EMPRESA
Voluntárias
texto Renata Nascimento
Cresce a participação
de mulheres em treinamentos
de combate a incêndios
A
s mulheres vêm a cada dia ocupando
espaços que, tradicionalmente, eram
exclusivos dos homens. No ano passado, o
Centro de Treinamento de Emergências
(CTC.E), localizado próximo à Usina de Furnas
(MG), realizou 19 cursos de combate a incêndios que contaram com a participação de 17
empregadas. Determinadas, elas enfrentaram resistências e os perigos das rigorosas
simulações de situações de risco para atuarem de igual para igual com os homens.
Desde sua criação em 1997, já passaram pelo curso cerca de 130 mulheres que
participam das Brigadas de Incêndio Voluntárias instaladas nas diversas áreas da
Empresa. O objetivo de capacitar as empregadas é difundir os conceitos da norma
NBR 14276, ampliando as equipes de
brigadistas para agirem com mais eficiência na prevenção de incêndios e na identificação de possíveis áreas de riscos.
Da esquerda/ direita: Luceli da Silva
(Santa Casa de Passos/MG), Rosinei de
Fátima Tosi Ribeiro (estágiaria do
DSHI.G), Flávia Robady Lourenço,
Daniele Cristina Lopes e Juliana Ramos
de Souza (Usina deSanta Cruz/RJ)
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Revista FURNAS - Ano XXXIV - Nº 349 - Fevereiro 2008
participam de
ações
de risco
Simulações de combate à
incêndio e resgate de feridos
Atuação
A operadora Daniele Cristina Lopes, da Usina Termelétrica de Santa Cruz (USSC.O), instalada no Rio de Janeiro, é brigadista há sete anos
e mostra que não se deve brincar em serviço.
“Lidamos com equipamentos de risco, painel
elétrico e combustíveis. Acho que os homens
ficam um pouco assustados com a nossa presença, mas depois eles reconhecem e respeitam a nossa atuação”, destacou.
Flávia Lourenço, também operadora de
Fotos: Renata Nascimento
Santa Cruz, explica que, além da equipe de
brigada da área, existe um esquema de
revezamento com os operadores para participação nos cursos de aprimoramento oferecidos pela Empresa. “Temos essa oportunidade de ampliar nosso conhecimento para
ajudar. Acho que toda área de maior risco
deveria ter um representante”, afirmou.
Logo após o curso que fez no mês de
dezembro de 2007 no CTC.E, Juliana Ramos
de Souza, bióloga do Departamento de Geração Térmica (DGT.O), participou de um
combate a incêndio em um galpão no pátio
de obra da usina. Ela considera de suma importância a capacitação de empregados em caso
de uma emergência. “Este trabalho serve para
ajudar em ocorrências dentro e fora da Empresa. Agora tenho uma noção de como proceder
num incêndio”, comentou.
Para quem tem interesse em fazer parte da
equipe de brigadistas, Juliana de Souza dá a
dica. “Qualquer pessoa pode participar desde
que tenha espírito de equipe. Todos estão em
um só nível em busca dos mesmos objetivos que
a proteção de si e do colega bem como do
patrimônio da Empresa”, conclui.
Revista FURNAS - Ano XXXIV - Nº 349 - Fevereiro 2008
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