A Imagem no Ensino de Crianças com
Necessidades Educativas Especiais:
Implicações na Compreensão Oral do Deficiente Mental
Maria Manuela Caldeira de Brito da Silva Dias
Braga, 1995
Orientador: José Henrique Chaves
Estrutura
 Introdução
 Capítulo I – A Educação Especial
 Capítulo II – N. E. E. Permanentes: a Deficiência Mental
 Capítulo III – A Imagem
 Capítulo IV – A Imagem na Educação do Deficiente Mental
 Capítulo V – Estudo Experimental
 Capítulo VI – Análise e Tratamento de Dados
 Capítulo VII – Conclusões
 Bibliografia
 Anexos
Introdução
 Contextualização do Problema
 Objectivos do Estudo e Formulação do Problema
 Objectivos do Estudo
 Formulação do Problema
 Organização do Estudo
Capítulo I –
A Educação Especial
 1. O que se entende por Educação Especial
 1.1. Aspectos históricos e sociais
 1.2. A Educação Especial em Portugal
 2. Necessidades Educativas Especiais
 2.1. Formas de Atendimento Educativo
 2.2. Tipos de Necessidades Educativas Especiais
 3. O Princípio da Normalização
 4. A Integração da Normalização
 4.1. Modelos de Integração
 4.2. Legislação e tendências actuais
Capítulo II –
N.E.E Permanentes: a Deficiência Mental
 1. A Deficiência Mental
 1.1. Definições de Deficiência Mental
 1.2. Categorias da Deficiência Mental
 1.2.1. Características dos deficientes mentais “educáveis”
 1.3. Como avaliar uma Deficiência Mental
 1. 4. Causas da Deficiência Mental
 1. 4. 1. Distúrbios genéticos
 1. 4. 2. Agentes tóxicos e doenças infecciosas
 1. 4. 3. Factores ambientais
 2. A Integração do Deficiente Mental
 3. Os Alunos de Aprendizagem Lenta
Capítulo III –
A Imagem
 1. Introdução à Temática da Imagem
 1.1 O que e imagem
 1.2 Classificação das imagens
 2. A Percepção Visual
 2.1 Leis básicas da Percepção Visual
 2.2 Factores de que depende a Percepção Visual
 3. Leitura das Imagens
 3.1 Como se processa a leitura de imagens
 3.2 A “Alfabetidade Visual”
 3.3 Como vemos as imagens
 4. Imagem e Educação
 4.1 Funções didácticas da imagem
 4.2 A imagem como facilitadora da compreensão
Capítulo IV –
A Imagem na Educação do Deficiente Mental
 1. Utilizações da Imagem na Deficiência Mental





1.1.
1.2.
1.3.
1.4.
1.5.
Experiências realizadas com utilização da Imagem
Como é utilizada a Imagem na Deficiência Mental
A Imagem na avaliação da Deficiência Mental
O treino da Percepção Visual na Deficiência Mental
A Imagem na Promoção Cognitiva do Deficiente Mental
 2. Estudo Experimental - Papel relevante da Imagem
 2.1. Selecção das Histórias
 2.2. Criação das Imagens
Capítulo V –
Estudo Experimental
 1. Características do Plano de Investigação
 1.1. Desenho Experimental
 1.2. Formulação de Hipóteses
 1.3. Caracterização das Variáveis
 2. Concepção do instrumento de recolha de dados
 2.1. O que é compreender um texto
 2.2. Como avaliar a compreensão
 2.3. A criação de um questionário de compreensão
 3. Procedimentos Experimentais




3.1.
3.2.
3.3.
3.4.
Caracterização da Amostra
Organização da Prova
Aplicação da “Prova-piloto”
Aplicação da Prova
Capítulo VI –
Análise e Tratamento de Dados
 1. Análise e tratamento estatístico
 1.1. Análise dos dados
 1.2. Tratamento estatístico dos dados
 Elaboração de histogramas para observar as pontuações globais
obtidas pelos alunos nos questionários das histórias com imagem e
sem imagem, comparar as duas situações em análise: com
imagem e sem imagem.
 Aplicação do Teste t-student relacionado.
Capítulo VII –
Conclusões
 1. Conclusões e Sugestões para estudos posteriores
 1.1. Conclusões sobre os resultados do Estudo Experimental
 O recurso à imagem na contagem de histórias melhora a compreensão oral.
 1.2. Sugestões para estudos posteriores
 Alargar o estudo a outros alunos com necessidades educativas especiais no
âmbito da deficiência mental, a fim de conseguir uma amostra mais
significativa que permita extrapolar os resultados e fazer generalizações à
população dos deficientes mentais;
 Utilização sistemática da imagem na maior parte das disciplinas curriculares.
Bibliografia
 158 referências bibliográficas;
 Da bibliografia constam essencialmente referências a livros, revistas, teses
de mestrado e publicações institucionais.
Anexos
 Anexo I – Experimentação – Texto das Histórias
 Anexo II – Experimentação – Planificação das Histórias
 Anexo III – Experimentação – Imagens Criadas
 Anexo IV – Experimentação – Questionários
Anexos
Ana Rita Silva
Janeiro 2005
Objectivos do Estudo
 Identificar formas de melhorar a aprendizagem da criança deficiente
mental.
 Mostrar que o recurso à imagem facilita a aprendizagem destas crianças.
 Relacionar o uso da imagem na contagem de histórias com uma melhoria
na compreensão oral.
Formulação do Problema
Será que o recurso à imagem melhora a compreensão
oral de crianças com deficiência mental ligeira?
Tipos de Necessidades Educativas Especiais
Permanentes
Temporárias
Exigem uma adaptação generalizada do
currículo
às
características
do
aluno,
adaptação essa que terá de manter-se
durante parte do seu percurso escolar. São
N. E. E. que dizem respeito a indivíduos que
apresentam alterações significativas no seu
desenvolvimento,
ou
seja,
problemas
orgânicos, funcionais e/ou culturais graves.
Exigem uma modificação de uma parte do
currículo
escolar,
adaptando-o
às
características dos alunos, só acontecem
num
determinado
momento
do
seu
desenvolvimento, podendo as dificuldades
existentes ser superadas ao fim de certo
tempo.
- de carácter intelectual (deficiência mental);
- de carácter sensorial (deficiência visual e
auditiva);
- de caráter motor (deficência motora);
- de carácter emocional (psicóticos);
- de carácter sócio-cultural (grupos culturais
marginais)
- as que têm problemas ao nível do
desenvolvimento das suas funções
superiores, isto é, no desenvolvimento
motor, perceptivo, linguístico ou sócioemocional;
- as que apresentam problemas relacionados
com a aprendizagem da leitura, escrita e
cálculo (Warnock, 1978);
O Princípio da Normalização
 Este princípio (em que assenta a nova concepção de Educação
Especial) surgiu nos finais da década de 50, na Escandinávia.
 O seu criador foi Bank-Mikkelsen (1975, citado em Muntaner, 1991).
 É um conceito global, sendo um programa de vida para cumprir
um objectivo, que consiste em diminuir os aspectos diferenciais
das pessoas com deficiência e realçar as semelhanças.
- centra-se cada vez mais nas pessoas deficientes mentais;
- para conseguir os seus objectivos põe mais ênfase nos meios, métodos e
recursos do que nos resultados.
- refere-se à normalização das condições de vida e não à normalização da
pessoa, o que implica que a sociedade deva conhecer e respeitar o
deficiente como uma pessoa mais, dentro do grupo.
Leis Básicas da Percepção Visual
 Lei da Simplicidade.
 Lei da Pregnância da Forma.
 Lei da Constância da forma e do tamanho.
Factores de que depende a Percepção Visual
 Impulsos perceptivos;
 Experiências passadas;
 Sócio-culturais;
 Motivação;
 Emoções;
 Expectativas;
 Sexo;
Selecção das Histórias
 Histórias Infantis, já publicadas em várias colectâneas:
 “Os Porquinhos Ladinos”, publicado na obra Contos Tradicionais
portugueses, de Ataíde Oliveira.
 “ O Lobo Ingénuo”, publicado na obra Contos Tradicionais portugueses,
de Ataíde Oliveira.
 “ A Ilusão do Lobo”, publicado na obra Contos, de Virgílio Couto.
 “ A Raposa Manhosa”, publicado na obra O Romance da Raposa, de
Aquilino Ribeiro.
 “ As Bocas do Mundo”. publicado na obra Contos Tradicionais
portugueses, de Ataíde Oliveira.
 São todos textos narrativos com bastante acção e em que os
personagens têm um papel muito importante.
Criação de Imagens
 Elaboradas por um especialista em Educação Visual.
 Obedecem a um guião elaborado pelos responsáveis pela
tese.
 Na elaboração dos guiões foram tido em conta dois
aspectos principais:
 Cada imagem deveria corresponder a uma unidade de lugar, de tempo
ou de lugar/tempo.
 Era fundamental conseguir imagens que facilitassem a compreensão
do texto escutado no gravador, pelo facto de haver determinados
aspectos nos textos escolhidos, que lhes pareciam muito abstractos
para os alunos com deficiência mental.
Ver exemplo
Formulação de Hipóteses
 Hipótese Nula: A contagem oral de histórias a que se associa imagens
não permite a obtenção de
questionários de compreensão.
maiores
pontuações
nos
respectivos
 Hipótese Experimental: A contagem oral de histórias a que se
associa imagens permite a obtenção de
respectivos questionários de compreensão.
maiores
pontuações
nos
Caracterização das Variáveis
 Variável independente: Aplicação da prova com imagem e sem
imagem.
 Variável
dependente:
compreensão das histórias.
Pontuação
obtida
nos
questionários
de
A criação de um questionário de compreensão
 Questões que provoquem pensamento e reflexão;
 Procurou-se manter um esquema idêntico para todos os
questionários:
8 questões
com
Ver exemplo
3 itens de resposta
de escolha múltipla
Procedimentos Experimentais
 Caracterização da Amostra:




20 alunos dos dois sexos
Idades compreendidas entre os 13 e os 15 anos
Possuidores de deficiência mental ligeira
A frequentar pela 1.ª vez o 5.º ou o 6.º anos, integrados em várias turmas de
duas escolas do 2.º Ciclo do Ensino Básico e apoiados pela Educação Especial.
 Organização da Prova:
 Os questionários foram sujeitos a avaliação, e aprovados;
 Foram atribuídas as pontuações das respostas a cada pergunta;
 Procedeu-se à criação das imagens que iriam constituir a parte visual do “slideshow” de cada história;
 Aplicação da “Prova-Piloto”:
 Alunos “normais” com idades inferiores às dos alunos da amostra e a frequentar
o 4.º ano do 1.º ciclo do Ensino Básico.
 5 histórias gravadas em áudio, acompanhadas de um questionário de
compreensão constituído por oito perguntas de respostas de escolha múltipla.
 Aplicação da Prova
 Cada aluno deve:
 Ouvir duas histórias com imagem e duas sem imagem (alternando).
 As histórias foram apresentadas em dias consecutivos.