Pós
GRADUAÇÃO
GESTÃO FINANCEIRA
8ª. Aula
ANÁLISE DE BALANÇOS E INDICADORES DE
DESEMPENHO 31/03/2007
Gestão inovadora da empresa gráfica
1. Usuários das demonstrações financeiras
Ching sintetiza o interessa de cada um dos usuários das
demonstrações financeiras na seguinte tabela:
Usuário
Questões
Proprietários
Rentabilidade, valor do negócio?
Aumentar ou diminuir investimentos?
Administradores
Que operações devem ser incrementadas/
reduzidas?
Fornecedores
Aumentar ou diminuir crédito?
Bancos
Ceder empréstimos?
Governo
IR calculado corretamente?
Funcionários
A empresa é lucrativa?
Concorrentes
Vendas, margens de lucro, rentabilidade?
Fonte: Ching, H.Y. Contabilidade & Finanças para não especialistas. Pág. 100
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1. Usuários das demonstrações financeiras
•
Podemos acrescentar mais um grupo de usuário:
cliente. Rentabilidade? Capacidade de entrega dos
produtos / serviços contratados?
•
Qualquer que seja a necessidade do usuário, a análise
das demonstrações financeiras permite avaliar:

capacidade de liquidez – situação financeira

estrutura patrimonial – origem dos recursos
(capital próprio ou de terceiros).

rentabilidade do negócio – retorno sobre o
investimento realizado
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2. Estrutura das demonstrações financeiras
Balanço Patrimonial
ATIVO
Circulante - até 360 dias
Disponível
Contas a receber
Estoque
Despesas Antecipadas
PASSIVO + PL
Circulante - até 360 dias
Fornecedores a pagar
Funcionários a pagar
Impostos a pagar
Empréstimos a pagar
Não Circulante
Passivo não circulante
Realizável a longo prazo
Permanente
Patrimônio Líquido
Investimento
Capital Social
Imobilizado
Reservas
Diferido
Lucros acumulados
Capital de
terceiros
Capital
próprio
Investimento
Total
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2. Estrutura das demonstrações financeiras
•
Despesas antecipadas – decorrem de pagamentos
antecipados de despesas que gerarão benefícios no
exercício futuro. Exemplos: seguros, assinaturas de
revistas e jornais etc.
•
Ativo Diferido – são os ativos intangíveis que
contribuirão para a formação do resultado de mais de
um exercício social. Exemplos: gastos com pesquisa e
desenvolvimento de novos produtos, gastos préoperacionais, gastos para implantação de sistemas etc.
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2. Estrutura das demonstrações financeiras
•
Investimentos – i) participações permanentes em
outras sociedades ou ii) outros ativos que não se
destinam às operações (como obras de arte, terrenos).
•
Os investimentos são avaliados por um dos 2 métodos:
• Custo – os valores de aquisição se alteram
somente se há o reconhecimento de perdas
permanentes.
• Equivalência Patrimonial.
•
Equivalência patrimonial – os resultados e
quaisquer variações patrimoniais de uma coligada ou
controlada são contabilizados no momento de sua
ocorrência (com base nas demonstrações de resultados
das coligadas ou controladas).
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3. Análise horizontal e vertical
•
Os valores absolutos dificultam a “leitura” das
demonstrações financeiras.
•
Análises horizontal e vertical acrescentam
números relativos (%) aos absolutos.
•
Na análise horizontal verifica-se a evolução –
crescimento ou redução – de uma rubrica da
demonstração financeira, de um período (mês, ano
etc) para outro.
A lei das S.A.s obriga que a publicação dos balanços
contenha dados de 2 anos, permitindo, assim,
analisar a evolução das contas, de um ano para outro.
•
Na análise vertical verifica-se a participação relativa
(%) de cada item - ativo, passivo ou despesa - sobre
o total.
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3. Análise horizontal
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3. Análise horizontal
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3. Análise vertical
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3. Análise vertical
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4. Análise através de índices
Consiste na relação entre contas ou grupo de contas do
Balanço e da Demonstração de Resultado, a fim de se
evidenciar a situação da empresa quanto a liquidez,
estrutura de capital e rentabilidade.
Comparação dos índices no tempo - A comparação de
índices de dois períodos diferentes também enriquece a
análise das demonstrações financeiras.
A comparação com padrões do segmento propicia as
melhores conclusões sobre a situação econômicofinanceira, visto que, dependendo do negócio, a estrutura
de capitais, bem como a liquidez podem assumir
características distintas.
Inúmeros são os índices possíveis de se calcular. A seguir,
apresentamos alguns deles.
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5. Índices de Liquidez
Indicam a situação financeira de uma empresa, ou seja, a
sua capacidade pagar as dívidas.
Liquidez Corrente =
Ativo Circulante(*)
Passivo Circulante (*)
(*) O circulante também é chamado de corrente
Indica quanto a empresa possui no ativo circulante para
cada $ de dívida no passivo circulante.
Quanto maior, melhor é a capacidade de pagamento.
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5. Índices de Liquidez
Liquidez Seca =
Disponível + Contas a Receber
Passivo Circulante
Indica quanto a empresa possui em seus ativos mais
líquidos – disponível, aplicações financeiras e valores a
receber de clientes - para cada $ de dívida no passivo
circulante.
Quanto maior, melhor é a capacidade de pagamento.
Se o índice de liquidez seca é ruim mas a empresa possui
estoques de produtos acabados (não obsoletos ou
deteriorados) em condições de venda rápida, pode indicar
uma boa situação financeira.
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5. Índices de Liquidez
Liquidez Geral =
Ativo Circulante + Realizável a longo prazo
Passivo Circulante + Exigível a longo prazo
Indica quanto a empresa possui em ativos de curto e longo
prazos para cada $ de dívida total.
Quanto maior, melhor é a capacidade de pagamento.
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6. Índices de estrutura de capital
Endividamento =
Capital de terceiros
x 100
Patrimônio Líquido
Indica a relação entre capital de terceiros e capital próprio.
Quanto menor, melhor, pois menor é a dependência do
capital de terceiros para a manutenção da operação e,
consequentemente, menor é o nível de despesas
financeiras.
Entretanto, se o juro pago pelo capital de terceiros for
menor do que lucro sobre o capital próprio, é
vantajoso para a empresa (conceito de alavancagem
financeira).
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6. Índices de estrutura de capital
Composição do endividamento =
Passivo circulante
x 100
Capital de terceiro
Indica a relação entre as dívidas de curto prazo e as
dívidas totais.
Quanto menor, melhor, pois significa que o pagamento
da dívida ocorre em prazos mais longos.
Os financiamentos de longo prazo tendem a ter um custo
menor do que os de curto prazo, especialmente se
captados em entidades como BNDES ou FINEP.
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6. Índices de estrutura de capital
Imobilização do PL =
Ativo Permanente
x 100
Patrimônio Líquido
Indica quanto do capital próprio está investido no ativo
permanente.
Quanto menor, melhor. Quando menor do que 100%,
significa que o capital próprio, além de financiar os
investimentos em ativo permanente, ainda gera recursos
para o capital circulante.
Em empresas de capital intensivo, como siderúrgicas,
hidroelétricas etc, é normal que esse índice seja superior a
100%, ou seja, há necessidade de recursos de terceiros
para investimento.
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7. Índices de rentabilidade
Indicam o retorno dos investimentos realizados.
Giro do ativo =
Receita Líquida
Ativo Total
Indica quanto a empresa vendeu para cada $ de
investimento total (próprio e de terceiros).
Quanto maior, melhor.
Quando se verifica uma redução nesse índice, de um
período para outro, deve-se analisar a real causa. Uma
hipótese seria a decisão da empresa de aumentar o preço
de venda, com conseqüente redução nos volumes
vendidos. Havendo manutenção ou aumento da margem
líquida (próximo índice analisado), há ganho para a
empresa (possivelmente provocado por reduções em
custos fixos).
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7. Índices de rentabilidade
Margem Líquida =
Lucro Líquido
x 100
Receita Líquida
Indica quanto a empresa obtém de lucro para cada $ 100
vendidos.
Quanto maior, melhor.
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7. Índices de rentabilidade
Rentabilidade do Ativo =
Lucro Líquido
x 100
Ativo Total
Indica quanto a empresa obtém de lucro para cada $100
de investimento total (próprio e de terceiros).
Quanto maior, melhor.
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7. Índices de rentabilidade
Rentabilidade do Patrimônio Líquido =
Lucro Líquido
x 100
PL Médio
Patrimônio Líquido médio = (PL Inicial + PL Final)
÷2
Indica quanto a empresa obteve de lucro para cada $100 de
capital próprio investido.
Quanto maior, melhor.
Representa a remuneração do capital próprio, que deve ser
comparada com outros investimentos disponíveis no mercado, para
avaliar a viabilidade de permanência no negócio. Evidente que a
decisão deve levar em consideração o comportamento da
rentabilidade no longo prazo, a fim de que não seja impulsionada por
ocorrências anormais (tanto no mercado de atuação da empresa
quanto nos alternativos como bolsa de valores, fundo de renda fixa
etc).
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6. Modelo Du Pont
Consiste na análise de retorno do investimento sob 2
aspectos: margem e giro dos ativos.
Esse desmembramento facilita a identificação das origens
do resultado obtido e, consequentemente, as causas de
eventuais problemas existentes.
É também chamada de análise do ROI – Return on
Investiment (ou simplesmente, retorno sobre o
investimento).
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6. Modelo Du Pont
ROI
Margem
(÷)
Lucro Líquido
$ 1.440
Vendas
$
36.000
4%
(-)
6%
(x)
Vendas
$ 36.000
Custos e Despesas
$ 34.560
Giro 1,5
Vendas
$ 36.000
Ativo Permanente
+ Real. LP $15.600
(÷)
Investimento
(Ativo) $ 24.000
(+)
Ativo Circulante
$ 8.400
Custo das Vendas
$ 30.960
Despesas
Operacionais $ 1.080
Disponível
$ 600
Depreciação
$ 1.200
Juros
$ 540
Contas a Receber
$ 4.200
Imposto Renda
$ 960
Receitas Financeiras
($180)
Estoques
$ 3.600
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7. Balanced Scorecard
Sistema de avaliação de desempenho estruturado por Robert
Kaplan (mesmo idealizador do ABC) e David Norton, iniciado
em 1990.
Estabelece o que deve ser medido – os fatores-chave
estratégicos – e como as informações devem ser dispostas para
que possam ter maior utilidade na gestão do negócio.
De um sistema de avaliação de desempenho o BSC se
transformou em um sistema de comunicação e alinhamento
estratégico e, posteriormente, num sistema de
gerenciamento da estratégia.
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7. Balanced Scorecard
O mapa estratégico permite à alta administração monitorar o
cumprimento da estratégia estabelecida, analisando-se os
negócios sob quatro perspectivas:
• Perspectiva Financeira
• Perspectiva dos Clientes
• Perspectiva de processos internos
• Perspectiva de aprendizado e crescimento
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7. Balanced Scorecard
Tradução da visão e estratégia – quatro perspectivas
(*)
Visão e
estratégia
(*)de Kaplan e Norton,The Balanced Scorecard Translating Strategy into Action, Boston: Harvard Business School Press, 1996.
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7. Balanced Scorecard
Perspectiva Financeira
•
Os indicadores financeiros devem expressar o tipo de
decisão estratégica tomada.
•
Os indicadores mais usuais são: crescimento e mix de
receita, redução de custo e aumento de produtividade,
utilização de ativos e estratégias de investimento.
•
Além de medidas de resultado, devem ser definidos
objetivos e medidas específicas, chamadas de medidas
de tendência.
•
A definição de prioridades é importante, a fim de que os
gestores se decidam por alternativas de ação.
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7. Balanced Scorecard
Perspectiva de clientes
•
Os gestores têm que refletir sobre “como entregar mais
valor ao cliente-alvo”,
•
considerando atributos como: tempo, qualidade,
desempenho e serviço e preço.
•
Kaplan e Norton classificam esses atributos em 3
categorias:

Atributos dos serviços ou produtos - funcionalidade,
preço e qualidade.

Relacionamento com o cliente (pré e pós-venda).

Imagem e reputação da empresa.
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7. Balanced Scorecard
Perspectiva de Processos Internos
•
Os processos internos são estabelecidos de acordo com
as necessidades dos clientes e as metas financeiras.
•
No BSC, ganho de produtividade não é um objetivo em
si. Assim, mudanças de processos só são
implementadas se forem consideradas críticas para o
sucesso da estratégia da empresa, numa visão de longo
prazo.
•
Os processos são organizados em quatro grupos:

Gestão operacional – produção e entrega.

Gestão de clientes – conquista e retenção de
clientes, relacionamento com clientes etc.

Inovação.

Regulatórios – relação com a comunidade e o meio
ambiente.
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7. Balanced Scorecard
Perspectiva de Aprendizado e Crescimento
•
•
De acordo com Kaplan e Norton, o aprendizado e o
crescimento têm três origens:
•
pessoas
•
sistemas de informação
•
estrutura e procedimentos organizacionais.
Assim, os objetivos e medidas referentes a essa
perspectiva se referem a:
- treinamento, retenção e motivação de pessoal,
- aperfeiçoamento de sistemas de informação e
- aperfeiçoamento de rotinas e procedimentos
organizacionais.
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Leitura da semana
Capítulo 5
Ching, Marques e Prado
Contabilidade e Finanças para não
especialistas
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