Custo de produção produção, análise de rentabilidade e formação de preço João Donato Scorvo Filho Célia M. Dória Frascá Scorvo Célia M. Dória Frascá Scorvo Pesquisadores da Apta Pólo Leste Paulista‐ Pesquisadores da Apta Pólo Leste Paulista‐ APTA/SAA‐‐SP APTA/SAA P Produção Brasileira de Pescado d ã B il i d P d Quad ro 3 . Pro d ução b rasileira em t o nelad as d a p esca e d a aq uicult rua, d e 19 9 7 a 2 0 0 6 600.000,0 500.000,0 400.000,0 300.000,0 200 000 0 200.000,0 100.000,0 0,0 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 ano Pesca Marinha Pesca Continental Maricultura Aquic. Continental 2006 Produção da Aquicultura Continental ç q Brasileira Tabela 8. Produção, valor e valor unitário da Aquicultura Continental brasileira, por Região. REGIÕES Õ Norte Nordeste CentroOeste Sudeste Sul Total PRODUÇÃO Ã (t.) 22.100,0 36.049,0 33.932,0 VALOR (R$) 84.876.150 110.113.750 129.650.750 36.279,0 62.823,5 191 183 5 191.183,5 143.548.000 247.038.050 715 226 700 715.226.700 Fonte: IBAMA, 2008 VALOR UNITÁRIO Á (R$ kg-1) 3,84 3,05 3,82 3,96 3,93 3 72 3,72 Produção da Aquicultura Continental Brasileira Tabela 7. Produção da Piscicultura Continental brasileira por grupo de peixes. MODALIDADE Tilápias Carpas Tambaquii Tambacu Truta Outras Total PRODUÇÃO (T.) (T ) 71.253,5 45.831,5 26.662,0 10.989,5 2.975,5 32.449,5 190.161,5 Fonte: IBAMA, IBAMA 2008 REPRESENTAÇÃO (%) 37,5 24,1 14,0 5,8 1,6 17,1 100,0 O destino da produção da piscicultura brasileira.. Estima‐se que a produção de peixe no Estima‐ Brasil destina destina‐‐se à: 60% ao consumo direto. 60% direto. 28% 28 % para os pesque‐ pesque‐pagues 12% 12 % para o processamento processamento.. ASPECTOS ECONÔMICOS Ô L = Q * P - C onde: L = Lucro Q=p produção; ç ; P=p preço ç de venda; C = custo de produção p ç L = Q * P - C ↑L = ↑Q * ↕P - ↕C ↑L = ↕Q * ↑P - ↕C ↑L = ↕Q * ↕ ↑ ↕P - ↓ ↓C Fatores q que afetam a produção p ç Produção Densidade de estocagem Taxa de sobrevivência Taxa de crescimento Fatores q que afetam a densidade de estocagem Densidade de estocagem Fertilização e Suplementação alimentar li Policultivo Manejo Aeração Fatores que afetam o manejo Manejo Lotação Lot ão com om Tamanhos múltiplos Povoamento com peixes do mesmo tamanho h Duas despescas Fatores que afetam a taxa de sobrevivência Taxa de sobrevivência Adequada taxa estocagem Tipo p e quantidade certa de alimento e fertilizante Qualidade da água adequada Prevenção de doenças e parasitas Controle de predadores Fatores q que afetam os preços p ç de venda Preços Qualidade do peixe Costume sociais e sazonais Trabalhar em cooperativas Diferentes mercados e produtos d t Fatores que afetam os custos de produção Custo de produção Custo de construção Custo de insumos Custo da mão-de-obra Custo da terra Custos de mercado 6,00 5,00 4,00 3 00 3,00 2,00 1,00 0,00 V. nominal 20 07 20 06 20 05 20 04 20 03 20 02 20 01 20 00 V. real 19 99 19 98 R $ kg -1 C omportamento dos omportamento dos preç preç os médios médios anuais do rec ebido pelo produtor de tilápias no es tado de S ão P aulo ((valor c orrigg ido pelo IG p P ano bas e 2007)) R $ K g -1 Variaç ão no preç o da raç ão no período de 1998 a s etembro de 2007 (Valor c orrig ido pelo IG P bas e s etembro 2007) 1,20 1,00 0 80 0,80 0,60 0 40 0,40 0,20 0,00 Val. nominal Val. real 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 ano Variaç ão no c ão no c us to to de produç de produç ão da c ão da c riaç ão de ão de tilápia no E s tado de S ão P aulo. (valor c orrig ido pelo IG P bas e ano dde 2007) 3,50 3,00 2,50 2,00 Val. nominal V l r eall Val. 1,50 1,00 0,50 0,00 1998 1999 2000 2001 2002 2003 ano 2004 2005 2006 2007 Variaçç ão do Preçç o de Venda e C us to de Produç ão da tilápia no E s tado de S ão Paulo ( alor c (v l orrigido pelo IGP bas i id l IGP b e ano 2007) 2007) 6 00 6,00 5,00 4,00 Pr eço nom. Pr eço r eal 3,00 Custo r eal C t nom. Custo 2,00 1,00 0,00 1998 1999 2000 2001 2002 2003 ano 2004 2005 2006 2007 CUSTO DE PRODUÇÃO Ã DETERMINAÇÃO DO CUSTO DE PRODUÇÃO COMBINAÇÃO DOS FATORES DE PRODUÇÃO PROCESSO OU TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO VALOR MONETÁRIO DOS FATORES DE PRODUÇÃO CUSTO DE PRODUÇÃO CUSTO TOTAL DE PRODUÇÃO CUSTO OPERACIONAL DE PRODUÇÃO Custo Total de Produção Custo de Produção odução Custos Fixos Custos Variáveis Itens que compõem os Custos Fixos Custos Fixos Depreciação D i ã de maquinas e equipamentos Alugueis Remuneração do empresário Remuneração R ã do capital fixo e da terra Itens que compõem os Custos Fixos Custos Variáveis Insumos Mão-de-obra Operação e manutenção de equipamentos e instalações Remuneração do capital circulante i l t CUSTO OPERCIONAL DE PRODUÇÃO Ç CUSTOS OPERACIONAL EFETIVO – Na estrutura do Custo Operacional, apresentada d por MATSUNAGA et al., l 1976, não são remunerados todos os fatores de produção, só se consideram os gastos efetivamente ocorridos, ou seja, os gastos com insumos, mão‐de‐obra, manutenção, despesas administrativas, administrativas etc. etc CUSTO OPERCIONAL DE PRODUÇÃO Ç OUTROS CUSTOS – São consideradas neste Custo a depreciação d d bens dos b d á duráveis e a mão‐de‐obra familiar. Determinação do custo de produção MÃO‐DE‐OBRA: podem ser decorrentes de trabalhadores mensalistas (custo fixos da propriedade, porém variáveis para atividade), diaristas ou eventuais e familiares. No custo unitário deve‐se considerar, além do salário, os encargos com FGTS, 13 13° salário, férias, Deve Deve‐se se considerar os dias trabalhados e o tempo improdutivo (feriados finais de semana, (feriados, semana etc.). etc ) Os encargos representam aproximadamente 43% do salário do funcionário. funcionário Determinação do custo de produção DEPRECIAÇÃO: pode ser conceituada como o custo necessário á i para substituir b i i os bens b d capital de i l quando d tornados inúteis pelo desgaste físico, ou quando perdem valor devido a inovações técnicas. Cálculo da Depreciação Depreciação: perda de valor do bem que possui vida útil limitada. • Vários métodos: 1) MÉTODO LINEAR d= Valor inicial − Valor sucata vida útil VALOR DE SUCATA (estimativa): Máquinas: 10% a 20%; Equipamentos e implementos, cultura permanente e l l benfeitorias: 0%; Tabela do Custo Operacional Total de Produção de peixes redondos para a Região do Leste Paulista Item Unidade Mão-de-obra permanente hora 279 7,99 2.229,21 6,18 Mão-de-obra eventual diária 18 27,47 494,46 1,37 alevinos milheiro 8 140,00 1.120,00 3,11 Ração ç 32% kg g 7.449,9 , 1,30 , 9.684,87 , 26,85 , Ração 28% kg 12.888,0 1,13 14.563,44 40,38 Calcário tonelada 1,5 66,00 99,00 0,27 Esterco tonelada 1,5 72,00 108,00 0,30 Manutenção % 0,027 73.175,00 1.975,73 5,48 Outras despesas % 0 28.298,98 848,97 2,35 COE R$ 31.123,67 86,30 CESSR % 47.543 0,03 1.283,65 3,56 d depreciação i ã ano 73 175 73.175 20 00 20,00 3 658 75 3.658,75 10 14 10,14 COT R$ 36.066,08 100,00 Quantidade Valor unitário Total % CUSTOS MÉDIOS é a relação entre os diferentes CUSTOS MÉDIOS‐ custos e a quantidade produzida (custo/ unid de produto) Custo Total Médio (CTMe) CT CTMe = Q Custo Variável Médio (CVMe) CVT CVMe = Q Custo Fixo Médio (CFMe) CFT CFMe = Q Custo Operacional Total Médio (COTMe) COTMe = R$ 36.066,08 ÷ 10.565 Kg = R$3,41 Kg-1 Custo Operacional Efetivo Médio (COEMe) COEMe = R$ 31.123,67 ÷ 10.565 Kg = R$2,95 Kg-1 INDICADORES DE RENTABILIDADE RECEITA BRUTO BRUTO:: RB = Q*PV onde:: onde Q = quantidade produzida PV = preço de venda RB = 10.565 10 565 Kg * R$4,50 R$4 50 = R$47.542,50 R$47 542 50 INDICADORES DE RENTABILIDADE RECEITA LÍQUIDA LÍQUIDA: Q : ou RESÍDUO ou LUCRO OPERACIONAL RL = RB ‐‐ COT RL = RB onde:: onde COT = custo operacional total Deve remunerar a terra, o capital e o empresário empresário.. RL = R$47.542,50 R$47 542 50 ‐ R$ 36.066,08 36 066 08 = R$ 11.476,42 11 476 42 CONSIDERAÇÕES FINAIS O sucesso de d uma criação i ã passa por diversos di f t fatores, no entanto, sem duvida alguma, a meta é o Lucro Lucro.. Para sua efetiva utilização, utilização basta que os responsáveis pela criação instituam uma forma de registro de todos os desembolsos, alem do cálculo e incorporação dos valores de remuneração e depreciação, de forma a permitir a determinação do C Custo d Produção de P d ã o mais i confiável fiá l possível possível. í l. MUITO OBRIGADO! MUITO OBRIGADO! Dr. João Donato Scorvo Filho M M Sc Célia M. Dória Frascá‐ M Sc Célia M. Dória Frascá Sc Célia M Dória Frascá‐Scorvo P Pesquisadores do Pólo Apta Leste Paulista – Pesquisadores do Pólo Apta Leste Paulista i d d Pól A t L t P li t – APTA/SAA APTA/SAA‐‐SP Estrada Vicinal Nelson Taufic Nacif, km 03 –– C.P. 01 Estrada Vicinal Nelson Taufic Nacif, km 03 C.P. 01 ‐‐ 13910 13910‐‐000 000 –– Monte Alegre do Sul, SP Monte Alegre do Sul, SP Tel.: 19 3899.1286 [email protected] [email protected]