Nacional Política Operária Morre Mandela, o arquiteto da submissão da população negra à burguesia branca pela via da democracia burguesa. Morre Mandela, permanece África do Sul, paraíso dos milionários brancos e inferno da maioria negra. Morre Mandela, o imperialismo o reverencia como gigante da conciliação pró-capitalista. Morre Mandela, leva para o túmulo o fracasso de seu ideal pequeno-burguês de “uma sociedade livre e democrática”. Os capitalistas - donos das terras, das fábricas, dos bancos e do comércio - tudo farão para que as massas negras oprimidas por séculos não descubram que Mandela, de inflexível opositor ao apartheid burguês, se transformou em administrador dos interesses da mesma classe de exploradores que impuseram o odioso regime racial. O imperialismo e a burguesia sul-africana explorarão ao máximo o espírito de sacrifício do líder do CNA, os 27 anos de prisão e a sua grandeza em não cultivar o ódio contra os opressores. O passado revolucionário e do militante Mandela duramente perseguido serviu à remoção negociada do regime do apartheid. Hoje, seu passado vale ouro à burguesia e ao imperialismo para manter nas trevas a consciência dos operários, dos camponeses e das massas populares que formam a maioria nacional oprimida. A experiência dos explorados negros com o fim do regime do apartheid, no entanto, está mostrando que se mudaram apenas aspectos da forma de dominação da burguesia branca - o conteúdo da opressão de classe é o mesmo. Sob o governo de Mandela, os ricos ficaram mais ricos e os pobres mais pobres. Sob o governo de Mandela, o racismo permaneceu adaptado às novas circunstâncias da luta de classes. Sob o governo de Man- – MASSAS – de 08 a 22 de dezembro de 2013 dela, as massas continuaram pisoteadas pela burguesia e alta classe média branca. Os explorados africanos têm pela frente a tarefa de se emancipar da política pró-capitalista e pró-imperialista encarnada pelo governo de Mandela e de seus sucessores. É chegada a hora de construir o partido marxista-leninista-trotskista, como parte do objetivo de construir o Partido Mundial da Revolução Socialista. Os explorados e oprimidos sul-africanos que arcam com a brutal exploração capitalista e com o racismo burguês cedo ou tarde descobrirão que a via de sua emancipação está na luta pelo programa da revolução e ditadura proletárias. Os explorados compreenderão que somente a transformação socialista da África do Sul, como parte da luta internacional do proletariado pela sociedade comunista, porá fim à fome, à miséria, à mortandade e ao racismo. Os explorados sob a política do proletariado revolucionário tomará em suas mãos as tarefas democráticas que a burguesia e seus agentes não cumpriram. Viva a luta da classe operária sul-africana pela derrocada do capitalismo e de toda sorte de discriminação racial. A emancipação dos trabalhadores será obra dos próprios trabalhadores.