Pontifícia Universidade Católica de Campinas
Atendimento ao politraumatizado infantil
Sandra R. S. Castilho
Campinas, 2010
Epidemiologia
 A mortalidade no Brasil por causas externas em
crianças abaixo de um ano ocupa o 8º lugar,
passando a 3º lugar entre 1 e 4 anos, e acima de 5
anos ocupa o 1º lugar;
 Contribuem com 57% do total de mortalidade na
faixa etária de 5 a 19 anos, segundo Ministério da
Saúde 1998, sendo que os acidentes de transporte
representam 30% deste total.
 Principais traumas: atropelamentos; quedas;
afogamentos; violências (homicídio, suícidio, abuso)
Peculiaridade Infantil
 Tamanho e forma;
 Esqueleto;
 Superfície corpórea;
 Estado psicológico;
 Efeitos a longo prazo;
 Equipamento.
Atendimento Inicial
 A “airway” = vias aéreas
A causa mais comum de parada cardíaca em criança é a
incapacidade de se estabelcer ou manter a via respiratória
pérvia.
 Diferenças anatômicas
 Indicações para intubação endotraqueal:
 parada respiratória;
 falência respiratória;
 obstrução de vias aéreas;
 Glasgow menor ou igual a 8;
 necessidade de suporte ventilatório prolongado.
Atendimento Inicial
 B “breathing” = respiração
Frequência respiratória:
 lactentes: 40 a 60 mpm
 crianças maiores: 20 mpm
 A criança deve receber oxigenação suplementar;
 Realizar drenagem torácica, se necessário.
Atendimento Inicial
 C “circulation”= circulação
 Controle de hemorragias externas;
 Suporte da função cardiovascular;
 Perfusão sistêmica;
 Restauração e manutenção de volume sanguíneo
adequado.
Atendimento Inicial
Sistema
Perda leve
de volume
de sangue
(< 30%)
Perda moderada
de volume de
sangue
(30% - 45%)
Perda
importante
de volume de
sangue
(>45%)
Cardiovascular
da frequência
cardíaca, pulso
periférico fraco,
fusiforme
Pressão sanguínea no
limite inferior da
normalidade,
estreitamento da
pressão do pulso,
importante da
frequência cardíaca;
pulsos periféricos
ausentes com pulsos
centrais filiformes,
fracos.
Hipotensão;
taquicardia,
seguida de
bradicardia.
SNC
Ansioso, irritável,
confuso.
Letárgico, sem
resposta a dor.
Comatoso.
Pele
Fria, mosqueada;
tempo de
reenchimento
capilar
prolongado.
Cianótico; tempo de
reenchimento capilar
muito prolongado.
Pálido, frio.
Débito urinário
Mínimo
Mínimo
Ausente
Atendimento Inicial
 D “disability” = avaliação neurológica
 Fazer exame sumário das pupilas quanto ao tamanho,
simetria e resposta à luz;
 Estado de consciência – Escala de coma de Glasgow.
Escala Verbal Pediátrica
Resposta verbal
Escore
Palavras apropriadas ou sorriso social, fixa
e segue objetos
5
Chora, mas é consolável
4
Persistentemente irritável
3
Inquieto, agitado
2
Nenhuma
1
Atendimento Inicial
 E “exposure” = exposição
 A retirada da roupa é essencial para permitir um
exame completo de todos os segmentos corpóreos e
facilitar a realização dos procedimentos.
 A criança, principalmente o lactente, sofre rápida
perda de calor por ter uma superfície corpórea em
relação ao peso, exigindo a monitorização da
temperatura.
Bibliografia
Abordagem em criança politraumatizada: ABRAMOVICI, Sulim; SOUZA Renato
Lopes – Jornal de Pediatria; 1999 – Rio de Janeiro; 75 (Supl.2)
Advanced Trauma Life Support; 7ª edição – 2004.
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