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COMENTÁRIOS
FOCO NA CAUSA
Protestos populares contra alta de preços, baixos
salários, precariedade dos serviços básicos, contra
“mensaleiros”, “petroleiros” e outros, para mim, é
manobra diversionista, é preocupar-se com as consequências. Temos que focar é na causa. Penso que
deveríamos fazer um grande movimento contra os
artigos da Constituição que permitem “legislar em
causa própria” e que “beneficiam setores específicos de nossa sociedade”, origem de todos os nossos
grandes problemas. Essas permissividades criaram
uma “casta brasileira”, sanguessugas do erário público, composta basicamente pela classe política,
com o beneplácito da casta jurídica.
O Judiciário e o Ministério Público, além de
ganhos fora da nossa realidade, beneficiam-se
com normas estranhas. Fazem qualquer coisa para tal, até tratar diferentes como se iguais fossem.
Será que isto é legal? Imoral sei que é.
As posições do Legislativo e do Judiciário são
bastante cômodas: criam despesas que lhes beneficiam sem a respectiva responsabilidade.
PAULO SERGIO SCHERER
Aposentado – Imbé
VONTADE POLÍTICA
SOBRE ZH
O artigo de Moisés Mendes (“Os bicheiros”, ZH,
página 18, 18/2), referente às empreiteiras, estaria
justo se não dissesse que elas nada de bom fizeram. Devemos considerar as obras de engenharia
realizadas nesses 30 anos. Itaipu, Orós, uma dezena de usinas no Brasil, dezenas de complexos
industriais na Petrobras, sem esquecer do Porto
Mariel em Cuba. Odebrecht ganhou concorrências na Califórnia em obras viárias sofisticadas.
Ainda lembrar da engenharia executada em países
africanos, sob a corretagem de Lula.
Espero que seu próximo artigo verse sobre o
verso da medalha – os funcionários de cargo de
confiança nos órgãos públicos, adrede ali colocados para cobrar a propina propiciatória, atendendo ao financiamento de campanhas eleitorais. Se
não completar a versão dialética dos fatos, ficará
parecendo que a contraparte das empreiteiras é
composta de honestos e ingênuos funcionários.
LUIZ CARLOS DA CUNHA
Arquiteto – Porto Alegre
O artigo “Privatizar e extinguir secretarias não
resolve”, do ex-secretário Odir Tonollier (ZH, página 19, 17/2), mostra mais uma vez como agem
os administradores públicos no Brasil. Quando
no governo, criticam os seus antecessores e nada
fazem (ou fazem muito pouco). Quando saem,
sabem tudo e têm solução para todos os problemas.
O governador José Ivo Sartori começou mal seu
governo, alegando falência do Estado ao mesmo
tempo em que concedia aumento salarial generalizado aos que já ganham muito e pouco fazem.
Existem muitas ações que podem ser tomadas pa- FLAVIO DA ROSA
ra gerar economia ao Estado, como propor a suspensão das injustas e desmerecidas pensões pagas
MISSÃO INSTAGRAM
aos ex-governadores, cancelar os contratos de
locação dos imóveis para seu uso, pois tem mais
Compartilhe suas imagens usando a hashtag
do que suficiente para atender a sua necessidade,
leilões de bens imóveis ou inservíveis, tipo veícu- abaixo e participe de nosso mural. Veja mais
los acidentados etc. Soluções existem, e muitas, fotos em http://zhora.co/fotodoleitorzh
mas falta vontade política.
LAURO BECKER
Empresário – Porto Alegre
CUMPRIMENTO DA LEI
Lendo a coluna de Tulio Milman na edição de
ontem, confesso que senti uma certa pena da polícia brasileira quando vi que mais de 270 motoristas se negaram a fazer o teste de embriaguez. Isso
é subestimar a inteligência do policial, é deixar que
as estradas se tornem assassinas e o próprio assassino é quem faz uso dela, sem que ninguém possa fazer nada a não ser advertir. Acho que deveria
ser assim: toda lei que for sancionada deverá, por
obrigação, ser cumprida. Doa a quem doer.
@sanatielgomez
@edu_carboni
@sabrinabardolla
@ju_schuch
ALDA PEGORARO ROEDER
Dona de casa – Nova Prata
PENSÕES
Proponho que Zero Hora vá mais a fundo no
caso das pensões de ex-governadores. Por exemplo, no caso de Alceu Collares, há que se considerar
também o valor que recebe do poder público como conselheiro de Itaipu.
ALBERTO AUGUSTO HÄNDEL
Aposentado – Porto Alegre
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