os empregados e amigos da Ehibraer
Os artistas da
Embraer
paginas 6 e 7
A caminho da
ISO 14001
página 11
Primeiro Vho do
Legacy
página 12
JJ
N
o mês passado, apresentamos à
sociedade brasileira os resultados de
mais um ano de trabalho da Equipe
Embraer.
Fico muito contente em poder lhes
comunicar que o ano de 2000 , ai
marcado por grandes realizações, que
levaram ao melhor desempenho
comercial, industrial e econômicofinanceiro dos 31 anos da história da
Embraer.
As vendas totalizaram mais de 400
aeronaves comerciais em pedidos firmes,
correspondendo a um volume de
contratos de US$ 6,8 bilhões, além de
295 aeronaves em opções de compra.
Considerando as encomendas de anos
anteriores, a carteira de contratos da
Embraer ao .final do ano, entre pedidos
.firmes e opções de compra, era de 1.212
unidades, correspondentes a US$ 24
bilhões.
Pelo segundo ano consecutivo, a
Embraer fbi a empresa que mais exportou
no Brasil, com volume de US$ 2,7 bilhões
exportado, tendo gerado um saldo líquido
de divisas de US$ 1,38 bilhão para o
Brasil.
Em conseqüência desse desempenho,
(Vendas de R$ 5,2 bilhões e uni Lucro
de R$ 645 milhões), o ano 2000 assinala
a ascensão da Embraer à posição de
líder do mercado mundial de jatos
regionais de até 60 lugares, coincidindo
mar
.,
com o momento da história em que a
Empresa consolida sua presença global,
com atuação nos cinco continentes.
As diversas áreas de negócio da Empresa
apresentaram importante expansão.
Na Área da Aviação Comercial, a
realização mais significativa foi a
consolidação das posições alcançadas
nos Estados Unidos e Europa e o avanço
no mercado global, com a entrega de
aeronaves em novos mercados como a
Africa, a Ásia e o Caribe.
A Área de Defesa encerrou o ano
definindo sua participação como líder
do Programa de Modernização dos
Aviões de Caça F-5E/F da Força Aérea
Brasileira e dando continuidade ao
desenvolvimento do projeto SIVA M Sistema de Vigilância da Amazônia. No
mercado internacional, foi concluída
uma operação de venda à Força Aérea
da Bélgica de dois jatos ERJ 135 e dois
ERJ 145 destinados ao transporte de
militares e autoridades.
A Área de Serviços ao Cliente consolidou
sua presença junto aos clientes dos
Estados Unidos e Europa, reforçando as
estruturas organizacionais e os
investimentos em depósitos de peças
sobressalentes. Com o lançamento, em
julho, do Legacv, em três versões Executive, Shuttle e de Transporte de
Autoridades - demos firma a uma nova
área de negócios, destinada a servir
clientes do Mercado de Aviação
Corporativa. As vantagens competitivas
desses produtos receberam o
reconhecimento do mercado que nos
contemplou com volume significativo de
bandeirante
Ano 32 - n° 697
Abril / Maio de 2001
www.embraer.com.br
2
'r
encomendas já no lançamento desse novo
modelo.
Expressivos ganhos de produtividade
puderam ser obtidos na gestão da
Empresa, seja através da redução do
nível dos estoques e dos ciclos de
produção, do aumento da cadência da
produção (que cresceu de 11 aviões por
Inês em janeiro para 16 aviões por Inês
em dezembro e deverá atingir 20
unidades ao final de 2001) ou, ainda, do
aumento da receita por empregado, que
atingiu a marca de US$ 307 mil. São
todos índices que nos posicionam entre
as melhores empresas da indústria
aeronáutica mundial.
Os trabalhos de desenvolvimento dos
novos aviões da família ERJ 170/190
continuaram com intensidade total,
estando o roll-out do ERJ 170 previsto
para novembro de 2001.
Da mesma,forma, , ai dada continuidade
ao desenvolvimento dos novos produtos
e versões mais avançadas dos atuais,
como o ER1 140, o ERJ 145 XR, versão
de extra-longo alcance, além de
programas militares, todos em rigoroso
cumprimento dos cronogramas
estabelecidos.
Ação firme tambémlai tomada no sentido
de criar a infra-estrutura industrial
necessária para suportar o crescimento
que vislumbramos para a Empresa. Assim
é que, além das expansões em curso na
fábrica de São José dos Campos,
expandimos a fábrica da Neiva, em
Botucatu, adquirimos as antigas
instalações da Engesa e demos início à
construção de uma fábrica nova no
Editada pelo Departamento de Imprensa da Embraer
010
Editora-Chefe; Marcia Benevides (MTb-23.504)
Redação: Karina Serpa (MTb-GO 00801 JP)
Projeto gráfico e eclitoraçãe BC&C Comunicação e Design • Fotolitos: Polyart • Impressão: Limaprint
Bandeirante é uma publicação da Embraer - Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. para seus
empregados e amigos. Reprodução permitida desde que devidamente autorizada.
wirn ix)1:-:s;. ::onclánci:-: Av. Brig. Faria Lima, 2.170 • CEP 12227-901, São José dos Campos, SP
Tel. (12) 345-1311 • Fax (12) 345-2411 • E-mail: [email protected]
bandeirante
Município de Gavião Peixoto, no Estado
de São Paulo.
Para dar supre ao seu extraordinário
crescimento, a Embraer ampliou sua
força de trabalho, tendo contratado mais
de 2.000 novos profissionais durante o
ano de 2000. Ao final de dezembro
éramos 10.334 pessoas trabalhando na
Embraer em todo mundo, sendo 9.946
aqui no Brasil, constituindo uma equipe
integrada, motivada e comprometida
com o desenvolvimento da Empresa.
A exemplo de anos anteriores, e graças
aos resultados alcançados, pudemos
também em 2000 aplicar recursos
substanciais na assistência e no
desenvolvimento da Equipe Embraer.
Merecem referência especial o
investimento que realizamos em
treinamento, que excedeu a R$ 60 milhões
no ano, e a Remuneração Variável, no
valor de R$ 80,5 milhões. Essas medidas
são a expressão da parceria AcionistasAdministração-Empregados que lastreia
a ação empresarial da Empresa.
Em resumo, os resultados alcançados no
exercício de 2000 comprovam a sólida
posição da Embraer como a quarta maior
empresa fabricante de aviões comerciais
do mundo e evidenciam a presença global
da Empresa, constituindo um claro
indicativo de que a Embraer está bem
posicionada para uma fase de
crescimento sustentado, na direção da
construção da empresa competitiva
globalmente. Os referidos resultados
foram atingidos graças à confiança de
nossos clientes, parceiros efoniecedores,
à qualidade de nossos produtos, à
dedicação da Equipe Embraer, bem como
à.filosofia empresarial que tem na
satisfação plena do cliente a alavanca
pela qual são alcançados os resultados
que fluirão para os acionistas, os
empregados, as comunidades e para o
Pais.
Maurício Botelho
Diretor-Presidente
Entregue o 400° jato regional
A Embraer se prepara para um aumento de
25% da•eadêneia de produção até o final deste ano
A Embraer atingiu mais um marco importante
em sua história. Durante cerimônia realizada na
unidade Faria Lima, em março passado, a
empresa entregou para a companhia suíça
Crossair o 400° jato regional produzido. Foi o
12.° avião deste tipo recebido pela Crossair, que
adquiriu 40 ERJ 145, sendo 25 encomendas
firmes e 15 opções de compra. Até o final deste
ano a Crossair terá em sua frota um total de 18
jatos regionais ERJ 145.
"Quando o ERJ 145 foi projetado prevíamos
completar 400 aeronaves entregues em 10
anos, mas atingimos este intento 4 anos e três
meses após a primeira entrega", afirmou o diretorpresidente da Embraer Maurício Botelho durante
o evento. 'Estamos honrados por entregar o
400. ° jato regional à Crossair, empresa que é a
terceira maior cliente da Embraer e a lançadora
da família de jatos regionais ERJ 170 /190',
concluiu.
''A Embraer é uma empresa excelente, dedicada
aos clientes e que sempre cumpre seus
compromissos'', declarou o vice-presidente da
divisão técnica da Crossair, Jorgen Orstam. Á
pergunta sobre os motivos que levaram a
companhia suíça a escolher os aviões da
Embraer, o vice-presidente de operações de vôo
da Crossair, Dominik Waser, respondeu:
"adquirimos os aviões da Embraer devido à
tradição da empresa no mercado de jatos
regionais e também por vantagens técnicas das
aeronaves".
Em junho de 1999, a Crossair anunciou um
contrato de US$ 4.9 bilhões com a Embraer. A
companhia suíça adquiriu 200 aeronaves entre
encomendas firmes e opções. Além do ERJ 145,
a carteira de pedidos da Crossair inclui 160
unidades dos jatos ERJ 170 e ERJ 190-200.
Foram necessários dois anos para alcançar a
entrega do 100° jato regional, mas somente um
ano para a entrega do 200'. O intervalo de tempo
entre o 300° e o 400° jato foi de apenas sete
meses. Atualmente a cadência de produção
mensal é de 16 aeronaves. Até o final deste ano
este número deve subir para 20, o que
representa um acréscimo de 25%. -4(
O 400° jato
regional
produzido
pela
Embraer foi
entregue
para a
Crossair e
recebeu
pintura
alusiva ao
marco
3
bandeirante
Desempenho recorde em 2000!
Com. faturamento acima de R$ 5,2 bilhões e lucro superior a R$ 645 milhões,
a Embraer atinge o melhor resultado econômico-financeiro de sua história
A Embraer registrou o melhor desempenho
econômico-financeiro de sua história durante
o ano de 2000. A empresa alcançou uma
receita bruta de R$ 5,2 bilhões, o que representa
um crescimento de 54,8% em relação aos
R$ 3,4 bilhões apurados no ano passado. O
lucro líquido foi de R$ 645,2 milhões, resultado
56,6% maior do que os R$ 412,1 milhões
gerados no exercício anterior. Este resultado
coroou 14 semestres consecutivos de lucras
crescentes. Com vendas para o mercado
externo da ordem de R$ 5,1 bilhões,
representando exportações equivalentes a
US$ 2,7 bilhões e 4,91% de participação do
total exportado pelo Brasil, a Embraer manteve
pelo segundo ano consecutivo o primeiro lugar
no ranking das maiores empresas exportadoras
no país. Do total da receita bruta, 98% foi
gerado por exportações.
Em 2000 as ações preferenciais da Embraer
apresentaram valorização de 123,3 %, atingindo
R$ 18,20 por ação em 28 de dezembro de
2000, com um volume médio diário negociado
de R$ 4,0 milhões. As açôes ordinárias tiveram
valorização de 37,2 % no mesmo período,
atingindo R$ 12,35 por ação. O volume médio
diária negociado destas ações foi de R$ 3,2
milhões. Neste mesmo período o lbovespa
apresentou uma desvalorização de 10,7%.
As ADS da Embraer lançadas em julho do ano
passado na Bolsa de Nova York com o vaiar
unitário de US$ 18,50 apresentaram valorização
de 115% até 29 de dezembro de 2000, sendo
cotadas a US$ 39,75 cada. Um volume médio
diário de 279 mil ADS representou um total de
US$ 7,4 milhões.
No ano passado foram entregues um total de
178 aeronaves, sendo 157 da família
ERJ 135/140/145 para o mercado de Aviação
Regional, duas para o mercado de Defesa, 17
relacionadas ao mercado de aviação Leve e as
duas primeiras entregas para o mercado da
aviação Corporativa. O crescimento das
entregas de aeronaves regionais foi de 52,4%,
confirmando a grande aceitação dos nossos
aviões desenvolvidos para esse mercado. A
cadência de produção dos jatos regionais
chegou a 16 aviões por mês em dezembro do
ano passado, devendo atingir 20 aviões/mês
em dezembro próxima. -(
Vitória de todos
O expressivo desempenho da Embraer
beneficiou também o Brasil, a Região do
Vale do Paraíba e até outros países. Além
da geração de mais de dois mil empregos
diretos e milhares de indiretos no Brasil e
no exterior, a Embraer trouxe benefícios
à sociedade recolhendo, no exercício de
2000, R$ 361 milhões em impostos aos
cofres públicos do país.
Exportações
Lucro
2.702
US$ milhões
1.713
R$ milhões
As exportações da
Embraer representam
98% de sua receita.
Pelo segundo ano
consecutivo a
empresa foi a maior
exportadora do pais
1.168
41
193
264
95
96
97
98
00
99
5.231
132
o
-33
Receita
3.379
R$ milhões
1.581
-161
-221
94 95 96 97 98 99 00
94
95
96
97
98
99
00
deirante
Unidade Eugênio de Melo inicia atividades
Nova unidade da Embraer prestará serviços complementares de suporte à
produção da sede e vai reunir 1.300 empregados até Qfinal do ano
A
•
Além de abrigar o curso de especialização em
engenharia aeronáutica, a nova Unidade Eugênio
de Melo, localizada nesse distrito do município de
São José dos Campos, será utilizada para serviços
complementares de suporte à produção da
Embraer. Inaugurada em janeiro deste ano, recebeu
investimentos da ordem de R$ 2 milhões em
limpeza e reforma do imóvel (antes pertencente à
Engesa) arrematado em leilão no ano passado.
É a terceira unidade industrial da Embraer em São
José dos Campos. A primeira é a sede,
denominada agora Unidade Fana Lima e a segunda
a ELEB - Embraer liebherr Equipamentos do
Brasil. Em Eugênio de Melo serão executadas as
atividades de desenvolvimento e fabricação de
ferramenta}, fabricação de tubos, solda, serralheria
e grandes cablagens (montagens de chicotes
elétricos). Até o final do ano 1.300 funcionários
estarão lotados no local. 4
De volta às aulas!
Tem início o Programa de Especialização
em Engenharia Aeronáutica, ministrado por
engenheiros e técnicos da Embraer
Fachada da Unidade Eugênio de Melo
Começou no dia 19 de março último o Programa de Especialização em Engenharia
Aeronáutica, curso promovido pela Embraer destinado a capacitar engenheiros
recém-formados, ou com até dois anos de experiência, no ramo aeronáutico. As
aulas são ministradas nas novas instalações da empresa em Eugênio de Melo e
terão a duração de 18 meses. O projeto receberá investimentos da ordem de US$
5,8 milhões apenas no primeiro ano e representa o primeiro passo na criação do
Instituto Embraer de Ensino e Pesquisa. O curso é ministrado por engenheiros e
técnicos da própria Embraer com a participação de professores das principais escolas
de engenharia do país. Os alunos receberão todas as garantias previstas na legislação
trabalhista brasileira, incluindo um salário mensal. Além disso, terão acesso a laptops individuais, já que o curso adota o conceito de treinamento
assistido por computador, praticamente eliminando o uso de
cadernos e livros. Uma vez graduados, os engenheiros passam a
trabalhar na Embraer por um período mínimo de dois anos.
"Estamos dando início a uma iniciativa ousada da Embraer", disse
o diretor presidente da empresa, Maurício Botelho, à primeira
turma de 55 engenheiros-alunos presentes na aula magna. "Este
não é um projeto isolado: está inserido no conceito do instituto
Embraer de Ensino e Pesquisa, que oferecerá mestrados, pósgraduações e especializações em comércio exterior'', afirmou ele.
Após transmitir mensagens de motivação e explicar os princípios
éticos da empresa, o presidente concluiu: 'desenvolvam suas
tarefas com coerência porque precisaremos muito de vocês''.
Mais de 2000 candidatos Submeteram-se aos testes iniciais de
aptidão e de inglês, em que foram pré-selecionados 300. A fase
seguinte consistiu de um teste técnico que definiu 155 contratações
divididas em três turmas. -.4
5
ideirante
Os artistas da Embraer
Pintura de aeronaves ganha
cabine moderna, automatizada
e com capacidade para pintar
até 24 aviões por mês
maior parte dos visitantes que percorre
as instalações industriais da Embraer faz a
mesma pergunta: onde são pintados os aviões?
Para quem não conhece, o hangar F-41 é o
local por onde passaram todas as aeronaves
de nossa empresa até o dia 17 de abril de
2001; aeronaves comerciais e militares, todas
personalizadas de acordo com a determinação
de cada cliente.
Ainda no F-41, no início de 2000, o ciclo foi
reduzido de quatro para 2,5 dias, graças ao
esforço de cada um dos 83 integrantes da
equipe e às reuniões de planejamento
("briefing"), realizadas a cada aeronave recebida.
Nelas se programam todas as fases de pintura
da aeronave, dentro de um prazo máximo de
atendimento à cadência, levando-se em
consideração os mais diferenciados esquemas
de pintura. "Esse é o comprometimento de
nosso time para atender ao piano de produção
da Empresa que reverte também a nosso favor
como estímulo, através de novos desafios'',
explica um dos supervisores, Mirella Dalla Torre.
O procedimento de pintura das aeronaves não
é tão simples como imaginamos. O treinamento
é fundamentai e as técnicas são das mais
variadas. Os pintores utilizam pistolas para o
trabalho, sendo preciso equilibrar a pressão de
ar da pistola e o fluxo para se manter uma
homogeneidade maior. Além disso, é necessário
ter uma série de cuidados e artifícios para evitar
relevos e controlar a espessura das camadas
para deixar a pintura uniforme, além de respeitar
os limites de peso dos aviões.
Com a chegada de uma nova família de jatos
regionais e o aumento da cadência de
produção, uma nova cabine de pintura foi
construída para atender as necessidades da
Empresa, sendo que esta deve proporcionar
uma redução média de 30% no ciclo hoje
praticado. Localizada no F-210, próximo ao
novo hangar que abrigará a linha de montagem
do ERJ 170 e ERJ 190, a nova cabine de
pintura é o que há de mais moderno. "Não
existe outra cabine dessas no mundo. Esta é
a primeira cabine de pintura idealizada para
aviões", conta Mirella. A nova cabine foi
desenvolvida pela empresa alemã Eisenmann
com o acompanhamento de uma parceria entre
os grupos de Produção, Engenharia de
Produção, Manutenção, Engenharia de Fábrica,
Qualidade, Segurança Ocupacional e Meio
Ambiente, todos da Embraer.
A nova cabine, com capacidade para pintar até
24 aviões por mês, está em funcionamento
desde o dia 3 de janeiro, em fase de adaptação
e treinamento, iniciando no mês de abril a
pintura de todas as fuselagens sem asa.
Antes de entrar na cabine todas as pessoas
passam por uma câmara de descontam inação
e o fluxo positivo de ar é permanente para evitar
a entrada de contaminantes externos. Do lado
de fora, uma câmara verifica a chegada das
deirante
aeronaves e as portas são abertas
automaticamente. Depois de passar pelo
procedimento cltOlimpeza, que leva cerca de
sete horas, o avião está pronto para ser pintado.
A cabine é dotada de plataformas móveis,
automáticas que funcionam como um elevador,
auxiliando os pintores nas suas tarefas. Um
placar eletrônico mostra fases e prazo planejado
para execução de cada uma delas, além
de convocar a equipe para reuniões.
No andar superior ficam as salas de
reunião, de treinamento, de visitas e de
supervisão juntamente com processo e
qualidade. Através de um software
denominado RSView, é possível monitorar
todos os parâmetros de controle dos
aviões que estão sendo pintados.
Agora o F-41 vai passar por uma reforma
para atender aeronaves ERJ 170 com asa, hoje
já atendendo o EMB 120 Brasilia e os jatos
ERJ 135 e ERJ 145 completos. Peças como
derivas e o conjunto revestimento do motor
dos novos jatos regionais ERJ 170 e ERJ 190,
além do ERJ 145 serão pintadas neste hangar
que deverá receber também o início do novo
programa de jatos corporativos Legacy. -(
Para os
integrantes da
Pintura Final o
importante é
trabalhar em
equipe
GENTE
Criando Aquarelas
A partir do momento em que um cliente
determina as cores da fuselagem do avião,
representativas de sua empresa, entra em
cena um profissional com o dom de
reproduzi-las fielmente: o colorista Luiz
Belisário da Silva, único profissional do
gênero na empresa. A partir de um esquema
de cores desenhado em papel, ele vai
testando misturas de tintas até chegar à
tonalidade correta.
A tarefa depende muito mais de dom natural
do que de aprendizado, asseguram os
especialistas da área. Luiz fez cursos apenas
para aprender a lidar com o material. A
habilidade em descobrir quais cores formam
determinada gradação é intransferível. "Olho
para o padrão definido pelo cliente e já
imagino a mistura a ser feita", diz. As tintas
fornecidas por uma empresa americana vêm
apenas em cores básicas. O teste de
mixagem é feito por ele manualmente,
através de observação.
Após conseguir o tom desejado, ele é
testado nas luzes fluorescente,
incandescente, ultravioleta e natural. Pintase a seguir um pequeno painel que é
submetido à diversos testes, como o de
envelhecimento artificial (que simula como
a tinta estará em cinco anos de uso),
aderência, brilho, resistência a impacto,
entre outros. A fórmula da mistura aprovada
fica arquivada para uso posterior.
'wffklff. .
. —ir.
7
bandeirante
Realizada integração de
sistemas da primeira aeronave do SIVAM
Integração é feita nos Estados Unidos pela empresa Raytheon
Retornou em março à Embraer a primeira
aeronave EMB 145 SA de Vigilância Aérea,
destinada ao programa SIVAM (Sistema
Integrado de Vigilância da Amazônia), enviada
no final do ano passado aos Estados Unidos
para ser submetida à campanha de integração
do Sistema de Exploração de Comunicações
e Não Comunicações, C/NCES. Todos os aviões
desenvolvidos para o SIVAM passarão pelo
mesmo processo, realizado na empresa
americana Raytheon Systems. Uma aeronave
EMB 145 RS para Sensoriamento Remoto
seguirá nos próximos dias para os EUA com
o mesmo objetivo, passando ainda pela
calibração do radar SAR de mapeamento do
solo.
Na Embraer as aeronaves recebem a instalação
dos sistemas de missão como, por exemplo,
radar SAR e o FLIR, de visão infravermelha. Em
seguida um avião por vez é enviado aos EUA
para fazer a calibração destes sistemas. Esta
calbração é chamada de integração. Quando
volta ao Brasil a aeronave passa por uma
atualização final, com a Instalação de sistemas
como o radar ERIEYE na versão SA e os tanques
internos de combustível. A partir daí está pronta
para ser entregue ao SIVAM.
O SIVAM é um programa do Governo Federal
Brasileiro concebido para proteção da
Amazônia. Tanto o modelo de Vigilância Aérea
quanto o de Sensoriamento Remoto foram
desenvolvidos com tecnologia propícia a este
fim. "Este programa impulsionou a Embraer no
setor de tecnologia de vigilância", diz o gerente
de desenvolvimento de produto do programa
S1VAM, Mauro Cesar Mezzacappa. 'Após este
contrato já vendemos versões derivadas desses
modelos para a Grécia e o México", explicou.
Segundo Mezzacappa, a participação da
empresa no SIVAM acabou beneficiando
também os setores de aviação regional e
executiva. "Muitas soluções de engenharia que
foram desenvolvidas para os aviões do SIVAM
já estão sendo aplicadas aos aviões executivos,
como os wingiets (aletas de ponta de asa), os
tanques internos de fuselagem e os strakes",
exemplificou. 'Esta é urna evidência significativa
de que os setores de defesa e o de aviação
comercial se inter-relacionam e se apóiam
mutuamente", concluiu. -‹
México compra
aviões EMB 145
AEW&C
Em março último a Embraer firmou
contrato com o governo do México para
a venda de um avião EMB 145 AEW&C
de Vigilância Aérea e dois EMB 145 MP
para Patrulha Marítima. Essas aeronaves
serão integradas a um novo programa
de vigilância que será implementado no
México, sob liderança da Secretaria de
la Defensa Nacional (SEDENA),
representando um importante marco
para os produtos Embraekoltados para
o Mercado de Defesa.
bandeirante
Embraer moderniza
aeronaves F-5 da FAB
O projeto torna os aviões Northrop F-5E/F tão
avançados quantos os caças de última geração
As aeronaves Northrop F-5E/F da Força Aérea
Brasileira (FAB) estão sendo modernizadas pela
Embraer em parceria com a empresa israelense
Elbit, sob a supervisão do Comando da
Aeronáutica, Denominado F-5BR o programa
de atualização foi desenvolvido em conjunto por
ambas as empresas e incorpora tecnologia de
ponta capaz de tornar esses aviões tão
avançados quanto os caças de quarta geração.
O Senado Federal aprovou em dezembro
passado o financiamento do programa, orçado
em US$ 285 milhões. O projeto assegura a vida
operacional do F-5EJF por mais 15 anos.
O desenvolvimento do programa começou em
fevereiro de 2001, abrange 47 aeronaves e deve
terminar num prazo de cinco anos. O F-5BR
inclui novo pacote de aviônicos, sistema de
navegação/armamentos/autodefesa, sistema
de computadores, radar multímodo e qualificação
dos armamentos padrão da FAB. Estes sistemas
mantêm total
comunalidade
com os programas
ALX e AMX-T,
também da Força
Aérea Brasileira.
"Este é o primeiro
programa de
modernização e
reaparelhamonto
da Força Aérea
Brasileira", explica
o vice-presidente da Embraer para o Mercado
de Defesa, Romualdo Barros. "A Embraer está
dedicando especial atenção ao F-5BR pelo que
ele representa tanto para a FAB quanto para
nossa empresa e estamos muito orgulhosos de
poder prestar este serviço à área de defesa do
governo, contando com a inestimável parceria
da Eibrt", disse ele momentos após a chegada
dos dois primeiros aviões em São José dos
Campos.
Os Northrop F-5E monoposto e F-5F biposto,
respectivamente de um e dois assentos, foram
incorporados à FAB no início dos anos 70. A
aplicação do projeto Embraer-Elbit aperfeiçoa
significativamente as características operacionais
originais destas aeronaves.
Primeira conferência de operadores do Tucano
Embraer reúne operadores do EMB 312 Tucano de
diversos países para troca de idéias e experiências
A Embraer promoveu de 18 a 22 de
março deste ano a Primeira Conferência
de Operadores do EMB 312 Tucano, na
cidade de Natal, no Rio Grande do Norte.
Participaram do encontro oficiais das
Forças Aéreas operadoras do avião,
adidos militares estrangeiros e
fornecedores de peças, componentes
e equipamentos eletrônicos e de aviação.
"Essa iniciativa da Embraer é uma
oportunidade única para a troca de
experiências entre os operadores do
Tucano em todo o mundo e uma
maneira de conhecermos ainda mais de
perto suas necessidades e novos
requisitos", afirmou Romualdo Barros,
O ALX é á versão do Su;ier Tucano para a FAB
vice-presidente para o mercado de
Defesa.
O EMB 312 Tucano é um dos produtos
da Embraer para o mercado de defesa
de maior sucesso, com mais de 650
unidades vendidas para Forças Aéreas
de 14 países, dentre os quais o Brasil,
Inglaterra, França, Argentina, Egito,
Colômbia, Peru e Paraguai.
Na conferência os participantes tiveram
também a oportunidade de conhecer
em detalhes o ALX, avião que pode ser
empregado em missões de ataque leve
e como treinador primário a avançado
com armamentos, inclusive em táticas
de caça. 4
9
bandeirante
Skyway Airlines é o novo cliente da Embraer
Companhia norte-americana encomenda 40 jatos ERJ 140
e o contrato tem valor de US$ 800 milhões
om sede em Milwaukee, no estado de
Wisconsin, EUA, a companhia de transporte
aéreo Skyway Airlines assinou no dia 11 de
abril um memorando de entendimento para
adquirir 20 jatos ERJ 140 para 44 passageiros.
A encomenda também prevê igual número de
opções de compra e a possibilidade de incluir
nesse total algumas unidades dos modelos
ERJ 135 e ERJ 145. A Skyway Airlines é o
segundo cliente a adquirir o modelo ERJ 140
e a primeira entrega está prevista para março
de 2002.
Entenda vencias
firmes e opções
Pedidos firmes são vendas concretizadas,
com preços, condições de pagamento e
prazos de entrega definidos por um
contrato. Neste caso estão previstas
punições por quebra das normas
contratuais por qualquer das partes
envolvidas.
As opções de compra também fazem
parte do contrato. Mediante o depósito
de uma quantia determinada, o cliente
assegura posições e datas de entrega de
modelos à sua escolha, no entanto, ele
tem um prazo para decidir se vai firmar
aquela opção ou desistir da compra.
Ao optar por firmar uma opção (o que
geralmente acontece) faz-se um
aditamento ao contrato e o valor
antecipado à Embraer é computado como
parte do pagamento.
10
Mais vendas
"Nós escolhemos o jato regional da Embraer
por sua excelente reputação entre os
passageiros e por se fretar de uma aeronave
que otimiza os recursos de uma empresa de
transporte aéreo'", declarou o presidente da
Skyway Airlines, James P. Ranklin. 'Trata-se de
aviões extremamente apreciados pelos
passageiros, graças à configuração de dois-eum assentos por fila e o interior com a
aparGencia e o conforto dos grandes jatos",
complementou Ranklin.
A Skyway Airlines, conhecida nos Estados
Unidos como "The Midwest Express
Connection" é operada pela Astral Aviation,
empresa controlada pela Midwest Espress
Airlines.
Durante o mês de fevereiro duas empresas
confirmaram opções de compra, totalizando
dez pedidos firmes a mais para a Embraer. A
American Eagle, dos EUA, firmou seis das 31
opções do ERJ 140. Dias depois foi a vez da
British Midland, da Inglaterra, que confirmou
mais quatro opções, sendo duas para o
ERJ 135 e duas para o ERJ 145. Em 17 de
abril último a British Midland exerceu mais
uma opção do ERJ 145.
Contabilizando todos os novos contratos, a
carteira de vendas da família ERJ 135/140/145
totaliza 1.277 encomendas, das quais 857
são firmes e 420 opções. A família
ERJ 170/190 conta com 325 encomendas
em carteira, sendo 120 firmes e 205 opções.
A Embraer mantém a posição de quarta maior
fabricante de aviões comerciais no mundo e
a maior exportadora brasileira. Os pedidos
firmes em carteira totalizam US$ 11,4 bilhões
e opções de compra de US$ 12,6 bilhões, em
31 de dezembro de 2000, conforme mostra
o gráfico abaixo. -(
= 14 British Midland
-I
Americanf•
Pedidos Firmes
11.449
US$ milhões
6.367
4.112
3.011
647
729
94
95
1.227
'
96
1 I
97
98
99
00
bandeirante
Embr,,aer quer a ISO 14001
Funcionários serão treinados para agir em
confOrmidade a esta certificação de gestão de meio ambiente
Em dezembro de 2001 a Embraer estará
pleiteando a certificação ISO 14001, que
adequará a Empresa a normas de gestão de
meio-ambiente reconhecidas mundialmente. A
obtenção do 180 14001 é um reforço
significativo à competitividade da Embraer. Mais
do que adquirir produtos de qualidade e receber
assistência permanente, os clientes da Embraer
estarão seguros de que a empresa mantémse dentro das leis de proteção ambientais
brasileiras e segue padrões ecologicamente
corretos - requisitos obr i gatórios para a
obtenção do certificado. A Embraer também
está implantando o sistema de gestão de
segurança e saúde BS 8800, o qual garante
um ambiente de trabalho seguro e saudável
para empregados e parceiros.
Segundo o coordenador do Comitê de
Implantação do S i stema de Gestão de Saúde,
Segurança e Meio Ambiente Mario Leonel Lima
Regazzini, a adoção destes dois sistemas
integrados beneficia os empregados, os
recursos naturais e ainda torna a Embraer mais
competitiva no mercado internacional.
"Felizmente, hoje em dia as ações voltadas à
preservação da natureza adquiriram grande
importância, especialmente no exterior", diz
ele. 'O cliente vem ver aviões, mas ninguém
estranhe se ele quiser saber como a empresa
trata seu esgoto", exemplifica. E completa:
'estamos adotando uma vantagem a mais em
comparação aos concorrentes e ainda
fortalecemos a imagem institucional'.
Para organizar a integração a estes sistemas
foi formado um comitê composto por 19
funcionários representantes de diversos setores
da empresa. 'Mas o sucesso dos programas
depende do envolvimento de todos os
funcionários, parceiros e fornecedores'', explica
Leonel. Entre março e setembro de 2001 todos
1' os empregados da empresa passarão por um
treinamento cujo objetivo é prepará-los para
agir dentro dos novos padrões estabelecidos.
Parceiros e fornecedores também precisarão
se adaptar aos sistemas.
0 BS 8800 não é uma certificação, mas uma
série de padrões de referência no setor de
segurança e saúde. Futuramente a empresa
sig
adi de çast-ã3
Cs.1/4°
E
ENLESPL4EFI
Melo Ambiente.
Sainle.Segurança
no Trabalho
a 011aidade
vai buscar um certificado nesta área, através
da norma OHSAS - Occupational Health and
Safety Assessment Serie 18001. 'Muitos
requisitos destes sistemas de gestão já são
seguidos por conta própria pela Embraer, mas
o mais importante é que eles direcionem a
empresa para um programa de melhoria
continua", finaliza Leonel. -(
Mario Leonel
Regazzini é o
coordenador
do Comitê de
Implantação
do Sistema de
Gestão de
Saúde,
Segurança e
Meio
Ambiente
Tradição em família
Da esquerda para a direita, Halley Boshier-Knop, seu
marido Jeff Knop, o caçula da familia Anthony, o
engenheiro Suedio Silva dos Santos que recepcionou
a família na Embraer, e Geoffrey Boshier.
No último dia 30 de março esteve em visita à Embraer a familia
anglo-americana Boshier, cujos membros, aficionados pela aviação,
em sua maioria segue profissões relacionadas a esta atividade. Pai
de quatro filhos, o engenheiro de origem inglesa Geoffrey Boshier
ea direita na foto) trabalha para uma empresa que fabrica asas de
avião. A filha Hailey Boshier-Knop é piloto da American Eagle junto
ao marido Jeff Knop. Ambos pilotam as aeronaves ERJ 145 e
ERJ 135 da empresa, ele no comando e ela como co-piloto.
O caçula Anthony quebrou a tradição e trabalha com Recursos
Humanos. O irmão Robin não estava presente durante a visita, mas
também é piloto. A família mora atualmente em Nashde, no estado
de Tennessee, com a mãe Carol que é atendente de vôo da American
Airlines e outra das filhas, Abigaii, que apesar de pertencer ao clã
decidiu ser anestesista. Os Boshier foram unânimes nos elogios à
Embraer e ao jeito amigável e sorridente dos funcionários da empresa.
11
bandeirante
Legacy
realiza vôo
inaugural
A certificação da
aeronave é esperada
para o terceiro
trimestre deste ano
No último dia 3 de abril o novo jato executivo
da Embraer - o Legacy - decolou às 16h30
da pista do aeroporto de São José dos
Campos para realizar o seu primeiro vôo. A
bordo da aeronave de número de série 363,
os pilotos Antonio Bragança Silva, Luiz Carlos
Rodrigues e a engenheira de teste de vôo
Tanara Callefi, voaram por mais de uma hora
e meia. "Este primeiro vôo foi notável e tudo
se passou conforme previsto. O Legacy será
sem dúvida um excelente avião executivo" ,
disse o piloto-chefe Bragança.
O avião número de série 363 é destinado a
testes de aerodinâmica e de integração de
sistemas e vai desempenhar, em especial, os
testes de certificação d novo sistema de
alimentação de combustível instalado pela
primeira vez neste avião. Esse sistema
possibilitará que a aeronave alcance os 5.925
km previstos em projeto. Após o término dos
ensaios, o interior executivo será Instalado no
avião, que será então utilizado para
demonstração aos potenciais clientes.
A Embraer anunciou sua entrada no mercado
de jatos executivos em julho de 2000. Derivado
do ERJ 135, o Legacy incorpora diferenças
importantes quando comparado à família de
jatos regionais da Embraer, como winglet,s
(alotas de ponta de asa), o sistema de
alimentação de combustível para atender o
requisito de maior autonomia, aumento do
teto operacional, dentre outros.
O Legacy terá três versões: executiva,
corporativa e para o transporte de autoridades
e sua certificação pela Federal Aviation
Administration (FAA), dos EUA, e pela Joint
Aviation Authorities (JAA), da Europa, deverá
ocorrer no terceiro trimestre deste ano. Antes
mesmo de seu primeiro vôo a carteira de
vendas do Legacy já contava com 63
encomendas, das quais 32 firmes e 31
opções. 4
LEGACY
BY EMBRAER
Versão Executiva
Versão Corporativa
22ft 2in
(676 m)
22ft 2in
(6.76 m)
L1
•
866 5in
(26.33 m)
86ft 5in
(26,33 rn)
•••
----==1=1Yes. e
246 9in
(7.55 rM
24ft 9in
(7.55 rn)
"
12
696 5in
(21.17 rn)
696 5;n
(21.17 rn)
Download

697 - Revista Bandeirante