RESUMO PÚBLICO DO MANEJO FLORESTAL
ARAUCO Forest Brasil – Região de Tunas do Paraná
2012/2013
APRESENTAÇÃO
O Resumo Público do Manejo Florestal contém as diretrizes e procedimentos para o atendimento dos
Princípios e Critérios do FSC® (Forest Stewardship Council®) no manejo das áreas florestais aplicandose às fazendas da ARAUCO Forest Brasil da região de Tunas do Paraná.
A ARAUCO já possui o manejo florestal certificado FSC em outras unidades, como a região de Campo
do Tenente, Sengés e Arapoti, cujas informações são apresentadas em resumos públicos separados e
podem ser consultados no website da empresa ou solicitados diretamente conosco.
O FSC é uma das mais importantes certificações socioambientais no mundo e seu objetivo é garantir
que o manejo das florestas seja conduzido de modo ambientalmente adequado, socialmente justo e
economicamente viável.
Maiores informações, comentários, sobre a abrangência e aplicação dos Princípios e Critérios do FSC
Edegardes Ribeiro Leme
poderão ser obtidas através dos canais de comunicação apresentadas ao final deste documento.
Fazenda Boa Esperança, Adrianópolis-PR
.1.
Acervo Arauco
Unidade Industrial de Piên, Piên-PR
A ARAUCO
A ARAUCO (Celulosa ARAUCO y Constitución S.A.) é líder mundial em gestão florestal sustentável e na
fabricação de produtos florestais sustentáveis. Com sede em Santiago, Chile. A ARAUCO gera emprego
para cerca de 35 mil pessoas em todo o mundo, através de operações florestais e industriais no Chile,
Argentina e Brasil e uma rede de escritórios de vendas internacionais em mais de 70 países.
As florestas da ARAUCO estão distribuídas em todo Chile, Argentina, Brasil e Uruguai, e inclui
1.024.435 hectares de florestas plantadas e 374.000 hectares de florestas nativas protegidas.
A ARAUCO fabrica um total de 3,2 milhões de toneladas de celulose branqueada e não branqueada
no mercado, um total de 2,8 milhões m³/ano de madeira serrada e 3,5 milhões m³/ano de painéis
derivados de madeira (MDF / aglomerado).
.2.
No Brasil, a empresa opera no Paraná com unidades industriais em Jaguariaíva, Piên, Curitiba e
Araucária, onde são fabricados painéis e revestimentos em PBO e MDF, e resinas. O patrimônio
florestal da empresa no Brasil é formado por mais de 230 mil hectares de área total, sendo cerca de
130 mil hectares plantados. A empresa conta com mais de 1.800 colaboradores no país.
A chegada da ARAUCO no Brasil se dá em 2005, a partir da aquisição das operações florestais e
industriais da Placas do Paraná S.A. do Grupo Louis Dreyfus e da LD Forest Products, hoje
ARAUCO Forest Brasil. A Placas do Paraná inaugurou sua primeira fábrica de madeira aglomerada
do Brasil em 1966 no município de Curitiba e em 2001, passou a produzir MDF com tecnologia de
ponta em Jaguariaíva, com capacidade de 315 mil m³/ano. Em 2007, já consolidadas as operações da
ARAUCO no Brasil, firma uma aliança com uma das líderes mundiais da indústria de papel,
embalagem e produtos florestais, adquirindo 80% da Stora Enso Arapoti Empreendimentos S.A.,
hoje ARAUCO Florestal Arapoti e 20% da Stora Enso Arapoti Indústria de Papel S.A. Em 2009, a ARAUCO
adquire o controle acionário das empresas SCS Beher, B.V. e Tafiber – Tableros de Fibras Ibéricos, S.L. e
100% das ações da sociedade Tafisa Brasil S.A. em Piên, uma das principais fabricantes de painéis MDF
e MDP, consolidando sua posição como um dos principais fabricantes de painéis de madeira.
Em 2010, a ARAUCO passou a controlar a Dynea do Brasil, consolidando sua posição no mercado
de painéis através do domínio da produção de insumos necessários a sua atuação: resinas, formol e
papeis melamínicos.
Em 2011, a ARAUCO inaugurou uma nova linha de impregnação de painéis na unidade de Jaguariaíva
com capacidade de 40 milhões de m²/ano e uma nova prensa BP, com capacidade produtiva de
140 mil m³/ano. Ainda neste ano, as atividades de produção de aglomerado na unidade de Curitiba foram
encerradas. Está prevista para meados de 2013 a inauguração de uma nova linha de MDF, na planta de
Jaguariaíva, com capacidade total de 815 mil m³/ano de MDF nu e 280 mil m³/ano de MDF revestido.
.3.
Acervo Arauco
Acervo Arauco
Maria Harumi Yoshioka
Acervo Arauco
NOSSOS VALORES
.4.
NOSSA VISÃO
Ser uma referência mundial em desenvolvimento sustentável de produtos florestais.
NOSSO NEGÓCIO
Maximizar o valor de nossas florestas de maneira sustentável, integrando produção florestal
de excelência com transformação industrial eficiente em produtos de valor agregado para sua
comercialização no mercado mundial de acordo com as necessidades de nossos clientes.
NOSSOS COMPROMISSOS
»»
Garantir o máximo retorno aos nossos acionistas, através de uma gestão eficiente, responsável
e de qualidade em todos os nossos processos, aplicando para isto, sistemas e procedimentos que
assegurem a maximização de valor ao nosso negócio.
»»
Promover o uso sustentável dos recursos naturais em nossa área de atuação, investindo em
pesquisa, inovação tecnológica e capacitação, para prevenir e reduzir de forma progressiva,
contínua e sistematicamente os impactos ambientais de nossas atividades, produtos e serviços.
»»
Entregar a todos os nossos clientes produtos e serviços de qualidade, de maneira sustentável,
incentivando os nossos fornecedores a fazer parte de nossa cadeia de valor e qualidade.
»»
Zelar pela segurança e saúde ocupacional de nossos colaboradores diretos, bem como os
de nossas empresas parceiras, procurando reduzir de forma contínua e progressiva os riscos à
segurança de nossas operações e serviços.
.5.
»»
Gerar as condições para o desenvolvimento de todos os integrantes da companhia,
promovendo ambiente de trabalho baseado no respeito, honestidade, qualidade profissional,
capacitação e trabalho em equipe.
»»
Construir relações permanentes e de mutua colaboração com as comunidades onde se
encontra nossas operações, considerando suas preocupações e necessidades em nossas decisões
e apoiando seu desenvolvimento.
»»
Manter uma comunicação transparente e honesta com todas as partes envolvidas com a nossa
empresa.
»»
Cumprir todos os requisitos legais vigentes e outros compromissos que regulam nosso
negócio e, na medida de nossas possibilidades, superar positivamente os padrões estabelecidos.
»»
Disponibilizar e aplicar os sistemas e procedimentos que nos permitam administrar os riscos
de nosso negócio, avaliando regularmente nosso desempenho em todos os processos, tomando
a tempo medidas corretivas que sejam necessárias e proporcionando informação transparente e
oportuna acerca de nosso progresso.
»»
Difundir, capacitar e envolver no cumprimento destes compromissos os nossos colaboradores,
empresas prestadoras de serviços e fornecedores, fazendo que esta política se implemente com a
colaboração e esforço de todos.
.6.
NOSSA POLÍTICA
1.
2.
3.
4.
5.
A Política é aplicável para as
6.
atividades, produtos e serviços de
toda a ARAUCO e suas unidades de
negócio. Este documento estabelece
os princípios de ação da empresa
e formaliza o comprometimento
com o meio ambiente, qualidade,
segurança, saúde ocupacional e a
certificação FSC.
.7.
Edegardes Ribeiro Leme
ONDE ESTAMOS
O patrimônio florestal incluído no processo de certificação
FSC da ARAUCO é composto por 14 propriedades próprias
distribuídas em 04 municípios do estado do Paraná
(Adrianópolis, Tunas do Paraná, Cerro Azul e Bocaiúva do
Sul) abrangendo uma área total de 25.404,31 hectares.
No quadro abaixo é apresentado o uso do solo consolidado
das áreas florestais.
ÁREAS Hectares
Produtivas 9.666,14
Conservação (RL + APP) 15.454,62
Outros usos* 283,55
61% das áreas são de florestas
nativas conservadas.
TOTAL 25.404,31
.8.
* Estradas internas
e infraestrutura
A REGIÃO
Geomorfologia e geologia
As áreas estão situadas no Primeiro Planalto Paranaense sob domínio de duas subunidades
morfoesculturais com relevo de topos alongados e de cristas: Planalto Dissecado de Adrianópolis (com
declividades variando entre 12 e 47% com variações de altitude entre 100 e 1600 metros) e Planalto
Dissecado de Tunas do Paraná (com declividades variando entre 6 e 30% com variações de altitude
entre 280 e 1120 metros).
Hidrografia
A bacia hidrográfica da região é a bacia do Rio Ribeira. Esta bacia ocupa uma área de aproximadamente
9.130 km², isto porque, o território de abrangência da bacia também se estende ao longo da área
do estado de São Paulo. O principal rio é o Ribeira do Iguape que possui 470 km de extensão, sendo
que destes, 220 km drenam o estado do Paraná e tem sua nascente na vertente leste da serra de
Acervo Arauco
Paranapiacaba. Seus principais afluentes são os rios Açungui, Capivari, Pardo, Piedade e Turvo.
Afluente do Rio Ribeira
.9.
Solos
Nas áreas, é comum encontrar afloramentos de rocha sã, afloramentos de rocha com início de
intemperização e horizontes pedológicos propriamente ditos. Em geral, predominam os NEOSSOLOS
REGOLÍTICOS Distróficos, CAMBISSOLOS HÁPLICOS Distróficos e aflorestamentos rochosos.
Clima
O clima na região de acordo com a classificação climática de Köeppen é Cfb, ou seja, clima temperado
propriamente dito, temperatura média no mês mais frio abaixo de 18ºC (mesotérmico), com geadas.
Verões frescos, temperatura média no mês mais quente abaixo de 22ºC e sem estação seca definida.
Vegetação
A cobertura florestal na região é composta por Floresta Ombrófila Densa (Floresta Atlântica), bem
como áreas de Floresta Ombrófila Mista (Floresta com Araucária). Estas formações encontram-se
entremeadas dependendo da altitude e tipo de solo. Desta forma, identificaram-se áreas de ecótono,
ou seja, uma zona de transição entre as duas formações vegetacionais.
Limitações ambientais
O Brasil possui um código florestal que estabelece limites de uso das propriedades, devendo-se
respeitar a vegetação nativa existente como fundamento central da proteção e uso sustentável das
florestas em harmonia com a promoção do desenvolvimento econômico. Estão previstas neste código
a proteção das Áreas de Preservação Permanente (APP) e da Reserva Legal (RL). Neste sentido, estas
áreas são protegidas na ARAUCO, identificadas em mapas e controles ambientais estabelecidos.
. 10 .
CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS E PERFIL DAS ÁREAS ADJACENTES
A ARAUCO possui áreas nos municípios de Adrianópolis, Tunas do Paraná, Bocaiúva do Sul e Cerro
Azul. Os principais indicadores socioeconômicos são apresentados abaixo.
As áreas adjacentes às fazendas da ARAUCO são formadas por atividades agrícolas em geral,
reflorestamento e extração de minérios.
INDICADORES SOCIOECONÔMICOS
MUNICÍPIOS
Adrianópolis
Bocaiúva do Sul
Cerro Azul
Tunas do PR
Nº habitantes (IBGE, 2010)
6.376
10.987
16.938
6.256
PIB Município1 (mil reais) (IBGE, 2009)
67.601
84.239
182.354
43.656
PIB per capita2 (R$) (IBGE, 2009)
9.860,07
8.433,15
9.772,47
6.464,63
Taxa de analfabetismo (15 ou mais) % (IBGE, 2010)
25,90%
13,40%
24,50%
28,10%
Taxa de pobreza (%) 2000 (IPARDE/IBGE, 2010)
43,44%
29,02%
48,66%
35,35%
Coef. Mortalidade infantil5 (mil NV) (SESA,2010)
31,9
28,4
23,2
38,5
IDH-M6 (PNUD/IPEA/FJP 2000)
0,683
0,719
0,684
0,686
3
4
1) O PIB (Produto Interno Bruto) municipal é estruturado a partir da distribuição pelos municípios do valor adicionado das
principais atividades econômicas: agropecuária, indústria e serviços, do dummy financeiro e impostos.
2) O PIB (Produto Interno Bruto) per capita é o Produto Interno Bruto Municipal dividido pela quantidade de habitantes
3) A taxa de analfabetismo é o percentual de pessoas de 15 anos ou mais de idade que não sabem ler e escrever pelo
menos um bilhete simples no idioma que conhecem, na população total da mesma faixa etária, em determinado espaço
geográfico, no ano considerado. Expressa a situação educacional mínima da população
4) A Taxa de pobreza é o percentual da população com renda familiar mensal per capita de até meio salário mínimo, em
determinado espaço geográfico, no ano considerado. Expressa a proporção da população geral considerada em estado de
pobreza, de acordo com a renda pessoal.
5) O coeficiente de mortalidade infantil é a frequência com que ocorrem os óbitos infantis (menores de um ano) em uma
população, em relação ao número de nascidos vivos em determinado ano civil. Se expressa para cada mil crianças nascidas vivas
6) O IDH-M (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) visa medir o nível de desenvolvimento humano dos municípios
a partir de indicadores de educação (alfabetização e taxa de matrícula), longevidade (esperança de vida ao nascer) e renda
(PIB per capita). O índice varia de Zero (nenhum desenvolvimento humano) a Um (desenvolvimento humano total)
. 11 .
Edegardes Ribeiro Leme
O QUE FAZEMOS
Objetivos do manejo florestal
O objetivo do manejo florestal da ARAUCO é fornecer
matéria-prima de qualidade para suas unidades industriais
e atender a demanda de mercado, de forma competitiva,
garantindo a sustentabilidade do negócio florestal,
valorizando os serviços ambientais e sociais da floresta
através das melhores técnicas existentes e aplicáveis.
Espécies manejadas
A principal espécie manejada na região é a de Pinus taeda.
Esta espécie é a mais importante dentre os Pinus plantados no
Brasil, especialmente no sul do país. Esta árvore se desenvolve
bem devido ao clima fresco e inverno frio com resistência a
geadas e disponibilidade constante de umidade durante o
ano. A sua madeira é amplamente utilizada para a produção de
celulose, papel, madeira serrada, chapas de madeira e painéis
MDF. Nas áreas ainda ocorre o manejo da espécie de Pinus
elliottii. Esta espécie foi plantada na região na década de 80
através de incentivos fiscais e sua colheita estará finalizada
dentro de alguns anos e substituída pelo Pinus taeda.
Estas espécies tem uma produtividade média estimada
Manejo de Pinus spp.
superior a 30 m³/ha/ano.
. 12 .
COMO FAZEMOS
Gestão florestal
Planejamento florestal
O processo de planejamento ao longo do ciclo florestal é a base para a realização das atividades
operacionais, comercialização da madeira e abastecimento das fábricas da ARAUCO. O planejamento
busca aliar a produção da madeira com menor custo, respeitando-se as questões socioambientais
do manejo e visando a sustentabilidade do negócio a longo prazo. As taxas sustentáveis de colheita
são calculadas através da projeção de volumes anuais e resultados das simulações de crescimento da
florestal para a região. Atualmente a produção sustentável de madeira é de 400 mil m³/ano.
. 13 .
Inventário florestal
As florestas de Pinus passam pelo processo de inventário florestal entre 6 e 7 anos, com medições a
cada dois anos até a idade de corte com 15 anos. Através do inventário é possível quantificar o volume
de madeira disponível e os produtos a serem gerados.
Cartografia e geoprocessamento
Este processo é responsável em garantir que as informações da base cartográfica (mapas) seja precisa
e atualizada. Para tal, são utilizadas modernas técnicas de levantamento em campo e em imagens,
processamento e análises. Estas informações incluem o levantamento e atualização das áreas de proteção
ambiental (preservação permanente, reserva legal, áreas de alto valor de conservação), estradas, áreas
de plantio e colheita, divisas, assim como declividade e altimetria local visando garantir o melhor
planejamento operacional das atividades. Todas estas informações são armazenadas em um banco de
dados e são utilizadas para o planejamento do inventário florestal e das atividades operacionais.
Pesquisa florestal
A pesquisa florestal tem grande foco no programa de melhoramento do Pinus para a região e visa
aumentar a produtividade e a qualidade das florestas. Outra linha de trabalho é o desenvolvimento
operacional cujo foco é buscar técnicas silviculturais mais eficientes, nutrição florestal, uso de
agroquímicos e processos de derrogação de químicos.
Microplanejamento operacional
No planejamento e na realização das atividades operacionais, cuidados ambientais, de segurança
no trabalho e mitigação e prevenção de impactos sociaambientais são levados em consideração.
A relação de aspectos e impactos ambientais, perigos e danos com ocorrência potencial e real
no manejo florestal e as medidas de prevenção, mitigação e/ou correção aplicáveis constam nos
procedimentos operacionais de cada atividade.
. 14 .
O microplanejamento operacional das atividades é realizado previamente as atividades operacionais
de forma multidisciplinar com objetivo de assegurar que os princípios técnicos, econômicos,
ambientais e sociais sejam levados em consideração no planejamento das operações.
Uma das primeiras etapas do microplanejamento é a realização do diagnóstico de impactos sociais.
Em síntese, são aplicados questionários socioeconômicos nas comunidades afetadas para identificar
e dialogar sobre os potenciais impactos das operações, bem como, estabelecer um canal de diálogo.
Algumas medidas de prevenção e mitigação são identificadas nesta etapa junto com a elaboração do
microplanejamento e orientações são definidas em conjunto com as operações e registradas. Ao término
das operações, existe o retorno às comunidades afetadas para levantar e monitorar a efetivamente as ações
definidas na fase inicial do microplanejamento e, agir preventivamente para as próximas áreas de colheita.
Silvicultura
As operações de silvicultura são responsáveis pelo plantio das árvores em campo e manutenção
desta floresta até a idade de corte. As principais operações realizadas são o preparo da área através da
remoção de restos de madeira e galhos das linhas de plantio, limpeza da matocompetição (podendo
ser através do uso de agroquímicos, foice ou motorroçadeira), combate às formigas cortadeiras e a
realização do plantio das mudas de pinus em linha. As operações de limpeza da matocompetição e
controle de formigas cortadeiras acontece até o terceiro ano após o plantio.
Proteção florestal
Todas as áreas da empresa (de plantios jovens e adultos, áreas nativas e infraestrutura) são
constantemente vigiadas e monitoradas contra pragas, doenças, incêndios florestais e atividades
ilegais como caça, pesca e furto de madeira.
Para a prevenção dos incêndios florestais, a empresa conta com um sistema de detecção e controle
composto por pontos favoráveis de visualização das fazendas, meios de comunicação, plantonistas e
trabalhadores capacitados.
. 15 .
Colheita Florestal
A colheita florestal consiste nas atividades de corte das árvores e arraste da madeira até a beira das
estradas. Na região de Tunas, a ARAUCO adota o conhecido sistema full-tree, ou seja, toras compridas.
Neste sistema, as árvores são cortadas e extraídas inteiras até a beira da estrada. Esta técnica é adotada
onde as condições de relevo e topografia são mais acentuadas e as árvores possuem maiores volumes
individuais. O corte das árvores é realizado com o uso de motosserras.
A extração das árvores cortadas até a estrada pode ser realizada de duas formas: com o uso de torres
telescópicas ou através de skidders.
O sistema de torres é indicado para áreas com declividades superiores a 35%. As torres podem ser
de grande ou pequeno porte, onde o que varia entre uma e outra é a distância de arraste da madeira.
Tiago Bissoli Moreira
Torres pequenas conseguem retirar a madeira até 300 metros de distância e torres grandes até 600
metros. Este sistema ainda minimiza os impactos ambientais
no solo e a necessidade de abertura de estradas.
O sistema com skidder é indicado em áreas com declividade
entre 12 a 35%. Nesta declividade não é possível trabalhar
com sistemas mecanizados convencionais como Harvester
+ Forwarder. Este sistema de arraste se difere dos guinchos
tradicionais por tratores agrícolas pela capacidade de carga,
reduzindo o fluxo de máquinas na área e minimizando a
compactação no solo.
A árvore na beira da estrada é processada com o uso
de motosserra ou Harvester. O comprimento deste
processamento é conforme a finalidade do uso da madeira e
Atividade de corte das
árvores com motosserra
cliente a quem se destina.
. 16 .
Tiago Bissoli Moreira
Construção e manutenção
da malha viária
A malha viária das fazendas é composta
por estradas principais (atendem
grande fluxo de transporte de madeira
e possuem bom nível de acabamento
e revestimento), estradas secundárias
(atendem fluxo restrito de veículos)
e aceiros (caminhos no contorno das
fazendas com objetivo de prevenir os
incêndios florestais que eventualmente
possam vir de áreas confrontantes).
As principais atividades são a abertura,
nivelamento e moldagem, revestimento
Extração da madeira por torre telescópica
com cascalho visando garantir o tráfego
de veículos nos períodos secos e chuvosos, construção de obras de arte (pontes, bueiros, canaletas,
drenos) e outros elementos de conservação (camalhões, saídas de água, dissipadores de água, caixas
secas e mini-curvas).
Carregamento, expedição e transporte da madeira
O carregamento é realizado por máquinas e consiste em colocar a madeira nos caminhões de
transporte. As cargas de madeira antes de saírem das fazendas passam por um processo de
expedição, onde existe a conferência do produto, volume carregado e emissão da nota fiscal de
venda. A madeira é transportada utilizando-se de rotas planejadas visando minimizar ocorrências
sociais e ambientais.
. 17 .
GESTÃO AMBIENTAL
IDENTIFICAÇÃO DE ESPÉCIES RARAS, AMEAÇADAS OU EM PERIGO DE EXTINÇÃO
Flora
A vegetação existente no Vale do Ribeira possui uma diversidade exuberante. Este fato é caracterizado
pelo encontro de dois tipos vegetacionais distintos, ou seja, a Floresta Ombrófila Densa, vindo do
leste do Estado e adentrando ao vale, e a Floresta Ombrófila Mista, que está inserida no planalto, nas
regiões centrais do Estado e que também estão presentes neste vale nas maiores altitudes.
A vegetação varia de forma significativa com a altitude local, sendo verificadas no estudo realizado
na área aproximadamente 160 espécies florestais tanto da formação da Densa quanto da Mista.
Destacam-se as espécies Euterpe edulis (palmito Jussara), a Virola bicuhyba (bocuva) o Schyzolobium
parahyba (guapuruvu) que são espécies típicas da Floresta Ombrofila Densa sub Montana além de 04
Edegardes Ribeiro Leme
espécies do gênero Persea.
Corticeira-da-serra – Erithryna falcata
. 18 .
Fauna
O levantamento de fauna realizado na área consideraram os principais grupos faunísticos: avifauna,
herpetofauna, mastofauna e ictiofauna.
Avifauna
Os estudos na área apresentam registro supositivo e/ou confirmado de 398 espécies de aves,
o que corresponde a cerca de 53,5% da avifauna conhecida para todo o estado do Paraná (Scherer‐
Neto et. al., 2011) e quase 22% da riqueza consignada a todo o território brasileiro (CBRO, 2011).
Esse montante pode ser considerado elevado e é explicado pela presença de áreas sob intervenção
das zonas de transição vegetacional, sob o domínio tanto da floresta ombrófila mista quanto da
floresta ombrófila densa, assim como por uma pequena interferência da composição peculiar à
floresta estacional semidecidual. Nesses ambientes florestais, aparecem ainda diversas manchas
de brejos, hábitat de algumas aves especialistas, o que confere à região uma qualidade não apenas
transicional, mas também determinada por complexidades decorrentes da grande diversidade de
paisagens.
Durante os trabalhos de campo foram registradas 208 espécies, riqueza explicada em parte pelo
notável gradiente altitudinal, que variou de 200 (Faz. Anta Gorda) a 1100 metros (Faz. Taquarussu).
Destas espécies, 41 são consideradas endêmicas de uma das três regiões fitofisionômicas marcantes
regionalmente (Mata Atlântica Brasileira, Mata de Araucária e Mata Paranaense) (Straube & Di
Giácomo, 2007) e, além disso, foram diagnosticadas 46 espécies de interesse conservacionista,
de acordo com os critérios adotados tanto no âmbito internacional, quanto nacional ou regional.
Adicionalmente, foram constatados alguns elementos migratórios de curtas distâncias, isto é, que
se reproduzem em solo nacional e realizam deslocamentos altitudinais à procura de recursos ou
migrações latitudinais, buscando lugares mais quentes durante o inverno austral.
. 19 .
Herpetofauna
As amostragens de campo nas áreas da ARAUCO resultaram no registro de oito espécies de anfíbios
anuros e uma reptiliana. A baixa riqueza observada para ambos os grupos se deve principalmente a
fatores climáticos (levantamento de campo na época de inverno) observados durante as amostragens,
os quais são sabidamente bastante atuantes na atividade dos animais e consequentemente na
detecção de espécies.
Dentre as espécies presumidas para a região, as serpentes formam o grupo mais representativo,
podendo-se afirmar que, de um modo geral, a riqueza encontrada é bastante expressiva, abrigando
desde elementos tolerantes a alterações ambientais até aqueles que necessitam de hábitats melhor
preservados para a manutenção de suas populações.
Mastofauna
Durante os trabalhos de campo, confirmou-se a presença de 11 espécies, além de vestígios de alguns
pequenos felinos que não puderam ser identificados em nível de espécie. Os mamíferos registrados
em campo possuem uma gama variada de preferências de hábitat. Devido às suas particularidades,
alguns táxons são de fato generalistas ocupando tanto áreas florestadas como locais de influência
periurbana, mas outras espécies podem ser mais sensíveis ao sinal de atividade antropogênicas.
Ictiofauna
O diagnóstico em campo revelou que a ictiofauna local é composta por cerca de 30 espécies de peixes
de pequeno e médio porte. O total de táxons típicos de ambientes aquáticos de água doce representa
50% da ictiofauna levantada por meio de dados secundários para toda a região e cerca de 10% da
ictiofauna dos rios das bacias hidrográficas da Floresta Atlântica (sensu Abilhoa et al., 2011).
Os ambientes aquáticos avaliados apresentaram espécies indicadoras de ambientes pouco
. 20 .
perturbados, e a ictiofauna apresenta forte relação com a vegetação marginal. A conservação da
diversidade de qualquer ecossistema natural fundamenta-se na manutenção de um ambiente
equilibrado, caracterizado principalmente pela integridade de seus componentes físicos e biológicos.
SALVAGUARDAS AMBIENTAIS E MEDIDAS DE PROTEÇÃO
A ARAUCO adota importantes salvaguardas ambientais como:
»»
Proteção das áreas de preservação permanente, reserva legal e outras áreas remanescentes com
consequente regulação hídrica, manutenção e abrigo da fauna;
»»
As áreas de preservação permanente e outras áreas conservadas formam naturalmente
corredores de fauna, favorecendo a manutenção e a movimentação destes;
»»
Reversão de áreas de preservação permanente (retirada do pinus plantada na década de 80 pelo
incentivo fiscal) e adequação das faixas de proteção conforme definição do Código Florestal;
»»
Eliminação de regeneração de Pinus em áreas de conservação. Esta atividade é orientada
e realizada conforme o procedimento Monitoramento e controle de Pinus em área de
conservação;
»»
Vigilância patrimonial contra atividades ilegais e prevenção da caça e pesca ilegal. Esta atividade
é orientada e realizada conforme procedimento Monitoramento patrimonial;
»»
Instalação e manutenção de placas de advertência e educativas;
»»
Prevenção e combate a incêndios florestais. Esta atividade é orientada e realizada conforme
procedimento Incêndios Florestais;
»»
Identificação e avaliação de aspectos e impactos ambientais nas atividades operacionais e
estabelecimentos de controles nos procedimentos operacionais;
»»
Treinamentos e conscientizações.
. 21 .
Toda área ou floresta tem algum valor ambiental ou social.
Os valores que as florestas contem podem incluir, entre outros,
presença de espécies raras, áreas de recreação ou recursos
coletados por população local. Quando estes valores forem
Edegardes Ribeiro Leme
ÁREAS DE ALTO VALOR DE CONSERVAÇÃO
considerados de caráter excepcional ou de importância
crítica, a área florestal pode ser definida como um AAVC –
Área de Alto Valor de Conservação (PROFOREST, 2003).
Os primeiros trabalhos voltados ao conhecimento do
meio biótico e social da região foram realizados através
dos diagnósticos para o EIA-RIMA de estradas internas.
As informações e resultados deste trabalho ainda é muito
recente (Outubro, 2012). As mesmas foram recebidas pela
equipe técnica da ARAUCO e está em fase de análise e
internalização. Este trabalho será uma das bases para a
identificação de potenciais áreas de AVC.
A partir do momento que estas áreas potenciais forem
sendo identificadas, deverão ser considerados os resultados
das pesquisas de biodiversidade realizadas na empresa, o
conhecimento e indicações de especialistas consultados,
consulta às partes interessadas e demais critérios do guia
PROFOREST quando aplicáveis à natureza e escala das
operações dos projetos florestais, para então, confirmar a
área como AVC.
. 22 .
Projeto Pretinhos,
Fazenda Anta Gorda, Tunas do PR
Conheça quais são os atributos de alto valor conforme o Guia Proforest
»»
AVC 1: Áreas contendo concentrações significativas de valores referentes à biodiversidade
em nível global, regional ou nacional (p. ex.: endemismo, espécies ameaçadas, refúgios de
biodiversidade)
»»
AVC 2: Áreas extensas de florestas, na escala, de relevância global, regional ou nacional
onde ocorram populações viáveis da maioria ou de todas as espécies naturais ocorram em
padrões naturais de distribuição e abundância
»»
AVC 3: Áreas inseridas ou que contenham ecossistemas raros, ameaçados ou em perigo de
extinção.
»»
AVC 4: Áreas que prestem serviços ambientais básicos em situações de extrema
importância (p. ex. proteção de bacias hidrográficas, controle de erosão).
»»
AVC 5: Áreas essenciais para suprir as necessidades básicas de comunidades locais (p. ex.
subsistência, saúde)
»»
AVC 6: Áreas de extrema importância para a identidade cultural, tradicional de
comunidades locais (áreas de importância cultural, ecológica, econômica ou religiosa,
identificadas em conjunto com essas comunidades)
GESTÃO DE RESÍDUOS
O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) estabelece critérios para a gestão de
resíduos gerados nas atividades florestais, orientando quanto à coleta, transporte, armazenamento,
qualificação dos destinadores e o destino final dos resíduos gerados. Todos os colaboradores
envolvidos são treinados quanto à segregação, coleta, acondicionamento, armazenamento e
destinação indicada. A ARAUCO possui orientações em relação ao gerenciamento dos resíduos em
todos os procedimentos operacionais.
. 23 .
GESTÃO SOCIAL
Os programas de responsabilidade social são desenvolvidos e mantidos desde 2005 nas
comunidades de interesse em toda a ARAUCO Florestal (Região de Arapoti, Campo do Tenente,
Sengés e Tunas do Paraná).
A ARAUCO desenvolve nestas comunidades o Programa Semear de responsabilidade socioambiental.
Este programa tem o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável das comunidades,
contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos moradores, através de ações de educação,
capacitação profissional, geração de emprego e renda, saúde e qualidade de vida.
Principais resultados dos programas de responsabilidade social
PILAR
EDUCAÇÃO / CULTURA / MEIO AMBIENTE
PROJETO
OBJETIVO
INDICADORES
RESULTADOS 2011
Propiciar aos jovens e
Incentivo a Educação
Arapoti, Ouro Verde, Campo
do Tenente e Tunas do
Paraná
adultos a possibilidade
de concluir o ensino
fundamental e médio,
% de elevação da
escolaridade.
preparando-os para o
Em 2011, foram 40 concluintes,
o que resultou no índice de 14%
de elevação da escolaridade.
mercado de trabalho e
geração de renda.
Teatro Educativo
Arapoti, Curiúva, Jaguariaíva,
Ouro Verde, Campo do
Tenente, Tunas do Paraná,
Piên, Rio Negro e Curitiba
Levar conceitos
91% de índice de assimilação
educacionais para a
% de elevação da
dos conceitos trabalhados e 94%
população por meio da
escolaridade.
mudança de comportamento
cultura e da arte.
dos alunos.
. 24 .
PILAR
EDUCAÇÃO / CULTURA / MEIO AMBIENTE
PROJETO
OBJETIVO
INDICADORES
RESULTADOS 2011
Projeto Pescar
Curitiba, Jaguariaíva e Piên.
Resgatar jovens de 16 a
18 anos em situação de
vulnerabilidade social,
capacitando-os para a
iniciação profissional e o
exercício da cidadania.
% de alunos inseridos no
mercado de trabalho.
Houve 44 alunos concluintes,
dos quais 18 já estão
empregados, correspondendo
a 41% de jovens trabalhando
formalmente.
Na média geral são 44% inseridos no mercado de trabalho.
Oficina de Teatro
Ouro Verde
Estimular jovens e
adolescentes a buscar o
conhecimento da arte,
através de oficinas de
teatro, auxiliando na sua
formação educacional
e no exercício da
cidadania.
% melhora desempenho escolar,
na frequência, desempenho
na atividade, mudança de
comportamento; melhora no
relacionamento familiar.
9% de melhoria no desempenho
escolar;
83% na responsabilidade;
75% na disciplina;
90% na elevação da autoestima;
85% no relacionamento familiar.
Palestras para a Rede
Municipal de Educação
Sengés, Arapoti, Curiúva,
Campo do Tenente, Piên,
Tunas do Paraná e Rio
Negro
Proporcionar aos
professores da rede
pública de ensino
formação continuada e
aperfeiçoamento para a
sua prática profissional.
Avaliação de aproveitamento
do curso
99% para o desenvolvimento
profissional;
86% para prática pedagógica
(dia a dia em sala de aula);
77% de melhora no nível de
aprendizagem dos alunos.
Projeto Judô
para todos
Tunas do Paraná
Estimular jovens e
adolescentes à prática
do esporte, auxiliando
na sua formação
educacional e no
exercício da cidadania.
% melhora desempenho
escolar, na frequência,
evolução no esporte,
mudança de comportamento;
melhora no relacionamento
familiar.
Mais responsáveis (92%) e
mais disciplinados (88%);
Ocorreu à elevação da
autoestima em 85% e
melhora no relacionamento
familiar em 86%.
. 25 .
PILAR
CAPACITAÇÃO E GERAÇÃO DE RENDA
PROJETO
OBJETIVO
INDICADORES
91% das participantes
Qualificar mão-de-obra,
Oficinas de Artesanato
capacitando pessoas
% de produção, geração
Campo do Tenente, Tunas do
carentes para contribuírem
de renda e impacto no
Paraná e Rio Negro
com os seus orçamentos
orçamento familiar.
familiares.
Promover a inclusão digital
Inclusão Digital
de jovens e adultos de
Ouro Verde, Sengés, Campo
comunidades carentes,
do Tenente, Tunas do
contribuindo para a
Paraná e Jaguariaíva
formação profissional e
RESULTADOS 2011
produzem e vendem tapetes
de crochê, panos de prato e
chinelos decorados.
17% das mulheres são responsáveis pela renda da família.
Número de alunos no mercado de trabalho, promovidos.
Índice médio de 32% de alunos
que conseguiram emprego ou
% de elevação da renda.
foram promovidos.
geração de renda.
% de jovens que estão produtivos na agricultura / pinus
% de alunos que buscaram
Programa JAA – Jovem
Agricultor Aprendiz
Campo do Tenente, Ouro
Verde, Tunas do Paraná
e Rio Negro
Formar jovens mais
continuar a capacitação na
conscientes de suas
atividade florestal / agrícola.
oportunidades no
% impacto no
campo, qualificando-
orçamento familiar.
os profissionalmente,
despertando sua visão
empresarial e capacidade
empreendedora.
Melhora da alimentação
% contribuição no
orçamento familiar.
% de contribuição do jovem
no orçamento familiar.
% de elevação da renda.
. 26 .
56% dos jovens produzem
sobre o que aprenderam;
15% estão se capacitando na
atividade florestal/agrícola.
PILAR
SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA
PROJETO
OBJETIVO
INDICADORES
RESULTADOS 2011
Despertar nas crianças os
Programa de Higiene
hábitos de higiene bucal,
Bucal
por meio de atividades
% de redução do índice
Indicador desenvolvido
Ouro Verde, Campo do
periódicas de orientação
de cáries
em 2012
Tenente e Tunas do Paraná.
de escovação e aplicação
de flúor.
Apoiar ao PSF – Programa
Programa de Saúde
da Familiar
Ouro Verde, Campo do
Tenente, Tunas do Paraná
e Piên.
de Saúde da Família que
visa à promoção da saúde
através de orientações
preventivas, contribuindo
para a melhoria da
% redução dos índices de:
gravidez na adolescência,
casos DST’s/AIDS,
mortalidade materno e
Indicador desenvolvido
em 2012
infantil.
qualidade de vida da
população.
Promover aos alunos das
escolas a aprendizagem
quanto ao plantio e
Horta Escolar
manutenção de hortas,
Campo do Tenente,
despertando neles o
% de contribuição na
93% é a contribuição
Rio Negro e Tunas do
interesse por alimentos
merenda escolar / melhora
com a diversificação na
saudáveis e contribuindo
na qualidade.
merenda escolar.
Paraná.
com os produtos colhidos
para a melhoria da
qualidade da merenda
escolar
. 27 .
PACTO GLOBAL
Dez princípios do Pacto Global
1.Respeitar e proteger os direitos
humanos;
O Pacto Global é uma iniciativa proposta
pela Organização das Nações Unidas (ONU)
2.Impedir violações de direitos
humanos;
para mobilizar empresas a adotar políticas
de responsabilidade social corporativa e
3.Apoiar a liberdade de
associação no trabalho;
sustentabilidade. Para que esse objetivo seja
atendido, busca-se o engajamento da comunidade
empresarial internacional por meio da adoção de
dez princípios relacionados a direitos humanos,
4.Abolir o trabalho forçado;
5.Abolir o trabalho infantil;
6.Eliminar a discrimação no
ambiente de trabalho;
trabalho, meio ambiente e corrupção.
A ARAUCO tornou-se signatária ao Pacto Global
da ONU em março de 2012, reafirmando seu
7. Apoiar uma abordagem
preventiva aos desafios
ambientais;
compromisso com a Responsabilidade Social
Corporativa e a Sustentabilidade alinhada a
objetivos globais.
8. Promover a responsabilidade
ambiental;
Ao se tornar signatária, a empresa assumiu um
9. Encorajar tecnologias que não
agridam o meio ambiente;
compromisso formal com os 10 princípios do
Pacto Global, comprometendo-se a reportar os
avanços das práticas da companhia com relação
a cada princípio anualmente, contribuindo
para a construção de um mercado global mais
inclusivo e sustentável.
. 28 .
10. Combater a corrupção em
todas as suas formas, inclusive
extorsão e propina.
OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO (ODMs)
Os ODM surgiram com a Declaração do Milênio,
aprovada pelas Nações Unidas em Setembro de
2000. Em conjunto com 191 países membros
da ONU, o Brasil assinou o pacto e estabeleceu
um compromisso compartilhado com a
sustentabilidade do planeta. A meta é atingir estes
objetivos até o ano de 2015, visando combater
a pobreza, a fome, a doença, o analfabetismo, a
degradação do meio ambiente e a discriminação
contra as mulheres.
Estas metas de desenvolvimento, os ODM,
estão diretamente ligadas aos princípios do
Pacto Global, reafirmando o compromisso das
empresas signatárias para o desenvolvimento
de ações concretas.
A ARAUCO foi certificado pelo Movimento
Nós Podemos Paraná, pelo segundo ano
consecutivo, por suas práticas em prol dos
Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e pelo
seu papel como articuladora do crescimento
sustentável do Paraná.
VALOR COMPARTILHADO
Focado no aspecto de desenvolvimento mútuo entre empresa e
todos que estão ao seu redor, a ARAUCO adota em seu negócio o
conceito de “Criação de Valor Compartilhado”.
Este conceito poderá ser concretizado de três maneiras:
»»
na concepção de novos produtos e mercados
»»
na redefinição da produtividade na cadeia de valor
»»
no desenvolvimento de clusters locais.
A construção desta metodologia na ARAUCO teve início no Chile
com a FSG (Foundation Strategy Group), uma consultoria fundada por
Michael Porter e Mark Kramer, profissionais considerados grandes
Criar valor
compartilhado
significa criar
uma vantagem
competitiva com
soluções para os
problemas sociais
autoridades em estratégia empresarial e de competitividade.
da comunidade
Este conceito já está em prática com alguns projetos que estão
onde a ARAUCO
sendo desenvolvidos em parcerias com diferentes stakeholders,
fortalecendo e ampliando a nossa cadeia de valor. atua.
SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL
A área de Segurança e Saúde Ocupacional da ARAUCO atua fortemente na identificação, avaliação
e classificação de todos os perigos e riscos em todas as etapas do processo produtivo florestal,
. 30 .
qualquer tipo de acidente e, consequentemente, preservar a integridade física
e a saúde de seus colaboradores.
Prioritariamente as ações têm caráter preventivo, através de medidas
de conscientização e também correção de desvios detectados nos
monitoramentos.
As unidades florestais da ARAUCO também contam com o apoio de uma equipe de
saúde ocupacional e estrutura adequada para o desenvolvimento de programas de
saúde, qualidade de vida e para o atendimento ambulatorial e de emergências
INDICADORES DE MONITORAMENTO
Indicadores
Resultado parcial (Set, 2012)
Nº de trabalhadores próprios
206
Nº de trabalhadores terceiros
103
Total de Horas de treinamento
3720 horas
Índice de frequência de acidentes CTP
9,0
Índice de gravidade dos acidentes
625,3
Volume de madeira colhido (m³)
234.518 m³
% de produtos florestais
35% serraria
65% processo
Área plantada em 2012
254 ha
. 31 .
Tiago Bissoli Moreira
implantando medidas de controle com objetivo de minimizar a ocorrência de
Indicadores
Resultado parcial (Set, 2012)
Consumo total de glifosato
2.330,75 kg
Cerca de 0,64kg/ha
Consumo total de Imazapir
957,73 Litros
Cerca de 0,63L/ha
Consumo total de isca formicida
84,32 kg
Cerca de 0,32 kg/ha
Índice de estabelecimento
0,67
% ataque de árvores armadilha (controle da vespa-da-madeira)
30%
% ataque de pragas e doenças não ocasionais
0%
Hectare queimado por incêndios florestais
7 ha
Nº de ocorrência de atividades ilegais identificadas na UMF
57 (total)
4
5
31
17
Total de áreas revertidas para conservação (2003 – parcial 2012)
349 ha
Caça
Pesca
Presença de gado na área
Atividades ou pessoas não autorizadas
Destinação de resíduos
Embalagens de agroquímicos
Classe I (contaminados com óleo)
Óleo usado
Vidro
Plástico
Papel e papelão
Sucata metálica
258 unidades
6,87 toneladas
1600 litros
200kg
737 kg
683 kg
237 kg
Nºde Demanda de partes interessadas
8
Nº de reclamações
2
Levantamento de impactos positivos nas comunidades impactadas (AG) Manutenção de estradas de uso em
comum – 50%
Op. De emprego – 40%
Bom vizinho – 10%
Levantamento de impactos negativos nas comunidades impactadas (AG)
. 32 .
Poeira – 75%
Alta velocidade caminhões – 25%
CONTATOS
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RESUMO PÚBLICO DO MANEJO FLORESTAL