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Trabalho 1553 - 1/3
ANÁLISE DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS COM
RISCO NUTRICIONAL ATENDIDAS EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
LUCAS, Francimone Oliveira1
GUEDES, Maria Vilani Cavalcante2
CHAVES, Edna Maria Camelo3
Introdução:
o
risco
nutricional
refere-se
às
alterações
que
podem
comprometer o crescimento e o desenvolvimento das crianças nos primeiros
anos de vida.
As mais freqüentes são a desnutrição protéico-calórica,
deficiência de ferro e a obesidade. Com a instituição de programas voltados
para o acompanhamento dessas crianças nos últimos anos, uma mudança nas
formas graves de desnutrição em algumas cidades do Brasil tem melhorado os
seus índices. O cartão da criança é um instrumento que possibilita o
acompanhamento e o desenvolvimento, permitindo uma comparação entre os
dados anteriores obtidos durante a consulta de enfermagem ou médica na
puericultura. Às medidas antropométricas e à avaliação dos marcos do
desenvolvimento relativa à idade são registros importantes para avaliação. As
considerações feitas a respeito das vantagens das ações preventivas de
educação em saúde e da necessidade de novas alternativas para a redução
dos efeitos adversos da má alimentação, fazem do enfermeiro, em meio à
equipe
da
Unidade
Básica
de
Saúde,
o
principal
interlocutor
no
compartilhamento das informações com os pais. Uma orientação sobre a
utilização
de
alimentos
saudáveis
podem
ser
conquistada
após
o
compartilhamento de informações acerca do valor nutritivo dos alimentos que
fazem parte da
dieta das crianças. Objetivo: Analisar o crescimento e o
desenvolvimento de crianças de zero a cinco anos atendidas em uma UBS do
município de Caucaia-CE. Métodos: trata-se de um estudo exploratório –
descritivo realizado com 40 crianças na faixa etária de zero a cinco anos. Os
dados foram coletados por meio de um formulário. Para avaliação do
crescimento e desenvolvimento, utilizaram-se os gráficos contidos no cartão da
1
Aluna do Curso de Enfermagem da Faculdade Metropolitana (FAMETRO) do 8º semestre.
Enfermeira. Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Docente
da Universidade Estadual do Ceará.
2
Enfermeira. Mestra em Saúde da Criança e do Adolescente. Mestra em Cuidados Clínicos em
Enfermagem. Doutoranda em Farmacologia pela UFC.
3
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criança. Os resultados foram apresentados em forma de gráficos, tabelas e
fundamentados com literatura pertinente a temática. O estudo foi aprovado pelo
Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Geral de Fortaleza, parecer de nº
050304/09. Resultados: em relação ao sexo 20 (50%) foram do sexo masculino
e 20 (50%) do sexo feminino. O tipo de parto mais frequente foi o normal com
60% do total. Em seguida estratificou-se a idade que variou de 1 a 12 meses,
com média de 23meses e DP(desvio padrão) de 18 meses. Em relação ao
peso, este variou de 2.500g a 12.501g ou mais, com média de 9000g, e DP de
3000g. A estatura variou entre50cm a 90cm ou mais, com média de 77cm, e
DP de 12,8cm. O perímetro cefálico variou de 33cm a 55cm ou mais, com
média de 33cm, e DP de 5,4cm. Das crianças avaliadas 15 (37,5%) encontramse entre o percentil 10º e 3º que significa um pouco abaixo do peso ideal, 14
(35%) encontravam-se abaixo do percentil 3º que engloba aquelas com peso
muito baixo e 11(27,5%) encontram-se entre o percentil 10º e 97º que são
aquelas de peso ideal. Das crianças avaliadas 16 (40,0%) encontram-se entre
o percentil 10º e 3º, 14 (35%) encontravam-se abaixo do percentil 3º e
10(25,0%), encontram-se entre o percentil 10º e 97º. Na primeira avaliação do
peso o valor mínimo foi de 2.350g e máximo foi de 13.000g com média de
peso de 7.600g e DP= 2.832g. Na segunda avaliação o peso mínimo foi 2.950
g e o máximo foi 13.500 g com média de peso de 2.900g e DP= 2.773g. Já na
terceira avaliação o valor mínimo foi 2.640g e o máximo 13.500g com média de
peso de 8.300g e DP=2,783g. Enquanto na quarta avaliação o peso mínimo foi
2.585g e o máximo 15.560 com média de peso de 9.100g e DP=2,855g.
observa-se que na primeira avaliação da estatura o valor mínimo foi de 46cm e
o máximo de 94cm com media de 69,8cm e DP=12,81cm. Já na segunda
avaliação o valor mínimo foi de 49cm e o máximo de 95cm com média de
71,56cm e DP=12,43cm. Na terceira avaliação a altura mínima foi 49cm e a
máxima 96cm com média de 72,56cm e DP=12,41cm. Enquanto na quarta
avaliação o valor mínimo foi de 50cm e o máximo 104cm com média de 76,9cm
e DP=12,83cm. Conclusão: a maioria das crianças avaliadas neste estudo
encontra-se entre o percentil 10 e 3 16(40%) e 14(35%) abaixo do percentil 3.
Faz-se necessário estabelecer medidas adicionais que possam ser tomadas
para reduzir esse fato, já que, há bastante informação a respeito do assunto e
atualmente existe um grande estímulo por parte do governo no intuito de
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Trabalho 1553 - 3/3
melhorar
essas
alterações
nutricionais,
através
da
transmissão
de
conhecimentos ou de incentivo econômico, por meio de programas como o
bolsa família.
Palavras-chave: Desnutrição
Desenvolvimento.
Infantil.
Risco
Nutricional.
Crescimento.
Referências
BRASIL. Departamento de Atenção Básica, Secretaria de Políticas de Saúde,
Ministério da Saúde. Saúde da criança: acompanhamento do crescimento e
desenvolvimento infantil. Brasília: Ministério da Saúde; 2002. Disponível em:
www.saude.gov.br. Acesso em 05/06/2009.
FROTA, M. A.; BARROSO, M. G. T. Repercussão da desnutrição infantil na
família. Revista Latino-am Enfermagem, Ribeirão Preto; v. 13, n. 6, p. 9961000,
nov/dez,
2005.
Disponível
em:
<http://www.scielo.br/pdf/rlae/v13n6/v13n6a12.pdf>. acesso em 20 fev 2009.
CONDE, W. L.; MONTEIRO, C. A. Valores críticos do índice de massa corporal
para classificação do estado nutricional de crianças e adolescentes brasileiros.
Jornal de Pediatria, Rio de Janeiro; v. 82, n. 4, p. 266-272, 2006. Disponível
em:<http://www.scielo.br. Acesso em 10 out 2008.
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