3259 Trabalho 1553 - 1/3 ANÁLISE DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS COM RISCO NUTRICIONAL ATENDIDAS EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE LUCAS, Francimone Oliveira1 GUEDES, Maria Vilani Cavalcante2 CHAVES, Edna Maria Camelo3 Introdução: o risco nutricional refere-se às alterações que podem comprometer o crescimento e o desenvolvimento das crianças nos primeiros anos de vida. As mais freqüentes são a desnutrição protéico-calórica, deficiência de ferro e a obesidade. Com a instituição de programas voltados para o acompanhamento dessas crianças nos últimos anos, uma mudança nas formas graves de desnutrição em algumas cidades do Brasil tem melhorado os seus índices. O cartão da criança é um instrumento que possibilita o acompanhamento e o desenvolvimento, permitindo uma comparação entre os dados anteriores obtidos durante a consulta de enfermagem ou médica na puericultura. Às medidas antropométricas e à avaliação dos marcos do desenvolvimento relativa à idade são registros importantes para avaliação. As considerações feitas a respeito das vantagens das ações preventivas de educação em saúde e da necessidade de novas alternativas para a redução dos efeitos adversos da má alimentação, fazem do enfermeiro, em meio à equipe da Unidade Básica de Saúde, o principal interlocutor no compartilhamento das informações com os pais. Uma orientação sobre a utilização de alimentos saudáveis podem ser conquistada após o compartilhamento de informações acerca do valor nutritivo dos alimentos que fazem parte da dieta das crianças. Objetivo: Analisar o crescimento e o desenvolvimento de crianças de zero a cinco anos atendidas em uma UBS do município de Caucaia-CE. Métodos: trata-se de um estudo exploratório – descritivo realizado com 40 crianças na faixa etária de zero a cinco anos. Os dados foram coletados por meio de um formulário. Para avaliação do crescimento e desenvolvimento, utilizaram-se os gráficos contidos no cartão da 1 Aluna do Curso de Enfermagem da Faculdade Metropolitana (FAMETRO) do 8º semestre. Enfermeira. Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Docente da Universidade Estadual do Ceará. 2 Enfermeira. Mestra em Saúde da Criança e do Adolescente. Mestra em Cuidados Clínicos em Enfermagem. Doutoranda em Farmacologia pela UFC. 3 3260 Trabalho 1553 - 2/3 criança. Os resultados foram apresentados em forma de gráficos, tabelas e fundamentados com literatura pertinente a temática. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Geral de Fortaleza, parecer de nº 050304/09. Resultados: em relação ao sexo 20 (50%) foram do sexo masculino e 20 (50%) do sexo feminino. O tipo de parto mais frequente foi o normal com 60% do total. Em seguida estratificou-se a idade que variou de 1 a 12 meses, com média de 23meses e DP(desvio padrão) de 18 meses. Em relação ao peso, este variou de 2.500g a 12.501g ou mais, com média de 9000g, e DP de 3000g. A estatura variou entre50cm a 90cm ou mais, com média de 77cm, e DP de 12,8cm. O perímetro cefálico variou de 33cm a 55cm ou mais, com média de 33cm, e DP de 5,4cm. Das crianças avaliadas 15 (37,5%) encontramse entre o percentil 10º e 3º que significa um pouco abaixo do peso ideal, 14 (35%) encontravam-se abaixo do percentil 3º que engloba aquelas com peso muito baixo e 11(27,5%) encontram-se entre o percentil 10º e 97º que são aquelas de peso ideal. Das crianças avaliadas 16 (40,0%) encontram-se entre o percentil 10º e 3º, 14 (35%) encontravam-se abaixo do percentil 3º e 10(25,0%), encontram-se entre o percentil 10º e 97º. Na primeira avaliação do peso o valor mínimo foi de 2.350g e máximo foi de 13.000g com média de peso de 7.600g e DP= 2.832g. Na segunda avaliação o peso mínimo foi 2.950 g e o máximo foi 13.500 g com média de peso de 2.900g e DP= 2.773g. Já na terceira avaliação o valor mínimo foi 2.640g e o máximo 13.500g com média de peso de 8.300g e DP=2,783g. Enquanto na quarta avaliação o peso mínimo foi 2.585g e o máximo 15.560 com média de peso de 9.100g e DP=2,855g. observa-se que na primeira avaliação da estatura o valor mínimo foi de 46cm e o máximo de 94cm com media de 69,8cm e DP=12,81cm. Já na segunda avaliação o valor mínimo foi de 49cm e o máximo de 95cm com média de 71,56cm e DP=12,43cm. Na terceira avaliação a altura mínima foi 49cm e a máxima 96cm com média de 72,56cm e DP=12,41cm. Enquanto na quarta avaliação o valor mínimo foi de 50cm e o máximo 104cm com média de 76,9cm e DP=12,83cm. Conclusão: a maioria das crianças avaliadas neste estudo encontra-se entre o percentil 10 e 3 16(40%) e 14(35%) abaixo do percentil 3. Faz-se necessário estabelecer medidas adicionais que possam ser tomadas para reduzir esse fato, já que, há bastante informação a respeito do assunto e atualmente existe um grande estímulo por parte do governo no intuito de 3261 Trabalho 1553 - 3/3 melhorar essas alterações nutricionais, através da transmissão de conhecimentos ou de incentivo econômico, por meio de programas como o bolsa família. Palavras-chave: Desnutrição Desenvolvimento. Infantil. Risco Nutricional. Crescimento. Referências BRASIL. Departamento de Atenção Básica, Secretaria de Políticas de Saúde, Ministério da Saúde. Saúde da criança: acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil. Brasília: Ministério da Saúde; 2002. Disponível em: www.saude.gov.br. Acesso em 05/06/2009. FROTA, M. A.; BARROSO, M. G. T. Repercussão da desnutrição infantil na família. Revista Latino-am Enfermagem, Ribeirão Preto; v. 13, n. 6, p. 9961000, nov/dez, 2005. 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