http://www.paho.org MÓDULO 1 Comunicação de Risco: Uma introdução Risco: Definição Probabilidade de que ocorra um dano em conseqüência da exposição a um agente químico, físico ou biológico. Organização Pan-Americana da Saúde 2 Objetivos • Retroalimentar as inquietudes e preocupações da população, o que permite diminuir a ansiedade, informar o público (família, comunidade, centro de trabalho)para que se prepare e participe da minimização e prevenção do risco • Informa a população sobre riscos desconhecidos com o fim de propiciar uma percepção de acordo com as necessidades de proteção de sua saúde. Contribui para obter a colaboração da população em risco de modo a tornar mais eficiente e rápida a intervenção ou a resposta das autoridades. Organização Pan-Americana da Saúde 3 Áreas de Participação A comunicação de risco participa em duas etapas da análise de risco: • Na avaliação de riscos, permitindo informar à população sobre o grau de risco de uma situação, agente, processo. • No gerenciamento de riscos, dando a conhecer as alternativas para se diminuir a exposição ou controlar o risco por meio de processos tecnológicos, legislação, etc. Organização Pan-Americana da Saúde 4 Marco de análise do risco Manejo do risco Avaliação de risco •Avaliação do risco •Identificação do perigo •Opções de avaliação •Avaliação da exposição •Opções de implementação •Caracterização do risco •Monitamento e revisão Comunicação do risco Organização Pan-Americana da Saúde Fonte: Canadian Food Inspection Agency 5 A comunicação de risco para a saúde: • tem desempenhado um papel importante na prevenção e mitigação das conseqüências adversas para a saúde humana relacionadas à exposição a substâncias perigosas • tem facilitado as ações em casos de desastres naturais e tecnológicos, e • tem contribuído para o enfrentamento e a preparação para situações de crise. Organização Pan-Americana da Saúde 6 O Dilema Fundamental da Comunicação de Risco Os riscos que matam as pessoas e os riscos que as alarmam são completamente diferentes Covello & Sandman, 2001. Organização Pan-Americana da Saúde 7 Diversos riscos ambientais, tais como a poluição do ar, da água e do solo, as novas tecnologias, tais como a nanotecnologia, os organismos geneticamente modificados, microondas, o bioterrorismo, a possível pandemia de gripe aviária, têm acrescentado novas preocupações na sociedade em geral. Organização Pan-Americana da Saúde 8 Os governos enfrentam: • a necessidade de informar os cidadãos sobre riscos pouco conhecidos, imprevisíveis e a respeito dos quais existe desacordo entre os especialistas. • O desafio de manter uma distinção clara entre as técnicas de comunicação vistas pelo público como propaganda e aquelas concebidas para fornecer informação técnica, promover, educar e mudar atitudes. Organização Pan-Americana da Saúde 9 Definição de Comunicação de Risco “A comunicação de risco é um processo interativo de troca de informação e de opiniões entre indivíduos, grupos e instituições. É um diálogo no qual são discutidas múltiplas mensagens.” National Research Council, 1989. Organização Pan-Americana da Saúde 10 PRINCÍPIOS 1. As percepções são realidades: O que é percebido como real, mesmo se não for correto, é real para a pessoa e real em suas conseqüências. 2. A finalidade é estabelecer credibilidade e confiança: Sempre se deve levar em conta que as duas condições devem ser aumentadas e mantidas 3. A comunicação efetiva de riscos é uma habilidade técnica: exige uma grande quantidade de conhecimento, organização, planejamento, abertura e prática. Organização Pan-Americana da Saúde 11 A comunicação de risco pode ser identificada em função do tema em questão: 1. Comunicação voltada para o cuidado 2. Comunicação voltada para o consenso 3. Comunicação durante uma crise Organização Pan-Americana da Saúde 12 1. Comunicação para o cuidado Concentra-se nos riscos para os quais tanto o risco quanto a forma de enfrentá-lo já foram bem determinados mediante pesquisa científica aceita pela maioria do público; por exemplo, informar sobre riscos do tabagismo. Organização Pan-Americana da Saúde 13 2. Comunicação para o consenso Destina-se a informar e estimular os grupos a trabalharem em conjunto a fim de alcançarem uma decisão a respeito de como um risco pode ser gerenciado (prevenido ou mitigado); por exemplo, uma associação de moradores e o dono de um aterro sanitário local para, juntos, determinarem como melhor dispor dos resíduos perigosos. Organização Pan-Americana da Saúde 14 3. A comunicação durante uma crise Realiza-se diante de um perigo extremo e repentino, por exemplo, um acidente em uma zona industrial ou um surto de uma doença letal, e desempenha um papel fundamental ao enfrentar a forma de atender a situação. Organização Pan-Americana da Saúde 15 As sete regras principais da Comunicação de Risco 1. 2. 3. 4. Aceitar o público como agente colaborador Escutar o público Ser honesto e flexível ao escutar outras opiniões Coordenar e colaborar com outras agências/ grupos de credibilidade 5. Satisfazer as necessidades dos meios de comunicação 6. Falar com clareza e com empatia 7. Planejar com cuidado e avaliar as ações Organização Pan-Americana da Saúde 16