JP CARLOS, ANGELINA, LEDA E FELICIDADE: O melhor é conversar com amigos e dançar SUC, NAS SEXTAS Na SUC os bailes acontecem às sextas-feiras e reúnem cerca de 300 pessoas. A animação é de Dejalma Freitas e seu grupo, com vasto repertório de valsas, boleros, vaneras e xotes. O casal Carlos Roberto Soares, de 63 anos, sua esposa Angelina Soares, de 68 anos, e as amigas Felicidade Pereira Prado, de 71 anos, e Leda Martim, de 60 anos, não perdem um baile na SUC. O grupo de amigos acha importante ter locais que promovam bailes para a terceira idade. “Os bailes são lugares ótimos para se divertir e se distrair, conversando com os amigos e dançando”, destacou Felicidade. BAILE NA SUC: festa do clube da zona norte reúne até 300 pessoas nas sextas Sábado e domingo, 27 e 28 de março de 2004 FOTOS MARCUS TATSCH A dança pela vida na melhor idade Bailes da velha guarda na SUC e Náutico são sucesso de público 3 MULTIMÍDIA A c e s s e www.jornaldopovo.com.br e veja o vídeo de Dejalma e grupo se apresentando na SUC. O BAILE Os bailes de terceira idade são um sucesso por causa de sua fórmula. As festas iniciam cedo para encerrar também cedo, reúnem pessoas da mesma faixa etária, o custo é baixo e o repertório das músicas é variado. Este último fator é o grande segredo. Os músicos de Cachoeira, como Dejalma e seu conjunto e as duplas Nilson e Menezes e Chico e Sandro, para ficar nos nomes mais famosos, conhecem seu público e o gosto dos freqüentadores, facilitando a interação e uma pista sempre cheia. n Marcus Tatsch D urante muitas décadas, cabelo branco e mais de 60 anos eram sinais de que mulheres e homens estavam chegando na época de permanecer em casa, provavelmente cuidando de netos. Este estigma, perpetuado pelo cinema, TV e literatura, foi detonado nos últimos anos, por conta da revolução médico-sanitária dos anos 50, que permitiu que hoje o Brasil tenha nove vezes mais idosos do que possuía no início do século 20. Hoje, vovô e vovó é mais um termo carinhoso do que um rótulo para a chamada terceira idade. Cachoeira do Sul vive este revolução semanalmente. Pelo menos dois clubes tradicionais da cidade abriram seus salões para os veteranos lembrarem seus anos dourados com amigos do passado e também do presente. Melhor que isso, os bailes da terceira idade estão conseguindo congregar diferentes gerações, atraindo também quarentões e jovens. Em meio a toda essa democracia comportamental, não é difícil concluir que novas amizades, namoros e grupos sociais estão se formando. É o efeito da melhor idade. Atitude Revista BAILE NO GNT: depois de alguns intervalos, a domingueira do Náutico volta com força NÁUTICO, AOS DOMINGOS NAMORADOS ILA E SALMON LACERDA: assíduos freqüentadores dos bailes de terceira idade SERVIÇO Que tal um bailezinho aí? GNT Dia: domingo Horário: 19h às 24h Ingresso masculino: R$ 3,00 Ingresso feminino: R$ 2,00 SUC Dia: sexta-feira Horário: 20h30min à 1h Ingresso: R$ 3,00 Cristina Pedroso é a organizadora dos bailes do Grêmio Náutico Tamandaré. O clube foi pioneiro nos bailes de terceira idade há alguns anos. Depois de alguns intervalos, retomou com força a programação desde o último dia 7. “O pessoal está gostando muito, principalmente porque podem encontrar pessoas da mesma idade”, destacou Cristina. Os namorados Salmom Lacerda, de 57 anos, e Ila Morais, de 65, são assíduos freqüentadores dos bailes. Segundo Ila, além do prazer da dança, também é possível encontrar os amigos. Para as amigas Carolina Borges, de 56 anos, e Marlene Segabi, de 55 anos, os bailes, além do divertimento, têm outra finalidade: “Nós viemos aqui para arrumar namorado”, disseram rindo as duas amigas. Délcio Severo, de 55 anos, também gosta de um bom baile. Segundo ele, o gosto pela dança vem de jovem, quando freqüentava bailes todos os finais de semana. “Os bailes são um ótimo divertimento”, resumiu.