UMA ANÁLISE ECONÔMICA DAS
EMPRESAS PRESTADORAS DE SERVIÇO
FLORESTAL NO SUL DO BRASIL
Autores:
Dagoberto Stein de Quadros
Prof. do Dpto de Engenharia Florestal/FURB
Doutorando do Curso de PósPós-graduação em Eng.Ftal/UFPR
Jorge Roberto Malinovski
Prof. Titular do Dpto de Ciências Florestais/UFPR
Ricardo Malinovski
Prof. Curso de Engenharia Industrial Madeireira/UNESP
INTRODUÇÃO
O objetivo do presente trabalho foi o de
caracterizar economicamente as empresas
prestadoras de serviço florestal através de um
modelo de análise de custo e rentabilidade.
O estudo foi realizado junto às prestadoras
de serviço florestal que atuam no estado de
Santa Catarina, sendo amostradas 46 empresas
que executam atividades de silvicultura,
colheita de madeira e transporte florestal.
A TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS FLORESTAIS E
ALGUNS PROBLEMAS ECONÔMICOS NAS
EMPRESAS PRESTADORAS DE SERVIÇO
Quais são os principais componentes dos custos das empresas
prestadoras de serviço florestal?
Quais são os custos de mão de obra, de máquinas e
implementos, administrativos e governamentais destas
empresas?
Qual é a participação dos custos diretos e indiretos na
prestação de serviço florestal?
Qual é a relação dos custos fixos em relação aos custos
variáveis?
Qual a quantidade de produção necessária para que as
empresas prestadoras de serviço obtenham lucro?
Qual a rentabilidade das empresas prestadoras de serviço
florestal?
EM QUE SE BASEOU O MODELO DE ANÁLISE:
Custos Diretos e Indiretos:
Custos de Máquinas e Implementos Diretos
Custos de Mão de Obra Direta
Custos de Máquinas e Implementos Indiretos
Custos de Mão de Obra Indireta
Despesas Gerais
Custos Governamentais
EM QUE SE BASEOU O MODELO DE ANÁLISE:
Custo/Volume/Lucro:
Custo Fixo e Custo Variável
Ponto de Equilíbrio
Análise da Lucratividade:
EBITDA
Lucro a partir do caixa
Lucro econômico
Análise da Rentabilidade:
Sobre as Vendas
Sobre o Capital
ESTRATIFICAÇÃO DA AMOSTRAGEM
por
atividade/grau de mecanização
pela
escolaridade do dirigente
por
região
por
tamanho da receita bruta anual
COMPOSIÇÃO DO CUSTO TOTAL POR SUBGRUPO
DE CUSTO POR TAMANHO DA PRESTADORA DE
SERVIÇO
Tamanho da
Prestadora de
Serviço
Máq. e
Impl.
Direto
(%)
Mão
de
Obra
Direta
(%)
Máq. e
Impl.
Indiretos
(%)
Mão de
Obra
Indireta
(%)
Desp
Adm
(%)
Desp
Gov
(%)
Microempresa
15
58
11
7
3
6
30
40
4
11
2
13
32
28
4
12
1
23
Empresa de
Pequeno Porte
Grande
Empresa
CUSTO DIRETO E INDIRETO POR TAMANHO DA
PRESTADORA DE SERVIÇO
Tamanho da
Prestadora de
Serviço
Microempresa
Empresa de
Pequeno Porte
Grande Empresa
Custo Direto
(%)
Custo Indireto
(%)
73
27
70
30
60
40
COMPOSIÇÃO DE CUSTOS FIXOS E VARIÁVEIS
EM RELAÇÃO AO CUSTO TOTAL POR TAMANHO
DA PRESTADORA DE SERVIÇO
Tamanho da
Prestadora de
Serviço
Microempresa
Empresa de
Pequeno Porte
Grande Empresa
Custo Fixo
(%)
Custo Variável
(%)
73
27
61
39
54
46
PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO E DE CAIXA POR
TAMANHO DA PRESTADORA DE SERVIÇO
Tamanho da
Prestadora de Serviço
Microempresa
Empresa de Pequeno
Porte
Grande Empresa
Ponto de Equilíbrio
Caixa
Econômico
(%)
(%)
82
92
83
95
47
64
RENTABILIDADE SOBRE AS VENDAS (EBITDA,
CAIXA E ECONÔMICO) POR TAMANHO DA
PRESTADORA DE SERVIÇO
Tamanho da
Prestadora de
Serviço
Microempresa
Empresa de
Pequeno Porte
Grande Empresa
Rentabilidade sobre as Vendas
EBITDA
Caixa
Econ.
(%)
(%)
(%)
17
12
8
24
13
6
52
35
24
CONCLUSÕES
as microempresas possuem o seu processo baseado na intensiva
utilização de mão de obra direta (60% dos custos totais);
as microempresas possuem custos diretos maiores, à medida que
aumenta o tamanho da prestadora de serviço aumenta a
participação dos custos de máquinas e implementos diretos;
as despesas governamentais crescem à medida que aumenta o
tamanho das prestadoras de serviço (passando de 6% para 23%);
à medida que aumenta o tamanho das prestadoras de serviço
diminui a proporção de custos fixos (passando de 74% para 54%);
as microempresas e as empresas de pequeno porte encontramencontram-se
em situação econômica desfavorável, no entanto, apresentam um
bom resultado de caixa;
as grandes prestadoras de serviço têm ótima condição econômica,
pois possuem um custo fixo baixo, alta lucratividade e uma baixa
necessidade de produção para atingirem o ponto de equilíbrio.
SUGESTÃO
Muito ainda deve ser estudado sobre a
temática em questão, pois provavelmente
esteja neste segmento empresarial, uma das
bases de sustentação do setor florestal
brasileiro.. Devebrasileiro
Deve-se lembrar, no entanto, que o
tema sempre deve ser analisado abordando as
prestadoras de serviço florestal como
“empresas”, no real sentido da palavra.
palavra.
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