MURILO RUBIÃO E A PRESENÇA DO INSÓLITO NO CONTO “O PIROTÉCNICO ZACARIAS” Vinícius Ferreira dos Santos Orientador: Prof. Dr. Adilson dos Santos RESUMO O presente trabalho tem por objetivo a análise do conto “O Pirotécnico Zacarias”, de Murilo Rubião (1916-1991), observando os aspectos do insólito e sua respectiva representatividade. A história tem início após a morte de Zacarias. Narrador-defunto que não perdeu suas faculdades humanas, Zacarias vê em sua morte o encontro com o seu “melhor” “eu”, tornando-se diferente para si e para uma sociedade que respira uma vida agonizante. Diante de uma narrativa construída numa atmosfera insólita, encontramos uma linguagem irônica ao mesmo tempo em que reflete, essencialmente, sobre a miséria da existência, sobre a solidão, a vida e a morte. A pesquisa centrar-se-á na compreensão das metáforas presentes no conto, representadas pelo elemento fantástico. Assim dito, este estudo visa compreender a representação do insólito na narrativa de Rubião, buscando em pressupostos teóricos e na fortuna crítica do autor material sobre a representação desse tema em suas narrativas. A pesquisa que será apresentada vincula-se ao projeto “Representações do estrangeiro (“duplo exterior”) e do estranho (“duplo interior”) na narrativa literária brasileira”. Palavras chave: Murilo Rubião; representação do insólito; Uroboro. 1346 INTRODUÇÃO Murilo Rubião (1916-1991) nasceu na cidade de Silvestre Ferraz, hoje conhecida como Carmo de Minas, em Minas Gerais. Minucioso nos detalhes, Rubião escreveu em torno de 33 contos em sua carreira literária. Já revelou em entrevista que seus contos devem a autores como Chamisso, Hoffmann, Gogol e Poe, entre outros. Contudo, o autor que mais o influenciou foi Machado de Assis. De acordo com Andrade (1999), Rubião deve muito de sua literatura a Machado de Assis. Foi no autor carioca que ele se inspirou para escrever contos despojados, de uma sobriedade marcante, elegantes e também dotados de uma ironia amarga. Em “O pirotécnico Zacarias”, somos apresentados a Zacarias, personagem que dá título ao conto, defunto-narrador que morre após ser atropelado em uma rodovia. Após o ocorrido, não perde suas faculdades humanas e vê em sua morte o encontro com o seu “melhor” “eu”. Em uma narrativa fantástica, que dialoga com intertextos bíblicos, encontramos uma história inusitada sobre uma personagem que encontra em seu duplo (a morte) um novo nascimento, que o leva a enxergar o mundo de outra maneira, vendo nas pessoas a insignificância da própria existência. 1 INTERTEXTO: A EPÍGRAFE E AS CORES Nos contos de Murilo Rubião, existem muitas referências bíblicas. Elas se fazem presentes nas epígrafes e, principalmente, dentro do conto, na forma de intertextos. O autor recorre às epígrafes não em um sentido cristão, pois, “embora as epígrafes sejam de origem cristã, o pensamento é pouco cristão, não há lugar para a salvação” (SCHWARTZ, 1988, p.9-10), e nos contos murilianos são recorrentes os usos das epígrafes que significam a representação de um espelho redutor do conto, ou seja, o intuito das epígrafes é representar a síntese do conto. De acordo com Jorge Schwartz, a presença das epígrafes nos contos de Rubião acontece de duas formas: a primeira, na relação intertextual, no nível epígrafe/conto; e a segunda, na relação intratextual, que se dá no nível 1347 epígrafe/epígrafe. Essa relação dicotômica se estabelece, paradoxalmente, para Schwartz, “pela tensão do seu próprio status, autônomo e ao mesmo tempo dependente, em relação ao texto-base” (1981, p. 6). A epígrafe introduzida no conto “O pirotécnico Zacarias” é um trecho bíblico retirado do Livro de Job, capítulo onze, versículo dezessete: “E se levantará pela tarde sobre ti uma luz como a do meio-dia; e quando te julgares consumido, nascerás como a estrela d’alva” (grifo nosso). Os verbos no futuro, “levantarás” e “nascerás”, conferem à passagem um tom profético, o qual, de acordo com Jorge Schwartz, refletir-se-á na própria narrativa, dando a ideia de um acontecimento que sobrevirá e que exercerá um importante papel no decurso da história. Esta epígrafe vai, pois, ao encontro com o essencial do conto, sua ideia principal, a saber: “A precariedade da existência humana, sobretudo a em sociedade, leva o homem a sucessivas metafóricas mortes cotidiana” (VIDAL, 2010, p. 6). Neste sentido, Schwartz completa: A tensão dos tempos projeta-se também no campo formal: isolada no branco da página, ela assume uma autonomia aparente, mas, na verdade, depende tanto do texto que lhe é anterior quanto do que lhe segue. É neste jogo de convergências semânticas e formais que as epígrafes têm existência. (1981, p. 4) Segundo Vidal (2010), comparando-se a história de Job com a morte de Zacarias, é possível compreender que, no que diz respeito ao personagem bíblico, o que se tem é o seu renascimento como estrela d’alva, com a luz do meiodia, representando o encontro com a sua glória; no que se refere ao segundo, o renascimento de Zacarias é a morte, aparecendo como determinante no seu isolamento social, e assim o encontro com o seu duplo, o seu melhor eu. No trecho a seguir, podemos verificar o diálogo entre o Livro de Job e o conto: Amanhã o dia poderá nascer claro, o sol brilhando como nunca brilhou. Nessa hora os homens compreenderão que, mesmo à margem da vida, ainda vivo, porque a minha existência se transmudou em cores e o branco já se aproxima da terra para 1348 exclusiva ternura dos meus olhos. (RUBIÃO, 1981, p.19) Nesta passagem, observamos os verbos no tempo futuro, conferindo o tom profético que faz um intertexto com Livro de Job. A luz e a cor, presentes tanto na epígrafe quanto no conto, aparecem representando a forma heráldica de um novo começo, um novo encontro com o transcendente. Com relação a presença constante das cores do conto, vejamos o seguinte trecho: A princípio foi azul, depois verde, amarelo e negro. Um negro espesso, cheio de listras vermelhas, de um vermelho compacto, semelhante a densas fitas de sangue. Sangue pastoso com pigmentos amarelados, de um amarelo esverdeado, tênue, quase sem cor. Quando tudo começava a ficar branco, veio um automóvel e me matou. (RUBIÃO, 1981, p.14) Mais adiante encontramos: A princípio foi azul, depois verde, amarelo e negro. Um negro espesso, cheio de listrar vermelhas, de um vermelho compacto semelhante a densas fitas de sangue. Sangue pastoso com pigmentos amarelados, de um amarelo esverdeado, quase sem cor. Sem cor jamais quis viver. Viver, cansar bem os músculos, andando pelas ruas cheias de gente, ausentes de homens. (RUBIÃO, 1981, p. 15-16) Há no conto, duas passagens um tanto quanto parecidas no que diz respeito às cores. Para Vidal (2010), as cores, apresentadas em ambos os trechos, são anuladas pela mistura de todas elas, equivalendo à representação pictórica do discurso da vida e da morte. Estamos diante, portanto, de uma subversão intertextual, pois o branco, de acordo com Vidal, corresponde à morte de Zacarias e à sua vida. Assim sendo “o branco é juntamente a primeira luz de quem nasce e a última luz do morto. A última luz do morto, no pirotécnico, também é a luz do nascimento” (2010, p. 4), pois na sua morte, Zacarias encontra o seu melhor, vive “com mais agrado que anteriormente” (RUBIÃO, 1981, p. 14 ). 1349 No livro Murilo Rubião: a poética do Uroboro, Jorge Schwartz elabora um estudo sobre os contos de Rubião e, no primeiro capítulo, estabelece o conceito da presença das epígrafes. Este estudioso dos contos murilianos, toma as epígrafes como “pontos” narrativos e inicia uma leitura linear que é estabelecida pelo próprio texto. Há um traço entre as epígrafes que Jorge Schwartz denomina de “Arquiepígrafe” elaborado a partir das epígrafes bíblicas de alguns contos e relacionando cada conto a uma unidade. No conjunto dos contos, encontramos “O pirotécnico Zacarias” na unidade “Arco-íris”. No caso, o arco-íris representa uma simbologia policrômica, a saber: é o símbolo cromático de certa alegria esperançosa mascarando a angústia existencial. É sabido que o próprio termo “arco-íris” se faz presente na narrativa. Segundo o narrador “Ao meu lado dançavam fogos de artifício, logo devorados pelo arco-íris” (RUBIÃO, 1981, p.14). Portanto, para Jorge Schwartz, a presença das cores, no conto, se dá como em um arco-íris no sentido de que é um cordão umbilical entre a terra e o céu, o contato do homem com o transcendente. Tal como afirma Jorge Schwartz: O cordão configura a gênese narrativa, alimentando o homem com o signo da esperança. O espírito messiânico participa assim desse primeiro instante da montagem das epígrafes. O texto profético encobre a voz do narrador, manifestando apenas os verbos no futuro, e o seu teor altamente simbólico (próprio da linguagem dos profetas) faz com que o objeto da predição apareça sob forma de um “arco”. (1981, p. 12) Para este estudioso das obras murilianas, há uma narrativa estabelecida nas epígrafes bíblicas que Murilo Rubião introduz em seus contos, em que “o homem se converte em paradigma de si mesmo, no seu eterno fazer, sugerindo a imagem, circular e sempiterna, do uroboro, serpente cósmica que morde sua própria cauda” (SCHWARTZ, 1981, p.17). Em um tom profético, muitas das epígrafes apresentam tempos verbais projetados para o futuro, como no mencionado exemplo - “E se levantará pela tarde [...] nascerás como a estrela d’alva” – e no perpétuo acontecer, na repetição e na circularidade, mostra uma 1350 narrativa reduzida, segundo Schwartz, a um eterno presente, ou seja, uma máscara do futuro que encobre acontecimentos presentes. 2 O FANTÁSTICO NOS TRÓPICOS: A PRESENÇA DO INSÓLITO E SUA REPRESENTAÇÃO O efeito fantástico ocorre quando há, segundo David Roas, a presença do sobrenatural, ou seja, tudo aquilo que transcende a realidade, aquilo que não é explicável. Portanto, para que a narrativa seja considerada fantástica, deve-se criar um espaço semelhante ao do leitor, “un espacio que se verá asaltado por un fenômeno que transtornará su estabilidad” (ROAS, 2001, p. 8). Há, pois, um confronto entre o real e o sobrenatural. Na história, o irreal torna-se real, enquanto que o real uma possível irrealidade. Logo, la literatura fantástica nos descubre la falta de validez absoluta de lo racional y la posibilidad de la existencia, bajo esa realidad estable y delimitada por la razón en la que habitamos, de una realidad diferente e incomprensible, y, por lo tanto, ajena a esa lógica racional que garantiza nuestra seguridad y nuestra tranquilidad (ROAS, 2001, p.9). No conto “O pirotécnico Zacarias”, a voz que narra é a de um defunto que, após ter sido atropelado e morto, não perde suas faculdades humanas. Logo no início, Zacarias começa relatando a grande dúvida dos demais: “Teria morrido o pirotécnico Zacarias?” (RUBIÃO, 1981, p. 13). Há, em seguida, a revelação de muitos acharem que Zacarias está vivo, outros, mais supersticiosos, considerarem que não passa de uma “alma penada, envolvida por um pobre invólucro humano” (1981, p. 13), ou mesmo, não o aceitarem como cidadão, dizendo que somente se assemelha ao falecido Zacarias. Porém, o mesmo confessa: Em verdade morri, o que vem de encontro à versão dos que creem na minha morte. Por outro lado, também não estou morto, pois faço tudo o que antes fazia e, devo dizer, com mais agrado do que anteriormente. (1981, p.14) Embora algumas personagens do convívio de Zacarias se mostrem um pouco assustadas ou estarrecidas, ou até mesmo descrentes da morte do 1351 narrador-defunto, a maioria age naturalmente com relação à sua situação: “mortovivo”. Nesses aspectos e a partir de pressupostos teóricos, compreendemos ser essa mais uma característica do fantástico: personagens que não questionam a situação em que Zacarias se encontra. É o que ocorre também em seu acidente. Enquanto andava por uma estrada, Zacarias acabou por ser vitimado por um veículo em que se encontrava um grupo de jovens. As moças que se encontravam no carro, desmaiaram e os restantes dos rapazes discutiram a melhor forma de despachar o cadáver. De repente, o morto se levanta todo ensanguentado e começa a argumentar com os rapazes: Jorginho empalideceu, soltou um grito surdo, tombando desmaiado, enquanto os seus amigos, algo admirados por verem um cadáver falar, se dispunham a ouvir-me. (1981, p.17) E prossegue: Após curto debate, no qual expus com clareza os meus argumentos, os rapazes ficaram indecisos, sem encontrar uma saída que atendesse, a contento, às minhas razões e ao programa da noite, a exigir prosseguimento. Para tornar mais confusa a situação, sentiam a impossibilidade de dar rumo a um defunto que não perdera nenhum dos predicados geralmente atribuídos aos vivos. (1981, p.17) Em seguida, os amigos que dirigiam o carro que o atropelou, convidam-no para se juntar a eles a fim de terminar “a farra”. O que vemos, portanto, é a aceitação ou o “não-questionamento” das personagens diante daquele evento insólito. Sendo assim, o irreal converte-se no real, no natural. O efeito do fantástico, de acordo com Todorov, surge no momento da hesitação, ou melhor, precisamente no momento em que leitor e/ou personagem ficam em dúvida entre uma explicação natural e uma sobrenatural acerca dos acontecimentos narrados. Para Jorge Schwartz, o efeito do insólito nos contos do Murilo Rubião ocorre através de uma organização da sintaxe narrativa permitindo fundir e dar vida “a qualquer série de entidades, por mais antagônicas que elas se mostrem 1352 na sua realidade concreta ou convencional” (1981, p.63), sendo assim, a coexistência do real e do fantástico. No conto “O pirotécnico Zacarias”, vemos que a vida e a morte caminham no mesmo sentido, “não se apresentam como oposição, eliminando a lógica disjuntiva baseada na fórmula das conjunções ou/ou”. Esse binômio, portanto, faz parte de Zacarias, “convive com o pirotécnico como uma entidade única no tempo, sem necessidade da convencional sucessão cronológica” (SCHWARTZ, 1981, p.64). Nas incrédulas reações de outros personagens, diante de Zacarias, ocorre a presença da ambiguidade no decorrer do conto, ou seja, a morte e a vida de Zacarias convivem, não separadamente, mas misturadas em uma única realidade: Vemos como o próprio narrador-protagonista concilia as possíveis oposições que levam a eliminar as ambigüidades decorrentes de sua situação, fazendo paradoxalmente da ambigüidade a estabilidade da narrativa (SCHWARTZ, 1981, p.64) Para o estudioso Jaime Alazraki, a presença do fantástico na narrativa literária serve para causar medo, assim como ocorre nos contos do século XIX. De acordo com esse autor, o fantástico do século XIX é diferente dos relatos fantásticos do século XX. Todorov, de acordo com o ensaio de Alazraki, discorda do fato de se rotularem certas histórias publicadas no século XX de textos fantásticos. Para distinguir as duas épocas, século XIX e XX, na literatura fantástica, o Alazraki propõe uma nova nomenclatura: o neofantástico. “Neofantásticos porque a pesar de pivotear alrededor de un elemento fantástico, estos relatos se diferencian de sus abuelos del siglo XIX por su visión, intención y su modus operandi” (ALAZRAKI, 2001, p. 276). Para este estudioso, se o fantástico do século XIX assume a solidez do mundo real, o neofantástico, por sua vez, assume o mundo real como uma máscara, “como um tapujo que oculta uma segunda realidad que es el verdadero destinatario de la narración neofantástica” (2001, p. 276). Como vimos, 1353 anteriormente a narrativa fantástica existia para causar medo. Tal fato já não ocorreria nas narrativas insólitas do século XX. Logo, para Alazraki, a intenção dessa narrativa do século XX é outra. É mostrar que a presença do insólito nada mais é do que a representação de metáforas, sendo a única maneira de representar a realidade. Nesse sentido, el relato neofantástico está apuntalado por los efectos de la primera querra mundial, por los movimientos de vanguardia, por Freud y el psicoanálisis, por el surrealismo y el existencialismo, entre otros factores. (ALAZRAKI, 2001, p.280) Podemos ver que o relato fantástico de Murilo Rubião apresenta metáforas sobre as agonias do homem e a sua existência: “O efeito insólito provoca no leitor a sensação de estranhamento, detém sua atenção e o força a uma leitura ideológica” (SCHWARTZ, 1988, p.12). Nos contos de Rubião, somos apresentados a personagens que, de acordo com Schwartz, não se configuram como indivíduos de um mundo interior. Entretanto, isso não significa que a narrativa muriliana não aborde o homem na sua individualidade: Assim, o questionar do “homem-e-sua-circunstância” é um dos subtextos para o qual a linguagem do fantástico remete. Deste modo, o recinto, como elemento representativo do contexto dentro do qual o indivíduo se diferencia, aparece na narrativa como elemento insólito e fantástico. (SCHWARTZ, 1981, p. 81) Dessa maneira, a forma como a morte-vida é representada no conto serve para sobrepor o elemento fantástico, de modo a retratar o homem que se diferencia de seu contexto. Após a morte de Zacarias, o narrador-defunto não se reconhece nem como vivo nem como morto. Ele se vê preso dentro de uma existência onde o homem respira uma vida agonizante, sentindo-se um indivíduo isolado dentro da sociedade, deslocado do mundo dos vivos e dos mortos. 1354 CONCLUSÃO Murilo Rubião apresentava características peculiares nas construções de seus contos. Reelaborava a linguagem dos seus escritos constantemente, refazia-os mesmo depois de terem sido publicados. Nesse constante refazer, Rubião escreveu obras esteticamente bem realizadas, apresentando uma poética própria num invólucro de intensa sensibilidade. Para Andrade (1999), o processo de reelaboração do autor, representava a própria expressão da metamorfose, presente no nível tanto da construção do texto quanto da temática adotada pelo autor. Ler os contos de Murilo Rubião é estar em um mundo que reestrutura a realidade, solapada por situações insólitas representando, a partir das metáforas, o absurdo que é a vida do homem em contraste com a sua realidade. Este homem é caracterizado por personagens que “estão presos em si mesmos; alguns tentam escapar ao seu traçado, mas não conseguem” (ZAGURY, 1993, p.3). Na atualidade, muitos estudos estão centrados nas obras de Rubião, e sendo assim, o reconhecimento desse autor como um dos principais escritores de obras fantásticas da América Latina no século XX, tais como: Júlio Cortázar, Jorge Luís Borges, Gabriel García Márquez, entre outros, na composição latina americana de uma identidade literária. 1355 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALAZRAKI, Jaime. ¿Que es lo neofantástico?. In: ROAS, David (Org.). Teorías de lo fantastico. Madrid: Arco/Libros, 2001. p. 265-282. ANDRADE, Vera Lúcia. As metamorfoses de Rubião. In: reunidos. 2. ed. São Paulo: Ática, 1999. p.273-276. Murilo Rubião: contos ROAS, David. La amenaza de lo fantástico. In:______. Teorías de lo fantastico. Madrid: Arco/Libros, 2001. p. 7-44. RUBIÃO, Murilo. O pirotécnico Zacarias. 7ª edição. São Paulo: Ática, 1981. SCHWARTZ, Jorge. Murilo Rubião: a poética do uroboro. São Paulo: Ática, 1981. _____. Do fantástico como máscara. In: _______. RUBIÃO, Murilo. O convidado. 4. ed. 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