I Feira das Tecnologias da Saúde de Santarém Técnica inovadora em Imagiologia Mamária no Hospital de Santarém, pioneira em Portugal Implementação de Boas Práticas na Área do Medicamento Hospitalar A Acreditação de Serviços A Acreditação é em sentido lato, um atestado de garantia de que o que deve fazer-se está a ser bem feito, com qualidade e eficiência. Acreditar significa que o que é feito merece toda a confiança e pressupõe o reconhecimento público dos objetivos e dos resultados alcançados, tendo como corolário a satisfação das pessoas a quem se dirige a atividade do hospital. Neste processo de procura da excelência que o Hospital de Santarém tem em curso de modo sectorial, é necessário assegurar que os Serviços e os Profissionais estão a dispor e a utilizar todos os meios necessários para assegurar que os serviços prestados correspondem rigorosamente à satisfação das expectativas de todos, cumprindo todos os requisitos e compromissos de melhoria continua. Se o cidadão está no centro do sistema, então as suas necessidades, procura, expetativas e satisfação convertem-se nos objetivos principais do Hospital e dos Serviços. É a qualidade apercebida pelos cidadãos que dará a verdadeira dimensão da sua satisfação e do cumprimento dos objetivos do Hospital. Acreditar não é um fim, mas sim uma ferramenta de uso permanente que nos permite manter um processo de melhoria continua em todos os nossos gestos, dos mais básicos aos mais diferenciados. Dr. José Rianço Josué Presidente do C.A. HDSInForma | Edição n.º 41 Técnica inovadora em Imagiologia Mamária no Hospital de Santarém, pioneira em Portugal Texto Serviço de Imagiologia Fotos Marta Bacelar O Hospital de Santarém, ciente da importância das técnicas de diagnóstico e rastreio na patologia mamária, modernizou recentemente as suas valências técnicas de Imagiologia com a aquisição de uma unidade de mamografia digital directa com estereotaxia e imagem espectral de contraste, único no país e de um equipamento de ecografia de última geração com a técnica de elastografia, investimento no montante global de €486.000. O cancro da mama é actualmente uma das formas mais comuns de patologia oncológica na mulher. Em todo o m u n d o s ã o diagnosticados anualmente mais de 1.3 milhões de casos de cancro da mama. A sua deteção precoce através das práticas de rastreio e diagnóstico é fundamental, tendo contribuído significativamente para uma diminuição da mortalidade. Trata-se de um investimento co-financiado pela União Europeia, através dos fundos estruturais (70%) e pelo Estado Português (30%), no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN). O QREN é “o documento de direção estratégica e operacional dos instrumentos financeiros de carácter estrutural que apoiarão a concretização de componentes importantes da política de desenvolvimento de Portugal no período de 2007 a 2013”. O INALENTEJO, enquanto instrumento financeiro de política regional, incluído no QREN, respeitante ao período de 2007/2013, visa contribuir para a promoção do crescimento e emprego, num quadro de articulação entre os apoios mais directamente relacionados com a competitividade regional e os apoios à coesão social e territorial, com particular relevo no primeiro caso, dos sistemas de incentivos às empresas. A aquisição desta moderna unidade de mamografia de aquisição digital directa com detector de amplo campo e elevada sensibilidade (General Electric - GE Healthcare), permitirá realizar estudos de elevado detalhe com uma redução na dose de radiação utilizada e num curto intervalo de tempo. No campo RCA da intervenção mamária, esta plataforma permitirá realizar os mais diversos procedimentos com uma excecional versatilidade na abordagem das mais diversas lesões superficiais e profundas, possibilitando inclusive a realização de procedimentos com a utente deitada lateralmente. Este equipamento conta com o mais recente desenvolvimento em mamografia digital directa, a Mamografia Espectral de Contraste, sendo o Hospital de Santarém o primeiro a deter esta valência em Portugal. A mamografia de contraste permite ao equipamento de mamografia digital detectar um novo tipo de informação diagnóstica extremamente útil. Enquanto as técnicas de aquisição tradicionais ou tomográficas na mamografia digital permitem estudar apenas a estrutura do tecido mamário, a mamografia de contraste habilita à localização da proliferação de pequenos vasos sanguíneos, potencialmente associados com tumores malignos. Esta técnica inovadora demonstra ainda um elevado potencial de avaliação da extensão das lesões para planificação de cirurgia e tratamento. Foi ainda adquirido um Ecógrafo (Toshiba) de elevadas prestações, baseado numa avançada plataforma completamente digital e compacta que reúne uma gama única de software e sondas de última geração. Entre as várias tecnologias avançadas, realçam-se duas especialmente dedicadas à ecografia mamária: A Elastografia, técnica de fácil execução e não invasiva que permite avaliar através de um estímulo mecânico, eventuais alterações na elasticidade tecidular, melhorando o desempenho da ecografia no diagnóstico das lesões nodulares da mama; O MicroPure, técnica totalmente inovadora, desenvolvida para permitir a detecção por ultrassons de micro-calcificações na mama. Com estas valências inovadoras, o Hospital de Santarém, assume-se como uma entidade de referência na área da Senologia, não só a nível regional como também no contexto nacional. Sempre consigo a cuidar de si |3 HDSInForma | Edição n.º 41 “Implementação de Boas Práticas na Área do Medicamento Hospitalar” Projetos apoiados pela ACSS Texto Farmácia Fotos Marta Bacelar O Hospital de Santarém, submeteu duas candidaturas no âmbito do Programa promovido pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), “Implementação de Boas práticas na Área do Medicamento Hospitalar”. A primeira candidatura possibilitou dotar os Serviços Farmacêuticos de meios para promover as Boas Práticas de Farmácia Hospitalar no Atendimento ao Doente em Regime de Ambulatório e a segunda permitiu uma melhoria significativa da Unidade de Preparação Centralizada de Citotóxicos. A execução daquela candidatura permitiu a adaptação das estruturas físicas com o intuito de responder às necessidades de atendimento dos doentes em regime de ambulatório nos Serviços Farmacêuticos, dado que até à data não existia um espaço que lhes fosse especificamente adstrito. Foi simultaneamente possível criar um espaço vocacionado para Ensaios Clínicos, com meios técnicos adequados, o que permite a segurança e a rastreabilidade do circuito do medicamento, fundamentais para a credibilidade e aceitação do Hospital como centro. O novo espaço criado tem atualmente maior facilidade de acesso interno e externo, sem barreiras arquitetónicas, muito próximo da entrada principal do Hospital e da área do novo edifício da Consulta Externa. A intervenção do Farmacêutico nesta área é crítica, quer pelo número de doentes tratados (atualmente cerca de 80/dia), quer pela complexidade de muitos dos esquemas terapêuticos e pelos encargos diretos e indiretos decorrentes, na medida em que permite alcançar segurança, efetividade e eficiência dos tratamentos, bem como uma gestão racional e eficiente dos recursos. 4| Sempre consigo a cuidar de si Na área das Preparações Não Estéreis foram criados meios técnicos, contribuindo para uma maior qualidade e segurança na preparação de medicamentos a administrar aos doentes, melhor capacidade de resposta às necessidades específicas de determinados doentes, redução do desperdício inerente a estas atividades e gestão racional dos recursos. A execução da segunda candidatura decorreu em 2011 e permitiu implementar medidas estruturantes na Unidade de Preparação Centralizada de Citotóxicos, para o Hospital de Dia de Oncologia, contribuindo para garantir as condições físicas, técnicas, documentais e ambientais exigidas a uma das atividades críticas da Farmácia Hospitalar, satisfazendo simultaneamente as exigências das Boas Práticas de Farmácia Hospitalar. Com a execução destes projetos e com profissionais treinados e especializados, pretendeu-se alcançar a rentabilização dos meios técnicos e humanos, a diminuição dos riscos de exposição dos profissionais, dos doentes e do meio ambiente, a melhoria da qualidade dos serviços prestados, considerando a melhor utilização dos fármacos e a qualidade da preparação final e inerente aumento da segurança dos doentes, culminando com a redução dos custos diretos e indiretos envolvidos, com inegável contributo para o controlo da despesa hospitalar com medicamentos e a monitorização do seu consumo. Com o envolvimento dos profissionais envolvidos, alcançou-se a promoção de práticas centradas nas necessidades dos doentes, com otimização dos resultados em saúde, que advêm da utilização do medicamento e de práticas de gestão do risco, de forma a assegurar o aumento da eficiência e da segurança do plano terapêutico. HDSInForma | Edição n.º 41 Agradecimentos Texto Conselho de Administração São inúmeros os colaboradores que trabalharam no nosso Hospital durante vários anos que têm vindo a reformar-se. E no espaço de dois meses, aposentaramse quatro colaboradores nossos que dedicaram as suas vidas profissionais aos doentes do nosso Hospital. São décadas ao serviço dos doentes e da nossa Instituição. São anos de devoção, de entrega, disponibilidade, de profissionalismo e de motivação em fazer cada dia mais e melhor, não regateando esforços para cumprir a missão pessoal e do Hospital. Por tudo o que conseguiram concretizar em prol dos doentes é imperativo o Conselho de Administração reconhecer e elogiar o médico Dr. Sebastião Geraldes Barbas que trabalhou no nosso Hospital durante 32 anos, a médica Dr.ª Maria de S. José Marques, durante 24 anos, assumindo a Direção do Serviço de Dermatologia durante 12 anos, a Enfermeira Maria da Conceição Frazão, durante 35 anos e Enfermeira Diretora durante 3 anos e a Técnica Superior D. Maria Dolores Fidalgo, durante mais de 40 anos e Chefe de Serviço de Contabilidade durante 38 anos. São inúmeros os colaboradores que “vivem o Hospital”, que “vestem a camisola da Instituição”. A todos se reconhece o inestimável contributo e a todos se agradece o empenho, a dedicação e a amizade à nossa Instituição. As Conversas de Diabetes chegam ao Hospital de Santarém Texto Maria Duarte O Serviço de Alimentação e Dietética em colaboração com o Serviço de Pediatria, implementou no nosso Hospital, um programa educacional baseado numa abordagem dinâmica e interativa, que pretende transformar a forma como as crianças com diabetes tipo 1 e os seus familiares aprendem a controlar a doença. O elemento central do programa é uma ferramenta baseada na conversação, denominada de Mapa de Conversação, . O objetivo é que pequenos grupos de crianças com diabetes tipo 1 em articulação com um profissional de saúde com formação específica para o efeito, consigam a promoção de hábitos de vida saudáveis, nomeadamente uma alimentação equilibrada e exercício físico, para atingir uma melhor vivência com a Diabetes. TM Crescer Saudável tendo Diabetes Texto Patrícia Marques e Maria Duarte Foto Marta Bacelar No passado dia 16 de Novembro, para celebrar o Dia Mundial da Diabetes, o Serviço de Alimentação e Dietética em colaboração com o Serviço de Pediatria, tomou a iniciativa de realizar uma sessão clínica destinada a crianças com Diabetes tipo 1 e seus familiares. Com o objetivo de melhorar as suas competências na administração de insulina, aumentar conhecimentos que permitam fazer alterações no estilo de vida, melhorando os hábitos alimentares com a contagem dos hidratos de carbono e promovendo a atividade física, procurando assim, otimizar o controlo metabólico da Diabetes. COLABORAÇÃO DO SERVIÇO DE ALIMENTAÇÃO E DIETÉTICA COM O SHST Texto Maria de Lurdes Teixeira O Serviço de Higiene e Segurança no Trabalho, no âmbito das suas atividades de promoção de saúde dos trabalhadores do Hospital de Santarém instituiu desde Janeiro de 2011 um protocolo com a Dietista do Serviço de Alimentação e Dietética, tendo sido elaborado um Programa mensal que inclui Consulta de Apoio Nutricional e realização de Workshops, no âmbito do Projecto “Saber Comer para Melhor Viver”. Foram abrangidos 26 trabalhadores com boa adesão, traduzida na comparência regular às consultas e com resultados a nível da perda ponderal significativos. Reconhece-se a dedicação e empenho da Dr.ª Maria Duarte neste grupo de trabalho. Sempre consigo a cuidar de si |5 HDSInForma | Edição n.º 41 I Feira das Tecnologias da Saúde de Santarém Texto Conselho Técnico de Diagnóstico e Terapêutica Fotos Vários O Conselho Técnico de Diagnóstico e Terapêutica (CTDT) do Hospital Distrital de Santarém (HDS) organizou, nos dias 23, 24 e 25 de novembro de 2011, a I Feira das Tecnologias da Saúde de Santarém. Este evento decorreu no Jardim da Liberdade em tendas de campanha amavelmente disponibilizadas pela Cruz Vermelha de Santarém e pela Autoridade Nacional da Protecção Civil (CDOS de Santarém). Contou Sessão de abertura com o incondicional e precioso apoio do Hospital Distrital de Santarém e da Câmara Municipal de Santarém, bem como da Polícia de Segurança Pública de Santarém, Rádio Sessão de abertura Pernes e diversas Empresas de Dispositivos Médicos e Farmacêuticos. Em termos de resenha, importa referir que os Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica do Hospital de Santarém desenvolvem a sua atividade em várias áreas, integrados em equipas multidis- ciplinares, colaborando assim para uma prestação de cuidados de excelência, centrada nas necessidades dos utentes e contribuindo para o seu bem estar e melhoria da qualidade de vida. No desenvolvimento das suas funções, os técnicos de diagnóstico e terapêutica atuam em conformidade com a indicação clínica, pré-diagnóstico, diagnóstico e Fisioterapia e Terapia Ocupacional investigação ou identificação, cabendo-lhes conceber, planear, organizar, aplicar e avaliar o processo de rabalho no âmbito da respectiva Sessão de abertura profissão, com o objectivo da promoção da saúde, da prevenção, do diagnóstico, do tratamento, da reabilitação e da reinserção. Estes profissionais apostam fortemente numa aprendizagem contínua, através do envolvimento em programas de formação e investigação nas suas áreas profissionais, o que lhes permite responder à crescente evolução tecnológica que se tem registado nos últimos anos no sector da saúde e lhes conferem um papel determinante nas equipas de saúde. O CTDT é um órgão que integra os técnicos coordenadores e os representantes das profissões que constituem a carreira dos Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica e tem como função “promover a articulação das Cardiopneumologia actividades dos respectivos sectores e ainda emitir pareceres sobre matérias relacionadas com o exercício profissional no âmbito das actividades de diagnóstico e terapêutica” (DL n.º594/99 de 21 de dezembro). processo de Radiologia - rastreio 6| Sempre consigo a cuidar de si Terapia Ocupacional Ortóptica - rastreio HDSInForma | Edição n.º 41 Neste evento estiveram envolvidas nove das profissões das Tecnologias da Saúde existentes no HDS, nomeadamente Análises Clínicas e Saúde Pública, Anatomia Patológica, Audiologia, Cardiopneumologia, Fisioterapia, Ortóptica, Radiologia, Terapia da Fala, Terapia Ocupacional, estando envolvidos, para além da maioria dos profissionais do Hospital, alguns estagiários das diferentes áreas profissionais. Foram ainda convidadas outras duas profissões - a Neurofisiologia (MELF) e a Radioterapia (Quadrantes), que embora não fazendo parte do CTDT do nosso Hospital mantém com este protocolos de trabalho. Cada profissão dinamizou o seu stand, promovendo sessões de esclarecimento, distribuição de folhetos informativos, rastreios e oferta de pequenas lembranças. A Sessão de Abertura contou com a presença do Conselho de Administração do HDS, de representantes da Câmara Municipal de Santarém, de entidades públicas convidadas, de dirigentes sindicais e da Indústria. O principal objectivo deste evento foi dar a conhecer os Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT) de que a população dispõe no distrito, nomeadamente no Hospital Distrital de Santarém e do contributo das diversas profissões do universo das tecnologias da saúde na promoção da saúde, na melhoria da qualidade de vida da população e alertar a população do risco que representa o exercício destas profissões por indivíduos não qualificados, facilmente detetáveis por não possuírem Cédula Profissional. Realizaram-se alguns rastreios nas diferentes áreas profissionais tendo-se verificado uma forte adesão da população, excedendo as expectativas da organização, o que constitui um forte incentivo à realização de futuros eventos. O CTDT quer agradecer a todos os colegas envolvidos nesta organização a sua dedicação e disponibilidade, bem como às Instituições que tornaram possível este evento. Terapia da Fala Análises clínicas e saúde pública - rastreio Farmácia e Anatomia Patológica Radioterapia Exterior da Feira Audiologia - rastreio Neurofisiologia CDP Coimbra- rastreio da tuberculose Grupo de trabalho Sempre consigo a cuidar de si |7 HDSInForma | Edição n.º 41 O Natal no Hospital de Santarém Texto Enfª Fazenda, João Borga e Liliana Gabriel Fotos Marta Bacelar Em Dezembro sentiu-se o ambiente festivo no nosso Hospital com o aparecimento, logo no início do mês, das ornamentações, iluminações, árvores de natal e presépios. Por todos os Serviços se manifestavam os sinais da alegre celebração do Natal e como já é tradição, não puderam faltar as diversas iniciativas destinadas a todos, desde os mais novos aos mais velhos, doentes, utentes e colaboradores. O Serviço de Assistência Espiritual e Religiosa, tal como em anos anteriores, formou três grupos de vozes afinadas, recrutadas entre funcionários do Hospital, voluntários, jovens do grupo “Presépio na Cidade” e do Grupo Juvenil do Vale de Santarém e no dia 16, foram cantar o Natal a todas as Enfermarias e Serviços, distribuindo presépios elaborados pelo grupo “Presépio na Cidade” e postais com um cântico de Natal. Nesse dia foi ainda celebrada a Missa de Natal. A Festa de Natal da Pediatria, organizada pelo Serviço de Pediatria, decorreu na Sala Polivalente no dia 21 de Dezembro, destinada a todas as crianças que passaram e passam pelo nosso Hospital. A festa decorreu em ambiente muito animado e todos os presentes puderam assistir ao teatro infantil, canções de Natal, Jazz, um conto de Natal, danças tradicionais, a actuação dos “Timbre” e claro, à actuação do emblemático “Coro da Pediatria”. A festa foi apresentada pela “Dra. Pipoca”, a qual fez rir e sorrir crianças e adultos. Paralelamente, decorreu a “Oficina de Natal” com actividades lúdicas, onde as crianças puderam dar asas à criatividade e alegria. Todas as crianças receberam um livro e a festa foi finalizada com um lanche. O Núcleo de Estudos e Formação para a Enfermagem e Saúde (NEFES), organizou em parceria com a Associação de Familiares e Amigos do Doente Psicótico (FARPA), uma Exposição de Postais de Natal, que decorreu de 22 a 30 de Dezembro. Foram expostos 804 postais, de 10 nacionalidades diferentes 8| Sempre consigo a cuidar de si e pertencentes a um período compreendido entre 1940 e 2011, gentilmente cedidos por doentes, funcionários e familiares. A exposição foi visitada por mais de 400 visitantes. No fim de semana que precedeu o Natal um grupo de motards distribuiu presentes e alegria às crianças internadas. O Rotary Club, como vem sendo tradição, ofereceu enxovais ao Serviço de Pediatria e que são destinados aos recém-nascidos das famílias mais carenciadas. HDSInForum HDSInForum SUPLEMENTO CIENTÍFICO Hospital Distrital de Santarém HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA NUM SERVIÇO DE MEDICINA INTERNA DE UM HOSPITAL DISTRITAL: RETROSPETIVA DE UM ANO 1 1 1 2 3 4 J. P. Andrade , I. Câmara , R. Paulos , A. M. Gameiro , L. Glória , M. Cabrita 1 Interno da formação específica de Medicina Interna do Hospital Distrital de Santarém Assistente de Medicina Interna do Hospital Distrital de Santarém Assistente Graduada de Gastroenterologia do Hospital Distrital de Santarém 4 Directora do Serviço de Medicina III do Hospital distrital de Santarém 2 3 RESUMO Introdução: A hemorragia digestiva alta (HDA) é uma causa frequente de admissão hospitalar e internamento nos Serviços de Medicina Interna com elevada morbi-mortalidade. Objectivo: Caracterizar os dados epidemiológicos, clínicos e evolução clínica. Doentes e Métodos: Análise retrospetiva dos doentes admitidos por HDA, no Serviço de Medicina III do Hospital Distrital de Santarém, no ano 2009. Resultados: Dos 66 doentes, 42 eram do sexo masculino; a média de idade foi 72,4 anos (DP ± 14,8), sendo 63,6% homens. A duração média de internamento foi de 9,4 dias (DP ± 8,4). Quanto aos fatores de risco 53% utilizavam fármacos lesivos para a mucosa gastroduodenal, 24,2% tinham úlcera péptica e 18,2% cirrose hepática. Os que tinham úlcera péptica 93,7% faziam fármacos lesivos para a mucosa gastroduodenal. A forma de apresentação mais frequente foi hematemeses (33,3%), melenas (30,3%), hematemeses e melenas (18,2%). Os principais achados endoscópicos foram: úlcera péptica (34.8%) doença erosiva gastroduodenal (34.8%), varizes gastroesofágicas (9,1%) e neoplasia gástrica (9,1%). O H. pylori foi identificado em 44% dos doentes com úlcera péptica; 22% tinha úlcera gástrica e 71,4% úlcera duodenal. Foi instituída terapêutica com omeprazol e vasopressores em doentes com evidência de hipertensão portosistémica. Conclusão: A população de risco para hemorragia digestiva é predominantemente masculina, idade superior a 70 anos, com antecedentes de úlcera péptica e medicados com fármacos lesivos para a mucosa gastroduodenal. A úlcera péptica e as lesões erosivas gastroduodenais foram as principais causas de HDA. O H. pylori foi detectado em ¾ dos doentes com úlcera duodenal. A mortalidade foi de 10%. ABSTRACT Introduction: Upper gastrointestinal bleeding (UGIB) is a frequent cause of hospital admission and inpatient services in Internal Medicine with high morbidity and mortality. Objective: To characterize the epidemiological data and clinical outcome. Patients and Methods: Retrospective analysis of patients hospitalized for upper gastrointestinal bleeding at the Department of Medicine III, Hospital of Santarem, in the year 2009. Results: Of 66 patients, 42 were male and their mean age was 72.4 years (SD ± 14.8), 63.6% being men. The average length of hospital stay was 9.4 days (SD ± 8.4). The risk factors 53% used drugs harmful to the gastroduodenal mucosa, 24.2% had peptic ulcer and 18.2% cirrhosis. Those who had peptic ulcer 93.7% used drugs harmful to the gastroduodenal mucosa. The most frequent form of presentation was hematemesis (33.3%), melaena (30.3%), hematemesis and melena (18.2%). The main endoscopic findings were: peptic ulcer (34.8%) gastroduodenal erosive disease (34.8%), gastroesophageal varices (9.1%) and gastric cancer (9.1%). H. pylori was identified in 44% of patients with peptic ulcer, 22% had gastric ulcer and duodenal ulcer 71.4%. Was instituted vasopressor therapy with omeprazole in patients with evidence of hypertension portosistémic . Suplemento Científico |9 HDSInForum | Edição n.º 41 Conclusion: The population at risk for gastrointestinal bleeding is predominantly male, older than 70 years, with a history of peptic ulcer and treated with drugs harmful to the gastroduodenal mucosa. Peptic ulcer and erosive gastroduodenal lesions were the main causes of upper gastrointestinal bleeding. H. pylori was detected in three quarters of patients with duodenal ulcer. The mortality rate was 10%. factores de risco, quando usados no momento do evento hemorrágico, independente do tempo de uso. Num total de 66 processos clínicos seleccionados analisaram-se: dados demográficos, clínicos e endoscópicos. O tratamento dos dados fez-se recorrendo ao SPSS Statistics 17 version e Microsoft Excel XP 2007. INTRODUÇÃO A hemorragia digestiva alta foi responsável por 3,6% das admissões no Serviço de Medicina III do HDS no período considerado. Dos 66 doentes, 63% eram do sexo masculino, a média de idade foi de 72,4 ± 14,8 anos e os idosos (> 65 anos) representaram 80% da amostra. A duração do internamento oscilou entre 1 e 38 dias, com uma média de 9,38 dias. Identificaram-se factores de risco em 52 doentes, dos quais 53% usavam fármacos lesivos para a mucosa gastroduodenal, 24% tinham história de úlcera péptica e 18% cirrose hepática. Dos doentes com úlcera péptica, 68,8% estavam medicados com AINE's e/ou anti-plaquetários. Hematemeses (34,8%), melenas (30,3%) e hematemeses e melenas (18,2%) constituíram as principais formas de apresentação clínica (figura 1). A hemorragia digestiva alta (HDA) é uma emergência médica e uma causa frequente de internamento nas enfermarias de Medicina Interna. Com uma incidência estimada de 50 a 150 casos/100.000 habitantes/ano, a sua taxa de mortalidade na última década permanece inalterada entre os 8% - 14%, não obstante os avanços da terapêutica endoscópica e 1,2,3,4 farmacológica . Este fenómeno correlaciona-se com o envelhecimento da população, a coexistência de comorbilidades, o uso frequente de anti-inflamatórios não esteróides (AINE´s) e anti-agregantes plaquetários5. Hematemeses e/ou melenas são a forma de apresentação clínica mais frequente da HDA. A úlcera péptica é a causa mais comum, responsável por 50% a 70% dos casos, seguida da lesão aguda da mucosa gastroduodenal (LAMGD) e das varizes 2,3,6,7 gastroesofágicas . Outras causas incluem o síndrome de Mallory-Weiss, angiodisplasias do tracto gastrointestinal, neoplasias, lesão Dieulafoy e 2,7 fistula aorto-entérica . Nos hospitais sem Serviço de Urgência Gastroenterológico, é da responsabilidade dos médicos de Medicina Interna a abordagem dos doentes com HDA no momento da admissão e o respectivo follow up. O objetivo principal do trabalho é uma análise retrospetiva das principais características epidemiológicas, clínicas endoscópicas e terapêuticas dos doentes com HDA internados numa enfermaria de Medicina Interna no ano 2009. MATERIAIS E MÉTODOS Procedeu-se a uma análise retrospetiva dos processos clínicos referentes a doentes admitidos na enfermaria de Medicina III do Hospital Distrital de Santarém, entre Janeiro e Dezembro de 2009. A hemorragia digestiva alta foi definida como localizada a montante do ângulo de Treitz. No estudo incluíram-se os doentes internados por hematemeses e/ou melenas, casos de anemia por HDA e excluíram-se as HDA não comprovada clínica ou endoscopicamente. Os AINE's e os antiagregantes plaquetários foram considerados 10 | Suplemento Científico RESULTADOS Fig. 1: Formas de apresentação clínica da hemorragia digestiva alta A A maioria maioria dos dos doentes doentes (89,4%) (89,4%) realizaram realizaram EDA. EDA. A A úlcera péptica foi a causa mais frequente de úlcera péptica foi a causa mais frequente de hemorragia, hemorragia, seguida seguida de de lesão lesão aguda aguda da da mucosa mucosa gastroduodenal e varizes gastroesofágicas. gastroduodenal e varizes gastroesofágicas. O O espectro etiológico da HDA é apresentado no quadro espectro etiológico da HDA é apresentado no quadro 1. 1. Não Não foram foram identificados identificados aa causa causa da da hemorragia hemorragia em em 10.6% dos doentes. A biópsia endoscópica 10.6% dos doentes. A biópsia endoscópica foi foi realizada realizada nos nos casos casos de de lesões lesões suspeitas. suspeitas. O O H. H. pylori pylori foi foi identificado identificado em em 44,4% 44,4% dos dos doentes, doentes, dos dos quais quais 22,2% 22,2% tinham tinham úlcera úlcera gástrica gástrica ee 71% 71% úlcera úlcera duodenal. duodenal. Os doentes foram submetidos Os doentes foram submetidos aa tratamento tratamento conservador com reposição da volémia, inibidores conservador com reposição da volémia, inibidores de de HDSInForum | Edição n.º 41 Lesão n Úlcera péptica Úlcera gástrica Úlcera duodenal Úlcera gástrica + duodenal Lesão aguda da mucosa gastroduodenal (LAMGD) Gastrite erosiva aguda Duodenite erosiva aguda Varizes gastroesofágicas Esofagite Neoplasia gástrica Angiodisplasia gástrica Neoplasia esofágica 23 12 9 2 17 15 2 6 6 5 2 1 Quadro 1: Diagnóstico Endoscópico dos Doentes com Hemorragia digestiva Alta bomba de protões, vasoconstrictores endovenosos nos que apresentavam hipertensão portosistémica. Dos 66 doentes, 39 foram transfundidos com uma média de 3,14 unidades de CE. A mortalidade total cifrou-se em 15,2%. A morte por hemorragia digestiva alta (11%) ocorreu por choque hemorrágico refractário e falência multiorgânica. As outras causas foram pneumonia nosocomial, cirrose hepática descompensada e neoplasia gástrica. DISCUSSÃO A nossa amostra é constituída por um número reduzido de doentes e a média etária situa-se acima dos 72 anos. À semelhança dos outros estudos, o género masculino representou a maioria (63%) dos doentes com HDA. Este fenómeno está relacionado com maior prevalência de certas doenças nos homens, como a cirrose hepática e o alcoolismo3,4,7,8. Todavia a úlcera péptica permanece como a principal causa de HDA4,7,8,9. Os AINE´s e anti-agregantes plaquetários são factores de risco bem conhecidos para hemorragia digestiva alta. Segundo a literatura, os AINE's aumentam 3 a 4 vezes o risco de hemorragia por úlcera péptica e cerca de 15% dos casos de HDA podem ser explicados pelo 10,11,12,13 uso destes fármacos . Este facto foi confirmado no nosso estudo, em que 53% dos doentes usavam estes fármacos e as principais causas de HDA foram úlcera péptica (56%) e LAMGD (22,6%). A prevalência de infecção por H. pylori é elevada nos países desenvolvidos. A sua presença é um importante factor de risco para úlcera péptica e actua 4,10,12 sinergicamente com os AINE´s na sua patogênese . Na nossa amostra apenas os doentes com lesões suspeitas (78,4%) fizeram biópsia endoscópica, o que % não permitiu determinar a prevalência da infecção por esta bactéria. Os doentes 34,8 que fizeram biópsia e pesquisa para H. 18,2 pylori, a maioria eram positivos, com 13,6 maior incidência nos doentes com úlcera duodenal. 3 A úlcera péptica (38.4%) foi a principal 25,7 causa de hemorragia digestiva alta 22,7 seguida de gastrite erosiva aguda, com uma incidência de 22,7% respeti3 vamente. Estes dados foram semelhantes 9,1 aos encontrados em alguns estudos, em que a úlcera péptica é responsável por 50 9,1 7,14 - 70% dos casos . Segundo alguns 7,5 autores, a incidência de úlcera péptica 3 como causa de HDA tem sido sobrevalorizada. No estudo CORI 1,5 (Clinical Outopcome Research Initiative) sobre hemorragia digestiva alta nãovaricosa, a úlcera péptica foi responsável apenas por 15 20% dos casos e este fenó- meno parece estar relacionado com a erradicação em larga escala do H. pilory e a utilização, cada vez mais frequente, de 9,15 inibidores de bomba de protões (IBP) . As varizes gastroesofágicas por cirrose hepática foram a terceira causa de HDA na nossa amostra. Os autores acreditam que este valor poderá estar relacionado com o facto da amostra ter sido recolhida apenas numa enfermaria de Medicina Interna. Não foram identificadas causas de hemorragia em 10.6% dos doentes. Nos doentes com úlcera duodenal as melenas são a forma de apresentação clínica mais frequente de hemorragia enquanto as hematemeses são a forma de apresentação predominante na úlcera gástrica 2,8. No nosso estudo 50% dos doentes com úlcera gástrica tiveram melenas, 25% hematemeses e 8% melenas e hematemeses. Na úlcera duodenal 55% apresentaram com melenas, 22% com hematemeses e igual número com hematemeses e melenas. Em 80% dos casos a hemorragia digestiva é controlada. A mortalidade e a morbilidade têm a sua expressão máxima nos doentes em que a hemorragia não é controlada ou recidiva. Foram elaborados scores de quantificação de risco (scor de Rockall), que associa parâmetros clínicos, laboratoriais e endoscópicos e permite a separação entre baixo e alto risco. Algumas sociedades científicas recomendam que os doentes com scor Rockall elevado devem ser tratados em Unidades Sangrantes ou de Cuidados Intensivos e submetidos a 6,9,14,15,16 terapêutica intensiva . A associação de IBP em bolus ou em perfusão contínua com terapêutica endoscópica constitui um grande Suplemento Científico | 11 HDSInForum | Edição n.º 41 progresso no tratamento da HDA e reduziu significativamente o número de recidivas. Estudos randomizados revelam que a terapêutica endoscópica reduz a necessidade de transfusão e o tempo de 1,9,17 internamento . Todos os nossos doentes foram tratados com IBP por via endovenosa e em 54,5% houve necessidade de transfusões. A mortalidade global da nossa série foi de 15,2%, valor superior à dos vários estudos publicados em que a 3,16,18 taxa de mortalidade ronda os 10% . A idade avançada e as comorbilidades graves são os factores que mais contribuíram para a mortalidade elevada neste grupo de doentes9. O facto de não haver Gastroenterologia de urgência e a não utilização de IBP em perfusão contínua, poderão ter contribuído pora uma taxa de mortalidade mais elevada. Os autores recomendam como estratégia para redução da mortalidade, tratamento adequado e vigilância das comorbilidades como úlcera péptica e cirrose hepática. Nos doentes em que a terapêutica com AINE´s e antiagregantes plaquetários estão indicados devem ser adoptadas medidas profiláticas. Os que apresentam sintomas dispépticos sugestivos de úlcera péptica não devem ser tratados empiricamente sem uma investigação endoscópica, o que permitia instituir tratamento específico e consequentemente redução da taxa de complicações 7,9,11,15,17 . Em conclusão, a úlcera péptica e as LAMGD permanecem como as principais causas de HDA. A população de risco para hemorragia digestiva e predominantemente masculina, idade superior a 70 anos e medicados com fármacos lesivos para a mucosa gastroduodenal. A endoscopia digestiva alta é o exame gold standard no diagnóstico etiológico e a sua realização nas primeiras 12-24 horas é recomendada. 12 | Suplemento Científico BIBLIOGRAFIA 1. Mandeep K. Saran, Peter S. Loewen, Peter J. Zed. Opportunities for optimizing pantoprazole therapy in patients with acute upper gastrointestinal bleeding. Hosp Pharm. 2006; 41(4):353-360. 2. Mitchell s. Cappell, David Friedel. 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