Programa busca minimizar efeitos da seca no semiárido baiano
Iniciativa do Sistema Faeb/Senar e do Sebrae vai beneficiar 12 mil pessoas em 25
municípios
A Bahia é o Estado do Nordeste mais atingido pela seca, com prejuízos que chegaram a
mais de R$ 4 bilhões só no ano de 2012, segundo a Federação de Agricultura e
Pecuária do Estado da Bahia (Faeb). Para buscar minimizar os efeitos da seca, o
Sistema Faeb/Senar e o Sebrae desenvolveram o Programa Viver Bem no Semiárido,
que terá uma agenda de lançamentos iniciada no dia 15 de julho na Casa Paroquial de
Uibaí. Nesse contexto, caberá ao Sebrae ações voltadas para capacitações nas áreas de
gestão, fomento ao empreendedorismo e fortalecimento da cultura da cooperação.
O objetivo do programa é implantar soluções tecnológicas de convívio com a seca
aliadas ao processo de educação empreendedora e ao fortalecimento da governança
local. O ponto central da iniciativa está nas chamadas Unidades de Demonstração,
que, através de um efeito multiplicador de boas práticas de gestão, beneficiarão um
número alto de produtores. A ideia é que sejam evidenciadas alternativas de
convivência com a estiagem, de forma que o homem do campo obtenha retorno
financeiro e social através de sua atividade.
A estimativa é beneficiar, diretamente, 2 mil pessoas, e, indiretamente, 10 mil. A meta
do Programa Viver Bem no Semiárido é atender 25 municípios, sendo que cinco
servirão para a implantação do projeto piloto: Uibaí, Mairi, Serrinha, Senhor do Bonfim
e Rui Barbosa. A ação será direcionada para produtores rurais, associações,
cooperativas e agroindústrias, inseridos na região semiárida.
O processo educacional é um dos principais focos da iniciativa. Para o presidente do
Sistema Faeb/Senar e do Conselho Deliberativo Estadual do Sebrae Bahia, João
Martins, o programa tem uma atuação importante no processo de mudar a cultura
nordestina, no sentido de que o produtor do semiárido possa estar preparado para
enfrentar os períodos de seca. “São ações que vão gerar resultado não apenas para o
homem do campo, mas para toda a economia local”, concluiu.
Segundo o diretor técnico do Sebrae Bahia, Lauro Ramos, a ideia é ampliar as ações, de
forma que os produtores atendidos tenham também à disposição iniciativas de acesso
a mercado, crédito e tecnologia. "Vamos nos apropriar do que já fazemos e
aperfeiçoar as nossas ações, para atender a essa demanda do semiárido, castigado
pela seca”.
Programa Viver Bem no Semiárido é lançado em Uibaí
Ações vão permitir que o homem do campo possa minimizar impactos negativos
durante o período de estiagem
“O semiárido nos mostra oportunidades, e, com capacitação e tecnologia, poderemos
viver bem no nosso sertão”. Com esse pensamento, o produtor rural e presidente da
Cooperativa Mista Agropecuária de Uibaí (Comagru), Sérgio Machado, define o
objetivo do Programa Viver Bem no Semiárido, que foi lançado na segunda-feira, 15,
em Uibaí, a 433 quilômetros de Salvador.
O produtor Sérgio Machado já virou referência em produção de leite. Sua propriedade
é visitada por dezenas de outros produtores e instituições, servindo de modelo para
toda a região. O segredo do sucesso, segundo o próprio Sérgio, é investimento em
capacitação. A propriedade se destaca por produzir leite acima da média regional.
São 30 litros de leite por vaca, alimentadas com palma produzida de forma sustentável
e por meio da agricultura familiar. Seu rebanho é premiado e exposto em diversas
feiras agropecuárias do Estado. Para Sérgio, isso é fruto de qualificação e implantação
de técnicas desenvolvidas para o melhor uso das tecnologias no campo. “Posso dizer
que programas como esse servirão de exemplo para muitos produtores da nossa
região. As ações desenvolvidas irão auxiliar a cooperativa na busca de alternativas para
a convivência com a estiagem que vivemos aqui no sertão”, avalia o produtor.
E foi buscando parcerias e mais qualificação, que Sérgio e os associados da Comagru
participaram do evento de lançamento do Programa Viver Bem no Semiárido, uma
iniciativa do Sistema Faeb/Senar (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da
Bahia/Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Estado da Bahia) em parceria com o
Sebrae.
A coordenadora da Unidade de Agronegócios do Sebrae Bahia, Célia Fernandes, explica
que o projeto evidencia alternativas de convivência com o semiárido que possibilitam
ao homem do campo obter retorno financeiro e social com a sua atividade produtiva
“É um desafio constante a convivência com o semiárido, mas hoje temos tecnologias
disponíveis que minimizam os impactos e possibilitam essa convivência. O Sebrae
propõe uma parceria com os produtores que estejam dispostos a implantar essas
tecnologias, e ao mesmo tempo, fomentar o associativismo, o cooperativismo e o
empreendedorismo”, destacou a coordenadora.
Com recursos obtidos junto à Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (Car), a
Comagru vai implantar uma usina de beneficiamento de leite em Caldeirão, povoado
de Uibaí, e, assim, poderá aumentar a produção e beneficiar o leite na própria
localidade. Além dos 45 sócios produtores, a cooperativa conta com mais seis
associações que participam diretamente de outras cadeias produtivas, como
mandiocultura, fruticultura, apicultura, caprinocultura e suinocultura.
O Programa Viver Bem no Semiárido vai nortear os produtores com ações e técnicas
de manejo para o combate e convivência com a seca. Dessa forma, a produção de leite
e seus derivados, como queijo, iogurte e doce, não sofrerá diminuição durante esse
período de estiagem.
Para o coordenador da Unidade Regional do Sebrae em Irecê, Paulo Andrade, o
programa insere técnicas importantes e fará com que a região possa conviver com a
seca de forma rentável e proativa. “A adesão do agricultor ao programa é fundamental
para a disseminação das técnicas de convivência com a seca. Vamos contribuir com a
capacitação da equipe técnica da usina de beneficiamento de leite em Caldeirão, na
elaboração do conteúdo técnico do programa e na execução das ações dos eixos
voltados para o cooperativismo, o associativismo, a gestão e o empreendedorismo”.
Programa vai atender 12 mil pessoas
A estimativa é beneficiar, diretamente, duas mil pessoas, e, indiretamente, dez mil. A
meta do Programa Viver Bem no Semiárido é atender 25 municípios, sendo que cinco
cidades servirão para a implantação do projeto-piloto. Além de Uibaí, o programa será
lançado em Mairi, Serrinha, Senhor do Bonfim e Rui Barbosa. O ponto central da
iniciativa está nas chamadas Unidades de Demonstração, que, através de um efeito
multiplicador de boas práticas de gestão, beneficiarão um número alto de produtores.
A ideia é que sejam evidenciadas alternativas de convivência com a estiagem, de forma
que o homem do campo obtenha retorno financeiro e social através de sua atividade.
Durante o lançamento do programa nas cidades, os produtores conhecem os objetivos
dessa parceria entre o Sistema Faeb/Senar e o Sebrae e podem assinar o termo de
adesão para participar de ações que vão aliar questões técnicas e de gestão.
Produtores rurais de Mairi recebem o Programa Viver Bem no
Semiárido
Lançamento no município reuniu cerca de 80 participantes, que puderam conhecer os
objetivos da iniciativa
“É minha vocação trabalhar no campo. A seca trouxe exemplos fortes de que devemos
estar mais preparados. Tivemos vários períodos de longa estiagem e, recentemente,
vimos, mais uma vez, poucos produtores com reservas para alimentar os seus
rebanhos”. O relato é do produtor João Martins, que participou do lançamento, em
Mairi, do Programa Viver Bem no Semiárido, na noite de terça-feira, 16. O evento
aconteceu no Auditório da Cooperativa de Crédito Rural do município, localizado a 294
quilômetros de Salvador.
Cerca de 80 produtores acompanharam o lançamento do programa, uma iniciativa do
Sistema Faeb/Senar (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia/Serviço
Nacional de Aprendizagem Rural da Bahia) em parceria com o Sebrae. O Viver Bem no
Semiárido tem como objetivo promover ações duradouras e impactantes para que o
homem do campo esteja preparado para enfrentar os períodos e estiagem.
O produtor rural João da Silva Mendes também estava presente ao evento. Ele contou
que a seca devastou a sua criação. Apesar disso, João mantém a esperança por dias
melhores. “Perdi tudo, mas, com a ajuda dessas instituições, sei que posso
recomeçar”.
O gerente de Programas do Senar, Francisco Benjamim, está à frente da execução do
Viver Bem no Semiárido no Estado pela instituição. Ele espera que, com a transferência
de conhecimento, o semiárido possa progredir com qualidade de vida.
O programa será implantado em 25 municípios baianos, divididos em quatro núcleos.
No Núcleo de Jacobina, estão incluídas as cidades de Campo Formoso, Mairi, Miguel
Calmon, Piritiba, Senhor do Bonfim, Mundo Novo, Baixa Grande e o próprio município
de Jacobina. Na Bahia, estima-se que o Viver Bem no Semiárido atenda duas mil
pessoas diretas e 10 mil indiretas.
Para o coordenador da Unidade Regional do Sebrae em Jacobina, Geronilson Ferreira,
o maior ganho dos produtores que aderirem ao programa é a mudança de postura,
através do conhecimento adquirido. “O Viver Bem no Semiárido surge para promover
medidas estruturantes. Possui como eixo a formação continuada do produtor, do
trabalhador rural e de sua família, fomentando a cultura de cooperação e o
empreendedorismo”, garante.
O segundo vice-presidente de Desenvolvimento Agropecuário da Faeb, Humberto
Miranda, explica que o programa é um grande diferencial na revitalização do
semiárido. “Estamos vivendo uma seca histórica, a maior dos últimos 50 anos, e é
necessário que se leve ao produtor a esperança de que é possível viver e produzir com
eficiência no semiárido”, disse.
Representando o Senar Nacional, Joaci Medeiros, esteve em Mairi e participou do
lançamento. Ele é o responsável pela implementação do programa nos demais Estados
do Nordeste. “Estaremos levando a experiência da Bahia para outros estados da
região, começando pela Paraíba”.
O programa tem a parceria das Prefeituras dos Municípios, Embrapa, Banco do
Nordeste, Banco do Brasil e Sindicatos dos Produtores Rurais, além de parceiros
específicos em cada região.
Programa Viver Bem no Semiárido chega ao município de
Serrinha
Produtores rurais serão capacitados para uso de soluções tecnológicas de convívio com
a seca
Aristeu Alves é criador de ovelhas há 10 anos, na região do semiárido baiano. Herdou
do pai o ofício e a fazenda, mas, a última estiagem na região quase o fez abandonar a
produção rural. “Posso dizer que, quando as águas secaram, destruindo parte do nosso
rebanho, quase saí dessa atividade. Refazer pastos é muito difícil, se não temos
recursos suficientes”, desabafa.
Para Aristeu e outras centenas de produtores que enfrentam o desafio de lidar com a
seca, o Programa Viver Bem no Semiárido é a certeza de ter um conjunto de ações
duradouras e impactantes para que o homem do campo esteja preparado para
enfrentar os períodos de estiagem, por meio da continuidade de medidas
estruturantes para se viver no semiárido.
Em Serrinha, mais de 80 produtores rurais acompanharam a solenidade de lançamento
do Programa na manhã desta quarta-feira, dia 17 de julho, na Associação Atlética
Banco do Brasil. A iniciativa é fruto da parceria entre o Sistema Faeb/Senar e o Sebrae
Bahia.
Para a gestora de projetos de agronegócio do Sebrae Feira de Santana, Maria
Guadalupe, a entidade apoia o Programa com cursos de gestão e iniciativas de
fomento ao associativismo e cooperativismo. “Os produtores precisam entender que,
juntos, eles são mais fortes. Temos inúmeros casos de sucesso de associativismo e
cooperativismo”, afirma. A gestora explica ainda que este é um programa piloto, que
inicialmente estará em 20 cidades. “Precisamos perceber o interesse do produtor rural
em aprender mais e, consequentemente, desenvolver o seu negócio”, complementa.
O apicultor Antonio Ramalho, que trabalha com produção rural há 20 anos, demonstra
a ansiedade de se tornar um multiplicador de conhecimentos. “Percebo que esse
programa tem providência duradoura e espero participar para, não apenas melhorar
meu negócio, como também ser multiplicador das ideias do Viver Bem no Semiárido”,
disse o produtor.
Participantes como Antonio Ramalho são essenciais para o sucesso do projeto, como
avalia o diretor da Faeb, Humberto Miranda. “Trazemos a proposta, mas precisamos
de compromisso e comprometimento do produtor. O único custo para ele não é
financeiro, é de compromisso com a causa”, disse.
Programa Viver Bem no Semiárido
A estimativa do projeto é beneficiar duas mil pessoas diretamente e mais outras 10 mil
de forma indireta. A meta de o Programa Viver Bem no Semiárido é atender 25
municípios, sendo que cinco servirão para a implantação do projeto piloto: Uibai,
Mairi, Serrinha, Senhor do Bonfim e Rui Barbosa. A ação será direcionada para
produtores rurais, associações, cooperativas e agroindústrias, inseridos na região
semiárida.
Programa Viver Bem no Semiárido é lançado em Senhor do
Bonfim
Objetivo é minimizar efeitos da seca através de transferência de conhecimento e
tecnologia
“Por conta da seca tive que deixar com meus filhos a administração do comércio e fui
cuidar mais de perto da nossa terra. Mesmo assim, perdi diversas cabeças de caprinos,
bovinos e até dois cavalos”, disse José Evandro dos Santos, que mostrou interesse de
ser um dos produtores atendidos pelo Programa Viver Bem no Semiárido. Realizado
pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), Serviço Nacional
de Aprendizagem Rural da Bahia (Senar) e o Sebrae, o Viver Bem no Semiárido está
sendo implantado em 25 municípios do estado, em quatro unidades. O programa visa
atender dois mil beneficiários diretos e 10 mil indiretos.
Na manhã da quinta-feira, 18, foi à vez de Senhor do Bonfim receber os representantes
das entidades responsáveis pelo programa para o lançamento no município. Mais de
150 produtores rurais lotaram o Auditório da Cooperativa Mista para o evento de
lançamento do programa. Senhor do Bonfim pertence à Unidade do Sebrae em
Jacobina, que é composta por oito municípios. Além destes dois, também fazem parte
Campo Formoso, Mairi, Miguel Calmon, Piritiba, Mundo Novo e Baixo Grande.
Para o segundo vice-presidente de Desenvolvimento Agropecuário da Faeb, Humberto
Miranda, o maior desafio do programa é modificar a relação do produtor rural com o
ciclo da seca. “Vivemos no semiárido mais chuvoso do mundo e talvez sejamos o que
menos produz. E o problema é a falta de disseminação de conhecimento”, afirma. De
acordo com o coordenador Regional do Sebrae, Geronilson Ferreira, “o Viver Bem no
Semiárido tem como objetivo usar tecnologias com efeito transferência de
conhecimento para que outros produtores possam ganhar através do conhecimento
adquirido”.
Já o gerente de Programas do Senar, Francisco Benjamim, responsável pela
apresentação do Programa aos produtores, reforçou a importância da união dos
produtores. “Unidos somos mais fortes, compramos, vendemos e negociamos
melhor”. Ele continuou dizendo que o resultado esperado é que, através da tecnologia
implantada, os beneficiados possam aumentar o índice de produtividade, o que
refletirá na melhoria da renda.
O programa conta com a parceria das Prefeituras dos Municípios, Embrapa, Banco do
Nordeste, Banco do Brasil e Sindicatos dos Produtores Rurais, além de parceiros
específicos em cada região. O Sindicato dos Produtores Rurais de Senhor do Bonfim,
através do presidente Ivo Santiago, e a Prefeitura de Senhor do Bonfim, através
prefeito Edivaldo Correia, assinaram o termo de adesão e se tornaram parceiros do
programa no município. Os agricultores bonfinenses interessados em participar do
programa estarão na próxima quinta-feira, 25, no auditório da Cooperativa Mista para
reunião de adesão com o técnico do Senar, Washington Serafim.
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