Análise da Pesquisa:
ACESSO A CRÉDITO
PELAS ME E EPP
COMITÊ TEMÁTICO DE
INVESTIMENTO E
FINANCIAMENTO
2
1. APRESENTAÇÃO
A Feira do Empreendedor não poderia ser melhor local para uma
pesquisa sobre acesso a crédito pelas Microempresas e Empresas
de Pequeno Porte. Realizada em outubro de 2014, pelo Sebrae/Ba
no Centro de Convenções da Bahia notabilizou-se mais uma vez,
pela expressiva participação de empreendedores e
empreendedoras, além de candidatos e candidatas a montar uma
empresa.
A Pesquisa foi uma Iniciativa do Fórum Regional Permanente das
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte da Bahia - FRPMEP,
Comitê Temático de Investimento e Financiamento – CT IF, em
parceria com o SEBRAE/Ba (organizador do evento) e, a
Associação da Juventude Empresarial – AJE que aplicou os
questionários.
2. METODOLOGIA
3
A consulta, que ocorreu exclusivamente com empresários e empresárias
formalizados, nos dias 23 e 24 de outubro, totalizando 169 entrevistados.
Com objetivo de traçar um diagnóstico das dificuldades e necessidades do
segmento visando desmistificar a dicotomia existente onde as MPEs
reivindicam menos burocracia, rapidez e maior acesso ao crédito,
enquanto as instituições financeiras alegam que há oferta de recursos,
porém não há bons projetos e, em geral, as empresas não possuem um
modelo de gestão que diminua o risco das operações e a conseguinte
inadimplência.
As 12 perguntas foram discutidas com os parceiros financeiros que compõe
o CT IF – Banco do Brasil, Banco do Nordeste, CAIXA e a DESENBAHIA. A
metodologia adotada foi a abordagem direta com entrevista de 169
empresários, compondo uma amostra probabilística (casual), com escolha
aleatória, porém com recorte intencional, uma vez que os entrevistados
eram identificados como gestores de empresas formalizadas como MEI,
MICROEMPRESA e EMPRESA DE PEQUENO PORTE (crachás com cores
diferenciadas).
Para a tabulação dos dados foi utilizada, a FORMS, uma ferramenta do
GOOGLEDOCS.
4
3. ANÁLISE DA PESQUISA
5
3.1 Seu negócio está mais
relacionado à qual atividade?
Ramos
Respostas
Atividade:
%
Comércio
81
47,93%
Indústria
26
15,38%
Serviços
60
35,50%
Artesanato
1
0,59%
Outros
1
0,59%
169
100,00%
Total de Respostas
Outros
1
Artesanato
1
60
Serviços
26
Indústria
81
Comércio
0
Comércio
20
Indústria
40
Serviços
60
80
100
Artesanato
Outros
6
Comentários:
A predominância (47,93%) do ramo comércio, seguida pelo setor de
serviços 15,38% (totalizando 63,31%) reflete a realidade da composição
dos negócios em nosso estado. Embora aplicada em Salvador a
pesquisa ouviu de forma aleatória um público também composto por
representantes de negócios no interior.
Considerando os dados de Salvador, o setor de Comércio/Serviços
representa mais de 60 % do PIB de Salvador. Já a Região Metropolitana
de Salvador é o maior centro de comércio e serviços do Nordeste.
Em termos de Estado segundo estatísticas da Junta comercial do Estado
da Bahia em Quantitativos de Constituições de Empresas (matrizes e
filiais) no Estado da Bahia, por Atividade, em 2013, o comércio varejista
representou 41,02% % e prestação de serviços 37,93%.
Considerando estes dados podemos considerar que a amostra da
pesquisa representa a situação atual de empresas.
7
3.2 Há quanto tempo sua
empresa está registrada?
Tempo
Até 12 meses
Mais de 1 ano até
3 anos
Mais de 3 anos até
5 anos
Mais de 5 anos até
10 anos
Mais de 10 anos
Total de Respostas
Respostas
23
%
14,84%
Tempo de formalização:
50
45
42
27,10%
46
29,68%
15
9,68%
29
18,71%
15
155
100,00%
10
40
35
30
25
20
5
0
Até 12
meses
Mais de 1
ano até 3
anos
Mais de 3
anos até 5
anos
Mais de 5 Mais de 10
anos até 10
anos
anos
Comentários:
8
O público atingido pela pesquisa demonstrou tratar-se de empresas que
ultrapassaram a fase crítica de mortalidade que é considerada até dois
anos. Aquelas que declararam terem sido constituídas há mais de três anos,
representam 58,06%. Considerando aquelas da faixa de 01 a 03 anos o
percentual eleva para 85,16%.
Do ponto de vista da pesquisa este dado é significativo, pois abrangeu um
público com menor probabilidade de extinção.
Atualmente um dos estudos mais realísticos sobre o fechamento de micro e
pequenas empresas é realizado pelo SEBRAE. Denominado Taxa de
Sobrevivência das Empresas com até 2 anos de atividade, no Brasil. O
trabalho é realizado a partir do processamento e da análise das bases de
dados disponibilizadas pela Secretaria da Receita Federal (SRF). O último
estudo divulgado em julho de 2013 a taxa de sobrevivência das empresas
com até 2 anos de atividade foi de 75,6%. Essa taxa foi superior à taxa
calculada para as empresas nascidas em 2006 (75,1%) e 2005 (73,6%).
Atribui-se a estes resultados positivos, a utilização do Supersimples - que
reduz impostos e unifica os tributos em um só boleto - e o aumento no nível
de escolaridade dos empresários brasileiros favorecem a permanência por
tempo no mercado.
9
3.3 Qual o porte da empresa?
Porte
MEI
Microempresa
EPP
Total de Respostas
Respostas
%
3
1,95%
135
87,66%
16
10,39%
154
100,00%
Porte da Empresa:
2%
10%
MEI
Microempresa
88%
EPP
10
Comentários:
Embora 87,66% dos empreendedores e empreendedoras que
responderam a pesquisa são Microempresas, a participação de
Microempreendedores Individuais na composição do mapa de
empresas no Brasil e na Bahia é uma realidade:
O Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas com base em
2013 , aponta que das 1.840.187 novas empresas criadas no ano de
2013, 1.254.117 (68,2% do total) foram de Microempreendedores
Individuais (MEIs), 219.560 (11,9 % do total) foram de Empresas
Individuais, 259.630 (14,1% do total) foram de Sociedades Limitadas e
106.880 (5,8% do total) foram de empresas de outras naturezas jurídicas.
Os MEIs vêm registrando aumento crescente desde o início da série
histórica do Indicador – em apenas quatro anos, passaram de pouco
menos da metade do total de novos empreendimentos (49,0%, em
2010) para mais de dois terços deste total (68,2% em 2013). Os
resultados apontam um crescimento de 8,8% no numero geral de
empresas.
11
3.4 Com qual (ais) instituição (ões)
financeira (s) a empresa trabalha?
Intituição Financeira que opera:
Banco que atua
Respostas
%
Banco do Brasil
98
35,13%
100
CAIXA
81
29,03%
80
Banco do Nordeste
11
3,94%
60
3
1,08%
40
Itaú
11
3,94%
20
Bradesco
57
20,43%
Santander
18
6,45%
0
0,00%
279
100,00%
HSBC
Outros
Total de Respostas
0
98
81
57
11
3
11
18
0
12
Comentários:
A característica desta pergunta foi a possibilidade de
multiescolha. Há uma predominância dos Bancos Públicos
Federais. De uma maneira geral os gestores optam por uma
instituição privada, mantém relacionamento com um banco
oficial.
Banco do Brasil e CAIXA são parceiros financeiros da maioria
dos entrevistados.
13
3.5 Como adquiriu o capital
inicial e de giro da empresa?
Origem do capital
Próprio
Emprestado de parente
Empréstimos em bancos
pela empresa
Cartões de Crédito
Empréstimos em
financeiras
Microcrédito
Empréstimos em bancos
como pessoa física
Outros
Total de Respostas
Respostas
%
Origem do Capital Inicial:
152
100,00%
0
0,00%
0
0,00%
0
0,00%
0
0,00%
40
0
0,00%
0
0
0,00%
0
0,00%
152
100,00%
160
140
120
100
80
152
60
20
0
0
0
0
0
0
0
14
Comentários:
Todos os entrevistados que responderam a esta pergunta
declararam que os recursos para abertura dos seus negócios foi
próprio. A pesquisa não questionou sobre a forma que estes
recursos foram adquiridos.
Há de fato maior dificuldade em acessar crédito para iniciar o
negócio. As instituições financeiras exigem que a empresa
esteja funcionando há no mínimo doze meses. O argumento
está relacionado com a análise do risco. A forma de conseguir
passa pela elaboração de um projeto de viabilidade e a
disponibilização de garantias reais.
15
3.6 Já tomou empréstimo de
banco ou tentou alguma vez?
Acesso a crédito
Respostas
%
Sim
82
51,57%
Não
51
32,08%
Tentei, mas não consegui
26
16,35%
Total de Respostas
Tomou crédito em bancos?
Tentei, mas
não consegui
16%
159 100,00%
Sim
52%
Não
32%
16
Comentários:
82 pesquisados declaram terem sido financiado por uma
instituição financeira. Destes, 71 afirmaram ter quitado e 08 não
conseguiram pagar (conforme verificado na próxima pergunta).
Dos 51 entrevistados que responderam NÃO, 11 também se
enquadram na opção “Tentei mais não consegui”, pois
responderam algum item da pergunta sobre as dificuldades
encontradas.
Três fatores externos são apontados como fundamentais para o
sucesso ou o fracasso de gerenciar uma empresa no Brasil: alta
carga tributária, acesso restrito aos recursos financeiros e um
ritmo deficitário de formação de mão de obra. Essa é a
conclusão de um estudo inédito realizado pela Endeavor Brasil,
em parceria com o Sebrae-SP. As duas instituições dedicadas
ao fomento do empreendedorismo ouviram, entre novembro e
dezembro de 2013, 1.282 pequenos empresários estabelecidos
na cidade de São Paulo.
17
3.7 Se sim, conseguiu pagar?
Adimplência
Respostas
%
Sim
Não
71
8
Total de Respostas
79 100,00%
Conseguiu pagar?
89,87%
10,13%
10%
Sim
90%
Não
18
Comentários:
Nas respostas apresentada a inadimplência no grupo das
empresas pesquisadas é de 10,13%.
Indicador que registra a quantidade (fluxo) mensal de
anotações de inadimplência das pessoas jurídicas que
sensibilizam a base de dados da Serasa Experian teve Variação
Acumulada em 12 Meses do ano de 2013 de 2,5% (Índice
composto por anotações de dívidas em atraso junto às
financeiras, cartões de crédito e empresas não financeiras,
anotações de dívidas em atraso junto aos bancos, fluxo mensal
de cheques devolvidos por insuficiência de fundos 2a.
devolução e protestos).
19
3.8 Se não conseguiu, quais as
dificuldades que encontrou?
Dificuldades de acesso
Respostas
Não tinha garantia
A empresa não estava
formalizada
9
24,32%
1
2,70%
Não tinha todos os
documentos necessários
%
Dificuldades para conseguir o crédito:
3
Outros motivos
0
0,00%
0
0,00%
7
18,92%
Meu cadastro não estava
regularizado
Problemas com a
SERASA, CADIN
Não sei o motivo, o
banco recusou
O valor aprovado não
atendia a necessidade
Taxa alta
Outros motivos
12
32,43%
1
2,70%
4
3
10,81%
8,11%
Total de Respostas
37
100,00%
4
Taxa alta
O valor aprovado não atendia a
necessidade
1
12
Não sei o motivo, o banco recusou
7
Problemas com a SERASA, CADIN
Meu cadastro não estava
regularizado
0
Não tinha todos os documentos
necessários
0
1
A empresa não estava formalizada
9
Não tinha garantia
0
5
10
15
20
Comentários:
Entre aqueles que buscaram algum tipo de financiamento e não
lograram êxito, 32,43% afirmam que não foram informados dos
motivos pelas instituições bancárias. 24,32% declaram não ter
garantias e 10,81% tinham registros em bancos restritivos.
Ter um planejamento que envolve a visão, o marketing, a
análise do ambiente interno e externo, do mercado onde atua
de forma detalhada é fundamental para saber exatamente de
quanto dinheiro necessita o empreendimento seja para capital
de giro ou investimento, além de por quanto tempo e qual a
taxa pode-se pagar sem comprometer a rentabilidade do
negócio é fundamental na captação de financiamento. O
instrumento que possibilita a sistematização destas variáveis é
Plano de Negócio. No geral as ME e EPP não possuem nenhum
tipo de planejamento, contribuindo assim, para inibição de
acesso ao crédito.
21
3.9 Com que frequência à empresa
solicita crédito / financiamento para as
suas atividades?
Necessidade de
crédito
Respostas
%
Mensal
1
1,23%
Trimestral
0
0,00%
Semestral
13
16,05%
Anual
26
32,10%
Outros
41
50,62%
Total de Respostas
81 100,00%
Frequencia de solicitação de crédito
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
22
Comentários:
As respostas apontam que as empresas que tomam crédito
necessitam durante a maior parte do ano. Certamente
influenciadas pela fixação de limites de crédito, maneira mais
usual que a maioria das instituições financeiras operam.
32,10% optaram pela opção anual que se somado a outras,
totaliza 82,72%.
23
3.10 Com que frequência à empresa
solicita crédito / financiamento para as
suas atividades?
Necessidade
Comprar equipamentos
Comprar
mercadoria/matériaprima
Pago à vista e vendo a
prazo, cobrir déficit de
caixa
Fazer uma reforma no
local onde a empresa
está instalada
Comprar equipamentos e
material de consumo
Total de Respostas
Respostas
%
Necessidade de financiamento
39
34,82%
40
35,71%
Comprar equipamentos e material
de consumo
1
0,89%
Fazer uma reforma no local onde a
empresa está instalada
22
19,64%
10
8,93%
112
100,00%
10
22
Pago à vista e vendo a prazo, cobrir
déficit de caixa
1
40
Comprar mercadoria/matéria-prima
39
Comprar equipamentos
0
5
10 15 20 25 30 35 40
24
Comentários:
Quando o questionamento ficou mais específico no tocante a
necessidade de financiamento compra de equipamento e
estoques se aproximam (34,82% e 35,71%) respondendo por
70,54% da demanda.
Para reformas nos estabelecimentos, 19,64% dos entrevistados
manifestaram a necessidade de financiamento.
25
3.11 Quanto seria esta necessidade: R$
Necessidade em R$
QTDADE
de 50.000 até 100.000
25
60,98%
de 100.001 até 150.000
5
12,20%
de 150.001 até 200.000
3
7,32%
de 200.001 até 250.000
3
7,32%
acima 250.001
5
12,20%
Respostas
Necessidade de Crédito em R$
%
41 100,00%
5
de 50.000 até 100.000
3
de 100.001 até 150.000
3
de 150.001 até 200.000
5
25
de 200.001 até 250.000
acima 250.001
Comentários:
26
A demanda por crédito abaixo de R$ 100.000,00 (cem mil) é verificada por
60,98% dos entrevistados que responderam ao questionamento.
Nas faixas de valores menores há a seguinte oferta de crédito:
Microcrédito produtivo orientado: são concedidos a um público que pode ser
de baixa renda ou de pequenos empreendedores, formalizados por meio de
diferentes metodologias de crédito, pode ser obtido diretamente em bancos
privados, na Caixa Econômica Federal, cooperativas singulares de valor
máximo é de R$ 15.000,00.
Programa Crescer: Esse tipo de crédito é destinado a capital de giro ou
investimento, com prazo de pagamento pactuado entre as instituições
financeiras e o tomador, de acordo com o tipo de empreendimento e uso do
recurso. Pode ser encontrado nas instituições financeiras federais, como o
Banco do Nordeste, a Caixa, o Banco do Brasil e o Banco da Amazônia e
demais instituições que aderirem ao programa.
Cartão BNDES: é um produto que, baseado no conceito de cartão de crédito,
visa financiar os investimentos das micro, pequenas e médias empresas
(MPMEs). Solicitado no site do BNDES, o portador do Cartão BNDES poderá
comprar exclusivamente os itens expostos no Portal de Operações do Cartão
por fornecedores previamente credenciados.
27
3.12 Situação do empreendimento para
obter crédito?
Situação do negócio
Tenho um imóvel para oferecer como garantia
Tenho avalista
Estou com nome no SERASA ou CADIN
Meus documentos e da minha empresa estão em ordem
Estou disposto a criar um grupo e fazer um aval solidário
Estou atrasado com os impostos
Minhas finanças estão desorganizadas não conseguiria pagar
Necessito de assessoria, visando orientação para a tomada de crédito e gestão
financeira do negócio.
Total de Respostas
Respostas
60
48
4
86
1
15
12
14
%
35,50%
28,40%
2,37%
50,89%
0,59%
8,88%
7,10%
8,28%
169
-
Situação do Negócio para solicitar crédito
Necessito de assessoria, visando orientação para a tomada…
14
Minhas finanças estão desorganizadas não conseguiria pagar
12
Estou atrasado com os impostos
15
Estou disposto a criar um grupo e fazer um aval solidário
1
Meus documentos e da minha empresa estão em ordem
86
Estou com nome no SERASA ou CADIN
4
Tenho avalista
48
Tenho um imóvel para oferecer como garantia
60
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
28
Comentários:
As respostas foram positivas, do ponto de vista das exigências para realização
de cadastro bancário, quando 50,89% declararam estar com a
documentação da empresa em ordem.
No tocante a garantias sessenta entrevistados (35,50%) afirmaram possuir um
imóvel para garantir financiamento. Outros 28,40% têm facilidade em
conseguir aval. Não houve interesse em avais solidários (grupos).
Os que apontaram dificuldades com bancos restritivos, desorganização no
negócio e necessidade de assessoria para gestão financeira e orientação
para crédito totalizaram 24,26%.
29
4. CONSIDERAÇÕES
A relação estoque de crédito/PIB no Brasil evoluiu de pouco mais de 30% no início da
década passada para 56,5% em 2013. O avanço é significativo, mas o número ainda é
pequeno quando confrontado com os de outros países desenvolvidos como os Estados
Unidos, de 60 a 70% do PIB, a Alemanha, cerca de 100% ou o Japão, na faixa de 200%.
Estes dados foram divulgados no Relatório de Estabilidade Financeira do Banco Central
do Brasil - BCB, publicado em abril de 2014. Em relação às pessoas jurídicas, o crédito
bancário doméstico continuou perdendo participação no endividamento total. Em
dezembro de 2013, representava 63,1% do total, em comparação com 66,0% em
dezembro de 2012. Quanto à segmentação de acordo com o porte, a carteira de
crédito das pequenas e médias empresas (MPEs) continuou registrando taxas mais
baixas de crescimento em comparação com as grandes. Assim, a representatividade
das MPEs no crédito total à pessoa jurídica caiu para 46,8% em dezembro de 2013, frente
a 48,9% no ano anterior.
Se há expansão de crédito, o setor produtivo, e em especial, as MPEs vêm encontrando
mais dificuldade para obter financiamento. De um lado as instituições privadas
garantem que há oferta. Por outro, os bancos públicos afirmam que programas como o
de Microcrédito Orientado, o Crescer, as operações de repasses e o cartão BNDES estão
disponíveis, e, que as MPEs não estão preparadas seja por conta do risco administrativo
ou por não cumprirem as exigências cadastrais.
Em contrapartida, os empreendedores do segmento afirmam que há muita exigência e
burocracia para acessar financiamos para o giro e expansão dos negócios.
30
4. CONSIDERAÇÕES
Essa discussão motivou a realização da pesquisa “ACESSO A CRÉDITO PELAS ME E
EPP”como um instrumento para avaliar algumas variáveis que dificultam o
financiamento das empresas, através de crédito e empréstimos do sistema financeiro.
A pesquisa aponta para a necessidade das instituições concedentes prestarem mais
informações as MPEs sobre o processo de crédito. Em contrapartida as empresas
devem planejar, organizar e controlar seus processos e ter domínio das finanças de
modo a demonstrar minimização de risco e viabilidade. Uma ferramenta adequada
para a sistematização do empreendimento é a elaboração de um Plano de Negócio.
O público que respondeu a pesquisa foi predominante do ramo de comércio e serviço,
e majoritariamente microempresa. Somente 15,00% estavam formalizadas a menos de
12 meses.
Nas respostas especificas sobre crédito, pouco mais da metade já obteve
financiamento sendo que 90,00% saldaram suas dividas. A inadimplência declarada é
mais alta que os índices apresentados nas médias do sistema financeiro.
Entre os que não conseguiram crédito mais de um terço não foram informados pelos
agentes financeiros dos motivos da não aprovação. Outros motivos declarados: a falta
de garantia e, em minoria possuíam restrições.
A principal necessidade registrada foi para a compra de mercadorias e equipamentos.
Em termos de recursos a faixa de valores até R$ 100.000,00 (cem mil reais) predominou
entre as respostas dos entrevistados. Metade dos entrevistados está com
documentação em dias. E a maioria possui garantias: uma parte como aval e outra
como garantia real.
31
EXPEDIENTE:
A análise, comentários, sugestões e recomendações em referência a
PESQUISA “ACESSO A CRÉDITO DAS MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE
PEQUENO PORTE" - 2013, realizada pelo FÓRUM REGIONAL PERMANENTE
DAS MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE DO ESTADO DA
BAHIA, em parceria com o SEBRAE – BA, e AJE, foi elaborado pela
empresa credenciada, COOLIBA - COOPERATIVA DOS PROFISSIONAIS
DA BAHIA através da consultora RITA DE CÁSSIA RIOS SIMÕES,
Economista inscrita no CORECON SON Nº 4773-3, Salvador Bahia.
COOPERATIVA DE PROFISSIONAIS LIBERAIS DA BAHIA
Rua Visconde do Rosário, 3 - Ed. Augusto Borges, sala 807
Tel. (071) 243-9187 Tel/ Fax. (071) 242-1531
CEP 40015-050 - Salvador /BA.
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Apresentação do PowerPoint - Fórum Regional permanente das