Revista Canavieiros - Fevereiro de 2010
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Revista Canavieiros - Fevereiro de 2010
Editorial
Mudança
necessária
A Reportagem de Capa da Canavieiros de fevereiro, traz a cobertura
da Audiência Pública que aconteceu
no início do mês em Ribeirão Preto, e
que esquentou a discussão sobre a
necessidade de revisão da legislação
ambiental, principalmente do Código
Florestal, possibilitando um desenvolvimento sustentável entre a produção e o meio ambiente. Esse também é o tema abordado em “Assuntos Legais”, pelo advogado da Canaoeste, Juliano Bortoloti.
Neste mês, a redação entrevistou
Cesário Ramalho, que desde 2009 preside a mais importante feira do agronegócio da América Latina: A
Agrishow – Feira Internacional da
Tecnologia em Ação. Segundo Ramalho, as expectativas para esse ano são
muito positivas e prometem uma recuperação nos negócios realizados
durante a feira.
Quem assina o Ponto de Vista é
Edivaldo Del Grande, presidente das
Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp). Edivaldo
comenta o setor sucroenergético brasileiro e as barreiras ambientais enfrentadas pelos produtores rurais.
O leitor também pode conferir as
características e recomendações das
variedades CTC no “Artigo Técnico” assinado pelo Centro de Tecnologia Canavieiro. Informações Setoriais, notícias Copercana e Canaoeste e muitos outros assuntos e reportagens completam a Canavieiros
de fevereiro.
Boa leitura!
Conselho Editorial
Nota de
Esclarecimento
A REVISTA CANAVIEIROS esclarece seus clientes,
parceiros e leitores que, na edição nº 43, ano V, de janeiro
de 2.010, página 31, publicou anúncio pago contratado por
conta e risco da empresa Cavalhari Representações Ltda.,
CNPJ nº 03.910.293/0001-32, da cidade de Rio Acima-MG.,
sendo esta a única responsável pelas condições dos planos
de financiamentos e pelas exigências de garantias contratuais,
o que requer, como de praxe, cautela dos interessados na
concretização dos negócios anunciados.
Conselho Editorial
Revista Canavieiros - Fevereiro de 2010
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Indice
EXPEDIENTE
Capa
CONSELHO EDITORIAL:
Antonio Eduardo Tonielo
Augusto César Strini Paixão
Clóvis Aparecido Vanzella
Manoel Carlos de Azevedo Ortolan
Manoel Sérgio Sicchieri
Oscar Bisson
Audiências públicas
debatem o Código
Florestal
Ribeirão Preto foi sede de mais
uma audiência que contou
com a participação de aproximadamente 2.600 pessoas
22
Pag.
Pag.
OUTRAS
DEST
A QUES
DESTA
Entrevista
Pag.
Cesário Ramalho
Presidente do Conselho
Consultivo da Agrishow e
presidente da Sociedade
Rural Brasileira
Pag.
CIRCULAR
1 2 CONSECANA
16
SAFRA DE
GRÃOS
E que venha a Agrishow...
P
Pa
ag
g ..
05
Pag.
Ponto de vista
Edivaldo Del Grande
presidente da Ocesp
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INFORMAÇÕES
P a g .2 6
SETORIAIS
Um ano de oportunidades e
grandes desafios
CLIMA
Pag.
P
Pa
ag
g ..
Notícias
0
08
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10
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Canaoeste
- Plano de Eliminação Gradativa da Queima da Palha de Cana-de-Açúcar e Protocolo Agroambiental do Setor Sucroalcooleiro
- Assembleia Geral Ordinária
Notícias
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DIAGRAMAÇÃO:
Rafael H. Mermejo
EQUIPE DE REDAÇÃO / FOTOS:
Carla Rodrigues - MTb 55.115
Carla Rossini
Rafael H. Mermejo
COMERCIAL E PUBLICIDADE:
(16) 3946-3311 - Ramal: 2208
[email protected]
IMPRESSÃO:
Pluss.br. Grafica e Editora Ltda
TIRAGEM:
11.000 exemplares
ISSN:
1982-1530
DESTAQUE
Pag.
Copercana
- O produtor fala para a gente...
- Dia de Campo de Amendoim
Notícias
ASSUNTOS
LEGAIS
EDITORA:
Carla Rossini – MTb 39.788
Pag.
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CULTURA
Pag.
36
Pag.
CLASSIFICADOS
Pag.
37
AGENDE-SE
Pag.
38
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Cocred
- Balanço patrimonial
- Demonstração do resultado do exercício
Pag.
A Revista Canavieiros é distribuída
gratuitamente aos cooperados, associados e fornecedores do Sistema
Copercana, Canaoeste e Cocred. As
matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. A reprodução parcial
desta revista é autorizada, desde que
citada a fonte.
ENDEREÇO DA REDAÇÃO:
Rua Dr. Pio Dufles, 532
Sertãozinho – SP - CEP:- 14.170-680
Fone: (16) 3946 3311 - (ramal 2190)
www.revistacanavieiros.com.br
Artigo Técnico
Variedades CTC
características e recomendações
Centro de Tecnologia Canavieira - CTC
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Revista Canavieiros - Fevereiro de 2010
Revista Canavieiros - Fevereiro de 2010
Pag.
Pag.
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www.twitter.com/canavieiros
[email protected]
Entrevista
Cesário Ramalho
Presidente do Conselho Consultivo da Agrishow e presidente da Sociedade
Rural Brasileira
E que venha a Agrishow...
Foto: J. Reis
Carla Rodrigues
D
urante a coletiva de imprensa para a apresentação da Agrishow 2010, realizada no dia 10 de fevereiro em
Ribeirão Preto, cidade sede da feira, a Revista Canavieiros entrevistou Cesário Ramalho, que desde
2009 preside a mais importante
feira do agronegócio da América
Latina: A Agrishow – Feira Internacional da Tecnologia em Ação.
Segundo Ramalho, as expectativas para esse ano são muito positivas e prometem uma recuperação nos negócios realizados durante a feira. No ano passado, em virtude da crise econômica mundial
que teve início em meados de 2008,
a Agrishow sofreu uma queda no
volume dos negócios. Mas esse
ano “vai ser diferente,” disse.
Perfil:
Agricultor e pecuarista, Cesário Ramalho é sócio da Sociedade Rural Brasileira desde
1963 e passou a ter participação ativa no dia-a-dia da entidade a partir da década de 80.
O auge de seu envolvimento deu-se no final de 2006, quando então como primeiro
vice-presidente assumiu interinamente o comando da Rural no lugar de João Almeida
Sampaio Filho, que aceitou o convite do governador José Serra para assumir a secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo.
Em março de 2008, assumiu como presidente efetivo, com mandato até 2011. Além de
liderar a Rural, Ramalho é diretor do departamento de agronegócio da Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), integra a Federação das Associações Rurais
do Mercosul (Farm), entidade que presidiu por dois anos até 2009 e é diretor da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
Desde 2009, Cesário Ramalho é presidente do Conselho Consultivo da Agrishow. O
prestígio e reconhecimento de sua atuação no setor agropecuário foram os principais
fatores para o convite feito pelas entidades realizadoras da feira - ABAG - Associação
Brasileira de Agribusiness, ABIMAQ - Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e
Equipamentos, ANDA - Associação Nacional para Difusão de Adubos, e a própria SRB.
A feira será realizada entre os
dias 26 a 30 de abril no Pólo Regional de Desenvolvimento Tecnológico dos Agronegócios do CentroLeste / Centro de Cana IAC em Ribeirão Preto.
Novamente, a Revista Canavieiros faz parte do quadro de expositores que participam da feira.
Com as informações mais atualizadas do setor, o estande da Canavieiros é sucesso de visitação durante a feira. Aproveitamos para
convidar todos os nossos leitores
para visitarem a Agrishow e retirarem gratuitamente um exemplar da
revista em nosso estande.
Confira a íntegra da entrevista
com Cesário Ramalho:
Revista Canavieiros - Fevereiro de 2010
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Entrevista
Revista Canavieiros: O comentário ramos também um número maior de vi- ram as suas áreas. O espaço que tíde que a feira esse ano vai ser 50% sitantes porque o agricultor brasileiro nhamos era de 102 mil metros quadramaior é verdadeiro?
precisa visitar a feira para conhecer as dos e passamos para 140, quase 150
Cesário Ramalho: A feira é o novo novas tecnologias que serão apresen- mil metros quadrados. Isso deu meAgrishow e realmente deve crescer de tadas. E a hora é essa.
lhores condições para as fábricas ex40 até 50%. Estamos programados para
porem seus produtos.
isso. Fizemos um desenho novo, ou seja,
Revista Canavieiros: Quais são
uma nova planta e isso encerra definiti- os números desse ano em relação ao
Revista Canavieiros: Qual o vavamente a polêmica da feira sair de Ri- ano passado?
lor dos investimentos para a
beirão Preto. Acho que a Agrishow é
Ramalho: Ano passado nós tivemos Agrishow 2010?
do Brasil, é de São Paulo, é de Ribeirão 140 mil pessoas visitando a feira e vaRamalho: O investimento é granPreto. Tanto que a comunidade de Ri- mos trabalhar para aumentar esse nú- de, imaginamos que estamos fazenbeirão Preto e toda a redo um programa maior
gião têm uma responsa“Fizemos um desenho novo, ou seja, que R$ 10 milhões, isso
bilidade muito grande em
é dividido entre o goveruma nova planta e isso encerra
mantê-la aqui. Estamos
no do estado, prefeitura
no berço da agricultura definitivamente a polêmica da feira sair de Ribeirão Preto e entre
brasileira.
as empresas promotoras
de Ribeirão Preto.”
do evento, a principal inRevista Canavieiros: Quais são os mero. O principal foco para mim, como vestidora é a ABIMAQ.
fatores que mostram esse crescimen- presidente, é procurar trazer mais e mais
to? A feira vai superar o volume de agricultores na feira. Talvez ele não comRevista Canavieiros: Alguns visiexpositores, visitantes e negócios do pre no dia da feira, mas conhece a tec- tantes, principalmente os que não perano passado?
nologia e leva isso para casa. Um dia tencem a essa região e precisam viajar
Ramalho: A agricultura brasileira mais tarde, quando surgir a oportuni- para conhecer a feira, reclamam das
passou pela crise e já a superou. Nossa dade, ele vai comprar a máquina que co- dependências onde a Agrishow é reaagricultura é tão importante que fez com nheceu na Agrishow. Isso é o mais im- lizada. Quais são as melhorias na inque o Brasil superasse essa crise sem portante. Quanto ao faturamento, o ob- fra-estrutura para esse ano?
muitos problemas. Essa é uma das ra- jetivo é, no mínimo, o faturamento de
Ramalho: Temos bastantes melhozões que o presidente Lula tanto fala 2008, que foi na ordem de R$ 860 mi- rias, por exemplo, a criação de uma prano exterior, sobre essa capacidade que lhões em negócios. Ano passado foram ça. Os visitantes vão caminhar pela feio país teve de antecipar a saída da cri- R$ 680 milhões. Mas nossa expectativa ra, visitar os estandes e depois desse, graças a “poupança” do agronegó- é atingir R$ 1 bilhão.
cansarem em uma praça, com bancos
cio, através das reservas cambiais que
colocados estrategicamente. Também
deu essa condição favorável e positiRevista Canavieiros: As grandes construímos novos banheiros. A quesva. Em função disso, imaginamos que empresas que não participaram o ano tão da alimentação também evoluímos.
teremos um crescimento natural - não passado estarão de volta nessa feira? Os estacionamentos estão sendo amteremos uma explosão, um boom – mas
Ramalho: Sim, todas confirmadas. pliados, inclusive com estacionamenum bom crescimento já que hoje, nosso Todos os estandes já devidamente to VIP. Os acessos a feira serão melhoBrasil tem uma economia estável. Espe- alocados, algumas empresas amplia- rados, a obra já teve início através da
concessionária Via Norte.
“
José Danghesi, gerente geral da Agrishow 2010, Cesário
Ramalhoe Eduardo Camargo, diretor executivo da ABAG
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Revista Canavieiros - Fevereiro de 2010
Revista Canavieiros: O senhor
disse que a feira ficará mesmo em
Ribeirão Preto. Mas a cidade de São
Carlos vai lutar para conseguir
levá-la prá lá...
Ramalho: Não, São Carlos é água
passada. Uma das grandes vitórias da
feira é ter uma cumplicidade com os setores técnicos da secretaria da Agricultura de São Paulo, que tem um envolvimento muito grande. Temos isso aqui
em Ribeirão Preto. Estamos trabalhando em um contrato novo para 20 ou 30
anos. Hoje temos um contrato de 5 ou 6
anos e agora estamos trabalhando em
um contrato maior.
Revista Canavieiros - Fevereiro de 2010
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Ponto de Vista
Um ano de oportunidades e
grandes desafios
Edivaldo Del Grande*
O
setor sucroenergético brasileiro está em festa. No dia 3
de fevereiro, a Agência Americana de Proteção Ambiental (EPA)
classificou o etanol feito de cana-deaçúcar como um biocombustível
avançado que, se comparado à gasolina, reduz a emissão de dióxido de
carbono em 61%. O anúncio é um grande estímulo ao Brasil, maior produtor
de etanol de cana do mundo.
A decisão favorece não somente
a possibilidade de se passar a concorrer com o mercado do álcool de
milho, largamente consumido nos
Estados Unidos, mas, acima de tudo,
de ampliar a participação do etanol
de cana no mercado mundial, já que
as barreiras ambientais ficam, então,
superadas.
Essa conquista, de fundamental
importância para o setor e para o Brasil, tem mérito na iniciativa privada,
que se empenhou em mostrar que o
nosso etanol não é o responsável
pelo desmatamento nem mesmo pela
falta de alimentos, como querem fa-
zer crer aqueles que se opõem a essa
alternativa. A credibilidade conquistada pelo etanol o torna altamente
competitivo frente aos grandes produtores de petróleo e seu potencial
econômico.
A boa nova chega com uma onda
de otimismo. O preço da cana está em
bom patamar e deve melhorar, o crédito está mais acessível e os efeitos
da crise começam a se dissipar.
A iniciativa privada fez sua parte.
Agora é o momento de o setor público
dar sua resposta e oferecer a segurança jurídica necessária para que o produtor possa investir e desenvolver sua
atividade. Essa conquista de nada valerá se o setor produtivo tiver que continuar enfrentando decisões que o
ameaçam, como é o caso do novo Código Florestal, do Plano Nacional de
Diretos Humanos (PNDH) e da intenção de se fixar, sem critérios técnicos,
novos índices de produtividade.
Cada um desses instrumentos afeta negativamente o produtor rural e,
por consequência, toda a cadeia produtiva, inclusive a da cana. Se, de um
lado, o produtor enxerga a demanda
potencial, de outro tem em seu encalço a ameaça de ter que se submeter a
leis que podem inviabilizar sua permanência no campo. São medidas que
aos nossos olhos, olhos de produtores rurais que há anos lidam com a
terra, parecem absurdas.
Dou apenas alguns exemplos.
Caso seja aprovado, o novo Código Florestal condenará uma série de
produtores, há dezenas ou centenas
de anos instalados, a trocar áreas
plantadas por áreas de reserva legal,
causando prejuízos gigantescos. Ora,
o produtor já estava no campo antes
dessa norma e não há lei no país que
possa ser retroativa, a não ser para
favorecer o cidadão, como preconiza
nossa Carta Magna.
“A boa nova chega com uma onda de otimismo. O preço
da cana está em bom patamar e deve melhorar...”
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Revista Canavieiros - Fevereiro de 2010
O PNDH estabelece que o proprietário que tiver sua fazenda invadida
deve antes negociar com os ocupantes sua saída, defendendo, dessa forma, o direito de quem invade, desprezando o direito constitucional de propriedade, assim como passando por
cima do Judiciário.
Ponto de Vista
Também vivemos com a ameaça do
aumento de exigência dos níveis de
produtividade, colocando-nos como
únicos empresários a ter que produzir independentemente da situação
econômica, da oscilação de mercado,
sob pena de perdermos o direito à
nossa terra.
superamos qualquer expectativa de
público, numa verdadeira ação de cidadania. A atuação dos parlamentares que nos representam na Assembleia Legislativa, em São Paulo, e no
Congresso, em Brasília, foi fundamental para esse encontro.
O momento é para comemoração,
mas me sinto na obrigação de chamar
a atenção para os muitos desafios que
ainda temos de enfrentar. Como cooperado, creio na força da união. Somos muitos produtores. Isolados somos pequenos e fracos. Associados
em cooperativas, podemos ser fortes.
E, para conseguirmos vencer essas
dificuldades, temos de estar unidos,
contando com todo o apoio disponível à nossa luta.
As frentes parlamentares do cooperativismo tiveram grandes vitórias
em 2009. Ressalto uma delas, a aprovação na Câmara dos Deputados do
PL 5498, “uma minirreforma eleitoral”,
que regulamentou a doação às campanhas pelas cooperativas e foi transformado na Lei 12.034/2009. Esse dispositivo nos habilita a apoiar parlamentares envolvidos com as nossas
questões. Sensíveis às nossas causas, estarão dispostos a levar nossas demandas ao Congresso.
Demonstração dessa força ocorreu agora, em fevereiro, nas audiências públicas sobre o Código Florestal, realizadas pela Câmara dos Deputados em Assis e Ribeirão Preto, onde
Por isso, neste momento tão importante, em que se abre uma enorme
porta para o etanol no mercado mundial, externo todo meu reconhecimento ao esforço da iniciativa privada,
mas faço um apelo para que sigamos
unidos nessa batalha, que é de todo
o povo brasileiro. Os interesses são
gigantescos, como é o caso do mercado do petróleo e da biotecnologia.
Temos que ser implacáveis para não
permitir que nos coloquem na posição de vilões e joguem sobre nossos
ombros toda a responsabilidade pela
preservação de nossas florestas.
Países desenvolvidos, que destruíram suas matas em nome do desenvolvimento, também devem arcar com
esse ônus. E, se não têm mais o que
preservar, então que paguem por isso.
A realidade é dura, mas unidos estou certo de que encontraremos o caminho para que o setor agropecuário
tenha tratamento à altura da importância que tem para o país.
* Edivaldo Del Grande é
presidente das Organização das
Cooperativas do Estado de São
Paulo (Ocesp)
Revista Canavieiros - Fevereiro de 2010
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Notícias
Copercana
O produtor fala para a
gente...
*Gustavo Lopes - Veterinário Copercana
F
izemos uma entrevista com o produtor
Roberto G.C Filho, proprietário da Fa
zenda São Geraldo no município de
Batatais, com 70 alqueires com cana-de-açúcar, gado de corte e ovinos. Na ovinocultura
há seis anos possui 1,5 alqueires com 100 matrizes da raça Santa Inês e 01 reprodutor Dorper , e se diz satisfeito com a atividade e o
projeto Copercana-Sebrae.
Questionado sobre o que viu de resultado, ele disse:
“Com os trabalhos dos técnicos a campo
consegui reduzir as mortes, eu dava apenas
um princípio ativo para verminose e não mudava, depois com o método famacha passei a
alterar de três a quatro aplicações de um vermífugo para outro. A orientação para troca do
reprodutor também deu resultado para mais
ovelhas prenhas, com tudo isso estou satisfeito”.
Participantes do Projeto
Sebrae-Copercana
*Informações retiradas do Informativo Ovinonews, volume 2, edição 2 – Janeiro/2010.
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Revista Canavieiros - Fevereiro de 2010
Dia de Campo de
Amendoim
Notícias
Copercana
Carla Rodrigues
Produtores da Copercana participaram do evento realizado em Pindorama
N
o dia 19 de fevereiro, produtores da Copercana participaram do encontro de produtores e dia de campo de amendoim promovido pela Secretaria de
Agricultura e Abastecimento, Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, Pólo Regional CentroNorte e pelo Instituto Agronômico
de Campinas.
O evento foi realizado na Sede do
Pólo Regional Centro-Norte (Fazenda Experimental) em Pindorama/SP e
contou com a presença de pesquisadores, produtores, universitários e
professores, reunindo aproximadamente 150 pessoas.
Durante o encontro, os produtores ouviram palestras sobre nutrição e manejo conservacionista do
amendoim, manejo integrado de pragas e doenças, mercado atual do
Brasil para o grão e também participaram do espaço técnico, onde profissionais de empresas de produtos
para esta cultivar deram dicas sobre
novidades disponíveis e modo de
aplicação. Além disso, os produtores foram convidados para conhecerem na prática o trabalho realizado pelos pesquisadores em um passeio pelas plantações.
Produtores de amendoim da Copercana marcaram presença no encontro em Pindorama no dia 19 de
fevereiro. O Dia de Campo foi promovido pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento, Agência Paulista
de Tecnologia dos Agronegócios, Polo Regional Centro-Norte e pelo Instituto Agronômico de Campinas
que o produtor tenha mais conhecimento técnico e consiga aplicar isso
diretamente no campo, obtendo uma
produção maior, mais lucratividade e
um produto de melhor qualidade também para o consumidor final”, disse
o coordenador.
O cooperado José Roberto Trevisan esteve presente no encontro
e acredita que este tipo de evento é
sempre muito bem vindo pelos produtores que passam um dia diferente e levam consigo novas informações. “Sempre que posso eu participo dessas reuniões, pois conhecimento nunca é demais. Mesmo trabalhando já há algum tempo com
isso, acabo aprendendo muito sobre as variedades, inseticidas, modo
de aplicação e também passo a conhecer as novidades e tecnologias
que estão disponíveis no mercado”,
explica o produtor.
Para o coordenador do evento, Dr.
Marcos Doniseti Michelotto, do Pólo
Apta Centro-Norte/APTA, a importância deste encontro, que já está em
sua terceira edição, é de aproximar
os produtores para junto deles, mostrar o que é feito durante as pesquisas e os seus resultados práticos.
“A ideia é que o produtor consiga, através dessas palestras, encontrar as melhores alternativas para diminuir custo e aumentar a rentabilidade. Todas as palestras foram para
Coordenador do evento, Dr. Marcos
Doniseti Michelotto, do Pólo Apta CentroNorte/APTA: “A ideia é que o produtor
consiga, através dessas palestras, encontrar
as melhores alternativas para diminuir
custo e aumentar a rentabilidade...”
Cooperado José Roberto Trevisan: “Sempre
que posso eu participo dessas reuniões, pois
conhecimento nunca é demais...”
Revista Canavieiros - Fevereiro de 2010
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Notícias
Canaoeste
Consecana
CIRCULAR Nº 13/09
DATA: 29 de janeiro de 2010
Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo
A
seguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito de emissão da Nota de Entrada de cana entregue
durante o mês de JANEIRO de 2009 e ajuste parcial da safra 2009/2010. O preço médio do kg de ATR para o mês de
JANEIRO, referente à Safra 2009/2010, é de R$ 0,3380.
O preço de faturamento do açúcar no mercado interno e externo e os preços do etanol anidro e hidratado, destinados aos
mercados interno e externo, levantados pela ESALQ/CEPEA, nos meses de abril de 2009 a janeiro de 2010 e os acumulados
até JANEIRO, são apresentados a seguir:
Os preços do Açúcar de Mercado Interno (ABMI) incluem impostos, enquanto que os preços do açúcar de mercado
externo (ABME e AVHP) e do etanol anidro e hidratado, carburante (EAC e EHC), destinados à industria (EAI e EHI) e ao
mercado externo (EAE e EHE), são líquidos (PVU/PVD).
Os preços líquidos médios do kg do ATR, em R$/kg, por produto, obtidos nos meses de abril de 2009 a janeiro de 2010
e os acumulados até JANEIRO, calculados com base nas informações contidas na Circular 01/09, são os seguintes:
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Revista Canavieiros - Fevereiro de 2010
Notícias
Canaoeste
Plano
Plano de
de eliminação
eliminação gradativa
gradativa da
da
queima
queima da
da palha
palha de
de Cana-de-Açúcar
Cana-de-Açúcar
e
e Protocolo
Protocolo Agroambiental
Agroambiental do
do Setor
Setor
Sucroalcooleiro
Sucroalcooleiro
Safra 2010/2011
Prezado(a) Fornecedor(a) Associado(a),
Comunicamos a Vossa Senhoria que, a CANAOESTE, estará executando novamente este ano a elaboração dos
obrigatórios Requerimentos de Autorização de Queima Controlada da Palha de Cana-de-Açúcar para seus associados.
Os Escritórios da Canaoeste estarão realizando, a partir do dia 01 de Fevereiro de 2010, os Requerimentos de
Autorização da Queima da Palha de Cana-de-Açúcar para a Safra 2010/2011.
Os Fornecedores(as) Associados(as) que tiveram expansões em seus canaviais, aquisições de propriedades por
compra ou arrendamento, dentre outras situações, nas quais a área total ou soma das áreas contíguas à serem
colhidas na Safra 2010/2011 sejam iguais ou superiores a 150 ha cultivadas com cana-de-açúcar, deverão procurar
nossos escritórios até o dia 05 de março de 2010, para que possam ser agendadas visitas dos topógrafos para
efetuarem as medições necessárias das áreas.
Lembrando que o prazo para indicação, nos mapas, das áreas que serão colhidas com ou sem queima, na safra
2010/2011, deverá ser feita até o dia 19 de março de 2010.
Na safra 2009/2010, por perda de prazo, muitos Fornecedores(as) Associados(as) não fizeram o Requerimento de
Autorização da Queima da Palha de Cana-de-Açúcar, exigindo que a colheita da cana-de-açúcar tivesse que ser
totalmente crua, mesmo em áreas não mecanizáveis.
Portanto, solicita-se que, para o cumprimento da legislação vigente, do início de fevereiro até o dia 26 de março de
2010 para que sejam feitos os Requerimentos de Autorização da Queima da Palha de Cana-de-Açúcar, em prazo hábil.
Os fornecedores(as) Associados(as), devem estar munidos das documentações necessárias para a realização do
pedido de autorização de queima da palha de cana-de-açúcar, dentre elas, o CNPJ e a Inscrição Estadual de cada
imóvel rural.
Pede-se acompanhar sempre na revista Canavieiros da CANAOESTE ou entrar em contato com os Escritórios da
CANAOESTE, para obter informações complementares sobre o Plano de Eliminação Gradativa da Queima da Palha de
Cana-de-Açúcar da Safra 2010/2011.
Aproveitando o momento os Fornecedores(as) Associados(as) poderão aderir e renovar ao Protocolo Agroambiental do Setor Sucroalcooleiro. Para maiores informações sobre o Protocolo e documentações necessárias, favor
procurar uma de nossas filiais abaixo relacionadas.
VALORIZE SUA
ASSOCIAÇÃO,
PARTICIPANDO DELA.
Revista Canavieiros - Fevereiro de 2010
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Notícias
Canaoeste
Assembleia Geral
Ordinária
Da redação
A
Canaoeste realizou no dia 11
de fevereiro, a sua Assembleia Geral Ordinária para leitura, discussão e votação do balanço, relatório da diretoria e parecer
do Conselho Fiscal, referentes ao
exercício de 2009.
O presidente da associação, Manoel Ortolan, presidiu a mesa e coordenou a pauta da assembleia. O relatório com os números da Canaoeste
e do Netto Campello Hospital e Maternidade foram apresentados pelo
departamento de Controladoria e
aprovados pelos associados presentes na Assembleia.
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Revista Canavieiros - Fevereiro de 2010
Marcos Molezin, Clóvis Vanzella, Manoel Ortolan, Francisco Urenha e
Luiz Carlos Tasso Junior durante a AGO
Revista Canavieiros - Fevereiro de 2010
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Safra de Grãos
Clima melhora e safra de
grãos já chega a 143
milhões de toneladas
A
produção nacional de grãos,
da safra 2009/10, foi projetada
pela Conab no início de fevereiro, em 143,09 milhões de toneladas.
O resultado, de acordo com o quinto
levantamento, é o segundo melhor da
história e 5,9% superior as 135,13 milhões de toneladas da última temporada, ou 1,2% a mais que o do mês passado (141,35 milhões de toneladas). O recorde da produção é do ciclo 2007/08,
que foi de 144,1 milhões de toneladas.
O bom desempenho se deve à estabilidade de chuvas nos principais estados produtores, diferentemente do
período anterior, que foi marcado pela
estiagem nos estados da região Sul e
Mato Grosso do Sul, provocando redução significativa na colheita, especialmente de soja e milho.
A oleaginosa, juntamente com o
milho primeira safra, é a cultura mais
beneficiada pelo clima e deve alcançar
66,73 milhões de toneladas, 16,7% ou
9,57 milhões de toneladas a mais que a
temporada 2008/09, de 57,17 milhões de
toneladas. Esta estimativa confere um
novo recorde nacional de produção.
Outras culturas, como feijão primeira safra e algodão, também elevaram a
16
Revista Canavieiros - Fevereiro de 2010
produção. O primeiro registrou crescimento de 10,6% ou colheita de 142,1
mil toneladas, graças à recuperação da
produtividade. Já o algodão cresceu
2,1%, o equivalente a 40 mil toneladas.
Por outro lado, e em razão do excesso de chuvas no Rio Grande do Sul,
o arroz apresenta queda de 1,10 milhão
de tonelada, ou -8,7%. O milho também
diminuiu 1,29 milhão de tonelada, ou 3,8%, em razão da redução de área.
Área – A área total plantada está
calculada em 47,65 milhões de hectares, inferior 22,8 mil hectares da anteri-
or. Com exceção da soja e do feijão primeira safra, as demais culturas pesquisadas tiveram redução de área, entre
elas o algodão (-25,6 mil ha), o arroz
(- 113,9 mil ha), o milho primeira safra
(-1,11 milhão ha) e o segundo safra
(-164,2 mil ha).
A pesquisa de campo foi realizada
pelos técnicos da Conab entre os dias 18
e 22 de janeiro, de acordo com informações prestadas por produtores, representantes de cooperativas e sindicatos rurais, órgãos públicos e privados.
Fonte: Conab
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17
Notícias
Cocred
Demonstração do
resultado do exercício
Balanço
patrimonial
CNPJ: 71.328.769/0001-81
Valores
18
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em Reais
Valores
em Reais
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21
Reportagem de Capa
Audiências públicas
debatem o Código Florestal
Carla Rossini
Ribeirão Preto foi sede de mais uma audiência que contou com a participação
de aproximadamente 2.600 pessoas
N
a tarde da quarta-feira, 3 de
fevereiro, Ribeirão Preto foi
sede da 13ª Audiência Pública promovida pela Comissão Especial
da Câmara dos Deputados para discutir a reforma do Código Florestal.
Desde novembro a comissão fez audiências em Brasília, Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do
Sul, Pará, Rondônia, Alagoas, Pernambuco, Bahia e recentemente, em São
Paulo e Minas Gerais.
O objetivo da audiência foi ouvir
os representantes de setores em que
se baseia a economia da região, que
enfrentam alguma dificuldade no
cumprimento da legislação ambiental, para auxiliar na melhor elaboração do relatório da Comissão Especial, ou seja, uma legislação que seja
efetiva na proteção do meio ambiente e que compatibilize esta proteção
com a produção e o desenvolvimento econômico.
22
Revista Canavieiros - Fevereiro de 2010
Em Ribeirão Preto, a audiência reuniu produtores rurais – dentre eles cooperados e associados do sistema Copercana, Canaoeste e Cocred-, deputados federais e o Ministério Público.
Entre os participantes estavam o deputado federal e coordenador da audiência, Duarte Nogueira, o presidente
da comissão, deputado Moacir Micheletto, o deputado e relator Aldo Rebelo, o 1º vice-presidente da comissão,
deputado Anselmo de Jesus, o 2º vicepresidente da comissão, deputado Homero Pereira e os deputados e integrantes da comissão, Mendes Thame, Valdir Colato e Paulo Piau. Também participaram o secretário da Agricultura do
Estado de São Paulo, João Sampaio e a
prefeita de Ribeirão Preto, Darcy Vera.
A reunião foi marcada por manifestações de integrantes do Movimento
dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
(MST), representantes da Federação
dos Empregados Rurais e Assalariados
do Estado de São Paulo (Feraesp) e
ambientalistas. Ao todo, cerca de 2.600
pessoas participaram do evento.
A Reserva Legal (porção de terras
das propriedades rurais que deve ser
mantida com vegetação nativa) foi o
principal ponto de divergência entre os
representantes dos produtores rurais
e ambientalistas. Segundo a lei atual,
áreas de floresta situada na Amazônia
Legal devem ter 80% de reserva legal.
Área de cerrado situada na Amazônia
Legal deve ter pelo menos 35% de reserva legal e, nas demais regiões do
País, esse percentual é de 20%.
Pelas contas do Instituto de Economia Agrícola, para São Paulo se adequar aos 20% de reserva legal terá de
deixar de produzir R$ 15 bilhões ao ano,
em receita bruta, numa área de 3,6 milhão de hectares. O secretário de agricultura do Estado, João de Almeida
Sampaio Filho, diz que a mitigação que
Reportagem de Capa
a indústria paulista terá de fazer com as
metas de redução de gases-estufa previstas no plano estadual poderiam ser
compensadas com o sequestro de carbono de árvores da reserva legal da
agricultura. “Esta discussão tem que
andar junto. O produtor não pode pagar esta conta sozinho”, disse.
A coordenadora da Área de Meio
Ambiente do Centro de Apoio Operacional e Cível e de Tutela Coletiva do Ministério Público Estadual, promotora Cristina Godoy de Araújo Freitas, criticou os
discursos dos deputados, representantes dos agricultores, juristas e de alguns
técnicos do governo, inclusive a EMBRAPA, que defendem em seus discursos as mudanças no Código Florestal
para adequá-lo a realidade atual. Para ela,
“a legislação não pode ser flexibilizada
para não perder a finalidade de proteger
o futuro do meio ambiente”. Além disso,
ela diz que isso não prejudicaria a produção de alimentos, no que foi contestada,
inclusive, pelos integrantes da comissão,
mormente o deputado Aldo Rebelo.
Os produtores rurais defendem a
adequação da legislação de forma a torná-la exequível, preservando a vegetação já existente atualmente, interligando-as através de corredores ecológicos
e, quando tais medidas não forem suficientes para atingir o percentual de preservação necessário, compensar através
da criação de grandes maciços arbóreos no mesmo bioma. Isto porque, segundo estudos científicos apresentados, áreas isoladas de mata dentro de
pequenas e médias propriedades reconstruídas não são possíveis de atender ao
escopo da lei, que é a formação e conservação de um ecossistema natural ambientalmente equilibrado.
Mesa com os participantes da Audiência
realizada em Ribeirão Preto
Para Elio Neves, presidente da Feraesp, “a lei deve atender à produção
sem deixar de lado a preservação ambiental e, se isso não está ocorrendo,
deve haver uma alteração da legislação, ressaltando que o trabalhador rural deve ser o ator principal desta discussão, pois é ele quem inicialmente
sofrerá os reflexos desta mudança”,
disse. “Mas é que o Brasil vai à Conferência do Clima e posa de progressista.
Mas aqui dentro a postura é atrasada”.
Em outra audiência pública ocorrida na cidade de Uberaba, Minas Gerais, na tarde do dia 4 de fevereiro, coordenada pelo deputado federal Paulo
Piau, com a sobredita Comissão Especial que revisará o Código Florestal, que
teve a presença de mais de mil pessoas, assim como manifestações de outros deputados federais com base eleitoral no Estado de Minas Gerais, do exministro Carlos Melle e, ainda, de entidades representativas de classe do setor produtivo, cienAudiência foi tistas ligados a unirealizada também versidades e órgãos
na cidade de
Uberaba públicos e do Ministério Público Estadual, a voz corrente foi a necessidade de alteração da
legislação ambiental, através de estudos técnico-científicos, “de modo a
torná-la exequível”,
nas exatas palavras do representante
do Ministério Público daquele Estado.
O relator, deputado Aldo Rebelo, em
ambas audiências públicas, disse que
“do jeito que está, a lei prejudica o meio
ambiente, o agronegócio e a economia
do país”. Quando ele foi discursar, na
audiência de Ribeirão Preto, os manifestantes não o deixavam falar. Irritado, ele declarou: “vocês podem me impedir de falar, mas nunca de pensar.”
Ele também disse que “o ambientalismo transformou-se em uma trincheira
por onde se escondem os interesses
das multinacionais e dos países ricos”.
E finalizou dizendo que as “mudanças
que venham a ser introduzidas serão
promovidas com equilíbrio, temperança e moderação”. Tal fato não ocorreu
na audiência ocorrida em Uberaba-MG.
Mais de 300 projetos ligados ao
tema tramitam no Congresso Nacional.
Na Comissão Especial, seis basicamente reformulam a Política Nacional de
Meio Ambiente de 1981 e o Código Florestal de 1965. As audiências públicas
vão dar oportunidade para traçar um
futuro melhor na busca pelo equilíbrio
entre produzir e preservar.
Segundo Moacir Micheletto, presidente da comissão, a ideia é que o
relatório final com o parecer sobre o
projeto fique pronto até o final deste
mês e passe na Câmara e no Senado
até o fim de abril.
Revista Canavieiros - Fevereiro de 2010
23
Assuntos Legais
Código Florestal.
Alteração inevitável
C
omo já falado na reportagem
de capa desta Canavieiros,
esquenta a discussão acerca
da necessidade de revisão da legislação ambiental, principalmente do
Código Florestal, possibilitando um
desenvolvimento sustentável entre a
produção e o meio ambiente natural,
o que não ocorre hoje até mesmo pela
inexequibilidade da legislação em diferentes regiões do País. Argumentos técnicos, jurídicos e sociais não
faltam para que isso ocorra, pois é
premente a necessidade de se adequar a legislação ao histórico de ocupação territorial brasileira e às peculiaridades regionais, coisa que a legislação atual não faz.
É sabido que o Código Florestal
(Lei nº 4.771/65) foi promulgado em
1965, quando a realidade era outra, o
que, por si só, denota a necessidade
de sua revisão. Não fosse apenas
isso, ocorre que este Código foi objeto de inúmeras alterações perpetradas pelo Poder Executivo, através de
sessenta e sete medidas provisórias e
suas reedições, culminando com a Medida Provisória nº
2.166/67, sem, contudo, a mínima participação do Congresso Nacional
como agente político nomeado pela
Constituição Federal e eleito pelo povo
para representá-lo.
Suprimindo sua
“omissão” em adequar o Código Florestal ao longo destes mais de 40 anos,
a Câmara dos Deputados vem realizando audiências públi24
Revista Canavieiros - Fevereiro de 2010
cas para, legitimamente, embasar
novo texto legal, ouvindo os diversos atores econômicos, políticos e
sociais da sociedade.
Participamos de duas destas audiências, uma em Ribeirão Preto-SP.
(03/02/2010) e outra em Uberaba-MG.
(04/02/2010) e pudemos constatar
que haverá sim uma alteração da legislação ambiental, mormente na
questão da reserva legal e das áreas
de preservação permanente, assim
como será instituído outras formas
de proteção ambiental, tudo de acordo com estudos técnico-científicosociais e levando-se em consideração as peculiaridades regionais e o
histórico de ocupação territorial.
Podemos verificar que a resistência a adequação desta legislação decorre principalmente de interesses
externos em continuar engessando a
produção nacional utilizando-se propositalmente da bandeira ambiental,
assim como de
movimentos sociais ideológicos
cujos fundamentos não suportam
a uma brisa de serenidade e bom
senso.
Não digo isso
em razão de apoiJuliano Bortoloti - Advogado
ar um lado ou ouDepartamento Jurídico Canaoeste
tro, pois acredito
que não há lados nesta história, mas
sim o ser humano como centro das
atenções ambientais. Não se protege o meio ambiente sem dar condições do ser humano sobreviver, pois,
na falta de condições, certamente ele
degradará o meio em que vive.
Em função de acreditar nisso, na
audiência pública de Uberaba-MG,
ocorrida no dia 04 de fevereiro último, tive a oportunidade de conversar com o Deputado Aldo Rebelo,
Juliano Bortoloti entrega a “Carta de Ribeirão Preto”, resultado
das discussões multidisciplinares que ocorreram no 1º
Workshop Brasileiro sobre Crises Ambientais no Agronegócio
ao Deputado Aldo Rebelo
Assuntos Legais
relator da Comissão Especial de Revisão do Código
Florestal, da Câmara dos Deputados, lhe entregando
um documento denominado Carta de Ribeirão PretoSP., resultado das discussões multidisciplinares (técnicas, jurídicas, econômicas, sociais, etc.) que ocorreram no 1º Workshop Brasileiro sobre Crises Ambientais no Agronegócio, realizado em novembro de
2007.
Referido documento sintetiza todos os problemas
que os palestrantes, técnicos, juristas e cientistas ligados a órgãos e universidades públicas chegaram
sobre a legislação ambiental, que vão ao encontro do
que se discutiu nas audiências públicas.
Segundo o Deputado Aldo Rebelo, devido a urgência que o caso requer, irá entregar até março o seu
relatório sobre as alterações na legislação ambiental,
para ser posto em votação no Congresso Nacional no
mais tardar em junho deste ano.
A “Carta de Ribeirão Preto” pode ser lida na íntegra na edição de
janeiro de 2008 - nº 19 que está disponível em nosso site,
www.revistacanavieiros.com.br
Bem ou mal, é a atitude que esperamos do nosso
Congresso, até mesmo para dar a tão almejada segurança jurídica que o setor produtivo necessita para
trabalhar com tranqüilidade, crescer e gerar divisas
para o País, tudo dentro do tão esperado desenvolvimento sustentável.
Revista Canavieiros - Fevereiro de 2010
25
Informações Setoriais
CHUVAS DE JANEIRO
e
e Prognósticos
Prognósticos Climáticos
Climáticos
As chuvas do mês de JANEIRO de 2010 são apresentadas no quadro abaixo.
Engº Agrônomo Oswaldo Alonso
Assessor Técnico Canaoeste
A
média das chuvas observadas durante o mês
de JANEIRO “ficou”
praticamente igual à média das normais climáticas. Porém, somas de chuvas acima das médias históricas ocorreram em
Franca e Usina Ibirá, apenas .
Mapa 1:-Água Disponível no Solo entre 14 a 17 de JANEIRO de 2010.
O Mapa 1, ao lado, mostra que o
índice de Água Disponível no Solo
na região canavieira do Estado de
São Paulo, a 50cm de profundidade,
no período de 14 a 17 de JANEIRO,
ainda se apresentava como médio a
crítico na circunvizinhança de São
José de Rio Preto a Araçatuba.
2
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6
Revista Canavieiros - Fevereiro de 2010
Revista Canavieiros - Fevereiro de 2010
ÁGUA, usar s
Protejam e preservem as n
Informações Setoriais
Mapa 2:- Água Disponível no Solo ao final de JANEIRO de 2009.
Estes Institutos Meteorológicos indicam
manutenção de temperatura da superfície (na
faixa equatorial) do Oceano Pacífico acima da
média, e que, ainda, estão favorecendo ocorrência do fenômeno El Niño, podendo dar continuidade à chuvas acima das médias nos estados da
Região Sul do Brasil e metades Sul dos Estados
do Mato Grosso do Sul e São Paulo.
· A temperatura média poderá ficar ligeiramente acima das médias em todos os estados da
Regiões Centro Sul;
· Quanto às chuvas para os meses de fevereiro a abril, como ilustrado pelo Mapa 4 (abaixo),
prevê-se que estas poderão “ficar” próximas às
médias históricas na metade Norte das Regiões
Centro-Oeste e Sudeste; enquanto que, nas metades Sul daquelas Regiões e Estado do Paraná;
· Como referência:- como normais climáticas
de chuvas, pelo Centro Apta-IAC, para Ribeirão
Preto e municípios vizinhos são de 225mm em
fevereiro, 165mm em março e 70mm em abril.
Mapa 3:- Água Disponível no Solo, a 50cm de profundidade, ao final de
JANEIRO de 2010
Pelos mapas 2 e 3, nota-se que os índices de Disponibilidade de Água no Solo
aos finais de janeiro de 2009 e de 2010 foram muito semelhantes na área Sucroenergética do Estado de São Paulo, notando-se maiores Disponibilidades na faixa diagonal Nordeste-Sudoeste (Franca-Assis), enquanto que uma pequena diferença
foi observada apenas na região Meio-Oeste e Noroeste do Estado.
Para subsidiar planejamentos de atividades futuras, a CANAOESTE resume o
prognóstico climático de consenso entre INMET-Instituto Nacional de Meteorologia e
INPE-Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais para os meses de fevereiro a abril.
sem abusar !
Mapa 4:- Prognósticos de chuvas, pelo Consórcio INMET e INPE, para o trimestre fevereiro
a abril de 2010:- é de próxima à normalidade climática na faixa cinza no mapa e de ser acima da
média na área verde. Na grande faixa (cor tijolo)
que envolvem os estados das Regiões Norte e
Nordeste, prevem-se chuvas ligeiramente abaixo das respectivas médias históricas. Elaboração CANAOESTE.
A SOMAR Meteorologia, com a qual a CANAOESTE mantém convênio, prevê que os desvios das históricas temperaturas médias serão
pequenas nos meses de fevereiro a abril. Quanto às chuvas, a SOMAR está prognosticando
que durante os meses de fevereiro a março elas
poderão ser próximas às respectivas médias históricas, além de frequentes.
Em função destes prognósticos climáticos, dos
custos das operações de plantio, dos recomendados insumos e utilização de tecnologia de produção, a CANAOESTE sugere que se precavenham,
evitando-se plantios tardios. Estes prognósticos
serão revistos a cada edição da Revista Canavieiros
e fatos ou prognósticos climáticos relevantes serão
noticiados em nosso site www.canaoeste.com.br .
Continuem acompanhando !
nascentes e cursos d’água.
Revista Canavieiros - Fevereiro de 2010
Revista Canavieiros - Fevereiro de 2010
2
27
7
Artigo Técnico
Variedades CTC
características e recomendações
Centro de Tecnologia Canavieira - CTC
C
TC1 – Precoce. Alto teor de
sacarose. Recomendada para
ambientes de bom a médio
potencial. Fibra baixa. Alto florescimento. Média isoporização. Resistente à escaldadura e amarelecimento. Intermediária ao carvão e broca; moderadamente suscetível à ferrugem e mosaico. Plantar com mudas novas.
CTC5 - Destaca-se pela precocidade e alto teor de sacarose. Recomendada para ambientes de alto potencial
de produção. Apresenta fibra baixa,
baixos florescimento e isoporização.
Resistente ao mosaico, ferrugem e amarelecimento, intermediária à escaldadura, carvão e broca. Exigente em água.
Indicada para áreas de vinhaça.
CTC7 - Precoce. Alto teor de sacarose, recomendada para ambientes de
alto a médio potencial de produção.
Vem sendo plantada também em ambientes mais fracos. Desenvolvimento
inicial bastante rápido com tombamento em primeiro corte. Despalha natural.
Fibra média, pouco florescimento e isoporização. Resistente às principais
doenças e intermediária à broca.
CTC9 - Precoce, rica e rústica.
Ambientes de média a baixa produção, até D. Realizar plantios mais tardios devido ao rápido desenvolvimento inicial. Excelentes resultados
em áreas comerciais. Destaque em
todas as regiões. Fibra e florescimento médios e pouca isoporização. Resistente ao amarelecimento, ferrugem
e carvão. Intermediária à escaldadura e à broca. Moderadamente suscetível ao mosaico.
CTC12 – Super precoce. Apresenta o maior valor em POL de todas
as variedades CTC. Ambiente de alto
potencial de produção, sendo mais
exigente em água do que em fertilidade de solo. Não floresce e não isoporiza no Centro-Sul. Resistente às
28
Revista Canavieiros - Fevereiro de 2010
principais doenças (ferrugem, escaldadura, carvão, mosaico e amarelecimento). Intermediária à broca. Responde a maturadores.
CTC13 – Precoce com alta produtividade. Para ambientes de médio
a alto potencial de produção. Porte
ereto. Floresce raramente e isoporiza
pouco. É resistente á ferrugem, escaldadura e ao mosaico e moderadamente resistente ao amarelecimento.
Reação intermediária ao carvão e à
broca.
CTC16 – Precoce. Alto teor de
sacarose. PUI longo. Responsiva.
Ambientes de médio a alto potencial
de produção. Ótimo perfilhamento e
excelente brotação de soqueira em
colheita mecanizada. Ótima colheitabilidade. Pode ser utilizada como
cana-de-ano. Teor de fibra alto. Floresce pouco. É altamente resistente
à ferrugem, carvão, escaldadura e ao
amarelecimento. Apresenta reação
intermediária ao mosaico e à broca.
Responde bem a maturadores.
CTC17 - Precoce e alto teor de
sacarose. Ótimo desempenho em solos arenosos e ambientes de médio a
baixo potencial de produção. Teor de
fibra médio, floresce raramente e isoporiza pouco. Altamente resistente
ao mosaico, escaldadura e ao amarelecimento e moderadamente resistente à ferrugem. Intermediária ao carvão e à broca. Responde a maturadores. Tolerante à seca.
CTC2 - Maturação média, ambientes de médio a baixo potencial produtivo. Fazer plantio mais tardio; rústica e
produtiva; recomendada para plantio
e colheita mecanizada. Variedade CTC
com maior área plantada. Bons resultados quando realizada a antecipação
da colheita com maturadores químicos.
Alta longevidade. Fibra média, pouco
florescimento e média isoporização.
Resistente à escaldadura, ferrugem e
amarelecimento. Intermediária ao carvão e à broca. Moderadamente suscetível ao mosaico.
CTC4 – Maturação média a tardia. Ambientes de alta a média produção. Rica e alta produtividade.
Destaque nos ensaios de produtividade da 1ª geração de variedades do
CTC. Boa tolerância ao stress hídrico. Fibra baixa, médio florescimento
e baixa isoporização. Resistente à
escaldadura, carvão, mosaico e amarelecimento. Reação intermediária à
broca e à ferrugem.
CTC8 - Maturação média, para ambientes de média produção. Boa brotação de soqueira. Porte ereto, intenso
perfilhamento e resistência à seca. Fibra alta, florescimento e isoporização
médios. Resistente à escaldadura, ferrugem e carvão e moderadamente resistente ao amarelecimento. Reação intermediária ao mosaico e à broca.
CTC10 – Maturação média a tardia, para ambientes de médio potencial de produção, porém é responsiva à fertilidade; boa brotação; alta
produtividade e médio POL; fibra
média, não floresce e não isoporiza.
Resistente à ferrugem, ao mosaico e
ao amarelecimento. Intermediária à
escaldadura, ao carvão e à broca.
Responde a maturadores.
CTC11- Maturação média; não
tomba e é rica; ambientes de médio a
alto potencial de produção com algumas restrições, pois é exigente em
água. Alto perfilhamento e excelente
fechamento na linha e na entrelinha.
Artigo Técnico
É a CTC de maior destaque no plantio mecânico. Floresce raramente e
isoporiza pouco. Resistente à ferrugem, escaldadura e ao amarelecimento. Intermediária ao carvão, mosaico
e à broca. Responde muito bem a
maturadores químicos.
CTC14 – Maturação média a tardia com alta produtividade; para solos de médio a alto potencial de produção. Responsiva à fertilidade de
solo; resistente à seca. Floresce raramente e não isoporiza. Resistente
à ferrugem, escaldadura, mosaico e
ao amarelecimento. Intermediária ao
carvão e à broca. Responde bem a
maturadores químicos.
CTC15 - Destaca-se pela alta
produtividade e resistência ao estresse hídrico; maturação média a tardia;
para ambientes de menor potencial
de produção. Excelentes resultados
em praticamente todas as regionais.
Florescimento e isoporização médios. Resistente à ferrugem, escalda-
dura, amarelecimento e broca. Moderadamente resistente ao carvão e
ao mosaico. Responde a maturadores químicos.
CTC18 – Maturação média (precoce em Goiás); para ambientes de
médio a baixo potencial produtivo,
porém responsiva; excelente perfilhamento e ótima brotação de soqueira.
Tolerante a seca. Ereta. Boa colheitabilidade. Floresce, apresentando
isoporização média. Resistente à ferrugem, escaldadura, mosaico e ao
amarelecimento. Intermediária ao carvão e à broca. Responde bem a maturadores químicos.
CTC3 – Maturação tardia, ambientes de alto a médio potencial de produção. Desenvolvimento inicial lento. Boa brotação de soqueira e resistência a seca. Não floresce. Fibra e
isoporização baixos. Resistente à ferrugem, carvão, mosaico e amarelecimento. Intermediária à broca e moderadamente suscetível à escaldadura.
CTC6 – Maturação tardia, altas produtividade e sacarose, recomendada
para ambientes de boa a média produção; não tomba, recomendada para plantio e colheita mecanizada. Baixa fibra,
médio florescimento e pouca isoporização. Resistente às principais doenças.
Reação intermediária à broca.
CTC19 – Alto teor de sacarose e
alta produtividade. Meio a final de
safra. Ambientes de médio a alto potencial. Fibra baixa. Floresce pouco
e raramente isoporiza. Alta resistência à ferrugem e ao amarelecimento.
Reação intermediária ao carvão, mosaico, escaldadura e à broca.
CTC20 – Alta sacarose e PUI longo.
Recomendada para colheita durante toda
a safra. Alta produtividade, elevado perfilhamento e rápido fechamento. Fibra baixa. Responsiva. Para ambientes de médio
a alto potencial de produção. Floresce e
isoporiza pouco. Resistente à ferrugem,
carvão, escaldadura e amarelecimento. Intermediária ao mosaico e à broca.
Revista Canavieiros - Fevereiro de 2010
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30
Revista Canavieiros - Fevereiro de 2010
Revista Canavieiros - Fevereiro de 2010
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Clima
Estudo da secretaria
aponta chuvas e as
possíveis perdas na
agropecuária
O
excesso de chuvas
que vem ocorrendo desde dezembro
em todo o Estado de São Paulo trouxe consigo episódios
de erosão que destruíram caminhos internos nas propriedades, arrancaram pontes,
tornaram intransitáveis muitas estradas vicinais e até
mesmo asfaltadas. O Instituto de Economia Agrícola da
Secretaria de Agricultura e
Abastecimento (IEA) fez uma
análise para tentar mensurar
o “tamanho” desse estrago.
As atividades mais prejudicadas
são as de produção de hortaliças folhosas e de leite, altamente perecíveis.
Além disso, a grande quantidade de
chuva favorece o aparecimento de doenças fúngicas e bacterianas, prejudicando o processo de colheita e a qualidade de muitos produtos.
Os pesquisadores salientam que se
trata de uma análise preliminar das perdas prováveis na produção paulista, com
ênfase em avaliação qualitativa, uma vez
que as chuvas devem continuar ocorrendo. “Só então, passado esse período, é
que as perdas poderão ser calculadas com
maior precisão, através de levantamentos detalhados, quando se encerrarem os
ciclos produtivos em curso.”
CAFÉ - Entre agosto e dezembro de
2009, as floradas apresentaram uma formação bastante desuniforme, provavelmente em função das alterações climáticas observadas no período. O maior risco que pode ocorrer não se refere propriamente à quantidade, mas ao comprometimento da qualidade dos grãos, seja
pela falta de uniformidade da maturação
ou dificuldades na colheita e secagem.
32
Revista Canavieiros - Fevereiro de 2010
maior número de repasses necessários para recolher grãos
em estágio de maturação apropriado; haverá problemas novamente este ano com a qualidade da bebida, pois há tendência para que ocorra imensa mistura de grãos; pode acarretar em perdas no volume
previsto para a colheita, excetuam-se os cafeicultores que
descascam os frutos.
Nos principais cinturões cafeeiros,
especialmente nos de arábica mais meridionalmente posicionados, verificaram-se substanciais precipitações durante a época da colheita, com prejuízos diretos no quesito qualidade da
bebida. Isso se observou principalmente
para os cafeicultores com compromissos financeiros em processo de liquidação (CPRs - física e financeira - e títulos financeiros - contratos futuros e
opções), uma vez que o custo para padronizar os lotes elevou-se, segundo a
qualidade exigida pelos contratos.
Houve situações em que o cafeicultor desistiu do exercício de entrega
do produto (caso das opções públicas) em função do elevado encargo financeiro, para preparar seu café nas
unidades de rebenefício, em que se
exige elevado volume de produto para
a formação de lotes homogêneos.
A condição anterior de excessiva
umidade manteve-se. Resultado, uma
multiplicidade de fases reprodutivas no
mesmo ramo de produção que deve trazer os seguintes efeitos: a colheita tenderá a ser mais custosa, em virtude do
Ainda não se pode atribuir grande prejuízo ou comprometimento da quantidade produzida de café ao excesso de chuvas no Estado. O Escritório de Desenvolvimento Rural da Secretaria em Ribeirão Preto, contudo,
estima perdas de até 10%, sobretudo
pelo comprometimento da infraestrutura para o escoamento da colheita.
GRÃOS - Entre as culturas de
grãos, as que mais vêm sofrendo danos são as de amendoim e feijão, leguminosas de ciclo curto e muito sensíveis às adversidades climáticas. Todas
as fases dessas culturas têm sido prejudicadas, especialmente as da maturação e colheita. No caso do amendoim, se as chuvas persistirem até a colheita da maior parte das lavouras em
curso, os danos não serão apenas
quantitativos, mas qualitativos, com a
forte ocorrência da aflatoxina, substância tóxica que deprecia acentuadamente o produto.
Dada a diversidade do desenvolvimento das culturas no Estado, tornase difícil mensurar o estrago na cultura
de feijão, embora haja informações de
perdas da ordem de 30% a 50% na produção das regiões de Avaré e Itapeva,
as maiores produtoras.
Clima
Nos casos de milho e soja, as informações preliminares sobre perdas
variam de 10% a 20%, números passíveis de retificação dada a possibilidade de alguma recuperação do estado
vegetativo ou de maturação, principalmente da soja.
A cultura do milho de verão encontra-se em vários estágios do ciclo produtivo no Estado, dada a amplitude do período de semeadura da presente safra, favorecida pelo início precoce do período
chuvoso. Além das precipitações pluviais excessivas, a ocorrência de dias nublados com baixo nível de insolação prejudica a fotossíntese, afetando, assim, o
potencial produtivo das plantas.
No caso do arroz, grande parte das
lavouras paulistas com o produto ficou inundada, o que está dificultando
a colheita e prejudicando a qualidade
dos grãos.
Houve também aumentos dos custos de produção, decorrentes da dificuldade de locomoção de máquinas,
veículos e de trabalhadores para a execução de operações agrícolas e comerciais. Devido ao fato da combinação
de umidade excessiva e temperaturas
elevadas favorecer a ocorrência de pragas e o desenvolvimento de doenças
e ervas daninhas nas culturas, há ainda uma maior utilização de inseticidas,
fungicidas ou herbicidas. Além disso,
os grãos colhidos com alto teor de
umidade terão de passar, necessariamente, por secadores, o que também
eleva os custos.
FRUTAS - As chuvas intensas coincidem com a época de safra da maioria das frutas de clima temperado produzidas em São Paulo, prejudicando
principalmente a qualidade.
A uva está apresentando problemas
de “coroinha” (botrytis cinerea), fungo
pós-colheita que causa perdas durante
a comercialização e afeta o preço no atacado. Não se pode, ainda, quantificar
as perdas no campo causadas pelas
chuvas na viticultura paulista, mas é
possível afirmar que a redução da qualidade da fruta é grande, afetando também o teor de sólidos solúveis.
Quanto ao figo, que apresenta o pico
da safra nesses meses bastante chuvosos, sua qualidade está sendo prejudicada principalmente pela redução do tempo
de prateleira da fruta, altamente perecível.
Não há dados que permitam quantificar quais serão as perdas nas safras
de caqui e goiaba afetados por chuva
de granizo no final do ano, mas se pode
afirmar que a produção será inferior à
prevista em condições normais.
Também a produção de manga foi
bastante reduzida devido às chuvas
intensas e ventanias do final do ano
passado, que já prejudicaram o início
do ciclo produtivo, ou seja, a florada e
a formação de frutos.
No caso dos citros, embora não
haja maiores perdas de produção, o
custo de manutenção dos pomares
deve aumentar devido à maior incidência de doenças e pragas favorecidas
pelo excesso de umidade, além de dificuldades na colheita e transporte.
“De um modo geral, como as frutas
muitas vezes não estão alcançando os
padrões exigidos pelo controle de qualidade do varejo, boa parte delas tem
sido descartada já no campo, ocasionando perdas aos produtores”, salientam os pesquisadores.
CANA - A atividade encontra-se em
seu período de entressafra no Estado,
que habitualmente inicia-se na segunda quinzena de dezembro do ano anterior e se estende até o fim de março do
ano seguinte.
As chuvas que ocorrem com grande intensidade desde o segundo semestre de 2009 causou um atraso considerável na colheita, o que ocasionou
um efeito danoso na oferta regular de
matéria-prima para as usinas. Dessa
forma, algumas unidades entraram no
período normal de entressafra colhendo cana nos intervalos de trégua da
chuva, acarretando uma possível redução da manutenção das máquinas e
equipamentos e dos tratos agrícolas.
Em plena safra, houve precipitações pluviométricas acima da média
para o período, aumentando consequentemente o número de dias parados na produção. Essa alteração climática também levou a uma diminuição na qualidade em termos de concentração de açúcares totais recuperáveis (ATR), o que incide diretamente
na quantidade de transformação de
cana nos produtos açúcar e álcool.
Outro efeito provável por conta das
excessivas chuvas é a impossibilidade
de colher a cana, resultando numa
quantidade considerável da safra 2009/
10 em pé ou bisada (cana que sobrou
de uma safra para outra sem cortar), o
que, em parte, compromete a oferta.
Dados preliminares obtidos na Coordenadoria de Assistência Técnica Integral da Secretaria (Cati) dão conta de
que poderá haver uma quantidade de
cana bisada em torno de 10% da produção da safra 2009/10, o que significa
cerca de 40 milhões de toneladas. Algumas regiões foram mais afetadas do
que outras, portanto, estão com maiores dificuldades.
Vale ressaltar que as chuvas excessivas não são a principal causa dos aumentos recentes do preço do açúcar e do álcool. Outros fatores contribuíram com
maior peso, a exemplo das importações
de açúcar pela Índia e o aumento da demanda por etanol, ou seja, é mais uma
questão de mercado do que de chuvas.
Em resumo, pode-se afirmar que as
chuvas ocasionaram problemas pontuais na colheita da cana, o que de fato
já ocorreu e, de certa forma, foi resolvido com a competência na gestão das
usinas em reorganizar o cronograma de
colheita e, assim, mitigar ao máximo os
efeitos das precipitações pluviais.
O estudo foi realizado pelos pesquisadores Sérgio Torquato, Alfredo
Tsunechiro, Sônia Martins, Celso Vegro, Priscilla Rocha Silva, Maria Célia
Martins de Souza, Katia Nachiluk e
Maximiliano Miura.
(Informações sobre pecuária,
mandioca, olerícolas, veja no texto
completo: www.iea.sp.gov.br)
Fonte: Secretária de Agricultura e
Abastecimento do Estado de São Paulo)
Revista Canavieiros - Fevereiro de 2010
33
Destaque
Agrishow 2010
Carla Rodrigues
Edição deste ano conta com melhorias na estrutura e retomada dos negócios;
a Revista Canavieiros estará presente pelo 3º ano consecutivo
A
Agrishow – Feira Internacional da Tecnologia em Ação, a
mais importante feira do agronegócio da América Latina será realizada entre os dias 26 a 30 de abril
no Pólo Regional de Desenvolvimento Tecnológico dos Agronegócios do
Centro-Leste / Centro de Cana IAC
em Ribeirão Preto.
Para a edição deste ano, a organização do evento preparou uma nova
feira, mas sempre com o mesmo foco:
cada vez mais trazer um número maior de agricultores para a feira. De
acordo com o presidente da
Agrishow, Cesário Ramalho, este é o
objetivo maior do evento, expor aos
agricultores as novas tecnologias do
setor. “O produtor pode não comprar
no dia da feira, mas ele conhece a
tecnologia, leva isso com ele e um
dia compra essa máquina, isso que é
importante”, disse Ramalho durante
a coletiva de imprensa, que abriu a
feira, no início de fevereiro.
As novidades presentes serão
muitas, tudo para atender melhor as
necessidades dos 140 mil visitantes
esperados e dos 730 expositores diretos e indiretos, que já confirmaram presença. Está sendo feito um
investimento de aproximadamente
R$ 10 milhões, que é dividido entre
o governo do Estado de São Paulo,
prefeitura de Ribeirão Preto e também pelas empresas promotoras do
evento, como a ABIMAQ que é a
grande investidora.
Com esse investimento foram feitas melhorias na estrutura da feira,
agora a Agrishow possui uma nova
planta, retangular, muito bem aceita
pelos técnicos e principalmente pelos pesquisadores do IAC (Instituto
Agronômico de Cana-de-açúcar), que
têm a preocupação de não invadir as
áreas de pesquisa do Centro. Esta reformulação permitiu que a feira ficas34
Revista Canavieiros - Fevereiro de 2010
Agrishow 2009
se assimétrica, sendo composta por
seis avenidas e 21 ruas dentro da área
de exposição estática, referente a 360
mil metros quadrados.
Foram criados os estacionamentos norte e sul para que o expositor
pare sempre próximo ao seu estande.
Também foram feitas reformas e construções de novos banheiros, regionalização dos expositores para facilitar o caminho percorrido, desde a
chegada que será asfaltada, transporte de trenzinho sem poeira e postes de concreto. Serão montadas
duas praças, uma para que as pessoas possam caminhar pela feira e outra em que vai estar os bancos colocados estrategicamente.
Ainda foram feitas melhorias em
toda a parte hidráulica do evento para
que não corra risco de faltar água
para higienização dos sanitários.
Além disso, durante os cinco dias de
Agrishow será possível realizar 800
demonstrações de campo numa área
de 100 hectares para diversas culturas, cada empresa terá seu espaço
com a agricultura que escolheu o dia
todo.
A EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), a FE-
TAESP (Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de São
Paulo) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário já são presença garantida entre os participantes e terão uma ilha significativa na feira
para mostrar seus trabalhos.
A expectativa para a edição deste ano é de retomada, tanto das grandes empresas que ficaram fora ano
passado e este ano irão participar
quanto dos negócios não realizados
em 2009, já que o saldo da feira foi
prejudicado por conta da crise financeira internacional que teve início
no final de 2008.
“Não vamos ter nenhuma explosão, mas eu acho que temos que rever os projetos e comprar os equipamentos. A agricultura brasileira é
consolidada, precisamos apenas fazer os aperfeiçoamentos. Acredito
que este ano vamos voltar a caminhar dentro da normalidade, porque
o ano passado não foi normal”, explica o presidente do evento.
E para encerrar definitivamente as
especulações sobre a saída da
Agrishow de Ribeirão Preto, Cesário
Ramalho esclarece que a feira encon-
Destaque
trou seu caminho este ano e que é impossível pensar em Agrishow fora
dessa cidade. “A feira não sai daqui.
O maior PIB do país está nessa região.
Ano passado fizemos um acordo para
seis anos, mas estamos trabalhando
em um contrato novo com o governo
para 20 ou 30 anos. Hoje temos uma
responsabilidade maior com a feira,
que envolve secretaria do Estado,
prefeitura e a comunidade de Ribeirão Preto”, esclarece Ramalho.
A Agrishow 2010 é uma iniciativa da ABAG (Associação Brasileira de Agribusiness), ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de
Máquinas e Equipamentos), ANDA
(Associação Nacional para Difusão
de Adubos) e SRB (Sociedade Ru-
ral Brasileira), e é organizada e promovida pela Reed Exhibitions Alcantara Machado.
Local: Pólo Regional de Desenvolvimento Tecnológico dos Agronegócios do Centro-Leste / Centro
de Cana IAC – Rodovia Antônio
Duarte Nogueira, KM 321 – Ribeirão Preto – SP.
Sistema Ocesp/Sescoop
difundem conhecimentos sobre
cooperativismo
Carla Rodrigues
Palestras estão sendo realizadas no interior do Estado de São Paulo
O
sistema Ocesp/Sescoop – SP
(Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo e
Serviço Nacional de Aprendizagem do
Cooperativismo do Estado de São Paulo) está realizando palestras para repassar aos cooperados, funcionários
de cooperativas e para o público em
geral a doutrina cooperativista, ou
seja, dividir experiências e falar um
pouco sobre o histórico do cooperativismo, dentro dos princípios, valores
e questões tributárias.
Antigamente, essas reuniões eram
realizadas em São Paulo apenas uma vez
por semana, gerando uma grande dificuldade para os grupos interessados
nesse assunto em se deslocar até a grande São Paulo. Foi neste momento, com
as estruturas regionais já abertas, que o
Sescoop deu início às palestras semanais no interior do Estado, que ficam
localizadas em Ribeirão Preto, São José
dos Campos, Marília e Piracicaba.
De acordo com o coordenador dos
Núcleos Regionais, Cassiano Faria, o
objetivo das realizações dessas palestras é fazer uma promoção do sistema
como um todo, tanto o sistema coope-
José Alberto, Alex e Cassiano Faria integrantes da Sescoop
rativista quanto a estrutura da Ocesp e
as atividades que são desenvolvidas por
ela. É possível fazer também uma prospecção de novas demandas que venham
surgir a partir dessas reuniões, que são
uma forma de abertura e conhecimento
para o público cooperativista.
Durante as palestras, que têm como
tema “Cooperativismo como Alternativa de Desenvolvimento”, os participantes podem adquirir informações mais
profundas em relação ao cooperativismo, principalmente sobre os ramos em
que atuam, como: agropecuário, consumo, crédito, educacional, habitacio-
nal, infra-estrutura, saúde, trabalho,
produção e transporte.
Também têm conhecimento sobre
os sete princípios em que o sistema
cooperativista se baseia. São eles: 1º Adesão livre e voluntária, 2º - Gestão
democrática pelos sócios, 3º - Participação econômica dos sócios, 4º - Autonomia e Independência, 5º - Educação, treinamento e informação, 6º - Cooperação entre cooperativas e 7º - Preocupação com a comunidade.
Para mais informações, acesse o site:
www.portaldocooperativismo.org.br
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Revista Canavieiros - Fevereiro de 2010
35
Biblioteca
Cultura
Cultivando
a Língua Portuguesa
“GENERAL ÁLVARO
TAVARES CARMO”
CANA-DE-AÇÚCAR: Bioenergia, Açúcar
e Álcool - Tecnologia e Perspectivas
Esta coluna tem a intenção de maneira didática,
esclarecer algumas dúvidas a respeito do português
Fernando Santos
Aluízio Borém
Celso Caldas
" Não sou do tamanho da minha altura, mas da estrutura
daquilo que posso ver" Fernando Pessoa
1) No mês que vem Pedro fará “cinqüenta” anos!
Data especial, momento de reflexão também.
Renata Carone
Sborgia*
Pedro as congratulações serão verdadeiras sem o trema!
Idade nova, Novo Acordo Ortográfico e nova regra para o tópico gramatical:
o trema foi abolido (temos exceções).
Assim, “parabenizando-o corretamente”: CINQUENTA!
P.S.: ...para os amigos que gostam de “dar ênfase” ao momento de vida, por
favor, CINQUENTÃO (sem trema)!
2) Maria disse:
- Eu “magôo” com pessoas que criticam meu trabalho sem fundamento...
Prezado amigo leitor cuidado com as críticas sem fundamentos e o verbo magoar...
Segundo o Novo Acordo Ortográfico, o hiato (encontro de dois sons vocálicos) “oo” deixa de receber acento nas palavras paroxítonas (a sílaba tônica, forte,
é a penúltima da direita para a esquerda).
O correto é MAGOO.
Críticas sem fundamentos podem magoar.
Vamos evitá-las ou escolher o diálogo, não é?
3) ... e a expressão popular “caiu de pára-quedas”?
Prezado amigo leitor para não cair mais, por favor, escreva corretamente: PARAQUEDAS!
Paraquedas agora é escrita de forma aglutinada (não se separa).
Explicação fácil: o Novo Acordo Ortográfico com o uso do Hífen referente à
Composição. Regra: compostos - não se usa o hífen nas palavras compostas que
perderam a noção de composição (é o processo que forma novas palavras a partir
da junção de duas ou mais palavras ou radicais).
PARA VOCÊ PENSAR:
Tua Caminhada Ainda Não Terminou
Charles Chaplin
Tua caminhada ainda não terminou...
A realidade te acolhe dizendo que pela frente o horizonte da vida necessita de tuas palavras e do teu silêncio.
Se amanhã sentires saudades, lembra-te da
fantasia e sonha com tua próxima vitória.
Vitória que todas as armas do mundo jamais conseguirão obter,porque é uma vitória
que surge da paz e não do ressentimento.
É certo que irás encontrar situações tempestuosas novamente, mas haverá de ver sempre o lado bom da chuva que caie não a faceta
do raio que destrói.
Tu és jovem.
Atender a quem te chama é belo, lutar por
quem te rejeita é quase chegar a perfeição.
A juventude precisa de sonhos e se nutrir
de lembranças, assim como o leito dos rios
precisa da água que rolae o coração necessita
de afeto.
Não faças do amanhã o sinônimo de nunca,
nem o ontem te seja o mesmo que nunca mais.
Teus passos ficaram.
Olhes para trás...mas vá em frente pois há
muitos que precisam que chegues para poderem seguir-te.
* Advogada,Profa. de Português, Consultora e Revisora, Mestra USP/RP, Especialista
em Língua Portuguesa, Pós-Graduada pela FGV/RJ, com MBA em Direito e Gestão
Educacional, autora de vários livros como a Gramática Português Sem Segredos(Ed.
Madras), em co-autoria.
36
Revista Canavieiros - Fevereiro de 2010
E
ste livro, recentemente lançado na Universidade Federal de Viçosa, aborda em apenas 21
capítulos os mais importantes avanços em tecnologia da cana-de-açúcar e de seus derivados na
atualidade. Com prefácio escrito pelo ex-ministro de Estado da Agricultura Dr. Roberto Rodrigues e, escrito por renomados especialistas, esta
publicação é de leitura obrigatória a todos aqueles que necessitam estar atualizados no uso desta
espécie no contexto da produção de bioenergia,
incluindo o álcool e o açúcar.
Os capítulos tratam os seguintes assuntos: Planejamento Agrícola; Fisiologia; Plantio; Nutrição e
Adubação; Manejo de Pragas e Nematoides; Manejo de Doenças; Manejo de Plantas Daninhas;
Manejo de Irrigação; Agricultura de Precisão e Sensoriamento Remoto; Sistemas de Colheita de Colmos; Melhoramento Genético e Recomendação de
Cultivares; Biologia Molecular e Biotecnologia;
Controle de Qualidade nas Indústrias de Açúcar e
Álcool; Processo de Produção do Açúcar, Fermentação Etanólica; Destilação; Aproveitamento de Resíduos Industriais; Bioenergia de Cana; Sistema de
Remuneração da Cana; Fundamentos Teóricos das
Análises Sucroalcooleiras; Gestão de Custos na
Produção e Processamento.
Os interessados em conhecer as sugestões de
leitura da Revista Canavieiros podem procurar
a Biblioteca da Canaoeste, na Rua Augusto
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Revista Canavieiros - Fevereiro de 2010
37
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Valor: R$ 19.000,00;
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carroceria canavieira). Valor de venda
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ou parcelas a pagar 42x R$ 7.200,00.
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340.000 km. Valor: R$ 130.000,00;
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600. Valor: R$ 50.000,00.
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Agende-se
Março
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EFEICANA/FEIBIO 2010
Empresa Promotora: Safra Eventos
Tipo de evento: Exposição/Feira
Início: 09/03/2010
Fim: 11/03/2010
Cidade: Araçatuba - SP
Localização do evento: Recinto de Exposições Clibas de
Almeida Prado - Av. Alcides Fagundes Chagas, 600 - Bairro
Aviação
Informações:
Safra eventos: (18) 3624 9655
Site:www.feicana.com.br
e-mail: [email protected]
FEINCO 2010 - 7ª FEIRA INTERNACIONAL DE
CAPRINOS E OVINOS
Empresa Promotora: Agrocentro Feiras e Exposições
Tipo de Evento: Exposição / Feira
Início do Evento: 09/03/2010
Fim do Evento: 13/03/2010
38
Revista Canavieiros - Fevereiro de 2010
Cidade: São Paulo - SP
Localização do Evento: Centro de Exposições Imigrantes
Informações com: Secretaria
Site: www.feinco.com.br
Telefone: (11) 5067-6767
E-mail: [email protected]
45ª EMAPA - EXPOSIÇÃO MUNICIPAL E
AGROPECUÁRIADEAVARÉ
Empresa Promotora: Prefeitura da Estância Turistica deAvaré
Tipo de Evento: Exposição / Feira
Início do Evento: 27/02/2010
Fim do Evento: 14/03/2010
Cidade: Avaré - SP
Localização do Evento: Parque de Exposição Fernando
Cruz Pimentel
Informações com: Matriz da Comunicação
Site: www.emapaavare.com
Telefone: (14) 3732-1608
E-mail: [email protected]
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40
Revista Canavieiros - Fevereiro de 2010
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