Ciência e Compreensão da Realidade. Tipos de Conhecimento. Profª Suzete Benites Disciplina: Metodologia Científica Curso de Ciências Contábeis – 1º Semestre 9 de março de 2012 • A palavra ciência surge do latim (scire) e significa conhecimento ou sabedoria. CIÊNCIA é um conjunto de conhecimentos racionais, certos ou prováveis, obtidos metodicamente, sistematizados e verificáveis, que fazem referência a objetos de uma mesma natureza. Ander-Egg, 1978 Conhecimento Humano Medo, dos fenômenos naturais, espanto, sem explicação Misticismo, tentativa de explicação através das superstições, crenças, mitos, magia Ciência, busca de respostas através de caminhos que pudessem ser comprovados Para que o conhecimento possa ser gerado, é necessária a articulação de três elementos: o sujeito – aquele que pensa, que reflete, que sistematiza o que apreendeu sobre seres e fenômenos do universo ser/fenômeno – alvo do interesse, da curiosidade do sujeito a imagem – representação dada pelo sujeito ao ser/fenômeno e alvo de nosso interesse Como um dos focos da ciência é o mundo real, ela tem como meta o estudo dos fenômenos/eventos que podem ser vistos, sentidos e tocados. Dessa forma, aguçamos nossa sensibilidade para observar. A observação nada mais é do que a utilização de nossos canais sensoriais a fim de filtrarmos da realidade informações de nosso interesse. No plano da ciência – motivada pela curiosidade –, a observação é o ponto de partida de um estudo O meio para verificarmos e validarmos novos conhecimentos Observações feitas no âmbito das atividades científicas devem ser validadas, isto é, devem ser criteriosamente descritas. Tipos de conhecimento • O conhecimento do tipo senso comum, por exemplo, como todo conhecimento, produz informações sobre a realidade. No entanto, tais informações normalmente se prendem aos seus objetivos mais imediatos Conhecimento Empírico, senso comum Conhecimento obtido ao acaso, após inúmeras tentativas Conhecimento adquirido através de ações não planejadas Produz informações sobre a realidade No entanto, tais informações normalmente se prendem aos seus objetivos mais imediatos Teológico: Conhecimento revelado pela fé divina ou crença religiosa Não pode, por sua origem, ser confirmado ou negado Depende da formação moral e das crenças de cada indivíduo Acreditar que alguém foi curado por um milagre; ou acreditar em Duende; acreditar em reencarnação; acreditar em espírito etc.. Conhecimento Filosófico Fruto do raciocínio e da reflexão humana Conhecimento sobre fenômenos, gerando conceitos subjetivos Busca dar sentido aos fenômenos gerais do universo "O homem é a ponte entre o animal e o além-homem" (Friedrich Nietzsche) Conhecimento Científico Conhecimento racional, sistemático, exato e verificável da realidade Sua origem está nos procedimentos de verificação baseados na metodologia científica Descobrir uma vacina que evite uma doença A ciência não é imediatista, não se contenta com informações superficiais sobre um aspecto da realidade A ciência pretende ser crítica Procura pelas possíveis causas de um acontecimento Busca compreender ou explicar a realidade apresentando os fatores que determinam a existência de um evento Uma vez obtido o conhecimento, deve-se garantir sua generalidade,isto é, sua validade em outras situações • Divulgação dos resultados , marca fundamental da ciência moderna • Trata-se do que se chama exercício de intersubjetividade, garantia de que o conhecimento está sendo colocado em discussão e que qualquer outro cientista pode ter acesso a ele. Ao relatar seus resultados, o cientista deve também contar como chegou a eles, qual caminho seguiu para alcançá-los Trata-se da apresentação do método científico Conhecimento científico Racional e objetivo Factual, atém-se aos fatos Transcende aos fatos É analítico Requer exatidão e clareza É verificável É comunicável Depende de investigação metódica Busca e aplica leis Pode fazer predições É explicativo É aberto É útil CIÊNCIA: Apresenta-se como um pensamento racional, objetivo, lógico e confiável, tem como particularidade o pensamento sistemático, exato e falível, ou seja, não final e definitivo, pois deve ser verificável, isto é, submetido a experimentação para a comprovação de seus enunciados e hipóteses, procurando-se as relações causais; destaca-se, também, a importância da metodologia que, em última análise determinará a própria possibilidade de experimentação. Marconi e Lakatos, 2000