Núcleo de Pós-Graduação Pitágoras
Escola Satélite
Curso de Especialização
em Engenharia de Segurança do Trabalho
Núcleo de Pós-Graduação Pitágoras
Escola Satélite
ENGº CIVIL E DE SEGURANÇA DO TRABALHO
Marcelo Giordano Gários M.Sc..Sc.
Radiações Ionizantes
RADIAÇÕES IONIZANTES
Radiações e radioatividade
•
•
.
NÃO IONIZANTES:
ultravioleta,
infravermelho, laser,
microondas, e etc..
IONIZANTES:
Fontes radioativas e
Raio X.
Radioproteção - Primórdios
• 1895, Wilheim Conrad Roentgen descobre os raios X;
• 1896, instalada 1a unidade radiológica USA;
• 1896, Antoine Henri Bequerel – sais de urânio emitem
•
•
•
radiações espontaneamente (semelhantes aos raios X);
Pierre e Marie Curie descobrem e isolam o Ra e o Po;
Idéias acerca da constituição da matéria e dos átomos;
Desenvolve-se a física atômica e nuclear, mecânica
quântica e ondulatória (Ernest Ruterford, Niels Bohr, Max
Planck, Luis de Broglie, Albert Eisntein, Enrico Fermi,
dentre outros)
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Radioproteção - Primórdios
1930 sabia-se que o átomo podia ser rompido com
liberação de grande quantidade de energia na ruptura;
No final dos anos 30 e início dos anos 40, em vista da
situação mundial >> tivemos a construção da bomba
atômica.
Em 1945 >>> bombas lançadas em Hiroshima e
Nagasaki. O efeito das bombas foi além da explosão e o
calor gerado pela detonação.
Com o término da II Guerra >>> preocupação em usar a
energia do átomo em benefício da humanidade.
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Radioproteção – Dias atuais
Atualmente >>> a sociedade continua utilizando a
energia nuclear nas mais diversas áreas do
conhecimento.
Em 1928 foi estabelecida uma Comissão de Peritos
em proteção radiológica, a ICPR – International
Commition on Radiological Protection.
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Radioproteção – Dias atuais
Posteriormente >>>> em 1955, em Assembléia
geral da ONU criou-se o UNSCAR – United Nations
Scientific Commitee on the Effects of Atomic
Radiation e a IAEA – International Atomic Energy
Agency, fundada em 1957, como órgão oficial da
ONU, com sede em Viena.
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Radioproteção – Dias atuais
A IAEA (International Atomic Energy Agency) promove a
utilização pacífica da energia nuclear pelos países
membros e tem publicado padrões de segurança e
normas para manuseio seguro de materiais radioativos,
transporte e monitoração ambiental;
Para trabalhar com radiações ionizantes e com materiais
radioativos, são necessários conhecimento e
responsabilidade.
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Radioproteção – Dias atuais
No Brasil, a utilização das radiações ionizantes e
dos materiais radioativos e nucleares é
regulamentada pela Comissão Nacional de Energia
Nuclear (CNEN).
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Radiações ionizantes na medicina
•
•
•
Terapia - a irradiação
objetiva destruir células
cancerígenas de um órgão.
Teleterapia - feixecolimado
Braquiterapia (contato
direto com o tumor ou
inserida no mesmo).
Substância injetada se
instala no órgão alvo por
compatibilidade
bioquímica.
Radiações ionizantes na medicina
Uso de materiais
radioativos na medicina
engloba o diagnóstico e a
terapia, principalmente na
área da oncologia.
Os ensaios para diagnóstico
podem ser “ïn vivo” ou “in
vitro”.
Ensaios “in vivo” >>>
radioisótopo é direto no
paciente.
Radiações ionizantes na indústria
Controle de processos e produtos.
Medidores de níveis de espessura,
densidade e detectores de fumaça
usam princípios semelhantes.
Gamagrafia, no controle de
qualidade de soldas.
Fontes de alta atividade >>>
usadas na esterilização de
alimentos e produção de
polímeros.
Radiações ionizantes na agricultura
Uso no controle de pragas e
pestes, hibridização de
sementes, preservação de
alimentos, aumento da
produção de grãos, etc.
A conservação de alimentos por
meio da esterilização.
O controle de pragas e pestes é
feito por raios .
Geração de energia nucleoelétrica
Alguns tipos de reatores são utilizados na geração
de energia nucleoelétrica, variando basicamente
o tipo de combustível e o refrigerante do núcleo.
O princípio de geração de energia é o mesmo em
todos eles: a energia liberada pelo núcleo é
utilizada para gerar vapor, o qual movimenta uma
turbina.
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Geração de energia nucleoelétrica
Outras utilizações das radiações
Datação de amostras arqueológicas;
Esterilização de esgotos urbanos;
Identificação e quantificação de metais pesados
no organismo humano;
Baterias de marca-passos;
Fontes luminosas para avisos de emergência.
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Radiações e radioatividade
Os químicos descobriram que todos os tipos de substâncias
naturais são combinações de um número pequeno de matéria
química básica (elemento).
O sal de cozinha é uma combinação dos elementos sódio e
cloro.
A água que bebemos é formada pelos elementos hidrogênio e
oxigênio.
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Radiações e radioatividade
Os elementos são constituídos por átomos. Os átomos
formam a menor parte dos elementos e por muito tempo,
foram considerados indivisíveis.
Mas sabe-se agora que os átomos possuem uma
estrutura, e que variações nesta estrutura dão origem à
radioatividade.
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Radiação Alfa
É a mais pesada, portanto,
menos penetrante.
É o núcleo do átomo do gás
hélio.
É barrada por uma folha de
papel.
Seu alcance no ar não
ultrapassa de 10 a 18 cm.
Radiação Beta
Possui a mesma massa e a
mesma carga do elétron,
portanto é menor e mais
leve do que a radiação alfa.
Movimenta-se mais rápido
e apresenta maior poder de
penetração em qualquer
material.
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Radiação Beta
Penetra vários milímetros na
pele, mas não alcança
órgãos internos.
Apresenta risco quando
ingerida.
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Radiação Gama
Não possui nem massa
nem carga e por isso tem
um poder de penetração
muito grande podendo
atingir grandes distâncias
no ar e atravessar vários
tipos de materiais.
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Radiação X
É semelhante à radiação gama () quanto às suas
propriedades: são ondas eletromagnéticas de alta
freqüência e pequeno comprimento de onda.
A principal diferença é que a radiação gama (), origina-se
e é produzida do núcleo atômico, enquanto que os raios X
podem ter origem na eletrosfera (raio X característico) ou
por meio de freamento de elétrons (raio X artificial).
Todos os equipamentos utilizados para fins médicos ou
industriais produzem raios X artificiais.
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Geração de Raios X
Raios X artificiais são
gerados a partir da colisão
de um feixe de elétrons
contra um alvo metálico.
Quando os elétrons se
chocam contra o alvo,
sofrem um processo de
desaceleração liberam sua
energia sob forma de calor
e Raios X.
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Geração de Raios X
As máquinas geradoras de
Raio X são equipamentos
elétricos de alta tensão
que podem ser desligadas
deixando de produzi-los.
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Grandezas e unidades
Há dois tipos de grandeza muito usados na
proteção radiológica: atividade e dose.
• Atividade: determina a quantidade de radiação
emitida por uma determinada fonte radioativa.
• Dose: descreve a quantidade de energia
absorvida por um determinado material ou por
um indivíduo.
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Atividade (A)
• Expressa a quantidade de material radioativo. É medida
em termos de desintegrações por unidade de tempo.
• A atual unidade de grandeza da atividade é o bequerel
(Bq), e 1 Bq corresponde a uma desintegração por
segundo.
• A unidade antiga, ainda empregada é o curie (Ci), que
corresponde a 3,7 x 1010 desintegrações por segundo.
1 Bq = 1 dps
1 Ci = 3,7 x 1010 dps = 3,7 x 1010 Bq
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Submúltiplos do Curie
Múltiplos do bequerel
Decaimento radioativo
•
A atividade de uma amostra
radioativa diminui ou decai
com a taxa fixa que é uma
característica de cada
radionuclídeo. O tempo
necessário para que esta
atividade diminua para a
metade do seu valor inicial é
denominado de meia-vida
física (T1/2)
Materiais radioativos artificiais
Fontes naturais de radiação
AVALIAÇÃO DA DOSE
•
O conceito de dose foi introduzido em proteção
radiológica em analogia ao seu uso em farmacologia,
uma vez que queremos determinar o efeito causado por
uma dose de radiação ionizante.
•
O termo dose usado na farmacologia significa a
quantidade de uma substância aplicada em um ser vivo
por unidade de peso corpóreo para se obter um certo
efeito biológico.
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
AVALIAÇÃO DA DOSE
•
A dose de radiação recebida por um indivíduo pode ser
avaliada por:
•
•
•
•
exposição
dose absorvida
dose equivalente
dose equivalente efetiva.
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
EXPOSIÇÃO
•
•
•
A grandeza exposição (X), foi a primeira grandeza a ser
definida para fins de radioproteção.
Essa grandeza é uma medida da habilidade ou capacidade
dos raios X e  em produzir ionizações no ar.
Ela mede a carga elétrica total produzida por raios X e 
em um quilograma de ar.
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
EXPOSIÇÃO
•
•
•
A unidade de (X) é Coulomb por quilograma (C/kg).
A unidade antiga é o roentgen (R)que equivale a 2,58 x 104C/kg.
Os instrumentos de medida da radiação, em sua maioria,
registram a taxa de exposição que é a medida por unidade
de tempo, isto é, (C/kg.h) ou (C/kg.s).
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
DOSE ABSORVIDA
•
•
•
Foi definida para suprir as limitações da grandeza
exposição e possui como símbolo (D).
D é mais abrangente que X, pois é válida para todos os
tipos de radiação ionizante (raios X,   e ) e para todo
tipo de material absorvedor.
É definida como a quantidade de energia depositada pela
radiação ionizante na matéria, num determinado volume
conhecido.
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
DOSE ABSORVIDA
•
•
•
A unidade atual é o gray (Gy) que equivale a 1 J/kg.
A unidade antiga é o rad, que equivale a 10-2 J/kg, ou seja,
10-2 Gy.
A medida da taxa absorvida tem por definição a medida da
dose absorvida por unidade de tempo (Gy/h)
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Dose equivalente
•
•
•
As grandezas definidas anteriormente (Exposição e dose
absorvida) levam em conta a energia absorvida no ar e no
tecido humano,
Não dão idéia de efeitos biológicos no ser humano.
Definiu-se então a grandeza dose equivalente (H), que
considera fatores como o tipo de radiação ionizante, a
energia e a distribuição da radiação no tecido, para se
poder avaliar os possíveis danos biológicos.
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Dose Equivalente
• A unidade antiga da dose equivalente é o rem.
• A unidade nova é o sievert (Sv) e 1 Sv equivale a 100 rem.
• A medida da taxa de dose equivalente tem por definição a
medida da dose equivalente por unidade de tempo (Sv/h)
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Dose equivalente
•
•
A dose equivalente é igual ao produto da dose absorvida
(D) pelos fatores de qualidade (Q) e N.
Matematicamente falando:
Dose Equivalente (H) = D.Q.N
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
FATOR “Q” DA DOSE EQUIVALENTE
•
•
•
O Fator Q representa o poder de ionização dos diferentes
tipos de radiações ionizantes.
Relaciona o efeito dos diferentes tipos de radiação em
termos de danos aos tecidos.
Confira o Quadro e os exemplos a seguir
FATOR “Q”
•
Ex.: 1 Gy de dose absorvida de radiação gama produz no
tecido um dano 20 vezes maior do que 1 Gy de radiação
alfa.
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Valor N da Dose Equivalente
• O “Valor N” é o produto de outros fatores modificadores,
que permitem avaliar a influência da dose de um
radionuclídeo depositado internamente.
• Atualmente o valor utilizado para o fator N é 1.
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
DOSE EQUIVALENTE EFETIVA
•
•
•
Para se limitar os riscos dos efeitos estocásticos, foi
introduzido o conceito de dose equivalente efetiva (HE).
Esta grandeza é baseada no princípio de que, para um
certo nível de proteção, o risco deve ser o mesmo se o
corpo inteiro for irradiado uniformemente, ou
se a irradiação é localizada em um determinado órgão.
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
DOSE EQUIVALENTE EFETIVA
•
A dose recebida em cada órgão do corpo humano é
multiplicada por um fator de ponderação (WT).
Matematicamente: HE = WT.HT
•
As unidades de medida de dose equivalente efetiva são o
rem e o Sv.
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
TABELA DE FATORES DE PONDERAÇÃO DA DOSE
EQUIVALENTE EFETIVA
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Resumo das principais unidades e grandezas
empregadas em radioproteção
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
PRINCÍPIOS DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA
• Proteger os indivíduos, seus descendentes e a
humanidade como um todo dos efeitos das radiações
ionizantes, permitindo, com segurança, as atividades
que fazem uso dessas radiações.
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
PRINCÍPIOS DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA
• Para atingir a segurança, três princípios básicos da
proteção radiológica são estabelecidos:
– Justificação;
– Limitação de Dose e
– Otimização.
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Justificação
• Toda exposição a radiação ionizante pode levar algum
risco de dano à saúde humana, e este risco aumenta com
o aumento da exposição.
• Por isso, qualquer aplicação da radiação que conduza a
um aumento da exposição do homem deve ser justificada,
para garantir que o benefício decorrente dessa aplicação
seja mais importante que o risco devido ao aumento da
exposição.
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Limites de dose
•
Representam um valor máximo de dose, abaixo do qual os
riscos decorrentes da exposição à radiação são considerados
aceitáveis.
•
No caso das radiações ionizantes, são estabelecidos limites de
dose anuais máximos admissíveis (LAMA), que são valores de
dose em que os indivíduos podem ficar expostos, sem que isso
resulte em um dano à sua saúde, durante toda sua vida.
•
Para o estabelecimento dos limites máximos admissíveis para
trabalhadores foram considerados os efeitos somáticos
tardios, principalmente o câncer.
Limites de dose – Situações de exposição
• Existem duas situações em que as pessoas podem estar
sujeitas às radiações ionizantes:
Situação normal – em que a fonte radioativa está
controlada e a exposição pode ser limitada com o
emprego de medidas adequadas de controle.
Situação anormal ou acidental – em que se perde o
controle sobre a fonte de radiação e a exposição deve
ser limitada unicamente com medidas corretivas.
Situação normal – Limites primários - CNEN
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Limites derivados
• Para garantir a concordância com os limites de dose
recomendados pela ICRP e o CNEN, frequentemente são
usados limites derivados para o trabalho.
– Limites derivados para contaminação externa;
– Limites derivados para contaminação de superfície;
– Limites derivados para contaminação do Ar
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Limites Derivados para Irradiação Externa
•
São função da fração de tempo gasto para executar as
tarefas projetadas para o ano nos locais de trabalho.
Considerações quanto ao sistema de
limitação de doses
•
•
•
•
A Dose total recebida por um trabalhador corresponde a
soma da dose externa + a dose interna.
Existem limites especiais para várias categorias de
pessoas: mulheres com capacidade de procriação,
gestantes, estudantes e estagiários, visitantes.
Gestantes não devem trabalhar em áreas controladas,
locais cujas doses podem exceder a 0,3 do LMA.
A dose no feto não deverá exceder a 1 mSv durante todo
período de gestação.
Considerações ao sistema de limitação de dose
• Limites de dose para Estudantes, estagiários e visitantes:
– Menores de 16 anos não devem receber por ano doses
superiores aos limites primários para público, e em
exposições independentes, a dose não deve exceder a
0,10 deste limite.
– Entre 16 e 18 anos, não devem receber por ano, doses
superiores a 0,30 do LAMA para trabalhadores;
– Maiores de 18 anos não devem receber por ano, doses
maiores que o limite primário para trabalhadores.
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Considerações ao sistema de limitação de dose
• Em situações de emergência as doses previstas não
devem exceder a 2 vezes os limites primários.
• Caso a dose seja excedida, a participação deve ser
voluntária.
Otimização
• Ainda que a aplicação das radiações seja justificada e que
os limites de dose sejam obedecidos, é necessário
otimizar os níveis de radiação, ou seja, a exposição de
indivíduos a fontes de raiação deve ser mantido tão baixo
quanto razoavelmente exeqüível (as low as reasonably
achievable - ALARA)
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Modos de exposição
• Os riscos a que estão expostos os indivíduos
irradiados dependem:
 Tipo de fonte radioativa,
 Tempo de permanência junto a fonte e
 Distância da fonte ao indivíduo.
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Tipos de fontes
•
•
As fontes de radiação ionizante mais importantes para a
radioproteção são os aparelhos de raios X, os aceleradores
de partículas, as substâncias radioativas e os reatores
nucleares.
Nos aceleradores de partículas, gases ionizados são
injetados em um campo magnético onde são acelerados e
lançados contra um alvo onde provocam reações nucleares.
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Tipos de fontes
•
•
Nos aparelhos de raios X, um filamento de lâmpada produz um
feixe de elétrons que é acelerado num campo elétrico e lançado
contra um alvo metálico de Z elevado e densidade alta.
Ao colidir com o alvo, os elétrons são freados, emitindo energia
sob a foma de radiação de freamento que é o raio X.
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Tipos de fontes
•
As fontes de radiação constituídas de fontes radioativas, emitem
radiação contínua e independente da ação humana.
•
As energias das radiações emitidas são características dos
radionuclídeos presentes e a intensidade das radiações emitidas
depende da massa do radionuclídeo na amostra e varia
continuamente, de acordo com as leis do decaimento radioativo.
Tipos de fontes
Fontes seladas são aquelas em que a substância radioativa
está enclausurada dentro de um invólucro robusto que
impede o escape do material.
Fontes abertas são aquelas em que o material radioativo
está sob forma sólida (pó), líquida ou mais raramente,
gasosa, em recipiente aberto ou que permita seu
tracionamento.
MEDIDAS DE CONTROLE
•
•
•
•
REDUÇÃO DA ATIVIDADE DA FONTE
DISTÂNCIA
BLINDAGEM
REDUÇÃO DO TEMPO DE EXPOSIÇÃO
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Redução de atividade da fonte
• Pode ser conseguida diminuindo-se a quantidade de
•
material manipulado.
Essa redução pode ser obtida, fracionando-se a
fonte em fontes com atividades menores.
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Redução de atividade da fonte
• Outra forma para redução de atividade é o seu
•
•
armazenamento para que ocorra o decaimento radioativo
do material.
Este processo é empregado para radionuclídeos de meiavida curta e principalmente para rejeitos radioativos.
Para tanto é necessário ter locais adequados para o
armazenamento do material, de acordo com suas
características.
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Aumento da distância fonte-indivíduo
• Inverso do
quadrado da
distância = 1/d2
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Uso de blindagem
•
Todo sistema destinado a atenuar um campo de radiação
por interposição de um meio material entre a fonte de
radiação e as pessoas ou objetos a proteger é
denominado blindagem.
•
É o método mais importante de proteção contra a
irradiação externa.
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Uso de blindagem
Partículas  – desnecessária a blindagem.
Partículas  – tem por objetivo evitar a irradiação da
pele, cristalino dos olhos e gônadas.
Radiação  ou X – Utiliza-se o conceito da camada semiredutora. É a espessura necessária para reduzir a
intensidade da radiação a metade.
Valores de camada semi-redutora de
chumbo para alguns radionuclídeos
Materiais para blindagem
Redução no tempo de irradiação
diretamente proporcional
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Proteção contra a contaminação
• A contaminação tanto interna quanto externa ao corpo
humano pode ser evitada adotando-se procedimentos
para confinar o material radioativo evitando que haja
dispersão no meio ambiente.
– Proteção contra a inalação de materiais radioativos.
– Proteção contra a ingestão de materiais radioativos.
– Proteção contra a absorção através da pele.
• Controle de acesso em áreas restritas.
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Detecção e medida das radiações
•
•
•
A radiação por si só não pode ser medida diretamente,
portanto, a detecção é realizada pela análise dos efeitos
produzidos pela radiação quando esta interage com um
material.
Um sistema de detecção de radiação é constituído de
duas partes: um mecanismo detector e outro de medida.
A interação da radiação com o sistema ocorre no
detector e o sistema de medida interpreta esta interação.
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Detecção e medida das radiações
•
Muitos instrumentos de medição são eletrônicos e
indicam a intensidade da radiação num ponto e instante
determinado.
•
Confira alguns detectores a seguir
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Detectores por ionização
A radiação incidente
cria pares de íons no
volume de medida
do detector.
Os pares de íons são
contados em um
dispositivo de
medida da corrente
elétrica.
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Detectores à Cintilação
Baseiam-se na
propriedade de
fluorescência ou
cintilação
apresentado por
substâncias que
emitem luz quando
bombardeados por
um feixe de radiação
ionizante.
Dosímetros
•
•
•
A dosimetria é a avaliação quantitativa da dose de
radiação recebida pelo corpo humano.
Os dosímetros são instrumentos utilizados para esta
avaliação e indiicam a exposição ou a dose absorvida
total a que uma pessoa foi submetida.
São também chamados de dosímetros integradores.
Dosímetros
•
As principais características de um dosímetro são:
– A resposta deve ser independente da energia da
radiação incidente;
– Deve cobrir um grande intervalo de dose;
– Deve medir todos os tipos de radiaçào ionizante e
– Deve ser pequeno, leve, de fácil manuseio,
confortável para o uso e econômico quanto a
fabricação.
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Programa de monitoração
•
•
•
•
Obtenção de medidas de proteção
Interpretação das medidas obtidas.
Registro dos dados
Providências, quando necessárias, para melhorar
os dispositivos de proteção.
Sinais de aviso de radiação
•
Os equipamentos, recipientes, as áreas ou os recintos
com riscos potenciais de radiação ionizante devem ser
marcados com sinais de avertência de radiação.
Classificação das áreas de trabalho
•
Toda área de trabalho deve ser classificada de acordo com os
níveis de dose de radiação presentes.
•
Quando o nível de radiação não ultrapassar o limite primário para
indivíduos do público (1mSv/ano), são denominadas áreas livres.
•
Estas áreas são isentas de regras especiais de segurança.
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Classificação das áreas de trabalho
•
Além das áreas livres, as demais áreas são denominadas
áreas restritas e são subdivididas em:
•
áreas controladas – dose de radiação ultrapassa o valor
de 3/10 do limite primário para trabalhadores.
•
áreas supervisionadas - dose de radiação inferior a 3/10
do limite primário para trabalhadores.
Gerenciamento de rejeitos radioativos
Efeitos biológicos
Os primeiros casos de dano ao homem (dermatites,
perda de cabelo , anemia) foram relatados na literatura
após a descoberta dos raios X.
Os primeiros pesquisadores no campo da energia
nuclear foram suas primeiras vítimas.
Após a II Guerra Mundial, em virtude das explosões das
bombas em Hiroshima e Nagasaki e do emprego de
radionuclídeos, estudou-se com mais detalhes os efeitos
produzidos por doses repetidas de radiação a longo
prazo.
Noções de biologia
•
•
•
•
O organismo humano é uma estrutura complexa cuja
menor unidade com funções próprias é a célula.
As células são constituídas por moléculas e estas por
átomos.
As células são compostas por vários tipos de moléculas:
aminoácidos, proteínas, água e eletrólitos como sais de
potássio, cloro, sódio, cálcio, magnésio e fosfatos.
Podemos dividir as células do corpo humano em dois
grandes grupos: células somáticas e células germinativas.
Noções de biologia
•
•
As células somáticas compõem a maior parte do
organismo e são responsáveis pela formação da estrutura
corpórea (ossos e músculos)
As células germinativas estão presentes nas gônadas
ovários e testículos) e se dividem produzindo os gametas
(óvulos e espermatozóides) necessários na reprodução.
Transmitem as características hereditárias.
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Mecanismo de ação das radiações
Resultam da interação das radiações com os átomos e
moléculas do corpo humano.
Nessa interação, o primeiro fenômeno que ocorre é o
físico e consiste na ionização e na excitação dos átomos
durante a troca de energia entre a radiação e a matéria.
Um dos processos mais importantes de interação da
radiação no organismo humano é com as moléculas de
água, já que 70% do corpo humano é constituído dessa
substância (radiólise da água).
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Características dos efeitos biológicos
•
•
•
•
Especificidade (efeitos podem ser ocasionados por outras
causas);
Tempo de latência (inversamente proporcional a dose);
Reversibilidade (depende da célula afetada e da
possibilidade de restauração);
Transmissibilidade (maior parte não é transmissível);
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Características dos efeitos biológicos
•
Dose limiar (certos efeitos, para se manifestarem,
precisam de uma dose mínima de radiação)
Ex: 1 Sv é a dose mínima para anemia.
•
Radiosensibilidade (lei de Bergonie e Tribondeau: a
radiosensibilidade das células é diretamente proporcional
a sua capacidade de reprodução e inversamente ao seu
grau de especialização. Ex.: células da pele e produtoras
de sangue).
Classificação dos efeitos biológicos
Estocásticos – a
probabilidade de
ocorrência é função da
dose, não apresentando
dose limiar. Ex: câncer e os
efeitos hereditários.
A curva característica
desse tipo é mostrada na
figura ao lado.
Classificação dos efeitos biológicos
Determinísticos – são
aqueles cuja gravidade
aumenta com o aumento da
dose e para os quais existe
um limiar de dose. Ex:
anemia, a catarata,
radiodermites, etc.
A curva característica deste
tipo de efeito é mostrada na
figura ao lado.
Ainda sobre os efeitos biológicos
Efeitos somáticos e hereditários
 Os somáticos ocorrem nas células somáticas e se
manifestam no indivíduo irradiado, não sendo
transmitido aos seus descendentes.
 Podem ser divididos em:
imediatos (tempo de latência curto – exposição aguda).
tardios (tempo de latência longo – Ex: câncer)
Ainda sobre os efeitos biológicos
Efeitos somáticos e hereditários

Os efeitos hereditários podem ser transmitidos aos
descendentes e são conseqüência de alterações nos
cromossomos (DNA) dos gametas (óvulos e
espermatozóides) no indivíduo irradiado.
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE
• PORTARIA 3214/78 MTE – NR 15 – ANEXO 5 –
Insalubridade
Quantitativo – limites de tolerância CNEN
• PORTARIA 518/03 MTE - Periculosidade
Qualquer exposição – atividade e área de risco
MARCELO GÁRIOS M.Sc.
Núcleo de Pós-Graduação Pitágoras
Escola Satélite
MUITO OBRIGADO !
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Radiações Ionizantes