Prof.º José Luis A DOAR possui alguns pontos comuns com DFC, porém é muito mais rica em informações; • • • A DOAR é mais analítica, mostra a posição financeira, suas tendências futuras. A DFC propicia informações concretas, se houve ou haverá dinheiro, quanto se deve tomar de empréstimos; A DFC é um instrumento com característica de curto prazo, voltada para o usuário interno, já para o usuário externo, deixa a desejar; 2 • • Já a DOAR tem característica de médio e longo prazos, que permite aos seus usuários perceber a política e a tendência das empresas no futuro; Enquanto a DFC compreende o movimento do fluxo de dinheiro, a DOAR volta-se para a movimentação havida nos recursos e aplicações permanentes, ou de longo prazo, e como consequência disto, o impacto na situação financeira espelhada pela variação do CCL (Capital Circulante Líquido). 3 • • A DOAR forma com outras Demonstrações Contábeis uma base de dados sobre a situação econômico-financeira e o desempenho da empresa; Não substitui e nem deveria ser substituída pelas demais demonstrações pela importância que o conjunto de informações que o conjunto propicia aos usuários. 4 • • A DFC utiliza o conceito de caixa, que é de mais fácil entendimento pelos usuários das informações contábeis, principalmente pelos que não têm conhecimento apurado sobre contabilidade; O método direto é de mais fácil compreensão, enquanto que o método indireto se aproxima mais da própria DOAR e apresenta informações mais apuradas da posição financeira da empresa. 5 VANTAGENS DA DOAR: • A DOAR mostra a rota ou rumos que vem sendo seguidos pela administração financeira, as fontes utilizadas para financiar as atividades, a velocidade e as modificações sofridas e as tendências futuras das condições da empresa, complementando tanto as informações do Balanço quanto da DRE, pois o Balanço apresenta uma posição financeira estática a DRE demonstra o Lucro Líquido e a DOAR ajusta-o demonstrando o que isto representou em termos de recursos financeiros, e ainda: 6 VANTAGENS DA DOAR: Possibilita um melhor conhecimento da política de investimentos e financiamento da empresa; O CCL é um elemento importante na administração financeira da empresa. Quanto maior o CCL, maior a possibilidade da empresa manter uma boa liquidez; A DOAR responde questões fundamentais sobre a situação financeira da empresa, suas alterações, tendências, bem como sobre a habilidade da gerência; É muito importante para a análise externa a empresa, sendo recomendada como parte das demonstrações a serem analisadas; Mostra além das variações do CCL, as mudanças na posição financeira como um todo, ou seja, nos itens não correntes que alteram o quadro de financiamentos e investimentos. 7 DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS Exercício findo em 31.12.XXXX I- Origens de Recursos A - Lucro do exercício, acrescido de depreciação, amortização ou exaustão e ajustado pela variação nos resultados de exercícios futuros; B - Realização do Capital Social e contribuições para reservas de capital; C- Recursos de Terceiros, originários do aumento do passivo exigíbvel a longo prazo, da redução do ativo realizável a longo prazo e da alienação de investimentos e direiro do Ativo Imobilizado II - Aplicações de Recursos A- Dividendos distribuídos; B- Aquisição de Direitos do Ativo Imobilizado; C- Aumento do Ativo Realizável a L Prazo, dos investimentos e do ativo diferido; D- Redução do Passivo Exigível a L Prazo III - Aumento ou Diminuição do Capital Circulante Líquido - O excesso ou insuficiência das origens de recursos em relação as aplicações, representando aumento ou redução do capital circulante líquido; IV - Mutação do Capital Circulante Líquido - os saldo no início e no fim do exercício, do ativo e passivo circulantes, o montante do capital circulante líquido e o seu aumento ou redução durante o exercício. Saldo em Saldo em Aumento ou 31.12.X0 31.12.X1 Diminuição Ativo Circulante Passivo Circulante Capital Circulante Líquido 8 VANTAGENS DA DFC • • • A DFC permite um melhor planejamento financeiro, a fim de controlar o momento certo de aplicar a sobra de caixa ou o momento certo de contrair empréstimos para cobrir a insuficiência do mesmo; A DFC é de mais fácil entendimento do que a DOAR, não sendo necessários conhecimentos específicos de contabilidade para interpretação do mesmo; A DFC utiliza o conceito de curto prazo, evidenciando os elementos monetários. 9 FLUXO DE CAIXA - MÉTODO DIRETO Entradas e saídas de caixa e equivalentes de caixa Fluxo de caixa das atividades operacionais Venda de mercadorias e serviços (+) Pagamento de fornecedores (-) Salários e encargos sociais dos empregados (-) Dividendos recebidos (+) Impostos e outras despesas legais (-) Recebimento de seguros (+) = Caixa Líquido das Atividades Operacionais Fluxo de caixa das atividades de investimento Venda de imobilizado (+) Aquisição de imobilizado (-) Aquisição de outras empresas (-) = Caixa Líquido das Atividades de Investimento Fluxo de caixa das atividades de financiamento Empréstimo líquidos tomados (+) Pagamento de Leasing (-) Emissão de ações (+) = Caixa Líquido das atividades de financiamento Aumento / Diminuição líquida de caixa e equivalente de caixa Caixa e equivalentes de caixa - início do ano Caixa e equivalentes de caixa - final do ano 10 • • • A diferença na elaboração da DFC, entre os métodos direto e indireto encontra-se apenas no grupo de atividades operacionais; A DFC , quando elaborada pelo método direto apresenta dentro do grupo das atividades operacionais, primeiro o valor referente a receita pela venda de mercadorias e serviços, para em seguida, subtrair destes os valores equivalentes ao pagamento de fornecedores, salários, impostos e outras despesas legais. Além disso, adiciona-se os dividendos recebidos, bem como os recebimentos de seguros; O método indireto apresenta o fluxo de caixa das atividades operacionais de forma indireta, realizando ajustes ao lucro líquido do exercício. 11 FLUXO DE CAIXA - MÉTODO INDIRETO Entradas e saídas de caixa e equivalentes de caixa Fluxo de caixa das atividades operacionais Lucro líquido Depreciação e Amortização (+) Provisão para devedores duvidosos (+) Aumento / Diminuição em fornecedores (+/-) Aumento / Diminuição em contas a pagar (+/-) Aumento / Diminuição em contas a receber (+/-) Aumento / Diminuição em estoques (+/-) = Caixa Líquido das Atividades Operacionais Fluxo de caixa das atividades de investimento Venda de imobilizado (+) Aquisição de imobilizado (-) Aquisição de outras empresas (-) = Caixa Líquido das Atividades de Investimento Fluxo de caixa das atividades de financiamento Empréstimo líquidos tomados (+) Pagamento de Leasing (-) Emissão de ações (+) = Caixa Líquido das atividades de financiamento Aumento / Diminuição líquida de caixa e equivalente de caixa Caixa e equivalentes de caixa - início do ano Caixa e equivalentes de caixa - final do ano 12 • • • As mudanças sócio-econômicas, pelas quais as organizações tem passado, levam o profissional da área contábil a buscar uma evolução contínua quanto ao desempenho de seu papel de provedor de informações úteis ao processo de tomada de decisões pelos gestores; Neste sentido, surge a necessidade de uma avaliação sobre as demonstrações contábeis geradas pela Contabilidade, isto é, se suprem a necessidade informacional dos usuários, tanto internos quanto externos; O objetivo desta parte da aula foi esclarecer de forma sintetizada o que é o DFC , bem como compará-la com a DOAR, apresentando vantagens e desvantagens em relação a sua aplicação pelas organizações. 13