Ikonos de Vitória 1 m de Resolução PROF. ALEXANDRE ROSA DOS SANTOS Engenheiro Agrônomo - UFES Mestrado em Meteorologia Agrícola – UFV Doutorado em Engenharia Agrícola - UFV UNIVERSIDADE FEDERAL DOS ESPÍRITO SANTO – UFES CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS - CCHN DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA - DPGEO LABORATÓRIO DE GEOMÁTICA DA UFES - LGU Capítulo 11 Adpatado das Notas de Aula, Disciplina Aerofoto e Fotointerpretação, Turma Geografia 1998 UNIFAP (2000) (JOHANSSON, 2000) Vitória LANDSAT Andaraí Ikonos 1 m resolução Campos do Jordão Ikonos 1m de Resolução INTRODUÇÃO Os métodos utilizados para extrair as informações podem ser agrupados em três categorias: INTERPRETAÇÃO VISUAL TRATAMENTO DIGITAL ANÁLISE ESTATÍSTICA Como são expressos os dados espectrais coletados por sensores não-fotográficos? IAF FORMA GRÁFICA TRANSFORMADOS EM ÍNDICES Como são realizadas as análises da reflectância da vegetação utilizando? Transformar os dados espectrais em outras unidades, como índices de vegetação Análise visual das curvas de reflectância VEJA EXEMPLO Curvas de reflectância obtidas para diferentes tipos de alvos contidos dentro do ângulo de visada do sensor QUAL A IMPORTÂNCIA DESTA CURVA? Esses dados podem ser transformados num ÍNDICE DE VEGETAÇÃO qualquer, por exemplo o ndvi, ou mesmo serem utilizados para análise dos VALORES DA REFLECTÂNCIA nas faixas espectrais do vermelho (600 a 700 nm) e do infravermelho próximo (700 a 900 nm). ÍNDICE DE VEGETAÇÃO E DETERMINÇÃO A PARTIR DE DADOS RADIOMÉTRICOS Os ÍNDICES DE VEGETAÇÃO foram criados no intuito de ressaltar o comportamento espectral da vegetação em relação ao solo e a outros alvos da superfície terrestre (realçar o contraste espectral entre a vegetação o solo). Esses índices podem ser obtidos tanto de dados coletados por satélites como por equipamentos próximos ao alvo de interesse, como é o caso dos espectrorradiômetros. Os ÍNDICES DE VEGETAÇÃO têm sido empregados, com grande sucesso, nos estudos para caracterizar parâmetros biofísicos da vegetação, tais como: IAF, FITOMASSA, RADIAÇÃO FOTOSSINTETICAMENTE ATIVA ABSORVIDA e PRODUTIVIDADE. De acordo com Baret e Guyot (1991), os índices de vegetação podem ser agrupados em duas grandes classes: 1a CLASSE: Índices na forma da razão (Ration Vegetation Index – RVI; Normalized Difference Vegetation Index – NDVI; Soil Adjusted Vegetation Index – SAVI). 2a CLASSE: Índices caracterizados pela distância ortogonal (Perpendicular Vegetation Index – PVI; Weighted Difference Vegetation Index – WDVI e Greennes Vegetation Index – GVI). Índices de vegetação comumente utilizados Índice Referência Definição* RVI Person e Milar (1972) IVP / V NDVI Deering et al. (1975) IVP – V / IVP +V SAVI Huete (1988) (IVP – V) / (IVP + V + L) * (1 + L) TSAVI Baret et al. (1989) a * (IVP – av –b) / [a IVP + r – ab + X * (1 + a2)] PVI Richardson e Wiegand (1977) (IVP – av – b) / 11/2 + a2 WDVI Baret e Guyout (1991) IVP – a V OBSERVAÇÃO IMPORTANTE ! Na literatura são encontrados mais de 50 índices de vegetação; entretanto, os dois mais comumente usados são: Razão Simples (RVI) e o Índice de Vegetação Diferença Normalizada (NDVI). OBS: O NDVI é mais sensível à vegetação esparsa do que o RVI. VEJA A SEGUIR UM EXEMPLO PRÁTICO DE PESQUISA Valores parciais do fator de reflectância em função do comprimento de onda e da parcela experimental Comp. de onda Valores do fator de reflectância obtidos em cada uma das parcelas experimentais Referência nm 1 2 3 4 5 N 486,10 0,02912 0,02973 0,02654 0,02825 0,02801 ---------- 488,90 0,02942 0,02996 0,02678 0,02854 0,02828 ---------- 491,60 0,02988 0,03049 0,02723 0,02878 0,02868 ---------- 494,40 0,03025 0,03092 0,02740 0,02904 0,02907 ---------- 497,20 0,03065 0,03151 0,02781 0,02949 0,02952 ---------- 500,00 0,03122 0,03207 0,02831 0,02979 0,02997 ---------- CONTINUAÇÃO DO EXEMPLO Valores da reflectância correspondente às bandas TM1, TM2, TM3, TM4, MSS1, MSS2, MSS3 do satélite Landsat, obtidos por parcela experimental Parcela Fator de reflectância para algumas bandas do TM e do MSS do LANDSAT TM1 TM2 TM3 TM4 MSS1 MSS2 MSS3 1 0,055 0,104 0,121 0,369 0,096 0,122 0,313 2 0,050 0,095 0,102 0,385 0,088 0,103 0,319 3 0,039 0,075 0,082 0,299 0,069 0,083 0,249 4 0,033 0,063 0,069 0,241 0,058 0,070 0,203 5 0,028 0,050 0,053 0,187 0,046 0,054 0,157 CONTINUAÇÃO DO EXEMPLO CONCLUSÃO!!!!! IVP TM 4 0,369 RVI1 3,05 TM3 0,121 Numa análise sem rigorVestatístico, pode-se dizer que as parcelas 6, 7 e 8 são apresentam de IVP as VqueTM 4 TM3 maiores 0,369 0quantidades ,121 NDVI1 (maioresvalores dos índices) 0uma ,51 FITOMASSA e que há IVP entre V os TMvalores 4 TM3 ,369índices. 0,121 correlação dos 0dois Valores dos índices de vegetação RVI e NDVI obtidos a partir da Tabela anterior Parcela RS NDVI 1 3,05 0,51 2 3,77 0,58 3 3,64 0,57 4 3,49 0,55 5 3,52 0,56 6 3,97 0,59 7 4,72 0,65 8 4,09 0,61 ETAPAS EMPREGADAS PARA ESTIMATIVA DA RADIAÇÃO FOTOSSINTETICAMENTE ATIVA ABSORVIDA (RFAA) POR MEIO DO NDVI PRIMEIRA ETAPA: Cálculo da fração (fA) da RFAA através do NDVI A fração fA expressa a quantidade da radiação solar fotossinteticamente ativa absorvisa num intervalo de tempo (instantâneo), para uma medida feita num determinado dia durante o ciclo da cultura 1) Cultura de trigo fA 0,109 1,253NDVI (Asraret al., 1984) R2 0,965 2) Cultura de milho e soja fA 0,205 1,254NDVI R2 0,960 (Daughtry et al., 1992) EXEMPLO Valores da fração (fA), calculados a partir dos dados da tabela anterior (TRIGO) Parcela NDVI fA=-0,109+1,253NDVI Valor de (fA) Wm2 1 0,51 fA=-0,109+1,253(0,51) 0,53003 2 0,58 fA=-0,109+1,253(0,58) 0,61774 3 0,57 fA=-0,109+1,253(0,57) 0,60521 4 0,55 fA=-0,109+1,253(0,55) 0,58015 5 0,56 fA=-0,109+1,253(0,56) 0,59268 6 0,59 fA=-0,109+1,253(0,59) 0,63027 7 0,65 fA=-0,109+1,253(0,65) 0,70545 8 0,61 fA=-0,109+1,253(0,61) 0,65533 CONTINUAÇÃO DO EXEMPLO SEGUNDA ETAPA: Determinação da radiação global diária (Rg) Rg Ro (a b n/N) Em que : (Angstrom) Rg radiação solar global (calcm-2dia -1 ) Ro radiação solar em uma supefície horizontalno topo da atmsofera (calcm-2dia -1 ) n insolação diária N número diário possível de horas de sol na ára de interesse n/N razão de insolação TERCEIRA ETAPA: Estimativa da RFA a partir de Rg e fA Szeicz (1974), através de cálculos teóricos e de medidas experimentais da radiação solar, conclui que a RFA incidente corresponde a 0,5 +- 0,03 da Rg que incide diariamente, independente das condições atmosféricas. Entretanto, estudos feitos por Assunção (1994), na região de Piracicaba, permitiram determinar três equações para cálculo da RFA: 1) Dias em que n/N <= 0,1 RFA 0,47Rg (R 0,99) 2 2) Dias em que 0,1 <= n/N <= 0,90 RFA 0,429Rg (R2 0,965) 3) Dias em que n/N >= 0,90 RFA 0,496Rg (R2 0,99) EXEMPLO Para comparar os valores da RFA incidente, obtidos através da proposição de Szeicz (1974) e de Assunção (1994), toma-se como exemplo: Rg do 12 de julho de 1995 = 291 cal cm-2d-1 Insolação diária = n = 8,4 horas Número máximo de horas de brilho de Sol = N = 10,750 RESOLUÇÃO RFA segundo Szeics (1974) RFA 0,5 Rg 0,5 291 145,5 calcm d -2 1 RFA segundo Assunção (1994) n N 8,4 10,75 0,781 CONTINUAÇÃO Como 0,1 <= n/N <= 0,9, temos: RFA 0,429 Rg 0,429 291 124,84 cal cm-2 d-1 ENTÃO, QUAL SERÁ A RFAA? Considerando : RFA 124,84 cal cm- 2di-1 fA 0,53003 temos que : RFAA fA RFA 0,53003124,84 RFAA 66,169 cal cm d -2 -1 OBS: Para obter a RFAA acumulada, desde a emergência até a maturação fisiológica, basta somar a RFAA diária durante o período considerado. EFICIÊNCIA DO USO DA RADIAÇÃO A eficiência do uso da radiação ou eficiência fotoquímica é a razão da matéria seca produzida, geralmente em gramas (g), pela RFAA acumulada (RFAAac), ou seja, expressa a quantidade de matéria seca produzida por unidade de energia (RFA) que foi absorvida pela vegetação, da emergência até a maturação fisiológica. Geralmente é expressa em g MJ-1. Eficiência do uso da radiação para a produção de grãos Massa do Grão G RFAAac gMJ-1 Eficiência do uso da radiação para a produção de fitomassa Fitomassa (g) F RFAAac gMJ -1 Considerando as variações ambientais, culturais e de manejo, temos que: M f A RFA Rg dt em que, f A RFA Rg dt RFAAac Em que: M = fitomassa seca total produzida.