Utilizando indicadores de desempenho para o gerenciamento do cuidado com Feridas PERFIL PREVALENTE DOS PACIENTES DOS PROGRAMAS DE ATENÇÃO DOMICILIAR Idosos acima de 65 anos Acamados, dependentes de cuidados Perfil nutricional comprometido Freqüentemente consumidos pela doença de base Presença de diversas patologias concomitantes Em uso de polifarmácia = Prescrição com média de 13,2 itens Este conjunto de fatores potencializa a susceptibilidade do desenvolvimento das UPP e determinam o sucesso do tratamento das mesmas. A polifarmácia, por exemplo, seja por prescrição médica ou automedicação, pode favorecer a ocorrência de interações medicamentosas potencializando o risco de eventos adversos que podem interferir no processo de cicatrização das lesões. A identificação deste perfil contribui com o planejamento terapêutico e orienta a condução do cuidado FATORES DE RISCOS Deficiência nutricional. Idade. Uso de medicamentos. Edema. Inadequado suprimento sanguíneo. Peso corporal. Imobilidade. Fumo. Incontinências Risco elevado segundo escala de Braden Estado geral. Estado emocional. Fonte: HOOD e DINCHER (1995); BRYANT et al (1992); DEALEY (1996); SMELTZER e BARE (1999); GRAZIOSI e FUSTINONI (2000); SOUZA (2001). Entendendo a ocorrência, adequando o tratamento e avaliando os resultados Qual é o tipo de ferida? Quais s medicamentos o paciente faz uso? Úlcera por pressão ou é uma lesão de outra natureza? Quais as comorbidades associadas? Qual o perfil do paciente? Qual a história clínica? As respostas destes questionamentos nos mostram que a ferida é um evento multifatorial PERFIL CUTÂNEO DOS PACIENTES DIRECIONADOS AO HOME CARE Nº DE ÚLCERA POR PRESSÃO 1 úlcera 68% Mais de 1 úlcera 32% ESTÁGIOS estágio I 0% estágio II 26% estágio III 23,90% estágio IV 33,50% LOCAIS Sacra 88% Trocanter 4% Calcâneo 4% Outros 4% PACIENTES QUE INICIARAM ATENDIMENTO COM UPP CICATRIZAÇÃO COMPLETA PACIENTES QUE INICIARAM ATENDIMENTO COM LESÕES CUTÂNEAS Com ferida 12,2% • Ulcera por pressão 89,3% • Outras lesões 10,7% ÍNDICES DE DESEMPENHO - 2009 EM TRATAMENTO ATÉ 31/12/2009 PERFIL - 2009 40% Até 30 dias (12%) de 31 a 60 (4%) 70% de 61 a 90 (12%) Acima de 90 (12%) 30% em tratamento 24,0% óbito em casa 4,0% transf c/UPP 32,0% PERFIL NUTRICIONAL DOS PACIENTES QUE SÃO DIRECIONADOS AO HOME CARE PERFIL - 2009 PACIENTES EM ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL DOMICILIAR Iniciaram atendimento domiciliar com algum grau de depleção nutricional ÍNDICES DE DESEMPENHO - 2009 85% 63% Iniciaram atendimento domiciliar Eutrófico 37% Iniciam atendimento com dieta artesanal 28% Iniciam atendimento com dieta industrial 40% • Uso de CNE 2% • Uso de GTT 60% • Uso de JTT 8% • Dieta Oral 30% Melhoraram 44% Mantiveram 47% Pioraram 10% • Cancer (fase terminal) 30% • Diabetes com comorbidades 37% • Insuficiência Respiratória 19% • Insuficiência Renal Crônica 7% • Insuficiência Cardíaca Congestiva 7% TAXA DE ÚLCERA POR PRESSÃO PÓS INÍCIO DE ATENDIMENTO DOMICILIAR • • Tão importante quanto cuidar bem de uma UPP é impedir que elas ocorram. O monitoramento da Taxa de abertura de Úlcera por Pressão após início do atendimento domiciliar e fundamental para avaliar o cuidado prestado e o acompanhamento dos pacientes em atendimento domiciliar. Consideramos que todos os pacientes estão submetidos ao risco de abertura de UPP todos os dias, portanto a Unidade de Controle usada no cálculo foi Incidência em 1000 pacientes, que leva em consideração o TEMPO DE EXPOSIÇÃO AO RISCO Incidência de UPP Pós ID por 1000 paciente- dia (média anual) 0,5 0,4 0,3 0,5 0,5 0,2 0,1 0,3 0,2 0 2006 2007 2008 2009 Incidência de UPP Pós ID por 1000 pacientedia (média anual) O QUE FAZEMOS? Trabalho em Equipe Multidiciplinar Grupo de Gerenciamento de Feridas - GGF Produção estatística para monitoramento dos resultados Sistema “on line” de acompanhamento fotográfico e clínico Medidas de prevenção Profissionais Especializados Protocolo de Avaliação Sistematização do cuidado através de Protocolos POR QUE AVALIAR? A avaliação do enfº é parte fundamental do processo de tratamento. Para descrever de forma clara, objetiva e uniforme o que está sendo visto e orientar o tratamento Para monitorar a eficácia do tratamento e acompanhar a evolução da cicatrização. Para desenvolver um plano de cuidados com estratégias de tratamento. Para documentar de forma eficiente de maneira que possa acompanhar sua evolução. PROTOCOLO DE ATUAÇÃO TÉCNICA 1ª Avaliação • Profissional responsável: Enfermeiro • Local: Nas 1ªs 24 horas – No domicílio • Enfermeiro avalia e faz o 1º curativo na presença do técnico que acompanhará o caso • Fotografa – Registro evolutivo e foto no IW • Traça conduta de acordo com o estágio • Define a frequência das avaliações subsequentes de acordo com a necessidade do caso e com os produtos a serem utilizados PROTOCOLO DE ATUAÇÃO TÉCNICA Reavaliações • A partir da 1ª avaliação o técnico realiza os curativos na frequência estabelecida pelo enfermeiro • A frequência das reavaliações do enfermeiro vai depender do estágio em que a ferida se encontra, sendo no mínimo 1x/semana • No dia da reavaliação o enfermeiro realiza o curativo e deixa por escrito as orientações para o técnico e/ou cuidador. Protocolo de Atuação Técnica Programação das Reavaliações do Enfermeiro Estágio 1 Estágio 4 Estágio 3 Estágio 2 Com necrose: 3x/semana Com necrose: 2x/semana 1x/semana Supervisão em 01 semana para ALTA Inicio da orientação Alta Sem necrose: 1x/semana Sem necrose: 1x/semana O técnico realiza o curativo na presença do cuidador O cuidador treinado poderá assumir o cuidado Cicatrização completa “Para cicatrizar uma Úlcera de Pressão ponha qualquer coisa sobre ela, menos o Paciente” Carol Dealey Sem o diagnóstico e o conhecimento da doença primária, sem noções mínimas dos complexos mecanismos que envolvem a cicatrização das feridas, seremos apenas dispensadores de curativos. Desta forma, consideramos fundamental cuidar da ferida tratando o doente. O que exige dos profissionais de saúde dedicação e preparo no enfrentamento dos desafios. Grupo de Gerenciamento de Feridas - GGF Realização: www.pronep.com.br