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MÓDULO 2
Percepção de risco
Relevância da percepção de
risco
Por que incluir um tema de percepção
em um curso sobre comunicação de
risco?
A resposta é simples: porque a
percepção é um dos pilares
fundamentais da comunicação.
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O conhecimento das opiniões, das crenças,
dos sentimentos, dos valores e das
atitudes que uma pessoa ou comunidade
tem acerca de um possível risco deve ser
uma ferramenta fundamental daqueles
que desenvolvem materiais, ações e/ou
campanhas de comunicação de risco.
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Ao comunicar riscos é fundamental
conhecer o grupo-alvo ou público e
não dar por certo que, de antemão, já
se sabe o que esse grupo pensa,
conhece ou sente.
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O que medir em um estudo
sobre percepção de riscos?
 O nível de risco que as pessoas
percebem.
 A população que está exposta a tal risco.
 A presença permanente ou variável do
perigo sob análise.
 A capacidade percebida pela população
de enfrentar o risco; isto é, sua
percepção de controle sobre o mesmo.
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Continua




As experiências e repercussões anteriores com a
situação de risco estudada ou com uma situação
semelhante.
O nível de confiança que a população tem na
instância ou pessoa responsável por atender a
situação de risco.
O conhecimento que as pessoas têm sobre o
fenômeno ou processo, identificando, em
particular, a informação equivocada ou
incompleta.
A atribuição que fazem sobre as causas do risco.
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Continua
 Se existem elementos culturais de
ordem local que influem no
comportamento das pessoas diante do
risco.
 Se existem elementos de natureza
alheia à situação de risco, mas que
podem distorcer o processo de
comunicação, tais como intenções
políticas ou influências religiosas.
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Elementos importantes na
percepção de risco
O mito da invulnerabilidade pessoal
A maior parte das pessoas considera que elas
têm uma espécie de invulnerabilidade e que
estão em menor risco do que outras pessoas
em sua própria situação.
Esta crença as torna mais vulneráveis, uma
vez que deixam de tomar medidas
preventivas.
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Divergências entre a população
exposta e os especialistas
Quase sempre existe discrepância
entre os especialistas e a população
exposta.
Essa diferença no modo de perceber o
risco tem sua explicação no fato de
que cada grupo leva em conta
diferentes elementos.
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Percepção da avaliação do risco
Especialistas
Público
•Confiança na
avaliação do risco
•Objetivo
•Analítico
•Sensato
•Racional
•Com base no risco
real
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•Com base na
percepção do risco
•Subjetivo
•Hipotético
•Emocional
•Irracional
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Diferenças individuais
Dentro de uma mesma comunidade ou grupo
também existem expressões diferenciadas na
forma como seus integrantes percebem um risco
em particular.
Essas variações obedecem tanto a variáveis
atributivas, tais como o sexo, a idade, a
escolaridade e o nível sócio-econômico, quanto a
circunstâncias conjunturais, tais como a opinião
acerca do governo da situação.
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Vieses na percepção de risco
Existe uma série de elementos que podem fazer
com que um risco seja percebido em sua justa
dimensão, de forma exagerada ou que seja
subestimado.
Ainda que em uma valoração específica alguns
deles terão maior peso ou hierarquia do que
outros, a pesquisa tem mostrado que, tenham ou
não sustentação real, todos eles são
significativos.
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Avaliação pública do risco
Subestimação
Sobreestimação
Viés otimista
Apatia
Fatalismo
Emoção
Medo
Percepção
Características
do risco
•Voluntário
•Natural
•Não temível
•Conhecido
•Passível de
contração pelo
indivíduo
•Nas mãos de uma
fonte confiável
Organização
•Gerenciado de
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modo responsável
Características
do risco
•Coercivo (involuntário)
•Industrial
•Temível
•Desconhecido
•Controlado por outros
•Gerenciado por uma
fonte pouco confiável
•Gerenciado de modo
irresponsável
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Abordagens gerais à
percepção de risco
 Uma das teorias mais conhecidas é a psicométrica, que
utiliza principalmente medidas quantitativas, questionários
e a aplicação de pesquisas de atitudes.
 Postula-se que o risco é de natureza subjetiva e definido
pelo próprio sujeito, o qual elabora seus juízos e pode ser
influenciado por um amplo conjunto de fatores
psicológicos, sociais, institucionais e culturais.
 Uma de suas principais contribuições foi a abordagem de
que, ao atribuir valor a um risco, cada indivíduo segue
regras heurísticas nas quais acomoda toda a informação
e as circunstâncias do momento para emitir um juízo com
base em sua experiência e em seus próprios processos
psicológicos.
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QUATRO NÍVEIS CONTEXTUAIS NA PERCEPÇÃO DE RISCO
Manifestações pessoais
Influências coletivas
Bagagem cultural
Instituições
culturais
Identidade pessoal e
senso de pertencimento
Cultura política, social
e econômica
Visões do mundo
Instituições sócio-políticas
Valores pessoais
e interesses
Valores sociais
e confiança
Fatores cognitivo-afetivos
Estruturas
econômicas
e políticas
Conhecimento
de referência
Estigma
Status
sócioeconômico
Crenças
pessoais
e afetos
emocionais
Heurística de processamento de informação
Limites
organizacionais
Heurística
coletiva
Percepção de
risco
Senso
comum
individual
Influência
dos
meios de
comunicação
Tomada de Renn y Rohrmann 2000.
Extraído de Renn e Rohmann, 2000.
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Taxonomia das Fontes de Risco
Riscos para o meio ambiente
Sujeitos ao
risco
Riscos para a saúde dos seres humanos, o bem-estar e seus bens
Ocupacionais
Atitudes individuais
Tipos de exposição pessoal
ao risco
Riscos naturais
Condições habitacionais
Riscos tecnologicamente
induzidos
Físicos
Tipos de
efeitos
Financeiros
Sociais
Crônicos
Locais
Regionais
Globais
No presente
Na geração seguinte
No futuro
Tomado de Rohrmann y Renn, 2000
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Conclusões
 O propósito da comunicação de risco é apoiar o processo de
se eliminar ou diminuir uma situação de risco para uma
pessoa ou comunidade.
 Para tanto, é necessário conhecer quais são seus
sentimentos, crenças, opiniões, valores e atitudes para com
a fonte do risco, a gravidade do risco, o potencial de dano, a
população exposta, as formas de enfrentar o risco e a
instância responsável por gerenciar o risco, entre outros
elementos.
 Partindo desse conhecimento, o desenvolvimento da
estratégia, dos materiais, da campanha de comunicação de
risco será, sem dúvida, muito mais bem-sucedida.
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