ZERO HORA TERÇA-FEIRA, 27 DE JANEIRO DE 2015 44 ALMANAQUE GAÚCHO Ricardo Chaves [email protected] [email protected] Com Lucas Vidal | [email protected] | 3218-4760 Um povo ou faz a política da sua economia ou é forçado a fazer a economia da sua política. A Bailante REPRODUÇÃO Osvaldo Aranha, político e advogado alegretense, cuja morte completa 55 anos hoje. HOJE NA HISTÓRIA -Em 1945, soldados soviéticos libertam os prisioneiros do campo de Auschwitz, na Polônia. -Giuseppe Verdi, compositor italiano de óperas como Aida e Rigoletto, morre, em 1901, aos 87 anos. -Em 1763, o Brasil é elevado à condição de vice-reino e a capital é transferida de Salvador para o Rio. A Bailante, em 1912, que ficava onde hoje é o Palácio Farroupilha, sede da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul Uma reportagem publicada em 1936, pela Revista do Globo, afirmava que falar da Praça da Matriz do início do século 20 “sem aludir a Bailante, mais do que exquisito, seria injusto, tão intimamente ella esta vinculada a vida mundana de então” (sic). O texto dizia ainda que “a geração que anima hoje o Clube do Commércio, da Germânia ou o do Caixeiral com as syncopadas dansas americanas modernas, com os tangos, e com os sambas, não pode imaginar quantos romances sentimentaes, quantas páginas lyricas foram vividas no rythmo saltitante de uma mazurka ou ao compasso languido ou vertiginoso de uma valsa no vasto salão da velha Bailante”(sic). A Bailante era um casarão de linhas simples, quase coloniais, com a frente voltada para a Praça da Matriz (Praça Marechal Deodoro), situado exatamente onde posteriormente foi instalado o antigo Auditório Araújo Vianna e agora está o Palácio Farroupilha, sede da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. O prédio foi demolido em 1912. Como se pode ver na foto, as telhas estavam sendo retiradas. O salão de baile, “imenso, com as filas de cadeiras encostadas as paredes era um dos mais procurados daquela época, e onde dançou muita gente que tem hoje Leia o blog: zerohora.com/almanaquegaucho a cabeça branca e as têmporas grisalhas (...). A simples evocação da Bailante, quantas recordações gentis, quantas lembranças amáveis, quanta e quanta saudade dos bailes de outrora. Como era differente tudo! A começar pelas dansas... valsa, polka, schottisch, mazurka, quadrilha (...). Ao contrário do que se faz hoje, naquele tempo, o cavalheiro observava um cerimonial mundano, ao convidar uma dama para a ‘contradansa’. Approximava-se do local em que ella se encontrava, curvava-se, respeitoso e perguntava: ‘Já tem par para essa marca?’ ou então: ‘ Quer dar-me a honra desta contradansa?’. Ella sorria e murmurava um ‘pois não’ ou um ‘muito obrigado’, a meia voz e estendia a mão enluvada ao cavalheiro que a tomava delicadamente pela ponta dos dedos e a enfiava no braço, pondo-se a passear em volta do salão, onde os outros pares respeitosamente de braço, faziam uma promenade entre uma polka e ou schottisch (...). Era durante esses passeios, acompanhados pelo olhar solicito das mamas sentadas ao redor do salão, que se trocavam galanteios e madrigaes, declarações e juras, nem sempre em absoluto segredo, porque eram denunciados por um leve rubor nas faces, que os leques nem sempre logravam esconder... ainda não se usava rouge...” (sic) MARCA NILTON SILVEIRA não ouso querer atenção e muito menos afagos marco-te com palavras pois me basta existir em tuas ideias PIADA DO DIA O pai chama o filho para uma conversa. – Filho, sua professora disse que, dos 20 alunos da classe, você é o pior. – Pai, poderia ser pior. – Como pior? – Ora, a turma poderia ter 40 alunos. Hoje é: Dia do Orador Santos do dia: Ângela de Mérici, Julião, Mauro da Gália, Henrique de Ossó