Trabalho Associado - Uma Nova Alternativa de Renda: Um Estudo da Autogestão na Cooperativa de Costura de Jacinto Machado. Bacharel Ciências Contábeis: Eliete Machado Gabriel – UNESC; Mestranda: Milla Lúcia Ferreira Guimarães – UNESC; Prof. Mestre: Leopoldo Pedro Guimarães Filho – UNESC; Prof. Doutor: Paulo Rômulo de Oliveira Frota – UNESC. RESUMO: O cooperativismo surgiu de forma economicamente organizada no ano de 1844, na Inglaterra, com a fundação da primeira cooperativa de consumo. Iniciativa de 28 pessoas que se uniram por um ideal: de trabalhar em conjunto para atender às necessidades de todos os associados. No Brasil este novo modelo de organização teve início no século XIX e disseminou-se por todos os Estados. Com um mundo globalizado e com mercado competitivo as cooperativas vêm se expandindo e assim como os demais tipos de empresas necessitam se adequar às mudanças, não deixando de lado a função social de criar uma sociedade mais justa e igualitária. Para tanto faz-se necessário a formação e capacitação de seus integrantes. Este artigo relata o surgimento histórico do cooperativismo, as cooperativas, a capacitação em autogestão bem como as iniciativas existentes neste sentido. Visando identificar como a capacitação pode auxiliar os cooperados de uma cooperativa de produção, optou-se em realizar um levantamento com os 20 cooperados da Cooperativa de Costura de Jacinto Machado. Após análise dos dados coletados constatou-se que 90% dos associados são mulheres, jovens (55%) com até 25 anos de idade sendo que 75% possui 2° grau completo ou em andamento. A pesquisa revelou ainda que os cooperados desempenham atividades produtivas concomitantemente com atividades gerenciais identificando a necessidade de capacitação em autogestão nas áreas do cooperativismo e da gestão de cooperativas. Palavras-chave: Cooperativismo. Cooperativa de Produção. Autogestão. Capacitação. ABSTTRACT: The cooperativism became economically organized in the year 1844, when the first consumption cooperative was found in England, an initiative of 28 people who joined for an ideal: to work together to meet the needs of all members. In Brazil, this new model of organization began in the nineteenth century and spread to all states. In a globalized world and competitive market, the cooperatives are expanding and, as well as other types of businesses, they need to adapt to changes without neglecting the social function of creating a fairer and egalitarian society. For this purpose it is necessary to prepare and train its members. This article describes the historical emergence of cooperativism, cooperatives, capacity in self-management as well as initiatives in this direction. To identify how training can help the cooperative members from a production cooperative, a survey was conducted with 20 members from Sewing Cooperative of Jacinto Machado. After data analysis, results show that 90% of members are women, young people (55%) aging up to 25 years old and 75% of members have completed high school or are still studying. The study also shows that the cooperative members have their own job concomitantly with management activities, which proves the necessity for self-management training in the areas of cooperativism and cooperative management. Keywords: Cooperativism. Production Cooperative. Self-management. Training. IX Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – adm.convibra.com.br 1 Introdução A idéia do cooperativismo surgiu da constatação de que a cooperação entre indivíduos era a melhor alternativa para encontrar soluções que interessavam a determinado grupo além da necessidade de trabalho e renda devido o aumento significativo do desemprego. Enquanto que, em outras formas de organização existe a ‘figura’ do patrão e do empregado e objetiva-se o lucro, nas cooperativas os cooperados não são assalariados, mas proprietários do empreendimento, dando-lhes o direito de tomar decisões e gerir o negócio. Com essa visão de negócio, os cooperados buscam o reconhecimento como sujeito inserido no processo econômico, histórico e social, sendo esta a etapa fundamental para a formação de uma gestão coletiva. Entre os tipos de cooperativas em atividade, existem as de produção. Este modelo de cooperativa serve como um exemplo de autogestão, onde os sócios são à força de trabalho e ao mesmo tempo gerentes do empreendimento. Por esta razão, há necessidade de incentivo permanente à busca do conhecimento coletivo. Incentivo este voltado tanto para capacitação dos trabalhadores, o que garante a sustentabilidade do empreendimento, quanto no sentido de sensibilizar o conjunto dos trabalhadores para as novas relações de trabalho e organização coletiva, sem perder de vista a inserção no mercado. 2 Cooperativismo O cooperativismo implica na união entre um grupo de pessoas, onde seus integrantes trabalham para um único objetivo, que é promover qualidade de vida aos cooperados. Roecker (2003, p. 19) relata que “o cooperativismo é uma doutrina onde todos têm o mesmo ideal, que é satisfazer as necessidades que se tem em comum, sejam elas econômicas, sociais ou culturais.” Por se tratar de trabalho em conjunto onde as pessoas desenvolvem as atividades produtivas e tomam as decisões no processo administrativo, isso os incentiva a trabalhar com motivação, valorizando-se como pessoas. Neste sentido, Ricciardi e Lemos (2000, p. 58) elucidam que “o trabalho em cooperação resulta numa economia humanizada, cujo valor maior reside no indivíduo, acima do capital, pois o resultado final da ação conjunta reverterá para o desenvolvimento integral daquele grupo.” Segundo a Lei do Cooperativismo nº 5.764 de 16 de dezembro de 1971, a cooperativa é, “uma sociedade de pessoas, com forma e natureza jurídica própria, de natureza civil, não sujeitas à falência, constituída para prestar serviços aos associados.” O ideal cooperativista visa a melhoria contínua da qualidade de vida por meio do desenvolvimento intelectual, econômico e social de seus cooperados. 2.1 Surgimento das Cooperativas A primeira cooperativa organizada, formada por 28 trabalhadores foi no ramo de consumo, fundada em 1844, na cidade de Rochdale, Inglaterra. Segundo Veiga e Fonseca (2002), esta cooperativa foi uma estratégia na luta pela sobrevivência desses trabalhadores após uma greve prolongada, com objetivo de comprar em conjunto produtos de primeira necessidade por menor preço e maior qualidade, significando uma reação de defesa econômica dos trabalhadores. Este momento tornou-se um marco histórico para a filosofia cooperativista, no qual foram criados os princípios universais cooperativistas que são seguidos pelas cooperativas existentes. No Brasil esse novo modelo de organização surgiu “no século XIX, estimulado por funcionários públicos, militares, profissionais liberais e operários, para atender às suas necessidades”. (SESCOOP, 2005, p. 79) IX Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – adm.convibra.com.br Naquela época, conforme Veiga e Fonseca (2002, p. 27), “o Brasil passava por grandes transformações: a abolição, a república, o socialismo etc., tudo era palco de grandes discussões”. De acordo com os autores, as cooperativas foram fundadas inicialmente no meio urbano, mais especificamente na cidade de Campinas, em São Paulo no ano de 1887, depois propagaram-se no meio rural. 2.2 Princípios Cooperativistas Os pioneiros da Cooperativa de Rochdale pensaram em valores que são importantes para uma cooperativa praticar a autogestão e garantir a continuidade do empreendimento. Estes valores são chamados de princípios, os quais são utilizados por todas as cooperativas independente do ramo. O Quadro 1 demonstra os sete princípios cooperativistas: PRINCÍPIOS DESCRIÇÃO As cooperativas são organizações voluntárias, abertas a todas as pessoas aptas a utilizar os seus serviços e assumir as responsabilidades como membros, sem discriminação de sexo, sociais, raciais, políticas e religiosa. As cooperativas são organizações democráticas, controladas pelos Gestão Democrática membros que participam ativamente na formulação das suas políticas e nas tomada de decisões. Participação Os membros contribuem eqüitativamente para o capital das suas Econômica cooperativas e o controlam democraticamente. Autonomia e As cooperativas são organizações autônomas, de ajuda mútua, Independência controlada pelos seus membros. As cooperativas promovem a educação e a formação de seus membros, Educação, Formação dos representantes eleitos e dos trabalhadores de forma que estes e Informação possam contribuir, eficazmente, para o desenvolvimento das suas cooperativas. As cooperativas servem de forma mais eficaz os seus membros e dão Intercooperação mais força ao movimento cooperativo, trabalhando em conjunto, através das estruturas locais, regionais, nacionais e internacionais. Interesse pela As cooperativas trabalham para o desenvolvimento das suas Comunidade comunidades através de políticas aprovadas pelos membros. Quadro 01: Princípios Cooperativistas. Fonte: Adaptado de SESCOOP/SP (2008). Adesão Voluntária e Livre Os princípios abrangem a satisfação das aspirações e necessidades econômicas, sociais e culturais comuns, por meio de uma sociedade de propriedade coletiva e democraticamente gerida. 2.3 Órgãos Competentes Uma cooperativa sendo um empreendimento autogestionário, onde todos podem e devem opinar sobre decisões administrativas e produtivas necessita que as funções sejam bem distribuídas e que os membros dos cargos administrativos tenham a habilidade de liderança. A Figura 01 demonstra as ações dos órgãos componentes de uma cooperativa. IX Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – adm.convibra.com.br Figura 01: Quem é quem numa Cooperativa. Fonte: Adaptado de Ricciardi e Lemos (2000, p. 72). De acordo com Ricciardi e Lemos (2000) “a cooperativa depende da participação dos cooperados quer como donos, quer como usuários dos serviços que ela prestar. E, que sem essa participação a cooperativa se tornará uma empresa comum, pois sua força está na união de todos em torno da diretoria.” 2.4 Ramos do Cooperativismo As cooperativas são classificadas em ramos, de acordo com os seguimentos onde atuam. Segundo SESCOOP (2005) dividem-se em 13 grupos demonstrados no Quadro 04: Ramos Cooperativas Agropecuárias Cooperativas de Consumo Cooperativas de Crédito Cooperativas Educacionais Conceito Compostas de produtores rurais ou agropastoris e de pesca; geralmente abrange toda a cadeia produtiva, desde o preparo da terra até a industrialização e a comercialização dos produtos. Dedicadas à compra por atacado de artigos de consumo para os seus cooperados. Geralmente, costumam exercer sua atividade fim através de mercados e supermercados próprios, que visam a eliminação da figura do intermediário. Formadas com base na solidariedade financeira e destinadas a promover a poupança e a financiar as necessidades de consumo ou empreendimentos, dos seus associados. Organizadas por professores, alunos de escolas agrícolas, cooperativas de pais de alunos e cooperativas de atividades afins. IX Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – adm.convibra.com.br Formadas com a finalidade de atender, direta e prioritariamente, o seu quadro social, com a prestação de serviços específicos que venham a ser demandados por este quadro social. Formadas com objetivo principal de atender pessoas Cooperativas Especiais relativamente incapazes, ou que necessitam ser tuteladas e que, por esse motivo, não podem ser plenamente autogestionadas. Formadas com objetivo principal de construir, manter e Cooperativas Habitacionais administrar conjuntos habitacionais para seus associados. Formadas com objetivo principal de explorar a atividade de Cooperativas de Mineração mineração, podendo para tanto extrair e comercializar metais e pedras preciosas. São cooperativas que se dedicam a preservação e recuperação da saúde, formadas por médicos, odontólogos, enfermeiros e Cooperativas de Saúde usuários desses serviços e demais profissionais da área de saúde. Formadas por trabalhadores, de qualquer profissão, cujo objetivo é o de colocar a capacidade técnico-profissional dos Cooperativas de Trabalho seus associados à disposição do mercado de trabalho, através de contratos de prestação de serviços. Formadas por profissionais ligados às atividades de Turismo e Cooperativas de Turismo Lazer. Cooperativas de Transporte Atuam no transporte de cargas e passageiros. Formadas por cooperativas dedicadas à produção de bens e Cooperativas de Produção mercadorias, sendo os meios de produção de propriedade de todos e não de propriedade individual. Quadro 04: Ramos do Cooperativismo. Fonte: Adaptado de SESCOOP (2005). Cooperativas de InfraEstrutura A diversidade do cooperativismo brasileiro, que nas últimas décadas tem avançado nos centros urbanos, pode ser evidenciada por meio de diferentes ramos de atividade econômica. 3 Cooperativa de Produção As cooperativas de produção, objeto desta pesquisa, surgiram no Brasil com mais intensidade na década de 80, devido ao aumento significativo de indústrias em processos falimentar. Para garantir seus postos de trabalho e renda, os trabalhadores da empresa falida unem-se e formam outro tipo de organização, que é cooperativa, onde executam tanto as atividades produtivas quanto as de gerência do empreendimento. (MARINHO, 2006) Existem cooperativas de produção que já nascem nos moldes da autogestão, cuja origem é estimulada por políticas de governos progressistas ou criadas espontaneamente a partir de iniciativas comunitárias. (TAUILE, 2002) Neste sentido de acordo com Veiga e Fonseca (2002, p. 49), os cooperados de uma cooperativa de produção são os donos e controladores de todo o processo de trabalho, deliberam sobre os atos cooperativos, compartilham todas as informações, discussões e negociações da cooperativa com seus clientes. Rech (2000, p. 119) destaca que “esses tipos de cooperativa são os modelos mais próximos do que seria uma cooperativa autogestionária.” IX Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – adm.convibra.com.br Como outra forma de renda, a cooperativa de produção se torna uma nova alternativa de sustento, gratificação pessoal e acima de tudo qualidade de vida dos trabalhadores inseridos. Neste sentido, faz-se necessário que os indivíduos que fazem parte desse empreendimento, tenham conhecimento de como funciona a autogestão. 3.1 Autogestão É um tipo de organização que tem como fator principal a autonomia, sendo que todas as pessoas inseridas no processo são capazes de tomar as decisões para administração do empreendimento. Como se trata de várias pessoas administrando seu próprio negócio, isso os motiva a terem mais responsabilidade e maior produtividade nas atividades desenvolvidas, proporcionando assim a auto-estima e o bem estar coletivo. De acordo com ANTEAG (2005), a Autogestão não se define apenas através de conceitos e princípios. Caracteriza-se como um movimento de construção pelo qual o trabalho e as relações entre as pessoas buscam resgatar o dimensionamento humano enquanto sujeitos que produzem e convivem. Com isso, os trabalhadores (as) podem decidir sobre tudo o que acontece na empresa: metas de produção, formas de investimento, política de pessoal, etc. A autogestão é uma democracia, onde todos os membros da organização têm o poder de opinar e assim, tomar as devidas decisões. A cooperativa de produção se enquadra no perfil de autogestão por ter o cooperado como força de trabalho e a administração da empresa é gerenciada por eles. Para Rech (2000, p.115) “a autogestão ocorre quando um grupo de pessoas decide se constituir como empresários autônomos e levam adiante uma iniciativa econômica onde eles próprios são os que realizam a atividade produtiva.” A autogestão é a forma de gestão de empresa, que privilegia o fator trabalho sobre o capital, apropriando ao trabalhador o produto de seu trabalho e garantindo a participação democrática. Para que a autogestão aconteça dentro da organização faz-se necessária a capacitação dos trabalhadores. 3.2 A Capacitação para a Autogestão nas Cooperativas de Produção Sendo a capacitação fator de desenvolvimento nas cooperativas de produção, e tomando por base o 5º princípio cooperativista – Educação, Formação e Informação – cuja origem se deu com os pioneiros de Rochdale, que vislumbraram a necessidade de educação permanente dos associados, percebe-se a importância do desenvolvimento das habilidades e competências para gerenciar com eficácia as cooperativas. Temp (2004, p. 58), reforça que “educação, formação e informação mais que um princípio do cooperativismo compõe a fórmula capaz de perpetuar o cooperativismo pela capacidade de readaptação, atualização e reciclagem que transmite.” 3.3 Conceito e Objetivos da Capacitação para Autogestão A palavra capacitação segundo Ferreira (1999) é o “ato ou efeito de capacitar.” É importante entender que a mesma deve ser aplicada ao conjunto de trabalhadores, buscando resgatar o que cada indivíduo possui de conhecimento, a fim de deixar de lado a dependência e passar a ter autonomia. A capacitação em autogestão é a chave para que os empreendimentos autogestionários alcancem o sucesso e permaneçam no mercado. Para Schmidt e Perius (2003, p. 69), “a cooperativa deverá balizar suas atividades na eficiência e na busca de crescente qualidade, que serão obtidas através de treinamento, e na IX Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – adm.convibra.com.br capacitação profissional do seu quadro associativo e funcional, necessária para acompanhar a evolução tecnológica [...]”. A capacitação para a autogestão é uma ferramenta indispensável para o aprimoramento do conhecimento dos trabalhadores, tanto no âmbito produtivo quanto administrativo, pois, com ela o indivíduo que até então só tinha conhecimento do trabalho executado na produção, passa a ter noções sobre gerência, desenvolvendo suas habilidades potenciais e aprende a gerir o próprio negócio. Pinho (2004, p. 180) elucida que, capacitação em autogestão é incentivar os trabalhadores a aprender atuar em conjunto, somando esforços, quando a atividade individual isolada não for suficiente, e tentar colocar em prática – tanto no trabalho como na vida pessoal – os valores da democracia cooperativa, a solidariedade e a entre ajuda. [...] é também conscientizar o cooperado de seus direitos e deveres. A atividade de uma cooperativa como gestão democrática, exige um trabalho constante à busca do conhecimento coletivo, direcionado para a capacitação dos trabalhadores, garantindo assim, a sustentabilidade do empreendimento no mercado. 3.4 Organizações que Desenvolvem a Capacitação em Autogestão Entre as organizações formais que capacitam para a autogestão está o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo - SESCOOP, criado pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e as informais que surgiram após a constituição de 1988 a qual desvinculou o cooperativismo do Estado Brasileiro. Pinho (2001, p. 141), relata que “desenvolve-se uma rede de cooperativas não filiadas ao sistema OCB. As mesmas recebem apoio de algumas entidades como das Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas populares – ITCP’S, da Fundação Interuniversitária de Estudos e Pesquisas sobre Trabalho – UNITRABALHO e, Associação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Autogestão e Participação Acionária – ANTEAG.” 3.4.1 Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo - SESCOOP O SESCOOP (2008) é um instrumento operacional do sistema OCB, cuja missão conforme o art. 1º do regimento interno é o ensino de formação profissional e a promoção social dos trabalhadores e dos cooperados, em todo território nacional. No âmbito estadual o SESCOOP/SC desenvolve treinamentos de capacitação nas diversas áreas de administração, produção, comercialização e serviços, envolvendo funcionários, cooperados, dirigentes e conselheiros de cooperativas que se inscrevem de acordo com seus interesses. O aperfeiçoamento do quadro organizacional das cooperativas exige uma preparação e acompanhamento para que seja alcançado o resultado desejado. 3.4.2 Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares – ITCP’S As ITCP’s representam tentativas de diminuir as dificuldades dos desempregados e excluídos do mercado de trabalho, garantindo-lhes treinamento cooperativo, renda mensal e infraestrutura pedagógica e administrativa de universidades. Assim, docentes de várias especialidades e pesquisadores propuseram-se a treinar a “população excluída” para a prática da solidariedade cooperativa. (PINHO, 2008). Segundo a Incubadora Tecnológica de Cooperativa Popular - Fundação Getúlio Vargas – (ITCP – FGV, 2008), o Brasil conta com cerca de 36 ITCP’s, ligadas a universidades distribuídas em diferentes regiões do país, que formam a Rede Universitária de Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares, iniciada em 1999. A proposta da rede é vincular de IX Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – adm.convibra.com.br forma interativa e dinâmica as Incubadoras, favorecendo a transferência de tecnologias e conhecimento. 3.4.3 Fundação Interuniversitária de Estudos e Pesquisas sobre Trabalho A UNITRABALHO é uma rede universitária nacional que agrega 92 Universidades e Instituições de Ensino Superior de todo o Brasil. Foi criada em 1996, com objetivo de propiciar o resgate da dívida social que as universidades brasileiras têm para com os trabalhadores, através de parcerias em projetos de estudos, pesquisa e capacitação. (UNITRABALHO, 2008). Esta fundação desenvolve trabalhos nas universidades brasileiras, voltados para economia solidária em vários setores. Na região sul do país, a instituição conta com parceiros nos três estados, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. 3.4.4 Associação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Autogestão e Participação Acionária – ANTEAG A ANTEAG foi fundada no ano de 1994, é uma associação civil sem fins lucrativos composta de associações, cooperativas, empreendimentos autogestionários, bem como dos trabalhadores que integram estas organizações. Dentre seus objetivos a ANTEAG (2006, p. 16) destaca os seguintes: a) organizar e representar nacionalmente os trabalhadores e empresas de autogestão; b) recuperar e manter trabalho e renda através da participação ativa e controle efetivo do conjunto dos trabalhadores sobre as atividades produtivas; c) promover a autogestão como alternativa econômica e social; d) resgatar o trabalho como atividade essencialmente humana no lugar da precarização e das condições essenciais desumanas; e) promover a autogestão de forma consistente, não apenas defendendo-a enquanto princípio, mas praticando o que se propõe, de forma que haja coerência entre o gesto e a fala (princípio e realização) e adequação entre o método de trabalho e o objetivo a que se propõe (coerência entre meios e fins); f) levar conhecimento aos trabalhadores dos empreendimentos de autogestão para melhoria do gerenciamento nas unidades produtivas. Conforme Pinho (2004, p. 76), “esta associação tem como importantes parceiras a UNITRABALHO e as ITCP’s.” Este projeto busca, desde os primeiros passos, presar pela valorização do trabalho humano, a satisfação plena das necessidades de todos, a criatividade tecnológica e da atividade econômica. O reconhecimento do lugar fundamental da mulher e do feminino numa empresa coletiva, a busca de uma relação de intercâmbio respeitoso com a natureza e os valores da cooperação e da solidariedade, qualidade de vida e de consumo, solidariedade entre os cidadãos, relações de colaboração solidária, inspiradas por valores culturais que colocam o ser humano como sujeito e finalidade da atividade econômica, mudando a escala de valores e as práticas decorrentes da cultura em que predominam o individualismo o isolamento a submissão e a competição sem limites. (ANTEAG, 2008) Neste sentido a ANTEAG promove e difunde o modelo autogestionário de produção e relacionamento por meio de cursos de capacitação, palestras, confecção e publicação de materiais didáticos sobre vários temas, contextualizando o cooperativismo por meio de relato de sua história até cálculos de custo de produção, como os elencados no Quadro 05: IX Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – adm.convibra.com.br História, Legislação e Funcionamento. Faturamento e Salário O Produto Os Trabalhadores e a Organização da Empresa – Produção e Conteúdos e metodologias utilizadas Administração A Empresa Autogestionária e o Mundo Externo pela ANTEAG para treinamentos. O Produto como Conhecimento Principais Cadernos A Empresa Autogestionária e o seu Ponto de Equilíbrio Empresas Autogestionárias e as Novas Questões dos Trabalhadores O Trabalho e seu Sentido Trabalhadores e Organização Comunicação e Autogestão O Trabalho e o Fluxo de Produção Seleção de Resíduos Sólidos Planejamento & Processamento de Alimento Nutrição; Higiene e Segurança Alimentar Outras publicações Gestão Empreendedora e Gestão na Cooperativa utilizadas pela Equilíbrio Econômico ANTEAG Construção Civil Comunicação na Cooperativa Cartilha de Autogestão Faturamento e Retirada Ponto de Equilíbrio Planejamento Cálculo de Custos de Produção Quadro 05: Materiais Utilizados na Capacitação em Empresas Autogeridas. Fonte: Adaptado de ANTEAG (2008). Além de capacitar pessoas até então sem preparo para executar tarefas administrativas e/ou produtivas a ANTEG, participa ativamente da Economia Solidária, sendo uma das entidades fundadoras do Fórum Brasileiro de Economia Solidária e integrante do Conselho Nacional de Economia Solidária. (ANTEAG, 2008). 4 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DE DADOS A Cooperativa de costura de Jacinto Machado – VESTAL, fundada em 2005, é uma empresa sem fins lucrativos, localizada em Santa Catarina no município de Jacinto Machado. A principal fonte geradora de renda é a industrialização e comercialização de roupas masculinas, femininas, infantis, jalecos hospitalares e uniformes profissionais solicitados por meio de encomenda de outras empresas. A missão expressa em seus documentos é: “costurando tecidos, tecendo idéias e construindo redes de solidariedade”. Tem como foco, a capacitação em autogestão, onde desta forma os trabalhadores inseridos aprendem trabalhar em equipe, tanto nas funções produtivas quanto nas administrativas. Atualmente a Cooperativa de Costura de Jacinto Machado – VESTAL conta com 20 cooperados produzindo, sendo 18 mulheres e 2 homens. Sua estrutura organizacional está demonstrada na Figura 2: IX Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – adm.convibra.com.br Figura 2: Organograma da Cooperativa Vestal. Fonte: Arquivo da pesquisa. Conforme o Estatuto da Cooperativa, o Conselho Administrativo é composto por seis membros, todos cooperados, sendo que três efetivos: diretor presidente, diretor administrativo e diretor financeiro e, três suplentes. O Conselho Fiscal é composto por seis membros, todos cooperados, sendo que três efetivos e três suplentes. Ao Conselho Fiscal compete exercer assídua fiscalização sobre as operações, atividades e serviços da cooperativa. O processo produtivo é executado por todos os cooperados (as). 4.1 Análise dos Resultados Da totalidade dos pesquisados, a maioria (90%) são mulheres, com idade inferior a 25 anos, com no mínimo 2º grau de instrução (cursando ou concluído). Conforme demonstrado nos Gráficos 1, 2 e 3. IX Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – adm.convibra.com.br Gráficos 1 e 2: Sexo e idade dos Cooperados. Fonte: Arquivo da pesquisa. Gráfico 3: Grau de Escolaridade. Fonte: Arquivo da pesquisa. A pesquisa mostrou ainda que a maioria dos cooperados desempenham atividades de costura, concomitantemente com outras atividades na produção, conforme a Tabela 01. Tabela 01: Atividades Desempenhadas na Produção Atividade Produção (corte) Produção (costura) Produção (revisão) Produção (dobra e empacotamento) Expedição Controle de qualidade Outra *Multiplas marcações % 10,00% 85,00% 20,00% 10,00% 5,00% 5,00% 5,00% Fonte: Arquivo da pesquisa. IX Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – adm.convibra.com.br Hoje as mulheres estão cada vez mais aderindo ao mercado de trabalho, seja para aumentar a renda familiar, ou garantir seu próprio sustento. Nas cooperativas este fato não é diferente, pois as mulheres trabalham em conjunto com os homens nas mesmas atividades, participando de treinamentos, palestras de capacitação, buscando estarem sempre atualizadas fazendo uma reciclagem de seus conhecimentos e adquirindo novas experiências. Referindo-se aos jovens pode-se perceber o quanto é importante a sua participação no cooperativismo para poder dar continuidade a este movimento, que é uma preocupação existente de acordo com o levantamento realizado. Quanto ao grau de escolaridade é lembrado que dos pesquisados 55% são jovens com até 25 anos, ficou demonstrado que existe a preocupação da grande maioria com os estudos, pois estão cursando o 2º grau ou já concluíram. Com relação às atividades desempenhadas na cooperativa na área de produção, como a questão permitia a marcação de múltiplas funções, grande parte dos integrantes entendem da arte da costura, mas também executam outras tarefas. Desta forma, percebe-se que trabalham com rotatividade de funções, o que evidencia a cooperação e ajuda mútua entre os cooperados. No levantamento feito abrangendo a capacitação e treinamentos os resultados encontrados são os demonstrados nos Gráficos 4 e 5 e na Tabela 02. Gráfico 4 e 5: Desempenho de atividades gerenciais e Participação em cursos Fonte: Arquivo da pesquisa. Tabela 02: Aperfeiçoamento de Conhecimento Conhecimento que o profissional necessita para desempenhar melhor sua função Legislação cooperativista Gestão de cooperativas Administração Financeira Trabalho e fluxo de produção Custo de Produção Outra *Multiplas Marcações Fonte: Arquivo da pesquisa. % 25,00% 90,00% 20,00% 20,00% 80,00% 5,00% 0,00% IX Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – adm.convibra.com.br Quando questionados se desenvolviam atividades de controle, gerenciamento, administração ou fiscalização, 12 pessoas responderam que sim, correspondente a 60%, o que deixou claro a responsabilidade de cada integrante dos conselhos administrativo e fiscal, bem como a de seus suplentes. Em relação à participação em palestras e cursos relacionados à gestão de cooperativas 85% já participou, o que demonstra a preocupação da cooperativa Vestal no que diz respeito à utilização do 5º princípio cooperativista – “Educação, Formação e Informação.” Sendo a cooperativa de produção uma união de pessoas em busca de objetivos comuns, para produzir bens e/ou serviços a serem vendidos no mercado, onde os trabalhadores são à força de trabalho e também os gestores do empreendimento, sugere-se, aos cooperados que ainda não tiveram a oportunidade de participar de palestras ou cursos no âmbito de gestão de cooperativa que participem, pois desta maneira compreenderão o funcionamento deste modelo e poderão auxiliar o restante no grupo na tomada de decisões. Ao serem questionados sobre a oferta de treinamentos pela cooperativa, os cooperados foram unânimes em afirmar que a cooperativa oferece continuamente este benefício. Os treinamentos lembrados pelos cooperados compreenderam as seguintes áreas: costura industrial, legislação cooperativista, gestão de cooperativas, administrativa e financeira. Ainda quanto à capacitação e treinamentos os cooperados responderam que sentem necessidade de aprofundar seus conhecimentos na área de Gestão de cooperativas, seguidos do Trabalho e fluxo de produção, o que torna visível a preocupação dos trabalhados não somente em aprender mais sobre o processo produtivo, mas em como gerir o empreendimento, resgatando assim o verdadeiro sentido do cooperativismo. A instituição que presta suporte constantemente a cooperativa é a ANTEAG desde sua fundação até hoje, o que demonstra estar desempenhando um importante papel dentro desta empresa. No que tange a validade das informações prestadas pela ANTEG na capacitação e consequentemente no auxílio na tomada de decisão, bem como a sustentabilidade desta cooperativa no mercado, 70% dos pesquisados responderam frequentemente e 30% às vezes. Conforme demonstra o Gráfico 6. Gráfico 6: Orientações Transmitidas pela Instituição. Fonte: Arquivo da pesquisa. Analisando os dados em conjunto, pode-se observar que os cooperados são unânimes em afirmar que a ANTEAG é a instituição que presta suporte no desenvolvimento das atividades da cooperativa. Possivelmente entre os 30% que acreditam que as instruções não são válidas IX Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – adm.convibra.com.br para tomada de decisão estejam inseridos os que não tiveram a oportunidade de participar de treinamentos relacionados à gestão de cooperativas. Diante destas informações propõe-se que a ANTEAG, reveja o que está ocorrendo, já que não está atingindo na totalidade as expectativas dos cooperados enquanto capacitação para autogestão. Ao serem questionados se existia a preocupação com a preparação de novas lideranças, todos responderam que sim, o que demonstra o interesse dos cooperados em garantir a continuidade da cooperativa. As questões referentes à satisfação dos cooperados terão seus resultados expostos nos Gráficos 7, 8 e 9: Gráfico 7: Atividades praticadas anteriormente. Fonte: Arquivo da pesquisa. Gráfico 8 e 9: Alcance dos objetivo e nível de satisfação profissional. Fonte: Arquivo da pesquisa. IX Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – adm.convibra.com.br Ao analisar as atividades desenvolvidas antes de trabalhar na cooperativa obteve-se maior número para a resposta Estudante, o que justifica que este trabalho na cooperativa surgiu para estes jovens como primeira oportunidade de qualificação profissional. A resposta para pergunta “A cooperativa Vestal, está atingindo seu objetivo enquanto cooperativa?” causou surpresa, pois, 75% afirmaram que sim e 25% responderam parcialmente, quando o que se esperava era 100% de aprovação. Após reflexão sobre este resultado entende-se que para cooperativa vale reforçar os treinamentos em cooperativismo e rever suas metas. Em relação à satisfação profissional cabe lembrar que após revisto os treinamentos e as metas, se ainda assim alguém estiver insatisfeito, de acordo com o 1º princípio cooperativista a adesão é livre e voluntária, podendo solicitar seu desligamento em qualquer tempo. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS. Com esta pesquisa pode-se entender o mundo cooperativo, por meio do estudo teórico, da doutrina e dos princípios, possibilitando fazer descobertas sobre o surgimento histórico das primeiras cooperativas. Evidenciou o verdadeiro sentido do cooperativismo que é a união de pessoas em busca de um objetivo comum e a valorização do ser humano e não do capital. Por meio dos aspectos gerais apresentados, percebe-se que este movimento vêm se expandindo nos treze ramos que compõe o sistema cooperativista brasileiro. Conclui-se que o número de cooperativas e cooperados está crescendo anualmente, este fato é de grande relevância no sentido de capacitar seus integrantes, com objetivo de garantir a sustentabilidade do empreendimento no mercado globalizado. Verifica-se que entre os ramos cooperativistas, existem as cooperativas de produção, que servem como modelos de autogestão, pois nestas sociedades os trabalhadores desenvolvem atividades produtivas e gerenciais, o que mostra a necessidade de utilizar a capacitação em autogestão. Considerada uma poderosa ferramenta que auxilia os cooperados na administração dos empreendimentos cooperativistas, a capacitação em autogestão visa o desenvolvimento das habilidades de cada indivíduo e desperta seus conhecimentos. Este benefício é atualmente disponibilizado as empresas autogeridas por várias instituições relatadas nesta pesquisa. Após o levantamento feito na Cooperativa de Costura de Jacinto Machado – Vestal, buscando coletar dados que respondessem o problema da presente pesquisa, concluiu-se que os cooperados desta empresa estão realmente entendendo e colocando em prática o 5º princípio cooperativista “Educação, Formação e Informação”, o que facilita o entendimento dos cooperados no tocante a autogestão. Diante do exposto os objetivos propostos foram atingidos e este trabalho fica a disposição das pessoas que queiram conhecer o movimento cooperativista e as que tenham a intenção de criar cooperativas de produção autogestionárias. REFERÊNCIAS ANTEAG - Associação Nacional dos Trabalhadores e Empresas de Autogestão. Economia, solidariedade e gestão: A auto-organização do trabalho no Brasil. Revista de Economia Solidária, São Paulo, ano 2, n. 1, p. 16-17, jun. 2006. il. ______. Autogestão. São Paulo: 2005. Disponível em: <http://www.anteag.org.br>. Acesso em: 20 maio 2008. 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