COOP. CENTRAL MINEIRA DE LATICÍNIOS LTDA - CEMIL
CNPJ. 42.942.235/0001-42 - PATOS DE MINAS/MG
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AO
G 100 – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS PEQUENAS E MÉDIAS COOPERATIVAS E
EMPRESA DE LATICÍNIOS.
DIRETOR EXECUTIVO WILSON MASSOTI
ASSUNTO: INFORMAÇÕES SOBRE TRIPANOSSOMÍASE
Patos de Minas/MG, 28 de agosto de 2014.
COOPERATIVA CENTRAL MINEIRA DE LATICÍNIOS LTDA.CEMIL, do ramo cooperativo de alimentos, sediada em Patos de Minas - MG, na
Avenida das Indústrias, nº 1090, Distrito Industrial II, devidamente inscrita no C.N.P.J.
sob o nº 42.942.235/0001-42 e Inscr. Estadual nº 480.816956.0220, neste ato
representada por seu diretor, doravante denominada simplesmente informante,
comparece formalmente perante essa digníssima associação de ora em diante
denominada G-100, para prestar informações técnicas sobre a tripanossomíase, e
solicitar auxílio, como segue:
SEGURANÇA E QUALIDADE DO LEITE CRU PRÉ-BENEFICIADO
COMUNICADO - SURTO DE TRIPANOSSOMÍASE EM MINAS GERAIS
A tripanossomíase possui grande relevância econômica para a
pecuária, por gerar perdas na produção de leite, carne, infertilidade, aborto, anemia e
morte por hemorragia ou isquemia. Conforme publicações recentes, a Tripanossomose
bovina já matou cerca de 200 animais no centro-oeste, em Minas Gerais foram
registradas mais de 500 mortes, a maioria na pecuária leiteira no município de
Biquinhas. A doença também foi diagnosticada nos municípios de Morada Nova de
Minas, Martinho Campos e Pompeu.
A doença é provocada pelo Trypanossoma vivax, um protozoário
que infesta a corrente sanguínea e órgãos do animal, roubando nutrientes e
comprometendo tecidos. Como consequência, ele para de se alimentar, fica anêmico e
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perde peso rapidamente e dependendo do grau da infecção pode levar a morte.
Sintomas:
Bovinos
infectados
apresentam:
Febre;
Letargia;
Anorexia;
Diarreia; Anemia; Conjuntivite; Inchaço no úbere; Aborto; Morte.
Quanto aos sintomas, vale observar que dependem da virulência,
suscetibilidade da espécie hospedeira, resistência imunológica e estado nutricional dos
animais infectados. A doença pode se apresentar de três formas:
• Forma Aguda: relacionada a altas parasitemias, aparecem lesões hemorrágicas e a
morte ocorre em poucas semanas;
• Forma Subaguda: de curso relativamente rápido, também leva à morte;
• Forma Crônica: caquexia, edemas da face, pescoço e ventre e períodos febris
esporádicos.
Formas de Transmissão:
São vetores naturais da doença o Stomoxys calcitrans e tabanídeos
(mutucas e moscas do estábulo).
O vetor pica o hospedeiro contaminado ingerindo o Trypanossoma
vivax, quando o inseto pica novamente outro animal inocula as formas do parasita no
animal saudável. O Trypanossoma vivax cai na circulação sanguínea desencadeando a
doença.
Existe ainda a forma de transmissão artificial, feita pelo homem ao
utilizar a mesma agulha sem esterilização na aplicação de medicamentos em diversos
animais, sendo esta a principal forma de propagação da doença no rebanho.
Esta prática não recomendável é comum nas propriedades rurais,
principalmente na sala de ordenha de produtores que fazem o uso frequente de
Ocitocina na maioria dos animais antes da lactação, através de uma única agulha. Cabe
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ressaltar que este procedimento errôneo pode transmitir não só a Tripanossomíase,
mas também várias outras doenças ainda mais graves como a Brucelose, Tuberculose
e Raiva.
Diagnóstico:
O diagnóstico da doença é realizado a partir da coleta e exames
laboratoriais do sangue dos animais com ou sem os sintomas.
Tratamento:
No que se refere ao tratamento de animais infectados, um dos
maiores problemas atualmente enfrentados é ineficiência dos medicamentos, há grande
resistência às drogas tripanocidas utilizadas, (homidium e dimenazene). Existem
drogas tripanocidas cuja importação para o Brasil ainda necessita de aprovação por
parte do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, mas que possuem
efetividade contra o parasita
Prevenção:
A Profilaxia é feita pelo combate aos vetores (mutucas e moscas do
estábulo), além de usar agulhas e seringas descartáveis ou promover a esterilização
das mesmas quando adquiridas para uso coletivo, além de eliminar qualquer método de
rotina na fazenda que promova contato do sangue entre os animais.
Deve-se também, primordialmente em casos de entradas de
animais nas propriedades rurais oriundos de outros locais, proceder ao período de
quarentena e liberá-los perante o atestado negativo para esta enfermidade e também
para outras infectocontagiosas.
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Ainda nesta linha, qualquer animal que apresente os sintomas acima
mencionados deve ser imediatamente separado e consultado por um médico
veterinário a fim de proceder as provas sorológicas ou pesquisa direta pelos parasitas.
Diante dessas informações a Cemil solicita ao G-100 que as
divulgue a seus associados, e que juntamente aos órgãos governamentais competentes
(Ministério Agricultura Pecuária e Abastecimento e órgãos de defesa agropecuária
estaduais), solicite ações específicas, para que a disseminação da doença em questão
seja controlada, atuando principalmente na divulgação e alarde em âmbitos estaduais e
nacionais e também de forma a liberar a importação das drogas específicas
tripanocidas que possam ter efeito no tratamento da enfermidade do rebanho bovino,
diante da gravidade da questão.
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COOPERATIVA CENTRAL MINEIRA DE LATICÍNIOS LTDA.-CEMIL
Sr. Cilas Pacheco
Vice-Presidente da Cemil