os empregados e amigos da Ehibraer Os artistas da Embraer paginas 6 e 7 A caminho da ISO 14001 página 11 Primeiro Vho do Legacy página 12 JJ N o mês passado, apresentamos à sociedade brasileira os resultados de mais um ano de trabalho da Equipe Embraer. Fico muito contente em poder lhes comunicar que o ano de 2000 , ai marcado por grandes realizações, que levaram ao melhor desempenho comercial, industrial e econômicofinanceiro dos 31 anos da história da Embraer. As vendas totalizaram mais de 400 aeronaves comerciais em pedidos firmes, correspondendo a um volume de contratos de US$ 6,8 bilhões, além de 295 aeronaves em opções de compra. Considerando as encomendas de anos anteriores, a carteira de contratos da Embraer ao .final do ano, entre pedidos .firmes e opções de compra, era de 1.212 unidades, correspondentes a US$ 24 bilhões. Pelo segundo ano consecutivo, a Embraer fbi a empresa que mais exportou no Brasil, com volume de US$ 2,7 bilhões exportado, tendo gerado um saldo líquido de divisas de US$ 1,38 bilhão para o Brasil. Em conseqüência desse desempenho, (Vendas de R$ 5,2 bilhões e uni Lucro de R$ 645 milhões), o ano 2000 assinala a ascensão da Embraer à posição de líder do mercado mundial de jatos regionais de até 60 lugares, coincidindo mar ., com o momento da história em que a Empresa consolida sua presença global, com atuação nos cinco continentes. As diversas áreas de negócio da Empresa apresentaram importante expansão. Na Área da Aviação Comercial, a realização mais significativa foi a consolidação das posições alcançadas nos Estados Unidos e Europa e o avanço no mercado global, com a entrega de aeronaves em novos mercados como a Africa, a Ásia e o Caribe. A Área de Defesa encerrou o ano definindo sua participação como líder do Programa de Modernização dos Aviões de Caça F-5E/F da Força Aérea Brasileira e dando continuidade ao desenvolvimento do projeto SIVA M Sistema de Vigilância da Amazônia. No mercado internacional, foi concluída uma operação de venda à Força Aérea da Bélgica de dois jatos ERJ 135 e dois ERJ 145 destinados ao transporte de militares e autoridades. A Área de Serviços ao Cliente consolidou sua presença junto aos clientes dos Estados Unidos e Europa, reforçando as estruturas organizacionais e os investimentos em depósitos de peças sobressalentes. Com o lançamento, em julho, do Legacv, em três versões Executive, Shuttle e de Transporte de Autoridades - demos firma a uma nova área de negócios, destinada a servir clientes do Mercado de Aviação Corporativa. As vantagens competitivas desses produtos receberam o reconhecimento do mercado que nos contemplou com volume significativo de bandeirante Ano 32 - n° 697 Abril / Maio de 2001 www.embraer.com.br 2 'r encomendas já no lançamento desse novo modelo. Expressivos ganhos de produtividade puderam ser obtidos na gestão da Empresa, seja através da redução do nível dos estoques e dos ciclos de produção, do aumento da cadência da produção (que cresceu de 11 aviões por Inês em janeiro para 16 aviões por Inês em dezembro e deverá atingir 20 unidades ao final de 2001) ou, ainda, do aumento da receita por empregado, que atingiu a marca de US$ 307 mil. São todos índices que nos posicionam entre as melhores empresas da indústria aeronáutica mundial. Os trabalhos de desenvolvimento dos novos aviões da família ERJ 170/190 continuaram com intensidade total, estando o roll-out do ERJ 170 previsto para novembro de 2001. Da mesma,forma, , ai dada continuidade ao desenvolvimento dos novos produtos e versões mais avançadas dos atuais, como o ER1 140, o ERJ 145 XR, versão de extra-longo alcance, além de programas militares, todos em rigoroso cumprimento dos cronogramas estabelecidos. Ação firme tambémlai tomada no sentido de criar a infra-estrutura industrial necessária para suportar o crescimento que vislumbramos para a Empresa. Assim é que, além das expansões em curso na fábrica de São José dos Campos, expandimos a fábrica da Neiva, em Botucatu, adquirimos as antigas instalações da Engesa e demos início à construção de uma fábrica nova no Editada pelo Departamento de Imprensa da Embraer 010 Editora-Chefe; Marcia Benevides (MTb-23.504) Redação: Karina Serpa (MTb-GO 00801 JP) Projeto gráfico e eclitoraçãe BC&C Comunicação e Design • Fotolitos: Polyart • Impressão: Limaprint Bandeirante é uma publicação da Embraer - Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. para seus empregados e amigos. Reprodução permitida desde que devidamente autorizada. wirn ix)1:-:s;. ::onclánci:-: Av. Brig. Faria Lima, 2.170 • CEP 12227-901, São José dos Campos, SP Tel. (12) 345-1311 • Fax (12) 345-2411 • E-mail: [email protected] bandeirante Município de Gavião Peixoto, no Estado de São Paulo. Para dar supre ao seu extraordinário crescimento, a Embraer ampliou sua força de trabalho, tendo contratado mais de 2.000 novos profissionais durante o ano de 2000. Ao final de dezembro éramos 10.334 pessoas trabalhando na Embraer em todo mundo, sendo 9.946 aqui no Brasil, constituindo uma equipe integrada, motivada e comprometida com o desenvolvimento da Empresa. A exemplo de anos anteriores, e graças aos resultados alcançados, pudemos também em 2000 aplicar recursos substanciais na assistência e no desenvolvimento da Equipe Embraer. Merecem referência especial o investimento que realizamos em treinamento, que excedeu a R$ 60 milhões no ano, e a Remuneração Variável, no valor de R$ 80,5 milhões. Essas medidas são a expressão da parceria AcionistasAdministração-Empregados que lastreia a ação empresarial da Empresa. Em resumo, os resultados alcançados no exercício de 2000 comprovam a sólida posição da Embraer como a quarta maior empresa fabricante de aviões comerciais do mundo e evidenciam a presença global da Empresa, constituindo um claro indicativo de que a Embraer está bem posicionada para uma fase de crescimento sustentado, na direção da construção da empresa competitiva globalmente. Os referidos resultados foram atingidos graças à confiança de nossos clientes, parceiros efoniecedores, à qualidade de nossos produtos, à dedicação da Equipe Embraer, bem como à.filosofia empresarial que tem na satisfação plena do cliente a alavanca pela qual são alcançados os resultados que fluirão para os acionistas, os empregados, as comunidades e para o Pais. Maurício Botelho Diretor-Presidente Entregue o 400° jato regional A Embraer se prepara para um aumento de 25% da•eadêneia de produção até o final deste ano A Embraer atingiu mais um marco importante em sua história. Durante cerimônia realizada na unidade Faria Lima, em março passado, a empresa entregou para a companhia suíça Crossair o 400° jato regional produzido. Foi o 12.° avião deste tipo recebido pela Crossair, que adquiriu 40 ERJ 145, sendo 25 encomendas firmes e 15 opções de compra. Até o final deste ano a Crossair terá em sua frota um total de 18 jatos regionais ERJ 145. "Quando o ERJ 145 foi projetado prevíamos completar 400 aeronaves entregues em 10 anos, mas atingimos este intento 4 anos e três meses após a primeira entrega", afirmou o diretorpresidente da Embraer Maurício Botelho durante o evento. 'Estamos honrados por entregar o 400. ° jato regional à Crossair, empresa que é a terceira maior cliente da Embraer e a lançadora da família de jatos regionais ERJ 170 /190', concluiu. ''A Embraer é uma empresa excelente, dedicada aos clientes e que sempre cumpre seus compromissos'', declarou o vice-presidente da divisão técnica da Crossair, Jorgen Orstam. Á pergunta sobre os motivos que levaram a companhia suíça a escolher os aviões da Embraer, o vice-presidente de operações de vôo da Crossair, Dominik Waser, respondeu: "adquirimos os aviões da Embraer devido à tradição da empresa no mercado de jatos regionais e também por vantagens técnicas das aeronaves". Em junho de 1999, a Crossair anunciou um contrato de US$ 4.9 bilhões com a Embraer. A companhia suíça adquiriu 200 aeronaves entre encomendas firmes e opções. Além do ERJ 145, a carteira de pedidos da Crossair inclui 160 unidades dos jatos ERJ 170 e ERJ 190-200. Foram necessários dois anos para alcançar a entrega do 100° jato regional, mas somente um ano para a entrega do 200'. O intervalo de tempo entre o 300° e o 400° jato foi de apenas sete meses. Atualmente a cadência de produção mensal é de 16 aeronaves. Até o final deste ano este número deve subir para 20, o que representa um acréscimo de 25%. -4( O 400° jato regional produzido pela Embraer foi entregue para a Crossair e recebeu pintura alusiva ao marco 3 bandeirante Desempenho recorde em 2000! Com. faturamento acima de R$ 5,2 bilhões e lucro superior a R$ 645 milhões, a Embraer atinge o melhor resultado econômico-financeiro de sua história A Embraer registrou o melhor desempenho econômico-financeiro de sua história durante o ano de 2000. A empresa alcançou uma receita bruta de R$ 5,2 bilhões, o que representa um crescimento de 54,8% em relação aos R$ 3,4 bilhões apurados no ano passado. O lucro líquido foi de R$ 645,2 milhões, resultado 56,6% maior do que os R$ 412,1 milhões gerados no exercício anterior. Este resultado coroou 14 semestres consecutivos de lucras crescentes. Com vendas para o mercado externo da ordem de R$ 5,1 bilhões, representando exportações equivalentes a US$ 2,7 bilhões e 4,91% de participação do total exportado pelo Brasil, a Embraer manteve pelo segundo ano consecutivo o primeiro lugar no ranking das maiores empresas exportadoras no país. Do total da receita bruta, 98% foi gerado por exportações. Em 2000 as ações preferenciais da Embraer apresentaram valorização de 123,3 %, atingindo R$ 18,20 por ação em 28 de dezembro de 2000, com um volume médio diário negociado de R$ 4,0 milhões. As açôes ordinárias tiveram valorização de 37,2 % no mesmo período, atingindo R$ 12,35 por ação. O volume médio diária negociado destas ações foi de R$ 3,2 milhões. Neste mesmo período o lbovespa apresentou uma desvalorização de 10,7%. As ADS da Embraer lançadas em julho do ano passado na Bolsa de Nova York com o vaiar unitário de US$ 18,50 apresentaram valorização de 115% até 29 de dezembro de 2000, sendo cotadas a US$ 39,75 cada. Um volume médio diário de 279 mil ADS representou um total de US$ 7,4 milhões. No ano passado foram entregues um total de 178 aeronaves, sendo 157 da família ERJ 135/140/145 para o mercado de Aviação Regional, duas para o mercado de Defesa, 17 relacionadas ao mercado de aviação Leve e as duas primeiras entregas para o mercado da aviação Corporativa. O crescimento das entregas de aeronaves regionais foi de 52,4%, confirmando a grande aceitação dos nossos aviões desenvolvidos para esse mercado. A cadência de produção dos jatos regionais chegou a 16 aviões por mês em dezembro do ano passado, devendo atingir 20 aviões/mês em dezembro próxima. -( Vitória de todos O expressivo desempenho da Embraer beneficiou também o Brasil, a Região do Vale do Paraíba e até outros países. Além da geração de mais de dois mil empregos diretos e milhares de indiretos no Brasil e no exterior, a Embraer trouxe benefícios à sociedade recolhendo, no exercício de 2000, R$ 361 milhões em impostos aos cofres públicos do país. Exportações Lucro 2.702 US$ milhões 1.713 R$ milhões As exportações da Embraer representam 98% de sua receita. Pelo segundo ano consecutivo a empresa foi a maior exportadora do pais 1.168 41 193 264 95 96 97 98 00 99 5.231 132 o -33 Receita 3.379 R$ milhões 1.581 -161 -221 94 95 96 97 98 99 00 94 95 96 97 98 99 00 deirante Unidade Eugênio de Melo inicia atividades Nova unidade da Embraer prestará serviços complementares de suporte à produção da sede e vai reunir 1.300 empregados até Qfinal do ano A • Além de abrigar o curso de especialização em engenharia aeronáutica, a nova Unidade Eugênio de Melo, localizada nesse distrito do município de São José dos Campos, será utilizada para serviços complementares de suporte à produção da Embraer. Inaugurada em janeiro deste ano, recebeu investimentos da ordem de R$ 2 milhões em limpeza e reforma do imóvel (antes pertencente à Engesa) arrematado em leilão no ano passado. É a terceira unidade industrial da Embraer em São José dos Campos. A primeira é a sede, denominada agora Unidade Fana Lima e a segunda a ELEB - Embraer liebherr Equipamentos do Brasil. Em Eugênio de Melo serão executadas as atividades de desenvolvimento e fabricação de ferramenta}, fabricação de tubos, solda, serralheria e grandes cablagens (montagens de chicotes elétricos). Até o final do ano 1.300 funcionários estarão lotados no local. 4 De volta às aulas! Tem início o Programa de Especialização em Engenharia Aeronáutica, ministrado por engenheiros e técnicos da Embraer Fachada da Unidade Eugênio de Melo Começou no dia 19 de março último o Programa de Especialização em Engenharia Aeronáutica, curso promovido pela Embraer destinado a capacitar engenheiros recém-formados, ou com até dois anos de experiência, no ramo aeronáutico. As aulas são ministradas nas novas instalações da empresa em Eugênio de Melo e terão a duração de 18 meses. O projeto receberá investimentos da ordem de US$ 5,8 milhões apenas no primeiro ano e representa o primeiro passo na criação do Instituto Embraer de Ensino e Pesquisa. O curso é ministrado por engenheiros e técnicos da própria Embraer com a participação de professores das principais escolas de engenharia do país. Os alunos receberão todas as garantias previstas na legislação trabalhista brasileira, incluindo um salário mensal. Além disso, terão acesso a laptops individuais, já que o curso adota o conceito de treinamento assistido por computador, praticamente eliminando o uso de cadernos e livros. Uma vez graduados, os engenheiros passam a trabalhar na Embraer por um período mínimo de dois anos. "Estamos dando início a uma iniciativa ousada da Embraer", disse o diretor presidente da empresa, Maurício Botelho, à primeira turma de 55 engenheiros-alunos presentes na aula magna. "Este não é um projeto isolado: está inserido no conceito do instituto Embraer de Ensino e Pesquisa, que oferecerá mestrados, pósgraduações e especializações em comércio exterior'', afirmou ele. Após transmitir mensagens de motivação e explicar os princípios éticos da empresa, o presidente concluiu: 'desenvolvam suas tarefas com coerência porque precisaremos muito de vocês''. Mais de 2000 candidatos Submeteram-se aos testes iniciais de aptidão e de inglês, em que foram pré-selecionados 300. A fase seguinte consistiu de um teste técnico que definiu 155 contratações divididas em três turmas. -.4 5 ideirante Os artistas da Embraer Pintura de aeronaves ganha cabine moderna, automatizada e com capacidade para pintar até 24 aviões por mês maior parte dos visitantes que percorre as instalações industriais da Embraer faz a mesma pergunta: onde são pintados os aviões? Para quem não conhece, o hangar F-41 é o local por onde passaram todas as aeronaves de nossa empresa até o dia 17 de abril de 2001; aeronaves comerciais e militares, todas personalizadas de acordo com a determinação de cada cliente. Ainda no F-41, no início de 2000, o ciclo foi reduzido de quatro para 2,5 dias, graças ao esforço de cada um dos 83 integrantes da equipe e às reuniões de planejamento ("briefing"), realizadas a cada aeronave recebida. Nelas se programam todas as fases de pintura da aeronave, dentro de um prazo máximo de atendimento à cadência, levando-se em consideração os mais diferenciados esquemas de pintura. "Esse é o comprometimento de nosso time para atender ao piano de produção da Empresa que reverte também a nosso favor como estímulo, através de novos desafios'', explica um dos supervisores, Mirella Dalla Torre. O procedimento de pintura das aeronaves não é tão simples como imaginamos. O treinamento é fundamentai e as técnicas são das mais variadas. Os pintores utilizam pistolas para o trabalho, sendo preciso equilibrar a pressão de ar da pistola e o fluxo para se manter uma homogeneidade maior. Além disso, é necessário ter uma série de cuidados e artifícios para evitar relevos e controlar a espessura das camadas para deixar a pintura uniforme, além de respeitar os limites de peso dos aviões. Com a chegada de uma nova família de jatos regionais e o aumento da cadência de produção, uma nova cabine de pintura foi construída para atender as necessidades da Empresa, sendo que esta deve proporcionar uma redução média de 30% no ciclo hoje praticado. Localizada no F-210, próximo ao novo hangar que abrigará a linha de montagem do ERJ 170 e ERJ 190, a nova cabine de pintura é o que há de mais moderno. "Não existe outra cabine dessas no mundo. Esta é a primeira cabine de pintura idealizada para aviões", conta Mirella. A nova cabine foi desenvolvida pela empresa alemã Eisenmann com o acompanhamento de uma parceria entre os grupos de Produção, Engenharia de Produção, Manutenção, Engenharia de Fábrica, Qualidade, Segurança Ocupacional e Meio Ambiente, todos da Embraer. A nova cabine, com capacidade para pintar até 24 aviões por mês, está em funcionamento desde o dia 3 de janeiro, em fase de adaptação e treinamento, iniciando no mês de abril a pintura de todas as fuselagens sem asa. Antes de entrar na cabine todas as pessoas passam por uma câmara de descontam inação e o fluxo positivo de ar é permanente para evitar a entrada de contaminantes externos. Do lado de fora, uma câmara verifica a chegada das deirante aeronaves e as portas são abertas automaticamente. Depois de passar pelo procedimento cltOlimpeza, que leva cerca de sete horas, o avião está pronto para ser pintado. A cabine é dotada de plataformas móveis, automáticas que funcionam como um elevador, auxiliando os pintores nas suas tarefas. Um placar eletrônico mostra fases e prazo planejado para execução de cada uma delas, além de convocar a equipe para reuniões. No andar superior ficam as salas de reunião, de treinamento, de visitas e de supervisão juntamente com processo e qualidade. Através de um software denominado RSView, é possível monitorar todos os parâmetros de controle dos aviões que estão sendo pintados. Agora o F-41 vai passar por uma reforma para atender aeronaves ERJ 170 com asa, hoje já atendendo o EMB 120 Brasilia e os jatos ERJ 135 e ERJ 145 completos. Peças como derivas e o conjunto revestimento do motor dos novos jatos regionais ERJ 170 e ERJ 190, além do ERJ 145 serão pintadas neste hangar que deverá receber também o início do novo programa de jatos corporativos Legacy. -( Para os integrantes da Pintura Final o importante é trabalhar em equipe GENTE Criando Aquarelas A partir do momento em que um cliente determina as cores da fuselagem do avião, representativas de sua empresa, entra em cena um profissional com o dom de reproduzi-las fielmente: o colorista Luiz Belisário da Silva, único profissional do gênero na empresa. A partir de um esquema de cores desenhado em papel, ele vai testando misturas de tintas até chegar à tonalidade correta. A tarefa depende muito mais de dom natural do que de aprendizado, asseguram os especialistas da área. Luiz fez cursos apenas para aprender a lidar com o material. A habilidade em descobrir quais cores formam determinada gradação é intransferível. "Olho para o padrão definido pelo cliente e já imagino a mistura a ser feita", diz. As tintas fornecidas por uma empresa americana vêm apenas em cores básicas. O teste de mixagem é feito por ele manualmente, através de observação. Após conseguir o tom desejado, ele é testado nas luzes fluorescente, incandescente, ultravioleta e natural. Pintase a seguir um pequeno painel que é submetido à diversos testes, como o de envelhecimento artificial (que simula como a tinta estará em cinco anos de uso), aderência, brilho, resistência a impacto, entre outros. A fórmula da mistura aprovada fica arquivada para uso posterior. 'wffklff. . . —ir. 7 bandeirante Realizada integração de sistemas da primeira aeronave do SIVAM Integração é feita nos Estados Unidos pela empresa Raytheon Retornou em março à Embraer a primeira aeronave EMB 145 SA de Vigilância Aérea, destinada ao programa SIVAM (Sistema Integrado de Vigilância da Amazônia), enviada no final do ano passado aos Estados Unidos para ser submetida à campanha de integração do Sistema de Exploração de Comunicações e Não Comunicações, C/NCES. Todos os aviões desenvolvidos para o SIVAM passarão pelo mesmo processo, realizado na empresa americana Raytheon Systems. Uma aeronave EMB 145 RS para Sensoriamento Remoto seguirá nos próximos dias para os EUA com o mesmo objetivo, passando ainda pela calibração do radar SAR de mapeamento do solo. Na Embraer as aeronaves recebem a instalação dos sistemas de missão como, por exemplo, radar SAR e o FLIR, de visão infravermelha. Em seguida um avião por vez é enviado aos EUA para fazer a calibração destes sistemas. Esta calbração é chamada de integração. Quando volta ao Brasil a aeronave passa por uma atualização final, com a Instalação de sistemas como o radar ERIEYE na versão SA e os tanques internos de combustível. A partir daí está pronta para ser entregue ao SIVAM. O SIVAM é um programa do Governo Federal Brasileiro concebido para proteção da Amazônia. Tanto o modelo de Vigilância Aérea quanto o de Sensoriamento Remoto foram desenvolvidos com tecnologia propícia a este fim. "Este programa impulsionou a Embraer no setor de tecnologia de vigilância", diz o gerente de desenvolvimento de produto do programa S1VAM, Mauro Cesar Mezzacappa. 'Após este contrato já vendemos versões derivadas desses modelos para a Grécia e o México", explicou. Segundo Mezzacappa, a participação da empresa no SIVAM acabou beneficiando também os setores de aviação regional e executiva. "Muitas soluções de engenharia que foram desenvolvidas para os aviões do SIVAM já estão sendo aplicadas aos aviões executivos, como os wingiets (aletas de ponta de asa), os tanques internos de fuselagem e os strakes", exemplificou. 'Esta é urna evidência significativa de que os setores de defesa e o de aviação comercial se inter-relacionam e se apóiam mutuamente", concluiu. -‹ México compra aviões EMB 145 AEW&C Em março último a Embraer firmou contrato com o governo do México para a venda de um avião EMB 145 AEW&C de Vigilância Aérea e dois EMB 145 MP para Patrulha Marítima. Essas aeronaves serão integradas a um novo programa de vigilância que será implementado no México, sob liderança da Secretaria de la Defensa Nacional (SEDENA), representando um importante marco para os produtos Embraekoltados para o Mercado de Defesa. bandeirante Embraer moderniza aeronaves F-5 da FAB O projeto torna os aviões Northrop F-5E/F tão avançados quantos os caças de última geração As aeronaves Northrop F-5E/F da Força Aérea Brasileira (FAB) estão sendo modernizadas pela Embraer em parceria com a empresa israelense Elbit, sob a supervisão do Comando da Aeronáutica, Denominado F-5BR o programa de atualização foi desenvolvido em conjunto por ambas as empresas e incorpora tecnologia de ponta capaz de tornar esses aviões tão avançados quanto os caças de quarta geração. O Senado Federal aprovou em dezembro passado o financiamento do programa, orçado em US$ 285 milhões. O projeto assegura a vida operacional do F-5EJF por mais 15 anos. O desenvolvimento do programa começou em fevereiro de 2001, abrange 47 aeronaves e deve terminar num prazo de cinco anos. O F-5BR inclui novo pacote de aviônicos, sistema de navegação/armamentos/autodefesa, sistema de computadores, radar multímodo e qualificação dos armamentos padrão da FAB. Estes sistemas mantêm total comunalidade com os programas ALX e AMX-T, também da Força Aérea Brasileira. "Este é o primeiro programa de modernização e reaparelhamonto da Força Aérea Brasileira", explica o vice-presidente da Embraer para o Mercado de Defesa, Romualdo Barros. "A Embraer está dedicando especial atenção ao F-5BR pelo que ele representa tanto para a FAB quanto para nossa empresa e estamos muito orgulhosos de poder prestar este serviço à área de defesa do governo, contando com a inestimável parceria da Eibrt", disse ele momentos após a chegada dos dois primeiros aviões em São José dos Campos. Os Northrop F-5E monoposto e F-5F biposto, respectivamente de um e dois assentos, foram incorporados à FAB no início dos anos 70. A aplicação do projeto Embraer-Elbit aperfeiçoa significativamente as características operacionais originais destas aeronaves. Primeira conferência de operadores do Tucano Embraer reúne operadores do EMB 312 Tucano de diversos países para troca de idéias e experiências A Embraer promoveu de 18 a 22 de março deste ano a Primeira Conferência de Operadores do EMB 312 Tucano, na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte. Participaram do encontro oficiais das Forças Aéreas operadoras do avião, adidos militares estrangeiros e fornecedores de peças, componentes e equipamentos eletrônicos e de aviação. "Essa iniciativa da Embraer é uma oportunidade única para a troca de experiências entre os operadores do Tucano em todo o mundo e uma maneira de conhecermos ainda mais de perto suas necessidades e novos requisitos", afirmou Romualdo Barros, O ALX é á versão do Su;ier Tucano para a FAB vice-presidente para o mercado de Defesa. O EMB 312 Tucano é um dos produtos da Embraer para o mercado de defesa de maior sucesso, com mais de 650 unidades vendidas para Forças Aéreas de 14 países, dentre os quais o Brasil, Inglaterra, França, Argentina, Egito, Colômbia, Peru e Paraguai. Na conferência os participantes tiveram também a oportunidade de conhecer em detalhes o ALX, avião que pode ser empregado em missões de ataque leve e como treinador primário a avançado com armamentos, inclusive em táticas de caça. 4 9 bandeirante Skyway Airlines é o novo cliente da Embraer Companhia norte-americana encomenda 40 jatos ERJ 140 e o contrato tem valor de US$ 800 milhões om sede em Milwaukee, no estado de Wisconsin, EUA, a companhia de transporte aéreo Skyway Airlines assinou no dia 11 de abril um memorando de entendimento para adquirir 20 jatos ERJ 140 para 44 passageiros. A encomenda também prevê igual número de opções de compra e a possibilidade de incluir nesse total algumas unidades dos modelos ERJ 135 e ERJ 145. A Skyway Airlines é o segundo cliente a adquirir o modelo ERJ 140 e a primeira entrega está prevista para março de 2002. Entenda vencias firmes e opções Pedidos firmes são vendas concretizadas, com preços, condições de pagamento e prazos de entrega definidos por um contrato. Neste caso estão previstas punições por quebra das normas contratuais por qualquer das partes envolvidas. As opções de compra também fazem parte do contrato. Mediante o depósito de uma quantia determinada, o cliente assegura posições e datas de entrega de modelos à sua escolha, no entanto, ele tem um prazo para decidir se vai firmar aquela opção ou desistir da compra. Ao optar por firmar uma opção (o que geralmente acontece) faz-se um aditamento ao contrato e o valor antecipado à Embraer é computado como parte do pagamento. 10 Mais vendas "Nós escolhemos o jato regional da Embraer por sua excelente reputação entre os passageiros e por se fretar de uma aeronave que otimiza os recursos de uma empresa de transporte aéreo'", declarou o presidente da Skyway Airlines, James P. Ranklin. 'Trata-se de aviões extremamente apreciados pelos passageiros, graças à configuração de dois-eum assentos por fila e o interior com a aparGencia e o conforto dos grandes jatos", complementou Ranklin. A Skyway Airlines, conhecida nos Estados Unidos como "The Midwest Express Connection" é operada pela Astral Aviation, empresa controlada pela Midwest Espress Airlines. Durante o mês de fevereiro duas empresas confirmaram opções de compra, totalizando dez pedidos firmes a mais para a Embraer. A American Eagle, dos EUA, firmou seis das 31 opções do ERJ 140. Dias depois foi a vez da British Midland, da Inglaterra, que confirmou mais quatro opções, sendo duas para o ERJ 135 e duas para o ERJ 145. Em 17 de abril último a British Midland exerceu mais uma opção do ERJ 145. Contabilizando todos os novos contratos, a carteira de vendas da família ERJ 135/140/145 totaliza 1.277 encomendas, das quais 857 são firmes e 420 opções. A família ERJ 170/190 conta com 325 encomendas em carteira, sendo 120 firmes e 205 opções. A Embraer mantém a posição de quarta maior fabricante de aviões comerciais no mundo e a maior exportadora brasileira. Os pedidos firmes em carteira totalizam US$ 11,4 bilhões e opções de compra de US$ 12,6 bilhões, em 31 de dezembro de 2000, conforme mostra o gráfico abaixo. -( = 14 British Midland -I Americanf• Pedidos Firmes 11.449 US$ milhões 6.367 4.112 3.011 647 729 94 95 1.227 ' 96 1 I 97 98 99 00 bandeirante Embr,,aer quer a ISO 14001 Funcionários serão treinados para agir em confOrmidade a esta certificação de gestão de meio ambiente Em dezembro de 2001 a Embraer estará pleiteando a certificação ISO 14001, que adequará a Empresa a normas de gestão de meio-ambiente reconhecidas mundialmente. A obtenção do 180 14001 é um reforço significativo à competitividade da Embraer. Mais do que adquirir produtos de qualidade e receber assistência permanente, os clientes da Embraer estarão seguros de que a empresa mantémse dentro das leis de proteção ambientais brasileiras e segue padrões ecologicamente corretos - requisitos obr i gatórios para a obtenção do certificado. A Embraer também está implantando o sistema de gestão de segurança e saúde BS 8800, o qual garante um ambiente de trabalho seguro e saudável para empregados e parceiros. Segundo o coordenador do Comitê de Implantação do S i stema de Gestão de Saúde, Segurança e Meio Ambiente Mario Leonel Lima Regazzini, a adoção destes dois sistemas integrados beneficia os empregados, os recursos naturais e ainda torna a Embraer mais competitiva no mercado internacional. "Felizmente, hoje em dia as ações voltadas à preservação da natureza adquiriram grande importância, especialmente no exterior", diz ele. 'O cliente vem ver aviões, mas ninguém estranhe se ele quiser saber como a empresa trata seu esgoto", exemplifica. E completa: 'estamos adotando uma vantagem a mais em comparação aos concorrentes e ainda fortalecemos a imagem institucional'. Para organizar a integração a estes sistemas foi formado um comitê composto por 19 funcionários representantes de diversos setores da empresa. 'Mas o sucesso dos programas depende do envolvimento de todos os funcionários, parceiros e fornecedores'', explica Leonel. Entre março e setembro de 2001 todos 1' os empregados da empresa passarão por um treinamento cujo objetivo é prepará-los para agir dentro dos novos padrões estabelecidos. Parceiros e fornecedores também precisarão se adaptar aos sistemas. 0 BS 8800 não é uma certificação, mas uma série de padrões de referência no setor de segurança e saúde. Futuramente a empresa sig adi de çast-ã3 Cs.1/4° E ENLESPL4EFI Melo Ambiente. Sainle.Segurança no Trabalho a 011aidade vai buscar um certificado nesta área, através da norma OHSAS - Occupational Health and Safety Assessment Serie 18001. 'Muitos requisitos destes sistemas de gestão já são seguidos por conta própria pela Embraer, mas o mais importante é que eles direcionem a empresa para um programa de melhoria continua", finaliza Leonel. -( Mario Leonel Regazzini é o coordenador do Comitê de Implantação do Sistema de Gestão de Saúde, Segurança e Meio Ambiente Tradição em família Da esquerda para a direita, Halley Boshier-Knop, seu marido Jeff Knop, o caçula da familia Anthony, o engenheiro Suedio Silva dos Santos que recepcionou a família na Embraer, e Geoffrey Boshier. No último dia 30 de março esteve em visita à Embraer a familia anglo-americana Boshier, cujos membros, aficionados pela aviação, em sua maioria segue profissões relacionadas a esta atividade. Pai de quatro filhos, o engenheiro de origem inglesa Geoffrey Boshier ea direita na foto) trabalha para uma empresa que fabrica asas de avião. A filha Hailey Boshier-Knop é piloto da American Eagle junto ao marido Jeff Knop. Ambos pilotam as aeronaves ERJ 145 e ERJ 135 da empresa, ele no comando e ela como co-piloto. O caçula Anthony quebrou a tradição e trabalha com Recursos Humanos. O irmão Robin não estava presente durante a visita, mas também é piloto. A família mora atualmente em Nashde, no estado de Tennessee, com a mãe Carol que é atendente de vôo da American Airlines e outra das filhas, Abigaii, que apesar de pertencer ao clã decidiu ser anestesista. Os Boshier foram unânimes nos elogios à Embraer e ao jeito amigável e sorridente dos funcionários da empresa. 11 bandeirante Legacy realiza vôo inaugural A certificação da aeronave é esperada para o terceiro trimestre deste ano No último dia 3 de abril o novo jato executivo da Embraer - o Legacy - decolou às 16h30 da pista do aeroporto de São José dos Campos para realizar o seu primeiro vôo. A bordo da aeronave de número de série 363, os pilotos Antonio Bragança Silva, Luiz Carlos Rodrigues e a engenheira de teste de vôo Tanara Callefi, voaram por mais de uma hora e meia. "Este primeiro vôo foi notável e tudo se passou conforme previsto. O Legacy será sem dúvida um excelente avião executivo" , disse o piloto-chefe Bragança. O avião número de série 363 é destinado a testes de aerodinâmica e de integração de sistemas e vai desempenhar, em especial, os testes de certificação d novo sistema de alimentação de combustível instalado pela primeira vez neste avião. Esse sistema possibilitará que a aeronave alcance os 5.925 km previstos em projeto. Após o término dos ensaios, o interior executivo será Instalado no avião, que será então utilizado para demonstração aos potenciais clientes. A Embraer anunciou sua entrada no mercado de jatos executivos em julho de 2000. Derivado do ERJ 135, o Legacy incorpora diferenças importantes quando comparado à família de jatos regionais da Embraer, como winglet,s (alotas de ponta de asa), o sistema de alimentação de combustível para atender o requisito de maior autonomia, aumento do teto operacional, dentre outros. O Legacy terá três versões: executiva, corporativa e para o transporte de autoridades e sua certificação pela Federal Aviation Administration (FAA), dos EUA, e pela Joint Aviation Authorities (JAA), da Europa, deverá ocorrer no terceiro trimestre deste ano. Antes mesmo de seu primeiro vôo a carteira de vendas do Legacy já contava com 63 encomendas, das quais 32 firmes e 31 opções. 4 LEGACY BY EMBRAER Versão Executiva Versão Corporativa 22ft 2in (676 m) 22ft 2in (6.76 m) L1 • 866 5in (26.33 m) 86ft 5in (26,33 rn) ••• ----==1=1Yes. e 246 9in (7.55 rM 24ft 9in (7.55 rn) " 12 696 5in (21.17 rn) 696 5;n (21.17 rn)