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REGIÃO CARBONÍFERA, SEXTA-FEIRA, 23 DE DEZEMBRO DE 2011
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GERAL
Editor: Marcos Barbosa
(51) 8401.2309
No Twitter: @colunadoaranha
Colaboram:
Renato Miller, Rodrigo Ramazzini,
Susana Martins e Viviane Bueno
Editorial
Que segurança
temos?
Sabemos que a data desta edição poderia impor que
se falasse do Natal e suas repercussões em nossas
comunidades regionais, seus benefícios e mazelas. No
entanto, um fato em nível estadual “mais alto se
alevanta”, como diria Camões: o episódio desastroso
proporcionado por policiais paranaenses em Gravataí,
que se diziam no encalço de sequestradores de um
empresário, quando acabaram mortos um sargento
da Brigada Militar e um dos reféns do sequestro, o
agricultor Lírio Persch, nascido em Novo Hamburgo,
mas morador do estado paranaense.
Evidentemente, o que todos estão perguntando é
como tal operação chegou onde chegou sem um conhecimento prévio da polícia gaúcha. O policiais brasileiros todos sabem que, exatamente para evitar que
ocorram tragédias como essa, estabelece-se a
obrigatoriedade de avisar os policiais de outro estado
quando se faz necessária uma investigação na região
deles. Por isso não ter sido feito é que hoje amargamos duas mortes ocorridas de forma brutal por um
erro sem qualquer justificativa.
Nas palavras do delegado Cleber Ferreira, que
tem mais de trinta anos A gíria policial
de atividades na Polícia dá o nome de
Civil gaúcha, a gíria policial dá o nome de “pira- “pirataria” a
taria” a esse tipo de ação
impetrada por seus cole- esse tipo de
gas paranaenses, o que ação
poderia colocar também
a própria vida deles em
risco, já que poderiam ser confundidos com bandidos
por não terem apresentado nenhuma identificação. Por
outro lado, é de conhecimento público, inclusive, que
o policial, antes de atirar, deve preocupar-se, primeiro, com a vítima, num caso de seqüestro, para depois
alvejar o suposto criminoso, o que parece não ter
acontecido pelos relatos feitos até agora. A imperícia e
a irresponsabilidade do ato, portanto, tornam-se gritantes num fato como esse. Perguntamos: como está
a qualidade da formação de profissionais nas escolas
de polícia pelo Brasil? Haverá discrepâncias consideráveis na relação entre os estados da Federação ou o
episódio foi algo isolado? Preocupam a sociedade brasileira ocorrências dessa natureza, principalmente porque dizem respeito à qualidade da segurança que nos é
oferecida.
É lamentável que assuntos como esse ocupem um
espaço de opinião que, hoje, poderia estar voltado às
reflexões e saudações que nos proporcionam, a cada
ano, as festividades do Natal. É verdade, a vida está
sempre nos pregando peças.
Feliz Natal a todos!
O preço do granizo
O assunto já está um tanto repisado, mas
muitos ainda não reconstruíram seus lares e
talvez passem o Natal sem teto. Por isso os
comentários a seguir.
A tempestade de granizo que assolou os
municípios de General Câmara, Triunfo e São
Jerônimo, na semana passada, custou muito
caro aos atingidos, às prefeituras e à Defesa
Civil. Em situações como estas, todos ficam
fragilizados e necessitam de toda a ajuda
possível, seja material ou moral.
Assim, nada, absolutamente nada,
justifica o aumento abusivo dos preços de
alguns materiais de construção, coincidentemente, um dia após a catástrofe.
E ainda tem o caso dos desvios destes
materiais, que sempre ocorrem e que são
protagonizados por pessoas que deveriam
Ponto
facultativo?!
Para atrapalhar mais um
pouco a vida do cidadão
que trabalha e precisa dos
serviços públicos, a
Prefeitura de Charqueadas
decretou ponto facultativo
nos serviços burocráticos e
externos, exceto nos
serviços considerados
essenciais, nos dias 23 de
dezembro, a partir das 12
horas; 26 de dezembro; 30
de dezembro, a partir das 12
horas; e 02 de janeiro de
2012.
Limitações
Tramita na Câmara dos
Deputados a Proposta de
Emenda Constitucional
(PEC) 37, que limita o poder
de investigação do Ministério Público. O MP não
poderia mais atuar em casos
cuja prerrogativa é exclusiva
da Polícia Civil e Polícia
Federal.
estar trabalhando para amenizar a situação
dos atingidos. Caso de polícia.
Aliás, casos semelhantes já ocorreram no
passado e o Ministério Público já ofereceu
denúncia contra vários envolvidos. Isso por
si só já deveria servir para coibir tais
atitudes, mas aos corruptos e aos gananciosos não assusta o rigor da lei ou a execração
pública. Seus interesses estão acima disso (e
da própria moral que não têm).
Para eles, os corruptos e gananciosos, o
que é a solidariedade? A resposta dependerá
do quanto eles possam faturar com ela.
Atitudes como estas não têm outra classificação que não a desumanidade.
Claro que estes são uma minoria, mas
que coloca em dúvida a reputação de todos
os envolvidos no processo.
Redes
sociais
Ernesto Ferreira (no
Facebook) - Não
bastasse todo o transtorno causado pela
chuva de granizo, ainda
tem a ganância de
alguns empresários, que
tirando proveito do
desespero da população, elevaram
exorbitantemente o
preço de telhas, lonas e
mantas asfálticas. Uma
atitude digna de uma
ação do Ministério
Público. Depois ainda
fazem campanhas para
incentivar a compra no
comércio local.
Hospital de Butiá
Parceria Sicredi-Apae
A partir do dia 2 de janeiro de
2012, José Antonio Saravia
retoma suas atividades como
responsável técnico pelo
Hospital de Butiá, após afastamento por motivos pessoais. O
prefeito Paulo Machado e o
diretor administrativo do
Hospital, Marinho Junior,
acertaram a permanência do
médico na função em que já
vinha atuando há vários anos,
com isso todas as atividades do
Hospital serão retomadas
normalmente, tendo o seu
funcionamento pleno.
No período de 23 de dezembro a 1º de janeiro, o Hospital
não estará realizando
internações devido a uma
detetização e reformas que
serão feitas nos leitos, mas os
demais serviços funcionarão
normalmente com o plantão
médico 24 horas, exames e
remoções. Os casos
internações, neste período
serão encaminhados ao Hospital de São Jerônimo.
A parceria firmada entre o Sicredi e a
Apae de São Jerônimo, pela qual a cada
novo associado a cooperativa destina um
valor para a instituição, já tem 227
participantes. Quanto mais associados,
mais a Apae recebe. Mais informações
com a Apae, pelo telefone 3651.5399, ou
diretamente no Sicredi.
ISAÍAS
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