MÓDULO IV A Comunicação nas Relações Interpessoais A base para uma relação interpessoal consiste na existência de algum tipo de comunicação entre os atores desta relação. Sem a presença da comunicação não haveria relação. Para entendermos como funciona essa comunicação interpessoal precisamos conhecer como se dá o processo básico da comunicação. A comunicação e seus conceitos A palavra comunicação é formada pela união das palavras COMUM + AÇÃO, onde a palavra comum significa algo que pertence a todos de forma igualitária e ação é um verbo que indica atuação, agir. Comunicação tem sua origem no latim communicatio de communis e significa tornar alguma coisa comum a muitas pessoas. É um compartilhamento de mensagens. A comunicação interpessoal é basicamente um processo de interação entre indivíduos, ou seja, esse processo se realiza de pessoa para pessoa numa ação que envolve interação e didática. Neste processo o emissor tem a missão de promover a construção de significados e despertar expectativas na mente de quem está recebendo a mensagem, o receptor. Importante observar que a compreensão de uma mensagem dependerá de vários fatores que incidirão sobre o indivíduo que a está recebendo. Os principais fatores são os motivacionais e subjetivos, ou seja, são fatores que estarão subordinados a parâmetros pessoais. Os elementos da comunicação Emissor, receptor e mensagem são considerados os elementos nucleares no processo de comunicação. Porém, é necessário conhecermos outros três elementos muito importantes para a comunicação: código, canal e contexto. Observe o esquema abaixo que representa o processo básico da comunicação interpessoal: EMISSOR MENSAGEM CONTEXTO CÓDIGO CANAL MENSAGEM MENSAGEM
RECEPTOR Emissor ­ tem o papel de emitir a informação. Ele é responsável pela transmissão da mensagem. Cabe ao emissor a utilização dos melhores elementos para que sua mensagem seja bem compreendida. Sua missão não é apenas fazer com que a mensagem chegue até o receptor, ela vai mais além e passa pelo entendimento da mesma. Receptor – é quem vai receber a informação emitida pelo emissor, decodificando­a, ou seja, a ela não cabe apenas receber a mensagem, para que haja uma comunicação eficaz é necessário que o receptor entenda o que essa mensagem significa (feedback). Essa eficácia depende em grande parte da maneira com o emissor a transmite. Mensagem – é a informação ou grupo de informações que deve ser transmitido pelo emissor para posteriormente ser recebido e compreendido pelo receptor. Contexto – representa as circunstâncias nas quais a comunicação está se estabelecendo. Ele representa um referente situacional, que deverá ser comum para emissor e receptor. Canal – representa o meio pelo qual a mensagem será transmitida. Será através do canal que a mensagem irá realizar sua circulação. Podemos optar por canais dos tipos escritos, orais, digitais etc. Código – é o signo utilizado para efetivar a transmissão das mensagens. São os sinais dos quais nos utilizamos para fazer com que nossa mensagem seja decodificada. Importante ressaltar que o sinal ou signo escolhido para a transmissão precisa necessariamente ser de conhecimento do receptor. Caso contrário, a mensagem jamais será entendida. Constitui­se das linguagens escrita, oral e não verbal (gestos, sinais visuais, sinais corporais). As formas de comunicação As mensagens podem ser transmitidas pelas formas: Verbal e Não­Verbal. Verbal – é o ato de emissão de sons e de palavras dos quais nos utilizamos para transmitir nossas mensagens. Representa a forma de comunicação mais utilizada. É a mais comum, mesmo com a imensidade de formas modernas de comunicação que a tecnologia vem nos proporcionando e pode ser classificada em:
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Verbal­oral ­ refere­se à utilização da voz para enviar a mensagem.
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Verbal­escrita – é a representação escrita da mensagem que se quer transmitir. Não­verbal ­ é o ato de transmissão de uma mensagem através de um meio que não seja nem o meio oral e nem o meio escrito. É uma das formas de comunicação mais interessantes, por ser incomum, e por nos exigir a utilização de gestos, expressões faciais ou corporais para auxiliar no processo de entendimento da mensagem. Os ruídos na comunicação A eficácia do processo de comunicação também dependerá de um outro importante fator chamado ruído. Ele poderá ser responsável pela não concretização de seu intuito de informar, como também poderá fazê­lo de forma equivocada, ou seja, sua informação poderá chegar ao receptor de forma distorcida. Abaixo citaremos os ruídos de comunicação mais comuns:
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Fonte das informações – a credibilidade em uma informação muitas vezes dependerá da fonte desta informação. As mensagens que são oriundas de fontes de maior credibilidade (pessoas, instituições, formadores de opinião) tendem a uma maior aceitação.
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Tipos de informações – as mensagens que coincidem com o nosso autoconceito tendem a ser mais facilmente absorvidas. Conseqüentemente, aquelas que contrariam nossos conceitos e valores tendem a serem aceitas com maior resistência.
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Defensidade dos participantes – se no momento do processo de comunicação um ou mais participantes assumem uma posição de defensidade, é bem mais provável que haja algum tipo de interferência na comunicação. As pessoas que se sentem ameaçadas ou atacadas terão diminuída sua possibilidade de entendimento.
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Grande carga de informações – quanto mais informação tivermos para decodificar, maior será nossa dificuldade para ordená­las e utilizá­las de forma eficaz.
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Localização física – uma maior proximidade entre transmissor e receptor auxiliam na eficácia da transmissão das mensagens. Fatores que garantem uma perfeita comunicação 1. 2. 3. 4. 5. 6. Linguagem acessível e apropriada; Canal de fácil compreensão; Boa relação entre emissor e receptor; Conteúdo familiar; Usar mais de um tipo de canal de transmissão; Clareza nas informações; Abaixo apresentamos um dos modelos de comunicação mais importantes das últimas décadas. Ele foi desenvolvido em 1949 por C.E.Shannon e W.Weaver e apresentam a comunicação como uma transmissão de sinais.
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