Cartaoiop.com.br 13/10/ 2015 5 sinais incomuns de desidratação A água tem um papel regulador de muitas funções de nosso organismo, que vai desde o controle da temperatura até o bom funcionamento do sistema circulatório. “Nosso organismo é essencialmente um amontoado de saquinhos de água (células) e estes saquinhos mantêm comunicação entre si (por meio do sangue) e com o exterior”, afirma o clínico geral Eduardo Finger, coordenador de Pesquisa e Desenvolvimento do laboratório Salomão Zoppi. Por esse motivo a quantidade de água que temos no nosso organismo influencia diretamente no seu bom funcionamento. E é importante lembrar que em diferentes momentos perdemos líquido, por exemplo, através da respiração, eliminação da urina e do suor, que impede que nosso corpo atinja temperaturas elevadas e possa seguir com o melhor de sua eficiência em condições estáveis. Se há água em abundância para repor as perdas, não há problema. “Mas, se a água falta, todo o corpo começa a se adaptar para minimizar as perdas”, diz o especialista. Quando isso acontece, temos um quadro de desidratação. Desprovido de água, o corpo passa reduzir ou cortar o pleno funcionamento de algumas atividades, gerando alguns sintomas que podem servir de alerta. Confira os principais sinais de desidratação e saiba quando seu corpo está precisando ingerir mais água: Cartaoiop.com.br 13/10/ 2015 Prisão de ventre O trânsito intestinal funciona plenamente quando há um equilíbrio entre o consumo de fibras e de água. O líquido se mistura às fibras e fazem as fezes ficarem mais volumosas e pastosas, impedindo o ressecamento. “Ingerindo quantidade adequadas de água, o efeito das fibras sobre o movimento intestinal se torna mais eficaz”, diz o gastroenterologista Flavio Steinwurz, do Hospital Albert Einstein. Dessa forma, se uma pessoa está com prisão de ventre, a primeira suspeita deve ser a baixa ingestão de fibras ou de água. Se o consumo de fibras está adequado, pode ser um sinal de que ingestão de água está abaixo do adequado. Pele seca Após reduzir a oferta de água para saliva, lágrimas e urina, o corpo precisa optar onde alocar o volume de água remanescente para conseguir manter o sangue fluindo.”Então, primeiro, a água de nossos tecidos é captada para dentro das veias, de forma a manter um volume adequado e também manter o corpo funcionando”, explica Eduardo Finger. Neste momento, a pessoa adquire aquele aspecto desidratado, no qual a pele fica desprovida de turgor (elasticidade) e pode ficar pálida, com olhos aprofundados e secos. Queda da pressão arterial Pudesse o organismo interromper toda a perda de água, ele o faria, mas como a perdemos através da respiração, pele e suor, um mínimo de perdas é sempre inevitável. “Então, continuando a perder água, entramos na área da desidratação crítica e patológica”, alerta o clínico geral Eduardo. A água tem grande influencia no controle da pressão, já que a sua presença determina a densidade do sangue. Na falta crítica de água, o volume sanguíneo começa a entrar em crise e não há mais água suficiente para diluir metabolitos, como o açúcar, a ureia e o sódio. “Também pode haver volume insuficiente para preencher adequadamente todo o leito arteriovenoso, então a pressão cai”, diz. Por conta disso, é comum sentir cansaço, indisposição, tontura ou dores de cabeça. Câimbras Com a quantidade de água reduzindo cada vez mais, os leitos venosos menos importantes – periféricos, como braços e pernas – são fechados. “Rins, cérebro, fígado e outros órgãos vitais são privilegiados, e com isso as câimbras começam a se manifestar”, explica Eduardo Finger. Com menos sangue oxigenado Cartaoiop.com.br 13/10/ 2015 chegando a essas áreas, os músculos não trabalham em plenas condições, gerando as câimbras. A queda da pressão arterial também favorece os desequilíbrios metabólicos que levam ao aparecimento do sintoma. Vontade de doces e carboidratos Quando você está desidratado, pode ser difícil para alguns nutrientes e órgãos funcionar corretamente. Um desses órgãos é o fígado, que precisa de água para liberar glicogênios e outros componentes responsáveis por fornecer energia ao seu corpo. A principal fonte de energia é a glicose, obtida por meio da alimentação – por isso, um organismo desidratado pode acreditar que está precisando ingerir mais comida, quando na verdade a energia fornecida pelos alimentos não está conseguindo ser transportada para as células. O resultado? Fome, especialmente por alimentos doces e carboidratos, que são grandes fontes de glicose. Entretanto, a ingestão desses alimentos pode não aplacar o desejo, já que o problema é a falta de água. Pense se você realmente precisa ingerir um alimento e analise outros sintomas que podem estar acontecendo – o conjunto de sinais pode indicar a falta de água.