O CUIDADO PRESTADO PELA ENFERMAGEM AOS PORTADORES DE
ALZHEIMER
Mayara Águida Porfírio Moura* – Aluno, NOVAFAPI
Mara Águida Porfírio Moura** – Docente, FAP
INTRODUÇÃO
A doença de Alzheimer é uma doença do cérebro que afeta inicialmente a memória, o
raciocínio e a comunicação das pessoas. A demência era, antigamente, conhecida como
"senilidade" e considerada um sinal normal e inexorável do envelhecimento. Hoje sabemos
que Alzheimer e outras formas de demência não fazem parte de um envelhecimento normal.
A doença de Alzheimer provoca mudanças nas áreas cerebrais que controlam a
memória e o raciocínio. É por este motivo que as pessoas portadoras da doença de Alzheimer
tem dificuldade para viver uma vida normal. As causas do desenvolvimento da doença ainda
não são totalmente conhecidas pela medicina. Algumas pesquisas enfatizam um componente
hereditário, outros falam de alguma virose, enfim, não se sabe ainda ao certo qual seria a
causa dessa doença. É importante saber que, atualmente, ela ainda não tem cura, mas cuidados
apropriados podem ajudar a pessoa com Alzheimer viver com mais conforto (SAYEG, 1991).
A importância da Enfermagem no Cuidado com o Paciente de Alzheimer, consiste em
assistir o cliente no seu estado psicológico, até os cuidados clínicos hospitalares
especializados. Satisfazendo suas necessidades de atenção básica, tal atenção abrange o
cliente e sua família.
Dados estatísticos de revistas da área, revelam que muitas vezes os pacientes em
estágios iniciais não recebem nenhum tipo de cuidado especifico e atencioso por parte da área
de saúde, por não procurarem o médico ou nem mesmo se internarem, preferem ficar em casa
aos cuidados de parentes ou amigos com suas devidas relações afetivas. A escolha da
internação é totalmente da família (BERIER, 1993).
Devido a esta situação, propõe-se uma pesquisa com objetivo de analisar de forma
técnica o Cuidado da Enfermagem ao Portador da Doença de Alzheimer.
METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa descritivo, de abordagem qualitativa com procedimentos
técnicos de uma pesquisa bibliográfica, que possa oferecer um embasamento sobre o devido
cuidado prestado pela enfermagem aos pacientes com Alzheimer.
A pesquisa descritiva visará apresentar as características de determinada população ou
fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis, envolvendo o uso de técnicas
padronizadas e observação sistemática. Assume, em geral, a forma de levantamento sobre os
cuidados com os portadores de Alzheimer.
Na abordagem qualitativa, a interpretação dos fenômenos e a atribuição de
significados, são básicos para os processos clínicos a serem aplicados.
Informações técnicas sobre a patologia e seus métodos de cuidado para com portadores
da Doença de Alzheimer (DA), utilizam-se de recursos bibliográficos existentes na literatura
científica tais como: artigos, revistas, jornais, anais e sites.
ANALISE E DISCUSSÇÕES DOS DADOS
O nome “Doença de Alzheimer” advém de um médico Alemão, Alois Alzheimer
(1864-1915), que observou lesões no cérebro nunca vistas, durante uma autópsia, em 1906. O
cérebro observado apresentava atrofias das células cerebrais e presença de placas, uma
proteína chamada beta-amilóide intracelulares, que tem efeitos tóxicos sobre os neurônios, e
de fibras retorcidas enroscadas umas nas outras, prejudicando seu funcionamento. Esse tipo
de degeneração nos neurônios ficou conhecida como Placas Senis, característica fundamental
da Doença de Alzheimer.
A doença de Alzheimer (DA), caracterizada pelo neuropatologista alemão Alois
Alzheimer em 1907, é uma afecção neurodegenerativa progressiva e irreversível de
aparecimento insidioso, que acarreta perda de memória e diversos distúrbios cognitivos. Em
geral, a DA de acometimento tardio, de incidência ao redor de 60 anos de idade, ocorre de
forma esporádica, enquanto que a DA de acometimento precoce, de incidência ao redor de 40
anos, mostra recorrência familiar. A doença de Alzheimer (DA) de acometimento tardio e a
DA de acometimento precoce são uma mesma e indistinguível unidade clínica e nosológica
(SMITH, 1999).
A importância observada desta doença deve-se ao fato de que a população está
aumentando, torna-se grave por uma quantidade cada vez maior de idosos com esta doença.
O principal fator de risco para esta doença é a idade avançada, sendo incurável, e irreversível
apenas se trata o alívio dos sintomas e sofrimento do paciente.
Dados estatísticos apresentados em revista da área, revelam que muitas vezes os
pacientes em estágios iniciais não recebem nenhum tipo de cuidado específico por parte da
área de saúde, por não procurarem o médico ou nem mesmo se internarem. Estudos mostram
que os pacientes preferem ficar em casa aos cuidados do acaso, parentes ou amigos sem
nenhum tipo de conhecimento necessário ao paciente, mas o lado afetuoso é bem trabalhado
com relação afetuosa de amor entre parentes e amigos. A decisão da internação é do paciente
ou familiar. A enfermagem contribui neste caso, pelo fator de preparação dos familiares,
apoiando a mesma ou pelo cuidado direto com o paciente.
A reação do paciente à doença, pode variar, esta é uma da parte importante e
indispensável à enfermagem, pois o tipo de tratamento oferecido no momento internação
influenciará todo o desenvolvimento clínico do paciente ao longo da vida, sendo este cuidado
também preciso aos familiares e amigos. Pelos pacientes, pode ocorrer variação na
personalidade, depressão, agitação grave, paranóia, delírio, ansiedade, raiva, culpa,
isolamento, recolhimento devido à doença ou acompanhado pela mesma. O tratamento destes
males, está aliado com o tratamento da Doença de Alzheimer.
A enfermagem busca maneiras opcionais de cuidar do paciente com Alzheimer,
acompanhado os estágios da doença e trabalhando de maneira terapêutica o déficit causado
pela doença. Este trabalho é eficaz quando o acompanhamento se estabelece no hospital junto
com uma equipe multidisciplinar, onde a enfermagem tem maior relevância pelo fato da
função primária do cuidar.
A enfermagem assiste e trata o paciente, com responsabilidade aos cuidados físicos,
psicológicos e sociais do paciente, sua função se torna de maior relevância a medida em que
progride e o paciente torna-se dependente total de necessidades básicas.
Segundo Araújo et al. (2003), “... o modo de cuidar varia muito, de acordo com o
estágio em que o paciente se encontra e, conseqüentemente, de acordo com suas necessidades.
Alguns dos pacientes ainda comunicam-se , embora em vários momentos apresentem um
declínio na memória, demonstrado por incapacidade de reconhecer os próprios filhos e
dificuldade de finalizar diálogos como, por exemplo, começam falando do esposo e de repente
acham que estão falando do pai. Outros pacientes, já em estágio avançado da doença,
demonstram afasia (perda da fala), apraxia (incapacidade de levar a cabo um gesto ou ação
previamente aprendido), disfagia (dificuldade de deglutição) e total incapacidade de
locomoção.”
Faz parte do lado profissional de enfermagem assistir as áreas afetivas do paciente,
como carinho, compreensão, solidariedade, respeito e entender os medos e tristezas. Entender
o paciente de maneira holística, e humanizado, com atenção especial ao portador deste mal. É
atribuição de o enfermeiro formar grupos de ajuda a parentes e pessoas próximas a fim de
minimizar o sofrimento e preparar a família. Deve-se proporcionar convívio familiar e social
do paciente.
Recursos terapêuticos consiste em:“Estratégias de comunicação entre enfermeiro e
cliente: No estágio inicial da DA, deve-se usar vocabulário simples, devagar, frases curtas e
diretas com linguagem literal, uso terapêutico com pistas multisensoriais como visão, olfato,
audição, tato e gustação. Utilização de uma instrução por vez, se necessário repetir, falar de
frente pro paciente com contato visual, buscar conversas, fotos e álbum para terapêutica de
lembranças, usarem diários, calendário e estabelecer rotina. Na fase moderada adiciona-se
atividades prazerosas para estimular a comunicação. E na fase final, usar toques, contato
visual, correlacionar o nome com o objeto” (CHIAPPETTA, 2003, p.65-66).
A doença de Alzheimer não é típica da velhice, nem todo velho precisa apresentar-se
demente, mas é necessário prestar os devidos cuidados a este cliente. A enfermagem contribui
em boa parte destes cuidados, e se faz necessário desenvolver novas estratégias sobre este
assunto tão em voga. As pesquisas demonstram que será cada vez maior o número de idosos,
tornando-se ainda mais relevante o cuidado em todo o tratamento.
“Pacientes com transtornos psicóticos prévios, e que começam a apresentar prejuízo
progressivo da cognição (integração da consciência), evoluem muito mais rapidamente para a
demência. Havendo alguma doença mental anterior à Doença de Alzheimer, principalmente
doenças do tipo psicose, fará com que o paciente apresente maiores alterações
comportamentais, tais como delírios, alucinações, agressividade, agitação, furor, mudanças de
personalidade, alterações sexuais e perda das noções de higiene” (ABRAZ, 2000).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As síndromes demenciais causadas pela Doença de Alzheimer afetam grande número
de idosos em todo o mundo. Com o aumento na expectativa de vida, o número de pessoas que
apresentam demência vem aumentado progressivamente.
Em muitos casos não se detecta precocemente por não se considerar algo de gravidade.
Com o passar do tempo a doença se cronífica, tendo causado lesões irreversíveis no Sistema
Nervoso. O cuidado especializado de Enfermagem oferece terapias e tratamentos para
estimular o paciente ao tempo que presta o devido cuidado a família do mesmo.
No decorrer da doença os cuidados se tornam mais necessários a nível médico.
Estimular e confortar este paciente atendendo as suas necessidades físicas e mentais,
ofertando tratamento menos hospitalizado e mais humanizado.
Além disso as dificuldades crescentes com o cuidado do paciente aumentam a chance
de que este venha a ser institucionalizado, onerando ainda mais os já deficitários serviços de
saúde disponíveis para o atendimento dessa população.
Palavra-chave: Doença de Alzheimer, Cuidados e Enfermagem.
REFERÊNCIAS:
CHIAPPETTA, Ana Lúcia de Magalhães Leal. Conhecimentos Essenciais Para Atender
Bem o Paciente com Doenças Neuromusculares, Parkinson e Alzheimer. 1. ed. São José
dos Campos: Editora Pulso, 2003.
BERIER, Carlos Alberto. Doença de Alzheimer, a década do cérebro. 1. ed. Ribeirão Preto
(SP): 1993. Disponível na World Wide Web: http://www.scielo.br.
SAYEG, Norton. Doença de Alzheimer: guia do cuidador. São Paulo: Norton Sayeg;
1991;p.9-12. Disponível na World Wide Web: http://www.scielo.br/scielo.
SMITH, Marília de Arruda Cardoso. Doença de Alzheimer. Rev. Bras. Psiquiatr. [online].
out. 1999, vol.21 supl.2 [citado 01 Maio 2006], p.03-07. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.
ARAÚJO, Maria Gercileide de; LOPES, Maria do Socorro Vieira; MACHADO, Maria de
Fátima Antero Sousa; ROCHA, Edilma Gomes. A família no Cuidado ao Portador de Doença
de Alzheimer. RECENF – Revista Técnico - científíco de Enfermagem, n. 8, v.2, p.95-100,
março/abril 2004.
ABRAZ, Associação brasileira de Alzheimer. Doenças similares e Idosos de alta
Dependência. Demência: um desafio para qualidade de vida. Boletim do dia mundial de
Alzheimer, São Paulo; 2000.
* Aluna do Curso de Enfermagem da NOVAFAPI.
[email protected]
Avenida Dom Severino, 2600. Edifício Opala Apt. 304. Bairro Fátima.
Inscrição n º182
** Docente da Faculdade Piauiense
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