi um dos dez ganhadores do World Business Sobral, Morada Nova, Campos Sales, Quixadá, Iguatu e Juazeiro do Norte. Para 2009, a introdução do programa está and Development Awards (WBDA), promovido pela Or- confirmada nos municípios de Itapipoca e Aquiraz. A meta ganização das Nações Unidas (ONU), que destaca a con- para 2008, de 100 mil clientes, foi superada, totalizando tribuição das empresas do setor privado para atingir os mais de 112 mil clientes, com R$ 622,5 mil em bônus. Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Cerca de 100 projetos de sustentabilidade de 44 países concorreram à premiação, concedida somente a dez empresas. Reconhecimentos A qualidade do programa e a sua inovação inspiradora, Outros reconhecimentos do Ecoelce em 2008 foram: capaz de agregar vantagens ambientais, sociais e econô- • Brasil que Inova, promovido pela revista Exame: uma das 25 maiores inovações brasileiras da última década. micas, renderam prêmios e reconhecimentos em 2008. O Ecoelce Resíduos recolhidos Energia economizada (MWh/t) 1 Toneladas recicladas Economia total (GWh/2008) 2 Metal 5,3 201,30 1,06 Vidro 0,64 215,41 0,13 Papel 3,51 595,02 2,08 Plástico 5,06 263,35 1,33 - 1.275,08 4,6 Totais Calderoni, 1997 2 Ecoelce, set-dez 2008 1 Ecoelce Resíduos reciclados 2008 Total Volume (Kg) Volume (Kg) Valor (R$) Volume (kg) Valor (R$) Papel (papel branco, misto, papelão, jornal) 419.682 39.533 1.513.051 109.834 1.932.733 149.368 Embalagens de vidro 177.262 13.329 544.966 25.532 722.228 38.862 Metais (alumínio, ferro, chumbo, aço) 466.788 60.182 564.060 152.252 1.030.848 212.434 Plásticos 164.262 45.698 658.614 173.421 822.876 219.119 981 290 8.499 2.457 9.480 2.747 - - 1.100 46 1.100 46 1.228.975 159.031 3.290.290 463.543 4.519.265 622.575 Óleo de cozinha 1 Embalagens cartonadas Total 1 2007 Valor (R$) A arrecadação de óleo de cozinha começou em março de 2007; os números correspondem ao total de 9 meses. MEIO AMBIENTE • Prêmio Von Martius, realizado pela Câmara BrasilAlemanha: 2º lugar na categoria Natureza. • Prêmio Fundação Coge (Comitê de Gestão Empresarial): finalista da categoria de Ações Ambientais. • Prêmio Fiec por Desempenho Ambiental: 1º lugar na categoria Integração com a Sociedade. A Coelce também iniciou uma pesquisa, realizada Educação Ambiental em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), Por meio de palestras, cursos e treinamentos, a compa- para avaliar o potencial do Ecoelce em gerar créditos nhia busca disseminar a importância da preservação do de carbono, uma vez que o aumento da reciclagem mi- meio ambiente. Várias iniciativas marcam a atuação: nimiza a necessidade de extrair as matérias-primas da natureza, evitando a emissão de Gases de Efeito Es- Ecotimes em ação • Cámara Oficial Española de Comércio en Brasil: Res- tufa. Esse é o caminho que a companhia planeja para Formados por dez grupos de colaboradores, os Ecotimes ponsabilidade Social Corporativa para os melhores neutralizar a emissão do gás carbônico na geração de atuam para disseminar as diretrizes da Política Ambiental projetos em benefícios da sociedade brasileira. energia elétrica. | GRI EU4 | e do SGA, além de apoiar e engajar os demais colegas de trabalho nas campanhas organizadas pela Área de Responsabilidade Social Corporativa e Meio Ambiente. Em Boas práticas • Parceria com catadores de recicláveis 2008, 88 funcionários integraram os Ecotimes, sendo que 18 deles foram treinados como auditores ambientais. A novidade de trocar lixo reciclável por bônus de energia trouxe benefício imediato às comunidades carentes e ao meio ambiente, mas tornou-se um problema para o movimento de recicladores do Ceará. “Nós voltávamos com o carrinho vazio, porque quem doava para a gente estava entregando papel, plástico, jornal, etc. para a Coelce. Daí fomos na empresa reclamar porque estávamos ficando sem o material”, explica Maria da Conceição da Silva de Souza, presidente da Associação dos Recicladores Amigos por Natureza (Aran), que há cinco anos atua na comunidade Bom Sucesso, em Fortaleza. Foi realizada audiência pública na Câmara dos Vereadores, com a participação de autoridades e integrantes da Rede dos Recicladores do Ceará – da qual Conceição também é presidente –, seguida de novas negociações, que resultaram em uma parceria bem-sucedida. A Coelce passou a equipar as associações de recicláveis com as máquinas que registram os créditos do Ecoelce, permitindo que a população fizesse a troca dos resíduos também nesses pontos. No processo, as associações conseguem ter uma margem de lucro entre a compra e a venda dos materiais, utilizada para o pagamento dos salários dos catadores. “A parceira melhorou muito o negócio. Antes vendíamos por mês cerca de mil quilos de cada material (papel, papelão, vidro, plástico e metal) e depois conseguimos esse mesmo volume por quinzena”, diz Conceição. São mais de 500 pessoas da comunidade cadastradas no programa. “Além de pagar a conta de luz, o Ecoelce ajudou na educação ambiental, porque antes o pessoal jogava o lixo em qualquer canto. Agora todo mundo separa e traz o lixo para cá”, diz a líder da Aran. Escola Coelce Caminhos Eficientes No programa Escola Ecoelce Caminhos Eficientes, as comunidades têm a oportunidade de conhecer, por meio de maquetes, o processo de geração de energia elétrica até a sua chegada nas residências. Por meio de uma plataforma móvel adaptada, mensagens com foco em educação ambiental são disseminadas de forma itinerante, percorrendo os municípios cearenses. Os visitantes também recebem treinamento sobre o uso racional e seguro da energia. Em 2008, o projeto percorreu 85 comunidades, recebendo aproximadamente 33 mil visitantes, com cerca de 3.190 turmas formadas e 38.302 multiplicadores capacitados. Com investimento de R$ 619,6 mil, o programa ainda realizou a troca de 28 mil lâmpadas fluorescentes nas comunidades. | GRI EU6 | 89 90 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 uma luz para o verde A Coelce, em parceira com a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), promoveu o plantio simultâneo de 65 mil árvores em Fortaleza, com a participação de 300 voluntários, entre colaboradores próprios, de empresas parceiras e familiares. O resultado motivou a busca por registro no Guinness Book, o livro dos recordes, ao superar o recorde anterior do município de Indaiatuba, no interior de São Paulo. A maratona verde começou e, em apenas 23 minutos e 30 segundos, o plantio foi totalmente concluído. Os locais que receberam as mudas de plantas foram o Condomínio Espiritual Uirapuru (50 mil) e o campus da Universidade Estadual do Ceará (15 mil). No evento, os participantes também tiveram a oportunidade de visitar a unidade móvel Escola Coelce Caminhos Eficientes. Atividades de educação ambiental Beneficiados 2007 Beneficiados 2008 Formação ambiental (treinamento geral sobre 658 colaboradores e estagiários 1.004 colaboradores e estagiários, além de benefícios e práticas do SGA) e 2.667 parceiros 2.764 empregados de empresas parceiras Treinamento ambiental sobre procedimentos, 2.596 colaboradores próprios e 554 colaboradores próprios e 523 de normas técnicas, controle e manual do SGA de empresas parceiras empresas parceiras Formação de auditores ambientais 28 colaboradores próprios 25 colaboradores próprios Formação de auditores líderes em Sistemas de 8 colaboradores próprios - Curso de gerenciamento de resíduos 50 colaboradores próprios - Curso de legislação ambiental 37 colaboradores próprios - Curso de aspectos e impactos ambientais - 20 colaboradores próprios Curso de avaliação de fornecedores para - 25 colaboradores próprios 500 alunos de escolas públicas e 247 participantes (alunos e professores de privadas e 31 funcionários públicos ensino médio/ fundamental e superior) Palestras sobre temas ambientais para 76 colaboradores próprios e 238 colaboradores próprios e parceiros colaboradores parceiros Orientações ambientais para público interno 1.994 colaboradores, entre próprios 675 funcionários, entre próprios e parceiros, (referentes ao SGA) e externo (coleta seletiva) e parceiros, além de abordagens que além de abordagens com o público externo, atingiram 3 mil pessoas da sociedade que abrangeram mais de 4 mil pessoas. Gestão Ambiental, com o objetivo de capacitar para coordenação das auditorias internas Sistema de Gestão Ambiental Palestras para escolas e órgãos ambientais Dia Coelce do Meio Ambiente Mudanças Climáticas – Aquecimento Global no Semiárido Grafitando com Arte O Dia Coelce do Meio Ambiente, comemorado em 4 de – e exposição de fotos sobre a temática ambiental. Os muros de subestações são transformados em espaço outubro, promove eventos que contribuem para despertar Foram distribuídos, ainda, folderes sobre o uso ra- de divulgação de dicas e iniciativas ambientais do projeto a consciência ambiental de colaboradores e empresas cional de água e brindes educativos em todas as uni- Grafitando com Arte, desenvolvido desde 2005. Após rece- parceiras. Em 2008, mais de 3 mil pessoas, incluindo dades da Coelce no Estado do Ceará. Pela internet, os berem treinamento em educação ambiental, os grafiteiros familiares, foram envolvidas em diversas atividades, como colaboradores receberam dicas ambientais e lembretes utilizam o talento para desenhar e inserir mensagens que passeios ecológicos e participação no plantio de mudas sobre a importância da certificação ISO 14001:2004 na remetem ao desenvolvimento sustentável. Em 2008, fo- de pau-brasil, sessões de cinema, palestras – como qualidade da gestão ambiental. ram pintados 15 muros, com investimento de R$ 20 mil. MEIO AMBIENTE Pesquisa e Desenvolvimento Em parceria com universidades e centros de pesquisa nacionais, a Coelce investe em projetos de Pesquisa e Desenvolvimento com foco na área ambiental, buscando tornar as atividades do setor elétrico cada vez mais sustentáveis. Projetos de P&D ambientais 2008 1 Investimento R$ mil Desenvolvimento de processo biotecnológico de compostagem para a reciclagem dos resíduos de poda das árvores que obstruem redes elétricas urbanas, proporcionando reaproveitamento ecológico desse resíduo 98 Desenvolvimento de técnicas e sistema de lavagem a seco de isoladores, de forma a aumentar a segurança do processo de limpeza em sistemas energizados 281 Desenvolvimento e implementação de óleo ecológico para transformadores de distribuição 185 Programa Coelce de Desenvolvimento Social pela Energia Consumida – Ecoelce Total de investimentos em 2008 1 206 Desenvolvimento de produtos à base de compósito fibra de coco em matriz polimérica para aplicação em sistemas de baixa-tensão. Além de buscar economia financeira, ao desenvolver caixas de baixo custo para os medidores de energia, reaproveita os subprodutos do coco, resíduo abundante no Ceará Resultado Manter o consumo de água em até 36 mil m3 Não atingida (somou 43,9 mil m3) Manter o consumo de energia em 10 GWh Não atingida (totalizou 11,01 GWh) Conquistar 100 mil clientes no Ecoelce Superada em 12% (112 mil clientes) Desenvolver biocatalizador para a viabilização de adubo orgânico Realizados estudos para a criação de biocatalisador proveniente de recursos naturais, com o objetivo de tornar o custo do produto mais econômico. Foram encontrados organismos que atendem ao objetivo, porém são necessárias mais pesquisas sobre o metabolismo desses seres 94 863 Mais informações sobre Pesquisa e Desenvolvimento na página 94. Metas ambientais de 2008 Metas para 2009 Alcançar 200 mil clientes cadastrados no Ecoelce Recertificar todo o escopo da ISO 14001 P&D ambientais 2006 2007 2008 Recursos aplicados (R$ mil) 1.375 1.022 863 Plantar 12 mil mudas de árvores como parte do projeto Uma Luz para o Verde Atender a 85 comunidades com o projeto Escola Coelce Caminhos Eficientes 91 inovacão e criatividade: Incentivo à eficácia inovação e criatividade A Coelce procura criar e aperfeiçoar diversos canais de INOVA COELCE Inovadora. O vencedor de cada categoria recebe um gestão de ideias e projetos de inovação, com metodo- Desde setembro de 2006, o Inova Coelce busca apro- cheque de 2 mil euros. Em 2008, a Coelce recebeu men- logias específicas para que os autores, independente- veitar a capacidade criativa e o potencial inovador dos ção honrosa pela iniciativa Desenvolvimento de Óleo mente da função ou cargo na empresa, possam partici- colaboradores, tornando-os protagonistas do cresci- Ecológico para Transformadores. par ativamente dos processos que signifiquem melhoria mento da empresa. Ideias enviadas por funcionários de contínua e agregação de valor ao negócio. empresas parceiras também são bem-vindas. DEU CERTO Além de proporcionar ganho adicional de competiti- Um das novidades do ano foi a Semana da Inovação Lançado em 2008, o programa Deu Certo – Gente que vidade, esses programas melhoram a qualidade dos ser- Coelce, realizada de 3 a 7 de novembro de 2008, com Acredita e Faz foi desenvolvido para incentivar a cria- viços e impactam de forma positiva o desenvolvimento oficinas de inovação comercial para intensificar a cria- ção, o desenvolvimento e a difusão de melhores práti- socioeconômico. Como exemplo, uma das boas ideias já tividade e o empreendedorismo. O evento reuniu 121 cas em todas as áreas da Coelce. A iniciativa reconhece adotadas é o Kit Irrigação, um regulador automático que participantes de 16 municípios, que trouxeram mais de e premia os projetos de melhoria contínua que já foram permite ao produtor rural irrigar sua plantação no horá- 175 ideias, originando sete novos conceitos de negócio. adotados e trouxeram resultados efetivos e mensurá- rio em que a tarifa de energia tem custo menor. Além de Um deles, de caráter educativo, sugere a criação de um veis para a empresa. Foram mais de cem inscrições pela programas corporativos – Inova Coelce e Deu Certo –, há programa de bolsas e inclusão educacional tendo como internet (www.deucertocoelce.com.br), contemplando uma iniciativa global da Endesa, o Novare, e projetos de suporte uma plataforma de seguro ou título de capitali- ainda fóruns de disseminação para avaliar a possibi- melhoria que surgem de Pesquisa & Desenvolvimento e zação atrelado à conta de energia elétrica. lidade de acelerar o processo de aplicação das ideias. dos programas de Eficiência Energética. | GRI EU7 | Desafio Crescer com o uso de tecnologias sustentáveis O outro destaque do ano foi o novo portal na inter- Dois projetos foram vencedores do ciclo 2008: net (www.inovacoelce.com.br), com mais interatividade Bloqueador Sinalizador de Chave Fusível e Seccio- e acesso ao banco de informações sobre a iniciativa. nadora e Troca de Arraias. O primeiro criou um me- O cadastro das ideias, com viés comercial, tecnológico canismo que sinaliza e impede que ocorra um reli- ou de melhoria contínua, passou a ser feito pela web, gamento acidental do circuito, evitando a falta de dando agilidade ao processo. energia prolongada em casos de situações transitórias. Já o segundo envolve uma ação educativa sobre o pe- Novare rigo e os transtornos de soltar pipas próximo da rede Por meio do Projeto Novare, as inovações podem ser elétrica, além de estimular a troca dessa brincadeira por aproveitadas por qualquer companhia Endesa, forta- outras mais seguras, como pião e bola. lecendo os esforços de melhoria contínua global. As Ao final do primeiro ano de existência, a Coelce pu- cinco categorias premiadas são: Distribuição, Geração, blicou a edição inaugural da revista Deu Certo, com 77 Comercialização, Serviços Corporativos e Ideia mais projetos dos participantes. 93 94 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 PESQUISA E DESENVOLVIMENTO | GRI EU7 | Boas práticas • Brincadeira segura A Aneel estabelece que as distribuidoras invistam, anualmente, 0,5% da sua Receita Operacional Líqui- No Ceará, é comum observar a garotada empinando arraias (ou pipas) como diversão, principalmente nos meses de julho e agosto, época das férias escolares e de boas correntes de vento. Apesar de ser fabricado sem praticamente nenhum custo, o brinquedo causa grandes despesas com limpeza da rede e reparos dos problemas acarretados no sistema elétrico. Além disso, a segurança da comunidade é ameaçada com o uso do cerol, uma mistura de cola com vidro moído que é aplicado nas linhas das pipas. Cresce a cada ano o número de vítimas de ferimentos provocados pelo produto, sendo alguns fatais. Um dos dois projetos vencedores do programa Deu Certo quis justamente acabar com esse problema, enfocando o lado social da questão. Em uma série de ações conjuntas, os colaboradores do Centro de Serviço de Maracanaú conseguiram reduzir de forma significativa as ocorrências provocadas por arraias. Por meio de blitze de inspeção e parceria com as Lojas de Atendimento, os colaboradores passaram a conscientizar os moradores do entorno sobre os perigos de soltar pipas perto da fiação elétrica, distribuindo panfletos – inclusive informando que o uso de cerol é crime previsto no Código Penal. Outra ação envolveu a troca de arraias por brinquedos populares, como pião, bolas de futebol e bila (bola de gude). “Nós antecipamos o período das férias da criançada, efetuando a troca por esses brinquedos. Todos da equipe se engajaram. Faziam questão de participar, inclusive nos mutirões realizados aos sábados, no dia de folga”, afirma Antonio Ernando Ferreira, o autor da ideia e líder do projeto no programa Deu Certo. Nessa iniciativa, ao custo de R$ 900,00 foram distribuídos 650 piões, 200 bolas e 6 mil bilas. Como resultado, foi possível retirar de circulação aproximadamente 500 latas com cerol e centenas de arraias. A unidade de Maracanaú também comemorou a queda de 60% da Duração Equivalente de Interrupção por Cliente (DEC), um dos indicadores que mede a qualidade do sistema, que passou de 1,49, em 2007, para 0,89, em 2008, após a adoção do projeto batizado como Caçador de Pipas. “Se a Coelce quiser levar a ideia para toda a empresa, sugerimos fazer uma parceria com os fabricantes dos brinquedos, para que não falte material a ser doado”, complementa Raimundo Nonato Pereira Lima, outro integrante do projeto. Ele também considera importante engajar as autoridades municipais, mostrando o quanto podem economizar no sistema de saúde, com redução dos gastos decorrentes de atropelamentos e braços quebrados – tipos de acidentes que ocorrem quando as crianças correm para resgatar as pipas –, além das vítimas do cerol. | GRI EN9 | da (ROL) em projetos de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D), com a finalidade de trazer melhorias para o setor energético. Em 2008, o órgão regulador divulgou novas regras para elaboração e aprovação do programa de P&D. A nova metodologia prevê que a avaliação inicial do projeto seja apenas indicativa, ficando a cargo da empresa decidir pela execução. Já a avaliação final se tornou obrigatória e foca os resultados alcançados, seguindo critérios como originalidade, aplicabilidade, relevância e razoabilidade dos custos. A Coelce continuará assegurando a qualidade dos temas pesquisados, além de acompanhar de perto a busca por resultados que possam contribuir significativamente para superar os desafios do setor e tornar os processos mais eficientes e ambientalmente amigáveis. Em 2008, foram investidos R$ 3,2 milhões em projetos de P&D para promover a qualidade e confiabilidade das áreas técnica, comercial e institucional. (As pesquisas relativas ao meio ambiente são abordadas na página 91). Para a realização do programa, a companhia mantém parcerias com universidades e entidades de pesquisas, e faz prospecção e análise dos cenários tecnológicos, estabelecendo diretrizes e ferramentas que possam ser aplicadas para o aprimoramento da atuação empresarial. inovação e criatividade Projetos P&D 2008 Descrição R$ mil Um importante projeto de P&D foi concluído em de- Avaliação do uso de cabo de alumínio em área de alta agressividade salina Estudo da resistência à corrosão de cabo condutor em liga de alumínio engraxado, com análise da substituição do cabo de cobre atualmente utilizado 280 zembro de 2008, cujo benefício está disponível para Corrosão e degradação atmosférica dos materiais elétricos Mapeamento do Estado do Ceará para a identificação das zonas de alta agressividade por poluentes atmosféricos e estabelecimento de um modelo de padronização de materiais elétricos para a Coelce, buscando melhor desempenho e vida útil 194 Desenvolvimento e aplicação de software para previsão de atendimento otimizado de emergência ao cliente Desenvolvimento de um software capaz de operar com dados do Sistema de Informações Geográficas e gerar soluções para alocação de equipes de forma a minimizar tempo e custo no atendimento emergencial aos clientes da Coelce 289 Estudo e validação do inibidor de furto em redes de baixa-tensão Desenvolvimento de protótipo de equipamento capaz de tornar a energia elétrica indisponível para o uso residencial, inibindo o furto em ramais de baixa-tensão, e realização de testes de aplicação em área piloto do sistema de distribuição 99 Otimização dos aspectos de segurança e comunicação de dados do sistema de fatura imediata Investigação e proposta de soluções de software que possam ser agregadas ao Sistema de Fatura Imediata, de forma a aperfeiçoar as características de segurança e comunicação de dados via rede GPRS 140 Posto avançado de atendimento ao consumidor por videoconferência Desenvolvimento de um espaço de atendimento integrado a um terminal de videoconferência, possibilitando ao cliente a interação direta com a Central de Relacionamento por meio de recursos de som e imagem 326 Sistema computacional de detecção e gestão de interrupções de energia integrado ao atendimento emergencial Desenvolvimento de um sistema de gestão de atendimento de emergência baseado na detecção automática no tratamento de interrupções no fornecimento de energia elétrica antes do registro de reclamações dos clientes afetados 391 Sistema de caracterização de perdas comerciais baseado no perfil de consumidores para otimização de inspeções Desenvolvimento de um sistema computacional capaz de analisar as informações disponíveis nos medidores de memória da massa e o histórico de eventos relacionados ao processo de aferição de consumo, possibilitando o aumento no índice de acerto das inspeções de fraude 161 Sistema de monitoramento de descargas atmosféricas para o Estado do Ceará Implantação de uma rede de sensores para a detecção de descargas atmosféricas em tempo real do tipo nuvem-terra sobre o Estado do Ceará, auxiliando o gerenciamento, a manutenção e operação das linhas de distribuição de energia da Coelce 52 Sistema de religamento e corte de unidades consumidoras com tecnologia bluetooth Desenvolvimento e aplicação de dispositivo para religamento e corte de unidades consumidoras, utilizando tecnologia bluetooth, tendo como base de controle e comunicação a utilização de equipamentos tipo palmtop 98 Sistema para medição e verificação de performance (Pimvp) do PEE Aneel Desenvolvimento e aplicação de sistema para medição remota e avaliação de resultados obtidos por ações de eficiência energética, colocando à disposição da sociedade um canal de divulgação via web 267 TOTAL 1 1 Valor exclui P&D ambiental toda a sociedade cearense. Trata-se do Sistema de Monitoramento de Descargas Atmosféricas para o Estado do Ceará, desenvolvido em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual do Ceará (Uece). Por meio dessa iniciativa, todas as redes de distribuição da Coelce foram georreferenciadas e passaram a transmitir à longa distância dados sobre a incidência de raios e outras informações relativas à meteorologia. Com isso, a companhia pode melhorar o seu atendimento de emergência, deixando as equipes de sobreaviso em áreas com maior potencial de chuvas, que costumam acarretar transtornos na rede de distribuição elétrica – como a queda de postes e interrupção de cabos. Em caso de interrupção do fornecimento, principalmente em zonas rurais mais isoladas, também consegue agilizar a localização e a resolução do problema. O projeto permite a geração de dados em tempo real, com aplicações em áreas de recursos hídricos (tornando mais real a estimativa de precipitação), de meteorologia (melhoria da previsão quantitativa de tempestades) e inclusive na segurança da aviação. 2.297 Apesar de a Coelce ter acesso ao sistema completo com as informações, parte do monitoramento pode ser acompanhado pelo público em geral, por meio do portal na internet (http://www.zeus.iag.usp.br). 95 96 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA Os investimentos em eficiência energética constituem importante alternativa para conter a expansão do consumo sem comprometer a qualidade de vida da população e o desenvolvimento econômico do País. No Brasil, a legislação do setor elétrico determina que as distribuidoras destinem, anualmente, 0,5% de sua Receita Operacional Líquida (ROL) a programas caracterizados como de eficiência energética. Todas as iniciativas devem ser aprovadas pela Aneel menor poder aquisitivo, com a reforma de instala- Energia economizada – MWh | GRI EU10, EU11 | 2006 2007 2008 Meta 2009 Residencial (Ecoelce) - - 4.600 7.189 Residencial Baixa Renda (Troca Eficiente) - 3.940 6.226 8.287 Comercial 379 - - - Industrial 3.401 - - - Poder público (prédios públicos, como escolas, hospitais) 4.047 3.799 2.165 3.031 Classe de consumo - 1.446 - 1.585 7.827 9.185 12.991 20.092 e geralmente estão divididas em dois grupos principais: ações educativas para a população, incluindo a disseminação do selo de qualidade do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), e investimentos em equipamentos e instalações. Nesse sentido, a Coelce desenvolve projetos de educação para o uso eficiente e seguro da energia, Além de contribuir com a doação de equipamentos mais ecoeficientes, a companhia garante o descarte ambientalmente correto para os resíduos gerados nessa operação. Com investimento de R$ 5,8 milhões no ano, os benefícios da iniciativa abrangeram: • 1.440 residências com instalação de padrão de entrada e/ou reforma da rede interna; Serviço público Total ções elétricas e a troca de refrigeradores e lâmpadas. • 38.500 lâmpadas incandescentes de 60W substituídas por fluorescentes compactas de 15W; e • 6.108 famílias beneficiadas com a troca de geladeira, Benefícios da eficientização | GRI EU10 | Investimento (R$ mil) Troca de 6.108 refrigeradores 5.804 Doação de 38.500 lâmpadas fluorescentes Redução na demanda, no horário de ponta, de 1.865,77 kW Economia de 6.226,38 MWh/ano de energia no sistema de refrigeração e iluminação sendo 4.439 em Fortaleza e Região Metropolitana e 1.669 em municípios do interior do Ceará. Além da Troca Eficiente, são realizadas ações educativas para o uso seguro e consciente da energia elétrica por meio do programa Escola Coelce de Caminhos Eficientes (mais informações na página 89). promove a substituição de geladeiras antigas por modelos mais novos entre a população de baixa renda e prédios públicos | GRI EN6, EU6 | a modernização dos sistemas de iluminação em hospi- somaram R$ 7.202 mil, em 2008, e contribuíram para A troca de lâmpadas, condicionadores de ar e a re- tais e escolas públicas, entre outras ações. a economia de energia em diversas classes de consumo, forma da rede elétrica interna em prédios podem pro- totalizando 12.991 MWh economizados, o equivalente à porcionar economia mensal de até 15%. Lâmpadas e demanda anual de cerca de 5 mil residências. equipamentos ineficientes são reciclados, com desti- A companhia possui um plano, com investimento em capacitação de pessoal próprio para a gestão e nação correta dos resíduos. Técnicos e consultores da execução do Programa de Eficiência Energética, em ações de marketing e divulgação, em aquisição de Troca Eficiente | GRI EN6, EU6 | companhia visitaram prédios públicos, como hospitais, sistemas de gestão informatizados, dentre outros. Em Devido ao sucesso do seu programa de ecoeficiên- escolas, universidades e centros de pesquisa, para es- 2008, foram destinados R$ 58 mil a essas iniciativas. cia no segmento de baixa renda, a Coelce continuou tudar as ações necessárias que possibilitem tornar as No total, os investimentos em eficiência energética em 2008 a atuar em residências de consumidores de instalações mais modernas. inovação e criatividade Projetos de eficiência energética 13 hospitais públicos (seis em Fortaleza e sete no interior do Estado) Benefícios diretos | GRI EN6, EU6 | Modernização de 5.168 pontos de iluminação Investimento (R$ mil) 500 Troca de 333 condicionadores de ar Modernização de 4.320 pontos de iluminação Investir R$ 11,6 milhões em projetos de P&D Investir R$ 13 milhões em projetos de Eficiência Energética 318 Troca de 163 condicionadores de ar Redução na demanda, no horário de ponta, de 261,37 kW Economia de 822,35 MWh/ano de energia nos sistemas de refrigeração e iluminação Centro de Educação Tecnológica do Estado do Ceará (Centec) Modernização de 1.189 pontos de iluminação 121 Troca de 72 condicionadores de ar Redução na demanda, no horário de ponta, de 86,66 kW Economia de 194,36 MWh/ano de energia nos sistemas de refrigeração e iluminação Faculdade de Economia, Administração, Atuárias, Contabilidade e Secretariado FEAACS (UFC) Modernização de 486 pontos de iluminação 124 Troca de 81 condicionadores de ar Redução na demanda, no horário de ponta, de 80,66 kW Economia de 232,30 MWh/ano de energia nos sistemas de refrigeração e iluminação Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) Modernização de 212 pontos de iluminação 55 Troca de 40 condicionadores de ar Redução na demanda, no horário de ponta, de 34,49 kW Economia de 79,50 MWh/ano de energia nos sistemas de refrigeração e iluminação Total Inova Coelce: inclusão de quatro novos produtos pela metodologia utilizada no programa Deu Certo: aplicação de 60 projetos de melhoria contínua Redução na demanda, no horário de ponta, de 371,05 kW Economia de 836,89 MWh/ano de energia nos sistemas de refrigeração e iluminação 19 escolas públicas (dez estaduais e nove municipais, todas localizadas em Fortaleza) Metas para 2009 1.118 Realizar a troca de 8 mil geladeiras e de 40 mil lâmpadas 97 sociedade: Educação e responsabilidade social 99 SOCIEDADE De forma crescente, a Coelce vem direcionando os seus Impactos da distribuição investimentos de responsabilidade social para a área de educação, por acreditar que somente ao desenvolver po- A qualidade no atendimento aos clientes e a seguran- tencial criativo e massa crítica as pessoas são capazes de ça no fornecimento de energia representam impactos atuar para a transformação social inclusiva e sustentável. positivos para a sociedade, que passa a ter acesso a Os programas educacionais apoiados pela companhia en- outros benefícios sociais, como sistemas de saúde e in- volvem principalmente crianças e jovens. cremento de atividades para a geração de renda. Algu- A empresa também é uma das que mais investem no mas iniciativas também estimulam a inclusão social por Estado do Ceará para valorizar e disseminar a cultura meio do acesso formal à rede elétrica. Dessa forma, a local. Somente em 2008, destinou R$ 11,3 milhões para fatura mensal passa a funcionar como comprovante de financiar projetos sociais e culturais. Somados aos recur- residência, o que permite ao consumidor obter linhas sos próprios destinados a projetos de inclusão no forne- de crédito e financiamento. cimento de energia – Luz para Todos e Baixa Renda –, Apesar de a construção ou ampliação de infraestru- o investimento social externo da companhia totalizou R$ turas do sistema elétrico poder resultar no deslocamen- 223,9 milhões. Foram beneficiadas 3 milhões de pessoas to de moradores, as atividades da companhia não pro- em 2008, sendo 1,6 milhão de consumidores enquadrados vocam retirada involuntária. O contrato com o governo como baixa renda e 1 milhão em iniciativas direcionadas a federal não permite, inclusive, que isso aconteça no crianças e adolescentes atendidos por projetos que rece- atendimento a solicitações enquadradas no Programa bem recursos de Fundos da Infância e Adolescência. Luz Para Todos. | GRI SO1, EU21, EU19 | Fontes de investimentos sociais e culturais (R$ mil) Desafio | GRI EC8 | 2005 2006 2007 2008 638 1.301 2.431 1.500 Incentivos fiscais 5.054 7.547 9.273 9.818 Sistema Estadual de Cultura (Siec) 3.185 3.975 2.423 3.027 450 1.700 2.405 2.414 50 500 601 618 1.369 1.372 3.588 3.759 não vigente não vigente 256 0 5.692 8.848 11.704 11.318 Recursos próprios Ser reconhecida pela sociedade como uma empresa parceira no desenvolvimento do Ceará Lei Rouanet Fundos para a Infância e Adolescência (municipais e estadual) Fundo Estadual para Cultura (FEC) Lei de Incentivo ao Esporte 1 Total 1 Em 2008 a Coelce não recebeu nenhuma solicitação de projeto esportivo com mecanismo de patrocínio pela Lei nº 11.438/06 (Lei de Incentivo ao Esporte) 100 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 Iniciativas sociais e culturais Gestão de impactos | GRI 1.2 | Aspectos Impactos sociais Ações Variação do nível de tensão da energia distribuída • Queima de equipamentos elétricos • Indenização por ocorrência do sistema elétrico • Medições instantâneas e gráficas em subestações e instalações • Instalação de macromedição em centro de distribuição desenergizado • Manutenções preventivas e corretivas Uso irregular da energia elétrica • Choque elétrico • Campanhas de combate a furtos de energia e riscos atrelados à rede elétrica • Retirada de gambiarra • Inspeção em redes de média e baixa-tensão • Construção conforme padrão de ligação DAT (redes antifurto) Uso ineficiente da energia elétrica • Aumento de despesas Uso inseguro da energia • Queima de aparelhos • Campanhas para o uso seguro de energia elétrica • Incêndios • Choque elétrico Risco na construção / reforma irregular de instalações elétricas • Choque elétrico • Campanhas para o uso seguro de energia elétrica • Oferta de serviços de consertos e manutenção de sistemas elétricos realizados por profissionais devidamente capacitados pela Coelce Construção/reforma de prédios próximos à rede elétrica • Choque elétrico • Campanhas para o uso seguro de energia elétrica Interrupção não programada do fornecimento • Prejuízos financeiros • Insegurança noturna em vias públicas e desconforto • Riscos à saúde • Transtornos no trânsito • Plano de Contingência para Atendimento Emergencial • Controle da duração e frequência da interrupção do fornecimento • Serviço especial, com informações sobe tempo e causas da interrupção • Restrição de corte nos casos de uso de equipamentos indispensáveis à vida • Geradores em residências com equipamentos indispensáveis à vida • Campanhas de comunicação para não soltar pipas próximas à rede elétrica • Manutenção preventiva Interrupção programada do fornecimento • Troca de geladeiras e lâmpadas ineficientes, Ecoelce • Campanhas para o uso consciente da energia • Prejuízos financeiros • Comunicação antecipada sobre a interrupção temporária para grandes • Desconforto e clientes, hospitais e população em geral insatisfação • Informações precisas à população sobre duração e causas da interrupção • Riscos à saúde • Geradores em residências com equipamento indispensável à vida Uso de cabos nus em redes de baixa-tensão • Choque elétrico • Mudança do padrão de construção de rede de baixa-tensão com cabos Suspensão do fornecimento por não pagamento da conta de energia • Prejuízos financeiros • Aviso antecipado do corte em conta de energia • Desconforto e • Ativação do projeto de aviso antecipado de corte, que consiste na visita aos insatisfação dos clientes inadimplentes cuja comunicação por carta e do acionamento por clientes telefone não foi possível • Projeto de Humanização do Atendimento, com capacitação de eletricistas e leituristas • Monitoramento do horário de pagamento de clientes listados para suspender fornecimento, atualizado em tempo real • Negociação da dívida • Monitoramento dos pagamentos (via palm top) para religação imediata cobertos Desde 2008, de forma inédita, a Coelce oferece a possibilidade de a comunidade cadastrar on-line os projetos em busca de patrocínio. O portal http://www. coelcesites.com.br/sustentabilidade permite aos interessados enviar ideias e justificar os benefícios a serem contemplados com os programas. Com total transparência, a companhia também informa a lista de todos os projetos de apoio à cultura, ao esporte e aos direitos da criança e do adolescente desenvolvidos em 2008, inclusive o valor dos investimentos destinados a cada um. Além de reunir notícias atualizadas do desempenho da empresa no âmbito da responsabilidade social corporativa, o portal também dispõe de um canal para receber sugestões. Natal Educar com Arte Com a mensagem Investir em educação é a melhor for- ma de desejar Feliz Natal para todo o Ceará, a campanha natalina de 2008 consistiu em um bem-sucedido concurso de desenho entre os estudantes de escolas públicas. Ao todo foram 17 mil trabalhos de 3,7 mil escolas inscritas, localizadas em 181 dos 184 municípios do Ceará. Um diferencial foi a participação efetiva dessas escolas, que selecionaram os cinco melhores desenhos entre os seus alunos. As três primeiras colocações foram de Luciana Nogueira Silva, Francisca Bruna de Souza Martins e Cindy SOCIEDADE Maria Damasceno Jales, que ganharam bolsa de estu- móvel de atendimento comercial (Coelce nos Bairros). dos de R$ 70 mil e computador com impressora. Os Também disseminam o programa de eficiência energéti- classificados do 4º ao 20º lugares receberam compu- ca (troca de lâmpadas, fiação e geladeiras velhas), Baú tadores e impressoras, e as escolas dos 20 estudantes da Leitura, Cine Coelce, Escola Coelce Caminhos Efi- ganharam kit multimídia contendo notebook, projetor cientes, que busca combater o desperdício de energia e tela de projeção. A campanha continuará em 2009. elétrica, e programa de reciclagem Ecoelce, de troca de resíduos recicláveis por bônus na conta de energia. Programa Energia Social A partir da necessidade de contribuir com uma aborda- Conhecer – Direcionado para a autopercepção do pú- gem social para a redução de perdas em comunidades blico envolvido em relação ao contexto social em que de baixo desenvolvimento socioeconômico, a Coelce está inserido. A partir de vivências individuais, são de- criou o Programa Energia Social. São três linhas de senvolvidos temas como orçamento familiar, culinária ação, que reúnem outras iniciativas já desenvolvidas para aproveitamento integral dos alimentos, responsa- pela companhia, com a intenção de potencializar o im- bilidade socioambiental e orientação para o mercado. pacto positivo no dia a dia das pessoas, como a negociação de dívidas e ações de geração de renda, cidadania e Educar para Crescer – Busca fomentar o artesanato lo- responsabilidade socioambiental. cal como forma de geração de renda sustentável e va- Energia social em 2008 • Investimento de R$ 630 mil • 384 pessoas atingiram incremento real no orçamento familiar • Geração de R$ 155.513,17 em comércio solidário • 241 pessoas capacitadas em meio ambiente • 288 pessoas receberam orientação sobre orçamento familiar • 283 pessoas capacitadas em culinária alternativa e uso de forno solar • 465 pessoas aprimoraram ou aprenderam técnicas artesanais • 91 jovens participaram de oficinas de orientação para o mercado Para melhor mensurar os impactos do Energia Social, lorização da cultura cearense. Essa linha de ação prevê será realizado um estudo das novas comunidades que capacitar a comunidade para o aperfeiçoamento de téc- O compromisso de reverter 100% do valor arreca- devem ser atendidas, a partir de 2009. Por meio da par- nicas artesanais, orientar para a produção de coleções e dado com a venda dos artigos produzidos aos artesãos ceria com a Universidade Federal do Ceará, estudantes apoiar a comercialização das peças, com respeito a bases proporcionou R$ 155,5 mil em comércio solidário, com farão o levantamento de indicadores socioeconômicos, regionais e tradições culturais de cada localidade. incremento de renda direto para 384 pessoas. O progra- atuação do Programa Energia Social. incluindo o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), Em 2008, foram capacitadas 19 comunidades, que ma orientou ainda jovens para o mercado de trabalho. que servirão como parâmetro de avaliação de resultados. produziram artigos de qualidade e boa aceitação no Nesse sentido, embora não seja possível mensurar de mercado. A Coelce apoiou também a criação de uma forma precisa o impacto referente a empregos indiretos, Ações Coelce – Abrangem as atividades comerciais, a coleção de moda, incluindo desfile na Feira de Respon- percebeu-se que a maior visibilidade conquistada pelo exemplo do parcelamento de dívidas da fatura de ener- sabilidade Social e um catálogo impresso dos produ- Energia Social, em 2008, refletiu-se na contratação de gia sem juros ou com ampliação do número de parcelas, tos. Em alguns períodos, o alto número de encomendas profissionais (instrutores, monitores, designers, etc.) e na para clientes de baixa renda, e a instalação de unidade determinou a inclusão de comunidades além do raio de aquisição de matéria-prima de terceiros. | GRI EC9 | 101 102 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 Coelce Voluntários O Programa Coelce Voluntários encerrou 2008 com uma ação de enfoque educacional. Por meio do curso As Van- Política de Responsabilidade Social nomia e negócios) realizaram diversas atividades lúdicas para cem alunos das escolas públicas de ensino fundamental e médio Jenny Gomes, Maria Stella Cochrane Santiago (ambas em Fortaleza) e José de Borba Vasconcelos (em Maracanaú). Criado em 2006, com o intuito de reforçar a presença da companhia na sociedade, o programa contou com a participação de 46 voluntários em 2008. Outras iniciativas no ano, que beneficiaram diretamente 4 mil pessoas, foram: • Cadastro de doadores de medula óssea. • Campanha de doação de sangue. • Arrecadação de donativos e R$ 20 mil em benefício de 42 0 do Cariri (AAPREC)* • Transparência – de forma ética e em sentido amplo • Diversidade – respeito à sinergia das diferenças culturais • Desenvolvimento autossustentável – inclusão social de forma digna • Associação – parcerias com todos os atores sociais • Complementaridade – não avoca para si as obrigações do governo, mas torna-se parceira • Inclusão – redução da exclusão social no entorno da entidade • Participação – ações sociais realizadas pelos colaboradores Centro Católico de Evangelização Shallon 557 Desafio Jovem do Ceará 49 Diocese de Tianguá – Santuário de Fátima de 36 São Benedito Entidade Filantrópica Raimundo Costa Sobrinho 257 (Cidadão e Amor) Escolinha de Futebol do Ceará Sporting Clube Escolinha de Futebol do Ferroviário 56 6 Atlético Clube Escolinha de Futebol do Fortaleza Esporte Clube Escolinha de Futebol do Icasa Esporte Clube Federação das Associações de Pais e Amigos 138 132 1.235 de Excepcionais do Estado do Ceará Fraternidade de Aliança Toca de Assis Fundação Especial Permanente Casa Esperança Fundo das Nações Unidas para a Infância vítimas atingidas por chuvas nos municípios de Icó, Au- 20 11 270 (Unicef) rora, Lavras da Mangabeira, Caririaçu, Crateús e Sobral. • Repasse de verbas – Duas instituições sem fins lucrati- • Narração de histórias em comunidades de baixa renda. vos foram beneficiadas com 2,5% dos recursos arreca- • Visitas a instituições carentes, como Associação Peter dados pelo Seguro Família Residencial 3+1 e Seguro de Pan, e doação, por parte dos colaboradores, de parte do Vida com Assistência Funeral. O Instituto de Prevenção Imposto de Renda Pessoa Física devido. à Desnutrição e Excepcionalidade (Iprede) e o Hospital Instituto Hesed* Batista Memorial receberam R$ 44,1 mil cada um. Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza Coelce Solidária (R$ mil) Associação Brasileira de Amiotrofia Espinhal Associação dos Amigos e Pacientes Renais tagens de Permanecer na Escola, voluntários capacitados pela Junior Achivement (organização de educação em eco- Instituições beneficiadas por doações pela conta de energia • Arrecadação de fundos para entidades – Por meio da Em 2008, o Programa Coelce Solidária repassou mais doação de uma quantia simbólica por parte de 251 mil de R$ 8 milhões para instituições sem fins lucrativos, clientes, foram revertidos R$ 8,5 milhões para entidades além de realizar outras ações direcionadas à qualidade sem fins lucrativos. O montante é cerca de 30% maior de vida da população: | GRI EC8, EC9 | que em 2007 (R$ 6,5 milhões). Os clientes podem ir até Hospital do Câncer de Fortaleza* 0 Hospital e Maternidade José Pinto do Carmo 4 (município de Baturité) Instituto de Prevenção à Desnutrição e à 44 Excepcionalidade (Iprede) Legião da Boa Vontade (LBV) Pastoral da Criança* Sociedade Hospitalar São Francisco de Canindé Total arrecadado ** * Entidades em início de vigência do convênio, em dezembro de 2008. ** Valor arrecadado, descontados tributos e taxas administrativas. 0 4.701 934 0 37 8.530 SOCIEDADE uma loja da distribuidora, escolher uma das entidades um espaço na conta de energia elétrica para a divul- e infanto-juvenis das mãos do próprio mascote da Co- cadastradas a ser beneficiada e estipular uma quantia gação de imagens de crianças desaparecidas, que inte- elce, o Lampinha. Em parceria com o grupo Casa do acima de R$ 1,00. Em 2008, a companhia manteve par- gram o cadastro da Secretaria do Trabalho e Desenvol- Conto, as histórias são narradas de maneira lúdica a fim ceria com 22 instituições, sendo que quatro delas esta- vimento Social do Ceará. Desde o início do programa, de estimular ainda mais o gosto pela leitura. Em 2008, vam em adequação do convênio no final do ano. em 2004, oito crianças foram encontradas. o projeto beneficiou 35 entidades, entre escolas públi- • Doação de móveis e equipamentos – Anualmente é cas, ONGs e associações comunitárias, com investimen- realizada a doação de móveis usados e equipamentos Incentivo à leitura to de R$ 28 mil. Os municípios beneficiados pelo Baú de informática. Em 2008, foram entregues 741 móveis Desde 2005, o projeto Baú da Leitura contribui para a da Leitura foram Canindé, Fortaleza, Icaupuí, Itarema, a oito instituições e 70 computadores também para oito disseminação do conhecimento em comunidades com Maracanaú, Pacajus, Sobral e Trairi. entidades de Fortaleza. baixo desenvolvimento socioeconômico. Cada localida- A companhia promoveu, ainda, um curso de capa- de atendida recebe um acervo com 300 livros infantis citação para contação de histórias, em junho de 2008, • Apoio à busca de crianças desaparecidas – Reservado do qual participaram 30 colaboradores. O objetivo é transformar os voluntários em agentes disseminadores, Feira coelce de Responsabilidade social Realizada durante três dias no bosque do Marina Park Hotel, em Fortaleza, a Feira Coelce de Responsabilidade Social ofereceu aos visitantes uma mostra de 11 projetos socioambientais apoiados pela companhia: Baú de Leitura; Cine Coelce; Coelce Solidária com a Saúde Pública; Ecoelce; Energia Social; Escola Coelce – Caminhos Eficientes, MidiaCom, Óleo Ecológico, Adubo Orgânico, Promil e Troca Eficiente. A primeira edição da Feira, que reuniu aproximadamente 2 mil pessoas, contou ainda com apresentações musicais e uma Arena da Aprendizagem – espaço de oficinas de contação de história, animação, uso eficiente de energia, brinquedos feitos a partir de material reciclado, horta caseira e customização de camisetas. | EC9 | O resultado da capacitação de profissionais do artesanato pelo programa Energia Social ficou evidenciado no desfile de abertura do evento, com modelos apresentando os produtos feitos de renda de filé, crochê, dentre outros materiais. Na ocasião, foi assinado convênio com o Ateliê Brasil para comercialização das peças artesanais produzidas pelas comunidades do projeto. A segunda edição da Feira de Responsabilidade Social da Coelce já está confirmada para 2009. Mais do que reforçar o seu compromisso com a responsabilidade social corporativa, a Feira busca intensificar o diálogo e a transparência entre a Coelce e a sociedade. A companhia aproveitou a ocasião para divulgar o seu Relatório de Sustentabilidade 2007. para o público infantil, de temas de segurança da rede elétrica e eficiência energética. Após o treinamento, os voluntários atuaram com a equipe do programa Coelce nos Bairros, contando histórias para a comunidade de São Bernardo, em Messejana. Mostras-debate de cidadania A Coelce tem promovido a discussão de temas relevantes para a sociedade entre seus colaboradores. Destacam-se os seguintes encontros realizados em 2008: • Mostra-debate sobre Paternidade Responsável: a iniciativa, intitulada Conversa de Homem, trouxe à discussão assuntos relacionados à paternidade responsável, buscando a construção de relações mais livres e prazerosas entre pais e filhos. Antecedendo o evento, foi realizada uma campanha interna com o título O Que é Ser Pai. 103 104 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 • Mostra-debate sobre Política: o evento reuniu colabo- Fundo Estadual para a Criança e o Adolescente radores da empresa, levando os participantes a refletir Entidade Descrição sobre política e voto consciente. Foram utilizados recur- Centro Pediátrico do Câncer da Associação Peter Pan (APP) Em 2008, os recursos foram destinados ao término da construção do Centro Pediátrico do Câncer, com quatro pavimentos e 69 leitos. 24.500 Instituto Programa Movimento de Integração Milenar (Promil) Cursos de instalador-eletricista, instalador-bombeiro e secretariado, para jovens de 14 a 18 anos, bem como egressos do sistema penitenciário. Beneficiou 7 mil pessoas em 2008. 125.000 Tecendo Cidadania com Educação e Arte Promover a autoestima, o resgate dos valores éticos, o estímulo ao estudo e do exercício da cidadania de 80 crianças e adolescentes em situação de risco social. 10.500 Caminho para a Cidadania Ampliar as oportunidades de aprendizado para 20 crianças e adolescentes especiais. sos de vídeo e música, além de palestra promovida pelo instituto Fábrica de Imagens, especializado em promover ações de educação e cidadania. direitos da criança e do adolescente Em 2008, foram destinados R$ 617 mil (oriundos de 1% do Imposto de Renda devido) ao apoio de ações capazes Subtotal (R$ mil) 21.500 181.500 Fundo Municipal para a Criança e o Adolescente 3ª Mostra de Arte da Cultura Cearense (22ª Convenção Estadual do Comércio Lojista) O objetivo geral é proporcionar mudanças culturais, no sentido de promover a ampliação do conhecimento tecnológico e empresarial da classe lojista, além do desenvolvimento de novos negócios. Foram beneficiadas 1.200 pessoas. 40.000 cação, arte, cidadania e inclusão social. Arte, Vida e Movimento, do Grupo Bailarinos de Cristo Amor e Doações (BCAD) Oferece diversas atividades, como dança, teatro, computação, língua estrangeira (inglês) e natação, entre outras, além de alimentação aos participantes. São acompanhadas 380 crianças de 21 comunidades de baixo poder aquisitivo, em vários núcleos de Fortaleza. 23.500 Projetos culturais Festival Cariri de Canção – Modalidade Infanto-Juvenil Mobilizar, incentivar, criar espaços e apoiar a produção musical, artística e cultural, além de favorecer o crescimento das atividades turísticas da região. 20.000 Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga Apoio à difusão, exibição, circulação e promoção do teatro em Guaramiranga. Ocorrido de 12 a 20 de setembro de 2008, participaram do evento 13,5 mil pessoas. 50.000 MídiaCOM Capacitação em comunicação digital e computação gráfica, além de organização para a geração de renda. Em 2008, beneficiou 120 alunos da rede pública de ensino de Aquiraz. 23.500 Projeto Atos de Aprendiz do Conselho de Integração Social (Integrassol) Contribuir para o desenvolvimento socioprofissional e educacional de 100 estudantes de escolas públicas (16 e 17 anos) em situação de risco social, com orientação e qualificação profissional, visando à inserção no mercado do trabalho. 15.000 Visagens do Desejo da Companhia de Dança do Ceará (Vidança) Com foco na dança como agente de transformação social, beneficia 300 crianças e adolescentes de três bairros de Fortaleza. São promovidas aulas gratuitas de dança, percussão e capoeira, inspirados na cultura e nas tradições locais. As famílias se envolvem, participando de palestras e contribuindo na confecção do material usado nos espetáculos. 23.500 Juá Forró Evento junino com duração de 15 dias, em Juazeiro do Norte, com perspectiva de público de 450 mil pessoas. O festival contou com 45 atrações musicais e as apresentações de quadrilhas com a presença de crianças, adolescentes e adultos. 120.000 Festival de Quadrilhas Juninas Infantis de Maracanaú Ao produzir uma grande festa de São João para a população de Maracanaú, a Coelce buscou fortalecer as raízes culturais, além de atrair turistas e incrementar o comércio local. 120.000 de proporcionar um futuro melhor a crianças e jovens. A contribuição beneficiou várias iniciativas, abrangendo edu- A Coelce recebeu o Selo de Responsabilidade Cultural 2008, conferido pela Secretaria de Cultura do Estado, em reconhecimento a seus investimentos no setor. Em 2008, foram aplicados mais de R$ 10 milhões, entre recursos próprios e oriundos do Sistema Estadual de Cultura (2% do ICMS a recolher) e da Lei Rouanet (até 4% do Imposto de Renda a recolher). Os projetos se enquadram nas categorias de artes cênicas, audiovisual, literatura, música e patrimônio imaterial. Artes cênicas A companhia investiu R$ 425 mil nessa categoria, destacando-se a realização do Festival Nacional de Dança, Subtotal 435.500 em Fortaleza. Total 617.000 SOCIEDADE Artes Cênicas (Teatro e Dança) 2008 (R$) ARTES VISUAIS As Sete Irmãs Estimular e difundir a produção teatral das pessoas de terceira idade. 10.300 Nessa categoria, foram investidos R$ 203 mil, destacando- Divertissiment – Espetáculo que reuniu o Ballet Hugo Bianchi e companhias Cia. dos Pés Grandes, Cia. Etra 45.000 se o projeto Arte Profissionalizante realizado em bairros de Vida e Arte de Hugo Bianchi de Dança e Centro de Experimentação em Movimento. As apresentações em Fortaleza baixo desenvolvimento socioeconômico. foram gratuitas, com público estimado de 5 mil pessoas. Donas do Destino A peça, com atores de terceira idade, buscou promover a integração de várias culturas, 10.200 Literatura valorizando tradições e crenças. As quatro apresentações foram vistas por 600 pessoas. Energia para Desenvolver O projeto é desenvolvido em Groaíras para a inclusão de crianças e adolescentes por 38.650 meio de arte-educação. Em 2008, atendeu 50 crianças e jovens. Em 2008 foi produzido A iniciativa Fábrica de Leitores foi um dos destaques dentre os investimentos em literatura. A empresa patrocinou a espetáculo itinerante de teatro que percorreu sete municípios (Massapé, Sobral, produção de 20 livros infantis sobre a cultura e a história Forquilha, Groaíras, Cariré, Acopiara e Crato), atingindo 3,6 mil adolescentes e jovens. Estação das Artes – Plano de Objetiva a produção, capacitação, pesquisa e difusão das manifestações artísticas para 39.325 capacitação em artes cênicas consolidar a Estação Ferroviária de Senador Pompeu (CE) como centro de arte e cultura. Festival Nacional de Dança Evento anual dissemina a dança e cultura do Ceará com espetáculos, cursos e palestras. 70.000 Francisco – O homem que Espetáculo teatral realizado há dez anos, durante a romaria de São Francisco de Assis. 135.818 se tornou santo Em 2008 foram feitas cinco apresentações em Canindé, para um público estimado em 5 Música mil pessoas. Inclui a promoção de cursos e oficinas, formando profissionais em figurino, Após várias apresentações em eventos natalinos e em ou- adereços, cenários, cabelo e maquiagem, camareiras, atores e diretores e outros. No Nordeste é Assim Espetáculo itinerante, na capital e interior, buscou promover o intercâmbio cultural. Foram 25.000 oferecidas oficinas de teatro, mostras de vídeos e palestras sobre a cultura nordestina. O Cântico das Criaturas O grupo Jardim de São Francisco apresentou a história da tradição do presépio e o Natal 50.818 2008 (R$) 159.556 renda e a promoção da cultura iconográfica nordestina e brasileira. CD de músicas, patrocinado pela companhia, que busca Beato Lourenço, mulheres, palhaços, animais, naturezas mortas, para reafirmar a identidade cultural e preservar valores. Também faz uma releitura dos grandes mestres Audiovisual foi o Cine Ceará, Festival Nacional de Cinema e Vídeo, com R$ 844 mil. O evento é o mais importante do gênero no A temática em que se baseia a proposta é variada. O conjunto de desenhos aborda o Estado e busca projetar o Ceará como difusor e produtor universo nordestino: paisagem, trabalhadores, agricultores, pescadores, rendeiras, violeiros, personalidades, Lampião, Padre Cícero, Maria Bonita, Antonio Conselheiro, de cinema e vídeo. 43.000 da pintura com alusão às suas musas, como Aldemir Martins, Botticeli, Da Vinci, Degas, Patrimônio imaterial Di Cavalcante, Klimt, Lautrec, Matisse, Michelangelo, Modiglianni, Renoir, Picasso, Foram destinados R$ 510 mil para iniciativas que fortale- Portinari e Van Gogh. Total colaboradores e parceiros da Coelce gravou o seu primeiro O projeto que recebeu o maior aporte financeiro em 2008 Propõe descobrir,formar e desenvolver novos talentos de artes plásticas na comunidade carente de Fortaleza.Proporciona atendimento sociocultural e capacita para a geração de Ceará em Foco – Antenas e Raízes tras datas comemorativas, o Coral das Luzes, formado por 425.111 Artes visuais (artes plásticas e fotografia) Arte Profissionalizante pública do Ensino Fundamental. cada vez mais incrementar seus investimentos culturais. franciscano para cerca de 15 mil romeiros que foram a Canindé, entre outubro e dezembro. Total do Nordeste a serem distribuídos para estudantes da rede 202.556 cem a cultura e os costumes do povo cearense. 105 106 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 Audiovisual Música Aniversário de Fortaleza 2008 Show em homenagem aos 282 anos da capital cearense. (R$ 50 mil) Aprendendo com Arte Oficinas de música erudita (flauta, violão, percussão e canto coral), em Fortaleza e Orós, para crianças e jovens. (R$ 30 mil) 844.203 CD Cartas na Mesa Sessões de cinema em locais públicos para comunidades de baixo desenvolvimento socioeconômico, com destaque para produções cearenses. Foram beneficiadas cerca de 15 mil pessoas em 2008, em várias cidades do interior do Estado. Produção do artista Silvio Barreira, com músicos e intérpretes cearenses. O CD será distribuído a entidades. (R$ 30 mil) 250.000 CD O Retratista CD alusivo à menina-mulher do sertão que sonha com a cidade grande. (R$ 29.685) Cine Itinerante Visa educar por meio do ensino básico da produção audiovisual e difusão de consagradas obras do audiovisual nacional e cearense. Participam comunidades no interior e capital. 180.000 Ceará Natal de Luz Coral infantil de Paracuru, com canções natalinas. (R$ 275 mil) Circuito Rural Curtas-metragens que buscam disseminar a educação ambiental nas comunidades rurais do Sertão Central, realizando também o plantio de espécies nativas em áreas degradadas. 42.580 Dom Fragoso Audiovisual, em formato digital, com duração de aproximadamente 60 minutos, sobre a vida e a obra do bispo católico Antônio Batista Fragoso à frente da diocese de Crateús, entre os anos de 1964 e 1998. Fragoso foi um renomado defensor dos direitos humanos. Feira da Música de Fortaleza 62.000 Evento anual para atrair negócios à indústria fonográfica do Nordeste e fomentar o turismo do entretenimento musical. (R$ 125 mil) Festival Latino-americano Realização da 3ª edição do festival, com mostra competitiva de filmes e vídeos de curta de Curta-metragem metragem, além de viabilizar o intercâmbio de conhecimentos e experiências entre de Canoa Quebrada produtores do Brasil e do exterior. A programação incluiu oficinas de capacitação profissional. 50.000 Festival de Jazz e Blues de Guaramiranga Festival anual realizado na região de Baturité e em Fortaleza, que atraiu público de 20 mil pessoas. (R$ 153 mil) Festival de Música de Barbalha Promove a cultura e talento de músicos. Com duração de dois dias de evento, atraiu cerca de 8 mil pessoas em 2008. (R$ 12,6 mil) Festival de Sanfoneiros de Limoeiro do Norte Durante quatro dias, a população do Vale do Jaguaribe, no semiárido, assistiu a shows de sanfoneiros, além de oficinas, exposição e venda de instrumentos. (R$ 60 mil) Festival Eleazar de Carvalho Dissemina a música clássica, em concertos diários e gratuitos. Tem caráter didático, atendendo 180 alunos em iniciação e reciclagem em música clássica. (R$ 112 mil) 2008 (R$) A Escola vai ao Cinema O projeto realiza sessões gratuitas de cinemas para estudantes da rede pública de ensino da capital cearense e do município de Sobral. Em 2008, foram beneficiadas 8 mil pessoas. Ceará em Foco – Antenas e Raízes O objetivo da iniciativa é reciclar e reutilizar as máquinas caça-níqueis, transformando-as em computadores a serem doadas às bibliotecas comunitárias de Fortaleza. Cine Ceará – Festival de Cinema e Vídeo Mostra anual de cinema nacional, que busca projetar o Ceará como difusor e produtor de cinema e vídeo. Com sessões gratuitas, os oitos dias de evento atraíram 16,8 mil espectadores. Cine Coelce 217.000 50.774 Festival Nacional de Cinema e Vídeos Ambientais Festival que exibiu filmes e vídeos, em mostras competitivas e itinerantes, encontros, oficinas e outras atividades. Projeto Megafone Centro de comunicação educativa instalado em três escolas da rede municipal de ensino nos municípios de Maranguape, Maracanaú e Fortaleza. 112.000 O Altar do Cangaço Documentário longa-metragem que tem como tema a história do cangaço. 200.000 O Auto da Camisinha Filme de 40 minutos, com teor educativo sobre a importância de usar o preservativo na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. 40.000 O Siri-Ará O filme de longa-metragem aborda o processo de colonização do Ceará e do Nordeste brasileiro, mostrando a dimensão histórica dos encontros das culturas europeias e ameríndias, em uma narrativa épica e original da história. 200.000 O projeto visa ao desenvolvimento sociocultural e formação profissional em produção e realização audiovisual. Tem como público-alvo 30 jovens de baixa renda e oriundos de escolas públicas em Fortaleza. Coral das Luzes Produção do primeiro CD do coral composto por funcionários da Coelce e show itinerante por várias cidades do Ceará. (R$ 250 mil) 160.000 Tamboril Fest Mostra multicultural com grupos artísticos no município de Tamboril. (R$ 77.904) Produção Cultural Audiovisual Cearense Publicação de edição histórica comemorativa dos 80 anos do jornal O Povo e da edição do Anuário do Ceará, obra que apresenta um retrato do Estado. 185.000 Selva de Pedra: Fortaleza Noiada O documentário retrata a vida de usuários de crack e as mazelas que o vício traz para a cidade de Fortaleza, promovendo debate sobre fatos, causas e consequências, além da necessidade de políticas públicas eficazes para o enfrentamento dessa questão. Orquestra de Câmara Eleazar de Carvalho Formação de plateia em música erudita, de acordo com o Plano Estadual de Música do Estado do Ceará. Inclui concertos de caráter didático e beneficente, com público estimado de 30 mil pessoas em 2008. (R$ 249.696) Outros Olhares Total 3.000 40.000 2.666.557 Total 1.454.885 SOCIEDADE Literatura Bienal Internacional do Livro do Ceará Contribuição para a 8ª Bienal Internacional do Livro do Ceará, cujo tema em 2008 foi A aventura cultural da mestiçagem. O objetivo foi evocar a multiplicidade de culturas e a condição mestiça de suas raízes, incentivando o hábito da leitura e a produção literária. 75.000 Casa do Conto Núcleos de narradores que, utilizando histórias e jogos educativos, despertam em crianças e adolescentes o interesse pela leitura, em vários bairros de Fortaleza e em seis cidades do interior do Estado, tendo como sede as bibliotecas públicas. 15.801 Economia Edição e publicação do livro Ciclos Econômicos do Ceará, desde a pecuária até a indústria. 87.280 Fábrica de Leitores Produção de 20 livros de literatura infantil sobre a cultura e a história do Nordeste, visando ao fortalecimento da formação de leitores nas séries iniciais do Ensino Fundamental. 107.000 Floresta do Araripe Livro com fotografias e textos sobre as riquezas naturais e culturais desse ecossistema. 45.000 Livro Soldado da Borracha: uma história do Ceará e do Acre Obra que relata com depoimentos, artigos, fotos e mapas a história da saga dos soldados da borracha, que saíram de Fortaleza para a floresta amazônica, em 1943, alistados pelo Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia. 55.000 Protagonistas da Leitura O projeto visa ao desenvolvimento do prazer pela leitura em escolas públicas. Será executado em Fortaleza, nas escolas: Externato São Vicente de Paulo, Escola de Ensino Fundamental e Médio Antônio Dias Macêdo e Escola de Ensino Fundamental e Médio Edite Braga. 63.918 2008 (R$) Total 448.999 Patrimônio Imaterial Casa de Pedra R$ mil Criação de um Centro de Cultura Popular, que funcionará com oficinas, cursos e apresentações, direcionados para o incentivo às artes populares e à tradição oral do Cariri cearense. 30.000 Festival de Quadrilhas Juninas do Ceará Apoio a grupos de quadrilhas juninas do Ceará, com o objetivo principal de difundir e promover as manifestações populares locais. Restauração de imóvel no Centro de Fortaleza Dar continuidade à restauração de um imóvel, considerado patrimônio histórico de Fortaleza, onde ficarão sediadas a Orquestra Filarmônica, o Memorial da Indústria do Ceará e o Instituto Arquitetos do Brasil. O projeto visa ainda revitalizar a cultura e o centro da capital cearense. 45.000 Riquezas do Ceará Programa veiculado na TV Cidade (afiliada da Record), Traz matérias exclusivas sobre as belezas naturais, culinária, pontos turísticos, artistas locais, tecnologia, artesanato, folclore e outros atrativos do Ceará. 125.000 São João de Festa de São João realizada para a população do município de Maracanaú, revitalizando as raízes culturais e atraindo turistas dos mais diversos tipos para alavancar a economia local, com geração de empregos, aumento das vendas por parte do comércio local e incentivo ao investimento em equipamentos turísticos locais. 150.000 Maracanaú 2008 – Festival de Quadrilhas Juninas Total 160.999 Metas em 2008 Resultados Atender 30 instituições com Meta superada, com 34 o Baú de Leitura instituições atendidas Realizar o projeto Cine Coelce- Meta superada (40 Cinema na Praça em comunidades visitadas) 30 comunidades cearenses Energia Social: Desenvolver Meta atingida: 15 o projeto em 15 comunidades comunidades atendidas de Fortaleza e municípios do interior do Estado Realizar treinamento de 600 Meta superada, com 705 colaboradores na temática de colaboradores treinados. sustentabilidade Instituir projeto de educação Atingida. Projeto foi profissionalizante com o Corpo instituído e 7 mil jovens de Bombeiros Militar, para beneficiados formação de 500 eletricistas e bombeiros-hidráulicos Metas para 2009 Capacitar 10 novas comunidades no programa Energia Social Atender 40 instituições com o Baú de Leitura 510.999 Treinar 600 colaboradores na temática da sustentabilidade 107 premiações e reconhecimentos 2008 | gri 2.10 | PREMIAÇÕES e reconhecimentos 2008 • Prêmio Abradee 2008 – Melhor distribuidora de ener- vespa – Pelo terceiro ano consecutivo, integra o seleto • Prêmio Delmiro Gouveia – Maior Empresa do Ceará e gia elétrica do Nordeste, pelo terceiro ano consecutivo, grupo de empresas reconhecidas nacionalmente por Melhor Contabilista. Iniciativa da Bovespa e do jornal O e a quinta do Brasil. Também foi reconhecida como a seu compromisso com o desenvolvimento sustentável. Povo destaca o desempenho das empresas cearenses. 2ª melhor distribuidora em Responsabilidade Social, 3ª • World Business and Development Awards (WBDA) – • Prêmio Fiec por Desempenho Ambiental 2008 – 1ª melhor em Gestão Operacional do Brasil e a 3ª melhor O Ecoelce foi um dos dez ganhadores do prêmio pro- colocada na categoria Integração com a Sociedade distribuidora em Evolução do Desempenho do Brasil. movido pela ONU, que reconhece a contribuição das (programa Troca Eficiente Coelce), e 3ª colocada em • Guia Exame/ Você S/A – Pelo terceiro ano consecutivo, empresas do setor privado para atingir os Objetivos de Produção mais Limpa (projeto Óleo Ecológico). integrou o ranking das 150 Melhores Empresas para se Desenvolvimento do Milênio. Trabalhar no Brasil. A Coelce também ficou na terceira • Prêmio Von Martius – O programa Ecoelce, de troca de posição na categoria serviços públicos, destacando-se resíduos por bônus na conta de energia, foi premiado no item melhor setor para se trabalhar, no qual se avalia com o 2º lugar na categoria Natureza, em evento reali- o Índice de Felicidade no Ambiente de Trabalho. zado pela Câmara Brasil-Alemanha • Prêmio Top of Quality de Ambientação – Reconhecimento da Ordem dos Parlamentares do Brasil (OPB) ao trabalho de proteção ao meio ambiente. • Cámara Oficial Española de Comércio en Brasil – Prêmio de Responsabilidade Social Corporativa para os • Great Place to Work 2008 – 43º lugar no ranking das • Brasil que Inova – Ecoelce foi considerado uma das 25 melhores projetos em benefícios da sociedade brasileira. 100 Melhores Empresas para Trabalhar no Brasil, da maiores inovações brasileiras da última década, reco- • Prêmio Consumidor Moderno – Iniciativa do Grupo Pa- revista Época e do The Great Place to Work. nhecimento promovido pela revista Exame. • As Melhores da Dinheiro – Pela primeira vez, a Coelce • Prêmio Abrasca (Associação Brasileira das Companhias integrou o ranking das 500 melhores empresas do Bra- Abertas), Relatório Anual – 11º posição no ranking na- sil na edição 2008 do anuário da revista Isto É Dinheiro. cional e a 5ª entre as empresas de energia. drão, que reconhece a excelência no atendimento ao cliente. Coelce foi finalista em energia elétrica. • Prêmio Padrão de Qualidade – Promovida pela revista Consumidor Moderno, a iniciativa premia as melhores Foi destaque na categoria de empresas da área ener- • Rumo a Credibilidade – O Relatório Anual de Sustentabi- operações e tecnologias de Contact Center do Brasil. A gética, ficando em segundo lugar em dois critérios de lidade 2007 ficou em 3º lugar no ranking na pesquisa re- Central de Relacionamento da Coelce ficou em primeiro gestão: Responsabilidade Social e Recursos Humanos. alizada pela Fundação Brasileira para o Desenvolvimento • Selo Ibase – Reconhecimento do Instituto Brasileiro de Sustentável (FBDS) em parceria com a internacional Sus- Análises Sociais e Econômicas pela qualidade das informações do balanço social, desde 2004. • Prêmio Fundação Coge 2008 – Finalista em três das quatro categorias, com os programas Troca Eficiente Co- tainAbility. Recebeu o 1º lugar do setor elétrico. • Comunicação de Progresso – COP Notável – O Relatório de Sustentabilidade 2007 foi reconhecido como notável pelo Pacto Global da ONU. elce (Ações de Responsabilidade Social), Ecoelce (Ações • Prêmio Contribuintes do Ceará 2008 – Reconhecimen- Ambientais) e Prevenindo Sempre (Segurança e Saúde). to pela contribuição ao desenvolvimento estadual, por • Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), da Bo- meio do recolhimento correto e regular do ICMS. lugar, da categoria Energia Elétrica. • Selo de Responsabilidade Cultural 2008 – Promovido pela Secretaria de Cultura do Estado, que reconhece as empresas que mais investem nesse setor, no Ceará. • Medalha Capacete Bombeiro Militar – Reconhecimen to pelo apoio ao Programa Movimento de Integração Milenar (Promil), de capacitação profissional. • Medalha Eloy Chaves – Reconhecimento às ações para segurança e prevenção de acidentes. 109 Balanço social – ibase 1 – Base de cálculo 2008 Valor (mil reais) 2007 Valor (mil reais) Receita líquida (RL) 1.915.044 1.718.879 Resultado operacional (RO) 404.192 357.130 Folha de pagamento bruta (FPB) 129.421 121.551 1.414.547 1.320.980 Valor Adicionado Total (VAT) 2 – Indicadores sociais internos Alimentação Encargos sociais compulsórios Valor (mil) % sobre FPB % sobre RL Valor (mil) % sobre FPB 5.315 4,11% 0,28% 4.770 3,92% % sobre RL 0,28% 24.331 18,80% 1,27% 23.058 18,97% 1,34% Previdência privada 9.160 7,08% 0,48% 8.862 7,29% 0,52% Saúde 6.718 5,19% 0,35% 5.647 4,65% 0,33% Segurança e saúde no trabalho 617 0,48% 0,03% 182 0,15% 0,01% Educação 512 0,40% 0,03% 561 0,46% 0,03% Cultura Capacitação e desenvolvimento profissional 0 0,00% 0,00% 0 0,00% 0,00% 2.610 2,02% 0,14% 2.544 2,09% 0,15% Creches ou auxílio-creche 1.060 0,82% 0,06% 799 0,66% 0,05% Participação nos lucros ou resultados 7.508 5,80% 0,39% 6.409 5,27% 0,37% Vale-transporte Esporte Outros Total – Indicadores sociais internos 3 – Indicadores sociais externos Educação Coelce nas Escolas – Módulo I Baú de Leitura Cultura Audiovisual (cinema, tv, vídeo e multimídia) Literatura 355 0,27% 0,02% 378 0,31% 0,02% 0 0,00% 0,00% 0 0,00% 0,00% 3.693 2,85% 0,19% 2.718 2,24% 0,16% 61.879 47,81% 3,23% 55.928 46,01% 3,25% Valor (mil) % sobre RO % sobre RL Valor (mil) % sobre RO % sobre RL 28 0,01% 0,00% 54 0,02% 0,00% 0 0,00% 0,00% 11 0,00% 0,00% 28 0,01% 0,00% 43 0,01% 0,00% 10.056 2,49% 0,53% 9.087 2,54% 0,53% 143 0,04% 0,01% 0 0,00% 0,00% 0 0,00% 0,00% 5 0,00% 0,00% Música 50 0,01% 0,00% 35 0,01% 0,00% Patrimônio Imaterial (manifestações, saberes e fazeres populares, artes e gastronomia) 45 0,01% 0,00% 30 0,01% 0,00% Fundo Estadual da Cultura Fundo Municipal para a Criança e o Adolescente Fundo Estadual para a Criança e o Adolescente 3.759 0,93% 0,20% 3.588 1,00% 0,21% 436 0,11% 0,02% 444 0,12% 0,03% 182 0,05% 0,01% 157 0,04% 0,01% Sistema Estadual de Cultura (Siec) 3.027 0,75% 0,16% 2.423 0,68% 0,14% Lei Rouanet 2.414 0,60% 0,13% 2.405 0,67% 0,14% 50 0,01% 0,00% 0 0,00% 0,00% 0,01% Saúde e saneamento Esporte 6 0,00% 0,00% 256 0,07% Lei de Incentivo ao Esporte 0 0,00% 0,00% 256 0,07% 0,01% Corrida de Rua 6 0,00% 0,00% 0 0,00% 0,00% 213.746 52,88% 11,16% 143.917 40,28% 8,37% 9 0,00% 0,00% 0 0,00% 0,00% 549 0,14% 0,03% 68 0,02% 0,00% Outros Voluntariado Geração de emprego e renda BALANÇO SOCIAL 3 – Indicadores sociais externos (cont.) Programas sociais Programa de Investimentos Especiais Luz para Todos Benefícios para consumidores de baixa renda Valor (mil) % sobre RO % sobre RL Valor (mil) % sobre RO 182.542 45,16% 9,53% 111.167 31,13% % sobre RL 6,47% 2.567 0,64% 0,13% 601 0,17% 0,03% 179.975 44,53% 9,40% 110.566 30,96% 6,43% 30.646 7,58% 1,60% 32.682 9,15% 1,90% Total das contribuições para a sociedade 223.886 55,39% 11,69% 153.314 42,93% 8,92% Tributos (excluídos encargos sociais) 666.530 164,90% 34,80% 620.340 173,70% 36,09% Total – Indicadores sociais externos 4 – Indicadores ambientais Investimentos relacionados com a produção/ operação da empresa 890.416 220,30% 46,50% 773.654 216,63% 45,01% Valor (mil) % sobre RO % sobre RL Valor (mil) % sobre RO % sobre RL 0,54% 19.549 4,84% 1,02% 9.274 2,60% Educação ambiental para colaboradores 69 0,02% 0,00% 49 0,01% 0,00% Gerenciamento de resíduos 57 0,01% 0,00% 116 0,03% 0,01% Reciclagem de óleo 1 0 0,00% 0,00% 78 0,02% 0,00% Licenças ambientais 750 0,19% 0,04% 3 0,00% 0,00% Auditorias ambientais 52 0,01% 0,00% 28 0,01% 0,00% 864 0,21% 0,05% 1.022 0,29% 0,06% Desenvolvimento e Implementação de Óleo Ecológico 185 0,05% 0,01% 8 0,00% 0,00% Desenvolvimento de Processo Biotecnológico de Compostagem para a Reciclagem dos Resíduos de Podas de Árvores 206 0,05% 0,01% 163 0,05% 0,01% 0 0,00% 0,00% 238 0,07% 0,01% Programa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico e Industrial Desenvolvimento de Metodologia para Acompanhamento Contábil do Sistema de Gestão Ambiental da Coelce Programa Coelce de Desenvolvimento Social pela Energia Consumida – Ecoelce 2 Sistema de Gestão e Manejo da Arborização Urbana ao Longo das Redes de Distribuição Desenvolvimento de Produtos à Base de Compósito Fibra de Coco em Matriz Polimérica para Aplicação em Sistemas de Baixa Tensão Desenvolvimento de Técnicas e Sistema de Lavagem a Seco de Isoladores Arborização urbana Manejo de vegetação Rede compacta ou isolada Outros gastos para melhoria contínua Investimentos em programas e/ou projetos externos Educação ambiental Grafitando com Arte Escola Coelce Caminhos Eficientes Outros Programa de Eficiência Energética 3 94 0,02% 0,00% 259 0,07% 0,02% 0 0,00% 0,00% 95 0,03% 0,01% 98 0,02% 0,01% 216 0,06% 0,01% 281 0,07% 0,01% 43 0,01% 0,00% 26 0,01% 0,00% 0 0,00% 0,00% 2.683 0,66% 0,14% 2.154 0,60% 0,13% 14.928 3,69% 0,78% 5.695 1,59% 0,33% 120 0,03% 0,01% 129 0,04% 0,01% 7.870 1,95% 0,41% 11.748 3,29% 0,68% 669 0,17% 0,03% 2.250 0,63% 0,13% 20 0,00% 0,00% 11 0,00% 0,00% 620 0,15% 0,03% 2.239 0,63% 0,13% 29 0,01% 0,00% 0 0,00% 0,00% 7.201 1,78% 0,38% 9.092 2,55% 0,53% 5.803 1,44% 0,30% 5.025 1,41% 0,29% Hospitais públicos 4 500 0,12% 0,03% 1.136 0,32% 0,07% Universidades e centros de pesquisa 5 245 0,06% 0,01% 657 0,18% 0,04% Escolas públicas 6 318 0,08% 0,02% 273 0,08% 0,02% 0 0,00% 0,00% 1.515 0,42% 0,09% Consumidores baixa renda Prédios públicos Entidades associativas e fundações 7 Programa Coelce de Desenvolvimento Social pela Energia Consumida – Ecoelce Plano de Gestão do Programa de Eficiência Energética da Coelce Projetos de iluminação pública 8 Total dos investimentos em meio ambiente Quanto ao estabelecimento de “metas anuais” para minimizar resíduos, o consumo em geral na produção/ operação e aumentar a eficácia na utilização de recursos naturais, a empresa: 55 0,01% 0,00% 486 0,14% 0,03% 222 0,05% 0,01% 0 0,00% 0,00% 58 0,01% 0,00% 0 0,00% 0,00% 0 0,00% 0,00% 406 0,11% 0,02% 27.419 6,78% 1,43% 21.022 5,89% 1,22% ○ não possui metas ○ cumpre de 51 a 75% ○ cumpre de 0 a 50% ● cumpre de 76 a 100% ○ não possui metas ○ cumpre de 51 a 75% ○ cumpre de 0 a 50% ● cumpre de 76 a 100% 111 112 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 5 – Indicadores do corpo funcional 2008 2007 Nº de empregados(as) ao final do período 1.278 1.297 Nº de admissões durante o período 68 62 Nº de desligamentos durante o período 86 78 Nº de empregados(as) terceirizados(as) 7.662 6.837 Nº de menores-aprendizes Nº de estagiários(as) 24 21 186 176 Nº de empregados por faixa etária, nos seguintes intervalos: até 25 anos 36 31 de 26 a 35 anos 244 231 de 36 a 45 anos 416 485 acima de 45 anos 582 550 analfabetos 0 0 com ensino fundamental I incompleto 0 0 com ensino fundamental I completo 0 1 com ensino fundamental II incompleto 26 33 com ensino fundamental II completo 68 73 Nº de empregados por nível de escolaridade, segregada por: com ensino médio incompleto com ensino médio completo com ensino superior incompleto com ensino superior completo Nº de homens que trabalham na empresa 0 0 570 587 65 75 549 528 1.003 1.020 % de cargos de chefia ocupados por homens 75% 80% Nº de mulheres que trabalham na empresa 275 277 25% 21% % de cargos de chefia ocupados por mulheres Nº de negros(as) que trabalham na empresa % de cargos de chefia ocupados por negros(as) Nº de portadores(as) de deficiência ou necessidades especiais (9) 363 367 21% 20% 53 50 6 - Informações relevantes quanto ao exercício da cidadania empresarial 2008 Metas 2009 Relação entre a maior e a menor remuneração na empresa 18 18 Número total de acidentes de trabalho 10 75 53 Os projetos sociais e ambientais desenvolvidos pela empresa foram definidos por: Os padrões de segurança e salubridade no ambiente de trabalho foram definidos por: Quanto à liberdade sindical, ao direito de negociação coletiva e à representação interna dos(as) trabalhadores(as), a empresa: ( ) direção ( X ) direção e gerências ( ) todos(as) empregados(as) ( ) direção (X) direção e gerências ( ) todos(as) empregados(as) ( ) direção e gerências ( ) todos(as) empregados(as) ( X ) todos(as) + Cipa ( ) direção e gerências ( ) todos(as) empregados(as) ( X ) todos(as) + Cipa ( ) não se envolve ( ) segue as normas da OIT ( X ) incentiva e segue a OIT ( ) não se envolverá ( ) seguirá as normas da OIT ( X ) incentivará e seguirá a OIT BALANÇO SOCIAL 6 - Informações relevantes quanto ao exercício da cidadania empresarial 2008 Metas 2009 A previdência privada contempla: ( ) direção ( ) direção e gerências ( X ) todos(as) empregados(as) ( ) direção ( ) direção e gerências ( X ) todos(as) empregados(as) A participação dos lucros ou resultados contempla: ( ) direção ( ) direção e gerências ( X ) todos(as) empregados(as) ( ) direção ( ) direção e gerências ( X ) todos(as) empregados(as) ( ) não são considerados ( ) são sugeridos ( X ) são exigidos ( ) não serão considerados ( ) serão sugeridos ( X ) serão exigidos ( ) não se envolve ( ) apóia ( X ) organiza e incentiva ( ) não se envolverá ( ) apoiará ( X ) organizará e incentivará Número total de reclamações e críticas de consumidores(as): na empresa11: 373.599 no Procon: 492 na Justiça12: 1.358 na empresa11: 336.239 no Procon: 467 na Justiça12: 1200 % de reclamações e críticas atendidas ou solucionadas: na empresa11: 93% no Procon: 98% na Justiça12: 46,5% na empresa11: 93% no Procon 98% na Justiça12: 50% Na seleção dos fornecedores, os mesmos padrões éticos e de responsabilidade social e ambiental adotados pela empresa: Quanto à participação de empregados(as) em programas de trabalho voluntário, a empresa: Montante de multas e indenizações a clientes, determinadas por órgãos de proteção e defesa do consumidor ou pela Justiça Valor adicionado total a distribuir (em mil R$): Distribuição do Valor Adicionado (DVA): 2.969 1.042 Em 2008: 1.414.547 Em 2007: 1.320.980 63% governo 6% pessoal 6% terceiros 19% acionista 5% retido 60,7% governo 6,3% pessoal 8,5% terceiros 19,1% acionista 5,5% retido 7 - Outras Informações Em 2008 a Coelce não contratou serviços para regeneração (processo químico) do óleo. Apenas realizou recondicionamento (processo físico), utilizando mão de obra e tecnologia próprios, num total de 136.560 litros recondicionados. 2 Após a conclusão do projeto de pesquisa em jun/08 o programa foi remetido para análise do órgão regulador sendo aprovado como programa de eficiência energética, por apresentar grande potencial de energia economizada em decorrência da reciclagem dos resíduos coletados. 3 A redução do investimento em 2008 quando comparado a 2007 decorre de que em 2007 houve um acumulo de liberações de projetos para execução, relativas ao exercício de 2006, por parte da agência reguladora. 4 Foram beneficiados 13 hospitais públicos, 6 localizados em Fortaleza e 7 em municípios do interior do Estado (Iguatu, Maracanaú, Aracati, Maranguape e Limoeiro do Norte). 5 Foram beneficiadas duas instituições: Faculdade de Economia, Administração, Atuárias, Contabilidade e Secretariado (Universidade Federal do Ceará) e Instituto Centro de Ensino Tecnológico (Centec). 6 Foram beneficiadas 19 escolas públicas, 10 estaduais e 9 municipais, todas localizadas em Fortaleza. 7 Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) 8 A partir de 2008 projetos de iluminação pública deixaram de ser regulamentados, de acordo com o Manual Aneel do Programa de Eficiência Energética 2008, que dispõe sobre critérios e procedimentos para a elaboração de projetos de eficiência energética. 9 Do total de 1.278 empregados da Coelce, 53 são portadores de necessidades especiais. Conforme ata de 1 audiência nº 838/2007, de 16 de dezembro de 2008, do Ministério Público Federal, agosto de 2009 é o prazo limite para que a Empresa alcance a quota de 64 portadores de necessidades especiais. 10 Embora o valor apresentado em 2008 seja o total de acidentes com e sem afastamento, a meta apresentada só revela o valor de acidentes com afastamento. Isso decorre da empresa não estabelecer metas para acidentes sem afastamento. 11 Envolve todos os registros de reclamações conforme Resolução Aneel nº 382/98. 12 Foram consideradas as reclamações e críticas do período citado. Nos anos anteriores esses quantitativos referiam-se à discussão de mérito e seus respectivos recursos judiciais interpostos em que os números realizados e suas respectivas metas referiam-se ao acúmulo de reclamações e críticas até o referido período. CNPJ: 07.047.251/0001-70 | Setor Econômico: Energético | Categoria Distribuição UF da sede da empresa: Ceará Para esclarecimentos sobre as informações declaradas: Maria Enivalda da Silva Oliveira, (85) 3453-4167, [email protected] “ Esta empresa não utiliza mão de obra infantil ou trabalho escravo, não tem envolvimento com prostituição ou exploração sexual da criança ou adolescente e não está envolvida em corrupção.” “Nossa empresa valoriza e respeita a diversidade interna e externamente.” 113 NÍVEL DE APLICAÇÃO GRI C C+ B B+ A A+ � Autodeclarado Examinado por terceiros Sumário GRI ■ Examinado pela GRI | GRI 3.12 | Correlação com o Pacto Global Princípio do Pacto Global Página / Comentário ESTRATÉGIA E ANÁLISE 1.1 Declaração do detentor do cargo com maior poder de decisão na organização 1.2 Descrição dos principais impactos, riscos e oportunidades 10 28 a 30, 100 PERFIL ORGANIZACIONAL 2.1 Nome da organização 5 2.2 Principais marcas, produtos e/ou serviços 5 2.3 Estrutura operacional, incluindo principais divisões, unidades operacionais, subsidiárias e joint ventures 2.4 Localização da sede 2.5 Número de países em que a organização opera e nome dos países em que suas operações são relevantes para as questões de sustentabilidade 2.6 Tipo e natureza jurídica da propriedade 6 160 5 6, 7 2.7 Mercados atendidos (incluindo discriminação geográfica, setores atendidos e tipos de clientes/ beneficiários) 2.8 Porte da organização. 2,3, 5 5 6, 46 2.9 Principais mudanças durante o período coberto pelo relatório referentes a porte, estrutura ou participação acionária 2.10 Prêmios recebidos no período coberto pelo relatório EU1 Capacidade instalada (MW), oferta de energia por tipo e país ou setor regulatório 41 EU2 Número de clientes residenciais, industriais e comerciais 49 EU3 Extensão das linhas de transmissão e distribuição, por voltagem EU4 Licenças de comercialização de CO2, apresentadas por país ou regime regulatório 108 41, 81 89 PERFIL DO RELATÓRIO 3.1 Período coberto pelo relatório para as informações apresentadas 12 3.2 Data do relatório anterior mais recente 12 3.3 Ciclo de emissão de relatórios 12 3.4 Dados para contato em caso de perguntas relativas ao relatório ou seu conteúdo 12 Escopo e limite do relatório 3.5 Processo para definição do conteúdo 12 3.6 Limite do relatório 12 3.7 Declaração sobre quaisquer limitações específicas quanto ao escopo ou ao limite do relatório 12 3.8 Base para a elaboração do relatório no que se refere a joint ventures, subsidiárias, instalações arrendadas, operações terceirizadas e outras organizações que possam afetar significativamente a comparabilidade entre períodos e/ou entre organizações 12 3.9 Técnicas de medição de dados e as bases de cálculos, incluindo hipóteses e técnicas, que sustentam as estimativas aplicadas à compilação dos indicadores e outras informações do relatório 12 3.10 Explicação das consequências de quaisquer reformulações de informações fornecidas em relatórios anteriores e as razões para tais reformulações 12, 129 sumário GRI ■ Correlação com o Pacto Global 3.11 Mudanças significativas em comparação com anos anteriores no que se refere a escopo, limite ou métodos de medição aplicados no relatório 3.12 Tabela que identifica a localização das informações no relatório Princípio do Pacto Global Página / Comentário 12 114 Verificação 3.13 Política e prática atual relativa à busca de verificação externa para o relatório. 12 GOVERNANÇA, COMPROMISSOS E ENGAJAMENTO Governança 4.1 Estrutura de governança da organização, incluindo comitês sob o mais alto órgão de governança responsável por tarefas específicas, tais como estabelecimento de estratégia ou supervisão da organização 1 a 10 22 4.2 Indicação caso o presidente do mais alto órgão de governança também seja um diretor-executivo 1 a 10 22 4.3 Declaração do número de membros independentes ou não executivos do mais alto órgão de governança 1 a 10 22 4.4 Mecanismos para que acionistas e empregados façam recomendações ou deem orientações ao mais alto órgão de governança 1 a 10 23 4.5 Relação entre remuneração para membros do mais alto órgão de governança, diretoria-executiva e demais executivos e o desempenho da organização (incluindo desempenho social e ambiental) 1 a 10 22, 23 4.6 Processos em vigor no mais alto órgão de governança para assegurar que conflitos de interesse sejam evitados 1 a 10 22 4.7 Processo para determinação das qualificações e conhecimento dos membros do mais alto órgão de governança para definir a estratégia da organização para questões relacionadas a temas econômicos, ambientais e sociais 1 a 10 22 4.8 Declarações de missão e valores, códigos de conduta e princípios internos relevantes para o desempenho econômico, ambiental e social, assim como o estágio de sua implementação 1 a 10 contracapa,23 4.9 Procedimentos do mais alto órgão de governança para supervisionar a identificação e gestão por parte da organização do desempenho econômico, ambiental e social, incluindo riscos e oportunidades relevantes, assim como a adesão ou conformidade com normas acordadas internacionalmente, códigos de conduta e princípios 1 a 10 21 4.10 Processos para a autoavaliação do desempenho do mais alto órgão de governança, especialmente com respeito ao desempenho econômico, ambiental e social 1 a 10 22 Compromissos com iniciativas externas 4.11 Explicação de se e como a organização aplica o princípio da precaução 7 30 4.12 Cartas, princípios ou outras iniciativas desenvolvidas externamente de caráter econômico, ambiental e social que a organização subscreve ou endossa 1 a 10 16 4.13 Participação em associações (como federações de indústrias) e/ou organismos nacionais/ internacionais 1 a 10 16 Engajamento dos stakeholders 4.14 Relação de grupos de stakeholders engajados pela organização. 4.15 Base para a identificação e seleção de stakeholders com os quais se engajar 4.16 Abordagens para o engajamento dos stakeholders 4.17 Principais temas e preocupações que foram levantados por meio do engajamento dos stakeholders e quais medidas a organização tem adotado para tratá-los 26, 27 25 26, 27 27 115 116 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 INDICADORES DE DESEMPENHO ■ Correlação com o Pacto Global Princípio do Pacto Global Página / Comentário DESEMPENHO ECONÔMICO Forma de gestão 21, 28 a 31, 93 Gestão de acesso Disponibilidade e segurança SE EU5 Planejamento para assegurar a disponibilidade e segurança na oferta de energia a curto e longo prazos 30, 46 Gerenciamento do consumo SE EU6 Programas para gerenciamento do consumo, incluindo programas residenciais, industriais e comercias 96 e 97 Pesquisa e desenvolvimento SE EU7 SE EU8 Atividades de pesquisa e desenvolvimento destinadas ao acesso seguro e confiável aos serviços de eletricidade e à promoção do desenvolvimento sustentável 93 a 95 Suspensão de operação Provisões para a suspensão de unidades de energia nuclear A Coelce não gera energia Indicadores de desempenho econômico Desempenho econômico ES EC1 Valor econômico direto gerado e distribuído, incluindo receitas, custos operacionais, remuneração de empregados, doações e outros investimentos na comunidade, lucros acumulados e pagamentos para provedores de capital e governos ES EC2 Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades para as atividades da organização devido a mudanças climáticas ES EC3 Cobertura das obrigações do plano de pensão de benefício definido que a organização oferece ES EC4 42 a 43, 127 7 81 67, 152 Ajuda financeira significativa recebida do governo 47, 48 Presença no mercado AD EC5 Variação da proporção do salário mais baixo comparado ao salário mínimo local em unidades operacionais importantes ES EC6 Políticas, práticas e proporção de gastos com fornecedores locais em unidades operacionais importantes ES EC7 Procedimentos para contratação local e proporção de membros de alta gerência recrutados na comunidade local ES EC8 Desenvolvimento e impacto de investimentos em infraestrutura e serviços oferecidos, principalmente para benefício público, por meio de engajamento comercial, em espécie ou atividades pro bono AD EC9 Identificação e descrição de impactos econômicos indiretos significativos, incluindo a extensão dos impactos 1 67 6 Não há políticas formais 43 Impactos econômicos indiretos 49,99, 102 101, 102 Disponibilidade e segurança SE EU9 Capacidade planejada (MW) versus demanda projetada de eletricidade em longo prazo, por tipo de fonte de energia e país ou setor regulatório - SE EU10 Energia economizada (MW) por meio de programas de gestão de consumo 96 SE EU11 Energia economizada (MW) por meio de programas de gestão de consumo, divididos em clientes residenciais, comerciais e industriais 96 SE EU12 Média de eficiência na geração, por fonte energética e por país ou regime regulatório SE EU13 Eficiência na transmissão e distribuição Gerenciamento do consumo Eficiência do sistema A Coelce não gera energia 35 ■ ES - indicador essencial ■ AD - indicador adicional ■ SE - indicador setorial de energia 117 sumário GRI ■ Correlação com o Pacto Global Princípio do Pacto Global Página / Comentário DESEMPENHO AMBIENTAL Forma de gestão 19, 79 a 82, 87, 89 Materiais ES EN1 Materiais usados por peso ou volume ES EN2 Percentual dos materiais usados provenientes de reciclagem 8 83 8, 9 83, 84 ES EN3 ES EN4 Consumo de energia direta discriminado por fonte de energia primária 8 85 Consumo de energia indireta discriminado por fonte primária 8 AD EN5 Energia economizada devido a melhorias em conservação e eficiência 8, 9 85 - AD EN6 Iniciativas para fornecer produtos e serviços com baixo consumo de energia, ou que usem energia gerada por recursos renováveis, e a redução na necessidade de energia resultante dessas iniciativas 8, 9 96, 97 AD EN7 Iniciativas para reduzir o consumo de energia indireta e as reduções obtidas 8, 9 85 Energia Água ES EN8 Total de retirada de água por fonte 8 86 AD EN9 Fontes hídricas significativamente afetadas por retirada de água 8 86 AD EN10 Percentual e volume total de água reciclada e reutilizada 8, 9 86 8 82 Biodiversidade ES EN11 Localização e tamanho da área possuída, arrendada ou administrada dentro de áreas protegidas, ou adjacente a elas, e áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas SE EU14 Evolução na biodiversidade de habitats recuperados em comparação com as áreas que precisam ser recuperadas ES EN12 Descrição de impactos significativos na biodiversidade de atividades, produtos e serviços em áreas protegidas e em áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas 8 81 Não há nenhum passivo ambiental a ser gerenciado ou recuperado. AD EN13 Habitats protegidos ou restaurados 8 82 AD EN14 Estratégias, medidas em vigor e planos futuros para a gestão de impactos na biodiversidade 8 82 AD EN15 Número de espécies na Lista Vermelha da IUCN e em listas nacionais de conservação com habitats em áreas afetadas por operações, discriminadas pelo nível de risco de extinção 8 83 ES EN16 Total de emissões diretas e indiretas de gases de efeito estufa, por peso 8 87 ES EN17 Outras emissões indiretas relevantes de gases de efeito estufa, por peso 8 87 ES EN18 Iniciativas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e as reduções obtidas 7, 8, 9 87 ES EN19 Emissões de substâncias destruidoras da camada de ozônio, por peso 8 87 ES EN20 NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas, por tipo e peso 8 Não ocorrem na atividade de distribuição de energia. ES EN21 Descarte total de água, por qualidade e destinação 8 A Coelce não gera efluentes na atividade de distribuição de energia. ES EN22 Peso total de resíduos, por tipo e método de disposição 8 84 Emissões, efluentes e resíduos 118 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 ■ Correlação com o Pacto Global Princípio do Pacto Global Página / Comentário ES EN23 Número e volume total de derramamentos significativos 8 Não ocorreu nenhum em 2008. AD EN24 Peso de resíduos transportados, importados, exportados ou tratados considerados perigosos nos termos da Convenção da Basileia13 – Anexos I, II, III e VIII, e percentual de carregamentos de resíduos transportados internacionalmente 8 A empresa não realiza transporte internacional de materiais considerados perigosos. AD EN25 Identificação, tamanho, status de proteção e índice de biodiversidade de corpos d’água e habitats relacionados significativamente afetados por descartes de água e drenagem realizados pela organização relatora 8 Os descartes referem-se à água sanitária e de uso em atividades de limpeza e são realizados em sistemas públicos de saneamento ES EN26 Iniciativas para mitigar os impactos ambientais de produtos e serviços e a extensão da redução desses impactos ES EN27 Percentual de produtos e suas embalagens recuperados em relação ao total de produtos vendidos, por categoria de produto ES EN28 AD EN29 AD EN30 Produtos e serviços 7, 8, 9 82, 86 8, 9 Não aplicável pela natureza da atividade de distribuição de energia, que não usa embalagens. 8 Não foram registradas em 2008 8 87 7, 8, 9 80 Princípio do Pacto Global Página / Comentário Conformidade Valor monetário de multas significativas e número total de sanções não monetárias resultantes da não conformidade com leis e regulamentos ambientais Transporte Impactos ambientais significativos do transporte de produtos e outros bens e materiais utilizados nas operações da organização, bem como do transporte de trabalhadores Geral ■ Total de investimentos e gastos em proteção ambiental, por tipo Correlação com o Pacto Global PRÁTICAS TRABALHISTAS E TRABALHO DECENTE Forma de gestão 61, 62, 68, 69, 73, 75, 76 Emprego ES LA1 Trabalhadores por tipo de emprego contrato de trabalho e região SE EU15 Processos para garantir a retenção e renovação da força de trabalho qualificada SE EU16 Total de colaboradores subcontratados SE EU17 Porcentagem de contratados e subcontratados que tenham recebido treinamento relevante em saúde e segurança ES LA2 Número total e taxa de rotatividade de empregados, por faixa etária, gênero e região AD LA3 Benefícios oferecidos a empregados de tempo integral que não são oferecidos a empregados temporários ou em regime de meio período, discriminados pelas principais operações ES LA4 Percentual de empregados abrangidos por acordos de negociação coletiva ES LA5 Prazo mínimo para notificação com antecedência referente a mudanças operacionais, incluindo se esse procedimento está especificado em acordos de negociação coletiva 63, 64 61 e 62 63, 74 75 6 65 66, 67 Relações entre os trabalhadores e a governança 1, 3 65 3 66 ■ ES - indicador essencial ■ AD - indicador adicional ■ SE - indicador setorial de energia sumário GRI ■ Correlação com o Pacto Global Princípio do Pacto Global Página / Comentário 69 Saúde e segurança no trabalho AD LA6 Percentual dos empregados representados em comitês formais de segurança e saúde, compostos por gestores e por trabalhadores, que ajudam no monitoramento e aconselhamento sobre programas de segurança e saúde ocupacional 1 ES LA7 Taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos, absenteísmo e óbitos relacionados ao trabalho, por região 1 71 ES LA8 Programas de educação, treinamento, aconselhamento, prevenção e controle de risco em andamento para dar assistência a empregados, seus familiares ou membros da comunidade com relação a doenças graves 1 71 e 72 AD LA9 Temas relativos à segurança e saúde cobertos por acordos formais com sindicatos 1 67, 68 Treinamento e educação ES LA10 Média de horas de treinamento por ano, por funcionário, discriminadas por categoria funcional 62 AD LA11 Programas para gestão de competências e aprendizagem contínua que apoiam a continuidade da empregabilidade dos funcionários e para gerenciar o fim da carreira 68 AD LA12 Percentual de empregados que recebem regularmente análises de desempenho e de desenvolvimento de carreira 62 Diversidade e igualdade de oportunidades ES LA13 Composição dos grupos responsáveis pela governança corporativa e discriminação de empregados por categoria, de acordo com gênero, faixa etária, minorias e outros indicadores de diversidade 1, 6 22, 64 ES LA14 Proporção de salário base entre homens e mulheres, por categoria funcional 1, 6 67 DIREITOS HUMANOS Forma de gestão 14, 23, 75 Práticas de investimento e de processos de compra ES HR1 Percentual e número total de contratos de investimentos significativos que incluam cláusulas referentes a direitos humanos ou que foram submetidos a avaliações referentes a direitos humanos 1, 2, 3, 4, 5 e 6 74 ES HR2 Percentual de empresas contratadas e fornecedores críticos que foram submetidos a avaliações referentes a direitos humanos e as medidas tomadas 1, 2, 3, 4, 5 e 6 74 AD HR3 Total de horas de treinamento para empregados em políticas e procedimentos relativos a aspectos de direitos humanos relevantes para as operações, incluindo o percentual de empregados que recebeu treinamento 1, 2, 3, 4, 5 e 6 Até 2008, a Coelce não registrava o total das horas de treinamento. ES HR4 1,2 e 6 24 1, 2 e 3 65 1, 2 e 5 23, 65 1, 2 e 4 23 Não discriminação Número total de casos de discriminação e as medidas tomadas Liberdade de associação e negociação coletiva ES HR5 ES HR6 ES HR7 Operações identificadas em que o direito de exercer a liberdade de associação e a negociação coletiva pode estar correndo risco significativo e as medidas tomadas para apoiar esse direito Trabalho infantil Operações identificadas como de risco significativo de ocorrência de trabalho infantil e as medidas tomadas para contribuir para a abolição do trabalho infantil Trabalho forçado ou análogo ao escravo Operações identificadas como de risco significativo de ocorrência de trabalho forçado ou análogo ao escravo e as medidas tomadas para contribuir para a erradicação do trabalho forçado ou análogo ao escravo 119 120 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 ■ Correlação com o Pacto Global Princípio do Pacto Global Página / Comentário 1e2 74 1e2 No Estado do Ceará existem sete áreas indígenas, segundo a Fundação Nacional do Índio, nas quais não há instalações da Coelce. Práticas de segurança AD HR8 AD HR9 Percentual do pessoal de segurança submetido a treinamento nas políticas ou procedimentos da organização relativos a aspectos de direitos humanos que sejam relevantes às operações Direitos indígenas Número total de casos de violação de direitos dos povos indígenas e medidas tomadas SOCIEDADE Forma de gestão 99 a 102 Comunidade SE EU18 Processo participativo de tomada de decisões e resultados do engajamento com stakeholders SE EU19 Procedimentos para gerenciar os impactos indiretos do deslocamento involuntário 99 SE EU20 Planejamento e medidas de contingência em casos desastres/ emergências e programas de treinamento e programas de recuperação/restauração 31 ES SO1 Natureza, escopo e eficácia de quaisquer programas e práticas para avaliar e gerir os impactos das operações nas comunidades, incluindo a entrada, operação e saída. 99 SE EU21 Número de pessoas desalojadas por projetos novos ou de expansão relacionados a melhorias na geração ou linhas de transmissão, divididos por mudanças físicas e econômicas 99 ES SO2 Percentual e número total de unidades de negócios submetidas a avaliações de riscos relacionados à corrupção 10 16 ES SO3 Percentual de empregados treinados nas políticas e procedimentos anticorrupção da organização 10 16 ES SO4 Medidas tomadas em resposta a casos de corrupção 10 24 25 a 27 Corrupção Políticas públicas ES SO5 Posições quanto a políticas públicas e participação na elaboração de políticas públicas e lobbies AD SO6 Valor total de contribuições financeiras e em espécie para partidos políticos, políticos ou instituições relacionadas, discriminadas por país ■ Correlação com o Pacto Global 1 a 10 17 10 A companhia, não participa de lobbies e não apoia ou financia candidaturas ou partidos políticos Princípio do Pacto Global Página / Comentário Concorrência desleal AD SO7 Número total de ações judiciais por concorrência desleal, práticas de truste e monopólio e seus resultados Não foram registradas Conformidade ES SO8 Valor monetário de multas significativas e número total de sanções não monetárias resultantes da não conformidade com leis e regulamentos Não foram registrados ■ ES - indicador essencial ■ AD - indicador adicional ■ SE - indicador setorial de energia 121 sumário GRI ■ Correlação com o Pacto Global Princípio do Pacto Global Página / Comentário RESPONSABILIDADE SOBRE O PRODUTO Forma de gestão 45, 46, 51, 55 Acesso SE EU22 Programas, incluindo aqueles em parceria com o governo, para a melhoria ou manutenção do acesso a serviços de energia 47, 48 Provisão de informações SE EU23 Práticas para superar barreiras de acesso e garantir a segurança no uso dos serviços de energia (adequação à linguagem, cultura, baixa instrução, deficiência) 54 ES PR1 Fases do ciclo de vida de produtos e serviços em que os impactos na saúde e segurança são avaliados visando à melhoria, e o percentual de produtos e serviços sujeitos a esses procedimentos 1 57 AD PR2 Número total de casos de não conformidade com regulamentos e códigos voluntários relacionados aos impactos causados por produtos e serviços na saúde e segurança durante o ciclo de vida, discriminados por tipo de resultado 1 Não foram registradas ES PR3 Tipo de informação sobre produtos e serviços exigida por procedimentos de rotulagem, e o percentual de produtos e serviços sujeitos a tais exigências 8 55 AD PR4 Número total de casos de não conformidade com regulamentos e códigos voluntários relacionados a informações e rotulagem de produtos e serviços, discriminados por tipo de resultado 8 Não foram regostrados AD PR5 Práticas relacionadas à satisfação do cliente, incluindo resultados de pesquisas que medem essa satisfação Saúde e segurança do cliente Rotulagem de produtos e serviços 51, 55, 56 Comunicações de marketing ES PR6 Programas de adesão às leis, normas e códigos voluntários relacionados a comunicações de marketing, incluindo publicidade, promoção e patrocínio AD PR7 Número total de casos de não conformidade com regulamentos e códigos voluntários relativos a comunicações de marketing, incluindo publicidade, promoção e patrocínio, discriminados por tipo de resultado AD PR8 Número total de reclamações comprovadas relativas à violação de privacidade e perda de dados de clientes ES PR9 Valor monetário de multas (significativas) por não conformidade com leis e regulamentos relativos ao fornecimento e uso de produtos e serviços SE EU24 SE EU25 55 Não foram registrados Conformidade 1 Não houve registro 59 Saúde e segurança pública Número de acidentes e óbitos de pessoas da comunidade, envolvendo ativos da empresa, incluindo ações judiciais, multas e processos pendentes relacionados a doenças 57 Acesso Porcentagem da população não atendida em áreas licenciadas de distribuição, divididas por população em áreas urbanas e em áreas rurais SE EU26 Número de desligamentos residenciais por não pagamento, divididos por duração do desligamento SE EU27 Frequência de interrupção de energia SE EU28 Duração média da interrupção de energia SE EU29 Disponibilidade média das unidades de geração, divididas por tipo de fontes de energia e país ou regime regulatório – – 46, 47 46.47 A Coelce não gera energia DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Acionistas e Administradores da Companhia Energética do Ceará – Coelce 1. Examinamos o balanço patrimonial da COMPANHIA ENERGÉTICA DO CEARÁ – COELCE em 31 de dezembro de 2008 e as correspondentes demonstrações dos resultados, das mutações do patrimônio líquido, dos fluxos de caixa e do valor adicionado correspondentes ao exercício findo naquela data, elaborados sob responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Companhia; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Companhia, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no primeiro parágrafo representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Companhia Energética do Ceará – Coelce, em 31 de dezembro de 2008, o resultado de suas operações, as mutações do seu patrimônio líquido, os seus fluxos de caixa e os valores adicionados nas operações referentes ao exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 4. Conforme detalhado na Nota Explicativa n° 5 (b), em 31 de dezembro de 2008, a Companhia mantém transações de compra e venda de energia realizadas no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE pendentes de liquidação e de revisão por parte da CCEE. Com relação às transações pendentes de liquidação, a Sociedade possui registrado como contas a receber o montante de R$ 12.917.000 em 31 de dezembro de 2008, sob efeito de liminares judiciais para suspensão dos pagamentos. Esses montantes podem estar sujeitos a alterações, dependendo de decisão de processos judiciais em andamento movidos por empresas do setor, relativos a interpretações das regras do mercado em vigor. Adicionalmente, outros agentes do mercado não honraram seus pagamentos com a Coelce, com efeito de liminares judiciais para suspensão da liquidação financeira desses valores nas datas estabelecidas pela CCEE, resultando em um montante vencido de R$ 2.372.000, em 31 de dezembro de 2008. As demonstrações financeiras da Companhia não incluem nenhuma provisão para perdas em relação a essas contas a receber em atraso. 5. Anteriormente, auditamos as demonstrações contábeis referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2007, compreendendo o balanço patrimonial, as demonstrações do resultado do exercício, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, além das informações suplementares compreendendo as demonstrações dos fluxos de caixa e do valor adicionado, sobre as quais emitimos parecer, datado de 29 de fevereiro de 2008, sem ressalvas e com parágrafo de ênfase sobre o assunto mencionado no parágrafo quarto acima. Conforme mencionado na nota explicativa 2, as práticas contábeis adotadas no Brasil foram alteradas a partir 1º. de janeiro de 2008. As demonstrações contábeis referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2007, exceto a demonstração das origens e aplicações de recursos, apresentadas de forma conjunta com as demonstrações contábeis de 2008, foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil vigentes até 31 de dezembro de 2007 e, como permitido pelo Pronunciamento Técnico CPC no 13, que trata da adoção inicial da Lei nº 11.638/07, e da Medida Provisória no 449/08, não estão sendo reapresentadas com os ajustes para fins de comparação entre os exercícios. Fortaleza, 6 de março de 2009 CANARIM Auditores Associados CRC-RJ-003.003/O-5“S”CE Érico L. Canarim Sócio-Responsável Contador-CRC-RJ-037.512/O-3“S”CE 123 Demonstrações Financeiras BALANÇOS PATRIMONIAIS PASSIVO CIRCULANTE Levantados em 31 de dezembro de 2008 e 2007 (Valores expressos em milhares de reais) Fornecedores Notas explicativas 16 Folha de pagamento ATIVO CIRCULANTE Disponibilidades Notas explicativas 4 2007 2008 (Reclassificado) 15.838 12.364 Consumidores, concessionários e permissionários 5e6 416.909 562.830 Provisão para créditos de liquidação duvidosa 5e6 (93.769) (213.428) 7 30.410 26.031 7.335 14.525 Consumidores baixa renda Serviços em curso Estoques 1.471 511 Devedores diversos 4.228 5.770 Tributos a compensar 8 48.821 55.424 Depósitos vinculados 9 18.777 16.967 Tributos diferidos 10 51.975 95.687 Crédito luz para todos 13 181.547 76.234 Despesas pagas antecipadamente 11 87.839 113.530 Outros créditos 12 Total do ativo circulante 29.536 25.907 800.917 792.352 NÃO CIRCULANTE Realizável a longo prazo Consumidores, concessionários e permissionários 5e6 33.997 Provisão para créditos de liquidação duvidosa 5e6 (3.174) - 13.699 16.555 52.834 47.976 Depósitos vinculados a litígios Tributos a compensar Depósitos vinculados 8 36.507 9 14.421 14.987 10 23.100 20.791 Despesas pagas antecipadamente 11 108.620 88.748 Outros créditos 12 280 280 243.777 225.844 Tributos diferidos Total do realizável a longo prazo Investimentos 220 235 Intangível 14 13.994 14.671 Imobilizado 13 1.722.679 1.527.355 - 8.793 Total do não circulante Diferido 1.980.670 1.776.898 TOTAL DO ATIVO 2.781.587 2.569.250 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. Encargos de dívidas 2007 2008 (Reclassificado) 157.582 241.753 7.233 6.460 18 19.974 4.291 204.941 Empréstimos e financiamentos 18 332.230 Tributos e contribuições sociais 17 48.356 54.972 Taxas regulamentares 19 17.086 10.294 7.508 6.409 24 263.927 245.977 20.041 10.454 8.963 8.958 Participações dos empregados Dividendos a pagar Contribuição de iluminação pública arrecadada Obrigações estimadas Provisão para contingências 21 773 769 Obrigações com benefícios pós-emprego 25 11.023 13.987 Partes relacionadas 20 103.792 102.665 Tributos diferidos Programa pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética Outras obrigações 10 26.632 69.402 13 22.329 18.235 23 Total do passivo circulante 21.189 44.729 1.068.638 1.044.296 NÃO CIRCULANTE Tributos e contribuições sociais 17 8.421 8.442 Empréstimos e financiamentos 18 489.945 352.591 Provisão para contingências 22 63.214 69.344 Obrigações com benefícios pós-emprego 26 48.019 49.930 Partes relacionadas 20 104.227 104.546 Tributos diferidos 10 38.603 39.971 7 22.019 25.788 5.257 - 13 14.762 19.946 Provisão baixa renda Provisão luz para Todos Programa pesquisa e desenvolvimento e Eficiência energética Outras obrigações 23 Total do não circulante PATRIMÔNIO LÍQUIDO 1.381 3.947 795.848 674.505 24 Capital social 442.946 433.057 Reservas de capital 358.671 368.541 Reserva de lucros 115.478 48.845 Recursos destinados a aumento de capital Total do patrimônio líquido TOTAL DO PASSIVO 6 6 917.101 850.449 2.781.587 2.569.250 124 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO Referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2008 e 2007 (Valores expressos em milhares de reais, exceto o lucro líquido por ação, expressos em reais) Notas explicativas RECEITA OPERACIONAL Fornecimento de energia elétrica Consumidores, concessionários e permissionários Baixa renda Reposicionamento revisão tarifária Valor a devolver reajuste tarifário-transmissoras Recuperação perda de receita racionamento Recuperação energia livre - Geradoras Recuperação parcela A Suprimento de energia elétrica Receita de uso da rede elétrica Baixa Energia Livre Outras receitas Total de receita operacional Deduções à receita operacional ICMS COFINS PIS ISS Quota para reserva global de reversão Conta de consumo de combustiveis fosséis Conta de desenvolvimento energético Programa de eficiência energética e pesquisa e desenvolvimento Encargo de capacidade e aquisição emergencial Total de deduções à receita operacional Total de receita operacional líquida CUSTO DO SERVIÇO DE ENERGIA ELÉTRICA Custo com energia elétrica Energia elétrica comprada para revenda Energia elétrica comprada para revenda-Ativo Transmissoras Encargos de uso da rede de transmissão Encargos de uso da rede de transmissão-Ativo Transmissoras Total do custo com energia elétrica Custo de operação Pessoal Entidade de previdência privada Material Serviços de terceiros Depreciação e amortização Outros Total do custo da operação Total do custo do serviço de energia elétrica Custo do serviço prestado a terceiros Lucro operacional bruto Notas explicativas 2007 2008 (Reclassificado) 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 e 29 2.358.776 174.066 5.542 700 (18.339) (6.429) (48.866) 13.245 55.331 57.475 105.036 2.696.537 2.216.455 173.359 (22.464) (1.867) (55.685) (19.492) 11.749 45.695 100.099 2.447.849 28 28 28 28 28 28 28 (528.563) (111.412) (24.518) (2.037) (29.917) (55.251) (13.526) (501.577) (96.012) (21.421) (1.331) (23.156) (58.160) (13.254) 28 (16.271) (14.055) 28 28 28 2 (781.493) 1.915.044 (4) (728.970) 1.718.879 DESPESAS OPERACIONAIS Despesas com vendas Despesas gerais e administrativas Amortização/reversão do ágio oriundo da incorporação Taxa de fiscalização Aneel Provisão para créditos de liquidação duvidosa (Provisão) reversão para contingências Outras Total despesas operacionais Resultado do serviço público de energia elétrica RECEITAS (DESPESAS) FINANCEIRAS Renda de aplicações financeiras Acréscimo moratório em conta de energia Atualização perda de receita racionamento Encargos de dívidas Variações monetárias Outras Total das receitas(despesas) financeiras Resultado operacional Lucro antes da contribuição social, do imposto de renda e participações Contribuição social-corrente Contribuição social diferidos Imposto de renda-corrente Imposto de renda diferidos Incentivo Fiscal-Adene Lucro líquido antes das partipações Participação nos lucros Lucro líquido do exercício 31 (882.853) (815.939) 31 3.793 (5.057) 31 (74.492) (57.087) 31 (5.193) 6.924 (958.745) (871.159) (61.226) (9.160) (16.097) (138.105) (99.350) (6.138) (330.076) (1.288.821) (6.412) 619.811 (66.730) (8.862) (9.202) (117.196) (93.470) (5.146) (300.606) (1.171.765) (11.356) 535.758 31 31 31 31 31 31 31 Lucro líquido do exercício por ação - R$ As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 31 31 31 31 31 31 31 31 31 25 25 25 25 25 33 2007 2008 (Reclassificado) (76.348) (54.371) (14.967) (4.042) (13.351) 6.509 (10.133) (166.703) 453.108 (28.749) (50.289) (15.220) (4.407) (59.378) (6.136) (6.613) (170.792) 364.966 12.288 31.847 4.668 (59.053) (30.468) (8.198) (48.916) 404.192 10.759 35.104 18.403 (44.859) (16.378) (10.865) (7.836) 357.130 404.192 (34.304) 1.102 (94.543) 2.521 66.633 345.601 (7.078) 357.130 (36.135) 8.238 (100.684) 22.160 250.709 (5.958) 338.523 244.751 4,35 3,14 Demonstrações Financeiras DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2008 e 2007 (Valores expressos em milhares de reais, exceto o lucro líquido por ação, expressos em reais) Capital Reserva social de ágio SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 Reserva de capital-incentivo fiscal Lucro líquido do exercício Proposta de destinação do lucro líquido: Dividendos propostos (R$ 3,14 por ação) SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 Reservas de capital Remuneração de bens e direitos constituídos com capital próprio Reservas de Lucros Reserva incentivo Reserva fiscal legal Adene Incentivo Fiscal Adene Lucros acumulados Subtotal Recursos destinados a aumento de capital Total 433.057 221.188 31.160 46.208 - 48.845 - - 780.458 6 780.464 - - - 69.985 - - - - 244.751 (244.751) 69.985 244.751 (244.751) - 69.985 244.751 (244.751) 433.057 221.188 31.160 116.193 - 48.845 - 850.443 6 850.449 - 19 (9.889) - 31.160 106.323 Ajustes de exercício anterior: Baixa diferido lei 11.638/2007 dividendos prescritos Ajuste-incentivo fiscal Capitalização da reserva 9.889 Lucro líquido do exercício Destinação do lucro: Reserva de lucros-incentivo fiscal - Adene Dividendos propostos (R$ 3,38) SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 442.946 221.188 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. - - - (8.794) 33 338.523 (8.794) 33 19 338.523 - (8.794) 33 19 338.523 48.845 66.633 66.633 (66.633) (263.129) - (263.129) 917.095 6 (263.129) 917.101 125 126 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 DEMONSTRAÇÕES DO FLUXO DE CAIXA Referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2008 e 2007 (Valores expressos em milhares de reais) Lucro líquido do exercício Ajustes para reconciliar o lucro líquido com o caixa gerado pelas (aplicado nas) Atividades operacionais: Provisão para créditos de liquidação duvidosa Baixa RTE/energia livre Depreciação e amortização Depreciação Obrigações vinculadas a concessão 2008 338.523 2007 (Reclassificado) 244.751 13.351 (6.985) 122.756 (21.184) 59.378 109.526 (13.668) 14.967 89.521 3.130 (2.735) (6.509) 31.436 6.246 3.086 247.080 15.220 61.237 1.591 (33.341) 6.136 (14.276) 35.480 (16.289) 69.985 27.032 308.011 (31.895) 41.255 (4.379) 1.781 Serviços em curso 7.190 1.535 Estoque (960) 323 Tributos a compensar 1.745 (21.114) Despesas pagas antecipadamente (427) (969) (105.313) (76.234) Amortização do ágio oriundo da incorporação Juros líquidos provisionados Baixas do imobilizado em serviço Tributos diferidos Provisões para contingências Recomposição tarifária Despesas pagas antecipadamente Baixa deficit atuarial Incentivo Fiscal - Adene Outros (Aumento) redução nos ativos operacionais: Consumidores e revendedores Baixa renda Crédito luz para todos Depósitos vinculados Depósitos vinculados a litígios Outros créditos Aumento (redução) nos passivos operacionais Fornecedores Folha de pagamento e provisões trabalhistas Tributos e contribuições sociais Taxas regulamentares Provisão para contingências Transações com partes relacionadas Provisão devolução Baixa Renda Outras contas a pagar Caixa líquido gerado pelas atividades operacionais (1.244) 5.356 1.645 (2.087) (135.725) 6.199 (4.568) (46.436) (26.696) 1.877 (6.637) 6.792 2.584 (30.557) (3.769) (15.453) (71.859) 378.019 29.756 1.052 35 (8.043) (16.389) 16.666 (34.212) (13.870) (25.005) 481.321 Atividades de investimento Aplicações no imobilizado Aplicações no diferido Aplicações no intangível Obrigações vinculadas a concessão Caixa líquido (aplicado nas) atividades de investimento Atividades de financiamento Captação de empréstimos e financiamentos Pagamento de empréstimos e financiamentos Dividendos Juros sobre capital próprio Caixa líquido gerado pelas (aplicado nas) aticidades de financiamento Disponibilidade geradas no exercício Saldo inicial de caixa Saldo final de caixa Informações adicionais: Juros pagos Imposto de renda e contribuição social pagos As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 2008 2007 (Reclassificado) (472.255) (2.325) 159.543 (315.037) (395.831) (6.970) (3.194) 132.488 (273.507) 518.570 (332.899) (245.179) - 240.727 (225.887) (224.947) (49.995) (59.508) (260.102) 3.474 (52.288) 12.364 15.838 3.474 64.652 12.364 (52.288) 60.690 48.538 41.398 89.392 127 Demonstrações Financeiras DEMONSTRAÇÕES DO VALOR ADICIONADO (GRI EC1) Referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2008 e 2007 (Valores expressos em milhares de reais) 2008 % 2007 (Reclassificado) Receitas Receitas relativas à construção de ativos próprios Provisão para créditos de liquidação duvidosa Baixa RTE/Energia Livre Outras receitas 2.638.070 2.431.347 2007 (Reclassificado) % 512.877 424.055 (13.351) (59.378) 6.985 - (5.801) 13.056 3.138.780 2.809.080 Federal 407.569 29% 355.018 27% Estadual 528.580 37% 501.595 38% 0,1% Municipal ( - ) Incentivos fiscais 2.448 0,2% 1.469 (66.633) -5% (69.985) -5% 871.964 62% 788.097 60% Remuneração de capitais de terceiros Juros e variações cambiais 89.520 6% 61.237 5% Outras despesas financeiras (9.011) -1% 42.726 3% Aluguéis Total de receitas % Impostos, taxas e contribuições GERAÇÃO DE RIQUEZAS Venda de energia e serviços 2008 % 5.971 1% 4.798 0% 86.480 6% 108.761 8% 263.096 19% 244.751 19% 66.633 5% 69.985 5% 8.794 1% - - 338.523 24% 314.736 24% 1.414.547 100% Remuneração de capitais próprios Insumos adquiridos de terceiros Compra de energia Encargos de uso da rede elétrica Material e serviços de terceiros Outras despesas operacionais Total de insumos adquiridos de terceiros Dividendos (879.060) (820.996) (71.063) (50.163) (683.759) (587.745) (5.405) (14.244) (1.639.287) (1.473.148) Reserva de Incentivo fiscal- Adene Ajuste exercício anterior-lei 11638/2007 Total do valor adicionado distribuído Valor adicionado (médio) por empregado 1.107 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. ( = ) Valor adicionado bruto (-) Depreciação e amortização ( = ) Valor adicionado líquido 1.499.493 1.335.932 (116.539) (111.079) 1.382.954 1.224.853 ( + ) Valor adicionado recebido em transferência Receita financeira ( = ) Valor adicionado a distribuir 31.593 1.414.547 96.127 100% 1.320.980 100% 74.871 5% 71.882 5% 5.591 0% 5.086 0% DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO Pessoal Remunerações Encargos sociais (exceto INSS) Previdência privada 9.160 1% 8.862 1% Auxílio-alimentação 5.315 0% 4.770 0% 15.565 1% 12.828 1% 7.078 1% 5.958 0% 117.580 8% 109.386 8% Convênio assistencial e outros benefícios Participação nos resultados 1.320.980 100% 1.018 128 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Referentes oos Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007 (Valores em milhares de reais, exceto quando mencionado em contrário) 1. CONTEXTO OPERACIONAL A Companhia Energética do Ceará – Coelce (“Companhia”) é uma sociedade por ações de capital aberto, controlada pela Investluz S/A, e concessionária do serviço público de energia elétrica, destinada a pesquisar, estudar, planejar, construir e explorar a distribuição de energia elétrica, sendo tais atividades regulamentadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel, vinculada ao Ministério de Minas e Energia. A Companhia tem como área de concessão todo o Estado do Ceará, atendendo aproximadamente 2.629 mil consumidores (2.490 mil em 2007) e um quadro de 1.278 empregados em 31 de dezembro de 2008 (1.297 em 2007). A concessão do serviço público de distribuição de energia elétrica se deu por meio do Contrato de Concessão de Distribuição nº 01/1998, de 13 de maio de 1998, da Aneel, com prazo de 30 anos, com vencimento para 12 de maio de 2028. 2. Apresentação das demonstrações financeiras As demonstrações contábeis estão sendo apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, as quais incluem as disposições da Lei das Sociedades por Ações, conjugada com a legislação específica aplicada às concessionárias do serviço público de energia elétrica, editada pela Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel e normas e procedimentos contábeis emitidos pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM. (a) Alteração da legislação societária brasileira Em 28 de dezembro de 2007, foi promulgada a Lei nº 11.638, que alterou, revogou e introduziu novos dispositivos à Lei das Sociedades por Ações, notadamente em relação ao capítulo XV, sobre matéria contábil, que entrou em vigor a partir do exercício que se iniciou em 1º de janeiro de 2008. Essa Lei teve, principalmente, o objetivo de atualizar a legislação societária brasileira para possibilitar o processo de convergência das práticas contábeis adotadas no Brasil com aquelas constantes nas normas internacionais de contabilidade (IFRS) e permitir que novas normas e procedimentos contábeis sejam expedidos pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM em consonância com os padrões internacionais de contabilidade. Conforme facultado pela Deliberação CVM nº. 565, de 17 de dezembro de 2008, que aprovou o Pronunciamento Técnico CPC nº 13, a Companhia está adotando pela primeira vez no exercício findo em 31 de dezembro de 2008, a Lei 11.638/07 e a Medida Provisória nº 449/08. Consequentemente, as seguintes práticas contábeis foram modificadas em relação ao exercício findo em 31 de dezembro de 2007: • A Companhia revisou os saldos registrados em ativo diferido e os que não atendiam aos critérios de reconhecimento como intangível foram baixados no exercício de 2008. Assim, a parcela correspondente a anos anteriores foi registrada, no balanço de abertura, no valor total de R$8.794, líquido dos efeitos fiscais. • O valor correspondente ao incentivo Adene, apurado a partir da vigência da Lei 11.638/07, no montante de R$ 66.633, foi contabilizado no resultado do exercício como redutora da despesa com imposto de renda e, posteriormente, transferido para a reserva de lucros não distribuíveis, em atendimento à Deliberação CVM nº 555, de 12 de novembro de 2008, que aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 07. • A Companhia reclassificou o saldo de softwares do ativo imobilizado para o intangível, no montante de R$ 13.994, em atendimento à Deliberação CVM nº 553, de 12 de novembro de 2008, que aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 04. • A Companhia reclassificou o saldo dos custos incorridos na captação de recursos no montante de R$ 2.993, apresentando-os como redutor das contas de empréstimos e financiamentos, e passou a amortizá-los com base na mesma curva de amortização do empréstimo, em atendimento ao Pronunciamento Técnico CPC 08. Até 31 de dezembro de 2007, tais custos eram contabilizados como despesas antecipadas e amortizados em linha reta pelo prazo do empréstimo. • Em atendimento a medida provisória nº 449, de 3 de dezembro de 2008, a companhia reclassificou o resultado não operacional para resultado operacional. • Conforme item 51 do pronunciamento técnico CPC 13, a Companhia não está apresentando a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos para o exercício findo em 31 de dezembro de 2008. • A Companhia já adotava a elaboração da demonstração do fluxo de caixa e da demonstração do valor adicionado, que se tornaram obrigatórias através da Deliberação CVM nº 547 de 13 de agosto de 2008 e Deliberação CVM nº 557, de 12 de novembro de 2008 nesta ordem. Os efeitos no resultado do exercício findo em 31 de dezembro de 2008 e no patrimônio líquido decorrentes da adoção inicial da Lei 11.638/07 e Medida Provisória nº 449/08, líquidos dos efeitos tributários, estão demonstrados a seguir: | GRI 3.10 | Demonstrações Financeiras Resultado do exercício Patrimônio Líquido 3.118 (8.794) 66.633 - 3. Principais práticas contábeis adotadas Efeitos da Lei 11.638/07: Baixa ativo diferido Reserva de incentivo fiscal – Adene b) Reclassificações nas demonstrações financeiras do exercício anterior: Para fins de melhor apresentação e manutenção da comparabilidade, as demonstrações contábeis do exercício findo em 31 de dezembro de 2007 foram reclassificadas, quando aplicável. Balanço Patrimonial Ativo Circulante Numerário disponível Aplicações financeiras Disponibilidades Consumidores, concessionários e permissionários Despesas pagas antecipadamente Outros créditos Não circulante Depósitos vinculados a litígios Despesas pagas antecipadamente Imobilizado Intangível Passivo Circulante Empréstimos e financiamentos Pesquisa e desenvolvimento/ Eficiência energética Provisão Baixa renda Partes relacionadas Outras obrigações Não circulante Empréstimos e financiamentos Provisão para contingências Pesquisa e desenvolvimento/ Eficiência energética Provisão Baixa renda Demontração do Resultado Outras receitas operacionais Outras despesas operacionais Receitas não operacionais Despesas não operacionais 2007 Publicado Reclassificado 12.354 10 565.714 115.145 23.023 12.364 562.830 113.530 25.907 21.668 90.681 1.542.026 - 16.555 88.748 1.527.355 14.671 206.556 38.181 25.788 101.815 45.579 204.941 18.235 102.665 44.729 354.524 74.457 - 352.591 69.344 19.946 25.788 83.597 (3.166) 16.502 (3.447) 100.099 (6.613) - (a) Aplicações financeiras – São registradas ao custo, acrescido das remunerações contratadas, reconhecidas proporcionalmente até a data das demonstrações contábeis, não excedendo o valor de mercado (nota 4); (b) Consumidores, concessionários e permissionários – Referem-se a créditos de fornecimento de energia faturada, não faturada e energia comercializada no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE até a data do balanço, contabilizados pelo regime de competência (nota 5); (c) Provisão para créditos de liquidação duvidosa – Calculada com base nos valores a receber de consumidores residenciais vencidos há mais de 90 dias, consumidores comerciais vencidos há mais de 180 dias, consumidores industriais, rurais, poderes públicos, iluminação e serviços públicos vencidos há mais de 360 dias, bem como através de análise criteriosa para os clientes com débitos relevantes. Está reconhecida em valor julgado pela Administração da Companhia como suficiente para atender às perdas prováveis na realização dos créditos (nota 5); (d) Estoques – Os materiais em estoques, de operação e manutenção, classificados no ativo circulante, e aqueles destinados a projetos, contabilizados no imobilizado, estão avaliados ao custo médio de aquisição, ajustados por provisão para perda por obsolescência, quando aplicável; (e) Despesas pagas antecipadamente – São compostas por valores efetivamente desembolsados e ainda não incorridos e incluem a conta de compensação da variação de valores de itens da parcela A (CVA) e respectivos encargos que serão apropriados ao resultado à medida que a receita correspondente for faturada aos consumidores (nota 11); (f)Imobilizado – Está composto pelo custo de aquisição e/ou construção, deduzido da depreciação acumulada, calculada pelo método linear em conformidade com as taxas de depreciação determinadas pelas Resoluções Aneel nº 02, de 24 de dezembro de 1997, e nº 44, de 17 de março de 1999. O saldo do imobilizado inclui o valor do ágio oriundo da incorporação de sua controladora Distriluz Energia Elétrica S.A., aprovada pela Assembléia Geral Extraordinária de 27 de setembro de 1999. A amortização do ágio está sendo feita com base no prazo da concessão, em proporções mensais à sua rentabilidade projetada até 31 de dezembro de 2027 (nota 13); (g) Intangível – Registrado pelo custo de aquisição, composto de software do sistema corporativo, sendo amortização método linear durante cinco anos (nota 14). 129 130 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 (h) Imposto de renda e contribuição social sobre o lucro – São calculados com base nas alíquotas vigentes de imposto de renda (15% acrescida de 10% sobre o resultado tributável que exceder R$ 240) e contribuição social sobre o lucro líquido (9%) e consideram a absorção de prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social, limitada a 30%, para fins de determinação das exigibilidades. Os impostos diferidos ativos atribuíveis às diferenças temporárias, prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social são registrados no pressuposto de realização futura, baseada nas projeções de resultados preparadas pela Administração. A Companhia possui direito a redução do imposto de renda a pagar calculado com base no lucro da exploração (nota 25); (i)Obrigações com benefícios pós-emprego – Referem-se ao passivo atuarial relativo ao plano de previdência complementar oferecido aos empregados registrado em regime de competência com base em avaliação efetuada por atuário externo (nota 26); (j)Provisões para contingências – São reconhecidas mediante avaliação dos riscos em processos cuja probabilidade de perda é provável e quantificadas com base em fundamentos econômicos e em pareceres jurídicos sobre os processos existentes na data do balanço (nota 22); (k) Obrigações vinculadas à concessão – Referem-se aos recursos de participação financeira dos consumidores e da União e de doações e subvenções para investimentos, destinados à execução de empreendimentos necessários ao atendimento de pedidos de fornecimento de energia elétrica, depreciados de acordo ofício nº296, de fevereiro de 2007. Estas obrigações foram apresentadas nas demonstrações financeiras como redução do ativo imobilizado em serviço (nota 13). (l)Atualizações monetárias de direitos e obrigações – Os direitos e obrigações sujeitos às variações monetária e cambial, por força contratual ou dispositivo legal, estão atualizados até a data do balanço. Os passivos pactuados em moeda norte-americana são convertidos para reais pela taxa de câmbio reportada pelo Banco Central do Brasil (US$1 = R$ 2,3370 em 31 de dezembro de 2008 e US$1 = R$1,7713 em 31 de dezembro de 2007); (m) Apuração do resultado – As receitas e despesas são apropriadas de acordo com o regime contábil de competência; (n) Outros direitos e obrigações – Demais ativos e passivos circulantes e não circulante estão atualizados até a data do balanço, quando legal ou contratualmente exigidos; (o) Estimativas – A preparação das demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil requer que a Administração da Companhia se baseie em estimativas para o registro de certas transações que afetam os ativos e passivos, receitas e despesas, bem como a divulgação de informações sobre dados das suas demonstrações financeiras. Os resultados finais dessas transações e informações, quando de sua efetiva realização em períodos subsequentes, podem diferir dessas estimativas. As principais estimativas relacionadas às demonstrações financeiras referem-se ao registro dos efeitos decorrentes da: • Provisão para créditos de liquidação duvidosa; • Provisão para contingências e planos de aposentadoria complementar; • Recuperação do imposto de renda e contribuição social diferidos; • Recebimentos no âmbito da CCEE; • Ativo regulatório – Reposicionamento tarifário; • Provisão para devolução de baixa renda; • Crédito luz para todos • Fornecimento não faturado (p) Lucro líquido por ação – Calculado com base no número total de ações na data do encerramento do balanço. 4. Disponibilidades As aplicações financeiras estão relacionados a certificados de depósitos bancários vinculados ao CDI (Certificado de depósito intercalado) e fundos mútuos de renda fixa com remuneração diária. Apesar de algumas aplicações estarem contratadas com vencimento superior a 12 meses, não há restrições para seu resgate imediato. Banco Votorantim Votorantim Votorantim Contas correntes Total disponibilidades Tipo Fundo de Investimento CDB/DI CDB/DI - Vencimento Taxa Cotas diárias 10/11/2010 100,80% CDI 7/24/2010 103,00% CDI - 2008 2 9 21 15.806 15.838 2007 2 8 12.354 12.364 5. Consumidores, concessionários e permissionários A composição das contas a receber de consumidores, concessionários e permissionários, em 31 de dezembro, é como segue: 131 Demonstrações Financeiras Descrição Consumidores Faturados Não faturados Fornecimento Ativos regulatórios Concessionários e permissionários Comercialização no âmbito da CCEE (b) Total de consumidores, concessionários e permissionários (a) Circulante Não Circulante 2008 430.917 353.646 77.271 76.804 467 4.678 15.311 450.906 416.909 2007 reclassificado 568.579 328.632 239.947 67.704 172.243 11.800 18.958 599.337 562.830 33.997 36.507 a) Análise das contas a receber e demonstrativo do saldo da provisão para créditos de liquidação duvidosa Valor bruto Classe de consumidores Vincendos Vencidos até 90 dias Vencidos há mais de 90 dias 2008 Provisão créditos liq. duv. Total 2007 reclassificado 2008 2007 2008 2007 reclassificado 65.406 Circulante Residencial 46.995 31.138 14.104 92.237 79.344 (16.494) (13.938) 75.743 Industrial 12.642 6.348 4.412 23.402 10.254 (5.608) (3.638) 17.794 6.616 Comercial 13.960 10.355 10.084 34.399 30.943 (11.090) (9.224) 23.309 21.719 Rural 14.136 6.061 1.682 21.879 19.299 (1.792) (1.144) 20.087 18.155 - - - - (6) - 2.712 2.125 Poder público Federal 2.333 349 36 2.718 2.125 Estadual 3.246 328 35 3.609 3.629 (13) (92) 3.596 3.537 Municipal 6.863 3.850 4.085 14.798 15.271 (3.934) (3.975) 10.864 11.296 Iluminação pública 4.426 1.458 729 6.613 6.066 (497) (613) 6.116 5.453 Serviço público 5.596 676 67 6.339 5.991 (622) (42) 5.717 5.949 140.256 Subtotal 110.197 60.563 35.234 205.994 172.922 (40.056) (32.666) 165.938 Comercialização na CCEE (b) 2.394 - - 2.394 5.383 - - 2.394 5.383 Consumidores livres 4.678 - - 4.678 11.800 - - 4.678 11.800 Não faturado Provisão refaturamento Prefeituras 76.804 - - 76.804 67.704 - - 76.804 67.704 - - - - (12.000) - - - (12.000) Parcelamento de débitos 44.946 - - 44.946 45.898 (6.767) (12.776) 38.179 33.122 Outros créditos 11.624 4.026 2.003 17.653 15.723 (778) (687) 16.875 15.036 Encargo emergencial (c) Créditos junto a clientes com ações (d) judiciais Ativos regulatórios (nota 6) Ativos regulatórios-Transmissoras (nota 6) Total Circulante - 1.596 927 2.523 2.587 - - 2.523 2.587 27.937 2.441 31.072 61.450 80.570 (46.168) (64.737) 15.282 15.833 (102.562) - 67.814 - - - - 170.376 - 467 - - 467 1.867 - 168.850 8.063 34.002 210.915 389.908 (53.713) 279.047 68.626 69.236 416.909 562.830 (93.769) - - 12.917 12.917 13.575 - - 12.917 13.575 21.080 - - 21.080 22.932 (3.174) - 17.906 22.932 467 1.867 (180.762) 157.202 209.146 (213.428) 323.140 349.402 Não Circulante Comercialização na CCEE (b) * Parcelamento de débito Total não Circulante Total consumidores, concessionários e permissionários 21.080 - 12.917 33.997 36.507 (3.174) - 30.823 36.507 300.127 68.626 82.153 450.906 599.337 (96.943) (213.428) 353.963 385.909 132 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 6. Ativos e passivos regulatórios b) Comercialização no âmbito da CCEE Câmara de Comercialização de Energia Elétrica 2008 2007 12.917 13.575 - 103 Valores a receber – setembro/2000 a dezembro/2002 Valor em litígio – Liminares * Valores negociados Valores com a exigibilidade suspensa ** Valores a receber – Energia curto prazo do período Total comercialização no âmbito da CCEE Circulante Não circulante 2008 2.372 2.560 22 2.720 15.311 18.958 2.394 5.383 12.917 13.575 * O montante de R$ 12.917 (13.575 em 2007), registrado no não circulante, permanece em aberto, decorrente das liminares para suspensão de pagamento nas datas previstas de liquidação financeira das transações no âmbito da CCEE. ** O montante de R$ 2.372 (2.560 em 2007), referente a contas a receber de venda de energia efetuadas na CCEE às empresas AES sul (R$ 2.031) e DFESA (R$ 341), encontra-se com a exigibilidade suspensa. c) Encargo emergencial Com o objetivo de cobrir os custos com a contratação de capacidade de geração ou de potência de usinas emergenciais e aquisição de energia das mesmas, foram instituídos o “encargo de capacidade emergencial” e o “encargo de aquisição emergencial”. Estes encargos deveriam ser repassados mensalmente a Comercializadora Brasileira de Energia Emergencial – CBEE. O “encargo de aquisição emergencial” vigorou temporariamente durante os meses de janeiro e fevereiro de 2004. O “encargo de capacidade emergencial” foi cobrado desde março de 2002 até 22 de dezembro de 2005. A partir de 23 de dezembro de 2005 o mesmo teve sua cobrança suspensa, conforme Resolução Normativa Aneel nº 204, de 22 de dezembro de 2005. A companhia repassa mensalmente os valores arrecadados de inadimplência. d) Créditos junto a clientes com ações judiciais O montante de R$ 61.450 (R$ 80.570 em 2007) refere-se a créditos junto a clientes com ações judiciais. Este montante inclui R$ 22.947 (R$ 22.350 em 2007) relativos às contas a receber de diversos consumidores que questionam a legalidade e pleiteiam a restituição de valores envolvidos na majoração da tarifa de energia elétrica, ocorrida na vigência do Plano Cruzado. Esses consumidores obtiveram, por meio de medidas judiciais, o direito de compensar os créditos pleiteados com as faturas de energia elétrica, sem, contudo, terem o mérito da questão transitado em julgado. A Companhia constituiu provisão para créditos de liquidação duvidosa em montante julgado suficiente para cobrir eventuais perdas em relação a esses processos. Descrição Ativos: a. Consumidores e revendedores (nota 5) a1. Acordo geral do setor elétrico Perda de receita – racionamento Energia livre Provisão para crédito liquidação duvidosa – RTE a2. Ativo regulatório transmissoras 2007 Circulante Não circulante Circulante Não circulante - - 120.552 49.824 - b. Despesas pagas antecipadamente – CVA (nota 11) Parcela A – Extraordinária CVA – Conta consumo de combustível CVA – Conta de desenvolvimento energético CVA – Uso da rede elétrica CVA – Encargo de serviço do sistema CVA – Compra de energia CVA – PROINFA Passivos: a. Fornecedores – Suprimento de energia (nota 16) Energia livre b. Outros Passivos (nota 22) b1. CVA CVA – Uso da rede elétrica CVA – Conta consumo de combustível CVA – Sobrecontratação – excedente 3% b2. Reposicionamento revisão tarifária b3. Passivo regulatório –Transmissoras b4. Passivo regulatório – Parcela A - - (102.562) - 467 467 - 1.867 69.681 - 7.857 83 4.825 19.641 52.282 1.239 85.927 7.849 4 2.808 6.820 89.669 46 107.196 43.137 15.041 137 53.303 426 112.044 6.080 15 81.094 134 87.323 - - 64.030 64.030 - 10.948 3.791 1.167 2.463 18.369 - 5.259 20.790 9.333 1.867 37.249 1.278 1.284 2.562 a) Consumidores e revendedores a1. Acordo geral do setor elétrico Em dezembro de 2001, foi firmado o acordo geral do setor elétrico entre o Governo Federal e as concessionárias distribuidoras e as geradoras de energia elétrica para a Demonstrações Financeiras retomada do equilíbrio econômico-financeiro dos contratos existentes e a recomposição de receitas relativas ao período de vigência do programa emergencial de redução do consumo de energia elétrica (1º de junho de 2001 a 1º de março de 2002). Com base nas disposições contidas na Lei nº 10.438 todas as concessionárias de distribuição de energia elétrica efetuaram um levantamento do montante da receita não auferida decorrente de redução de consumo de energia elétrica no período do racionamento (Recomposição tarifária extraordinária – RTE) a ser reconhecida com o objetivo de retomada do equilíbrio econômico-financeiro dos contratos de concessão. A referida recomposição tarifária extraordinária ocorreu no período de janeiro de 2002 a abril de 2008, por meio da aplicação às tarifas vigentes à época do acordo do setor elétrico, assim reconhecidas pela Aneel, da seguinte forma: • 2,9% para os clientes residenciais, rurais e iluminação pública, exceto para aqueles classificados como residenciais baixa renda; • 7,9% para os demais clientes. O saldo apurado de perdas de receita do racionamento sofreu correção monetária pela taxa Selic (acrescida de 1% a.a. até o montante de financiamento liberado pelo BNDES). A remuneração do saldo foi efetuada em conformidade com o Oficio Circular Aneel nº 2212/2005 e o Ofício Circular Aneel nº 074/2006. A receita auferida a partir de janeiro de 2002, por meio dos reajustes de tarifa mencionados anteriormente (2,9% e 7,9%), foi colocada integralmente como recuperação das perdas de receita do racionamento (ativo regulatório) e de energia livre registrado nas contas a receber. Essa recomposição tarifária extraordinária vigorou pelo período de 76 meses, a partir de janeiro de 2002, conforme estabelecido na Resolução Normativa Aneel nº 001, de 12 de janeiro de 2004. Em maio de 2008, a Companhia procedeu a baixa do ativo regulatório e a reversão da provisão para perdas conforme Ofício circular nº 2.409/2007, devido a não recuperação dentro do prazo de estabelecido pela Resolução Normativa Aneel nº 001/2004. Energia livre Perda de receita – racionamento A perda de receita registrada no contas a receber teve os seguintes efeitos reconhecidos contra resultados dos períodos correspondentes: Valor Homologado (+) Atualização monetária até 31 de dezembro de 2007 (+) Atualização monetária em 2008 2008 210.861 212.323 4.669 Total de atualização (-) Recuperação das perdas até 31 de dezembro de 2007 (-) Recuperação das perdas de 2008 216.992 (302.632) (18.347) Total recuperado (320.979) Baixa RTE Ofício – Aneel n.º 2409/07 Saldo em 31 de dezembro de 2008 (106.874) - O valor de R$ 210.861, homologado pelas Resoluções Aneel nº 480 e n°481, de 29 de agosto de 2002, refere-se à diferença entre a receita estimada, sem os efeitos da redução de consumo decorrente do programa emergencial de redução do consumo de energia elétrica, e a receita auferida pela concessionária para o período de junho de 2001 a fevereiro de 2002. O montante relacionado à energia livre refere-se à energia gerada e disponibilizada no sistema, não prevista nos contratos iniciais apurado entre os meses de junho de 2001 a fevereiro de 2002. Esse montante foi contabilizado com base na Resolução Aneel nº 483, de 29 de agosto de 2002, no montante de R$ 63.187, ajustado conforme a Resolução Normativa Aneel 001/2004 no montante de R$ 8.643 e majorado pelos valores recuperáveis de PIS e Cofins, no montante de R$ 2.667. O saldo de energia livre sofre correção monetária pela taxa Selic acrescida de 1% para as geradoras que obtiveram financiamento junto ao BNDES. Para as demais geradoras incide apenas a remuneração pela taxa Selic. Esta remuneração está em conformidade com o Ofício Circular Aneel nº 2212/2005 e o Ofício Circular Aneel nº 074/2006. Através da Resolução Aneel nº 45, de 03 de março de 2004, o percentual aplicado sobre a arrecadação da recomposição tarifária extraordinária a título de repasse de energia livre é de 25,9489%. Em maio de 2008 a Companhia procedeu a baixa da energia livre pela conforme Ofício circular nº 2.409/2007, devido a não recuperação no prazo estabelecido pela Resolução Normativa Aneel nº 001/2004. Os valores contabilizados como ativos e passivos de energia livre têm a seguinte composição: 133 134 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 Valor Homologado (+) Atualização monetária até 31 de dezembro de 2007 (+) Atualização monetária em 2008 Total de atualização (-) Recuperação/repasse até 31 de dezembro de 2007 (-) Recuperação/repasse de 2008 Total recuperado Baixa da Energia Livre Ofício - Aneel n.º 2409/07 Saldo em 31 de dezembro de 2008 2008 Ativo 74.497 62.779 7.087 69.866 (87.452) (6.429) (93.881) (50.482) - Passivo 71.830 69.143 2.495 71.638 (76.943) (8.847) (85.790) (57.678) - Valor Homologado (+) Atualização monetária até 31 de dezembro de 2007 (+) Atualização monetária em 2008 Total de atualização até 31 de dezembro de 2008 Total a recuperar parcela A (-) Recuperação em 2008 Total recuperado até 31 de dezembro de 2008 Valor a devolver no próximo Reajuste Tarifário Saldo em 31 de dezembro de 2008 2008 Ativo 15.977 27.160 3.266 30.426 46.403 (48.866) (48.866) 2.463 - Passivo 2.463 2.463 a2. Ativo regulatório transmissoras Conta de variação de custos da parcela A-CVA Com base no Ofício Circular nº 2.409/2007, a Companhia registrou um ativo regulatório que se refere a valores recebidos a maior pelas transmissoras em seu processo de revisão tarifária. Tais valores foram considerados como custo na Parcela “A” das distribuidoras. O montante em 31 de dezembro de 2008 é R$ 467. Esta conta destina-se ao registro da compensação de diferenças, calculadas comparando o valor considerado na tarifa e seu efetivo pagamento do ano em curso. Os itens, cujas variações seriam compensadas, foram: • Quota de recolhimento à conta de consumo de combustíveis – CCC; • Tarifa de uso das instalações de transmissão integrantes da rede básica; • Encargos de serviços de sistema – ESS; • Conta de desenvolvimento energético – CDE; • Programa de incentivo a fontes alternativas de energia (Proinfa); b. Despesas pagas antecipadamente Parcela A – Extraordinária A Companhia registrou como despesas antecipadas os incrementos incorridos entre janeiro e outubro de 2001, relacionados aos custos imputáveis à despesa operacional, como: •Quota de recolhimento à conta de consumo de combustíveis – CCC; •Tarifa de uso das instalações de transmissão, integrantes da rede básica; •Energia comprada estabelecida nos contratos iniciais; •Quota de reserva global de reversão – RGR; •Taxa de fiscalização de serviço de energia elétrica; •Encargos de conexão. Com o término do prazo de 76 meses para recompor a receita das Perdas do Racionamento e a Energia Livre das Geradoras, iniciou-se a recuperação da parcela A – extraordinária através do adicional tarifário de 2,9% e 7,9%. De acordo com a Resolução Normativa Aneel nº 001/2008, não existe limitação de prazo para recuperação destes custos. A companhia recuperou todo o valor da parcela A durante o ano de 2008 e reclassificou para o passivo o excedente de recuperação para devolução aos consumidores no próximo reajuste tarifário. Compra de energia Os saldos apurados nas CVAs, em obediência à legislação, estão acrescidos de remuneração financeira baseada na taxa Selic. CVA – Compra de energia A CVA sobre os custos de aquisição de energia elétrica, ou seja, de compra de energia foi instituída através da Portaria Interministerial n° 361, do Ministério da Fazenda, de 26 de novembro de 2004. A Resolução Normativa n° 153, de 14 de março de 2005, estabeleceu critérios e procedimentos para cálculo e repasse, às tarifas de fornecimento de energia elétrica das concessionárias de distribuição. Por ocasião do reajuste tarifário ordinário da Companhia de abril de 2005, o Grupo Endesa apresentou à Aneel proposta de diferimento de uma parcela do preço da energia do contrato da Central Geradora Termelétrica Fortaleza – CGTF com a Coelce. 135 Demonstrações Financeiras Referido diferimento foi proposto visto o reflexo que o reconhecimento dos custos de compra de energia da CGTF geraria no reajuste tarifário de abril-05, e considerando que esse custo poderia ser minimizado com o efeito do crescimento do mercado previsto para os próximos anos. A proposta apresentada teve aprovação da Aneel e em decorrência desse fato, foi firmado o Terceiro Termo Aditivo ao Contrato de Compra de Energia, conforme condições descritas a seguir: 1. Período de diferimento de pagamento de 01/maio/05 a 30/abril/07; 2. CGTF emitirá mensalmente sua fatura com o valor ao preço de contrato (faturamento sem diferimento de pagamento); 3. O diferimento de pagamento corresponde ao montante de energia mensal contratado multiplicado pelo valor resultante da diferença do preço do contrato para o valor de 128,00 MWh; 4. O preço a ser reconhecido na tarifa de fornecimento da Coelce será de 123,74 R$/MWh. A diferença entre o preço pago e de repasse para a tarifa mantêm as mesmas condições atuais do contrato; 5. O valor diferido constituirá um passivo da Coelce para com a CGTF que será pago no período de maio/2007 a abril/2012, cinco anos; 6. A companhia constituiria um ativo regulatório a ser repassado aos clientes no mesmo período de recomposição do passivo; 7. O passivo não terá nenhum encargo financeiro, sendo atualizado pelo mesmo percentual de reajuste do preço de compra; 8. Os preços serão atualizados nas condições e data estabelecida no contrato. CVA PROINFA A Lei 10.438, de 26 de abril de 2002, instituiu o programa de incentivo às fontes alternativas de energia elétrica – Proinfa, com o objetivo de aumentar a participação no sistema elétrico interligado nacional, da energia elétrica produzida por empreendimentos de produtores independentes autônomos, concebidos com base em fontes eólicas, pequenas centrais hidrelétricas e biomassa. Através da Resolução Normativa Aneel nº 189, de 06 de dezembro de 2005, foi instituída a CVA Proinfa para apurar e contabilizar os valores decorrentes de variações das quotas de custeio do referido encargo, ocorridas entre reajustes tarifários anuais, a partir de 30 de novembro de 2005. CVA ESS O encargo de serviço de sistema, por razão de segurança energética, tem a finalidade de subsidiar a manutenção da confiabilidade e estabilidade do Sistema Elétrico Interligado Nacional. Segue quadro com a movimentação das CVAs no exercício de 2008. Descrição Ativos Parcela A CVA – Conta consumo de combustível CVA – Conta de desenvolvimento energético CVA – Uso da rede elétrica CVA – Encargo de serviço do sistema CVA – Compra de Energia CVA – Proinfa Passivos Parcela A CVA de Uso da rede elétrica CVA – Conta consumo de combustível CVA – Sobrecontratação - 3% excedente 2007 Adição Remuneração Amor- Reclastização sificação 2008 43.137 - 3.266 (48.866) 2.463 - 21.121 19.007 647 (6.679) (18.390) 15.706 152 76 10 (151) - 87 - 13.253 219 (3.537) (2.302) 7.633 - 24.695 1.766 - - 26.461 134.397 560 199.367 42.667 1.862 101.560 540 110 6.558 (35.653) (1.247) (96.133) (18.229) 141.951 1.285 193.123 6.537 - 55 (4.290) 2.463 (2.302) 2.463 - 22.074 530 202 (4.416) (18.390) - - 10.948 - - - 10.948 28.611 11.478 257 (8.706) (18.229) 13.411 b1. CVA – Sobrecontratação – 3% excedente da compra de energia A Lei nº 10.848/04 e o Decreto nº 5.163/04 definiram as condições de contratação de energia por parte das distribuidoras de energia elétrica nos leilões regulados e a forma de repasse desses custos às tarifas de fornecimento. Conforme referida legislação, as distribuidoras têm assegurado o direito de recuperar, mediante tarifa, as sobras de energia de até 3% em relação ao total da energia necessária ao atendimento de seu mercado. b2. Reposicionamento revisão tarifária Na revisão tarifária provisória, ocorrida em 22 de abril de 2007, o valor estabelecido para quota de reintegração foi de R$ 111.446. Em outubro de 2007 a Aneel procedeu a fiscalização da base de remuneração tendo emitido o relatório de fiscalização – R.F 199/07 onde registrou o valor de R$ 97.086 de quota de reintegração. Esta redução foi decorrente 136 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 da retirada dos bens totalmente depreciados na composição do ativo imobilizado em serviço. O saldo em 31 de dezembro é de R$ 3.791 (R$ 9.333 em dezembro de 2007) . b3. Passivo regulatório – transmissoras Com base no Ofício Circular nº 2.409/2007 a Companhia registrou um passivo regulatório que se refere ao ativo financeiro (ver nota a2) que foi contemplado na Parcela “A” da tarifa cobrada de consumidores. O saldo em 31 de dezembro de 2008 é de 1.167 (R$ 1.867 em dezembro de 2007). 7. Consumidores de baixa renda A Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002, estabeleceu as diretrizes para enquadramento na subclasse residencial baixa renda, da unidade consumidora com consumo mensal inferior a 80KWh, tendo o Decreto nº 4.336, de 15 de agosto de 2002, ampliado a regulamentação de enquadramento, para unidades consumidoras com consumo mensal entre 80 e 220 KWh, também segundo diretrizes da própria Lei n° 10.438/02. O crédito a receber de consumidores residenciais baixa renda é calculado pela Companhia e submetido, mensalmente, à apreciação e homologação da Aneel, conforme determina a Resolução n° 089, de 25 de outubro de 2004. O saldo em 31 de dezembro de 2008 é de R$ 30.410 (R$ 26.031 em dezembro 2007). Provisão devolução baixa renda De acordo com as novas diretrizes estabelecidas pelo Órgão Regulador, a Companhia mantém provisão de R$ 22.019 para cobrir diferenças de valores homologados e recebidos em períodos anteriores em virtude de reclassificações de consumidores beneficiados com o subsídio. 8. Tributos a compensar 2008 Imposto de renda a compensar ICMS a compensar Contribuição social a compensar Pis/Cofins Outros tributos Total tributos a compensar Circulante 13.896 30.841 2.415 703 966 48.821 2007 Não circulante 52.834 52.834 Circulante 28.193 21.973 3.683 701 874 55.424 Não circulante 47.976 47.976 O saldo de imposto de renda a compensar refere-se a valores de imposto de renda retido na fonte – IRRF sobre aplicações financeiras, a retenções de órgãos públicos (Lei n° 9.430/96) e o saldo do imposto de renda antecipado relativo ao ano calendário de 2006, 2007 e 2008. A partir de janeiro de 2001, a Companhia passou a contabilizar em tributos e contribuições sociais compensáveis os créditos de ICMS vinculados ao ativo permanente, os quais estão sendo compensados mensalmente à razão de 1/48 avos. Além disso, consta desta conta valores relativos à aquisição de ICMS por meio de transferência de créditos de empresas exportadoras bem como créditos de ICMS das compras de energia e importação. O saldo de contribuição social a compensar refere-se ao valor do saldo da CSLL antecipado relativo ao ano calendário de 2006 e 2007, além de valores retidos por órgãos públicos, conforme Lei n° 9.430/96. 9. Depósitos vinculados 2008 Bancos Bradesco Unibanco Itaú Banco do Brasil Outros bancos Total depósitos vinculados Circulante 18.777 18.777 2007 Não circulante 11.218 177 756 2.250 20 14.421 Circulante 16.967 16.967 Não circulante 1.116 10.905 696 2.250 20 14.987 Estes depósitos correspondem a aplicações de valores vinculados aos contratos de aquisição de energia elétrica. Os depósitos do Banco do Brasil referem-se às retenções contratuais de fornecedores de serviços e garantia de contrato de financiamento. Demonstrações Financeiras 10. Tributos diferidos Passivo diferido Ativo diferido A composição do imposto de renda, da contribuição social, do PIS e Cofins diferidos passivos, em 31 de dezembro de 2008, por natureza, está demonstrada como segue: A Companhia possui registrado em 31 de dezembro de 2008 e de 2007 créditos fiscais diferidos sobre diferenças temporárias, cuja composição está demonstrada a seguir: PIS/Cofins 2008 2007 Diferenças temporárias Provisão para contingências Provisão para créditos de liquidação duvidosa Provisão para obsolescência de estoque Despesa diferida PIS/ Cofins Provisão baixa renda Outros Total tributos diferidos Circulante Não circulante Imposto de Renda 2008 2007 Contribuição Social 2008 2007 Total 2008 2007 - - 13.414 13.411 4.829 4.828 18.243 18.239 - - 24.236 53.357 8.725 19.209 32.961 72.566 - - 1.010 896 364 323 1.374 1.219 - - 3.124 4.243 1.381 1.527 4.505 5.770 3.676 3.676 3.864 3.864 8.155 2.490 52.429 10.073 824 82.804 2.935 736 18.970 3.626 297 29.810 14.766 3.226 75.075 17.563 1.121 116.478 51.975 23.100 95.687 20.791 Atendendo às normas da Instrução CVM nº 371, de 25 de junho de 2002, a Companhia, com base nas projeções de resultados futuros, demonstra as parcelas de realização do ativo fiscal diferido em 31 de dezembro de 2008 para o período de cinco anos como segue: Anos de realização 2009 2010 2011 2012 2013 Montante a realizar 51.975 8.085 8.085 4.620 2.310 75.075 Imposto de Renda 2008 2007 Contribuição Social 2008 2007 Total 2008 2007 1.507 1.739 2.521 2.811 4.028 4.550 - 30.138 - 10.850 - 40.988 - - - - 13.131 12.431 - 35.341 37.201 596 13.131 12.431 36.848 69.674 12.735 15.256 13.392 215 27.268 48.076 65.235 50.593 811 109.373 26.632 38.603 69.402 39.971 PIS/Cofins 2008 2007 Correção monetária especial (CME) e complementar (CMC) Perda de receita – Racionamento Reposicionamento revisão tarifária CVA Compra de energia Provisão baixa renda Total passivo diferido - - - - 13.131 12.431 Circulante Não Circulante Em consonância com a Instrução CVM 371/02 e a Deliberação CVM nº 273/98, a Companhia tem registrado o imposto de renda e a contribuição social diferidos passivos calculados sobre o saldo a ser depreciado da correção monetária especial. 11. Despesas pagas antecipadamente 2008 Ativos regulatórios (nota 6b-ativos) Seguros e outros Total de despesas pagas antecipadamente Não Circulante circulante 85.927 107.196 1.912 1.424 87.839 108.620 2007 Circulante Não circulante (Reclassificado) (Reclassificado) 112.044 87.323 1.486 1.425 113.530 88.748 137 138 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 12. Outros créditos 2008 1.888 4.132 5.486 14.590 1.220 2.500 29.816 29.536 280 Alienação de bens e direitos Convênios de arrecadação Desativações em curso Correção energia livre Serviços a terceiros Clientes sem pagamento Outros Circulante Não circulante 2007 reclassificado 1.494 10.794 3.884 5.276 2.884 1.229 626 26.187 25.907 280 13. Imobilizado 2008 Taxas anuais de deprec. Em serviço: • Distribuição Custo histórico Correção monetária especial Valor Líquido 2007 Valor Líquido reclas. 2.874.010 (906.731) 1.967.279 122.183 (116.642) 5.541 2.996.193 (1.023.373) 1.972.820 1.577.782 6.525 1.584.307 Deprec. e amort. Custo acumulada 5,00% • Comercialização Custo histórico Correção monetária especial 8,00% • Administração Custo histórico Correção monetária especial 11,00% 21.097 508 21.605 (3.270) (508) (3.778) 17.827 17.827 14.792 14.792 18.807 5.285 24.092 (12.209) (4.989) (17.198) 6.598 296 6.894 7.729 316 8.045 131.267 146.233 3.562.303 (1.433.495) 2.128.808 1.753.377 Atividades não vinculadas à concessão do serviço público de energia elétrica Custo histórico – Ágio 5,66% Total imobilizado em serviço Em Curso: Distribuição Comercialização Administração Total imobilizado em curso Obrigações especiais vinculadas à concessão do serviço público de energia elétrica Total do imobilizado 520.413 266.997 2.176 5.526 274.699 5,00% (389.146) - 266.997 2.176 5.526 274.699 301.488 4.957 10.002 316.447 (715.680) 34.852 (680.828) 3.121.322 (1.398.643) 1.722.679 (542.469) 1.527.355 As principais taxas anuais de depreciação por macroatividade, de acordo com a resolução Aneel nº240 de 05 de dezembro de 2006, são as seguintes: Distribuição Banco de capacitores - tensão < 69KV Chave - tensão < 69KV Condutor – tensão < 69KV Disjuntor Estrutura (poste,torre) – tensão < 69KV Luminária Regulador de tensão – tensão < 69KV Sistema de radiocomunicação Transformador de distribuição Transformador de força Comercialização Equipamento geral Medidor Administração central Equipamento geral Veículos Taxas anuais de depreciação (%) 6,7% 6,7% 5,0% 3,0% 5,0% 7,7% 4,8% 7,1% 5,0% 2,5% 10,0% 4,0% 10,0% 20,0% O ativo imobilizado em curso refere-se, substancialmente, a obras de expansão do sistema de distribuição de energia elétrica e das instalações referentes às áreas comercial e administrativa. Os bens e instalações utilizados na geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica são vinculados a esses serviços, não podendo ser retirados, alienados, cedidos ou dados em garantia hipotecária, sem prévia e expressa autorização do órgão regulador, Aneel. A Resolução Aneel nº 20/99 regulamenta a desvinculação de bens das concessões do serviço público de energia elétrica, concedendo autorização prévia para desvinculação de bens inservíveis à concessão, quando destinados à alienação, determinando, ainda, que o produto da alienação seja depositado em conta bancária vinculada, para aplicação na concessão. O montante total de bens associados à concessão é de R$ 1.966.212. Extinta a concessão, os bens vinculados ao serviço serão revertidos a União, procedendose aos levantamentos, avaliações e determinação do montante da indenização devido à concessionária pelo valor residual contábil. Demonstrações Financeiras Programa de universalização Em 26 de abril de 2002, foi sancionada a Lei Federal nº 10.438 que dispõe sobre a universalização do serviço público de distribuição de energia elétrica e estabelece que seu atendimento seja regulamentado por Resoluções editadas pela Aneel. Em 29 de abril de 2003, foi editada a Resolução Aneel nº 223 estabelecendo as condições gerais para elaboração dos planos de universalização de energia elétrica, visando ao atendimento de novas unidades consumidoras ou aumento de carga, sem ônus para os interessados. Pela Resolução, a Companhia tinha o ano de 2013 como limite para que a Companhia atendesse todas as solicitações de pedidos de ligação com extensão de rede, sendo elaborado um cronograma anual por município. Em dezembro de 2005, com a Resolução Aneel nº 175, foi antecipada a universalização do serviço de energia para o ano de 2008, tanto da área rural como urbana. O valor de R$ 181.547 em 31 dezembro de 2008 (R$ 76.234 em dezembro de 2007) registrado no ativo circulante como crédito luz para todos refere-se a investimentos realizados pela Companhia, os quais ainda não foram repassados pelo Governo Federal. Os recursos permitiram conectar 23.410 clientes em 2008, com expansão de 4.236,09 km da rede de média-tensão e 1.473,48 km de baixa-tensão. Em virtude do Decreto Federal 6.442, a Companhia apresentou ao Ministério de Minas e Energia proposta para conclusão do Programa Luz para Todos através da realização de 26.000 novas ligações em 2009 e mais 26.000 ligações em 2010. Os investimentos futuros previstos totalizam R$ 335.226, com o atendimento de 49.766 unidades consumidoras. Ágio de incorporação da controladora Programa luz para todos No dia 11 de novembro de 2003, foi publicado o Decreto Federal nº 4.873 que institui o programa nacional de universalização do acesso e uso da energia elétrica denominado “Programa luz para todos”. No dia 25 de abril de 2008, foii publicado o Decreto Federal nº 6.442, alterando o Decreto Federal nº 4.873, prorrogando o prazo do Programa Luz Para Todos até 2010, onde o Ministério de Minas definirá as metas e os prazos de encerramento do programa, em cada Estado ou por área de concessão. O Programa é coordenado pelo Ministério das Minas e Energia e operacionalizado com a participação da Eletrobrás e das concessionárias de energia. Para realização do programa, a Companhia conta com recursos do Governo Federal (75%), Governo Estadual (10%) e próprios (15%). Participação das fontes de recursos Concessionária Empréstimo Eletrobrás – RGR * Subvenção do Governo Federal – CDE * 2008 171.143 8.832 44.011 223.986 2007 102.849 7.717 38.583 149.149 * Recursos efetivamente recebidos no respectivo exercício. Em 2008, a Companhia prestará contas de parte dos investimentos realizados em 2007 para recebimento do empréstimo e subvenção. O ágio oriundo da operação de incorporação de sua controladora Distriluz Energia Elétrica S.A., aprovada em Assembléia Geral Extraordinária de 27 de setembro de 1999 está fundamentado nos resultados futuros durante o prazo de concessão e vem sendo amortizado no prazo compreendido entre a data da incorporação até 31 de dezembro de 2027, em proporções mensais a sua rentabilidade projetada, conforme determinação da Resolução nº 269, de 15 de setembro de 1999, da Aneel, conforme demonstrado abaixo: Ano 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Fator de amortização 0,05673 0,05192 0,04752 0,04349 0,03980 0,03642 0,03333 0,03051 Ano 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 Fator de amortização 0,02792 0,02555 0,02338 0,02140 0,01958 0,01792 0,01640 0,01501 Ano 2024 2025 2026 2027 Fator de amortização 0,01374 0,01257 0,01151 0,01053 Tal amortização poderá ser revisada anualmente, a critério da Superintendência de Fiscalização Econômica e Financeira da Aneel, em função dos resultados realizados comparativamente aos dados projetados. O saldo em 31 de dezembro de 2008 é de R$ 131.267. Em abril de 2005, foi constituída uma provisão sobre o ágio a amortizar em contra-partida da reserva de ágio (reserva de capital) no montante que não se constitui benefício fiscal para a Companhia, conforme determina a Instrução CVM nº 349/2001. 139 140 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 Ágio – Ativo imobilizado em serviço Ágio da incorporação Amortização acumulada Provisão sobre o ágio Reversão da provisão sobre o ágio Saldo do ágio – Ativo imobilizado Reserva de capital Ágio da incorporação (-) Desdobramento e resgate de ações Provisão sobre o ágio Saldo reserva de capital 2008 775.960 (389.146) (429.365) 173.818 131.267 2008 775.960 (125.407) (429.365) 221.188 2007 775.960 (345.126) (429.365) 144.764 146.233 2007 775.960 (125.407) (429.365) 221.188 De acordo com o Ofício Circular nº 296, de fevereiro de 2007, as concessionárias e permissionárias do serviço público de energia elétrica deverão proceder à anulação dos efeitos da reintegração no resultado contábil, a partir do exercício de 2007, decorrentes de bens constituídos ao longo dos anos com recursos das obrigações especiais registrados nas contas de programa de eficiência energética, pesquisa e desenvolvimento e universalização do serviço público de energia elétrica. Após a revisão tarifária do 2º ciclo, a companhia iniciou a depreciação dos bens constituídos com os recursos das obrigações especiais, independentemente da sua data de formação, de acordo com o estabelecido no Despacho nº 3.073/2006. Obrigações especiais vinculadas à concessão do serviço público de energia elétrica 14. Intangível Obrigações vinculadas à concessão do serviço público de energia elétrica representam os valores da União, dos Estados, dos Municípios e dos consumidores, bem como as doações não condicionadas a qualquer retorno a favor do doador e as subvenções destinadas a investimentos na atividade de distribuição. O prazo de vencimento dessas obrigações é aquele estabelecido pelo Órgão Regulador para concessões de distribuição, cuja quitação ocorrerá ao final da concessão. A partir de 1º de janeiro de 1996, essas obrigações não estão sendo mais atualizadas pelos efeitos da inflação. O intangível é composto por software do sistema corporativo e está distribuído da seguinte forma: Contribuições de Consumidores Participação da União Doações e Subvenções Universalização Outras (-) Depreciação Total de obrigações especiais 2008 (256.192) (15.950) (358.070) (84.608) (663) 34.655 (680.828) … (246.613) (15.950) (283.896) (9.014) (664) 13.668 (542.469) As contribuições de consumidores se referem aos recursos recebidos para possibilitar a execução de empreendimentos necessários ao atendimento de pedidos de fornecimento de energia elétrica. A participação da União se refere às verbas federais recebidas para execução de empreendimentos vinculados ao serviço público de energia elétrica. As doações e subvenções se referem às obras construídas por terceiros e doadas para a Companhia, com vistas à expansão do serviço público de energia elétrica. Amortização Custo acumulada Em serviço: • Distribuição Custo histórico Correção monetária especial • Comercialização Custo histórico Correção monetária especial • Administração Custo histórico Correção monetária especial Atividades não vinculadas à concessão do serviço público de energia elétrica Custo histórico – outros ativos Total intangível em serviço Em curso: Distribuição Comercialização Administração Total intangível em curso Total do intangível 2008 Valor Líquido 2007 Valor Líquido 29,512 87 29,599 (23,914) (48) (23,962) 5,598 39 5,637 8,025 39 8,064 10,410 10,410 (9,634) (9,634) 776 776 207 207 17,102 17,102 (15,103) (15,102) 1,999 1,999 2,820 2,820 7,001 7,001 64,112 (7,001) (7,001) (55,699) 8,412 11,091 2,271 2,323 988 5,582 69,694 (55,699) 2,271 2,323 988 5,582 13,994 2,303 521 756 3,580 14,671 Demonstrações Financeiras 15. Investimento remunerável ( não auditado) 17. Tributos e contribuições sociais O investimento remunerável, também denominado de base de remuneração, constituído pelo Ativo Imobilizado em Serviço – AIS e Almoxarifado de operação, deduzido do saldo das Obrigações Vinculadas ao Serviço Público de Energia Elétrica (Obrigação Especial), sobre o qual foi calculada a remuneração, bem como o AIS que gerou a cota de depreciação, que fazem parte da Parcela “B” da Receita Requerida – RR da Concessionária, homologada pela Resolução Homologatória Aneel nº 640, de 18/04/2008, se atualizados pelo IGPM nos Reajustes Tarifários Anuais já ocorridos, estariam assim formados: Componentes do investimento remunerável a) Ativo Imobilizado em Serviço Bruto b) (-) Depreciação Acumulada c) (-) Obrigação Vinculada ao SPEE d) Ativo imobilizado em serviço líquido e) (+) Almoxarifado f) Investimento remunerável (base de remuneração) Revisão abril de 2007 2.972.811 Reajuste abril de2008 3.243.337 (1.182.949) (1.290.597) (440.084) (480.131) 1.349.778 1.472.609 473 516 1.350.251 1.473.125 - 9,10% g) Bens 100% depreciados 2008 2007 Circulante 28.752 4.779 1.905 Não circulante 640 Circulante 36.161 5.458 1.380 Não circulante 640 Cofins 9.604 7.758 9.697 7.758 Outros tributos e contribuições 3.316 23 2.276 44 48.356 8.421 54.972 8.442 ICMS Contribuições sociais PIS Total de tributos e contribuições sociais Os saldos de PIS e Cofins se devem, principalmente, ao fato de ter sido proferida decisão administrativa desfavorável à Companhia em relação ao pedido de compensação de valores de multas pagas espontaneamente com valores de PIS, Cofins e IRPJ no ano de 1999. A partir desta decisão desfavorável, a Companhia optou por parcelar o valor devido, R$ 15.416, em 60 vezes, pagas mensalmente e atualizadas pela taxa Selic. 18. Empréstimos e financiamentos h) Variação do IGPM (RH Aneel/Reajuste Tarifário nº 640/2008 i) Cota de Depreciação – Taxa Média Anual : 4,46% 16. Fornecedores A composição do saldo em 31 de dezembro de 2008 e de 2007 é como segue: 2008 Suprimento de energia Passivos regulatórios (nota 6a – passivos) Cia Hidroelétrica do São Francisco – Chesf Furnas Centrais Elétricas S.A. Circulante 2007 Circulante reclassificado 13.879 64.030 11.266 16.198 14.934 Companhia Energética de São Paulo – Cesp 5.689 4.911 Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A – Eletronorte 5.196 4.646 Copel Geração S.A – Copel 3.797 3.446 CEMIG – Geração e Transmissão S.A. 3.186 2.751 Duke Energy Inter. Ger. Paranapanema Companhia Estadual de Energia Elétrica – CEEE Outros fornecedores Materiais e serviços Total de fornecedores 1.411 1.375 1.229 15.420 91.577 157.582 1.160 7.866 125.368 241.753 As principais informações a respeito dos empréstimos e financiamentos em moeda estrangeira e nacional são: a. BNDES FINEM: Financiamento para o plano de investimento 2003/2004 da Companhia, contratado em 08 de abril de 2004 junto ao sindicato liderado pelo Unibanco, com repasse de recursos do BNDES. Sobre 15% do valor contratado (subcrédito A) incidiam juros proporcionais de 5,5% ao ano, mais UMBND (cesta de moedas), com vencimentos mensais iniciados juntamente com o período de amortização em 16 de maio de 2005. Para minimizar a exposição à variação cambial desta parcela, foi realizada operação de swap com cobertura parcial do valor contratado, da variação de US$ mais 5,5% ao ano para 103,8% do CDI. Sobre 85% do financiamento (subcréditos B e C), providos com recursos ordinários do BNDES, incidiam juros compostos de 5,5% ao ano mais TJLP, também com vencimentos mensais iniciados em 16 de maio de 2005. A amortização do empréstimo foi realizada mensalmente, tendo iniciado em 16 de maio de 2005 e a última amortização em 15 de outubro de 2008. As garantias constituídas para a operação incluíam recebíveis tarifários e conta-reserva. b.BNDES FINEM: Financiamento para o plano de investimento 2007/2009 da Companhia, contratado em 28/04/2008 junto ao sindicato liderado pelo Unibanco, com repasse de recursos do BNDES, com taxa de juros de 3,70% ao ano, mais TJLP, exigíveis 141 142 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 trimestralmente no período de carência de 15/05/2008 à 15/12/2009 e mensalmente a partir de 15/01/2010. A primeira amortização será em 15/01/2010 e a última prevista para 15/12/2014. As garantias constituídas para a operação incluem recebíveis tarifários e conta-reserva. O saldo em 31 de dezembro era de R$ 141.846. c. Banco Europeu de Investimentos – BEI – Financiamento para o plano de investimentos 2001/2002 da Companhia, contratado em 28 de maio de 2002 conforme Acordo de Cooperação Decreto-Lei nº 1609/95, com vencimento em 15 de junho de 2012 e encargos com base na variação cambial (dólares norte-americanos) mais 5,49% ao ano. A operação tem como garantia fianças bancárias do Banco Bilbao Vizcava Argentaria (BBVA) e Banco Santander Central Hispano. A operação possui swap para 98,80% do CDI. O pagamento de juros e amortização anual foi iniciado em 15 de junho de 2007 e a última amortização está prevista para 15 de junho de 2012. O saldo em 31 de dezembro de 2008 era de R$ 80.226. d.Banco do Brasil – Resolução nº 2770 – Contrato celebrado em 28 de janeiro de 2008 com captação de recursos no exterior, para empréstimo no valor de R$ 24.199, com variação cambial em iene mais taxa de juros de 2,466% a.a, a operação teve um swap para 105% do CDI, com pagamento de juros e amortização realizados em 28 de julho de 2008. e. Banco do Brasil – Resolução nº 2770 – Contrato celebrado em 28 de janeiro de 2008 com captação de recursos no exterior, para empréstimo no valor de R$ 2.800, com variação cambial em iene mais taxa de juros de 4,207% a.a, a operação teve um swap para 105% do CDI, com pagamento de juros e amortização prevista para 28 de julho de 2008 a qual, foi antecipada, por iniciativa da Coelce, para 25 de julho de 2008 em função da contratação da operação de notas promissórias em 23 de julho de 2008. f. Unibanco – Resolução nº 2770 – Contrato celebrado em 04 de setembro de 2007 junto ao Unibanco no valor de R$ 79.000, com variação cambial em dólares norteamericanos mais taxa de juros de 2% aa. A operação teve um swap para 109,50% do CDI, com pagamento de juros e amortização prevista para 29 de agosto de 2008 a qual, foi antecipada, por iniciativa da Coelce, para 23 de julho de 2008 em função da contratação da operação de notas promissórias em 23 de julho de 2008. g.Unibanco – Resolução nº 2770 – Contrato celebrado em 20 de fevereiro de 2008 junto ao Unibanco no valor de R$ 37.000, com variação cambial em dólares norte-americanos mais taxa de juros de 2% a.a. A operação teve um swap para 115,50% do CDI, com pagamento de juros e amortização prevista para 29 de dezembro de 2008 a qual, foi antecipada, por iniciativa da Coelce, para 23 de julho de 2008 em função da contratação da operação de notas promissórias em 23 de julho de 2008. h.Eletrobrás – Financiamento de projetos: Empréstimo para financiamento de projetos de expansão do sistema de transmissão com recursos FINEL, contratado em 30 de dezembro de 1998. Os juros são de 8,5% ao ano com taxa de administração de 2% ao ano. A última amortização está prevista para 30 de junho de 2009. Em 31 de dezembro de 2008 era R$ 120. i. Eletrobrás – Luz no Campo – Empréstimo contratado em 03 de março de 2000, para cobertura financeira dos custos diretos do programa de eletrificação rural – Luz no campo, do Ministério das Minas e Energia, com recursos oriundos da RGR. A primeira amortização foi realizada em 30 de maio de 2002, e a última amortização está prevista para 30 de abril de 2012. Os juros são de 5% ao ano, juntamente com a taxa de administração de 1% ao ano e o principal são exigíveis mensalmente. A operação tem como garantia recebíveis tarifários. Em 31 de dezembro de 2008, o saldo devedor era de R$ 19.774. j. Eletrobrás – Luz para todos (1ª Tranche)– Empréstimo contratado em 04 de abril de 2004 para cobertura financeira dos custos diretos das obras do programa de eletrificação rural, que integra o programa de universalização do acesso e uso de energia elétrica – Luz para todos, do Ministério das Minas e Energia, com recursos originários da RGR. A primeira amortização foi em 30 de outubro de 2006 e o último pagamento está previsto para 30 de setembro de 2016. Os juros são de 5% mais taxa de administração de 1% ao ano, com amortização mensal do principal. A operação tem como garantia recebíveis tarifários e nota promissória. Em 31 de outubro de 2008, o saldo devedor era de R$ 8.455. k.Eletrobrás – Luz para todos (2ª Tranche) – Empréstimo contratado em 13 de janeiro de 2006, para cobertura financeira dos custos diretos das obras do programa de eletrificação rural, que integra o programa de universalização do acesso e uso de energia elétrica – Luz para todos, do Ministério das Minas e Energia, com recursos originários da RGR e CDE. A primeira amortização iniciou em 30 de abril de 2008 e o último pagamento está previsto para 30 de março de 2018. Os juros são de 5% mais taxa de administração de 1% ao ano, com amortização mensal do principal. A operação tem como garantia recebíveis tarifários e nota promissória. Em 31 de dezembro de 2008, o saldo devedor era de R$ 12.195. l. Eletrobrás – Luz para todos (3ª Tranche) - Empréstimo contratado em 09 de maio de 2007 para cobertura financeira dos custos diretos das obras do programa de eletrificação rural, que integra o programa de universalização do acesso e uso de energia elétrica – luz para todos, do Ministério das Minas e Energia, com recursos originários da RGR e CDE. A primeira amortização será em 30 de outubro de 2009 e o último pagamento está previsto para 30 de setembro de 2019. Os juros são de 5% mais taxa de administração de 1% ao ano, com Demonstrações Financeiras amortização mensal do principal. A operação tem como garantia recebíveis tarifários e nota promissória. Em 31 de dezembro de 2008, o saldo devedor era de R$ 13.400. m.Eletrobrás – Linha de subtransmissão – Empréstimo contratado em 07 de julho de 2006 para cobertura financeira dos custos para projetos de construção de linhas de transmissão, subestações e reforço de capacidade de subestações, com recursos originários da RGR. Até 30 de junho de 2008, a Companhia recebeu R$ 15.386 provenientes da RGR (empréstimo). A primeira amortização ocorreu em 30 de setembro de 2008 e o último pagamento está previsto para 30 de agosto de 2013. Os juros são de 5% mais taxa de administração de 2% ao ano, com amortização mensal do principal. A operação tem como garantia recebíveis tarifários e nota promissória. Em 31 de dezembro de 2008, o saldo devedor era de R$ 15.279. n.União Federal (Agente financeiro: Banco do Brasil) – Eletrobrás – Cessão de crédito, que fez a Eletrobrás à União Federal, em 30 de março de 1994, com vencimentos mensais consecutivos de juros e principal, e data final de amortização prevista para 01 de março de 2014. Os encargos da operação são baseados na variação do IGPM mais 10,028% ao ano. A operação tem como garantia recebíveis tarifários. O saldo em 31 de dezembro de 2008 era de R$ 39.338. o.União Federal (Agente financeiro: Banco do Brasil) – CEF – Cessão de crédito, que fez a Caixa Econômica Federal à União Federal em 30 de setembro de1994, com vencimentos mensais consecutivos de juros e principal, e data final de amortização prevista para 01 de março de 2014. Os encargos da operação são baseados na variação da TR mais 10,028% ao ano. A operação tem como garantia recebíveis tarifários. O saldo em 31 de dezembro de 2008 era de R$ 1.232. p.Banco do Brasil – Fat Fomentar – A Coelce contratou em 23 de janeiro de 2007, operação de crédito comercial com objetivo de financiar investimentos no valor de R$ 15.000, com taxa de TJLP mais 4,5% ao ano, com prazo de três anos para carência e quatro anos de amortizações mensais e sucessivas. A primeira amortização será em 18 de março de 2010 e o último pagamento está previsto para 18 de fevereiro de 2014. A operação está garantida por fiança bancária. O saldo em 31 de dezembro de 2008 era de R$ 16.918. q.Banco do Nordeste - Proinfra I – A Companhia celebrou contrato, em 29 de dezembro de 2004, com o Banco do Nordeste do Brasil, para o financiamento de inversões fixas, no valor total de R$ 140.389, sendo R$ 70.195 financiadas com recursos do FNE/ PROINFRA e R$ 70.194 com recursos próprios da Companhia. A operação tem um período de duração de oito anos com 36 meses de carência. A taxa de contratação inicial de 14% a.a.(com redução de encargos por adimplência nos pagamentos), foi reduzida para 11,5% em 01 de janeiro de 2007 e depois para 10% a.a a partir de 01 de janeiro de 2008. A amortização será realizada em 60 parcelas mensais, com pagamentos de juros trimestrais durante a carência e mensais a partir da primeira amortização em 29 de janeiro de 2008, e a última em 29 de dezembro de 2012. O financiamento é garantido por carta de fiança bancária em favor do Banco do Nordeste. O saldo em 31 de dezembro de 2008 era de R$ 56.181. r. Banco do Nordeste – Proinfra II – O contrato foi celebrado em 25 de setembro de 2006, com o Banco do Nordeste do Brasil, para o financiamento de inversões fixas, no valor total de R$ 216.695, sendo R$ 130.000 financiadas com recursos do FNE/Proinfra e R$ 86.695 com recursos próprios da Companhia. A operação tem duração de 8 (oito) anos com 35 meses de carência. A taxa de contratação inicial de 14%a.a (com redução com redução de encargos por adimplência nos pagamentos), foi reduzida para 11,5% a partir de 01 de janeiro de 2007 e depois para 10% a.a a partir de 01 de janeiro de 2008. A amortização será realizada em 60 parcelas mensais com pagamentos de juros trimestrais durante a carência e mensais a partir da primeira amortização em 25 de outubro de 2009, e a última em 25 de setembro de 2014. O financiamento é garantido por carta de fiança bancária em favor do Banco do Nordeste. No ano de 2008 foi liberada a última parcela de R$ 29.348. O saldo em 31 de dezembro de 2008 era de R$ 130.137. s. Unibanco – Resolução nº 2770 – O contrato foi celebrado em 24 de agosto de 2007 com o Unibanco para captação de recursos no exterior, para empréstimo de capital de giro da Companhia, no valor de R$ 10.101. A operação foi contratada à taxa fixa de 12,7476%aa e teve um swap de taxa de juros para 109% do CDI, com prazo de pagamento de um ano, sendo sua liquidação prevista para 01 de agosto de 2008, foi antecipada, por iniciativa da Coelce, para 23 de julho de 2008 em função da contratação da operação de notas promissórias em 23 de julho de 2008. t. Emissão de Notas Promissórias – Em 23 de julho de 2008, a Companhia realizou a 8ª emissão de notas promissórias para distribuição pública. Foram emitidas 20 notas promissórias comerciais, em série única, no valor total de R$ 245.000, com remuneração de CDI+ 0,95% a.a, pelo prazo de 360 dias. A emissão não prevê outorga de garantias e possui condições de resgate antecipado facultativo ao emissor, com pagamento de acordo com a remuneração prevista nos termos iniciais da emissão. O processo de emissão foi coordenado pelos Bancos Santander S.A e Banco Safra de Investimento S.A. Com os recursos captados nesta emissão, a Companhia realizou pagamento antecipado das seguintes operações de curto prazo: 143 144 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 Operação Res 2770 Unibanco Unibanco Unibanco Banco do Brasil Banco do Brasil Taxa 109% CDI 109,5% CDI 115,5% CDI 105% CDI 105% CDI Início 23/ago/07 04/set/07 20/fev/08 28/jan/08 28/jan/08 Data da Liquidação 23/jul/08 23/jul/08 23/jul/08 25/jul/08 28/jul/08 Valor da liquidação 11.218 87.490 37.289 2.961 25.602 164.560 2008 Moeda estrangeira: União Federal – DMLP (agente financeiro Banco do Brasil) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES FINEM - Subcrédito A (a) Banco Europeu de Investimentos (c) Banco do Brasil Resolução 2770 (d,e) Unibanco USD x DI (f,g) Total moeda estrangeira Moeda nacional: Eletrobrás (h,i,j,k,l,m) Encargos 110 2007 Principal Circulante Não Circulante 785 8.860 Principal Circulante Não Circulante 669 7.311 Encargos 115 - - - 19 4.089 - 2.326 2.436 19.475 20.260 58.425 67.285 2.195 205 469 3.003 14.761 22.454 71.588 113.561 59.043 66.354 12 12.045 57.166 273 8.891 55.919 319 28 7.667 - 32.584 16.890 327 26 - 6.632 - 34.821 15.847 - União Federal – Lei 8.727 (Agente financeiro Banco do Brasil) (n,o) Banco do Brasil (Nota de crédito comercial) Banco do Brasil (BB Fat Fomentar) (p) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES FINEM – Subcrédito B e C (a) Banco do Nordeste – Proinfa (q,r) Unibanco Pré x DI (s) BNDES Finem 2007 (Sindicalizado) (a,b) Nota Promissória – Safra (t) Nota Promissória – Santander (t) Conta Garantida Santander Total moeda nacional Custos de transação Total moeda nacional líquido dos custos de transação - - - 119 28.089 - 161 1.662 7.670 7.670 16 17.538 17.538 18.618 122.500 122.500 26.500 309.830 (1.424) 308.406 167.539 140.184 414.363 (1.569) 412.794 121 422 14.039 10.101 156.809 - 1.288 1.288 67.752 (1.615) 66.137 263.396 (1.933) 261.463 Total sem efeito do Swap 19.974 328.666 480.079 4.291 179.698 327.817 Resultado das operações de swap 19.974 3.564 332.230 9.866 489.945 4.291 25.243 204.941 24.774 352.591 - 145 Demonstrações Financeiras Do total de empréstimos e financiamentos, R$ 119.548 estão garantidos por vínculos com a receita de energia elétrica (arrecadação). Nas operações de empréstimo junto ao Banco Europeu de Investimentos – BEI e ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, contratados em 2002 e 2008, a Companhia comprometeu-se a cumprir as seguintes obrigações, durante a vigência dos contratos, as quais foram adequadamente atendidas em 31 de dezembro de 2008: Obrigações Especiais Financeiras Dívida (com swap e fornecedores) / Ativo total (máximo) EBITDA / Encargos da dívida (mínimo) Endividamento financeiro líquido / LAJIDA (máximo) Endividamento financeiro líquido / (Endividamento financeiro líquido + Patrimônio líquido) (máximo) Banco BEI BEI BNDES / FINEM Índice 0,7 3,0 3,5 BNDES / FINEM 0,6 O principal dos empréstimos e financiamentos a longo prazo, exclusive os efeitos da operação de swap tem sua curva de amortização distribuída da seguinte forma: Curva de amortização 2010 108.865 2011 111.137 2012 107.001 2013 79.844 Após 2013 73.232 480.079 Composição original dos empréstimos e financiamentos por tipo de moeda e indexador (exclusivo de efeitos das operações de swap contratados): Moeda (equivalente em R$) / Indexador Moeda estrangeira Dólares norte-americano Ienes Cesta de moedas Moeda nacional IGP-M Finel TJLP CDI/Selic RGR TR R$ Total 2008 89.981 39.338 120 158.764 286.856 69.103 1.232 186.318 741.731 831.712 % 100,00 5,30 0,02 21,40 38,67 9,32 0,17 25,12 100,00 2007 156.151 22.659 4.108 40.395 479 44.081 64.605 1.384 181.492 332.436 515.354 % 85,37 12,39 2,25 12,15 0,14 13,26 19,43 0,42 54,59 100,00 A Companhia mantém contrato de swap para o empréstimo em moeda estrangeira do BEI, trocando a remuneração desse contrato para taxa pós-fixadas de 98,80% do CDI. Quanto aos contratos DMLP – dívida de médio e longo prazo – com a União Federal, tendo o Banco do Brasil S.A. como agente financeiro, não está vinculado a contratos de swap, mantendo-se, porém, dentro do limite de exposição cambial especificado na política de riscos financeiros da Companhia representando apenas 1,15% da dívida total na posição de 31 de dezembro de 2008. Variação de moedas/indexadores: Moeda / Indexador Dólar norte-americano Cesta de moedas IGP-M Finel TJLP CDI/Selic RGR TR 2008 31,94% 33,86% 9,81% 1,90% 6,25% 12,37% 0,00% 1,63% 2007 -17,15% -16,79% 7,75% 1,51% 6,37% 11,81% 0,00% 1,45% Mutação de empréstimos e financiamentos: Moeda Nacional Moeda Estrangeira Circulante Não circulante Em dezembro de 2006 Circulante Não circulante 70.392 270.909 32.484 Ingressos 37.100 97.627 106.000 - Encargos 1.288 – 3.003 – Variação Monetária e Cambial Transferências Swap Amortizações Em dezembro de 2007 Ingressos Encargos Variação Monetária e Cambial Transferências Swap Amortizações Em dezembro de 2008 115.216 - 8.706 - (19.876) 113.846 (113.846) 8.402 (8.402) 3.956 - 14.083 4.190 (149.630) - (22.165) - 69.040 263.396 141.807 91.128 272.548 182.023 64.049 - 24.384 – 4.411 – 994 4.185 5.413 26.520 52.158 (52.158) 25.192 (25.192) (24.380) 16.917 (9.778) (15.305) (67.376) - (204.834) - 327.368 414.363 26.260 77.151 146 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 19. Taxas regulamentares Conta consumo de combustível 2008 2007 7.540 4.242 Reserva global de reversão 3.733 1.561 Conta de desenvolvimento energético 2.966 1.517 Taxa de fiscalização Encargos emergenciais Total taxas regulamentares 322 378 2.525 17.086 2.596 10.294 20. Transações com partes relacionadas Na opinião de sua administração, a Companhia não efetua transações com partes relacionadas em bases ou termos menos favoráveis do que aqueles que seriam praticados com terceiros. A Companhia mantém contrato de compra de energia junto à Central Geradora Térmica de Fortaleza. O total dos gastos no exercício com este contrato montou, até 31 de dezembro de 2008, R$ 414.955 (R$ 425.317 em 2007). As operações com a Synapsis Brasil S.A referem-se, basicamente, à prestação de serviços de informática e manutenção dos sistemas da Companhia. O total de gastos incorridos em 2008 montou R$ 24.274 (R$ 21.304 em 2007), sendo R$ 18.949 (R$ 17.543 em 2007) como despesa operacional no resultado da Companhia e R$ 5.325 (R$ 3.761 em 2007) capitalizados como investimento. Os saldos com a CAM Brasil Multiserviços Ltda. advém, basicamente, de contratação desta para fiscalização de obras com aplicação direta no investimento da Companhia. A CAM também prestou serviços de fiscalização de cortes e aparelhos queimados, sendo estes classificados como despesa. O total de custos incorridos no ano de 2008 é de R$ 15.991 (R$ 15.607 em 2007), sendo R$ 14.807 (R$ 15.079 em 2007) como investimento e R$ 1.184 (R$ 528 em 2007) como despesa operacional. A Synapsis Brasil SA, a CAM Brasil Multiserviços Ltda., e a Central Geradora Termelétrica de Fortaleza – CGTF são subsidiárias dos acionistas controladores. 2008 Central Geradora Termelétrica de Fortaleza – CGTF Synapsis Brasil S.A. CAM Brasil Multiserviços Ltda. Fundação Coelce de Seguridade Social – Faelce Passivo circulante 92.646 4.397 5.970 779 103.792 2007 Passivo não circulante 104.227 104.227 Despesa 414.955 18.949 1.184 6.926 442.014 Investimento 5.325 14.807 2.234 22.366 Passivo circulante 96.958 2.088 2.769 850 102.665 Passivo não circulante 104.546 104.546 Despesa 425.317 17.543 528 7.412 450.800 Investimento 3.761 15.079 1.450 20.290 147 Demonstrações Financeiras 21. Programa de eficiência energética e pesquisa e desenvolvimento e Pesquisa e Desenvolvimento conforme seu período de competência, permanecendo os valores provisionados e corrigidos pela Selic até a efetiva realização. Conforme Lei nº 9.991, de 24 de julho de 2000, as concessionárias e permissionárias de serviços públicos de distribuição de energia elétrica estão obrigadas a destinar, anualmente, 1% (um por cento) de sua receita operacional líquida para os programas de pesquisa e desenvolvimento (P&D) e eficiência energética (PEE) distribuído de acordo com os percentuais determinados pela Aneel. Durante o exercício de 2008 foi investido R$ 10.359 (R$ 14.768 em 2007) nos referidos programas. As resoluções Aneel nº 316, de 13 de maio de 2008 e n° 300 de 12 de fevereiro de 2008 aprova os Manuais do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento e de Eficiência Energética, versão 2008, que estabelecem as diretrizes e orientações na elaboração dos projetos de P&D e PEE. As principais mudanças provenientes dos novos manuais são: a possibilidade de submissão de projetos a qualquer época do ano, tornando o processo contínuo; a ênfase na avaliação final dos projetos, aumentando assim a responsabilidade da concessionária na aplicação do investimento; a adoção de um plano de investimento e um plano de gestão dos programas, tendo recursos destinados para tal; além da abertura do programa de P&D para as demais etapas do ciclo de inovação (cabeça-de-série, lote pioneiro e inserção no mercado). A Companhia contabiliza as despesas referentes aos Programas de Eficiência Energética 2008 Não circulante Circulante Circulante Programa eficiência energética 2007 Não circulante reclassif. 12.730 3.123 8.715 13.318 Programa de pesquisa e desenvolvimento 2.867 11.639 3.147 6.628 Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FNDCT 4.737 - 4.498 - Ministério de Minas e Energia – MME 1.995 - 1.875 - 22.329 14.762 18.235 19.946 22. Provisão para contingências A Administração entende que todas as provisões constituídas são suficientes para cobrir eventuais perdas com os processos em andamento. Com base na opinião de seus consultores legais, foram provisionados todos os processos judiciais cuja probabilidade de perda foi estimada como provável para a Companhia. Segue quadro demonstrativo das contingências e depósitos judiciais em 31 de dezembro de 2008 e 2007: 2008 2007 Provisão paracontingência Provisão para contingência Depósitos judiciais No exercício Acumulada Depósitos judiciais Provisão para relacionados a contingências contingências líquidas No exercício Acumulada relacionados a Provisão para contingências contingências (Reclassificado) líquidas Trabalhistas (a) Danos morais Diferenças salariais Empresas terceirizadas Horas extras 739 739 ( 24) 715 ( 59) – – – (904) – – – 53 904 (13) 891 1.066 3.043 (790) 2.253 473 1.977 (977) 1.000 (17) 57 ( 17) 40 13 74 (10) 64 148 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 2008 2007 Provisão paracontingência Provisão para contingência Depósitos judiciais Depósitos judiciais Provisão para relacionados a Provisão para contingências contingências No exercício Acumulada relacionados a contingências contingências líquidas No exercício Acumulada (Reclassificado) líquidas Periculosidade 113 2 .032 (23) 2.009 97 1.919 (11) 1.908 Verbas rescisórias 112 204 (35) 169 24 92 (38) 54 2 35 ( 22) 13 ( 330) 33 (17) 16 577 6 .295 (2.936) 3.359 (257) 5.718 (1.385) 4.333 Reintegração Ex funcionários - verbas Outros (25) 1 .187 (632) 555 (1.005) 1.212 (18) 1.194 1 .663 1 3.592 ( 4.479) 9.113 ( 991) 11.929 (2.469) 9.460 (1.704) 3 1.079 (3.229) 27.850 6.805 32.783 (1.198) 31.585 8 .518 8 .518 – 8.518 – – – – 6 .814 3 9.597 ( 3.229) 36.368 6.805 32.783 (1.198) 31.585 806 1 2.486 – 12.486 942 11.680 – 11.680 – (9.000) 9.900 – 9.900 – (2.896) – – – (1.446) 7.488 Cíveis (b e d) Consumidores Outros Fiscais ( c ) Funrural e INCRA SEBRAE e FGTS Outros – – Impostos compensados com medida judicial (9.900) – – – – (1.468) 7 .466 (1.446) 6.020 – 8.934 (10.562) 1 9.952 ( 1.446) 18.506 ( 10.954) 30.514 (1.446) 29.068 (2.085) 7 3.141 ( 9.154) 63.987 ( 5.140) 75.226 (5.113) 70.113 a) Contingências trabalhistas Referem-se a diversas ações trabalhistas que questionam, entre outros: danos morais, reintegração ao trabalho, pagamento de horas extras, adicionais de periculosidade, verbas rescisórias e diferenças salariais. Além disso, existem ações relativas a empregados de empresas terceirizadas que questionam o vínculo empregatício com a Companhia bem como equiparação em direitos aos empregados desta. b) Contingências cíveis A situação jurídica da Companhia engloba processos de natureza cível, nos quais a Companhia é ré, sendo grande parte associada a pleitos de danos morais e materiais. c) Contingências fiscais A Companhia possui processo administrativo pendente de julgamento, protocolado junto à Receita Federal, em que solicita a compensação dos valores recolhidos a maior a Demonstrações Financeiras título de PASEP, em face da inconstitucionalidade dos Decretos nºs 2.445/88 e 2.448/88, declarada pelo Supremo Tribunal Federal e ratificada por meio de resolução do Senado Federal. Sustentada na opinião dos consultores legais, a Companhia decidiu compensar os valores envolvidos com os impostos e contribuições vincendos (PIS, Cofins, IRPJ e CSLL). Conservadoramente, a Companhia manteve provisionado o valor dos referidos tributos e contribuições compensadas, no montante de R$ 9.075. Em junho de 2007, apoiada em carta conforto de seus assessores legais, a Companhia procedeu à reversão de R$ 9.000, referente à atualização monetária que vinha sendo reconhecida em relação a este processo. O saldo referente a este processo foi baixado em agosto de 2008. Os valores relativos ao FGTS e Sebrae foram baixados em virtude do julgamento improcedente das causas sendo os valores depositados convertidos em renda da União. d) Tarifaço A Companhia é ré em ações judiciais em que são questionados os valores pagos por consumidor, provenientes da majoração de tarifas de energia elétrica, com base nas Portarias do DNAEE nºs 38 e 45, de 27 de janeiro e 4 de março de 1986, respectivamente, durante a vigência do Plano Cruzado. A provisão para perdas nessas ações está contemplada no saldo de provisão para créditos de liquidação duvidosa. Adicionalmente, existem processos de natureza cível, trabalhista e fiscal em andamento em um montante de R$ 136.532, cuja probabilidade de perda foi estimada como possível e nenhuma provisão foi consignada nas demonstrações financeiras. Causas Possíveis Trabalhistas Cíveis Fiscais Juizados especiais 4.081 31.633 94.348 6.470 136.532 e) Contingências fiscais – processos com expectativa de perda possível e.1) ICMS – Termo de acordo 035/91 A Companhia celebrou Termo de Acordo nº 035/91 com a Secretaria de Fazenda do Estado do Ceará, onde formalizou a existência de regime especial de recolhimento de ICMS, o qual seria efetuado pelo valor arrecadado (receitas recebidas), em periodicidade decendial. Referido acordo vigorou até 31 de março de 1998, sendo revogado pelo Ato Declaratório nº 02/98. Não obstante, a Secretaria de Fazenda do Estado do Ceará lavrou 4 autos de infração relativos aos exercícios de 1995, 1996, 1997 e 1998 (período em que o mencionado termo de acordo era vigente) para cobrar débitos de ICMS não recolhidos, no valor atualizado de R$ 9.200. A Companhia aguarda decisão de recurso apresentado (Embargos de Declaração) ao Conselho de Recursos Tributários, contra decisão que julgou os Autos de Infração parcialmente procedentes, determinando o recolhimento do ICMS devido pelos valores nominais, excluídos a penalidade e os juros de mora. e.2) ICMS – Base cadastral de consumidores isentos e imunes A Secretaria de Fazenda do Estado do Ceará lavrou um auto de infração em 29 de dezembro de 2004, no valor atualizado de R$ 9.025, no intuito de exigir créditos de ICMS oriundos de erro na base cadastral de consumidores isentos e imunes (classes comercial, industrial, iluminação pública e serviços públicos) referentes ao período de abril a agosto de 1999. A Companhia impugnou o auto e aguarda decisão de primeira instância administrativa. Adicionalmente, foi lavrado um auto de infração em 29 de dezembro de 2005 com o mesmo objeto do auto acima, no valor atualizado de R$ 4.249, referente ao ano de 2000. A Companhia aguarda decisão de segunda instância administrativa. e.3) ICMS – Diferencial de alíquota A Companhia recebeu 3 autos de infração para a cobrança de diferencial de alíquota de ICMS sobre as aquisições interestaduais destinadas ao ativo permanente, relativas aos exercícios de 2001, 2002, e 2003 nos valores atualizados de R$ 28.934, R$ 11.941 e de R$ 3.262, respectivamente. A Coelce impugnou os autos e aguarda decisão de primeira instância administrativa. e.4) ICMS – Crédito oriundo da aquisição de bens destinados ao ativo permanente A Secretaria de Fazenda do Estado do Ceará lavrou um auto de infração para cobrar débitos de ICMS relativos aos anos de 2003 e 2004, no valor atualizado de R$ 2.751, por apropriação a maior de créditos de ICMS oriundos da aquisição de bens destinados ao ativo permanente. A Coelce impugnou o auto, mas foi proferida decisão de primeira instância julgando o auto procedente em 05 de novembro de 2008. A Companhia recorreu e aguarda decisão de segunda instância administrativa. e.5) ICMS – Transferência de Créditos Em 1º de agosto de 2005, a Fazenda Estadual ajuizou Execução fiscal para cobrar débitos de ICMS relativos às operações de transferência de créditos ocorridas durante o exercício de 1999 e 2000, no montante de R$ 1.577. Em 09 de março de 2007 foi proferida 149 150 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 sentença favorável à Coelce. A Fazenda Estadual apresentou recurso (Apelação), que está pendente de julgamento. Em 06 de maio de 2005, a Companhia ajuizou ação anulatória de débitos de ICMS relativos à operação de transferência de créditos ocorrida durante o exercício de 2001, que perfazem o montante de R$ 1.538. A Coelce aguarda decisão de primeira instância judicial. e.6) ISS A Companhia ajuizou em 08 de agosto de 2007 ação anulatória de débitos de ISS cobrados pela prestação de serviços acessórios indispensáveis ao fornecimento de energia, no valor de R$ 3.332. A companhia aguarda decisão de primeira instância judicial. Não obstante a Companhia tenha ajuizado ação anulatória, em 10 de outubro de 2007 o Município de Fortaleza ajuizou duas Execuções Fiscais para a cobrança dos mencionados débitos, nas quais a Coelce apresentou defesa e aguarda decisão de primeira instância judicial. Adicionalmente, o Município de Fortaleza ajuizou 3 Execuções Fiscais, que perfazem o montante de R$ 15.782 para cobrar débitos de ISS cobrados pela prestação de serviços acessórios indispensáveis ao fornecimento de energia. A Companhia aguarda decisão de segunda instancia judicial nos três processos. e.7) Multa Moratória Em 25 de abril de 2003, a Companhia impetrou Mandado de Segurança objetivando a exclusão da multa de mora imposta em decorrência da denúncia espontânea de débitos em atraso. Em 24 de agosto de 2005 foi proferida sentença que julgou o pedido procedente em parte, para que a Receita Federal se abstenha de efetuar o lançamento dos valores supostamente devidos a título de multa moratória até o limite de seus créditos comprovados nestes autos. Com base na decisão, a Coelce efetuou a compensação de créditos no montante de R$ 2.757. A Coelce aguarda o julgamento de recurso (Embargos de Declaração) contra decisão de segunda instância desfavorável à Companhia. Ações ordinárias (em unidade) Investluz S.A Eletrobrás Endesa Brasil S.A Fundos e Clubes de Investimentos Fundos de pensão Outros Total de ações TOTAL (I) 44.061.433 552.120 919.403 2.534.981 48.067.937 91,67% 0,00% 0,00% 1,15% 1,91% 5,27% 100% 23. Outras obrigações 2008 18.369 2007 39.811 Arrecadação de terceiros 718 2.912 Adiantamento de clientes 1.294 1.159 Empréstimos compulsórios Outros Total de outras obrigações 423 1.766 22.570 462 4.332 48.676 Circulante Não circulante 21.189 1.381 44.729 3.947 Passivos regulatórios (nota 6b - passivos) 24. Patrimônio líquido Em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 28 de abril de 2008 foi deliberado aumento de capital social no valor de R$ 9.889, mediante capitalização de parte da Reserva de Capital- Subvenções para Investimento e aprovada a conversão de 58 ações preferenciais classe B em ações preferências classe A, nos termos do § 2º do artigo 5º do Estatuto Social. O capital social está composto de ações sem valor nominal, assim distribuídas: 2008 (Em unidades) 48.067.937 28.131.352 1.656.010 77.855.299 Ações Ordinárias Ações Preferenciais A Ações Preferenciais B Ações preferenciais (em unidade) Classe A 3.967.756 1.770.000 10.530.834 2.998.522 8.864.240 28.131.352 0,00% 14,10% 6,29% 37,44% 10,66% 31,51% 100% Classe B 1.531.141 24 124.845 1.656.010 Total (em unidades) TOTAL (II) 0,00% 92,46% 0,00% 0,00% 0,00% 7,54% 100% 2007 (Em unidades) 48.067.937 28.123.352 1.664.010 77.855.299 5.498.897 1.770.000 10.530.858 2.998.522 8.989.085 29.787.362 0,00% 18,46% 5,94% 35,35% 10,07% 30,18% 100% (I) + (II) 44.061.433 5.498.897 1.770.000 11.082.978 3.917.925 11.524.066 77.855.299 56,60% 7,06% 2,27% 14,24% 5,03% 14,80% 100% Demonstrações Financeiras As ações preferenciais não têm direito a voto, nem são conversíveis em ações ordinárias. Entretanto, gozam de prioridade no reembolso do capital, tendo o direito a dividendos mínimos não cumulativos de 6% ao ano para as ações de classe “A” e 10% para as ações de classe “B”, calculados sobre o valor proporcional do capital social atribuído à respectiva classe, corrigido ao término de cada exercício social. As ações preferenciais de classe “B” poderão ser convertidas em ações preferenciais de classe “A”, a requerimento do interessado. A Companhia está autorizada a aumentar seu capital até o limite de 300.000.000 de ações sem valor nominal, sendo 100.000.000 de ações ordinárias e 193.352.996 mil de ações preferenciais Classe “A” e 6.647.004 mil de ações preferenciais Classe “B”. Dividendos propostos do exercício 2008 2007 263.129 244.751 A referida proposta de distribuição dos dividendos por ação é demonstrada como segue: Ações Ordinárias Ações Preferenciais Classe A Ações Preferenciais Classe B Total de dividendos propostos 2008 162.456 95.076 5.597 263.129 2007 151.110 88.410 5.231 244.751 25. Imposto de renda e contribuição social sobre o lucro Dividendos Os dividendos mínimos obrigatórios são calculados conforme a Lei das Sociedades por Ações, observando-se os percentuais definidos no estatuto social para as ações preferenciais (Nota 23). A partir de 2007, a Companhia deixou de constituir reserva legal por atender ao disposto no art. 193 § 1º da Lei 6.404/76 onde a soma da sua reserva de capital mais a reserva legal excedeu de 30% do capital social. A remuneração dos acionistas é demonstrada como segue: A conciliação entre a alíquota efetiva e a nominal de imposto de renda e contribuição social é como segue: Lucro antes do imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido (-) Participação dos lucros Alíquota nominal 2008 2007 Lucro líquido do exercício 338.523 244.751 (-) Reserva de Incentivo Fiscal (66.633) - (-) Ajustes de exercícios anteriores Lucro líquido ajustado (8.761) - 263.129 244.751 Os dividendos mínimos são como segue: 25% sobre o lucro líquido ajustado Dividendos mínimos sobre capital social Dividendos mínimos obrigatórios 2008 2007 2008 2007 2008 2007 Ações ordinárias 40.614 37.777 - - 40.614 37.777 Ações preferenciais classe A 23.769 22.103 9.603 9.386 23.769 22.103 Ações preferenciais classe B 1.399 1.308 942 926 1.399 1.308 65.782 61.188 10.545 10.312 65.782 61.188 Total A Administração da Companhia irá propor a seguinte distribuição dos resultados na próxima Assembléia Geral de Acionistas: Reversão da provisão sobre o ágio da incorporação Outros Despesas com IR e CSLL antes do benefício fiscal (-)Incentivo fiscal – Adene Despesas com IR e CSLL após o benefício fiscal 2008 2007 404.192 (7.078) 397.114 34% 135.019 (9.878) 83 125.224 (66.633) 58.591 357.130 (5.958) 351.172 34% 119.398 (10.045) (2.932) 106.421 106.421 A Companhia obteve incentivo de redução do imposto de renda por estar situada na área de atuação da Adene (Agência de Desenvolvimento do Nordeste). O reconhecimento do beneficio fiscal foi aprovado pela Adene em agosto de 2007 conforme laudo constitutivo nº. 0170/2007. O incentivo consiste na redução do imposto de renda devido em 75% do imposto de renda apurado a partir da receita líquida . O valor do imposto de renda que deixou de ser pago em virtude dos benefícios de redução foi contabilizado de acordo com a Lei nº 11.638/07 e Deliberação CVM nº 555 que aprovou o CPC nº 07 em que determina a contabilização no resultado do exercício 151 152 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 e posteriormente a transferência para reserva especial de lucro não distribuível, no qual somente poderá ser utilizada para absorção de prejuízos ou aumento de capital. Em virtude do acima exposto, a Companhia deixou de recolher, no ano de 2008, o montante de R$ 66.633 (R$ 60.097 em 2007). • Prazo para pagamento total: 14 parcelas semestrais e sucessivas, iniciando em 31 de dezembro de 2007 e terminando em 30 de junho de 2014. • Pagamento dos juros: mensais e sucessivos, corrigidos pelo INPC. • Amortização do principal: semestral calculado sobre o saldo devedor de cada mês, depois da aplicação da correção monetária pelo INPC. 26. Obrigações com benefícios pós-emprego (GRI EC3) A Companhia é patrocinadora de fundo de pensão, administrado pela Fundação Coelce de Seguridade Social – Faelce, entidade fechada de previdência privada complementar, sem fins lucrativos. A Fundação administra dois planos de benefícios, sendo um na modalidade de benefício definido (Plano BD), que tem por finalidade principal complementar os benefícios a que têm direito auferir, como segurados de previdência social, os empregados da Companhia, e um na modalidade de contribuição definida (Plano CD), que tem por objetivo conceder um benefício em função da reserva acumulada em nome do participante. O cálculo matemático relativo aos benefícios de complementação de aposentadorias e pensões do Plano BD adota o regime financeiro de capitalização. Para o Plano BD a Companhia contribui mensalmente com a taxa de 4,45% da folha de remuneração de todos os seus empregados e dirigentes participantes, para cobertura do custo normal e com taxa de 2,84% sobre o quociente (não inferior à unidade) entre o número de empregados e dirigentes participantes da Faelce, existentes em 31 de julho de 1997, e o número de empregados participantes existentes no mês de competência da contribuição suplementar amortizante, estando prevista a vigência dessa contribuição suplementar durante 22 anos e 6 meses, a contar de julho de 1997. Além desse percentual, a patrocinadora é responsável pelo pagamento das despesas administrativas do programa previdencial da referida entidade. Para o Plano CD a Companhia contribui mensalmente com o mesmo valor que o participante efetua. O valor da contribuição varia em função da remuneração, tendo seu cálculo definido com base nas alíquotas 2,5%, 4,0% e 9,0%, aplicadas “em cascata”. Em 30 de junho de 1999 foi firmado contrato de dívida consolidando todos os débitos provenientes de retenções e atrasos nos repasses de obrigações e encargos financeiros pela Companhia. Em 30 de junho de 2007 foi assinado um terceiro aditivo, conforme Resolução CGPC Nº 17/96 do Ministério da Previdência e Assistência Social, sob as seguintes condições: Em 31 de dezembro de 2008, o saldo a pagar a Faelce referente a esse contrato de dívida é de R$ 59.042 (R$ 63.917 em 2007), sendo R$ 11.023 (R$ 13.987 em 2007) classificado no ativo circulante e R$ 48.019 (R$ 49.930 em 2007) no ativo não circulante. A composição da obrigação atuarial, em 31 de dezembro de 2008, é como segue: Conciliação dos (ativos) passivos: Valor presente das obrigações atuariais Valor justo dos ativos (Ativo) Passivo atuarial 460.358 (468.558) (8.200) A companhia não registrou o ativo líquido de pensão devido ao seu plano junto a Faelce não prever redução efetiva das contribuições e não ser reembolsável por sua parte. Movimentação da obrigação atuarial líquido em 2008: Valor presente da obrigação atuarial total Custo dos serviços correntes (549.211) (5.719) Custo dos juros (49.278) Ganho atuarial 115.553 Benefícios pagos em 2008 Valor presente da obrigação atuarial total 36.105 (452.550) Movimentação do valor justo dos ativos dos planos: Valor justo dos ativos do plano (2007) Contribuições pagas em 2008 Rendimento real dos ativos 499.241 22.445 (25.223) Benefícios pagos em 2008 (36.105) Valor justo dos ativos do plano (final) 460.358 Demonstrações Financeiras Despesa prevista para 2009: Custo do Serviço Corrente 3.873 Custo dos Juros 51.484 Retorno dos Investimentos (46.258) Contribuição esperada dos empregados (2.338) Total de despesas previstas 6.761 As principais premissas adotadas pelo atuário independente para a avaliação são: Principais premissas atuariais Taxa de desconto para avaliação do custo de serviço corrente e da obrigação atuarial total Taxa de rendimento esperada sobre ativos do plano Taxa do crescimento salarial Taxa de inflação esperada 2008 2007 11,80% inflação anual+desconto 7,5%a.a 9,20% inflação anual+desconto 5%a.a 10,24% inflação anual + juro real 6%a.a 10,24% inflação anual + juro real 6%a.a 5,84% (empregados participantes) 4% (participantes não empregados) 4% 5,18% (empregados participantes) 4% (participantes não empregados) 4% 4% 4% Reajuste de benefícios concedidos de prestação continuada Fator de capacidade do benefício/salário 98% 98% Taxa de rotatividade Nula Nula Tábua geral de mortalidade (qx) Tábua de entrada em invalidez (ix) Tábua de mortalidade de inválidos( Tábua de mortalidade de ativos estrangeira, sem nenhum caráter especulativo. Desta forma, a Companhia possui operações de hedge cambial com o objetivo de minimizar sua exposição, nas operações expostas à variação cambial. Essas operações de hedge são swaps de moeda e taxas de juros. ) AT-83 AT-83 LIGHT-MÉDIA LIGHT-MÉDIA qx da AT-49 qx da AT-49 método de Hamza método de Hamza 27. Instrumentos financeiros e riscos operacionais (atendimento à deliberação CVM nº 566 de 17 de dezembro de 2008) Considerações Gerais A Companhia possui políticas e estratégias operacionais e financeiras visando manter a liquidez, segurança e rentabilidade de seus ativos. Para tanto, mantém sistemas de controle e acompanhamento gerenciais das transações financeiras e seus respectivos valores, com a finalidade de monitorar os riscos e taxas praticadas pelo mercado. A Companhia utiliza instrumentos financeiros derivados com a premissa exclusiva de proteção aos riscos financeiros de variação cambial de suas captações realizadas em moeda Fatores de Risco A linha de negócio da Companhia está concentrada na distribuição de energia elétrica em toda a área de concessão do Estado do Ceará. Em sintonia com a gestão financeira e melhores práticas para minimização de riscos financeiros, bem como observar os aspectos regulatórios, identifica os seguintes fatores de riscos que podem afetar seus negócios: a) Risco de taxa de câmbio Esse risco decorre da possibilidade da Companhia vir a incorrer em perdas por conta de flutuações nas taxas de câmbio, que aumentem as despesas financeiras e os saldos de passivo de empréstimos e financiamentos em moeda estrangeira captados no mercado. A Companhia, visando assegurar que oscilações significativas nas cotações das moedas a que está sujeito seu passivo em moeda estrangeira não afetem seu resultado e fluxo de caixa, possui em 31 de dezembro de 2008, uma operação de hedge cambial, com fim único de proteção da dívida. Os ajustes a débito e a crédito dessas operações estão registrados na demonstração do resultado. No exercício findo em 31 de dezembro de 2008 a Companhia apurou um resultado negativo não realizado na operação de hedge cambial no montante de R$ 13.430 (nota 18). Vide abaixo análise de sensibilidade do risco taxa de câmbio, demonstrando os efeitos da variação do dólar sobre a parcela da dívida swapada no resultado da variação nos cenários. Quadro I – Risco: Alta do USD – Projeção para os próximos 6 meses R$ Operação Risco Cenário Provável Cenario Possível Cenário Remoto USD USD +25% USD + 50% 2,4529 2,921 3,5055 Dívida BEI USD (83.103) (103.870) (124.655) Swap ponta Ativa – ABN Amro USD 83.103 103.870 124.655 b) Risco de encargos de dívida Este risco é oriundo da possibilidade da Companhia vir a incorrer em perdas por conta de flutuações nas taxas de juros ou outros indexadores de dívida, que aumentem as despesas financeiras relativas a empréstimos e financiamentos captados no mercado. A Companhia não tem pactuado contratos de derivativos para fazer swap contra este risco. Porém, a Companhia monitora as taxas de juros de mercado com o objetivo de avaliar a eventual necessidade 153 154 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 de contratação de derivativos para se proteger contra o risco de volatilidade dessas taxas. Minimizando esse risco, a Companhia busca aumentar à participação de empréstimos com taxas pré-fixadas (BNB e Eletrobrás) e atrelados a outros índices menos voláteis às oscilações do mercado financeiro, como a TJLP (BNDES). Abaixo análise de sensibilidade do risco nas variações do CDI na parcela da dívida após o swap, que demonstra os efeitos no resultado. Quadro II – Risco: Alta do CDI – Projeção para os próximos 6 meses R$ Operação Risco Cenário Provável Cenario Possível Cenário Remoto CDI CDI + 25% CDI + 50% 13,07 15,46 18,56 Swap ponta passiva – ABN Amro CDI (98.928) (99.548) (100.337) Conforme demonstrado, a variação do dólar sobre a parcela da dívida coberta pelo swap é compensada pela variação oposta sofrida por sua ponta ativa. Essa parcela da dívida troca de indexação, passando a sofrer a variação do CDI, em reais, e a correr riscos de aumento de encargos, porém reduzindo sua exposição cambial. Essas análises de sensibilidade têm por objetivo ilustrar a sensibilidade a mudanças em variáveis de mercado nos instrumentos financeiros da Companhia. As análises de sensibilidade acima demonstradas são estabelecidas com o uso de premissas e pressupostos em relação a eventos futuros. A Administração da Companhia revisa regularmente essas estimativas e premissas utilizadas nos cálculos. Não obstante, a liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores diferentes dos estimados devido à subjetividade inerente ao processo utilizado na preparação dessas análises. c) Risco de Crédito Esse risco surge da possibilidade de a Companhia vir a incorrer em perdas resultantes da dificuldade de recebimento de valores faturados a seus clientes. Esse risco é avaliado como baixo, considerando a pulverização do número de clientes. Adicionalmente, a Companhia tem o direito de interromper o fornecimento de energia caso o cliente deixe de realizar o pagamento de suas faturas, dentro de parâmetros e prazos definidos pela legislação e regulamentação específicas. A provisão para créditos de liquidação duvidosa é estabelecida em montante julgado suficiente, pela Administração da Companhia, para cobrir possíveis riscos de realização das contas a receber. d) Risco de Escassez de Energia Corresponde ao risco de escassez na oferta de energia elétrica por parte das usinas hidroelétricas por eventuais atrasos do período chuvoso, associado ao crescimento de demanda acima do planejado, podendo ocasionar perdas para a Companhia em função do aumento de custos ou redução de receitas com a adoção de um novo programa de racionamento, como o verificado em 2001. No entanto, considerando os níveis atuais dos reservatórios e as simulações efetuadas, o Operador Nacional de Sistema Elétrico – ONS não prevê para os próximos anos um novo programa de racionamento. e) Risco de vencimento antecipado A Companhia possui contratos de empréstimos e financiamentos com cláusulas restritivas que, em geral, requerem a manutenção de índices econômico-financeiros em determinados níveis (“covenants” financeiros). O descumprimento dessas restrições pode implicar em vencimento antecipado da dívida (vide nota explicativa no 18). Essas restrições são monitoradas adequadamente e não limitam a capacidade de condução normal das operações. Valorização dos instrumentos financeiros Em 31 de dezembro de 2008, os principais instrumentos financeiros ativos e passivos, incluindo-se as operações de derivados, estão assim avaliados: • Disponibilidades: os valores demonstrados nos balanços patrimoniais se aproximam dos valores de mercado; • Ativos e Passivos Regulatórios: os valores estão registrados conforme critérios definidos por regras ou orientações da Aneel; • Empréstimos e financiamentos: registrados conforme condições contratuais (nota 16). • Instrumentos financeiros derivativos – a operação com derivativo tem por objetivo a proteção contra variações cambiais nas captações realizadas em moeda estrangeira e não possui nenhum caráter especulativo. Dessa forma, é considerado como instrumento de hedge e está contabilizado pelo valor de mercado. O valor justo é calculado projetando os fluxos futuros das operações (ativo e passivo) utilizando as curvas da BM&F e trazendo esses fluxos a valor presente com a taxa DI futura da BM&F. Os valores da curva e de mercado do instrumento derivativo (swap) de 31 de dezembro de 2008 são como segue: Derivativo Swap ABN AMRO Valor da curva 12.290 Valor de mercado (contábil) 13.430 Diferença 1.140 A estimativa do valor de mercado das operações de swaps foi elaborada baseando-se no modelo de fluxos futuros a valor presente, descontados a taxas de mercado apresentadas pela BM&F na data de fechamento do ano. Demonstrações Financeiras A Companhia possui instrumentos derivativos com objetivo exclusivo de proteção econômica e financeira contra a variação cambial utilizando, em 31 de dezembro de 2008, apenas swap dólar para CDI, não possuindo derivativos exóticos ou outras modalidades. As operações de hedge são contratadas apenas como proteção do endividamento em moeda Valores de Referência Moeda Estrangeira Moeda Local Data dos Contratos Data de Vencimento 16/06/06 15/06/12 Dólar + 5,49% a.a. 98,8% do CDI 15/10/08 Dólar + 5,5% a.a. 103,8% do CDI 15/02/08 JPY + 2,466% a.a 103,7% do CDI Posição 2008 USD 30,471 2007 USD 40,027 USD 746 29/07/04 2007 R$ 79,946 R$ 93,376 -R$ 13,430 R$ 76,987 R$ 109,530 -R$ 32,543 Efeito Acumulado 2007 Valor a receber/ Valor a recebido pagar/pago -R$ 32,543 R$ 2,278 -R$ 2,219 R$ 27,000 -R$ 5,419 R$ 10,101 R$ 17 R$ + 12,7476% a.a R$ 10,523 01/08/08 109% do CDI R$ 10,506 R$ 17 29/08/08 Dólar + 2% a.a. 109,5% do CDI USD 40,415 04/09/07 2008 Efeito Acumulado 2008 Valor a receber/ Valor a recebido pagar/pago -R$ 13,430 R$ 22,659 R$ 28,078 -R$ 5,419 R$ 10,101 24/08/07 2007 R$ 91,442 Valor Justo R$ 1,573 R$ 3,792 -R$ 2,219 JPY 1,444,082 20/08/07 2008 R$ 69,612 estrangeira, de forma que os ganhos e perdas dessas operações decorrentes da variação cambial sejam compensados pelos ganhos e perdas equivalentes das dívidas em moeda estrangeira. Em 31 de dezembro de 2008 e 2007, a Companhia detinha operações de swap, conforme demonstrado a seguir: R$ 79,000 -R$ 9,854 R$ 72,057 R$ 81,911 -R$ 9,854 155 156 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 28. Fornecimento de energia elétrica A composição do fornecimento de energia elétrica, por classe de consumidores, é como segue: Nº de consumidores Não auditado 2008 Fornecimento faturado Residencial Normal Residencial Baixa Renda Industrial Comércio, serviços e outros Rural Poder público Iluminação pública Serviços públicos (+) Estorno provisão refaturamento Prefeituras Total do Faturamento Fornecimento não faturado Consumidores, concessionários e permissionários Baixa renda Reposicionamento Revisão Tarifária Reposicionamento Tarifário-Transmissoras Recuperação Perda de Receita 2001 Recuperação Energia Livre – Geradoras Recuperação parcela A Suprimento Receita encargos de uso da rede elétrica Baixa Energia Livre Outras receitas Receita Operacional Bruta (-) Deduções da Receita ICMS Cofins PIS RGR – Quota para Reserva Global de Reversão CCC – Conta de Consumo de Combustível Outros impostos e contribuições sobre a Receita Total de deduções de receita Total receita operacional líquida 2007 MWh Não auditado 2008 R$ 2007 2008 2007 647.131 253.072 388.578 600.805 133.370 159.132 94.302 67.286 2.343.676 6.000 2.349.676 9.100 2.358.776 174.066 5.542 700 (18.339) (6.429) (48.866) 13.245 55.331 57.475 105.036 2.696.537 630.204 235.783 353.914 566.455 123.282 151.200 89.662 68.026 2.218.526 2.218.526 (2.071) 2.216.455 173.359 (22.464) (1.867) (55.685) (19.492) 11.749 45.695 100.099 2.447.849 574.460 1.558.032 5.943 151.276 303.994 28.400 5.697 1.634 2.629.436 - 651.596 1.385.387 6.015 146.680 267.709 27.084 3.977 1.547 2.489.995 - 1.301.003 1.249.971 1.291.747 1.433.357 711.869 393.434 367.722 236.458 6.985.561 - 1.253.449 1.158.663 1.168.320 1.339.405 660.514 371.717 345.548 244.700 6.542.316 - - - - - - - - - (528.563) (111.412) (501.577) (96.012) - - - - (24.518) (21.421) - - - - 2.629.436 2.489.995 6.985.561 6.542.316 (29.917) (55.251) (31.832) (781.493) 1.915.044 (23.156) (58.160) (28.644) (728.970) 1.718.879 Demonstrações Financeiras 29. Outras receitas operacionais Inspeção de instalações e serviços vários Renda na prestação de serviços Arrendamento e aluguéis Serviço taxado Reversão déficit atuarial Outros Total de outras receitas operacionais 2008 5.056 82.967 10.928 4.427 1.658 105.036 2007 (Reclassificado) 3.780 63.582 9.989 5.218 16.289 1.241 100.099 30. Compra e venda de energia na CCEE Nos exercícios de 2008 e 2007 a Companhia efetuou a comercialização de energia de curto prazo no âmbito da Câmara de Compensação de Energia Elétrica – CCEE, conforme a seguir demonstrado: 2008 Compra Compra de energia Ajustes Venda Venda de energia CVA Sobrecontratação Ajustes MWh Não auditado 18.400 1.012 19.412 MWh Não auditado 215.112 (12.133) 202.979 R$ (5.076) 168 (4.908) 2008 R$ 26.679 (10.948) (2.486) 13.245 2007 MWh Não auditado 24.245 24.245 MWh Não auditado 170.876 170.876 R$ (2.346) (2.346) 2007 R$ 11.749 11.749 157 158 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 31. Resultado do serviço As despesas operacionais têm a seguinte composição por natureza de gasto: Descrição Receita operacional líquida Pessoal Material Serviços de terceiros Energia elétrica comprada para revenda Energia elétrica comprada para revenda – Ativo transmissoras Encargos do uso do sistema de transmissão Encargos do uso do sistema de transmissão – Ativo transmissoras Encargo serviço de sistema – ESS Provisão CVA-ESS Depreciação e amortização Amortização/reversão ágio da incorporação Provisão saldo a cobrar reajuste tarifário 2005 Provisões para créditos de liquidação duvidosa Provisão/Reversão perda de receita – racionamento Taxa de fiscalização da Aneel Baixa ativo regulatório Baixa energia livre Provisão para contingências Outras despesas operacionais Custo do Serviço Serviços prestados a terceiros (70.386) (16.097) (138.105) (882.853) 3.793 (65.870) (5.193) (33.318) 24.695 (99.350) (6.137) (1.288.821) (3.091) (3.321) (6.412) Resultado do serviço Resultado financeiro Resultado operacional Despesa de pessoal Remunerações Encargos sociais Benefícios Outros (-) Transferências para imobilizado em curso Total de despesa de pessoal 2008 (74.870) (24.331) (30.041) 372 2007 (71.882) (23.058) (26.460) 568 40.251 27.656 (88.619) (93.176) Outras despesas operacionais Aluguéis Publicidade e propaganda Indenizações a terceiros Doações, contribuições e subvenções Seguros Tributos Estagiários Publicações legais e assinaturas Custos judiciais Perda na alienação de bens Prejuizo na desativação de bens Material de segurança Despesas gerais Total de despesas operacionais Despesa de Depesas Gerais e Vendas Administrativas (25.856) 106.873 (106.881) (50.482) (2) (76.348) (18.233) (9.990) (15.044) (2.207) (8.897) (54.371) Outras (15) (14.967) (9.040) (4.311) (4.042) 6.509 (10.118) (35.984) 2008 1.915.044 (88.619) (29.178) (182.326) (882.853) 3.793 (65.870) (5.193) (33.318) 24.695 (101.572) (14.967) (9.040) 102.562 (4.042) (106.881) (50.482) 6.509 (25.154) (1.461.936) 453.108 (48.916) 404.192 2008 (5.971) (5.262) (1.442) (1.367) (987) (477) (1.003) (598) (290) (2.212) (1.928) (2.651) (966) (25.154) 2007 (Reclassificado) 1.718.879 (93.176) (27.814) (164.100) (815.939) (5.057) (57.087) 6.924 (95.860) (15.220) (14.333) (45.045) (4.407) (6.136) (16.663) (1.353.913) 364.966 (7.836) 357.130 2007 (Reclassificado) (4.799) (2.114) (1.320) (1.221) (836) (311) (955) (465) (254) (1.311) (1.967) (1.110) (16.663) Demonstrações Financeiras Quantidade MWH R$ Não auditado Energia elétrica comprada para revenda 2008 2007 2008 2007 Central Geradora Termelétrica de Fortaleza – CGTF 2.690.000 2.690.000 (414.955) (425.317) Centrais Elétricas S.A. – Furnas 1.610.406 1.591.470 (120.173) (116.454) Companhia Hidroelétrica do São Francisco – Chesf 1.238.004 1.136.151 (89.565) (75.070) Companhia Energética de São Paulo- CESP 602.602 562.172 (46.191) (40.991) Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A – Eletronorte 487.530 323.922 (37.314) (33.649) Copel Geração S.A – Copel 418.644 390.065 (29.785) (27.146) Cemig - Geração e Transmissão S.A. 289.922 266.506 (23.392) (20.336) Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) 19.412 24.245 (4.908) (2.346) Programa de Inc. as Fontes Alternativas – Proinfa 121.017 75.676 (18.238) (14.538) CVA Compra de Energia do Período 11.231 22.279 CVA – Proinfa 1.862 1.469 Amortização CVA (35.653) (44.885) Energia comprada – Transmissoras (5.057) Amortização Energia Comprada – Transmissoras 3.793 Contratos por disponibilidade 78.859 (26.837) Outros 625.248 470.071 (48.935) (38.955) Total energia comprada para revenda 8.181.644 7.530.278 (879.060) (820.996) 32. Participação nos resultados A Companhia implantou o programa de participação dos empregados nos resultados, nos moldes da Lei nº 10.101/00 e artigo nº 189 da Lei nº 6.404/76, baseado em acordo de metas operacionais e financeiras previamente estabelecidas com os mesmos. O montante dessa participação para o exercício de 2008 foi de R$ 7.078 (R$ 5.958 em 2007). 33. Remuneração dos administradores Os honorários dos administradores foram fixados pela Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária realizada em 28 de abril de 2008, no montante global anual de até R$ 6.000 (R$ 5.600 em 2007). Desse total, R$ 3.051 (R$ 2.645 em 2007) foram apropriados em despesas gerais e administrativas durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2008 34. Seguros Os principais ativos em serviço da Companhia estão segurados por uma apólice internacional do Grupo Endesa, no montante global de U$ 283.716, correspondendo a R$ 663.044(*), com uma cobertura por eventos de danos materiais combinado a perda de benefícios no montante de U$ 30.000, correspondendo a R$ 70.110(*). A Companhia também mantém um seguro de responsabilidade civil que faz parte do programa de seguros corporativos do grupo Endesa no valor de U$ 150.000 por sinistro ou agregado anual, correspondendo a R$ 350.550(*). Ambos programas, tem validade no período compreendido de 30 de junho de 2008 a 30 de junho de 2009. Na tabela abaixo se registra o prêmio total de R$ 1.951, sendo R$ 876 de riscos operacionais e R$ 1.075 de responsabilidade civil. A especificação por modalidade de risco e data de vigência está demonstrada a seguir: Risco Danos materiais Responsabilidade Civil Vigência 30.06.2008 a 30.06.2009 30.06.2008 a 30.06.2009 2008 70.110 350.550 * Os valores em reais foram convertidos pela ptax de 2,3370 de 31 dezembro de 2008 35. Questões Ambientais A Coelce, a cada ano, reafirma seu compromisso de levar desenvolvimento socioeconômico ao Estado do Ceará causando o mínimo impacto ao meio ambiente. Para isso cumpre rigorosamente a legislação e as normas ambientais, investe em pesquisa, novas tecnologias, educação ambiental, bem como desenvolve projetos ambientais que beneficiam a sociedade em geral. Para a Coelce, somente com a participação consciente de todos será possível garantir um futuro adequado às próximas gerações. Em 2008, dentre as ações ambientais que merecem destaque, tem-se: a) Uso de Rede Compacta/ Linha Verde Com o objetivo de minimizar a necessidade de podas em redes de média-tensão, a Coelce investe em cabos aéreos protegidos (chamados spacer), que requerem menor supressão vegetal. Nas redes de baixa-tensão, desde 2002, a Coelce adota um padrão de construção de redes com cabos pré-reunidos (trançados), cobertos, que oferecem segurança e menor poluição visual, além de reduzirem a supressão vegetal. Em 2008 foram investidos R$ 14.928. b) Realização do Programa de Eficiência Energética O combate ao desperdício de energia elétrica é o principal objetivo deste programa. Em 2008 foram investidos R$ 7.822 que, entre outras iniciativas, proporcionou: • Modernização dos sistemas de iluminação e troca de aparelhos de ar condicionado, ineficientes, por outros modernos e mais eficientes do ponto de vista energético, com 159 160 coelce08 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2008 selo de qualidade Procel, em hospitais, escolas, universidades e centros de pesquisa e entidades associativas; • Substituição de geladeiras antigas, ineficientes, por eficientes, a clientes baixa-renda. Após a substituição a Companhia dá a destinação ambientalmente correta dos resíduos perigosos gerados, cumprindo o Protocolo de Montreal, com referência ao gás clorofluorcarbono (CFC), bem como do óleo do compressor, o qual é recolhido e regenerado; • Substituição de lâmpadas incandescentes por fluorescentes compactas (eficientes) e palestras para o uso eficiente da energia elétrica, beneficiando comunidades de baixa-renda. c) Manutenção do Sistema de Gestão Ambiental Em 2008 a Coelce manteve a certificação de seu sistema de gestão ambiental, conquistada em 2006, e ampliou o escopo, atendendo à norma ISO 14001:2004, emitida pelo Bureau Veritas Certification. O escopo da certificação compreende construção, operação, manutenção do sistema de transmissão e distribuição de energia elétrica e suas atividades de apoio, focadas nas seguintes unidades de negócio: Administração Central, Gerência de Distribuição Fortaleza e Metropolitana, Departamento de Distribuição Norte e Relacionamento Comercial da Loja de Atendimento de Sobral, sede do Departamento de Distribuição Centro Norte, sede do Departamento de Distribuição Centro Sul Iguatú, sede do Departamento de Distribuição Centro Norte Canindé, sede do Departamento de Distribuição Sul e Relacionamento Comercial da Agência de Juazeiro do Norte. 36. Demonstração do resultado por atividade (não auditada) Em atendimento às instruções e orientações da Aneel, apresentamos as demonstrações financeiras, em 31 de dezembro de 2008, das unidades de negócio: distribuição, comercialização, atividades não vinculadas à concessão do serviço público de energia elétrica e consolidado. Demonstração do resultado por atividade Distribuição Comercialização RECEITA OPERACIONAL Fornecimento de energia elétrica Consumidores, concessionários e permissionários 1.257.083 1.101.693 Baixa renda 92.763 81.303 Reposicionamento revisão tarifária 1.845 3.697 Valor a devolver reajuste tarifário-transmissoras 372 328 Recuperação perda de receita racionamento (9.811) (8.528) Recuperação energia livre – Geradoras (3.440) (2.989) Recuperação parcela A (26.004) (22.862) Suprimento de energia elétrica 13.245 Receita de uso da rede elétrica 55.331 Baixa Energia Livre 57.475 Outras receitas 12.172 92.864 Total de fornecimento de energia elétrica, bruta 1.380.311 1.316.226 Deduções à receita operacional: ICMS (281.695) (246.868) Cofins (60.440) (50.972) PIS (16.884) (7.634) ISS (1.859) (178) Quota para reserva global de reversão (29.917) Conta consumo combustível (55.251) Conta de desenvolvimento energético (13.526) Programas de eficiência energética e P&D (16.271) Encargo de capacidade/aquisição Emergencial 2 Total do fornecimento de energia elétrica, líquida (475.843) (305.650) Receita operacional líquida 904.468 1.010.576 Custo do serviço de energia elétrica: Custo com energia elétrica: Energia elétrica comprada para revenda (882.853) Energia elétrica comprada para revenda-ativo transmissoras 3.793 Encargos de uso da rede de transmissão (74.492) Encargos de uso da rede de transmissão-ativo transmissoras (5.193) Total do custo com energia elétrica (958.745) Custo de operação: Pessoal (33.926) (27.300) Entidade de previdência privada (5.076) (4.084) Material (10.031) (6.066) Serviços de terceiros (70.515) (67.590) Depreciação e amortização (98.041) (1.309) Outras (2.623) (3.515) Total do custo de operação (220.212) (109.864) (220.212) (1.068.609) Custo do serviço prestado a terceiros: (6.412) Lucro bruto operacional 684.256 (64.445) Atividades não vinculadas 2008 Consolidado - 2.358.776 174.066 5.542 700 (18.339) (6.429) (48.866) 13.245 55.331 57.475 105.036 2.696.537 - (528.563) (111.412) (24.518) (2.037) (29.917) (55.251) (13.526) (16.271) 2 (781.493) 1.915.044 - (882.853) 3.793 (74.492) (5.193) (958.745) - (61.226) (9.160) (16.097) (138.105) (99.350) (6.138) (330.076) (1.288.821) (6.412) 619.811 Demonstrações Financeiras Demonstração do resultado por atividade Despesas operacionais Despesas com vendas Despesas gerais e administrativas Amortização/Reversão do ágio oriundo da incorporação Taxa de fiscalização Aneel Provisão para créditos de liquidação duvidosa Provisão para contingências Outras Total das despesas operacionais Distribuição Comercialização Atividades não vinculadas 2008 Consolidado (14.967) - (16.983) (32.100) (4.042) 6.867 (8.139) (54.397) (59.365) (22.271) (13.351) (358) (1.979) (97.324) (15) (14.982) (76.348) (54.371) (14.967) (4.042) (13.351) 6.509 (10.133) (166.703) Resultado do serviço público de energia elétrica 629.859 (161.769) (14.982) 453.108 Receitas (Despesas) financeiras: Renda de aplicações financeiras Acréscimo moratório em conta de energia Atualização Perda de Receita Racionamento Encargos de dívidas Variações monetárias Outras Total receitas (despesas) financeiras 12.288 (59.053) (30.468) (16.832) (94.065) 31.847 4.668 8.634 45.149 - 12.288 31.847 4.668 (59.053) (30.468) (8.198) (48.916) Resultado Operacional 535.794 (116.620) (14.982) 404.192 Lucro antes da Contribuição Social, do imposto de renda, participações 535.794 (116.620) (14.982) 404.192 Contribuição social Contribuição social diferido Imposto de renda Imposto de renda diferido Incentivo Fiscal – IRPJ (34.304) 1.102 (94.543) 2.521 66.633 - Lucro antes das participações 477.203 (116.620) (34.304) 1.102 (94.543) 2.521 66.633 (14.982) 345.601 Participação nos lucros (3.922) (3.156) - (7.078) Lucro Líquido do Exercício 473.281 (119.776) (14.982) 338.523 Lucro líquido do exercício por ação - R$ 4,35 161 Informações corporativas Conselho de Administração Companhia Energética do Ceará – Coelce Mário Fernando de Melo Santos Marcelo Andrés Llévenes Rebolledo Aurélio Ricardo Bustilho de Oliveira Cristóbal Sanchez Romero Cristián Eduardo Fierro Montes Gonzalo Manuel Vial Vial José Alves de Mello Franco José Nunes de Almeida Neto Jorge Parente Frota Júnior 1 Fernando Antônio de Moura Avelino 2 Roberto de Pádua Macieira 3 Rua Padre Valdevino, 150 – Bairro Piedade CEP 60.135-040 – Fortaleza – Ceará – Brasil | GRI 2.4 | Fone: 55 85 3453 4800 CNPJ/MF: 07.047.251/0001-70 Registro na CVM: 01486-9 Inscrição Estadual: 06.105.848-3 Inscrição Municipal: 112.188-0 www.coelce.com.br Conselheiro independente 2 Conselheiro independente, eleito pelos empregados acionistas 3 Conselheiro independente, eleito pelos acionistas minoritários Diretor Financeiro e de Relações com Investidores 1 Relações com Investidores Luiz Carlos Bettencourt David Abreu Conselho Fiscal Responsável por Relações com Investidores Antônio Cleber Uchoa Cunha Antônio Osvaldo Alves Teixeira Sérgio Queiroz Lyra +55 21 2613-7094 [email protected] Isabel Alcântara Diretoria-Executiva Coordenadora Financeira Abel Alves Rochinha – Diretor-presidente Aurélio Ricardo Bustilho de Oliveira – Diretor de Planejamento e Controle de Gestão José Alves de Mello Franco – Diretor de Regulação José Nunes de Almeida Neto – Diretor de Relações Institucionais, Governamentais, Meio Ambiente +55 85 3453-4029 [email protected] e Responsabilidade Social Corporativa José Renato Ferreira Barreto – Diretor de Recursos Humanos José Távora Batista – Diretor Técnico Luiz Carlos Laurens Ortins Bettencourt – Diretor de Finanças e Relações com Investidores Olga Jovanna Carranza Salazar – Diretora Comercial Sílvia Cunha Saraiva Pereira – Diretora Jurídica Hugo Nascimento +55 21 2613-7773 [email protected] [email protected] www.coelce.com.br/ri.htm informações corporativas CRÉDITOS Instituição Depositária das Ações Banco Itaú S/A Av. Eng. Armando de Arruda, Nº 707, 9º andar, Jabaquara 04.344-902 - São Paulo – SP – Brasil e-mail: [email protected] Bolsas de Valores Códigos de negociação na BM&FBovespa: Coelce ON – COCE3 Coelce PNA – COCE5 Coelce PNB – COCE6 Coordenação geral Auditores Independentes AGN Canarim Auditores Associados Auditores Independentes Flávia da Matta Design Site na internet Encontram-se disponíveis no site www.coelce.com.br/ri.htm informações detalhadas sobre o desempenho financeiro da companhia, atos societários, governança corporativa, indicadores de mercado, relatórios, balanços anuais e trimestrais, apresentações institucionais, dentre outras. Diretoria de Relações Institucionais, Governamentais, Meio Ambiente e Responsabilidade Social Corporativa – José Nunes de Almeida Neto Área de Responsabilidade Social Corporativa e Meio Ambiente – Sérgio Araújo de Sousa Coordenação de conteúdo e editorial Débora Pinho – Área de Responsabilidade Social Corporativa e Meio Ambiente Conteúdo e redação Editora Contadino Projeto gráfico Ilustrações Estúdio Olga Fotos Local Foto Esclarecimentos adicionais sobre este relatório podem ser obtidos com: Área de Responsabilidade Social Corporativa e Meio Ambiente E-mails: [email protected] Tel.: (85) 3453-4821 163 RUA PADRE VALDEVINO 1 5 0 P I E D A D E F O RTA L E Z A C E 6 0 1 3 5 - 0 4 0 | www.coelce.com.br