Trabalhador Rural
vacine-se contra a
FEBRE AMARELA. Leia
mais página 08
ANO VII - Nº 56
FEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES NA AGRICULTURA DO ESTADO DE GOIÁS
Janeiro/2008
Fotos: Luiz Henrique Parahyba
TRABALHADORES NO NORTE DO ESTADO
SÃO EXEMPLOS DE ORGANIZAÇÃO E LUTA
Produção de milho no assentamento
Reuniões com participação de todos fortalece a luta
Cento e vinte famílias de
trabalhadores rurais assentadas
no município de Bonópolis,
mostram como é possível lutar,
se organizar e produzir com
qualidade.
Milho, gergelim e leite são as
apostas do trabalhadores. O
STTR e a associação foram
determinantes para assegurar o
sucesso dos beneficiários da
reforma agrária. Leia mais
página 12.
AGRICULTORES FAMILIARES
COMERCIALIZAM ALGODÃO COLORIDO
Nos municípios de Uruana,
Jaraguá e Bela Vista,
aproximadamente cinco hectares
de algodão colorido do tipo
Safira, foram produzidos no
regime de agricultura familiar. A
produção foi totalmente
comercializada, com
aproximadamente 3.500 quilos; é
o resultado da parceria da
FETAEG com o FIALGO. Leia
mais página 04.
Wilson, Valons e Cartaxo, conhecem a qualidade
do Algodão colorido em Bela Vista
02
Edição nº 56 - Janeiro/2008
Cooperafi
Reeleito presidente
da Cooperafi em Itapuranga
Diretores da Cooperafi
Mauro Pereira dos Santos, foi reeleito presidente da Cooperativa de Agricultura Familiar
de Itapuranga – COOPERAFI- entidade que faz parte do Programa PRAFICAR (Programa de
Reordenação da Agricultura Familiar Integradas em Cooperativas de Atividades Rurais) q u e
tem como instituição apoiadora o Movimento Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras. A
eleição foi realizada no mês de janeiro de 2008 e a diretoria irá trabalhar no biênio de 2008/2009.
A nova direção da COOPERAFI tem a seguinte composição: Diretor Presidente - Mauro
Pereira dos Santos, Secretário – Olair Machado de Sousa; Diretora Tesoureira - Maria Augusta
de Queiroz e os Conselheiros de Administração; Ernane Mendes Soares; Altair Ferraz de Sousa
e Luiz Mozart Campos.
Segundo Mauro Pereira, as parcerias são fundamentais para alcançar o desenvolvimento
de uma organização, e destaca a FETAEG, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Itapuranga,
MDA, CONAB, PETROBRAS, UFG, UEG, Central das Associações de Produtores Rurais de
Itapuranga, Território Vale Rio Vermelho, Igreja Católica e Rádio Alternativa FM, como
parceiros importantes para o trabalho desenvolvido pela cooperativa.
Mário Parreira
STTR Piracanjuba
presta contas e entrega carro
aos trabalhadores rurais
Dorislene durante o ato
de entrega do carro ao STTR
A diretoria do STTR de Piracanjuba fez
sua prestação de contas do ano de 2007 aos
trabalhadores rurais. A presidente da
entidade, Dorislene Luiza Ferreira, entregou
a direção do sindicato um veículo zero
quilômetro, modelo Gol. O veículo será para
uso da diretoria à serviço do movimento
sindical.
Dorislene Luiza mobilizou os trabalhadores e as autoridades municipais, demonstrando a potencialidade que o STTR tem no
município. Durante o ato de prestação de
contas, a presidente destacou que a sede da
entidade foi reformada, para melhor atender
a categoria.
José Maria de Lima, vice presidente e
Divino Goulart, secretário de política
agrícola, representaram a FETAEG no ato
que aconteceu no final de janeiro de 2008.
Associação do Acampados
Itapirapuã: acampados
trabalham e criam
banco de sementes
Acampados na lavoura de milho
49 famílias de trabalhadores rurais do acampamento “Rio Vermelho”, no município de
Itapirapuã, estão produzindo milho, utilizando sementes crioulas. Segundo Adir Roberto de
Sousa Filho, coordenador do acampamento, os trabalhadores estão às margens da GO 070, na
luta por dignidade.
Os acampados do “Rio Vermelho” tem um projeto de criação de um BANCO DE
SEMENTES. Eles estão produzindo também pimentas e tem como parceiros a “Casa de Apoio
dos Movimentos Sociais” de Itapirapuã.
JORNAL DA FETAEG
PALAVRA DO PRESIDENTE
Presidente da FETAEG:
Wilson Hermuth Göttems
Eu quero dizer aos trabalhadores
e representantes dos sindicatos, que
a cada ano a federação tem um
planejamento e sempre fazemos
diferente do outro. No final de 2007,
nó s f i zemo s uma re uni ão do
Conselho de Representantes para a
aprovação da previsão orçamentária, nós também programamos um
calentário de reuniões dos Polos no
i nte r i o r ; fo i ap re s e nt a d o a o s
companheiros um documento base com vários eixos, três por secretarias,
para que nossos trabalhadores e dirigentes, discutam os rumos do MSTTR.
Essa proposta foi aprovada no Conselho, e os nossos conselheiros
ficaram na expectativa da realização das reuniões nos Polos. E pela primeira
vez, neste ano de 2008, a Diretoria da Fetaeg e seus assessores, participaram
diretamente das reuniões. Na primeira reunião no Polo Centro I e II, foi
intessante que na discussão do MSTTR, além dos trabalhadores-dirigentes,
os diretores da FETAEG (seis estavam presentes), também participaram.
Para que cada secretário tivesse condições de explicar como as coisas
funcionam, no aspecto legal e que rumos iremos tomar, esse é um momento
importante, para que também tenhamos contato direto com os representantes dos trabalhadores. Essa é uma grande oportunidade para os nove
secretários e o presidente, tenham como discutir os rumos do MSTTR com
os trabalhadores e trabalhadoras.
Cada ano é uma história diferente, esta ano foi assim, mas nós lembramos que nesse ano tem Congresso da FETAEG, mas nós não sabemos quem
vai ficar ou quem vem para a direção da Federação. Mas lembramos que os
eleitos, que serão os responsáveis pelos rumos do MSTTR, vão dar continuidade as ações que os POLOS definirem. Por isso, queremos deixar claro, que
o planejamento definido, é do MSTTR, independente de quem assumir a
FETAEG apartir de agosto. O nosso objetivo é fazer desenvolver essa ações e
que o nosso Congresso tenha êxito.
Quando se reune Federação, direção de Polo e diretores de STTR, é o
conjunto do movimento sindical, e significa as decisões aprovadas, são para
o MSTTR, e nós vamos obedecer as regras definidas para o nosso movimento. Até agora o planejamento, que foi definido pelo Conselho dos
Trabalhadores, está tendo um rumo interessante, e nós vamos cumprir o
que for planejado.
JORNAL DA FETAEG
www.fetaeg.org.br
FETAEG – Filiada à CUT
Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Goiás
Órgão de representação do Trabalhador Rural,
com sede à Rua 16-A, lote 2-E, nº 409, St. Aeroporto
Goiânia - GO, CEP 74075-150
Fone: (62) 3225.1466 - Fax (62) 3212.7690 - (62) 8114.0202
Email: [email protected]
Presidente: Wilson Hermuth Göttems – Vice-Pres. e Secretário de Assalariados: José Maria
de Lima - 1º Vice-pres. e Secretária de Políticas Sociais: Ana Maria Dias CaetanoSecretário Geral e de Políticas Sindicais e Formação: Alírio Correa – 1ª Secretária e
Secretária de Política Agrária: Sandra Pereira Faria do Carmo – 2º Secretário e Secretário
de Agricultura Familiar: Divino Goulart da Silva – Tesoureiro Geral e Secretário de
Administração e Finanças: Elias D´Angelo Borges – Secretária da Mulher Trabalhadora
Rural: Divina Alves de Souza – Secretário de Crédito Fundiário e Coord.Inst.do Projeto
Nac. de Crédito Fundiário em Goiás: Antonio Borges – Secretário de Jovens: Samuel
Gomides.
Produção e Edição: TAMBAÚ COMUNICAÇÃO - Luiz Henrique Parahyba e Mário Parreira;
Diagramação e Arte: Paulo Batista - Tiragem: 6.000 exemplares
O JORNAL DA FETAEG necessariamente não se responsabiliza pelas opiniões
dos seus colaboradores ou entrevistados.
JORNAL DA FETAEG
03
Edição nº 56 - Janeiro/2008
Conforme definição em reunião
do Conselho Superior da FETAEG, a
entidade está realizando encontros
de POLO com os dirigentes sindicais. O primeiro encontro foi realizado
no Salão do STTR de PirenópolisGO, reunindo os sindicatos do
POLO CENTRO I e II. 32 dirigentes
de 16 sindicatos estão discutindo a
programação das Secretarias da
Federação, para o ano de 2008. Seis
Dirigentes da Fetaeg participaram da
discussão - Wilson Hermuth
Göttems, Alírio Correa, Elias
D´Angelo, Sandra Pereira, Divina
Alves de Souza e Samuel Gomides. O
encontro em Pirenópolis, tem a participação dos STTR de Orizona,
Anápolis, Itauçu, Pirenópolis,
Inhumas, Nova Veneza, Varjão,
Silvânia, Taquaral, Vila Propício,
Caturaí, Goianápolis, Trindade,
Corumbá, Catalão e Petrolina.
Alírio Correa, secretário de políticas sindicais e formação da
FETAEG, pertence ao Pólo Centro,
ele afirmou que os dirigentes terão a
missão de definir os rumos do
MSTTR em Goiás. “ A participação
dos sindicalistas nas reuniões é a
demonstração política de construção de um sindicalismo de luta”,
disse Alírio.
Fotos: Luiz Henrique Parahyba
Sindicalistas planejam ações da
Fetaeg para 2008 nas reuniões de polos
Alírio Correa: “Construindo
um sindicalismo de luta”
Participantes no encontro no salão do STTR de Pirenópolis
Segue o cronograma de reuniões dos POLOS:
POLO RIO VERMELHO e VALE DO ARAGUAIA
28 E 29 de janeiro - Cidade de Goiás
POLO SUL e RIO DOS BOIS
31 de janeiro e 01 de Fevereiro - Edealina
POLO NORTE
07 e 08 de fevereiro - Uruaçu
POLO VALE DO SÃO PATRÍCIO
11 e 12 de fevereiro - Jaraguá
POLO RIO CRIXÁ
11 e 12 de fevereiro - Santa Terezinha
POLO OESTE
12 e 13 de fevereiro - Iporá
POLO SUDOESTE
14 e 15 de fevereiro - Jataí
POLO OESTE II
14 e 15 de fevereiro - Piranhas
Luiz Henrique Parahyba
Fetaeg e Contag na defesa do Incra
Dirigentes com o ministro Dulci na defesa do INCRA-GO
O presidente da CONTAG Confederação Nacional dos
Trabalhadores na Agricultura representantes da FETAEG, CUTGO, CPT e MTL-DI, se reúnem no
final de janeiro com o Ministro da
Secretaria Geral da Presidência, Luiz
Dulci em Brasília. No encontro a
pauta principal foi a permanência do
superintendente do INCRA-GO,
Ailtamar Carlos da Silva. O cargo
está sendo pleiteado pelo PTB, que
teria indicado o nome de Rogério
Arantes, sobrinho do deputado federal Jovair Arantes-PTB. " O fórum
estadual da reforma agrária não aceita mudanças no órgão, sem discussão
com os movimentos sociais", disse
Elias D'Angelo Borges, secretário de
administração da FETAEG e membro do Fórum. Os representantes dos
movimentos sociais querem a garan-
tia da permanência de Ailtamar
Carlos da Silva.
Em novembro o FÓRUM
E S TA D U A L D A R E F O R M A
AGRÁRIA, fez um documento, reafirmando a posição das entidades na defesa da permanência de Ailtamar Carlos.
O Ministro Luiz Dulci, garantiu que
irá levar o assunto ao presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, que decidirá sobre
a substituição ou não do superintendência do INCRA em Goiás.
Em Mato Grosso do Sul, a substituição do superintendente do
Incra, causou reação dos movimentos sociais, que ocuparam uma rodovia naquele estado, para pressionar o
governo a rever a substituição. "Em
Goiás não iremos aceitar mudanças,
se isso ocorrer nós iremos radicalizar
como Governo Federal", afirma Elias
D'Angelo Borges.
04
Edição nº 56 - Janeiro/2008
JORNAL DA FETAEG
Algodão colorido gera
renda na agricultura familiar
STTR de São Miguel
do Araguaia
amplia atendimento
Wilson recebe
novo presidente
do STTR de Jataí
Sérgio Scheffer
Fardos de algodão já comercializados
Luiz Henrique Parahyba
A Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Goiás –
FETAEG, em parceria com o FIALGO – Fundo de Incentivo a Cultura do
Algodão em Goiás, com apoio técnico da Coostec e Embrapa Algodão, vem
desenvolvendo há cinco anos trabalho de incentivo ao cultivo do algodão pela
agricultura familiar, uma parceria que esta começando a gerar renda aos
agricultores familiar.
Na safra 2006/07 foram plantados em propriedades da agricultura
familiar em três municípios goianos: Uruana, Jaraguá e Bela Vista, aproximadamente cinco hectares de algodão colorido do tipo Safira.
A produção total nos cinco hectares foi de aproximadamente 3.500
quilos, sendo quase a metade disso consumida por artesanatos das regiões de
plantio, que adquiriram a pluma dos agricultores em uma negociação direta e
informal, o preço médio foi de R$ 4,00 / kg. O restante da safra 1.925 quilos,
foi comercializada com a Tecelagem Nossa Senhora de Fátima, localizada em
Pedra Branca, Ceará, no valor de R$ 5,50 o quilo, a vista.
Para que fosse possível esta conquista, alguns desafios foram alcançados,
para chegar a este mercado. Algumas Viagens de intercâmbio foram feitas,
por técnicos da Coostec e assessores da secretaria de Política Agrícola da
FETAEG, em regiões tradicionais em cultivo de algodão e também visitas ao
município de Campina Grande estado da Paraíba, na sede da Embrapa
Algodão, sob a orientação de Waltermilton Vieira Cartaxo. A FETAEG
também promoveu encontros com produtores, representantes das industrias, artesãos e pesquisadores.
Agricultores familiares tradicionais e assentados da reforma agrária,
poderão obter informações junto a Fetaeg, na Secretaria de Política
Agrícola, ou através do telefone 62 – 3225 1466.
Luiz Henrique Parahyba
O presidente da FETAEG recebeu na sede da Federação o novo presidente
do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Jataí, Corivaldo
Furtado de Ozeda. Cori, como é conhecido, ele assumiu o cargo após a morte
de Rômulos Souza Pereira.
Cori é agricultor tradicional e assume o cargo com a missão de dar
continuidade ao trabalho da entidade e ajudar no crescimento da organização
da categoria. Cori, disse que sente-se honrado em visitar o presidente da
FETAEG Wilson Hermuth, que pertence a sua base sindical. Wilson é assentado no P.A.”RIO PARAÍSO” em Jataí. Na visita à FETAEG, Cori estava também
acompanhado do companheiro Erasmo Rosa da Silva, diretor do Sindicato.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de
São Miguel do Araguaia, no norte do estado, anuncia a ampliação do atendimento aos sindicalizados. Francisca Maria da Silva informa que está concluindo um “Ponto de Apoio” ao trabalhador, para atender cerca de 20 pessoas.
“Precisamos ter uma estrutura para abrigar e dar o conforto mínimo aos
nossos trabalhadores”, disse Francisca.
Na nova estrutura do Sindicato, a presidente também irá montar uma sala
de informática, para atender os filhos dos trabalhadores rurais.
Assentada do PA “São José”, Francisca é vereadora do PT e disse que está
lutando para desenvolver o Projeto de exploração do Babaçu” na região.
Wilson, Erasmo e Cori (da direita para esquerda)
JORNAL DA FETAEG
Edição nº 56 - Janeiro/2008
05
O pulo do gato: Fetaeg e CPT
contra o trabalho escravo no campo
Para evitar e combater o trabalho
escravo no campo, a FETAEG inicia
uma mobilização nos Sindicatos dos
Trabalhadores e Trabalhadoras
Rurais de Goiás, para orientar os sindicalistas no combate a figura do “Gato” – homem que contrata, clandestinamente, cortadores de cana de
outros estados. O secretário de assalariados da FETAEG, José Maria de
Lima, enviou comunicado a todos os
Sindicatos que têm trabalhadores
rurais da cana, para que cobrem das
Usinas de Açúcar e Álcool o cumprimento da Cláusula 23 da Convenção
Coletiva. O texto diz o seguinte:
“Os empregadores rurais darão preferência à contratação de trabalhadores dos municípios sedes das usinas e destilarias, do local da cana
plantada e dos municípios vizi-
nhos, desde que estes trabalhadores
retornem ao seu município ao final
da jornada diária de trabalho”
E o parágrafo primeiro, desta
Cláusula diz ainda:
“Para eventual contratação de trabalhadores em municípios de
outros Estados ou Regiões, o
empregador deverá consultar previamente (por escrito) os sindicatos
de trabalhadores rurais dos municípios que compõem a sua área de
produção quanto à existência ou
não de mão-de-obra disponível par
o trabalho na lavoura de cana e que
esteja interessada em participar
do mencionado processo seletivo,
ficando registrado que, nessa hipótese, o empregador dará preferên-
cia aos aprovados na seleção, na
conformidade de sua opção sem
que isso implique em obrigatoriedade de contratação”
No dia 05 de março de 2008, em
Goiânia, a FETAEG reúne todos os
dirigentes dos STTR que atuam no
setor canavieiro, no 1º Encontro
Estadual da Cana, que irá discutir os
preparativos da Convenção Coletiva
2008, informa José Maria.
A Comissão Pastoral da Terra – CPT
– juntamente com outros parceiros,
também entra na luta contra o trabalho escravo. Com a campanha “ De
olho aberto para não virar escravo”, a
campanha de prevenção e combate
ao trabalho escravo, distribui cartazes e material de orientação aos trabalhadores. O material da CPT orienta os trabalhadores que procurem
o Sindicato, em caso de suspeita de
trabalho clandestino. “ Não se iluda
com as promessas do gato. Obrigar
alguém a trabalhar por dívida é crime. Impedir sua saída por dívida é crime. Qualquer dúvida procure seu sindicato. Abra o olho!” diz o material de
campanha da CPT.
TELEFONES DE DENÚNCIAS:
FETAEG
(62) 3225-1466
CPT
(62) 3223-5724
MINISTÉRIO DO TRABALHO
(61) 3317-6176
POLÍCIA FEDERAL
(61) 3317-6435
Ou procure o Sindicato dos
Trabalhadores Rurais do seu
município.
Fonte: CPT/GO
Edição nº 56 - Janeiro/2008
JORNAL DA FETAEG
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das Neves (Caxambu), garante
que a luta do Sindicato é para o
assentamento das famílias de
trabalhadores rurais que estão
acampadas nas proximidades
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do acesso aos recursos do Pronaf,
tanto os causados pela inadimplência,
pela burocracia bancária, quanto pela
falta de zoneamento agrícola para culturas novas. Ricardo Fernandes
Esteves, da Superintendência do
Banco do Brasil de Goiás diz que “O
Banco do Brasil espera ampliar as parcerias com as empresas, com vistas a
agilizar a concessão de Pronaf”.
Wilson Hermuth Göttems, presidente da FETAEG, lembrou do
empenho da Federação para acompanhar o Programa Nacional de
Produção do Biodiesel, Wilson diz:
“A Fetaeg está fazendo o possível para
o êxito na execução do Programa do
Biodiesel em Goiás. É preciso ter em
conta que os resultados do PNPB são
para médios e longos prazos.Precisamos continuar com iniciativas como
essa, de avaliação do Programa”, para
que possamos melhorar sempre”.
Divino Goulart, secretário de
Políticas Agrícolas da FETAEG,
junto com os assessores Sérgio
Scheffer e Luís Soledade, que tem
acompanhado o Programa
Nacional de Produção do
Biodiesel, buscam junto às empresas e os órgãos públicos, soluções
para os problemas enfrentados
pela agricultura familiar. Divino
sugeriu a criação de um adesivo
para carros, destacando a participação dos Agricultores Familiares
na produção do Biodiesel, com a
seguinte frase:
“Biodiesel: uma energia socialmente justa e ambientalmente correta”.
Mário Parreira
A direção da FETAEG –
Federação dos Trabalhadores na
Agricultura do Estado de Goiás, fez
um encontro de avaliação do
Programa Nacional do Biodiesel em
Goiás, com a participação das
empresa s C aramur u, Granol,
Ag renco e Bra sil EcoDie s el.
Participaram também representante s d o B a n co d o B r a s i l , d a
Superintendência da Agricultura
Familiar - Seagro, do MDA/DFA –
Delegacia Federal da Agricultura, e
Gilmar Katzer da Cooparpa (Cooperativa dos Produtores do Projeto de
Assentamento Rio Paraíso) de Jataí.
Encontro teve como objetivo
fazer uma análise de como está hoje a
produção de oleaginosas, utilizada
para a produção do Biodiesel, no estado de Goiás e a área plantada para a
safra 2007/08.
Os trabalhadores, dirigentes sindicais e técnicos das empresas, concluíram que é necessário investir em
pesquisas de culturas mais adaptadas
às condições de clima e solo de Goiás,
Otacílio Teixeira - MDA – fala sobre Biodiesel durante encontro
O que é FEBRE AMARELA?
- Doença infecciosa febril aguda,
causada pelo vírus da febre amarela,
arbovírus pertencente ao gênero
Flavivirus, família Flaviviridae,
transmitida por um mosquito, que
possui dois ciclos: silvestre e urbano.
Embora os vetores sejam diferentes,
o vírus e a evolução da doença são
absolutamente iguais.
Municípios goianos com registro de
casos de epizootias (mortes de macacos por suspeita de febre amarela)
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
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10.
11.
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13.
14.
15.
Abadia de Goiás
Amorinópolis
Anápolis
Anicuns
Aparecida de Goiânia
Aragoiânia
Barro Alto
Bela Vista de Goiás
Bom Jardim de Goiás
Bonfinópolis
Brazabrantes
Caiapônia
Caldas Novas
Caldazinha
Campinorte
16.
17.
18.
19.
20.
21.
22.
23.
24.
25.
26.
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28.
29.
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31.
32.
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36.
37.
38.
39.
40.
41.
42.
43.
44.
45.
Campo Alegre
Castelândia
Catalão
Cavalcante
Ceres
Corumbaíba
Crixás
Cromínia
Divinópolis
Doverlândia
Edéia
Faina
Fazenda Nova
Firminópolis
Formosa
Gameleira de Goiás
Goiânia
Goiandira
Goianésia
Goianira
Goiás
Guarinos
Heitoraí
Hidrolândia
Inhumas
Ipiranga
Israelândia
Itapirapuã
Itapuranga
Jaraguá
46.
47.
48.
49.
50.
51.
52.
53.
54.
55.
56.
57.
58.
59.
60.
61.
62.
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65.
66.
67.
68.
69.
70.
71.
72.
73.
74.
75.
Jataí
Jussara
Leopoldo de Bulhões
Luziânia
Matrinchã
Mineiros
Montes Claros
Nerópolis
Nova Aurora
Novo Brasil
Novo Gama
Orizona
Ouro Verde de Goiás
Palestina de Goiás
Paraúna
Perolândia
Petrolina
Pilar de Goiás
Piracanjuba
Piranhas
Pirenópolis
Pontalina
Rio Quente
Rio Verde
Santa Cruz
Santa Isabel
Santa Terezinha de Goiás
São Francisco de Goiás
São Miguel do Passa Quatro
Senador Canedo
76.
77.
78.
79.
80.
81.
Silvânia
Turvelândia
Trindade
Uruaçu
Uruana
Vianópolis
Como se prevenir da Febre amarela?
A única forma de evitar a Febre
Amarela é a vacinação contra a doença. A vacina é altamente eficaz.(confere imunidade em 95% a
99% dos vacinados) e está disponível
gratuitamente nos postos de saúde
em qualquer época do ano.
Quem deve receber a vacina?
- Toda pessoa nunca vacinada
ou vacinada há mais de 10 anos. A
idade recomendada para iniciar a
vacinação contra febre amarela é aos
nove meses de idade, porém em situação de surto, a idade mínima para
vacinação é a partir dos seis meses de
idade, independente da vacinação ser
feita em área urbana ou rural.
Fonte – SES-GO
JORNAL DA FETAEG
09
Edição nº 56 - Janeiro/2008
460 famílias de trabalhadores
rurais em Goiás, começam a realizar
o sonho da casa própria; um convênio entre a CAIXA ECONÔMICA
FEDERAL e a FETAEG irá possibilitar a construção de habitação rural,
através do programa "MORADA
NOVA". Os Primeiros trabalhadores
e trabalhadoras rurais já assinaram
os contratos com a Caixa
Econômica, são famílias do município de Caturaí-GO.
Segundo Ana Maria Caetano,
secretária de política sociais da
FETAEG, essa é uma grande conquista para os agricultores familiares.
"Nós estamos produzindo alimentos,
temos crédito e agora chegou à oportunidade de construir uma casa
decente", comemora Ana Maria.
Segundo a sindicalista, o programa irá
atender 32 municípios goianos,
somando mais de R$. 3.680.000,00
(três milhões e seiscentos e oitenta mil
reais). Hilda Ferreira da Costa, presidente do STTR de Caturaí, orgulha-se
de ser o primeiro município beneficiado com o programa. Durante o ato de
assinatura dos contratos com os trabalhadores, Hilda mostrava-se feliz
com a conquista.
A Federação dos Trabalhadores
na Agricultura do Estado de Goiás foi
responsável, junto com os Sindicatos
de Trabalhadores e Trabalhadoras
Rurais, pelo levantamento das
demandas para a construção das
casas na zona rural. O Programa será
administrado pela entidade e a Caixa
Econômica será encarregada da fiscalização das obras e do pagamento
do material de construção. A mãode-obra para será toda em regime de
mutirão entre as famílias de trabalhadores rurais . Nesse primeiro
momento, 07 (sete) famílias de
Caturaí-GO assinam o contrato com
a Caixa. Os trabalhadores rurais de
Inhumas serão os próximos que assinarão os contratos com a Caixa,
informou o presidente do STTR,
Adercio Alves Ferreira.
Luiz Henrique Parahyba
Caixa constrói 460 casas na zona rural
em parceria com a Fetaeg
Dirigentes e assessores da FETAEG acompanham os beneficiados no projeto
MUNICÍPIOS BENEFICIADOS: CATURAÍ, FAZENDA NOVA,
INHUMAS, SANCLERLÂNDIA, BURITI DE GOIÁS, MOSSÂMEDES,
MOIPORÁ, CACHOEIRA DE GOIÁS, DAMOLÂNDIA, ITAPURANGA,
GUARAITA, MORRINHOS, GUAPÓ, CERES, SANTA RITA DO NOVO
DESTINO, ITAGUARU, GOIANÉSIA, INHUMAS, RUBIATABA, JATAÍ,
APARECIDA DO RIO DOCE,BARRO ALTO, DIORAMA,HEITORAI,
IPORÁ, ITAPACI, ITAPIRAPUÃ, IVOLÂNDIA, MONTES CLAROS,
NOVA GLÓRIA, ORIZONA, SANTA ISABEL, VARJÃO,
Luiz Henrique Parahyba
Trabalhadores ocupam fábrica
em Jaraguá na luta por salários
Trabalhadores retém máquinas na ocupação da Goiamido
Durante cinco dias, um grupo de
trabalhadores rurais ocupou a sede
da Fábrica GOIAMIDO em JaraguáGO, o grupo fez um revezamento
no pátio da empresa para garantir o
movimento. A manifestação pacífica foi coordenada pelo Sindicato
dos Trabalhadores Rurais e a
Federação dos Trabalhadores na
Agricultura do Estado de Goiás
(FETAEG). A manifestação tenta
garantir o pagamento dos salários
dos trabalhadores rurais e da indústria, que não recebem desde o mês de
outubro de 2007. "O movimento sindical já começa uma discussão para a
criação de uma Cooperativa de
Produção para gerenciar a empresa",
disse José Maria de Lima, vicepresidente da FETAEG. Segundo
José Maria, a empresa foi criada em
2005 e anunciou na época um investimento de mais de 27 milhões de reais. "Nós estamos levantando o patrimônio da empresa e já temos garantia de máquinas e uma área de plantação de mandioca, avaliada inicialmente em 10 milhões de reais", informou José Maria da FETAEG.
A assessoria
jurídica da
FETAEG já protocolou na Justiça do
Trabalho de Ceres, uma ação pedindo a garantia dos bens da empresa
GOIAMIDO para o pagamento dos
salários.Wanderley Ribeiro, presidente do STTR de Jaraguá, disse que
os trabalhadores estão confiantes
que conseguirão receber seus salários atrasados. “Nossa luta é pra vencer”, garantiu Wanderley.
A GOIAMIDO tem cerca de
250 empregados da indústria e do
campo, todos estão sem receber os
vencimentos. Segundo informações
do Sindicato dos Trabalhadores
Rurais de Jaraguá, a GOIAMIDO
está interditada pelo Ministério do
Trabalho, por descumprimento das
exigências trabalhistas. A empresa é
uma extensão no Brasil da multinacional holandesa KAPPE
INTERMEDIAIR BV, e que na época
da instalação, recebeu incentivos do
Governo Estadual através do
Produzir, com a proposta processar
em torno de 60 mil toneladas/ano de
amido de mandioca.
10
Edição nº 56 - Janeiro/2008
JORNAL DA FETAEG
Boa educação, boa gestão,
bons resultados,
geração de riquezas
O desempenho do agronegócio brasileiro vai bem
Pelo menos neste princípio de ano as perspectivas são as melhores possíveis. Todos sabemos que é
ele, o agronegócio, quem vem garantindo, nos
últimos anos, o crescimento da economia brasileira.
A expansão da agricultura e da pecuária tem
superado as expectativas e isso decorre do crescimento das exportações e da redução das importações. Podemos acrescentar, sem medo de errar,
que esse crescimento tem tudo a ver com uma
melhor eficiência na gestão do processo agropecuário, em outras palavras, os produtores estão se
profissionalizando.
Segundo Adriana Dias da administradores.com, uma administração eficiente tem sido
objetivo entre os produtores rurais de todo o país. A
grande maioria das organizações empresariais de
atividade rural é considerada de pequeno porte e
não tem condições técnicas para gerenciar os custos
de suas atividades. Cabe aos profissionais de
contabilidade apontar a esses empresários evidências para o melhor caminho contábil a ser aplicado
à atividade rural como um instrumento de relevância para seu processo administrativo.
Ela diz ainda que o agronegócio, setor de
atividade que envolve a agricultura, bem como a
industrialização dos mesmos, tem sido palco de
muitas transformações nas três últimas décadas. A
agricultura tradicional, atividade secular quase
sempre isolada e marcada pela auto-suficiência, tem
os dias contados, por causa dos avanços tecnológicos
e das metodologias utilizadas (insumos, transporte,
armazenagem, industrialização, distribuição
atacadista e varejista etc.) que culminam numa
sistemática de abordagem do setor transformando-o
em eixo central de grandes negócios, o agribusiness.
As transformações dos complexos agroindustriais, a partir da década de 1970, de produtos como
a laranja, a soja, o frango, o suíno, o boi, a cana-deaçúcar, com a criação do pró-álcool, em 1975,
reforçou as bases do agronegócio no país, e tantas
outras transformações, foram as responsáveis pela
implantação do agronegócio forte no Brasil.
Dentro deste contexto o Brasil conta com o
trabalho que o SENAR, Serviço Nacional de
Aprendizagem Rural, vem desenvolvendo em
relação à condução do processo instrucional e
educativo em nível nacional.
O SENAR Goiás é responsável por organizar,
administrar e executar, o ensino relativo a FPR Formação Profissional Rural e à PS - Promoção Social,
dos trabalhadores e produtores rurais, melhoria de
seu desempenho nas ocupações que exercem, a fim de
contribuir na profissionalização, integração na
sociedade e melhoria da qualidade de vida.
FORMAÇÃO PROFISSIONAL RURAL e PROMOÇÃO SOCIAL
A FPR, Formação
Profissional Rural e a PS,
Promoção Social, são processos
educativos e democráticos e
vincula-se, diretamente, ao
mercado de trabalho, à informação e à orientação profissional.
Consideram
o mundo em
permanente processo de mudança e adequar-se ao nível tecnológico da ocupação.
Ambas resultam em ganhos
para o trabalhador, contemplam
conteúdos relativos à saúde e à
segurança no trabalho e conteúdos relativos à preservação e à
conservação do meio ambiente.
Buscam o desenvolvimento
do homem, como cidadão e
como trabalhador, numa perspectiva de crescimento e de bemestar social. Igualdade de oportunidades, sem distinção de sexo,
raça, crença religiosa e convicção
filosófica ou política. A FPR e a
PS levam em conta as mudanças,
de todas as ordens, que ocorrem
no mundo contemporâneo.
As ações da FPR estão
intimamente associadas ao
mercado de trabalho, nos seus
aspectos de quantidade e qualidade, nas mudanças tecnológicas, econômicas e mercadológicas, visando ao equilíbrio entre a
oferta e a demanda da força de
trabalho, compreendendo a
diversidade das atividades
produtivas.
A FPR deve buscar, na
informação e na orientação
profissional, as escolhas ocupacionais condizentes com a realidade do trabalhador e do mercado
de trabalho.
Devem observar a adequação
do nível tecnológico das atividades produtiva, de modo a assegurar a prática profissional, a melhoria do desempenho, a segurança e
a saúde no trabalho e a empregabilidade, isto é, o ingresso ou a
manutenção do trabalhador no
mercado de trabalho.
A FPR e a PS proporcionam
oportunidades para o exercício de
uma ocupação ou de uma atividade produtiva e, conseqüentemente, de obter ganhos sociais e
econômicos, quaisquer que sejam
as atividades do universo de
trabalho do meio rural.
Os temas relacionados à
saúde e à segurança no trabalho
constituirão conteúdos obrigatórios das ações da FPR e das
atividades da PS, sendo desenvolvidas de forma integrada,
visando ao bem-estar e à proteção pessoal e de terceiros no
desempenho da ocupação.
Como conteúdo indispensável nas ações da FPR e nas
atividades da PS, deverão estar
incluídos temas relativos à
preservação e à conservação do
meio ambiente, proporcionando maior consciência ecológica
do trabalhador e de sua família.
Essa consciência alavancará a
sustentabilidade ambiental, a
fim de que ocorra a satisfação
das necessidades presentes do
trabalhador rural e de sua
família, sem comprometer a
capacidade das gerações
futuras de suprir suas próprias
necessidades.
No ano passado, SENAR
Goiás, realizou 3.648 eventos de
FPR e 1.490 eventos de PS com
participação de 55.935 pessoas.
Em relação ao ano de 2006 o
número de participantes cresceu
25%. E em relação a 2005 o
crescimento foi de 29%.
Edição nº 56 - Fevereiro/2008
11
Fotos: Antonio Pereira
JORNAL DA FETAEG
Desde 1998 o trabalhador
rural Joel Alves Santos, é mais
um entre os milhares que lutam
pela terra para trabalhar. O seu
sonho é obter uma terra para
trabalhar e produzir. Mas Joel é
um homem de coragem e disposição; um dia encontrou um
anúncio de um curso do SENAR.
Fez umas três modalidades, mas
especializou-se em CERCA
E L É T R I C A RU R A L . “ S o u
curioso em eletrônica e aproveitei minha ousadia e fiz o curso,
hoje tenho a minha pequena
oficina, que atendo os companheiros que já estão assentado na
região", diz com orgulho Joel.
Ele montou uma pequena
estrutura na cidade, para desenvolver seu trabalho, e nesses
deslocamentos para o campo,
conhece sempre alguém que
precisa dos seus serviços para
instalação e manutenção de
cercas elétricas na região. Assim,
com uma boa clientela, Joel
Alves, sustenta sua família,
enquanto luta pela conquista da
tão sonhada terra. “O que o
SENAR proporcionou na minha
vida, eu fico muito feliz, pois
tenho meu ganha-pão”, diz
emocionado o trabalhador rural.
Luiz Henrique Parahyba
CURSO MELHORA DE TRABALHADOR RURAL
Joel mostra sua oficina e seu diploma do Senar, com orgulho
12
Edição nº 56 - Fevereiro/2008
JORNAL DA FETAEG
Fotos: Luiz Henrique Parahyba
Luta e organização, são as marcas dos trabalhadores
do “Joaquim D'Eça” no norte goiano
Diretores da Associação
O sugestivo nome de “Sitio
Paraíso” traduz a alegria de Milton
Feitosa Quixabeira, que é préassentado no lote 108, no Projeto “Joaquim D'Eça, município de Bonópolis,
no norte do estado. Milton tem suas
vacas produzindo leite e já fez um
contrato com uma empresa paulista,
para plantação e produção de gergelim. “Eu estou confiante que será um
bom negócio”.
A história de Milton Quixabeira
é o resultado de uma grande organização de mais de 120 trabalhadores
l o c ai s , f ili ado s ao ST TR de
Porangatu, que ficaram acampados
durante três anos e hoje conquistaram a terra. Segundo Valdivino
Gonçalves dos Santos, presidente da
A ss o c i aç ão Comunit ár i a do s
Agricultores do Assentamento “Joaquim D'Eça”, antes de consolidar o
Projeto, eles se organizaram e construíram a cerca de todos os lotes, utilizando mais de 550 rolos de arames
para o trabalho. No sorteio das parcelas, no ano de 2007, os lotes já estavam devidamente cercados, informa
Valdivino.
Arroz, milho, leite e agora a possibilidade de produção de gergelim,
tem deixado os trabalhadores do “Joaquim D'Eça”, numa grande expectativa de consolidação do PROJETO
DE ASSENTAMENTO. Quem plantou, já vê o resultado do trabalho.
Maria Aparecida, artísta plástica
Maria Aparecida Queiroz, mostra com orgulho sua segunda atividade, além de trabalhadora rural:
artista plástica. Aparecida diz que
aprendeu sozinha a técnica da pintura. E apresenta sua arte aos colegas do assentamento. Ela pintou a
realidade do local, na entrada principal da sede da associação. “Tenho
vontade de aprender mais”, diz
Maria Aparecida.
Os trabalhadores do “Joaquim
D'Eça”, já adquiriram um resfriador
de leite e fornecem o produto para
um grande laticínio. Valdivino
Gonçalves, garante que um dos
segredos da organização e união dos
trabalhadores é basicamente ser
transparente nos negócios da associação. “Prestamos contas periodicamente e temos a confiança dos companheiros e companheiras”, afirma
Valdivino. Sandra Pereira, secretária
de política agrária da FETAEG, visitou os trabalhadores recentemente, e
ficou orgulhosa de vê o crescimento
da organização e produção local. “É
importante as nossas organizações
sindicais, porque o resultado sempre
é pró o trabalhador”, destaca Sandra.
“ Isso tudo não poderia ser realizado,
sem a participação efetiva do
Sindicato dos Trabalhadores Rurais
de Porangatu e também da associação comunitária local”, destaca a dirigente da FETAEG.
Sandra elogia a organização dos trabalhadores
Milho, uma aposta importante
PRÉ-ASSENTAMENTO “JOAQUIM D'EÇA”,
14km distante de BONÓPOLIS-GO,
120 famílias moram no local, com lotes média 37 hectares.
Informações sobre GERGELIM – www.sesamoreal.com.br
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