Imperial
Gazeta
Jornal editado pelo Instituto Brasil Imperial Julhode 2013 Ano XVIII Número 210 www.brasilimperial.org.br
AVANTE!!!
02
Palavra do Presidente
PARTICIPE ATIVAMENTE
DO GRANDE PROCESSO
DE MUDANÇA DO IBI
Estamos assistindo diariamente na mídia, que o mundo está
passando por transformações políticas. Na sua maioria a população descontente está à frente das grandes manifestações.
Esta situação não é diferente no Brasil, onde a juventude brasileira saiu das redes sociais e invadiu as ruas para protestar,
combater a corrupção e outras mazelas republicanas, que mesmo que nos incomodassem, estavam restritas a comentários em
pequenos círculos. Os brasileiros acordaram!
E como vimos acima, foi só com a união das pessoas que motivaram o inicio das mudanças de atitudes na classe política de
nosso país.
Em novembro de 1994, foi criado um novo movimento para
agrupar os monarquistas e simpatizantes da causa monárquica,
derrotados no viciado Plebiscito republicano. Surgiu então o
Brasil Imperial!
O Movimento nasceu independente da Casa Imperial, e assim
permaneceu até que em fevereiro de 2010, o Brasil Imperial foi
transformado em Instituto Brasil Imperial, com um novo formato,
novas idéias, mas com o mesmo ideal – restaurar a Monarquia
Parlamentarista Constitucional.
Hoje, assim como o Brasil, o Instituto Brasil Imperial, necessita
avançar, e redimensionar o seu fôlego e de maneira independente, trabalhar pela transformação do País, sem sofrer interferências da Casa Imperial.
venha somar e ajudar a fortalecer a representatividade do Instituto
Brasil Imperial, se manifeste! O momento é agora! Envie e-mail para:
[email protected] e responda: Eu quero o Instituto
Brasil Imperial independente!
O “novo” Instituto Brasil Imperial, precisa saber de que forma você
pode fazer parte primeiramente, dessa mudança institucional e depois, da mudança de nosso País.
Entre as várias ações, precisamos elaborar cartilhas criativas,
histórias em quadrinhos, com um bom projeto gráfico, mostrando
quem somos e o que queremos para o Brasil, creio que temos vários
monarquistas ligados a publicidade e propaganda e ao marketing
político, que poderiam idealizá-las. Também precisamos de ajuda
para elaborar projetos de palestras em CD DVD e PowerPoint.
Então, se você tem formação em Designer Gráfico, Jornalismo, Economia, Marketing e Propaganda
ou Marketing Político ou tem outra
formação e tem vontade de participar do grande processo de mudança do IBI, www.brasilimperial.
org.br, escreva para: presidencia@
brasilimperial.org.br e inscreva-se.
Basta informar seu nome e sua
formação.
Ou optamos pelas transformações políticas que sonhamos para
o Brasil, ou aguardamos que “um dia” a Casa Imperial do Brasil
se posicione e lute pelo País!
Lembre-se o Brasil quer: Segurança, Saúde, Educação, Respeito,
Igualdade de Direitos, Oportunidades, Trabalho, Dignidade,
Justiça, Um país Livre e Democrático.
Se você optar em lutar pelo Brasil, de construir uma nova Nação,
Saudações Monarquistas!
Antonyo da Cruz
Presidente do Instituto Brasil Imperial
Gazeta
Imperial
A Gazeta Imperial é uma publicação do Instituto Brasil
Imperial. Artigos, sugestões de reportagens, divulgação
de eventos monárquicos e imagens podem ser enviados
para [email protected]
Comendador Antonyo da Cruz
Presidente do Instituto Brasil Imperial
[email protected]
Alessandro Padin
Editor e jornalista responsável
[email protected]
Professor Celso Pereira
Revisão
03
IBI
PARTIDO
PARLAMENTAR
Comendador Antonyo da Cruz
Surge outra opção para abreviarmos a restauração da Monarquia Parlamentar Constitucional no Brasil, convidei como
monarquista, a me ajudarem a fundar um partido da base
monarquista, já que a monarquia tem com base o parlamentarismo.
Para minha surpresa a adesão foi imediata e já contamos com
monarquistas da quase totalidade dos Estados.
Rege nos estatutos do partido que os vereadores, deputados,
e senadores deverão votar obrigatoriamente obedecendo ao
programa partidário, correndo o risco de serem expulsos do
partido se o desrespeitarem. As mesmas condições para os
Prefeitos, Governadores e Presidente, que devem governar pelo
que está estabelecido no programa do partido.
Criamos também dento do partido: o Movimento Jovem, o Movimento da Mulher, o Movimento Trabalhista, e o Movimento do
Empreendedor.
Convoco a Juventude, As Mulheres, os Trabalhadores e os Empreendedores a se inscreverem cada um em seu movimento, e
desde já informo aos quatro departamentos (movimentos) do
partido, o que for mais completo e mais ativo, será condecorado com o Diploma e a MEDALHA BRASIL IMPERIAL DO MÉRITO
CÍVICO E CULTURAL. Espero as suas adesões pelo e-mail [email protected]
Conclamo a todas e todos a se inscreverem como fundador do
partido, a reunião da fundação vai ser convocada nos próximos
dias para ser realizada no fim de setembro ou no começo de
outubro. Estou contando com a sua presença na reunião da
fundação do partido, faço questão de contar com a sua pessoa
entre os 101 fundadores que assinarão a ata da fundação e
registrando o seu nome na história.
O QUE É PARAMENTARISMO
Parlamentarismo é um sistema de governo em que o poder legislativo (parlamento) oferece a sustentação política (apoio direto ou indireto) para o poder executivo. Logo, o poder executivo
é, geralmente, exercido por um primeiro-ministro (chanceler).
A vantagem do sistema parlamentarista sobre o presidencialismo é que o primeiro é mais flexível. Em caso de crise política,
por exemplo, o primeiro-ministro pode ser trocado com rapidez
e o parlamento pode ser destituído. No caso de presidencialismo, o presidente cumpre seu mandato até o fim, mesmo havendo crises políticas.
QUAL A DIFERENÇA ENTRE REI E PRESIDENTE?
O (Rei) Imperador ou Imperador pertencente a uma dinastia
escolhida pela nação para exercer, em caráter vitalício e hereditário, a chefia suprema dos destinos do Estado, embora
seja reservada ao Conselho de Ministros, de base parlamentar,
eleito pelo povo, a realização das tarefas de governo.
Exemplos de países com
regime Parlamentarista
Canadá, Inglaterra, Suécia,
Itália, Alemanha, Portugal,
Holanda, Noruega, Finlândia,
Islândia, Bélgica, Armênia,
Espanha, Japão, Austrália,
Índia, Tailândia, República
Popular da China, Grécia,
Estônia, Egito, Israel,
Polônia, Sérvia e Turquia
Já o Presidente acumula as duas funções e geralmente se sai
mal em ambas – a chefia do Estado e a chefia do Governo, em
se falando em regime presidencialista.
Há também a forma republicana de base parlamentar, em que
o presidente, eleito, exerce a chefia de Estado e o Conselho
de Ministros, o Governo. O grande problema dessa forma
de governo é o Presidente – chefe de Estado – ou não tem
qualquer força ou, se a possui, sempre pensando nas próximas eleições, fica trabalhando contra o chefe de governo que
geralmente é de outro partido.
Já na Monarquia, o (Rei) Imperador símbolo da nação, está
acima das paixões e dos partidos, e sua função é prestigiar a
agremiação que detém o governo, até o momento em que este
corresponder ao interesse do povo.
Em ambos os casos, os parlamentares, representantes do
poder legislativo, são escolhidos pelo povo através de eleições
diretas.
O sistema parlamentarista tem origem na Inglaterra Medieval.
No final do Século XIII, nobres passaram a exigir maior participação na política no governo, comandado por um monarca.
Em 1295, o rei Eduardo I tornou oficiais as reuniões (assembléias) dos representantes nobres. Era o berço do parlamentarismo inglês.
04
Artigo
Reflexões sobre o conceito de
VERDADE
na história da república brasileira
Theófilo Vandeley
Em 31 de março desse ano, à
tarde, um grupo de pessoas se
aglomerava na Av. Rio Branco,
na frente do Clube Militar, para
protestar pela passagem dos
49 anos do golpe de 64, atrapalhando o trânsito daquela impor tante via da cidade do Rio
de Janeiro, lá se viam bandeiras dos par tidos políticos e dos
movimentos de esquerda, e de
instituições pouco conhecidas,
mas subvencionadas pelo governo federal, no tocante a sua
finalidade como a Juventude Socialista, mostrando que tem muita gente desocupada nesse país,
pois se o tivessem o quê fazer
não teriam tempo a perder.
Mas demonstram bem que possuem as mesmas deficiências da
geração de 68, de quem diziam
“A nova geração não conhecia
as lutas do povo brasileiro nos
séculos passados. Sabia mais
sobre a história da Rússia, da
China e de Cuba” (Lisboa,2013),
mas provavelmente nem isso a
geração de hoje saiba. Se esses manifestantes tivessem a
possibilidade de entrar no Clube
Militar, eles poderiam descobrir
a verdade sobre o golpe de 64,
pois seriam recebidos com inscrições, em algumas paredes,
onde se lê “A casa da república”,
assim eles descobririam que
golpe de estado no Brasil republicano é uma coisa comum, o de
64 foi apenas mais um.
A instauração da república fez
uma alteração curiosa na nossa
A instauração da república fez uma alteração curiosa na nossa
história, nós tínhamos um país respeitado no mundo, com
governo legitimamente eleito, plenas liberdades políticas,
liberdade de imprensa e de expressão, não havia nem presos
políticos nem exilados. À partir daquela data passamos a ter
banidos e exilados e isso seria uma constante na histórias
brasileira pelos próximos 90 anos, até a anistia de 79.
história, nós tínhamos um país
respeitado no mundo, com governo legitimamente eleito, plenas
liberdades políticas, liberdade
de imprensa e de expressão, não
havia nem presos políticos nem
exilados. À par tir daquela data
passamos a ter banidos e exilados e isso seria uma constante
na histórias brasileira pelos
próximos 90 anos, até a anistia
de 79. Os símbolos nacionais nos
lembram a cada dia esse golpe
covarde na Pátria brasileira, na
bandeira o céu do 15 de novembro, e nas esquisitas armas da
república, um sabre estupra uma
estrela, mas isso só faz sentido
05
para que sabe ver.
Assim, soa estranho os lamentos dos exilados de 64 e anos
seguintes. Nossa Imperatriz Isabel viveria no exílio 31 anos, e lá
morreria, por ter liber tado os escravos. Então a primeira verdade
da história republicana é que os
golpes de Estado são coisas banais, para a infelicidade daqueles manifestantes, mas devemos
lembrar que não foi por falta
de aviso, como disse o sábio
Joaquim Nabuco em 1890, “(...)
suprimir a liberdade provisoriamente para torna-la definitiva,
é como a medicina que matasse
o doente para ressuscitá-lo são.
A liberdade uma vez confiscada
não pode ser restituída integra,
ainda mesmo que a aumentem;
ficará sempre o medo de que ela
seja suprimida outra vez e com
maior facilidade (...)”, mas a
despeito do aviso de Nabuco, a
república se consolidou a ferro e
fogo, assim ao vermos a contabilidade dos mor tos durante a última ditadura, fica uma sensação
de que o prejuízo foi pequeno
para os padrões republicanos
brasileiros, já que os números de
mor tos e desaparecidos não chega a 500 pessoas, se olharmos
os primórdios da república, nas
revoltas federalista e da armada, os mor tos chegam a 10.000
brasileiros, até hoje em Desterro
(injustamente rebatizada de Florianópolis, em homenagem ao
sanguinário Mal Floriano), a fortaleza onde foram fuzilados centenas de marinheiros e civis, é
ponto turístico por causa disso.
Mais a frente os monarquistas
de Canudos seriam trucidados,
25.000 vidas foram ceifadas, em
nome da república, os próceres
republicanos tentariam diminuir
a memória desses már tires chamando-os de sebastianistas,
mas Glauber Rocha em – Deus e
o Diabo na Terra do Sol – restabeleceu a verdade na figura do
Beato Sebastião.” ”A Nação debatia-se no conflito Monarquia
versus república, e o desastre
militar da terceira expedição
botou o caldo na fervura. Houve
empastelamento de jornais, quebra-quebra, desordens internas
no Rio, então Capital Federal”.
(...) “começara a guerra braba
entre jagunços de Canudos contra a soberania nacional do Exército. (...) na maior carnificina ou
charqueada humana, registrada
nos umbrais da História nacional. (...) O Exército degolou muitos prisioneiros, com a chamada
‘gravata vermelha’, cenas que
merecem da civilizada e vingadora pena do cronista e historiador
maior de Canudos, o genial Euclides da Cunha em Os Ser tões,
veementes denúncias.” (Dantas,
1974,56-60), mas essa é uma
verdade que nenhuma comissão
quer saber.
A república velha em 30 daria
mais uma quota de exilados, renovando a verdade republicana.
A ditadura getulista, prendeu e
tor turou muito até 37, depois do
Estado Novo muito mais; o Dops
é uma sigla inesquecível desse
período e perduraria na ditadura de 64, assim outra verdade
é que tor tura não é novidade
na história republicana, então
soa não estranho, mas curioso,
os protestos contra a deposição
do getulista João Goular t, que
cer tamente nunca descordou do
seu mentor e guia que foi Getúlio
Vargas
64 foi mais um capítulo da estupidez republicana brasileira,
estupidez essa que se renova
a cada dia, de diversas formas,
governo após governo. O mais
novo episódio vem a ser a Comissão Nacional da Verdade, que
quer acer tar as contas dos perdedores da insana luta armada
com os seus algozes, onde não
escondem o desejo de vingança,
só que para isso estão fazendo
algumas simplificações curiosas,
tais como, achar que só os militares foram criminosos, e que
crime imprescritível é apenas o
de tor tura, esquece-se que terrorismo também não prescreve.
Também fazem algumas colocações que chocam pelo primarismo, tais como a do cientista
social Paulo Sérgio Pinheiro, coordenador da CNV, diz ele “ É preciso uma revisão drástica do ensino de história nas academias
militares, onde mentiras e mitos
sobre 64 são repassados. Como
o de que o golpe foi uma revolução contra o comunismo. Isso
é história da carochinha. Esse
Como disse o sábio Joaquim Nabuco
em 1890, “(...) suprimir a liberdade
provisoriamente para torna-la definitiva,
é como a medicina que matasse o doente
para ressuscitá-lo são. A liberdade uma
vez confiscada não pode ser restituída
integra, ainda mesmo que a aumentem;
ficará sempre o medo de que ela seja
suprimida outra vez e com maior
facilidade (...)”
golpe de 64 foi sendo preparado desde Juscelino Kubitschek.
Esse desejo de imposição de ditadura em nome da segurança
nacional é velho.
Foi o terrorismo de Estado, que
implementou
uma
ditadura.
O ensino militar tem que ser
compatibilizado com a democracia que estamos tendo” (O
Globo,16/05/2013). Essas palavras do coordenador da CNV
não fazem justiça, àquilo que se
espera de um doutor em ciência política, até porque esse
período já foi bastante estudado.
Quem tem algum compromisso
com a verdade não pode negar
que João Goular t, era o homem
errado, no lugar errado, no momento errado. Alguém que se
candidata duas vezes ao cargo
de vice-presidente, cer tamente
o faz por não ter a capacidade
de ser presidente, e a história do
seu governo fala por si próprio.
Em entrevista a Palmério Dória,
o renomado jornalista VillasBôas Corrêa, assim teoriza sobre o fim do governo Jango – “Eu
tenho uma teoria.
A culpa é da Constituição de 46,
que permitiu a eleição em separado do presidente e do vice, o que
não acontece hoje. E o Jango fez
aquela mistura do Jan-Jan, dupla
traição dele e do Jânio com seus
companheiros de chapa.(..). No
caso do Jango, ele foi eleito pela
chapa de oposição, pelo voto direto, embora fosse da situação.
Na hora em que Jânio renunciou,
06
frustrou toda a base de apoio de
sua eleição, gerando toda sor te
de inconformismo e golpismo”. A
solução para atenuar os descontentamentos, no entender dessa
base de apoio, foi a imposição do
parlamentarismo para Jango assumir, só que Jango não entendeu que parlamentarismo era a
forma dele começar e terminar o
seu governo, mas a mentalidade
dos homens daquele período era
presidencialista, e Jango não
tinha competência para tanto, e
insistiu para o retorno ao presidencialismo, sobre isso assim se
expressou outro jornalista político “Suas dificuldades passaram
a agravar-se justamente a par tir
do instante em que, através de
um plebiscito, recuperou os seus
legítimos poderes presidencialistas.
A rigor , nenhum regime poderia ser melhor para ele do que o
parlamentarismo, onde poderia
governar do alto, tendo abaixo o
premier, a funcionar como uma
espécie de sparing e de anteparo
aos desgastes, ônus e pressões.
Ele ficaria resguardado no seu
posto de presidente da república
e de chefe de Estado, para só
intervir nos momentos de crise
que exigissem sua mediação nos
impasses do gabinete. Era um
homem tímido, simples, gentil,
atencioso, cordato, vacilante e
hesitante, sem ser vaidoso para
a majestade e imponência do
cargo e sem apetite para o manuseio e o comando das engrenagens administrativas. Já não estava dando conta dos poderes
de presidente parlamentarista.
Como daria conta dos poderes
de presidente presidencialista?”( Melo Filho,1997,362).
Ainda sobre Jango, seu ministro da casa militar, gal. Assis
Brasil (05/1980), que foi preso
e cassado pela ditadura, assim
se expressa: “O Jango foi um
homem que sempre teve poder
mas nunca governou, só sua estância. Esta ele governou muito
bem porque era um governo sui
generis. Não é a mesma coisa
governar um continente, e um
continente que já vinha cheio de
tormentas desde 1922. Ele não
estava preparado para a função
que desempenhou. Ele não foi
Raquel de Queiroz nos dá outro ângulo do problema “ a vinda do
janguismo, com a tal república corporativa que, no fundo, era
praticamente a ressureição do golpe de 1937. Não fascista no
sentido reacionário de direita, mas fascista no sentido de
reacionário de esquerda – já que para nós, fascismo e stalinismo se
equivaliam. (...)
eleito presidente, mas vice. (...)
Um homem honesto, um grande
coração, um homem que não fazia nada com maldade, um amigo
até dos seus inimigos, sem ambição de poder. Um homem rico,
mas que não estava preparado.
A culpa não foi dele mas do sistema”.
Outro renomado jornalista político, agrega outros dados sobre
Jango: “O Sr. Leonel Brizola, que,
como se sabe, exerceu sobre o
cunhado uma das pressões mais
intensas e mais angustiantes,
desabafou-se cer ta vez comigo
– ( O problema do Jango, disse,
é que ele é o testemunho passivo de uma luta que se trava
em seu íntimo entre duas personalidades inconciliáveis, o her
deiro político de Getúlio Vargas
e o maior proprietário rural do
Brasil). As hesitações do presidente, sua lentidão na tomada
de cer tas decisões, a dubiedade
de algumas políticas do seu governo levavam o cunhado indócil
ao paroxismo da indignação”.
(Branco,1994,117).
Esse cunhado de Jango, seria
um dos seus grandes problemas, o qual ele não soube se
livrar. O Brasil de Jango vivia
os efeitos do início da mudança
da economia brasileira, de um
país unicamente agrário, para
um país também industrializado,
começado por JK, mas as custas
de irresponsabilidade fiscal e
monetária, que gerou um processo inflacionário onde todos perdem, deixando um pesado passivo para os governos seguintes,
passivo esse que só se agravou
com os constantes impasses entre o executivo e o legislativo,
agravado por uma intensificação
das demandas sociais e reinvindicações de várias categorias
profissionais, entre elas, as dos
praças das forças armadas e o
das ligas camponesas, em um
país agrário.
Na incapacidade de harmonizar
os interesses e tentar direcionar
soluções negociadas, o governo
busca se aproximar das esquerdas, isso dentro de uma sociedade conservadora, que não tole
raria o ambiente anárquico que
vinha se formando, com greves,
invasões de terras e insubordinação dos praças das forças armadas. Sobre isso, Melo Filho
nos diz “O próprio governo, que
devia ser o primeiro interessado
na ordem, estimulava as agitações, com as quais só tinha
a perder e nada a ganhar. Pois
quem está no poder quer que
tudo caminhe pacificamente,
para, nesse clima de tranquilidade, realizar o seu programa e
atingir os seus objetivos. A desordem só convém a quem não
está no poder, justamente para
conquista-lo. Governo não precisa de protestos. Ao contrário”.
E numa sexta feira 13, o governo
organiza um mega comício, onde
a esquerda se refestela ao atacar as estruturas vigentes, inclusive a estrutura democrática da
constituição de 46, onde Leonel
Brizola propõe o fechamento do
Congresso e a convocação de
uma Assembleia Constituinte,
assim, podemos ver que, alegar
que o golpe 64 interrompeu um
período democrático, é negar
que a esquerda também queria
bombardear essa democracia, e
07
nesse comício da Central “Foi a
radicalização Jango-Brizola que
deu todos os pretextos para o
golpe. Cada qual jogou as suas
achas. Aquele Comício Central
foi um duelo para ver quem fazia
o discurso mais radical” (VillasBoas Corrêa).
Assim mais uma verdade é que
não faltava quem quisesse jogar
lenha na fogueira, e no final alguns saíram queimados. Poucos
dias depois os marinheiros se
amotinam em assembleia reivindicatória, com sério agravo ao respeito hierárquico (quando surge
o cabo Anselmo). Nesse momento
a conspiração já ia longe. Raquel
de Queiroz nos dá outro ângulo
do problema “ a vinda do janguismo, com a tal república corporativa que, no fundo, era prati
camente a ressureição do golpe
de 1937. Não fascista no sentido
reacionário de direita, mas fascista no sentido de reacionário
de esquerda – já que para nós,
fascismo e stalinismo se equiva
liam. (...) Era essa, pois, a nossa posição em relação a Getúlio
Vargas. E explica a nossa hostilidade, desde Jango assumir,
quando Jânio renunciou: aquele
horror coletivo que atacou todos
os ditos liberais do Brasil, quando afinal se entregou o poder a
João Goular t. E Jango veio, com
a sua máscara de elemento de
esquerda, mas ninguém se enganava com isso: ele realmente não
era, nunca foi, o que se entendia
por esquerda. (...) E a chamada
‘esquerda’ de origem não popular mas popularesca, corporativista, caudilhista, fora o grande
divisor de águas, unindo antigos
adversários e reunindo rivais de
véspera. (...) E para nós, os símbolos sobreviventes do caudilhismo sem véus eram Jango,
Brizola, o fantasma de Getúlio
Vargas – tudo que eles representavam”.(1998,202/203).
Disso podemos inferir que se
Jango e Brizola tinham o projeto
caudilhesco, estavam usando os
comunistas para se apropriar do
discurso que em tese poderia lhe
aproximar da massa trabalhadora, só que as simpatias pelo comunismo no nosso povo sempre
foi diminutas, mas para a classe
proprietária, essa presença con-
stante a apoiar o presidente Jango, era um for te indício de fler te
com o comunismo. E este foi mais
um elemento que pôs a perder o
governo Jango, e os empresários
caíram dentro da conspiração
antes que surgissem surpresas,
notadamente os das industrias
de Minas Gerais, e o governador
desse estado, Magalhães Pinto,
que também era banqueiro, vai
ser um elemento fundamental,
como chefe civil da revolução de
64, daí não espanta que os movimentos das tropas para depor
Jango tivessem par tido de Minas, precipitando o movimento
que deporia o presidente.
Agora vem mais uma verdade,
essa geração de generais que
deflagraram o golpe de 64 é a
mesma geração de tenentes que
fizeram a revolução de 30, e estavam eivados das raízes positivistas, plantadas por Benjamim
Constant no Exército, e que são
os fundamentos da republiqueta que nasceu em 1889 com o
primeiro golpe. Então chorar e
praguejar contra a violência da
ruptura que, em última análise
é o elemento constitutivo das
instituições anômalas que impuseram aos brasileiros em
1889, é um contra senso, já que
ela é a regra e não a exceção,
e foi imposta por quem de direito, já que não podemos esquecer que a república foi aceita
como tal pela força das armas,
e como Nabuco disse, cada vez
com mais facilidade a liberdade
nos seria tirada. E os militares
falariam aber tamente da sua
conspiração “Tomei par te ativa
na revolução, conspirei intensamente, fui um daqueles que na
madrugada de 1° de abril de 64
ocuparam o For te Copacabana.
Entrei no For te com disposição
para matar e morrer, lembrando
Siqueira Campos: à Pátria dá-se
tudo e não se exige nada, nem
mesmo compreensão. Meu entusiasmo era e é grande. E não me
arrependo disso”. (cel. Silveira
Leite,1985), atentar para a menção de Siqueira Campos, tenente
dos 18 do For te.
(continua na próxima edição).
Podemos inferir que se Jango e Brizola tinham o projeto
caudilhesco, estavam usando os comunistas para se apropriar
do discurso que em tese poderia lhe aproximar da massa
trabalhadora, só que as simpatias pelo comunismo no nosso
povo sempre foi diminutas, mas para a classe proprietária, essa
presença constante a apoiar o presidente Jango, era um forte
indício de flerte com o comunismo.
08
Artigo
RUAS
O RECADO QUE VEM
Edson Murilo Prazeres
Coordenador de Desenvolvimento do
IBI em Santa Catarina
Políticos brasileiros, prestem
muita atenção aos avisos que
as ruas de todo o país estão
lhes enviando. Se Vossas Excelências prestarem atenção,
o povo não aguenta mais tanta
roubalheira. Ela está tudo muito escancarada e, em qualquer
esfera do poder. Se Vossas Excelências tiverem um minutinho
e buscarem os livros de história
do Brasil, lá encontrarão que
levantes ou revoltas populares
acontecem no país desde 1792,
quando um grupo de descontentes com os altos impostos cobrados pela Cor te de por tuguesa se rebelou. Outras revoltas,
revoluções, períodos ditatoriais
civis e militares aconteceram.
Depois, já num Brasil redemocratizado, a juventude brasileira, diante de novos escândalos vindos de Brasília, pintou a
cara e tomou as ruas de todo o
país e foram eles os principais
responsáveis pela derrubada
de um presidente da República.
Mas, parece-me que a lição
não foi aprendida e foi ignorada. As mesmas práticas republicanas continuam a serem
levadas a risca (corrupção,
desmandos,etc.). Como lá em
1792, o povo continua pagando
as contas dos “poderosos”.
Aquela juventude de 1992,
hoje, já se encontra em média,
com 30 ou 40 anos de idade,
muito mais politizada e formando opiniões, de jovens que
hoje estão tomando as ruas que
vocês esqueceram de ouvir. Acontece que nós cansamos! Não
acreditamos mais nos políticos
e em seus par tidos de aluguel.
Nós queremos refletir “o que
será de nosso país?” Qual será
o futuro de nossas crianças e
das próximas gerações de brasileiros? Nós não perdemos a
“nacionalidade”, simplesmente
nos permitimos deixar adormecer a nossa “brasilidade”, o
civismo! Eles ainda nos roubaram a dignidade. Nós devemos
mostrar à classe política que
não somos brasileiros somente
de 4 em 4 anos - ou na copa do
mundo ou nas olimpíadas, e que
nosso civismo só dura um mês.
Nós brasileiros não hasteamos
orgulhosamente nossa bandeira em frente a nossa casa no
dia da nossa Independência!
As nossas crianças de hoje não
sabem cantar nosso Hino Nacional, não sabem da existência do Hino da Independência,
nunca ouviram falar em José
Bonifácio, D. Pedro I, D. Pedro
II e muito menos das primeiras
mulheres a dirigirem o nosso
país, D. Leopoldina e a Princesa Isabel, que além de traída
teve seu trono usurpado por
militares aproveitadores “ditos”
republicanos.
09
Mas, a culpa não é dos professores que não passaram este
conteúdo aos seus alunos, mas
sim, de uma República de interesses que ao longo dos quase
124 anos, distorceu a magnífica história da construção de
um Grande Império de respeito
internacional, reduzindo-nos a
uma republiqueta do 3º mundo.
A história do Império do Brasil, o nosso país. A culpa é dos
governos que preferem investir
em “celas” nos presídios, do
que investir em “salas” de aulas. A falta de investimentos na
base, no ensino fundamental,
está levando muitas de nossas
crianças a trilharem os caminhos tor tuosos das drogas e da
criminalidade. Não se pode esperar muito de um país onde a
corrupção é praticada descaradamente e pior, sem punição.
E nós brasileiros, durante duas
décadas assistimos a tudo isso
iner tes como se fosse uma coisa normal, rotineira e banal.
Verdadeiramente deitados eternamente em berço esplêndido.
Mas, no fim do túnel sempre
há uma luz! Eis que novamente
surge uma juventude disposta a
lutar pelo país e com uma nova
visão política, disciplinada e
buscando sua cidadania.
Aos governos e aos políticos,
fica um aler ta: Cuidem-se, a
semente de uma nova Proclamação de Independência foi
plantada e bons frutos serão
colhidos, para que em breve se
possa ver contente a mãe gentil! A guardem.
O POVO BRASILEIRO EXIGE:
Fora corruptos, fora PEC 37,
fora Dilma e sua corja, fora Bolsas, fora Cotas.
O POVO BRASILEIRO QUER:
Saúde, Educação, Respeito,
Igualdade de Direitos, Oportunidades,
Trabalho,
Dignidade, Justiça, Um país Livre e
Democrático.
Artigo
A PARLAMENTARIZAÇÃO
DA CRISE E SEUS RISCOS
César Maia
As
manifestações
de
rua
demonstraram que o poder de
mobilização das redes sociais
finalmente chegou ao Brasil.
A imprensa abriu espaço para
pesquisadores e estudiosos do
tema escreverem, serem entrevistados..., de forma a que se
pudesse entender o que há de
novo nesse processo.
Por feliz coincidência, o professor catalão Manuel Castels
dava palestras em Por to Alegre
e S. Paulo no início dessas
manifestações e comentou o
que já tinha escrito em seus últimos livros sobre o caráter de
ruptura na dinâmica das redes
sociais. Ele e outros afirmaram
e afirmam que a democracia
vive uma etapa em que a representação popular terá que mudar de caráter.
As redes sociais são horizontais, não hierarquizadas, redes
de indivíduos empoderados pela
informação multiplicada, etc. E
nesse sentido o sistema parlamentar tradicional terá que ser
repensado de forma a que essa
transição seja previsível. No início das mobilizações a questão
da dinâmica das redes sociais
ocupou a preocupação política.
Mas progressivamente isso mudou.
Intelectuais de peso passaram
a tratar a questão na lógica do
movimento de massas de antes, que teria tido uma erupção espontânea que as redes
multiplicaram como se fossem
micro-mídias. Seria um esgotamento da paciência popular.
Essa visão tomou conta do Congresso. Esse passou a reagir a
esse movimento de massas de
forma tradicional, legislando,
como resposta.
As palavras de ordem lançadas foram transformadas em
decisões políticas, da redução
de tarifas de ônibus, a derrubada da PEC 37 que reduzia o
poder de investigação do MP, a
lei dando caráter de crime hediondo à corrupção, a lei de aplicação dos royalties, reforma
política com ou sem plebiscito... A expectativa era e é, que
com isso se abasteça de satisfação o movimento de massas e
esse esmoreça.
Com isso, o sentido das manifestações foi parlamentarizado.
A imprensa foi tabulando: demanda X, resposta Y do Congresso. E todo o debate sobre
as características das manifestações, origem, lógica e dinâmica, das redes sociais, foi sendo
abandonado. A gora se trata de
saber se a reforma política será
aprovada em plebiscito ou referendo, quais serão as perguntas..., e por aí vai. Essa parlamentarização, ao não tratar da
dialética das redes sociais, ao
deixar de lado seu caráter ino-
vador, ou de ruptura, será a fórmula garantida de que as manifestações se tornem menos e
menos administráveis. Tratar
as manifestações de massa de
hoje como um ciclo que volta,
das grandes manifestações de
massa de décadas anteriores
é um equívoco grave, que será
sentido de forma cada vez mais
intensa. O tempo mostrará.
10
Artigo
A REVOLUÇÃO
SILENCIOSA
Diego Casagrande
Jornalista em Porto Alegre/RS
Não espere tanques, fuzis e estado de sítio.
Não espere campos de concentração e emissoras de rádio,
tevês e as redações ocupadas
pelos agentes da supressão das
liberdades.
Não espere tanques nas ruas.
Não espere os oficiais do regime com uniformes verdes e
estrelinha vermelha circulando
nas cidades.
Não espere nada diferente do
que estamos vendo há pelo
menos duas décadas.
Não espere porque você não
vai encontrar, ao menos por enquanto.
A revolução comunista no Brasil já começou e não tem a face
historicamente conhecida. Ela é
bem diferente. É hoje silenciosa
e sorrateira. Sua meta é o subdesenvolvimento. Sua meta é
que não possamos decolar.
A ge na degradação dos princípios e do pensar das pessoas.
Corrói a valorização do trabalho
honesto, da pesquisa e da ordem.
Para seus líderes, sociedade
onde é preciso ser ordeiro não
é democrática.
Para seus pregadores, país
onde há mais deveres do que
direitos, não ser ve.
Tem que ser o contrário para
que mais parasitas se nutram
do Estado e de suas indenizações.
Essa revolução impede as pessoas de sonharem com uma
vida econômica melhor, porque
quem cresce na vida, quem
começa a ter mais, deixa de
ser “humano” e passa a ser um
capitalista safado e explorador
dos outros.
Ter é incompatível com o ser.
Esse é o princípio que estamos
presenciando.
Todos têm de acreditar nesses
valores deturpados que só impedem a evolução das pessoas
e, por consequência, o despertar de um país e de um povo
que deveriam estar lá na frente.
Vai ser triste ver o uso político-
ideológico que as escolas brasileiras farão das disciplinas de
filosofia e sociologia, tornadas
obrigatórias no ensino médio a
par tir do ano que vem.
A decisão é do ministério da
Educação, onde não são poucos os adoradores do regime
cubano mantidos com dinheiro
público. Quando a norma entrar
em vigor, será uma farra para
aqueles que sonham com uma
sociedade cada vez menos livre,
mais estatizada e onde o moderno é circular com a camiseta
de um idiota totalitário como
Che Guevara.
A constatação que faço é simples.
Hoje, mesmo sem essa malfadada determinação governamental - que é óbvio faz par te
da revolução silenciosa - as crianças brasileiras já sofrem um
bombardeio ideológico diário.
Elas vêm sendo submetidas
11
ao lixo pedagógico do socialismo, do mofo, do atraso, que
vê no coletivismo econômico a
saída para todos os males. E
pouco impor ta que este modelo não tenha produzido uma
única nação onde suas práticas
melhoraram a vida da maioria da população. Ao contrário,
ele sempre descamba para o
genocídio ou a pobreza absoluta para quase todos.
No Brasil, são as escolas os
principais agentes do ser viço
sujo.
São elas as donas da lavagem
cerebral da revolução silenciosa.
Há exceções, é claro, que se
perdem na bruma dos simpatizantes vermelhos.
Perdi a conta de quantas vezes
já denunciei nos espaços que
ocupo no rádio, tevê e internet,
escolas caras de Por to Alegre
recebendo freis betos e mantendo professores que ensinam
às cabecinhas em formação que
o bandido não é o que invade e
destrói a produção, e sim o invadido, um facínora que “tem”
e é “dono” de algo, enquanto
outros nada têm.
Como se houvesse relação de
causa e efeito.
Recebi de Bagé, interior do
Rio Grande do Sul, o livro
“Geografia”,obrigatório na 5ª
série do primeiro grau no Colégio Salesiano Nossa Senhora
Auxiliadora. Os autores são Antonio Aparecido e Hugo Montenegro.
O Auxiliadora é uma escola
tradicional na região, que fica
em frente à praça central da
cidade e onde muita gente boa
se esforça para manter os filhos buscando uma educação de
qualidade.
Através desse livro, as crianças
aprendem que propriedades
grandes são de “alguns” e que
assentamentos e pequenas propriedades familiares “são de todos”.
Aprendem que “trabalhar livre,
sem patrão” é “benefício de
toda a comunidade”. Aprendem
que assentamentos são “uma
forma de organização mais
solidária... do que nas grandes
propriedades rurais”.
E também aprendem a ler um
enorme texto de... adivinhe
quem?João Pedro Stédile, o
líder do criminoso MST que há
pouco tempo sugeriu o assassinato dos produtores rurais brasileiros.
O mesmo líder que incentiva a
invasão, destruição e o roubo
do que aos outros per tence. Ele
relata como funciona o movimento e se embriaga em palavras ao descrever que “meninos
e meninas, a nova geração de
assentados... formam filas na
frente da escola, cantam o hino
do Movimento dos Sem-Terra e
assistem ao hasteamento da
bandeira do MST”.
Essa é a revolução silenciosa a
que me refiro, que faz um texto
lixo dentro de um livro lixo parar na mesa de crianças, cujas
consciências em formação de-
Monarquista, anuncie o seu
produto ou serviço neste espaço
veriam ser respeitadas.
Nada mais totalitário. Nada
mais antidemocrático. Ser viria
direitinho em uma escola de inspiração nazifascista.
Tristes são as consequências.
Um grupo de pais está indignado com a escola, mas não consegue se organizar minimamente para protestar e tirar essa
porcaria travestida de livro
didático do currículo do colégio.
Alguns até reclamam, mas muitos que se tocaram da podridão
travestida de ensino têm vergonha de serem vistos como
diferentes. Eles não são minoria, eles não estão errados,
mas sentem-se assim.
A revolução silenciosa avança
e o guarda de quar teirão é o
medo do que possam pensar
deles. O antídoto para a rev olução silenciosa? Botar a boca
no trombone, aler tar, denunciar, DIVULGAR, fazer pensar, incomodar os agentes da “Stazi”
silenciosa. Não há silêncio que
resista ao barulho!
12
Artigo
Brasil está a três passos da
GUERRA CIVIL
Cel. Gelio Fregapani
Site www.emdireitabrasil.com.br
Falta ainda homologar no congresso e unir as várias reser vas
indígenas em uma gigantesca,
e declarar sua independência.
Isto não poderemos tolerar. Ou
se corrige a situação agora ou
nos preparemos para a guerra.
Quase tão problemática quanto
a questão indígena é a quilombola. Talvez desejem começar
uma revolução comunista com
uma guerra racial.
O MST se desloca como um exército de ocupação. As invasões
do MST são toleradas, e a lei
não aplicada. Os produtores rurais, desesperançados de obter
justiça, terminarão por reagir.
Talvez seja isto que o MST deseja: a convulsão social. Este
conflito parece inevitável.
O ambientalismo, o indianismo,
o movimento quilombola, o MST,
o MAB e outros similares criaram tal antagonismo com a sociedade nacional, que será preciso muita habilidade e firmeza
para evitar que degenere em
conflitos sangrentos.
Pela primeira vez em muito
tempo, está havendo alguma
discussão sobre a segurança
nacional. Isto é bom, mas sem
identificarmos corretamente as
ameaças, não há como nos preparar para enfrentá-las.
A crise econômica e a escassez
de recursos naturais poderão
conduzir as grandes potências
a tomá-los a manu militari, mas
ainda mais provável e até mais
perigosa pode ser a ameaça de
convulsão interna provocada
por três componentes básicos:
— a divisão do povo brasileiro
em etnias hostis;
— os conflitos potenciais entre
O ambientalismo, o indianismo, o movimento quilombola, o
MST, o MAB e outros similares criaram tal antagonismo com
a sociedade nacional, que será preciso muita habilidade e
firmeza para evitar que degenere em conflitos sangrentos.
produtores agrícolas e os movimentos dito sociais;
— e as irreconciliáveis divergências entre ambientalistas e desenvolvimentistas.
Em cer tos momentos chega a
ser evidente a demolição das
estruturas políticas, sociais,
psicológicas e religiosas, da
nossa Pátria, construídas ao
largo de cinco séculos de civilização cristã. Depois, sem tanto
alvoroço, prossegue uma fase
de consolidação antes de nova
investida.
Isto ainda pode mudar, mas infelizmente os rumos que seguimos apontam para a probabi-
lidade de guerra intestina. Em
havendo, nossa desunião nos
prostrará inermes, sem forças
para nos opormos eficazmente
às pretensões estrangeiras.
A ameaça de conflitos étnicos,
a mais perigosa pelo caráter
separatista
A multiplicação das reser vas indígenas, exatamente sobre as
maiores jazidas minerais, usa
o pretexto de conser var uma
cultura neolítica (que nem existe mais), mas visa mesmo a
criação de “uma grande nação”
indígena. A gora mesmo assistimos, sobre as brasas ainda fumegantes da Raposa-serra do
Sol, o anúncio da criação da
reser va Anaro, que unirá a Raposa/São Marcos à Ianomâmi.
Posteriormente a Marabitanas
unirá a Ianomâmi à Balaio/Cabeça do Cachorro, englobando toda a fronteira Nor te da
Amazônia Ocidental e suas
riquíssimas serras prenhes das
mais preciosas jazidas.
O problema é mais profundo
do que parece; não é apenas a
ambição estrangeira. Está também em curso um projeto de
por te continental sonhado pela
utopia neomissionária tribalista. O trabalho de demolição
dos atuais Estado-nações visa
13
a construção, em seu lugar, da
Nuestra América, ou Abya Yala,
idealizado provavelmente pelos grandes grupos financistas
com sede em Londres, que não
se acanha de utilizar quer os
sentimentos religiosos quer a
sede de justiça social das massas para conser var e ampliar
seus domínios. O CIMI, organismo subordinado à CNBB, não
cuida da evangelização dos
povos indígenas segundo o espírito de Nóbrega, Anchieta e
outros construtores de nossa
nação. Como adeptos da Teologia da Liber tação, estão em
consonância com seus colegas
que atuam no continente, todos
empenhados na fermentação
revolucionária do projeto comuno-missionário Abya Yala.
O processo não se restringe ao
nosso País, mas além das ações
do CIMI, a atuação estrangeira
está clara:
— Identificação das jazidas: já
feito;
— atração dos silvícolas e criação das reser vas sobre as
jazidas: já feito;
— conseguir a demarcação e
homologação: já feito na maior
par te;
— colocar na nossa Constituição que tratados e convenções
internacionais assinados e homologados pelo congresso teriam força constitucional, portanto acima das leis comuns: já
feito;
— assinatura pelo Itamarati de
convenção que vir tualmente dá
autonomia à comunidades indígenas: já feito.
Falta ainda homologar no congresso e unir as várias reser vas
em uma gigantesca e declarar
a independência, e isto não poderemos tolerar. Ou se corrige
a situação agora ou nos preparemos para a guerra.
O perigo não é o único, mas é
bastante real. Pode, por si só,
criar ocasião propícia ao desencadeamento de inter venções militares pelas potências
carentes dos recursos naturais
— petróleo e minérios, quando
o Brasil reagir.
Quase tão problemática quanto
a questão indígena é a quilom-
bola
A UnB foi contratada pelo Gov erno para fazer o mapa dos
quilombolas. Por milagre, em
todos os lugares, apareceram
“quilombolas”. No Espírito Santo cidades inteiras, ameaçadas
de despejo. Da mesma forma
em Pernambuco. A fronteira no
Pará virou um quilombo inteiro.
Qual o processo? Apareceram
uns barbudos depiercings no
nariz, perguntando aos afrodescendentes: “O senhor mora
aqui?” “Moro.” “Desde 1988?”
(o quilombola que residisse no
dia da promulgação da Constituição teria direito à escritura).
“Sim”. “Quem morava aqui?”
“Meu avô.” “Seu avô por acaso
pescava e caçava por aqui?”
“Sim” “Até onde?” “Ah, ele ia lá
na cabeceira do rio, lá naquela
montanha.” “Tudo é seu.” E escrituras centenárias perdem o
valor baseado num direito que
não existe. Não tenho cer teza
de que isto não seja proposital
para criar conflitos.
Tem gente se armando, tem
gente se preparando para uma
guerra. Temos de abrir o olho
também para esse processo,
que conduz ao ódio racial.
Normalmente
esquerdistas,
talvez desejem começar uma
revolução comunista com uma
guerra racial.
Cer tamente isto vai gerar conflitos, mas até agora o movimento quilombola não deu sinal
de separatismo.
Os Conflitos Rurais — talvez os
primeiros a eclodir
O MST se desloca como um
exército de ocupação, mobilizando uma grande massa de
miseráveis (com muitos oportunistas), dirigidos por uma
liderança em par te clandestina.
As invasões do MST são toleradas e a lei não aplicada. Mesmo ciente da pretensão do MST
de criar uma “zona livre”, uma
“república do MST” na região
do Pontal do Paranapanema, o
Governo só contemporiza; finge
não perceber que o MST não
quer receber terras, quer invadi-las e tende a realizar ações
cada vez mais audaciosas.
É claro que os produtores ru-
rais, desesperançados de obter
justiça, terminarão por reagir.
Talvez seja isto que o MST deseja; a convulsão social, contando, talvez, com o apoio de
setores governamentais como o
Ministério do Desenvolvimento
A grário. Segundo Pedro Stédile:
“O interior do Brasil pode transformar-se em uma Colômbia.
A situação sairá de controle,
haverá convulsões sociais e a
sociedade se desintegrará.”
Este conflito parece inevitável.
Provavelmente ocorrerá num
próximo governo, mas se ficar
evidente a derrota do PT antes
das eleições, é provável que o
MST desencadeie suas operações antes mesmo da nova
posse.
O ambientalismo distorcido,
principal pretexto para uma
futura inter venção estrangeira
Já é consenso que o ambientalismo está sendo usado para
impedir o progresso, mesmo
matando os empregos Caso se
imponham os esquemas delirantes
dos
ambientalistas
dentro do governo, com as restrições de uso da terra para
produção de alimentos, um
terço do território do País ficará interditado a atividades
econômicas modernas.
Há reações, dos ruralistas no interior do País, nas elites produtivas e até mesmo em setores
do governo, mas as pressões
estrangeiras tendem a se intensificar. Se bem que raramente o
meio ambiente ser viu de motivo
para guerra, hoje claramente
está sendo pretexto para futuras inter venções, naturalmente
encobrindo o verdadeiro motivo, a disputa pelos escassos
recursos naturais.
No momento em que a fome
ronda o mundo, o movimento
ambientalista, a ser viço do estrangeiro, mas com respaldo do
governo e com apoio de uma
massa urbana iludida, chama
de “terra devastada” àqueles
quadrados verdejantes de área
cultivada, que apreciamos ver
na Europa e nos Estados Unidos, e impede a construção
de hidrelétricas para salvar os
bagres. Com a entrada da Ma-
rina Silva na disputa eleitoral,
nota-se, lamentavelmente, que
todos os candidatos passarão a
defender o ambientalismo, sem
pensar se é útil para o País.
A três passos da guerra civil
O ambientalismo, o indianismo,
o movimento quilombola, o MST,
o MAB e outros similares criaram tal antagonismo com a sociedade nacional, que será preciso muita habilidade e firmeza
para evitar que degenere em
conflitos sangrentos.
Várias fontes de conflito estão
para estourar, dependendo da
radicalização das más medidas,
par ticularmente do Ministério
da Justiça:
— Roraima não está totalmente
pacificada;
— o Mato Grosso do Sul anuncia revolta em função da decisão da Funai em criar lá novas
reser vas indígenas;
— no Rio Grande, os produtores
rurais pretendem reagir às provocações do MST;
— Santa Catarina ameaça usar
a PM para conter a fúria ambientalista do ministro Minc, que
queria destruir toda a plantação
de maçã.
Uma vez iniciado um conflito,
tudo indica que se expandirá
como um rastilho de pólvora.
Este quadro, preocupante já
por si, fica agravado pela quase
cer teza de que, na atual conjuntura da crise mundial o nosso País sofrerá pressões para
ceder suas riquezas naturais —
petróleo, minérios e até terras
cultiváveis — e estando dividido sabemos o que acontecerá,
mais ainda quando uma das
facções se coloca ao lado dos
adversários como já demonstrou o MST no caso de Itaipu.
Bem, ainda temos Forças Armadas, mas segundo as últimas
notícias, o Exército (que é o
mais impor tante na defesa interna) terá seu efetivo reduzido. Será proposital?
Que Deus guarde a todos vocês.
O cel. Gelio Fregapani é escritor, atuou na área do ser viço de
inteligência na região Amazônica, elaborou relatórios como o
do GTAM, Grupo de Trabalho da
Amazônia.
14
Gastão Reis Rodrigues Pereira
Empresário e economista
[email protected]
www.smart30.com.br
Se eu lhe dissesse que o bater
de asas de uma borboleta no mar
do Japão causou um maremoto
no golfo do México, provavelmente, poderia lhe parecer um
exagero. Poderia. Na verdade,
a teoria da complexidade, em
termos simples, nos aler ta para
o fato de que causas aparentemente insignificantes podem
ter efeitos monumentais. Bem
diferente da mecânica clássica newtoniana onde o efeito é
proporcional à maior ou menor
violência do tranco inicial. Malcolm Gladwell, em seu livro O
ponto da virada, nos mostra o
caminho das pedras já a par tir
de seu subtítulo: Como pequenas coisas podem fazer uma
grande diferença. Ele dá como
exemplos episódios da história,
de mais de um país, de como
situações iniciais que pareciam
inofensivas se desdobraram em
fatos históricos da maior relevância. Um deles se refere a
Paul Revere, herói da independência americana, aler tando
seus compatriotas de que os
ingleses estavam vindo, dandolhes tempo de se organizarem
para a defesa.
Algo semelhante tomou conta das ruas de nossas cidades.
Uma mani-festação contra o aumento das passagens de ônibus na capital de São Paulo,
que parecia de cunho local, foise espalhando assumindo um
caráter de insa-tisfação geral
com nossas práticas nada republicanas a despeito dos decan-tados valores republicanos
de faz de conta. Como sabemos, nossos(?) represen-tantes
não se cur vam diante do interesse público, mas tão-só para
contemplar o próprio umbigo e,
logo ali ao lado, um pouco mais
abaixo, o bolso.
As frases expostas nas faixas
de protesto demonstram seu
caráter bem mais amplo e cívico, e que tomou conta das ruas.
Muitas delas afirmam isso com
todas as letras. Alguns exemplos contundentes: “Salário dos
políticos R$ 26 mil, salário
mínimo R$ 687” / “Estádios
prontos, falta o país” / “Escola
pública padrão FIFA” / “Não ao
conformismo” / “Paz sem voz
não é paz, é medo” / “A meta (da
inflação) é 4,5%, banda é o cacete” / “Sexo é amor, sacanagem
é R$ 2,95”. Esta última bem no
alvo do estopim que deu início
ao extravasamento da insatisfação generalizada com o que
vem acontecendo, onde o fosso
entre representantes e representados nunca foi tão profundo. Os atos de governo, ou seja,
a gestão do país, não são acompanhados por nossos políticos.
Simplesmente assinam embaixo
dos atos do executivo...
Merecem registo à par te duas
outras frases: “Acabou o circo” e a mais séria de todas em
minha avaliação: “A ditadura
per feita terá as aparências da
democracia”. É aqui que entra
o PT.
A despeito de os manifestantes
reiterarem o caráter espontâneo da tomada das ruas,
recusando a par ticipação de
par tidos políticos e outras
organizações
formais,
não
podemos ignorar quem foi a pai
da criança que veio à luz nos
últimos 10 anos. Ele tem nome
e se chama PT. A sociedade brasileira finalmente se deu conta
do populismo crescente, insustentável a longo prazo, pois o
marido traído é sempre o povo.
A afirmação da presidente Dilma dizendo que se orgulhava
dos manifestantes parece coi-
sa de presidente de outro país
sobre os acontecimentos no
Brasil. Pelo jeito, ela pensa que
está no palanque, coisa muito
ao gosto do Lula, comandando
a massa. O equívoco é fatal. O
que se vê hoje nas ruas é coisa
de Povo, não massa, que sabe o
que quer.
A prova cabal dessa insatisfação geral com os rumos do país
está numa das faixas: “Não são
apenas 20 centavos”, aumento
que os governantes já revogaram. Bom que se lembrem que
há muito mais a ser feito em seguida, em especial nas áreas de
educação, saúde e transpor te
decente. Não se trata aqui de
fazer a apologia do par to sangrento da História, da violência,
pois sabemos no que deu na
ex-União Soviética e na China,
onde trucidaram milhões, para
depois voltar à economia de
mercado. Devemos nos orgulhar
de ser um povo capaz de ir às
ruas pacificamente para exigir
nossos direitos sem deixar de
cumprir com nossos deveres.
Um povo que era recebido aos
sábados por Dom Pedro II para
ser ouvido e que sabia que ele
cobrava providências de seus
ministros.
Artigo
A VOZ DAS RUAS
E O PT
15
Artigo
GANHOS E RISCOS DAS
MANIFESTAÇÕES
Gastão Reis Rodrigues Pereira
Empresário e economista
[email protected]
www.smart30.com.br
Impossível disfarçar o entusiasmo desper tado em de cada
um de nós diante do espetáculo de maturidade política e de
cidadania dado pelo Povo Brasileiro, assim em maiúsculas,
nas ruas e praças de todo o
país. Os lamentáveis atos de
vandalismo assumiram um tom
menor diante dos temas per tinentes que dominaram a pauta
de reivindicações. Desper tados
de sua letargia e contemplação
do próprio umbigo, os poderes
constituídos se mexeram rapidamente: os aumentos das passagens de transpor tes coletivos
foram revogados; a famigerada
PEC 37, que retirava do Ministério Público a inciativa de investigar os desmandos e falcatruas dos poderosos do andar
de cima, foi para o brejo; lei
mais dura contra a corrupção,
que deverá passar a ser crime
hediondo; e cassação imediata
de deputado preso. E tudo leva
a crer que os condenados pelo
mensalão irão finalmente para
o xilindró ver o sol nascer quadrado. Até aqui os ganhos já, ou
praticamente, obtidos. A luta
contra os 20 centavos a mais
nas passagens se desdobrou no
anseio por uma profunda reforma política, o desejo de passar
o país a limpo. Um Plano Real
para a política capaz de pôr a
casa em ordem em bases permanentes. É aqui que se concentram os riscos da coisa desandar.
Pelo menos três fatores críticos
de sucesso precisam ser alinhados para que o objetivo maior
seja alcançado. Antes de listálos, nada como relembrar dos
O foco da luta tem que ser na reforma
política, adotando medidas capazes
de construir uma ponte entre
representantes e representados para
sepultar de vez o terrível fosso há
muito existente, que foi o que, de
fato, deu origem às manifestações
fiscais do Sarney, vale dizer, da
população indignada fechando
supermercados que não estavam respeitando o congelamento de preços. Ou a caçada de
bois no pasto quando a carne
sumiu de vista nos açougues. O
desabastecimento, como ocorre
hoje na Venezuela, se tornou
uma dura realidade para o país,
tornando impotentes os protestos de rua em sua inglória luta
contra as leis objetivas de funcionamento de uma economia.
O primeiro risco pode ser ilustrado pela proposta do MPL –
Movimento Passe Livre, que
teve o mérito de entornar o
caldo da insatisfação geral com
tudo que vinha acontecendo.
Adotar o passe livre seria algo
como dar dois tiros pela culatra do próprio MPL. O primeiro
é que não pagar passagem não
significa que ela não tenha custo. O velho populismo latinoamericano reduziu o transpor te
público a escombros sempre
que congelou tarifas abaixo do
custo de manutenção das frotas de ônibus por tempo indeterminado. O segundo tiro seria
a superlotação dos já congestionados meios de transpor te
se for “de graça”. (Cuba voltou atrás quando zerou a tarifa d’água após a revolução e
começou a faltar o que nunca
faltara antes.) O sonho viraria
um pesadelo.
O segundo risco é pensar que
o repúdio a par tidos e políticos possa ser um fato permanente da vida política do país.
O foco da luta tem que ser na
reforma política, adotando medidas capazes de construir uma
ponte entre representantes e
representados para sepultar de
vez o terrível fosso há muito existente, que foi o que, de fato,
deu origem às manifestações.
Os instrumentos existem e podem ser acionados a depender
do grau de pressão popular consequente. O ponto nevrálgico é
fazer com que o político passe
a prestar contas regulares de
seus atos a seu distrito eleitoral e pague a conta de sua inoperância, podendo ser mandado
para casa no meio do mandato,
o chamado “recall”. É assim que
funciona nos países onde existe
o voto distrital puro ou misto,
como curiosamente já foi o caso
do Brasil no tempo do Império.
O terceiro risco, a pedra fundamental de toda nação com vida
política saudável, é a questão
da eterna vigilância, que é não
só o preço da liberdade, mas
também o da preser vação do
interesse público. Temos que
nos manter aler tas, atitude que
a tecnologia que deu origem às
redes sociais tornou muito mais
fácil. Ter claro que o exercício
efetivo da democracia dá trabalho. Este tripé de riscos a evitar combinaria, na medida certa, as doses de emoção e razão
adequadas para o nascimento
do Brasil que almejamos.
16
Artigo
IGUALDADEOU
OPORTUNIDADE
Antonio Fabio Moura de Almeida
Coordenador de Desenvolvimento do
IBI em Alagoas e bacharelando em Ciências
Contábeis pela UNINASSAU – PE
Quando ouvimos falar no Brasil em Liberdade nos repor tamos logo a Escravatura que fez
par te de nossa história. Mais
qual país “civilizado” da época
não tinha escravos?. No século
XVIII a moda era ter escravos
e em 1808, com a vinda da
Família Real Por tuguesa para o
Brasil começou de fato os relatos verídicos da escravidão no
Brasil.
Com mais de 3 séculos o Brasil
permaneceu como uma simples
colônia, com a chegada da augusta família real, a aber tura
dos por tos a elevação a Reino
unido com Por tugal se intensificou o trafego negreiro. Grandes
nos decomerciantes de escravos prosperavam. Lembramos
que na mesma época grandes
nações como Inglaterra e Estados Unidos se utilizavam desse
tipo de mão de obra.
Fomos praticamente um dos últimos países a abolir a escravatura, num processo demorado e doloroso. Logo depois da
Independência em 1822 continuamos com o ser vi negro na sociedade brasileira, lembramos
que a Constituição de 1822era
uma da mais moderna da época,
encontrávamos em um Estado
Monárquico Democrático Constitucional. A Família Imperial
Brasileira sempre foi simpatizante da abolição, citando um
evento curioso em que D. Pedro
II em sal infância teve uma ama
de leita branca contrariando o
costume da época.
Assim seguimos por mais de
6 décadas de Império, crescimento e progresso, porém com
a escravidão encravada no
seio da sociedade brasileira. É
bem verdade que o costume de
“terescravos” era uma cultura
social, em outro ponto curioso
os escravos forros (livres) compravam seus próprios escravos,
fato que leva a crer que a escravidão ia além de uma propriedade, mais sim ter “alguém”
para fazer o ser viço.
No Brasil a liberdade dos escravos era apenas um pretexto do movimento republicano
para desbancar a monarquia
brasileira, afinal foi à própria
Princesa Isabel que Aboliu de
vez a escravidão no Brasil, sem
nenhuma pressão da Assembleia Imperial formada pelos
Senhores Deputados, senhores
de terras, donos de engenho os
quais insatisfeitos apoiaram a
república, não por ser um regime democrático e sim por
simples vingança a Dinastia Imperial do Brasil.
Igualdade, porque usar esse
termo, obser vamos quem na Independência dos Estados Unidos, referencia de Progresso,
Igualdade e Liberdade o próprio
patriarca e mentor intelectual
da Car ta Constituinte Americana Thomas Jef ferson tinha
na época 150 escravos e entre
suas atividades o tráfico negreiro, como bom representante da
aristocracia rural do Estado da
Virginia, até o fim de sua vida
bateu-se contra a abolição da
escravatura! Irônico defender
“todos os homens são iguais”
desde que fossem brancos,
Hoje o herói da luta pela liberdade dos
escravos é Zumbi, dos Palmares, mais
quem foi realmente Zumbi? Escravo
fugido, líder de uma resistência, do maior
quilombo já registrado Zumbi tinha seus
próprios escravos, comandava roubos nas
propriedades circunvizinhas e até hoje não
se sabe quem realmente ele fora
diferente do pai da Independência do Brasil Jose Bonifácio,
abolicionista convicto, nunca
teve escravos.
Hoje o herói da luta pela liberdade dos escravos é Zumbi, dos
Palmares, mais quem foi realmente Zumbi? Escravo fugido,
líder de uma resistência, do
maior quilombo já registrado
Zumbi tinha seus próprios escravos, comandava roubos nas
propriedades circunvizinhas e
até hoje não se sabe quem realmente ele fora.
E a princesa Isabel? Hoje caída
no esquecimento como Redentora ela mesmo sabia que perderia a Coroa se assim assinasse
a Lei Aurea e assim mesmo não
17
se deteve e a fez, demonstrado
força e.... Anos antes era protagonista do famoso Baile das
Camélias onde o dinheiro arrecadado ser via para comprar a
liberdade de diversos escravos
através do movimento abolicionista.
Resultado de sua decisão por
essa par te do povo brasileiro
foi o golpe de 15 de novembro
de 1889 apoiada pela aristocracia rural em resposta a sua
abolição dos escravos.
Hoje mais de 120 anos após o
golpe republicamos onde estão
os negros do nosso Brasil?,Dos
principais motivos do movimento republicano, foi deixado
de lado, ou melhor, empurrado
para os paredões do Rio de Janeiros e regiões afastadas das
grandes cidades criando nossas primeiras “favelas”. Não
tão distantenos Estados Unidos a segregação racial era implacável formando os famosos
“guetos” e o país da Liberdade
ainda hoje é um dos mais racistas da época atual.
Hoje o Brasil republicano tenta
fazer algo da primeira promessa dita em seu ideal de “igualdade” dando “quotas” para os
afrodescendentes
brasileiros
em diversos setores como universidades e órgão públicos,
Isso é uma conscientização?
Creio que não e sim o oportunismo republicano em atrair
para seu lado a grande massa brasileira que é de afrodescendentes. Em 1822 de cada
3 brasileiros dois eram negros
e hoje a miscigenação é de
quase 90% sendo que a maioria
considerada negra vive em absoluta pobreza. É tão verídico
que o atual regime não leva em
questão que os índios também
eram escravos e hoje não gozam de direitos plenos, porque
será? É fato que os indígenas
não representam um numero
considerado para o opor tunismo republicano hoje.
Igualdade e fraternidade um
dos ideais iluministas, chamado o mais democrático, porem
será que vivemos o ideal da
opor tunidade de massa republicano.
Aniversários
As mais belas declarações de parceria eterna, não seriam o suficiente para reconhecer o
quão importante você é para o Instituto Brasil Imperial. Nossa cumplicidade monárquica vai se
tornando forte, e como Presidente do IBI me sinto comovido a homenagear os/as Confrades
aniversariantes do mês. Feliz aniversário! E que você seja muito, muito feliz!
MAIO
Wanderly Nunes de Lima 1
Recife - PE
Alessandro José Padin Ferreira 1
Praia Grande - SP
Gilmar Moreira Gonçalves 2
Cataguases - MG
Robson José Côgo 3
Serra - ES
Riolando Fransolino Júnior 4
Curitiba - PR
Domingos Antonio Monteiro 4
Bom Jardim de Goiás - GO
Alexandre Maurano 4
São Paulo - SP
Adenilson Silva 4
Bezerros - PE
Lucas Gabriel Ribeiro Wagner 7
Petrópolis - RJ
Francisco Antônio Soares de Sousa 7
São José dos Campos - SP
Ione Maria Sanmartin Carlos 8
Brasil - BR
Jean Tamazato11
Taubaté - SP
Raimundo Nonato 12
Taubaté - SP
Júlio Cesar dos Santos Oliveira 12
Brasília - DF
Txiliá Credidio 13
Jaboatão dos Guararapes - PE
Adenauer Oliveira 13
Montréal Canada - EXT.
Jounalist M.F. Machado 17
Ontario Canadá - EXT.
Celso Pereira 20
Lorena - SP
Luiz dos Santos 22
São Paulo - SP
Luciano Dias Rosa
22
São Vicente - SP
Sebastião de Souza Figueiredo 23
São Paulo - SP
Daniel Assis de Alcântara
23
Itu - SP
Henrique Hamester Pause 24
Cruz Alta - RS
Adriane Kuchkarian 24
São Paulo - SP
Niels J. Petersen 26
Petropolis - RJ
Jomar Assan Benck Kunnapp
29
Juiz de Fora - MG
Dorival Bueno Jr. 30
Balneario Camboriú SC
Carlos Eduardo Ruiz Martins 30
Bauru - SP
Ronaldo Alves Baralle 31
Foz do Iguaçu - PR
Pedro Paulo Ferreira do Nascimento 31
Lagoa Seca - PB
Ivanês Lopes 31
Natal - RN
AGOSTO
Régis Augusto Rodrigues Paulo Santos Marcílio Medeiros Barbosa Maria Célia Serra Azul Genivaldo Ferreira de Macedo Thiago Castelo Branco Coelho Josimar Lourenco Silva João Marcos Alves Suzuki Ydenir Prudenciano Machado Herotildes Maciel Wellington José Soares dos Santos Júnior Olavo Roberto de Arruda Campos Adilson da Silva Andréa Christina Silva Panaro Caldas Alexandre Amilton Vieira Dawdson Silva Correia Kalzely Barbosa dos Santos Márcio Luís da Gama Cavalheiro Elisabeth Amélia Navarro
1
1
1
2
5
6
7
9
10
11
14
18
19
21
22
26
27
28
30
São Paulo - SP
Bélgica
Fortaleza - CE
São Paulo - SC
Praia Grande - SP
Brasila - DF
Ji Paraná - RO
Pirajui - SP
São caetano do Sul - SP
São José do Rio Preto - SP
São Lourenço da Mata - PE
Londrina - PR
Joinville - SC
Santo Antônio de Pádua - RJ
Florianópolis
Ceilandia - DF
Campo Grande - MS
Curutiba - PR
Santos - SP
Seu nome não consta como aniversariante, Atualize seu cadastro. Não temos a sua data,
sinta-se homenageado também, e gostaríamos que você completasse o seu cadastro para
podermos cumprimentá-lo. Se já tem a senha é só acessar e completar os dados no site www.
brasilimperial.org.br
18
NOTÍCIAS NO MUNDO
NOTÍCIAS DAS MONARQUIAS REINANTES NO EXTERIOR E DAS CASAS IMPERIAS NÃO REINANTES
FELIPE
É O SÉTIMO REI DA BÉLGICA
Gutemberg Santana de Castro
Filipe foi entronizado este domingo sétimo rei da Bélgica,
sucedendo ao pai, Alber to II,
que abdicou do trono após 20
anos de reinado, num país marcado pelas divergências entre
flamengos e valões. O novo rei,
de 53 anos, prestou juramento
numa cerimônia no Palácio Real
de Bruxelas, sem a presença de
elementos das monarquias européias.
O primeiro grande teste de Filipe será as eleições legislativas
belgas de maio de 2014, com
o par tido separatista flamengo
N-VA Bad a manifestar o desejo
de, caso vença, reduzir a in-
fluência política da monarquia
belga.
Sétimo rei da Bélgica depois da
independência em 1830, Filipe
já disse estar “bem consciente
das responsabilidades”, mas a
situação poderá revelar-se mais
desconfor tável para o sucessor
de Alber to II, que se empenhou
na resolução dos conflitos entre flamengos e valões.
Na Flandres, o movimento de
independência tem desafiado a
monarquia e Filipe, entronizado
aos 53 anos, terá de prosseguir
o trabalho do pai ao longo de 20
anos, unindo os belgas através
da monarquia, símbolo de unidade nacional.
“ Vou continuar a investir tudo
com todo o meu coração”, assegurou Filipe, no início de julho.
Nascido em Bruxelas a 15 de
abril de 1960, Filipe é o filho
mais velho do casamento entre
Alber to II, que acedeu ao trono
em 1993, e a rainha Paula.
“Filipe, tu tens todas as qualidades de coração e a inteligência para ser vir muito bem o
nosso país. Tu mesmo e a tua
esposa Matilde têm toda a nossa confiança”, afirmou hoje Alber to II, antes de assinar a ata
de abdicação.
Filipe foi uma criança tímida,
um traço de caráter que manteve. Num colégio de Jesuítas
em Bruxelas e depois num liceu católico na Flandres, Filipe
não foi um aluno brilhante. O
novo rei abraçou uma carreira
militar, antes de frequentar a
universidade de Oxford, em Inglaterra, e de Stanford, nos Estados Unidos, conser vando uma
personalidade introver tida e
pouco confor tável na presença
em público. Depois, o príncipe
dividiu-se em missões econômicas, mas sem nunca mostrar espontaneidade ou veia de diplomata. Aos 39 anos, Filipe casou
com uma jovem aristocrata
belga de 26 anos, Matilde, que
deu um toque de “glamour” à
monarquia.
19
Aqui estão as fotos do lindisso e ensolarado 21 de Julho na Belgica (festa nacional) como prometido para
publicação do proximo Gazeta Imperial a todos os
monarquistas do Brasil e do mundo.
Foi uma cerimonia cheia de tradição e muito bonita
para o povo belga que compareceu em massa para
homenagear e saludar o seu mais novo Rei, Phillipe da
Belgica.
Houve diversas atividades inteiramente gratuitas em
toda a cidade, para toda as idades e para todas as
familias! A temperatura passava dos 30°C, algo raro
por aqui, mesmo no verão... Todo mundo sorridente
e confiante no avenir do pais como nação, apesar da
oposição a monarquia no nor te do pais, mas isto era
apenas um detalhe; pois por la os flamengos nunca
estão satisfeitos com nada, disso todo mundo aqui ja
sabe. O famoso “reclamam de barriga cheia”....
Estive presente em todas as cerimonias, no senado
pela manhã, na catedral Saint-Michel et Gudule, no
monumento em homenagem ao soldado desconhecido,
e na frente do Palacio real ao lado de onde eu moro,
para a famosa aparição no balcão do rei e de toda a familia real belga, logo apos houve o tradicional desfile
militar, que foi muito bonito e tradicional. Depois houve
um concer to no parque royal (em frente ao Palacio) com
diversas atividades para toda a população, com um clima de união e satisfação geral do povo para com o novo
rei. E por fim houve as 23h um show de fogos de ar ticio
para todos, onde o dia foi completo e terminando com
um largo sorriso de todos pelo espetaculo oferecido pela
casa real belga a população.
Um dia melhor que esse eu não poderia ter.... foi tudo
per feito!
Uma pena que isto ainda não ocorreu no nosso adorado
pais, agora com as redes sociais, vamos ver quanto tempo os brasileiros vão levar para derrubar o governo que
os esta esmagando... A midia internacional esta toda
de olho nas manifestações! A gora so depende da gente!
Monarquia parlamentarista Ja! Fora republica da corrupção!
Saudações monarquicas da Belgica e viva o nosso Imperador!
PAULO SANTOS
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NOTÍCIAS NO MUNDO
NOTÍCIAS DAS MONARQUIAS REINANTES NO EXTERIOR E DAS CASAS IMPERIAS NÃO REINANTES
Sérvios querem a
monarquia de volta
No levantamento, 64% dos sér vios escolheram a Monarquia ao invés de República.
Uma das grandes vozes que apóiam a Monarquia na Sér via é a Associação do
Reino da Sér via. A associação está empenhada em divulgar os benefícios de uma
Monarquia Constitucional na Sér via, e um dos meios mais comuns é o “boca a
boca”.
O website oficial desta Associação prega que
“Uma Monarquia Constitucional é a única solução útil para a sustentabilidade da
nação Sér via, equilibrando os valores do passado e do futuro.”
A Associação também pede a todos os sér vios espalhados pelo mundo para se
cadastrem e se unirem em torno da nobre causa.
O chefe da Família Real sér via, coroado Príncipe Alexander II, é muito conhecido
e respeitado. Foi diversas vezes entrevistado quando esteve no casamento real
britânico, pois é o primeiro afilhado da Rainha da Inglaterra, Elizabeth II.
“Nosso príncipe trouxe muita sor te para a Sér via, por seus esforços em buscar
investidores interessados no desenvolvimento da nação e divulgar
a beleza de nosso amado país. Sua esposa, a princesa Katherine, investiu muito
no sistema de saúde, possibilitando a salvação de muitas pessoas. É disto que a
Sér via precisa, de um verdadeiro pai e de uma verdadeira mãe para nos orientar!”
- afirma Zorica, uma jovem sér via.
O Príncipe Alexander constantemente se manifesta sobre a democracia e direitos
humanos. Desde a extinta Iugoslávia, se opôs à ditadura comunista, que assombrava e desumanizava os cidadãos sér vios e não-sér vios.
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NOTÍCIAS DA MONARQUIA BRASILEIRA
ESPAÇO DAS ENTIDADES MONARQUISTAS E DOS NÚCLEOS DO INSTITUTO BRASIL IMPERIAL
Documentos sobre as viagens de d. Pedro
II viram patrimônio da humanidade
Museu Imperial
D. Pedro II adorava viajar. Em
um de seus diários pessoais,
ele admite: preferia que seu
pai continuasse imperador para
que pudesse se dedicar mais às
suas viagens. Mas, mesmo assumindo o trono ainda menino,
o imperador conseguiu realizar
seu desejo: percorreu o Brasil
e o mundo ao longo de seus 49
anos de governo.
Todas essas viagens deixaram uma enorme variedade de
registros
documentais,
que
acabam de ser inseridos no registro internacional do Programa
Memória do Mundo, da Unesco.
A titulação é equivalente à de
Patrimônio da Humanidade,
sendo esta última concedida
a monumentos e cidades, enquanto o Programa Memória do
Mundo premia documentos.
A documentação premiada per tence ao Arquivo Histórico do
Museu Imperial (Ibram/MinC),
localizado em Petrópolis/RJ, e
está reunida no Conjunto documental relativo às viagens do
imperador d. Pedro II pelo Brasil
e pelo mundo, que possui 2.210
documentos. O conjunto reúne
diários pessoais, desenhos feitos pelo próprio imperador, cad-
ernetas, correspondências, registros de visitas, relatórios de
despesas, jornais, homenagens
e convites.
Os documentos textuais e
iconográficos permitem, principalmente a par tir das impressões pessoais de d. Pedro II, traçar um painel sobre
o século XIX e suas transformações, revelando aspectos
da evolução do pensamento,
das descober tas científicas,
da diversidade cultural e das
paixões políticas, permitindo a
análise das relações diplomáticas entre o Brasil e países de
diferentes continentes.
Em dezembro de 2010, o conjunto já havia recebido a diplomação do Registro Nacional do
Programa Memória do Mundo,
reconhecendo sua impor tância
como patrimônio nacional. Na
ocasião, era formado por 870
documentos, que foram identificados por meio de seu inventário.
A par tir de então, a equipe do
Museu realizou um intenso trabalho de pesquisa, lendo cerca de 40 mil documentos para
identificar outros que também
dissessem respeito às viagens
do imperador, mesmo que não
estivessem classificados como
tal no inventário. Assim, o conjunto chegou a mais de dois
mil registros. Nesse processo,
os pesquisadores identificaram documentos inéditos, como
uma par te de um dos diários
que se acreditava estar perdida
e que, na verdade, estava classificada erroneamente como
correspondência.
Com a nominação, o Museu Imperial planeja a publicação de
produtos comemorativos, como
uma reedição revista e ampliada dos diários (publicados em
1999 pelo Museu com organização da historiadora Begonha
Bediaga) e catálogos, além da
realização de uma exposição
itinerante sobre as viagens de
d. Pedro II.
Talento de Dona Maritza de Orleans
e Bragança homenageia o
Papa Francisco em sua visita ao Brasil
imperiobrasileiro-rs.blogspot.com.br/
Dona Maritza de Orleans e Bragança, esposa do Prínci p e D o m A l b e r t o e c u n h a d a d o C h e fe d a C a s a I m p e r i a l
do Brasil, o Príncipe Dom Luiz, será a responsável pelo
novo projeto paisagístico do Palácio do Sumaré, residência oficial do Arcebispo do Rio de Janeiro, que hospeda r á o P a p a Fr a n c i s c o e m s u a p r i m e i r a v i s i t a a o B r a s i l ,
n a J o r n a d a M u n d i a l d a J u v e n t u d e , e m j u l h o d e 2 01 3 .
A Princesa, renomada paisagista, declarou ao jornal O
G l o b o , e m s u a e d i ç ã o d o d i a 0 2 / 0 6 / 2 01 3 , q u e o j a r d i m
“é inspirado nos ‘Exercícios espirituais’ de Santo Inácio
de Loyola, fundador da Companhia de Jesus. Os exercícios visam a salvação da alma e são divididos em quatro semanas, que correspondem às quatro par tes dos
ensinamentos. A par tir daí, criei o jardim baseado nos
quatro pontos cardeais. Cada um dos cantos representa
um ensinamento”.
22
IBI
GUTEMBERG SANTANA DE CASTRO,
COORDENADOR DO IBI RIO DE JANEIRO,
É CONDECORADO PELO EXÉRCITO
A academia de estudos de assuntos de história vinculada ao
exército brasileiro, no último
dia 13 de junho, outorgou ao
Sargento PM Gutemberg Santana de Castro a da MEDALHA
CAXIAS - “PATRONO DO EXÉRCITO BRASILEIRO”.
A honraria foi cadastrada no
EXÉRCITO BRASILEIRO sob o
código “D 21”, conforme aditamento da APG ao boletim DGP
nº 4, de 11 de janeiro de 2012.
A Medalha foi instituída pela
por taria nº 20 de 10 de junho
de 2009, como distinção honorífica pelos méritos pessoais e
pelo empenho para manter viva
a história militar do Brasil.
É destinada a premiar civis e
militares que por abnegação,
dedicação e capacidade profissional, que tenham contribuído
para for talecer e divulgar os
feitos históricos e nas relações
institucionais junto a outras
organizações em geral, estreitando as relações de amizade e
compreensão entre as mesmas.
A honraria mencionada é concedida, igualmente a militares, organizações militares, policiais
militares, e civis, brasileiros ou
estrangeiros, que tenham atuado de forma destacada para
a consolidação do bem em comum.
Foi feita a entrega antecipada
da honraria a Gutemberg, em
vir tude da falta de agenda, com
o advento da visita do Papa
Francisco e da Jornada Mundial
da Juventude, que está ocorrendo nestes dias na cidade do
Rio de Janeiro , a cerimônia da
outorga da entrega da comenda
será em data opor tuna.
O Sargento PM Gutemberg Santana de Castro é monarquista e
coordena o IBI Instituto Brasil
Imperial na cidade do Rio de
Janeiro, aonde vem realizando
um brilhante trabalho em prol
da restauração da monarquia
brasileira.
Para enviar os cumprimentos a
Gutemberg, acesse o seu e-mail
e telefone no site www.brasilimperial.org.br e clique no link
“Núcleos Municipais”.
23
Artigo
NA VANGUARDA DA
REVOLTA
Luís Severiano Soares Rodrigues
Economista, pós-graduado em história, sócio
correspondente do Instituto Histórico e
Geográfico de Niterói, conselheiro consultivo
do Instituto Cultural D. Isabel I, A Redentora e
membro do Instituto de Pesquisa Histórica e
Arqueológica do Rio de Janeiro (Ipharj)
As revoltas de junho geraram
cenas que orgulharam os brasileiros, e cenas que nos envergonharam, mas como um caudal montanha abaixo em muitos
casos foi uma torrente incontrolável de indignação com um
estado de coisas que estavam
atravessados na garganta de
um povo, vítima de uma corja
de parasitas que se dizem seus
representantes, que de dois em
dois anos vestem a pele de cordeiro para pedir votos, e no anos
seguinte podem desfilar com
as suas verdadeiras peles de
lobo, e os eleitores descobrem,
novamente, que eles próprios é
que são os cordeiros. A insatisfação com isso é que vimos na
torrente citada. Infelizmente
os cordeiros não tiveram coragem de matar os lobos, pois
nas condições atuais e as instituições que os lobos criaram,
essa seria a única solução. Pois
os lobos são ladrões e cer tamente não mudarão, já que as
instituições que lhes abriga já
perduram por quase 124 anos.
Desde que baniram a figura que
impedia que os lobos se criassem, em 15/11/1889.
Nós monarquistas aplaudimos
as revoltas do nosso povo, mas
condenamos o vandalismo dos
anarquistas, posto que somos
a vanguarda dessa insatisfação, e podemos provar, pois
basta apenas elencarmos em
vários números da Gazeta Imperial, onde acusamos os vários
problemas que afligem o povo
brasileiro, bem como a inadequação das instituições vigentes para solucioná-los. Além
de acusarmos os responsáveis
por estas sequências de infâmias que se repetem a cada
dia de espoliação dos recursos
públicos, que se utilizados corretamente seriam suficientes
para encaminhar as soluções
dos milhares de problemas que
afligem o nosso sofrido povo,
mas que como se vê ninguém
está interessado em resolver.
Pois entra governo e sai governo e os problemas aumentam.
Não adianta fazer cara de bom
moço, dizer que nunca antes na
história desse país aconteceramtantas coisas “positivas”, se
as coisas que acontecem são
apenas o aumento dos problemas, bem como ficar jogando
a culpa nas privatizações do
governo anterior, se no governo
atual não se re-estatizou nada,
e atolaram as estatais que sobraram com a nomeação de amigos e aliados (nos dois casos,
incompetentes)
para postos
de direção, o que também aconteceu nos ministérios, com o
intuito de operarem esquemas
de desvios de verbas, como o
mensalão, por exemplo, (PS.
No desvio de verbas eles foram
competentes).
Se analisarmos mais profundamente a gênese das revoltas de
junho, vamos encontrar a constatação da falência do binômio
república/presidencialismo,
o que já falávamos antes de
1993, onde fizemos tudo que
estava ao nosso alcance para
abrir os olhos do nosso povo.
Hoje temos ai as provas de que
Somente a Revolução Imperial
efetivamente contém a fórmula para
se acabar com a estupidez republicana
que há muito nos conduziu a esse
presente de miséria do povo
estávamos cer tos, bem como
nas mesmas páginas da Gazeta Imperial, já provamos que o
binômio república/parlamentarismo no Brasil não tem chance
de funcionar. Só restando aqui
o quê defendemos aguerridamente, todos esses anos, que é
a monarquia constitucional parlamentarista.
Somen te a Revol uç ã o I mp eri a l ,
efet i vamen te c on t ém a f ór m ul a
para s e ac ab ar c om a est up i d ez r epub l i c an a que há m ui to
n os c on d uzi u a es se p resen te
d e mi s ér i a d o povo , rouba l hei r a d os pol í t i c os e c on sequen te
d es c r éd i to d o paí s p er a n te o
mun d o que n os v ê c om o o p a í s
d o fut uro que n un c a c heg a ,
c om o o p a í s que tem t ud o, m a s
que n ã o a p rovei t a n a da , i sso
p orque n a p ol í t i c a br a si l ei r a ,
i n a ug ur a da em 15 / 11 / 18 8 9 ,
est a bel ec eu- se que g over n a m
os qu e se a p rovei t a m d o p a í s.
N ós so m o s p a ssa g ei ros do f u t uro , o n osso p r esen te é o f u t uro a que n o s r el e g a ra m os
g ol p i st a s da quel e i n sa n o di a ,
on d e m a t a r a m o r esp ei to a Res
P úbl i c a . A s m a n obr a s que a s
a utor i da d es d e ho j e, si m ul a m
est a r em i n ter essa d a s em fa z er, n a d a m a i s é do que r em endar uma roupa velha, e o próximo passo das revoltas do povo
brasileiro, será por fogo nessa
roupa, que veste de andrajos a
sua dignidade.
24
Nasceu George Alexander Louis,
filho da princesa Kate com o
príncipe William. O nome é uma homenagem a
seu trisavô, o rei George VI. Formalmente,
a criança será chamada de Sua Altera Real
o Príncipe George de Cambridge.
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