Centro Curso Saúde Fisioterapia Título: Perfil Motor, Cognitivo e Respiratório de Indivíduos com Doença de Parkinson Autor(es): Ingrid de Souza Costa, Louise Cordeiro Priori, Cristina Aparecida Amaral Golino, Debora Medeiros Couto, Fabrine Dos Santos E-mail para contato: [email protected] IES: FESJF Palavra(s) Chave(s):Doença de Parkinson. Cognição. Avaliação respiratória e motora. RESUMO Objetivo: Avaliar a capacidade motora, cognitiva e respiratória de indivíduos com Doença de Parkinson provenientes de um projeto de extensão acadêmica da Faculdade Estácio de Sá de Juiz de Fora/MG. Metodologia: O estudo realizou-se na Clínica de Fisioterapia da FESJF, em agosto de 2013, com pacientes de ambos os sexos com diagnostico clínico de doença de Parkinson (DP), em uso de medicação antiparkisoniana. Os indivíduos foram classificados nos estágios 1 a 3 da escala de estadianamento de Hoehn e Yahr, que avalia o nível de acometimento da doença de 0 a 5, sendo 0 nenhum sinal da doença e 5 preso à cadeira de rodas ou leito. Os indivíduos foram avaliados com o seguimento motor da escala unificada de avaliação para doença de Parkinson- UPDRS composta de 14 subitens que avaliam fala, expressão facial, tremor de repouso, tremor postural ou de ação nas mãos, rigidez, bater dedos continuamente, movimento das mãos, movimentos rápidos alternados das mãos, agilidade da perna, levantar da cadeira, postura, marcha, estabilidade postural, bradicinesia e hipocinesia corporal. Cada item é pontuado de 0 a 4 pontos, com escore total de 56 pontos. Sendo o valor máximo indicativo de maior comprometimento da doença, e o mínimo de normalidade. A avaliação cognitiva foi realizada através do Mini exame de estado mental-MEEM composto por trinta itens, que avaliam orientação espacial, memória imediata, atenção e cálculo, evocação, linguagem, e capacidade construtiva visual. A cada item atribui-se um valor de 0 a 1, sendo os itens somados com escore máximo de 30 pontos, caracterizando déficit cognitivo, pontuação abaixo de 26 pontos para alfabetizados acima de oito anos de estudo, 18 pontos para alfabetizados de 1 a 8 anos de estudo e 13 pontos para analfabetos. Para avaliação respiratória utilizou-se o método da cirtometria com fita métrica da marca Fiber-Glass de 150 cm, foram avaliados os pontos axilar, xifóide e umbilical, na inspiração e expiração forçadas e no estado eupnéico, com paciente em posição ortostática. Também foi avaliado o pico de fluxo expiratório (PFE) com Peak-flow da marca Vitalograph, sendo feito 3 (três) tentativas considerando o maior valor. A medida foi determinada com o paciente sentado utilizando clipe nasal para impedir escape aéreo pelas narinas, joelhos fletidos a 90°, pés apoiados no chão, coluna ereta e cabeça alinhada. Posteriormente realizou-se a avaliação das pressões respiratórias estáticas máximas utilizando o manovacuômetro da marca Comercial médica, com variação de 0 a 120 cm/H2O. Adotou- se o maior valor de 3 tentativas, solicitando-se ao paciente que à partir de uma expiração completa realizasse um esforço inspiratório máximo (Pimax.) e em seguida, a partir de uma inspiração máxima, foi solicitado um esforço expiratório máximo (Pemáx.) seguindo a postura adotada na avaliação anterior. Resultados: Foram avaliados 7 pacientes com DP, sendo 3 do sexo feminino e 4 do sexo masculino, com idade variando entre 70 e 78 anos, com média de 74,28 (± 2,87) anos. A avaliação motora realizada através da escala UPDRS variou de 13 a 23 pontos, com média 19,57(± 4,28). O MEEM variou de 20 a 30 pontos, com valor médio de 25,71(±3,72), verificando não haver alterações cognitivas nos pacientes avaliados, levando em consideração o grau de instrução de cada indivíduo. Na avaliação respiratória o PFE demonstrou grande variabilidade com valores de 90 a 520 L/min, média 267,14 (±141,97) demonstrando que todos os pacientes apresentam alterações respiratória durante a expiração. Avaliação do Pimáx. variou de 40 a 120 cm/H2O, com média 75,71 e (±25,07), enquanto que o Pemáx. de 40 a 120 com média 74,28( ±33,71). Conclusão: Não foram verificadas alterações cognitivas nos pacientes parkinsonianos, entretanto, na população estudada há diminuição da capacidade respiratória e moderado comprometimento motor.