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JORNAL DE BRASÍLIA
Cidades.
Brasília, quinta-feira,
8 de maio de 2014
issoé
www.quidnovi.com.br
minopedrosa
Com Lindauro Gomes e Laécio Alencar
e-mail: [email protected]
A planilha negra
das empreiteiras
A família do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa,
preso durante a operação Lava-Jato da Polícia Federal, está
sendo assediada por emissários das megaempreiteiras que,
desde a prisão de Paulo Roberto, vem vivendo clima de terror
após tomar conhecimento de documentos apreendidos no
escritório da Costa Global. A Revista eletrônica QuidNovi
publicou com exclusividade a agenda apreendida pela Polícia
Federal no escritório de Paulo Roberto e agora publica,
também com exclusividade, algumas planilhas que retratam
uma espécie de arrecadação, revelando caixa-dois de
empresas que, segundo o inquérito da Lava-Jato, é a ponta de
um iceberg de um novo mensalão, alcançando mais de trinta
parlamentares no Congresso Nacional e anda incluindo
prefeitos e vereadores. No Congresso Nacional, os
parlamentares já foram avisados pelas megaempreiteiras, que
abastecem as campanhas eleitorais de tempo em tempo. Os
proprietários das empresas, com a nova lei que responsabiliza
diretamente os empresários, estão apavorados e tentam esfriar
a CPI da Petrobras. Os familiares de Paulo Roberto, que a
qualquer momento podem ser presos, estão sendo
monitorados o tempo todo pela Polícia Federal. Já existe
relatórios de contatos de empresários garantindo a
manutenção de pagamentos de consultorias recebidos por
Paulo Roberto para viabilizar contratos na maior empresa
brasileira. As planilhas que fazem parte do inquérito apontam
empreiteiras e empresas que têm contrato com a Petrobras.
Esperando a vez
Já é dada como certa, numa eventual continuação do
governo Dilma Rousseff, a saída do presidente do Banco
Central, Alexandre Tombini, direto para a principal cadeira
do Ministério da Fazenda. O atual presidente do BC hoje
prega a independência do Banco Central, mas há quem
aposte que a opinião do presidente não será a mesma se for
nomeado ministro.
Reincidência
Não causou espanto, mas muita indignação, a atitude
grosseira do ex-assessor da deputada federal Érika Kokay
(PT-DF), Rodrigo Grassi, preso ontem pela polícia do Senado,
após agredir verbalmente o senador Aloysio Nunes (PSDB).
Circulando com um crachá do gabinete da deputada, Rodrigo,
que é o mesmo militante do PT-DF que importunou e agrediu
com palavras o ministro Joaquim Barbosa, presidente do
Supremo Tribunal Federal, voltou a praticar provocações
acreditando na impunidade. Na saída da sessão plenária desta
terça-feira (06), Rodrigo se apresentou a Aloysio Nunes como
membro de um Blog e começou a entrevistar o senador que lhe
foi solicito. No entanto, quando Rodrigo endureceu o tom da
entrevista e perguntou se Aloysio tinha envolvimento com o
cartel do metrô de São Paulo, o senador, que é considerado um
homem sensato e muito educado por todos os colegas, perdeu
a cabeça e partiu para dar uns murros no militante petista que,
ao perceber a ira do conceituado senador, correu. Ele foi preso
por vigilantes já do lado de fora das dependências do Senado e
levado à Delegacia de Policia Legislativa. Até o final da
madrugada, Érika Kokay não tinha mexido uma palha para
liberar o radical militante petista. Isso porque o fato teve forte
repercussão negativa até mesmo entre todos os senadores do
próprio PT, que ficaram revoltados com ousadia de Grassi em
ofender um dos parlamentares mais queridos na Casa.
Pressão psicológica
O verdadeiro tiro de misericórdia no ex-diretor da Petrobras preso durante a operação Lava Jato da
Polícia Federal, vai ser a prisão de Ariana Azevedo Costa Bachmann e Shanni Azevedo Costa Bachmann,
filhas de Paulo Roberto e verdadeiros xodós dele. Além das filhas, os genros Humberto Sampaio de
Mesquita e Márcio Lewkowicz podem ver o sol quadrado por muito tempo. O motivo dos pedidos de
prisões solicitados pelo Ministério Público do Paraná é a obstrução ao trabalho da Justiça. Os familiares de
Paulo Roberto foram ao escritório da Costa Global Consultoria, no Rio de Janeiro, e retiraram documentos
que poderiam provar ações criminosas sob investigação na Operação Lava-Jato. Só que a ação criminosa
foi toda fotografada pela PF. O ex-diretor da Petrobras tem confidenciado na cela da cadeia que não
aguentaria ver sua família presa e quem praticou corrupção solto e viajando ao exterior.
“
Em tempo
de paz
convém ao
homem
serenidade e
humildade;
mas quando
estoura a
guerra deve
agir como
um tigre!”
William
Shakespeare
Acendendo vela
A presidente Dilma Rousseff vem há muito tempo batendo bola com Neymar e toda
turma da seleção brasileira de futebol. Há quem acredite que a presidente ainda tentou
uma linha direta com o técnico da seleção, Luis Felipe Scolari, para dar algum palpite
na convocação para a “Copa das Copas”. A presidente vem numa queda continua nas
pesquisas e está se agarrando no resultado da seleção para melhorar a autoestima do
brasileiro e tirar uma lasquinha do sucesso da seleção canarinho.
Pagando a dívida
A pauta do movimento afrobrasileiro foi intensa ontem no Congresso Nacional.
Uma discussão na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) trouxe à tona as
divergências em relação ao projeto de lei destinado a reconhecer a prática da
capoeira como profissão. O pano de fundo da discussão é justamente solucionar o
problema da proteção previdenciária, além de fortalecer os campeonatos e a criação
de ranking nacional de capoeiristas, um critério para a concessão da bolsa-esporte
aos atletas. Ainda na pauta do movimento, a Comissão de Constituição, Justiça e
Cidadania (CCJ) aprovou o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 29/2014, que reserva
20% das vagas oferecidas em concursos públicos federais a candidatos negros e
pardos. Pelo visto o movimento organizado vem ao som do berimbau avançando
em conquistas importantes no resgate da divida com os afrodescendentes.
Base descontrolada
Alto cacife
O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique
Eduardo Alves, deixou a presidente Dilma Rousseff com
os nervos à flor da pele após romper o acordo de colocar a
matéria do piso dos agentes de saúde em votação só após
a Copa do Mundo. Henrique colocou a matéria ontem em
votação e foi aprovada por unanimidade, incluindo o
Partido dos Trabalhadores, legenda da presidente. O
rombo causado no orçamento federal pela desobediência
do presidente da Câmara ainda não foi calculado, mas a
presidente Dilma recolocou o nome de Henrique Alves
em sua lista negra.
A direção nacional do PROS entrou com
intervenção no diretório da legenda no
Ceará. O presidente nacional do PROS,
Euripedes Junior, retirou a senha que
autorizava o governador cearense, Cid
Gomes, a comandar o partido no Estado.
Euripedes tem o apoio do líder do Pros na
Câmara, Givaldo Carimbão, e no Senado
Federal, Ataíde Oliveira. Há quem diga que o
governador Cid Gomes terá que investir
muito na legenda para retomar o poder.
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08/05/2014 1a. Caderno A_10_Tb