N. 02, Setembro 2010 Ano 01 Sandra Cristina F. MARTINS João Adriano ROSSIGNOLO DETERIORAÇÕES EM MADEIRAS DE PATRIMÔNIO HISTÓRICO: TÉCNICAS NÃO DESTRUTIVAS n. 02 p. 128-142 Instituto de Engenharia Arquitetura e Design – INSEAD Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio CEUNSP – Salto-SP MARTINS, Sandra Cristina Fernandes e ROSSIGNOLO, João Adriano. – Ultrassom em Madeira: Diagnóstico de Conservação e Prevenção do Patrimônio Rural. REVISTA COMPLEXUS – INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA ARQUITETURA E DESIGN – CEUNSP, SALTO-SP, ANO. 1, N.2, P. 128-142, SETEMBRO DE 2010. DISPONÍVEL EM: WWW.ENGENHO.INFO P. 1 1 N. 02, Setembro 2010 MARTINS, Sandra Cristina Fernandes Arquiteta e Urbanista pela PUC Campinas, especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho pela Unicamp, mestre em Engenharia Agrícola e doutoranda em Arquitetura Urbanismo e tecnologia pela EESC - USP. Professora dos cursos de Arquitetura e Urbanismo e Decoração e Design do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (CEUNSP), Salto/SP. E-mail: [email protected] ROSSIGNOLO, João Adriano Engenheiro Civil pela EESC-USP, mestre em Arquitetura e Urbanismo pela EESC-USP, doutor em Ciência e Engenharia de Materiais (EESC/IFSC/IQSC-USP 2003, com sanduíche no LNEC-Lisboa e Livre-Docente em Arquitetura, Urbanismo e Tecnologia EESC-USP em 2009. Professor Associado do curso de Engenharia de Biossistemas da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos de Pirassununga (FZEA-USP) e do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP). Email: [email protected] RESUMO: O uso da propagação de ondas ultrassônicas como uma técnica de avaliação não destrutiva, mostra-se como um método viável para a conservação e prevenção de construções históricas. São alguns dos instrumentos de leitura e prevenção do patrimônio o inventário e a gestão de conhecimentos. Nos inventários faz-se um levantamento de dados e itens referentes ao processo que apontam as técnicas construtivas existentes. De todos os materiais existentes nas construções históricas a madeira merece destaque. O objetivo desta comunicação é analisar estudos de casos encontrados na literatura que discutem as deteriorações em madeira de edificações históricas enfocando técnicas não-destrutivas como ultrassom. Palavras-chave: Madeira, patrimônio histórico e técnicas não destrutivas. ABSTRACT The use of propagation of sound waves as a nondestructive evaluation technique, shows itself as a viable method for conservation and prevention of historic buildings. Are some of the tools of reading and prevention of inventory and asset management expertise. In inventories it is a data collection and items related to the process that link the existing building techniques. Of all the existing materials in historical buildings wood is important. The purpose of this communication is to analyze case studies in the literature that discuss the deterioration of historical buildings wood focusing techniques such as ultrasonic non-destructive. Key words: wood, historical buildings, Nondestrutive Testing MARTINS, Sandra Cristina Fernandes e ROSSIGNOLO, João Adriano. – Ultrassom em Madeira: Diagnóstico de Conservação e Prevenção do Patrimônio Rural. REVISTA COMPLEXUS – INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA ARQUITETURA E DESIGN – CEUNSP, SALTO-SP, ANO. 1, N.2, P. 128-142, SETEMBRO DE 2010. DISPONÍVEL EM: WWW.ENGENHO.INFO P. 128 128 N. 02, Setembro 2010 INTRODUÇÃO A madeira está presente nas edificações brasileiras desde seu descobrimento. Nossos colonizadores detinham o conhecimento técnico e aliado a sabedoria dos índios quanto às características da madeira nativa criou-se uma cultura bastante específica. As madeiras mais nobres dentre outros usos estavam destinadas ao mobiliário e acabamentos, determinavam a qualidade, a durabilidade e a estética da madeira. Neste contexto, a maioria dos problemas relacionados à solidez e à durabilidade da madeira são freqüentemente encontrados nas estruturas de prédios históricos, suas patologias quase nunca são visíveis, de forma que é fundamental a utilização de um método que permita avaliar as condições internas das peças. Deste modo a elaboração de um diagnóstico preciso sobre o estado de conservação, para propostas de intervenção, não é apenas para que a edificação possa ser utilizada, mas como bem cultural, deve ser preservada e conservada para que as tradições de construir um passado, ainda se encontram no presente e sejam levadas ao futuro (Boschetti e Barbosa, 2010). Os métodos sugeridos na literatura para a caracterização e investigação sobre avaliações 1 não destrutivas (NDE) , evidencia as experiências que utilizam o ultrassom em madeira de patrimônios históricos. No caso do ultrassom a propagação de ondas é afetada pela presença de materiais com diferentes características de impedância acústica de forma que a presença de material deteriorado ou diferenciado (trincas, nós, etc.) no interior das peças de madeiras acarretará variação na velocidade de propagação da onda e na amplitude do sinal emitido (SECCO et al 2010). A identificação precisa das causas de danos e degradações sofridas nas edificações e as medidas de acompanhamento se fazem necessário, por isso devemos adotar medidas de prevenção para que sejam evitadas intervenções diretas de restauração. O objetivo desta comunicação é analisar estudos de casos encontrados na literatura que discutem as deteriorações em madeira de edificações históricas enfocando técnicas não-destrutivas. DETERIORAÇÃO DAS MADEIRAS DE EDIFÍCIOS HISTÓRICOS Problemas relacionados à durabilidade da madeira são comumente encontrados em estruturas de edificações históricas. As construções históricas testemunham materialmente a cultura e a história das civilizações, sendo importantes para que os povos possam ver seu passado ali 1 NDE: Abreviação para Ensaios não destrutivos. MARTINS, Sandra Cristina Fernandes e ROSSIGNOLO, João Adriano. – Ultrassom em Madeira: Diagnóstico de Conservação e Prevenção do Patrimônio Rural. REVISTA COMPLEXUS – INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA ARQUITETURA E DESIGN – CEUNSP, SALTO-SP, ANO. 1, N.2, P. 128-142, SETEMBRO DE 2010. DISPONÍVEL EM: WWW.ENGENHO.INFO P. 129 129 N. 02, Setembro 2010 refletido e ter, assim condições de construir sua identidade (ABREU, at al 2010). Porém a madeira utilizada nestes sistemas com o passar do tempo e a falta de manutenção tende a se deteriorar. Esse desgaste natural sofrido pelo tempo faz com que os edifícios históricos entrem em um processo de degradação, decadência, além de sofrer com outras ações como vandalismo, descuido, poluição e calamidades naturais como ventos, chuvas, inundações entre outros. Pinheiro e Rocco Lahr (1997) relatam que os agentes deterioradores da madeira podem ser divididos em dois grupos: abióticos (físicos, mecânicos e químicos) e bióticos (fungos, bactérias e insetos). O ataque biológico às estruturas de madeira tem sido a principal causa de deterioração que resulta na perda de massa e, consequentemente, a perda da capacidade de resistência dos elementos estruturais. As perdas de massa e as alterações decorrentes da ação desses agentes degradadores podem ser progressivas com o passar do tempo e podem vir a comprometer a segurança ou as condições de uso da estrutura como um todo ou de seus elementos estruturais. Os agentes biológicos são a causa mais freqüente de deterioração das estruturas de madeira, são eles: fungos de podridão, térmitas (cupim) e carunchos. Quando as alterações surgidas nas peças de madeira são indesejáveis, podendo expor em risco a funcionalidade da estrutura, são denominadas deteriorações do material e seus resultados são os defeitos e estão relacionados a uma redução na vida útil de uma construção. Os principais problemas, quando se trata da conservação de construções em madeira, decorrem da deterioração gerada pela ação dos agentes degradadores da madeira (fungos, insetos e Intemperismo) Denardi, (2008). Cruz (2004), por outro lado comenta: Quando a estrutura original já não satisfizer às exigências mínimas de segurança, um bom conhecimento do comportamento estrutural da madeira permite freqüentemente entrar em ação, de forma tal que peças velhas ainda possam ser consideradas na contribuição para a capacidade de carga global. Outros aspectos ou cuidados que o perito de madeira deve levar em conta são: a compatibilidade entre a peça de madeira original e os novos materiais usados no restauro; as influências do reparo na sua utilização posterior, a reabilitação de peças velhas e a durabilidade de peças velhas e novas, bem como o reparo em si, as peças individualmente e a estrutura como um todo (CRUZ, 2004, p.7). MILANESE, (2006), descreve que “conhecendo a importância da madeira como fundamental no desenvolvimento histórico-cultural de nossas edificações serão abordadas peculiaridades para análise e levantamento físico das manifestações patológicas em estruturas de madeira e suas respectivas causas, pois diagnosticar as patologias em madeira de edificações especiais é um processo complexo e minucioso”. MARTINS, Sandra Cristina Fernandes e ROSSIGNOLO, João Adriano. – Ultrassom em Madeira: Diagnóstico de Conservação e Prevenção do Patrimônio Rural. REVISTA COMPLEXUS – INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA ARQUITETURA E DESIGN – CEUNSP, SALTO-SP, ANO. 1, N.2, P. 128-142, SETEMBRO DE 2010. DISPONÍVEL EM: WWW.ENGENHO.INFO P. 130 130 N. 02, Setembro 2010 A autora ainda propõe um método para realização de diagnósticos em estruturas de madeira em edificações históricas, como podemos observar a seguir: O levantamento consiste no cadastro das manifestações patológicas, devendo ser elaborado com base em um cadastro geométrico. O mapeamento das patologias estruturais, particularmente o do quadro de fissuração, consiste no registro em plantas e cortes, apresentando os detalhes da distribuição das lesões. Cabe destacar que, além do quadro de fissuração, os danos estáticos podem se traduzir sob a forma de deformações e deslocamentos das estruturas, para tal deve-se: a) Identificar os agentes de degradação: o conhecimento e a identificação dos agentes de degradação do objeto a ser restaurado, bem como suas causas, constituem a fase mais importante do trabalho que precede a intervenção e dela depende o sucesso do restauro pretendido. Esses agentes podem ser externos a edificação, inerentes a edificação e/ou inerentes ao uso da edificação. b) Caracterizar os danos: nesta etapa, deverá ser feita uma análise da evolução das lesões, pois o desenvolvimento das lesões faz com que as condições locais de equilíbrio sofram constantes modificações. Como o objetivo da análise não é o comportamento da lesão em si, mas sim a identificação da sua causa, deve-se avaliar se a lesão é passiva ou ativa, ou seja, deve-se procurar saber se os danos observados estão ou não em evolução. Para isso,os ensaios especiais podem auxiliar. c) Ensaios Especiais: para a caracterização dos danos, podem-se utilizar ensaios especiais como auxiliar no diagnóstico do estado de conservação de bens móveis. Existem os ensaios destrutivos e os não-destrutivos. Atualmente, a necessidade de utilização de ensaios não-destrutivos é cada vez maior, visto que os métodos destrutivos, ao removerem amostras, causam danos irreparáveis. A aplicação sistemática de ensaios não-destrutivos é recomendável em todas as fases da intervenção: na caracterização de danos – como subsídio para o diagnóstico, como controle durante a fase de intervenção e como instrumento de avaliação da eficiência na fase posterior à intervenção. (MILANESE, 2006, p.5-7.). Para identificar o processo patológico das edificações com valor patrimonial Lichtenstein (1986 apud NASCIMENTO 2002, p. 33), considera fundamental conduzir ao diagnóstico as manifestações patológicas existentes todas as atividades como vistoria do local, anamnese, exames complementares e pesquisa como mostra o fluxograma da figura 1. MARTINS, Sandra Cristina Fernandes e ROSSIGNOLO, João Adriano. – Ultrassom em Madeira: Diagnóstico de Conservação e Prevenção do Patrimônio Rural. REVISTA COMPLEXUS – INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA ARQUITETURA E DESIGN – CEUNSP, SALTO-SP, ANO. 1, N.2, P. 128-142, SETEMBRO DE 2010. DISPONÍVEL EM: WWW.ENGENHO.INFO P. 131 131 N. 02, Setembro 2010 Figura 1. Fluxograma de atuação para a resolução de problemas patológicos. Fonte: Lichtenstein , 1986 apud Nascimento, 2002. Os autores Cruz (2004), Milanese (2006), Denardi (2008), Nascimento (2002) abordam a degradação de madeira; seus trabalhos mostram revisões bibliográficas e experiências que comprovam o estado da arte deste assunto. Descobrindo patologias podemos conservar e preservar melhor nossos patrimônios em madeira. Além disso, o resultado pode ser tomado como base para futuras intervenções arquitetônicas, contribuindo para a preservação destes patrimônios e resgate da memória local. São alguns dos instrumentos de leitura conservação e prevenção do patrimônio o inventário e a gestão de conhecimentos sobre os bens. O inventário caracteriza-se como “uma operação permanente, dinâmica e sistemática, visando o cadastro de manifestações humanas, em suas diferentes criações espontâneas e formas, e de potencialidades naturais” (IPAC, 2001:2) (3). Para realizar o monitoramento das patologias encontradas em edifícios históricos sabe-se que tanto na Espanha, na Europa e na Argentina de uma maneira geral, já se tem tido registro de fichas de inventários que realizam este controle, o que tem facilitado às atividades de reabilitação, recuperação e manutenção. MARTINS, Sandra Cristina Fernandes e ROSSIGNOLO, João Adriano. – Ultrassom em Madeira: Diagnóstico de Conservação e Prevenção do Patrimônio Rural. REVISTA COMPLEXUS – INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA ARQUITETURA E DESIGN – CEUNSP, SALTO-SP, ANO. 1, N.2, P. 128-142, SETEMBRO DE 2010. DISPONÍVEL EM: WWW.ENGENHO.INFO P. 132 132 N. 02, Setembro 2010 Nacionalmente, um exemplo de fichas de inventário recentemente elaboradas são as que estão disponibilizadas no site do IPHAN, porém temos a necessidade de esclarecer quais os órgãos que atuam na defesa do patrimônio brasileiro. Devido sua extensa área, existem órgãos em três escalas de gestão que cuidam da defesa do patrimônio cultural brasileiro. Para o caso do estado de São Paulo e a cidade de Campinas temos como exemplos: Na escala federal o IPHAN (Instituto de Defesa do Patrimônio Artístico Nacional, Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Artístico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo) na escala estadual e Condepacc (Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas) na escala municipal. Esses três órgãos praticam tombamento e preservação e estão ligados ao governo (MARTINS E ROSSIGNOLO, 2010). Os autores relatam que o IPHAN lançou em Dezembro de 2009, um Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão (SICG) que é uma ferramenta de apoio para a gestão e proteção do patrimônio cultural desenvolvido para reunir um amplo e diversificado conjunto de informações referentes às cidades históricas brasileiras. Esse instrumento tem o objetivo de integrar dados sobre o patrimônio cultural, com foco nos bens de natureza material, reunindo em uma base única informações sobre cidades históricas, bens móveis e integrados, edificações, paisagens, arqueologia, patrimônio ferroviário, conjuntos rurais e outras ocorrências do patrimônio cultural no Brasil. O SICG é constituído por um conjunto de fichas agrupadas em três módulos: Conhecimento, Gestão e Cadastro. Cada Módulo corresponde a uma esfera de abordagem do patrimônio cultural e possui fichas estruturadas para a captura e organização de informações conforme o objetivo do estudo ou inventário. Nestes termos, é relevante comentar que as fichas de inventário são propostas como ferramentas de auxílio na gestão e planejamento do patrimônio cultural, além de propor um modelo e metodologia única de documentação e inventário de bens culturais no Brasil. Muitas inovações na área da tecnologia poderiam agilizar o processo de diagnóstico e tratamento dessas patologias como, por exemplo, a utilização de ensaios não destrutivos como o ultrassom que poderiam estar contidos nas fichas de inventários. Essa tecnologia eficaz e de custo acessível poderia minimizar a morosidade do processo de prevenção e conservação. MÉTODOS NÃO DESTRUTIVOS A avaliação não destrutiva pode ser definida como sendo o conhecimento que identifica as propriedades físicas e mecânicas de um material sem alterar, deformar suas capacidades de uso. Podemos listar algumas das tipologias de ensaios não destrutivos como: Fotografia; Fotografia com películas sensíveis ao infravermelho; Microfotografia; Videografia; Termografia; Extesometria mecânica; Deflectometria; Inclinometria; Radiografias em geral (raios x, raios gama); Magnetometria; MARTINS, Sandra Cristina Fernandes e ROSSIGNOLO, João Adriano. – Ultrassom em Madeira: Diagnóstico de Conservação e Prevenção do Patrimônio Rural. REVISTA COMPLEXUS – INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA ARQUITETURA E DESIGN – CEUNSP, SALTO-SP, ANO. 1, N.2, P. 128-142, SETEMBRO DE 2010. DISPONÍVEL EM: WWW.ENGENHO.INFO P. 133 133 N. 02, Setembro 2010 Ultrassonografia; Endoscopia; Microscopia; Provas de carga; Esclerometria; Método acústico; Método dinâmico. A pesquisa sobre ensaios não-destrutivos em madeira e derivados de madeira foi impulsionada nos EUA a partir do inicio do “Internacional Symposium on Nondestructive Testing and Evaluation of wood”, tendo sido iniciado em 1963 pela Washington Satate University e pelo USDA (United States Departamento f Agriculture) Forest Products Laboratory (FPL). Métodos acústicos têm sido utilizados com sucesso em todo o mundo em avaliações em toda sorte de materiais e vêm substituindo, a cada dia e em mais aplicações, as avaliações visuais, uma vez que em muitos casos as patologias não estão visíveis. Trabalhos interessantes, relacionados à técnica não destrutiva como o ultrassom, foram desenvolvidos por autores internacionais como Ross (1998), Bucur (2005); Lee et al (2007), Sandoz e Benoit (2007), Waker et al (2007) e Benoit (2006). Os últimos 4 autores evidenciam a técnica utilizada em patrimônios históricos e construções de interesse histórico. No Brasil, as pesquisas direcionadas ao uso do ultrassom na classificação mecânica da madeira foram iniciadas em 1997, na faculdade de Engenharia Agrícola da Unicamp sob a orientação da Profa. Dra. Raquel Gonçalves onde atualmente muitas linhas de pesquisa sobre o assunto têm adquirido grande importância, tendo se expandido para o setor florestal e para a construção civil e arquitetura. Autores brasileiros como Secco et al (2010), Batista, et al (2010), Trinca (2009), Gonçalves e Trinca (2006), Valle (2004), Teles (2008), Terezo (2004), Abreu et al (2010) dentre outros também realizam pesquisas em madeiras nas universidades com a técnica de métodos acústicos como ultrassom e stress wave. END2 em madeiras de patrimônios históricos Quase todos os tipos de ensaios não-destrutivos podem ser utilizados com a madeira e derivados de madeira. Diversos trabalhos têm sido publicados no âmbito da preservação de madeiras utilizando-se métodos não-destrutivos. A maioria dos estudos de caso, relatados cientificamente, que se utilizam de ensaios não destrutivos com o ultrassom em madeiras de patrimônios, são os que se avaliam o sistema estrutural como viga e pilares. Valle et al (2004), relatam que a velocidade de propagação de ondas de ultrassom dependerá da elasticidade do material. Como a madeira degradada é mais mole do que a madeira sã, uma onda levará mais tempo para atravessar a primeira. Sabendo que a onda terá que contornar os 2 END Ensaios Não Destrutivos MARTINS, Sandra Cristina Fernandes e ROSSIGNOLO, João Adriano. – Ultrassom em Madeira: Diagnóstico de Conservação e Prevenção do Patrimônio Rural. REVISTA COMPLEXUS – INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA ARQUITETURA E DESIGN – CEUNSP, SALTO-SP, ANO. 1, N.2, P. 128-142, SETEMBRO DE 2010. DISPONÍVEL EM: WWW.ENGENHO.INFO P. 134 134 N. 02, Setembro 2010 vazios, como os deixados por insetos, ela levará mais tempo para ir do ponto de emissão ao ponto de recepção. Assim, uma baixa velocidade de transmissão poderá indicar ocorrência de defeitos. Uma outra propriedade que pode ser medida é a atenuação da onda propagada pelo material. Isto ocorre devido o fato da madeira degradada absorver mais energia da onda do que a madeira sã. Estudos com a atenuação podem fornecer mais detalhes sobre o defeito encontrado. Valle, et al (2004) conclui e reafirma em seu artigo, que a investigação do estado de deterioração de elementos de madeira deve ser feita inicialmente com o uso das técnicas tradicionais, tais como a inspeção visual, percussão e escarificação, associadas à retirada de amostras para identificação botânica. Em grande parte das situações, o emprego dessas técnicas é suficiente para a elaboração de um diagnóstico do estado de conservação da madeira. Caso, após a aplicação dessas técnicas, ainda persista alguma dúvida sobre o grau de comprometimento do elemento, é necessário o emprego de técnicas auxiliares, como as não destrutivas não tradicionais, que permitem uma identificação mais exata da extensão do dano. Entre essas técnicas não tradicionais, o uso de propagação de ondas de ultrassom apresenta um grande potencial, pois é uma técnica portátil, que não causa danos de qualquer tipo ao elemento ensaiado e é de fácil aplicação in loco. Porém a aplicação desta técnica exige o conhecimento de parâmetros específicos para as diversas espécies de madeira, em diferentes estados de degradação ou sãs. Estes dados ainda não se encontram suficientemente investigados... [ além de fornecer a velocidade de propagação da onda e a atenuação para as diversas espécies em estado são e em diferentes níveis de degradação, também permitem a quantificação das propriedades mecânicas de uma peça de madeira, tais como a densidade, a resistência à compressão e o módulo de elasticidade à compressão, a partir das medições de ultrassom (VALLE, et al, 2004, p. 156). Valle, et al (2006) em outro artigo apresenta uma aplicação da técnica experimental de perfuração controlada como ferramenta auxiliar na estimativa do estado de deterioração de peças antigas de madeira. [... um método preciso e sem provocar danos a madeira é valioso instrumento no estudo de edifícios que se constituem patrimônio histórico]. Abreu et al (2010), faz considerações sobre a avaliação estrutural não destrutiva de vigas de madeira do porão do sobrado dos Quatro Cantos, patrimônio histórico da cidade de Tiradentes, MG. Neste artigo os autores utilizam os equipamentos como o Stress Wave, Pilodyn e Resistrograph retirando primeiramente amostras para análises de densidade e para posterior estimativa dos módulos de elasticidade. Os resultados mostram a que a maioria das vigas se encontram estáveis, apesar de terem sido observadas deteriorações por fungos e por insetos. Verificou-se a necessidade de substituição de algumas vigas por próteses de madeira maciça, serragem ou resinas sintéticas para assegurar a longevidade do patrimônio. MARTINS, Sandra Cristina Fernandes e ROSSIGNOLO, João Adriano. – Ultrassom em Madeira: Diagnóstico de Conservação e Prevenção do Patrimônio Rural. REVISTA COMPLEXUS – INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA ARQUITETURA E DESIGN – CEUNSP, SALTO-SP, ANO. 1, N.2, P. 128-142, SETEMBRO DE 2010. DISPONÍVEL EM: WWW.ENGENHO.INFO P. 135 135 N. 02, Setembro 2010 Monteiro et al (2010), pesquisadores do IPT, afirmam que durante avaliação estrutural realizada no Solar Aguiar Vallim da cidade de Bananal do estado de São Paulo foram coletadas amostras estruturais de madeira para identificação botânica, determinação da densidade de massa e confirmação dos agentes responsáveis pela biodeterioração da madeira. A identificação das características básicas da edificação foram levantadas por meio de inspeção visual. Em alguns locais foram feitas prospecções, através de aberturas de janelas de inspeção por remoção de revestimentos e peças de madeira. Quando possível removeram as tábuas de assoalho situadas próximas às paredes externas da edificação, expondo os apoios de vigas transversais e de vigas longitudinais de madeira. Este artigo fornece dados sobre a densidade de massa das madeiras históricas bem como suas espécies encontradas nas janelas e assoalhos do casarão datado de 1850 e 1890 Os pesquisadores concluíram que dois conjuntos estruturais do pavimento térreo não apresentam condições adequadas de segurança estrutural e o madeiramento da edificação, com exceção das peças de madeira da estrutura de cobertura, apresentam ataque generalizado de cupins de madeira seca, brocas de madeira e fungos apodrecedores. Teles et al, (2008) relatam em seu artigo, estudos sobre o prédio Oca II, na UNB em Brasília, antiga faculdade de arquitetura, com área de 1.345 m², construído utilizando em toda a sua estrutura madeira de peroba como mostra a figura 2. Figura 2. Vista frontal do prédio OCA II da Universidade de Brasília. Fonte: Teles et al, (2008). A metodologia utilizada consistia na avaliação visual onde buscou-se verificar a presença de rachaduras, nós e degradações por organismos xilófagos (brocas e fungos), bem como as instalações elétricas e hidráulicas. Na avaliação interna das vigas e colunas utilizou-se a técnica não destrutiva de propagação de ondas de tensão com o auxílio do equipamento stress wave timer modelo 239. MARTINS, Sandra Cristina Fernandes e ROSSIGNOLO, João Adriano. – Ultrassom em Madeira: Diagnóstico de Conservação e Prevenção do Patrimônio Rural. REVISTA COMPLEXUS – INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA ARQUITETURA E DESIGN – CEUNSP, SALTO-SP, ANO. 1, N.2, P. 128-142, SETEMBRO DE 2010. DISPONÍVEL EM: WWW.ENGENHO.INFO P. 136 136 N. 02, Setembro 2010 Figura 3. Exemplo de ensaio nas colunas. Fonte: Teles et al, (2008). Os autores descrevem como foram realizados os ensaios, ver figura 3. Um martelo de aço ligado ao equipamento de registro do tempo foi utilizado para a emissão da onda de tensão. No lado oposto ao local de aplicação da onda de tensão, o segundo transdutor foi posicionado para a recepção do sinal. A medição foi realizada no sentido perpendicular às fibras da madeira. Para as colunas, a distancia de posicionamento de aplicação da onda foi na direção da largura das peças de madeira, e para as vigas, na direção da espessura da peça. Não foi possível avaliar no sentido longitudinal. Para realizar as medições nas colunas, foram consideradas cada um de seus componentes em separado. Foram tomados nos componentes A e B cinco pontos, sendo um central, dois na parte superior e dois na parte inferior de cada componente. Três impactos por ponto foram aplicados, sendo a média dos impactos o valor utilizado na análise dos dados. Nos montantes foram tomados três pontos ( nas extremidades e no centro). Sendo assim, foram obtidos 22 pontos por coluna. Da mesma forma, os componentes das vigas foram considerados em separado: componentes A e B. foram mensurados 18 pontos por componentes (extremidades e centro da peça), totalizando 36 pontos por viga, sendo os montantes centrais excluídos da amostragem em função da dificuldade de mensurá-los (Teles et al, 2008, p. 6). Durante a avaliação visual os autores perceberam que não foram realizadas manutenções na estrutura de 40 anos, evidenciando problemas na fachada.Teles el al (2008), ainda comenta que “associados ao fator umidade, tem-se a presença de fungos manchadores e emboloradores (fungos que afetam em pouca intensidade as propriedades mecânicas da madeira), com conseqüente podridão”. Quanto aos resultados da avaliação não destrutiva por método de stress wave, os autores puderam concluir que o método de avaliação foi eficiente. Apesar da dificuldade encontrada no uso do equipamento relacionada à força aplicada na emissão da onda pelo operador e o posicionamento dos transdutores, os resultados encontrados demonstram certo controle, não ocorrendo uma grande variação entre eles. MARTINS, Sandra Cristina Fernandes e ROSSIGNOLO, João Adriano. – Ultrassom em Madeira: Diagnóstico de Conservação e Prevenção do Patrimônio Rural. REVISTA COMPLEXUS – INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA ARQUITETURA E DESIGN – CEUNSP, SALTO-SP, ANO. 1, N.2, P. 128-142, SETEMBRO DE 2010. DISPONÍVEL EM: WWW.ENGENHO.INFO P. 137 137 N. 02, Setembro 2010 Outro exemplo para a avaliação quantitativa do estado de deterioração da madeira de uma construção histórica, imagens de tomografia computadorizada foram reconstruídas usando os resultados dos testes de ultrassom LEE et al (2007). Os autores descrevem a aplicação de teste semi-destrutivos e não destrutivo em madeiras deterioradas em uma construção histórica na Coréia. Daeseongjeon na cidade de Hyanggyo é uma escola local, anexo ao templo de Confúcio de grande valor histórico. Os autores utilizando-se dos aparelhos de ultrassom, Drilling resistence test (L-RESI F 400) ensaio desenvolvido por KIM (2005), de perfuração controlada e análise visual avaliaram as 14 colunas do edifício. A metodologia consistia em utilizar o ultrassom de freqüência plana com 68 kHz nas colunas conforme mostra a figura 4. e 5. e realizar os ensaios de perfuração conforme figura 6. e com os dados realizar uma tomografia computadorizada reconstruindo as imagens das colunas. Figura 4. Teste de configuração para medição de ultrassom. Fonte: LEE, 2007. Figura 5. Tempo medição. Fonte: LEE, 2007. Figura 6. Teste de perfuração. Fonte: LEE, 2007. MARTINS, Sandra Cristina Fernandes e ROSSIGNOLO, João Adriano. – Ultrassom em Madeira: Diagnóstico de Conservação e Prevenção do Patrimônio Rural. REVISTA COMPLEXUS – INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA ARQUITETURA E DESIGN – CEUNSP, SALTO-SP, ANO. 1, N.2, P. 128-142, SETEMBRO DE 2010. DISPONÍVEL EM: WWW.ENGENHO.INFO P. 138 138 N. 02, Setembro 2010 Os autores compararam os resultados da imagem ultrassônica, da distribuição de peso específico das colunas mostrando através das imagens reconstituídas com precisão que as colunas foram severamente prejudicadas por cupins como mostra a figura 7. Figura 7. Comparação entre os ensaios CT Ultrassom e a distribuição da gravidade. Fonte: LEE, et al (2007). SANDOZ e BENOIT (2007) apresentam a análise das vigas de prédios históricos (um castelo Suíço do século 13 Chateau de Valérie em Sion e do Palácio da Justiça Rumnian em Budapeste), utilizando-se do ultrassom especialmente em medidas indiretas longitudinais para a avaliação do módulo de elasticidade e de ruptura. O protocolo de medições, criada pelos engenheiros especializados do grupo CBS-CBT foram explicados. WACKER, ROSS e BRASHAW (2007) avaliam a condição da estrutura de madeira de três navios historicamente significativos. A inspeção inclui testes não destrutivos como o stress wave, a técnica de resistance micro-drilling, micro perfuração e o método de avaliação visual como meio de inspecionar a estrutura de madeira. A propagação por meio do stress wave é sensível à presença de degradação da madeira e em termos gerais, a onda propagada é mais rápida e a qualidade de avaliação é melhor. Quanto à metodologia de uso do stress wave, os autores relatam que seguiram os dados da FPL-GTR 119- (Forest Products Laboratory, 2000). Os dados metodológicos quanto à técnica de perfuração mecânica nas estruturas dos navios são descritos a seguir. A perfuração mecânica mede a resistência relativa (torque de perfuração) do material com uma broca rotativa e é conduzido para dentro da madeira, a uma velocidade constante. O diâmetro da broca é normalmente muito pequeno geralmente inferior a 3 MARTINS, Sandra Cristina Fernandes e ROSSIGNOLO, João Adriano. – Ultrassom em Madeira: Diagnóstico de Conservação e Prevenção do Patrimônio Rural. REVISTA COMPLEXUS – INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA ARQUITETURA E DESIGN – CEUNSP, SALTO-SP, ANO. 1, N.2, P. 128-142, SETEMBRO DE 2010. DISPONÍVEL EM: WWW.ENGENHO.INFO P. 139 139 N. 02, Setembro 2010 mm, de modo que qualquer efeito de enfraquecimento do furo na madeira de seção transversal é desprezível. Além disso, todos os furos são normalmente tapados por cavilhas de madeira tratada e epóxi para evitar a entrada de umidade. Os autores concluem que essas técnicas fornecem um meio confiável de inspecionar a estrutura de madeira apoiando as grandes reparações, substituições ou ainda a continuidade dos serviços. Também demonstram a utilidade da técnica de avaliação não destrutiva na prestação de informações sobre o estado interno dos elementos estruturais dos navios de madeira. Esses artigos selecionados comprovam a tentativa e a eficiência dos diferentes métodos de END para a avaliação das estruturas em madeiras de patrimônios na busca incessante para a valorizar os bens culturais. Considerações finais Acreditamos que toda intervenção em edificações históricas deve ser precedida de investigação técnico-científica. Entende-se por investigação técnico-científica a utilização das técnicas mais avançadas de caracterização física e química dos materiais, auxiliando a identificação dos agentes e mecanismo de deterioração. Os equipamentos utilizados nos estudos de caso internacionais e nacionais apresentados ainda são pouco conhecidos no meio técnico conservacionista de patrimônio, porém podemos concluir que suas utilizações podem ser complementares no auxilio da detecção de deterioração das estruturas. O método de ultrassom apresenta de acordo com a literatura, muitas vantagens como: poder avaliar o estado de deterioração interno da madeira, caracterizar eficazmente sem a remoção e a extração de corpos-de-prova uma vez que a avaliação é feita na própria peça ou estrutura, repetir o ensaio quantas vezes se julgar necessário, além do fato do equipamento ser versátil, ter um menor custo e sua rapidez na aplicação e quantificação de resultados. Para concluir, a motivação para a realização deste artigo surge do interesse geral na reabilitação das construções com ênfase na utilização da área de tecnologia para que a preservação e gestão dos patrimônios seja contributo fundamental para a memória coletiva da população. Referência bibliográfica MARTINS, Sandra Cristina Fernandes e ROSSIGNOLO, João Adriano. – Ultrassom em Madeira: Diagnóstico de Conservação e Prevenção do Patrimônio Rural. REVISTA COMPLEXUS – INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA ARQUITETURA E DESIGN – CEUNSP, SALTO-SP, ANO. 1, N.2, P. 128-142, SETEMBRO DE 2010. DISPONÍVEL EM: WWW.ENGENHO.INFO P. 140 140 N. 02, Setembro 2010 ABREU, Luciana B.; LIMA, Jose T.; GOMES, Francisco C.; TRUGILLO, Paulo F.; ELOY, Felipe S. Avaliação Estrutural não destrutiva de vigas: Estudo do Sobrado dos quatro cantos na cidade histórica de Tiradentes, MG. In: XII Encontro Brasileiro de Madeiras e em Estruturas de Madeira – BOSCHETTI, Walter T. e BARBOSA, Ana Aparecida. A madeira e a tradição construtiva capixaba no século XIX. In: II Seminário de Patrimônio Agroindustrial Lugares de memória. São Carlos – SP. Anais... São Carlos – SP, Outubro de 2010. 1 CD-ROOM. CRUZ, I. P.; PRESA, E. P. MENDONÇA, M. Restauração em edificações antigas no centro histórico de Salvador. In: IX Encontro Brasileiro de Madeiras e em Estruturas de Madeira. Cuiabá – MT. Anais... Cuiabá, MT, Julho de 2004. 1CD-ROMM. SECCO, C. et al. Avaliação de dois tipos de medição na detecção da condição interna da madeira por ultrassom. In: X Congreso Latinoamericano y del Caribe de Ingeniería Agrícola - CLIA 2010. XXXIX Congresso Brasileiro de Engenharia Agrícola - CONBEA 2010, Vitória - ES, Brasil, 25 a 29 de julho 2010. Centro de Convenções de Vitória. Anais... Vitória, ES, 2010. 1 CD-ROM. INSTITUTO do PATRIMONIO HISTORICO ARTISTICO NACIONAL. IPHAN. Fichas de Inventário SICG (Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão). Disponível em: <http://www.iphan.org.br>. Acesso em: 18 jan. 2010. LEE, Sang-Joon; O. K. J., Y.H.; J.-L et al . Field Applications of Nondestrutive Testing for detecting Deterioratin in Korean. In: 15 th International Symposium on Nondestrutive Testing of Wood. Duluth, Minesota, USA, 2007. Proceedings… Duluth, Minesota, USA. September 10-12, 2007 P. 227-232. MARTINS, S. C. F. e ROSSIGNOLLO, J. A. Fichas de inventário: SICG (sistema integrado de conhecimento e gestão) do IPHAN – Estudo de caso em Patrimônio Rural. In: IX Seminário Ibero Americano de Construção e Arquitetura com terra – IX SIACOT e VI Seminário Arquitetura de terra em Portugal, VI ATP. Coimbra, Portugal, 2010. Anais... Coimbra – Portugal, 2010. 1 CD-ROOM. MILANESE, A. C.; BITTENCOURT, R. M. Estruturas de Madeira em Edificações Históricas: Métodos para realização de Diagnósticos. In: X Encontro Brasileiro em madeiras e em Estruturas de Madeira. EBRAMEM 2006, São Pedro. Anais... 30 de Julho a 02 de Agosto, São Pedro – SP: 2006. 1 CDROOM. MONTEIRO, Maria Beatriz Bacellar; LOPEZ, Gonzalo A. C.; YOJO, Takashi. Biodeterioração da madeira no patrimônio histórico – a importância do diagnostico para o restauro. Revista CPC, São Paulo, n. 7, pp. 183-187, nov. 2008/ 1br. 2009 NASCIMENTO, Claudia Bastos. Deterioração de forro em estuque reforçado com ripas vegetais: O caso “Vila Penteado”- FAUUSP. Dissertação de Mestrado. Orientadora Maria Alba Cincotto. Poli USP, 2002, São Paulo. SANDOZ, Jean Luc; BENOIT, Yann, Acoust ultrasonic Nondestructive evaluation of History wood Structure. In: 15 th International Symposium on Nondestrutive Testing of Wood. Duluth, Minesota, USA, 2007. Proceedings… Duluth, Minesota, USA. September 10-12, 2007, p. 233. TELES, Ricardo Faustino.; RIBEIRO, Patrícia Gomes e MENEZZI, Cláudio Henrique S. Del. Avaliação Estrutural Não-Destrutiva do Prédio Oca II, Universidade de Brasília (UNB). In: XI Encontro Brasileiro de Madeiras e em Estruturas de Madeira. (10: 2008: Londrina, PR) Anais...- Julho de 2008. 1 CDROMM. VALLE, Ângela e BRITES, Ricardo, D. Uso da Perfuração controlada na avaliação de Degradação da madeira em edificações Antigas – Estudo de Caso. In: Anais do 10° Encontro Brasileiro em MARTINS, Sandra Cristina Fernandes e ROSSIGNOLO, João Adriano. – Ultrassom em Madeira: Diagnóstico de Conservação e Prevenção do Patrimônio Rural. REVISTA COMPLEXUS – INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA ARQUITETURA E DESIGN – CEUNSP, SALTO-SP, ANO. 1, N.2, P. 128-142, SETEMBRO DE 2010. DISPONÍVEL EM: WWW.ENGENHO.INFO P. 141 141 N. 02, Setembro 2010 madeiras e em Estruturas de Madeira – EBRAMEM 2006. 30 de Julho a 02 de Agosto, São Pedro – SP. 1 CD-ROOM. VALLE, Ângela, TEREZO, Rodrigo Figueiredo, TELES, Carlos D. M. Uso de técnicas não destrutivas no diagnóstico de patologias em estruturas de madeiras. Revista e-mat – Revista de Ciência e tecnologia do ambiente Construído. Vol. 1, n. 2, p. 148-157, Novembro de 2004. Disponível em: http://www.antac.org.br/e-mat/e-MAT-V1-N2/e-MAT-V1-N2-p148-157.pdf. Acesso em: 22 de mar de 2010. WAKER, James P.; WANG, Xiping.; ROSS, Robert J.; BRASHAW, Brian K. CONDITION ASSESSMENT OF HISTORIC WOOD VESSELS. In In: 15 th International Symposium on Nondestrutive Testing of Wood. Duluth, Minesota, USA, 2007. Proceedings… Duluth, Minesota, USA. September 10-12, 2007, p. 233. MARTINS, Sandra Cristina Fernandes e ROSSIGNOLO, João Adriano. – Ultrassom em Madeira: Diagnóstico de Conservação e Prevenção do Patrimônio Rural. REVISTA COMPLEXUS – INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA ARQUITETURA E DESIGN – CEUNSP, SALTO-SP, ANO. 1, N.2, P. 128-142, SETEMBRO DE 2010. DISPONÍVEL EM: WWW.ENGENHO.INFO P. 142 142