Trabalhador Rural vacine-se contra a FEBRE AMARELA. Leia mais página 08 ANO VII - Nº 56 FEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES NA AGRICULTURA DO ESTADO DE GOIÁS Janeiro/2008 Fotos: Luiz Henrique Parahyba TRABALHADORES NO NORTE DO ESTADO SÃO EXEMPLOS DE ORGANIZAÇÃO E LUTA Produção de milho no assentamento Reuniões com participação de todos fortalece a luta Cento e vinte famílias de trabalhadores rurais assentadas no município de Bonópolis, mostram como é possível lutar, se organizar e produzir com qualidade. Milho, gergelim e leite são as apostas do trabalhadores. O STTR e a associação foram determinantes para assegurar o sucesso dos beneficiários da reforma agrária. Leia mais página 12. AGRICULTORES FAMILIARES COMERCIALIZAM ALGODÃO COLORIDO Nos municípios de Uruana, Jaraguá e Bela Vista, aproximadamente cinco hectares de algodão colorido do tipo Safira, foram produzidos no regime de agricultura familiar. A produção foi totalmente comercializada, com aproximadamente 3.500 quilos; é o resultado da parceria da FETAEG com o FIALGO. Leia mais página 04. Wilson, Valons e Cartaxo, conhecem a qualidade do Algodão colorido em Bela Vista 02 Edição nº 56 - Janeiro/2008 Cooperafi Reeleito presidente da Cooperafi em Itapuranga Diretores da Cooperafi Mauro Pereira dos Santos, foi reeleito presidente da Cooperativa de Agricultura Familiar de Itapuranga – COOPERAFI- entidade que faz parte do Programa PRAFICAR (Programa de Reordenação da Agricultura Familiar Integradas em Cooperativas de Atividades Rurais) q u e tem como instituição apoiadora o Movimento Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras. A eleição foi realizada no mês de janeiro de 2008 e a diretoria irá trabalhar no biênio de 2008/2009. A nova direção da COOPERAFI tem a seguinte composição: Diretor Presidente - Mauro Pereira dos Santos, Secretário – Olair Machado de Sousa; Diretora Tesoureira - Maria Augusta de Queiroz e os Conselheiros de Administração; Ernane Mendes Soares; Altair Ferraz de Sousa e Luiz Mozart Campos. Segundo Mauro Pereira, as parcerias são fundamentais para alcançar o desenvolvimento de uma organização, e destaca a FETAEG, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Itapuranga, MDA, CONAB, PETROBRAS, UFG, UEG, Central das Associações de Produtores Rurais de Itapuranga, Território Vale Rio Vermelho, Igreja Católica e Rádio Alternativa FM, como parceiros importantes para o trabalho desenvolvido pela cooperativa. Mário Parreira STTR Piracanjuba presta contas e entrega carro aos trabalhadores rurais Dorislene durante o ato de entrega do carro ao STTR A diretoria do STTR de Piracanjuba fez sua prestação de contas do ano de 2007 aos trabalhadores rurais. A presidente da entidade, Dorislene Luiza Ferreira, entregou a direção do sindicato um veículo zero quilômetro, modelo Gol. O veículo será para uso da diretoria à serviço do movimento sindical. Dorislene Luiza mobilizou os trabalhadores e as autoridades municipais, demonstrando a potencialidade que o STTR tem no município. Durante o ato de prestação de contas, a presidente destacou que a sede da entidade foi reformada, para melhor atender a categoria. José Maria de Lima, vice presidente e Divino Goulart, secretário de política agrícola, representaram a FETAEG no ato que aconteceu no final de janeiro de 2008. Associação do Acampados Itapirapuã: acampados trabalham e criam banco de sementes Acampados na lavoura de milho 49 famílias de trabalhadores rurais do acampamento “Rio Vermelho”, no município de Itapirapuã, estão produzindo milho, utilizando sementes crioulas. Segundo Adir Roberto de Sousa Filho, coordenador do acampamento, os trabalhadores estão às margens da GO 070, na luta por dignidade. Os acampados do “Rio Vermelho” tem um projeto de criação de um BANCO DE SEMENTES. Eles estão produzindo também pimentas e tem como parceiros a “Casa de Apoio dos Movimentos Sociais” de Itapirapuã. JORNAL DA FETAEG PALAVRA DO PRESIDENTE Presidente da FETAEG: Wilson Hermuth Göttems Eu quero dizer aos trabalhadores e representantes dos sindicatos, que a cada ano a federação tem um planejamento e sempre fazemos diferente do outro. No final de 2007, nó s f i zemo s uma re uni ão do Conselho de Representantes para a aprovação da previsão orçamentária, nós também programamos um calentário de reuniões dos Polos no i nte r i o r ; fo i ap re s e nt a d o a o s companheiros um documento base com vários eixos, três por secretarias, para que nossos trabalhadores e dirigentes, discutam os rumos do MSTTR. Essa proposta foi aprovada no Conselho, e os nossos conselheiros ficaram na expectativa da realização das reuniões nos Polos. E pela primeira vez, neste ano de 2008, a Diretoria da Fetaeg e seus assessores, participaram diretamente das reuniões. Na primeira reunião no Polo Centro I e II, foi intessante que na discussão do MSTTR, além dos trabalhadores-dirigentes, os diretores da FETAEG (seis estavam presentes), também participaram. Para que cada secretário tivesse condições de explicar como as coisas funcionam, no aspecto legal e que rumos iremos tomar, esse é um momento importante, para que também tenhamos contato direto com os representantes dos trabalhadores. Essa é uma grande oportunidade para os nove secretários e o presidente, tenham como discutir os rumos do MSTTR com os trabalhadores e trabalhadoras. Cada ano é uma história diferente, esta ano foi assim, mas nós lembramos que nesse ano tem Congresso da FETAEG, mas nós não sabemos quem vai ficar ou quem vem para a direção da Federação. Mas lembramos que os eleitos, que serão os responsáveis pelos rumos do MSTTR, vão dar continuidade as ações que os POLOS definirem. Por isso, queremos deixar claro, que o planejamento definido, é do MSTTR, independente de quem assumir a FETAEG apartir de agosto. O nosso objetivo é fazer desenvolver essa ações e que o nosso Congresso tenha êxito. Quando se reune Federação, direção de Polo e diretores de STTR, é o conjunto do movimento sindical, e significa as decisões aprovadas, são para o MSTTR, e nós vamos obedecer as regras definidas para o nosso movimento. Até agora o planejamento, que foi definido pelo Conselho dos Trabalhadores, está tendo um rumo interessante, e nós vamos cumprir o que for planejado. JORNAL DA FETAEG www.fetaeg.org.br FETAEG – Filiada à CUT Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Goiás Órgão de representação do Trabalhador Rural, com sede à Rua 16-A, lote 2-E, nº 409, St. Aeroporto Goiânia - GO, CEP 74075-150 Fone: (62) 3225.1466 - Fax (62) 3212.7690 - (62) 8114.0202 Email: [email protected] Presidente: Wilson Hermuth Göttems – Vice-Pres. e Secretário de Assalariados: José Maria de Lima - 1º Vice-pres. e Secretária de Políticas Sociais: Ana Maria Dias CaetanoSecretário Geral e de Políticas Sindicais e Formação: Alírio Correa – 1ª Secretária e Secretária de Política Agrária: Sandra Pereira Faria do Carmo – 2º Secretário e Secretário de Agricultura Familiar: Divino Goulart da Silva – Tesoureiro Geral e Secretário de Administração e Finanças: Elias D´Angelo Borges – Secretária da Mulher Trabalhadora Rural: Divina Alves de Souza – Secretário de Crédito Fundiário e Coord.Inst.do Projeto Nac. de Crédito Fundiário em Goiás: Antonio Borges – Secretário de Jovens: Samuel Gomides. Produção e Edição: TAMBAÚ COMUNICAÇÃO - Luiz Henrique Parahyba e Mário Parreira; Diagramação e Arte: Paulo Batista - Tiragem: 6.000 exemplares O JORNAL DA FETAEG necessariamente não se responsabiliza pelas opiniões dos seus colaboradores ou entrevistados. JORNAL DA FETAEG 03 Edição nº 56 - Janeiro/2008 Conforme definição em reunião do Conselho Superior da FETAEG, a entidade está realizando encontros de POLO com os dirigentes sindicais. O primeiro encontro foi realizado no Salão do STTR de PirenópolisGO, reunindo os sindicatos do POLO CENTRO I e II. 32 dirigentes de 16 sindicatos estão discutindo a programação das Secretarias da Federação, para o ano de 2008. Seis Dirigentes da Fetaeg participaram da discussão - Wilson Hermuth Göttems, Alírio Correa, Elias D´Angelo, Sandra Pereira, Divina Alves de Souza e Samuel Gomides. O encontro em Pirenópolis, tem a participação dos STTR de Orizona, Anápolis, Itauçu, Pirenópolis, Inhumas, Nova Veneza, Varjão, Silvânia, Taquaral, Vila Propício, Caturaí, Goianápolis, Trindade, Corumbá, Catalão e Petrolina. Alírio Correa, secretário de políticas sindicais e formação da FETAEG, pertence ao Pólo Centro, ele afirmou que os dirigentes terão a missão de definir os rumos do MSTTR em Goiás. “ A participação dos sindicalistas nas reuniões é a demonstração política de construção de um sindicalismo de luta”, disse Alírio. Fotos: Luiz Henrique Parahyba Sindicalistas planejam ações da Fetaeg para 2008 nas reuniões de polos Alírio Correa: “Construindo um sindicalismo de luta” Participantes no encontro no salão do STTR de Pirenópolis Segue o cronograma de reuniões dos POLOS: POLO RIO VERMELHO e VALE DO ARAGUAIA 28 E 29 de janeiro - Cidade de Goiás POLO SUL e RIO DOS BOIS 31 de janeiro e 01 de Fevereiro - Edealina POLO NORTE 07 e 08 de fevereiro - Uruaçu POLO VALE DO SÃO PATRÍCIO 11 e 12 de fevereiro - Jaraguá POLO RIO CRIXÁ 11 e 12 de fevereiro - Santa Terezinha POLO OESTE 12 e 13 de fevereiro - Iporá POLO SUDOESTE 14 e 15 de fevereiro - Jataí POLO OESTE II 14 e 15 de fevereiro - Piranhas Luiz Henrique Parahyba Fetaeg e Contag na defesa do Incra Dirigentes com o ministro Dulci na defesa do INCRA-GO O presidente da CONTAG Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura representantes da FETAEG, CUTGO, CPT e MTL-DI, se reúnem no final de janeiro com o Ministro da Secretaria Geral da Presidência, Luiz Dulci em Brasília. No encontro a pauta principal foi a permanência do superintendente do INCRA-GO, Ailtamar Carlos da Silva. O cargo está sendo pleiteado pelo PTB, que teria indicado o nome de Rogério Arantes, sobrinho do deputado federal Jovair Arantes-PTB. " O fórum estadual da reforma agrária não aceita mudanças no órgão, sem discussão com os movimentos sociais", disse Elias D'Angelo Borges, secretário de administração da FETAEG e membro do Fórum. Os representantes dos movimentos sociais querem a garan- tia da permanência de Ailtamar Carlos da Silva. Em novembro o FÓRUM E S TA D U A L D A R E F O R M A AGRÁRIA, fez um documento, reafirmando a posição das entidades na defesa da permanência de Ailtamar Carlos. O Ministro Luiz Dulci, garantiu que irá levar o assunto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que decidirá sobre a substituição ou não do superintendência do INCRA em Goiás. Em Mato Grosso do Sul, a substituição do superintendente do Incra, causou reação dos movimentos sociais, que ocuparam uma rodovia naquele estado, para pressionar o governo a rever a substituição. "Em Goiás não iremos aceitar mudanças, se isso ocorrer nós iremos radicalizar como Governo Federal", afirma Elias D'Angelo Borges. 04 Edição nº 56 - Janeiro/2008 JORNAL DA FETAEG Algodão colorido gera renda na agricultura familiar STTR de São Miguel do Araguaia amplia atendimento Wilson recebe novo presidente do STTR de Jataí Sérgio Scheffer Fardos de algodão já comercializados Luiz Henrique Parahyba A Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Goiás – FETAEG, em parceria com o FIALGO – Fundo de Incentivo a Cultura do Algodão em Goiás, com apoio técnico da Coostec e Embrapa Algodão, vem desenvolvendo há cinco anos trabalho de incentivo ao cultivo do algodão pela agricultura familiar, uma parceria que esta começando a gerar renda aos agricultores familiar. Na safra 2006/07 foram plantados em propriedades da agricultura familiar em três municípios goianos: Uruana, Jaraguá e Bela Vista, aproximadamente cinco hectares de algodão colorido do tipo Safira. A produção total nos cinco hectares foi de aproximadamente 3.500 quilos, sendo quase a metade disso consumida por artesanatos das regiões de plantio, que adquiriram a pluma dos agricultores em uma negociação direta e informal, o preço médio foi de R$ 4,00 / kg. O restante da safra 1.925 quilos, foi comercializada com a Tecelagem Nossa Senhora de Fátima, localizada em Pedra Branca, Ceará, no valor de R$ 5,50 o quilo, a vista. Para que fosse possível esta conquista, alguns desafios foram alcançados, para chegar a este mercado. Algumas Viagens de intercâmbio foram feitas, por técnicos da Coostec e assessores da secretaria de Política Agrícola da FETAEG, em regiões tradicionais em cultivo de algodão e também visitas ao município de Campina Grande estado da Paraíba, na sede da Embrapa Algodão, sob a orientação de Waltermilton Vieira Cartaxo. A FETAEG também promoveu encontros com produtores, representantes das industrias, artesãos e pesquisadores. Agricultores familiares tradicionais e assentados da reforma agrária, poderão obter informações junto a Fetaeg, na Secretaria de Política Agrícola, ou através do telefone 62 – 3225 1466. Luiz Henrique Parahyba O presidente da FETAEG recebeu na sede da Federação o novo presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Jataí, Corivaldo Furtado de Ozeda. Cori, como é conhecido, ele assumiu o cargo após a morte de Rômulos Souza Pereira. Cori é agricultor tradicional e assume o cargo com a missão de dar continuidade ao trabalho da entidade e ajudar no crescimento da organização da categoria. Cori, disse que sente-se honrado em visitar o presidente da FETAEG Wilson Hermuth, que pertence a sua base sindical. Wilson é assentado no P.A.”RIO PARAÍSO” em Jataí. Na visita à FETAEG, Cori estava também acompanhado do companheiro Erasmo Rosa da Silva, diretor do Sindicato. A presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de São Miguel do Araguaia, no norte do estado, anuncia a ampliação do atendimento aos sindicalizados. Francisca Maria da Silva informa que está concluindo um “Ponto de Apoio” ao trabalhador, para atender cerca de 20 pessoas. “Precisamos ter uma estrutura para abrigar e dar o conforto mínimo aos nossos trabalhadores”, disse Francisca. Na nova estrutura do Sindicato, a presidente também irá montar uma sala de informática, para atender os filhos dos trabalhadores rurais. Assentada do PA “São José”, Francisca é vereadora do PT e disse que está lutando para desenvolver o Projeto de exploração do Babaçu” na região. Wilson, Erasmo e Cori (da direita para esquerda) JORNAL DA FETAEG Edição nº 56 - Janeiro/2008 05 O pulo do gato: Fetaeg e CPT contra o trabalho escravo no campo Para evitar e combater o trabalho escravo no campo, a FETAEG inicia uma mobilização nos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Goiás, para orientar os sindicalistas no combate a figura do “Gato” – homem que contrata, clandestinamente, cortadores de cana de outros estados. O secretário de assalariados da FETAEG, José Maria de Lima, enviou comunicado a todos os Sindicatos que têm trabalhadores rurais da cana, para que cobrem das Usinas de Açúcar e Álcool o cumprimento da Cláusula 23 da Convenção Coletiva. O texto diz o seguinte: “Os empregadores rurais darão preferência à contratação de trabalhadores dos municípios sedes das usinas e destilarias, do local da cana plantada e dos municípios vizi- nhos, desde que estes trabalhadores retornem ao seu município ao final da jornada diária de trabalho” E o parágrafo primeiro, desta Cláusula diz ainda: “Para eventual contratação de trabalhadores em municípios de outros Estados ou Regiões, o empregador deverá consultar previamente (por escrito) os sindicatos de trabalhadores rurais dos municípios que compõem a sua área de produção quanto à existência ou não de mão-de-obra disponível par o trabalho na lavoura de cana e que esteja interessada em participar do mencionado processo seletivo, ficando registrado que, nessa hipótese, o empregador dará preferên- cia aos aprovados na seleção, na conformidade de sua opção sem que isso implique em obrigatoriedade de contratação” No dia 05 de março de 2008, em Goiânia, a FETAEG reúne todos os dirigentes dos STTR que atuam no setor canavieiro, no 1º Encontro Estadual da Cana, que irá discutir os preparativos da Convenção Coletiva 2008, informa José Maria. A Comissão Pastoral da Terra – CPT – juntamente com outros parceiros, também entra na luta contra o trabalho escravo. Com a campanha “ De olho aberto para não virar escravo”, a campanha de prevenção e combate ao trabalho escravo, distribui cartazes e material de orientação aos trabalhadores. O material da CPT orienta os trabalhadores que procurem o Sindicato, em caso de suspeita de trabalho clandestino. “ Não se iluda com as promessas do gato. Obrigar alguém a trabalhar por dívida é crime. Impedir sua saída por dívida é crime. Qualquer dúvida procure seu sindicato. Abra o olho!” diz o material de campanha da CPT. TELEFONES DE DENÚNCIAS: FETAEG (62) 3225-1466 CPT (62) 3223-5724 MINISTÉRIO DO TRABALHO (61) 3317-6176 POLÍCIA FEDERAL (61) 3317-6435 Ou procure o Sindicato dos Trabalhadores Rurais do seu município. Fonte: CPT/GO Edição nº 56 - Janeiro/2008 JORNAL DA FETAEG FALA FETAEG Mário Parreira cal dos do Movimento Sindi es nt rta po im s to en ios e Em dois mom STTR), os funcionár (M is ra Ru as or ad alh Trabalhadores e Trab m na participação: Pólo, a equifuncionárias se destaca durante o Encontro de , lis po nó re Pi de o pi No municí e funcional. trou toda sua capacidad os m l ca lo TR ST do pe zado em Carmo do lação Trabalhista, reali gis Le de rso Cu no Já STTR's partici), os funcionários dos cio trí Pa o Sã do ale (V Rio Verde tarefas. osição e cumpriram as param com muita disp ajudou E quem foi que me A ter esta garantia direito Quem me deu esse o sabia Que até hoje eu nã to Esses direitos de fa icato nd Si do a É conquist a. Na luta do dia a di devia Então há tempos eucês vo m co Estar juntos Nesta organização ponês Que defende o cam Quero logo filiar sar No sindicato ingres vez. Pois chegou a minha zero Tendo seu filho de e ad id de A cinco anos Você pode requerer Auxílio maternidade ada Não fique aí sosseg a ad rm Procure se info ade. Dentro de sua entid o na lei Os seus direitos estãr buscar Mas se você não fo pel Eles não saem do pa Para ir te procurar hora Tudo tem dia e tem bora Não buscando vai em tar. Não adianta lamen O presidente do STTR de Vila Propício, Antonio Gomes das Neves (Caxambu), garante que a luta do Sindicato é para o assentamento das famílias de trabalhadores rurais que estão acampadas nas proximidades da “Faz . 5 irmãos”. Ded icad o, o pres idente da enti dad e diz com orgu lho que o Sind icato tem mai s de 600 sind icali zado s. ura É como a fruta mad ha an ap o Se você nã a Ela passa de madur rar gu se o m co m te Não bém Acontece assim tam agente tem e qu s ito Com os dire r. Eles podem caduca rios Recebe quatro salá o id nt Na lei está gara Isto é bom pra você marido E também para seu a mais Com um dinheirinho z fa Muitas coisas você ido. er qu Para o filhinho zer O que é que vou faofissão Pra comprovar a pr rumar Que papéis devo ar tão Para eu requerer en to Filiando ao Sindica o at ex do tu r Vai sabe . E acabar a confusão for Quanto mais ligeiro rá te cê vo ce Mais chan a hora Não deixe para últimmar ru Para suas coisas ar o trem e Quem cochila perd tem cê vo e E a chance qu mar. Depois não vá recla ras É isso aí companhei esqueça o nã i Do que eu fale lhe dei Os conselhos que euça Guarde na sua cabe ar br Porque se não lem r ca du ca i va ito re O di reça. Por incrível que pa Depois de muita luta, os trabalhadores rura is do PA “Roberto Mar Associação dos Pequen tins Melo” em Minaçu os Produtores Rurais do criaram a ASPPROAR Assentamento “Rober dezembro de 2007 e se – to Martins Melo”. A en rá presidida por Valde tid m ade foi criada no mês ir Ro drigues do Prado. Na foto os membros de da direção da ASPPRO AR: Rivalino Resende Helena dos Reis, Osvald da Silva , Grijalva Eugê o Batista dos Santos , Ad nio Rodrigues , Maria ão Dias Souto, Simão Santos , José Sardinha Masson Moreira, Ana de Siqueira, Jovelino Paula Rodrigues de So Flor da Abadia, Regin da Rocha. A coordena uza a Aparecida Rodrigues dora Lindalva Francis da Silva , Edmilson Fr ca de Almeida, disse assentamento mais pa an cis co que todos os companh rticipativo e produtivo eiros estão na luta po . r um IZA L A I C I F SO Á X I R C L A C I NOVA D N I OS R T ecretaria S I G tação da s ical, o E n ie r R o a Com ação sind hyba rio Luiz Henrique e Má Luiz Henrique Parahyba Parreira LUTA E ORGANIZAÇÃO EM VILA PROPÍCIO nesa Você Mulher campor ce Precisa se esclare lei Os seus direitos na Você precisa saber s cê Quatro Salários vo vez só a um de m be Rece nascer. Quando o seu filho tora Você sendo agricul ade nd bo a um m Na lei te disse É isto mesmo que eu e ad Escute esta verd ão Estando em gestaç profissão a su do an E comprov dade. Tem auxílio materni rique Para olis , cidade de Capinóp na 39 19 de o ir ne linda, Nascido aos 13 ja a , construiu uma an oi G a m al de mineiro sindical rural Minas Gerais, o ro do movimento nt de ia ór et aj tr a entamentos árdua e vitorios presente nos enfr ve te es e pr m se s jovens, goiano. Rômulos to à cidadania do ei sp re o ar at sg re er das is, combativo líd com o objetivo de ra ru s re do ha al ens trab ente chamado mulheres e hom o era carinhosam m co ” ão eg “N o que semminorias, pois ente, fazer amigos lm ci fa a, ui eg ns co s por seus parceiro consatenção. m co am idealizadores da s pre o ouvi do um e , or ad goci res Rurais Jataí, Diplomático e ne o dos Trabalhado at ic nd Si do de se trução da atual ULOS de lutas. foram vinte anos r e chamou o RÔM do ta lu um de u iso nheiro. O Pai eterno prec ca com Deus compa Fi . 07 20 de iro ne no dia 17 de ja Aspproar idente (Auxílio rmo Resende, pres Autor: Milton do Ca ira e r e P a z u o S s Rômulo 07 Edição nº 56 - Janeiro/2008 CRIADA ASSOCIA ÇÃO DE ASSENTADOS EM MINAÇU E GANHA OU PERD S IO R Á L A S O R T A U Q Maternidade) STTR ANÁPOLIS. NOTÍCIAS GERAIS DOS STTR S STTR's O D S IO R Á N IO C N FU VENTOS E S O N M A C A T S E SE D JORNAL DA FETAEG Luiz Hen 06 as de form R de Nov a de polític T e do ST rança “Chopre sident aF z sé de Sou o registro Crixás , Jo ializ ando c fi o tá s e rio do colate”, o Ministé a to n ju sindical o. e Empreg icato Trabalho que o sind aiz d ” te la “Choco ores e tr trabalhad . “No 0 0 8 e d is tem ma li z ado s s sindic a a r o entos e d a lh ba assentam ado 4 s o m te município nto. Eu sou acamp me rixá 1 acampa ha do C Il “ o n s ano nte do há dois o preside a m r fo in Mirim”, . Sindicato LUZ PARA TODOS A secretária de política agrária da F ETAEG, San dra P e r e ir a , in fo r m a q u e o PRO GR A M A TODOS ence LUZ PAR A rra as inscriçõ es no dia 30 de AB Todos os trab RIL de 2008. alh que precisam adores rurais de energia el étrica em casa , devem procu rar o escritório da CELG no seu município. 08 Edição nº 56 - Janeiro/2008 JORNAL DA FETAEG Fetaeg e parceiros do biodiesel avaliam produção e de que é preciso resolver o problema do acesso aos recursos do Pronaf, tanto os causados pela inadimplência, pela burocracia bancária, quanto pela falta de zoneamento agrícola para culturas novas. Ricardo Fernandes Esteves, da Superintendência do Banco do Brasil de Goiás diz que “O Banco do Brasil espera ampliar as parcerias com as empresas, com vistas a agilizar a concessão de Pronaf”. Wilson Hermuth Göttems, presidente da FETAEG, lembrou do empenho da Federação para acompanhar o Programa Nacional de Produção do Biodiesel, Wilson diz: “A Fetaeg está fazendo o possível para o êxito na execução do Programa do Biodiesel em Goiás. É preciso ter em conta que os resultados do PNPB são para médios e longos prazos.Precisamos continuar com iniciativas como essa, de avaliação do Programa”, para que possamos melhorar sempre”. Divino Goulart, secretário de Políticas Agrícolas da FETAEG, junto com os assessores Sérgio Scheffer e Luís Soledade, que tem acompanhado o Programa Nacional de Produção do Biodiesel, buscam junto às empresas e os órgãos públicos, soluções para os problemas enfrentados pela agricultura familiar. Divino sugeriu a criação de um adesivo para carros, destacando a participação dos Agricultores Familiares na produção do Biodiesel, com a seguinte frase: “Biodiesel: uma energia socialmente justa e ambientalmente correta”. Mário Parreira A direção da FETAEG – Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Goiás, fez um encontro de avaliação do Programa Nacional do Biodiesel em Goiás, com a participação das empresa s C aramur u, Granol, Ag renco e Bra sil EcoDie s el. Participaram também representante s d o B a n co d o B r a s i l , d a Superintendência da Agricultura Familiar - Seagro, do MDA/DFA – Delegacia Federal da Agricultura, e Gilmar Katzer da Cooparpa (Cooperativa dos Produtores do Projeto de Assentamento Rio Paraíso) de Jataí. Encontro teve como objetivo fazer uma análise de como está hoje a produção de oleaginosas, utilizada para a produção do Biodiesel, no estado de Goiás e a área plantada para a safra 2007/08. Os trabalhadores, dirigentes sindicais e técnicos das empresas, concluíram que é necessário investir em pesquisas de culturas mais adaptadas às condições de clima e solo de Goiás, Otacílio Teixeira - MDA – fala sobre Biodiesel durante encontro O que é FEBRE AMARELA? - Doença infecciosa febril aguda, causada pelo vírus da febre amarela, arbovírus pertencente ao gênero Flavivirus, família Flaviviridae, transmitida por um mosquito, que possui dois ciclos: silvestre e urbano. Embora os vetores sejam diferentes, o vírus e a evolução da doença são absolutamente iguais. Municípios goianos com registro de casos de epizootias (mortes de macacos por suspeita de febre amarela) 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. Abadia de Goiás Amorinópolis Anápolis Anicuns Aparecida de Goiânia Aragoiânia Barro Alto Bela Vista de Goiás Bom Jardim de Goiás Bonfinópolis Brazabrantes Caiapônia Caldas Novas Caldazinha Campinorte 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. 41. 42. 43. 44. 45. Campo Alegre Castelândia Catalão Cavalcante Ceres Corumbaíba Crixás Cromínia Divinópolis Doverlândia Edéia Faina Fazenda Nova Firminópolis Formosa Gameleira de Goiás Goiânia Goiandira Goianésia Goianira Goiás Guarinos Heitoraí Hidrolândia Inhumas Ipiranga Israelândia Itapirapuã Itapuranga Jaraguá 46. 47. 48. 49. 50. 51. 52. 53. 54. 55. 56. 57. 58. 59. 60. 61. 62. 63. 64. 65. 66. 67. 68. 69. 70. 71. 72. 73. 74. 75. Jataí Jussara Leopoldo de Bulhões Luziânia Matrinchã Mineiros Montes Claros Nerópolis Nova Aurora Novo Brasil Novo Gama Orizona Ouro Verde de Goiás Palestina de Goiás Paraúna Perolândia Petrolina Pilar de Goiás Piracanjuba Piranhas Pirenópolis Pontalina Rio Quente Rio Verde Santa Cruz Santa Isabel Santa Terezinha de Goiás São Francisco de Goiás São Miguel do Passa Quatro Senador Canedo 76. 77. 78. 79. 80. 81. Silvânia Turvelândia Trindade Uruaçu Uruana Vianópolis Como se prevenir da Febre amarela? A única forma de evitar a Febre Amarela é a vacinação contra a doença. A vacina é altamente eficaz.(confere imunidade em 95% a 99% dos vacinados) e está disponível gratuitamente nos postos de saúde em qualquer época do ano. Quem deve receber a vacina? - Toda pessoa nunca vacinada ou vacinada há mais de 10 anos. A idade recomendada para iniciar a vacinação contra febre amarela é aos nove meses de idade, porém em situação de surto, a idade mínima para vacinação é a partir dos seis meses de idade, independente da vacinação ser feita em área urbana ou rural. Fonte – SES-GO JORNAL DA FETAEG 09 Edição nº 56 - Janeiro/2008 460 famílias de trabalhadores rurais em Goiás, começam a realizar o sonho da casa própria; um convênio entre a CAIXA ECONÔMICA FEDERAL e a FETAEG irá possibilitar a construção de habitação rural, através do programa "MORADA NOVA". Os Primeiros trabalhadores e trabalhadoras rurais já assinaram os contratos com a Caixa Econômica, são famílias do município de Caturaí-GO. Segundo Ana Maria Caetano, secretária de política sociais da FETAEG, essa é uma grande conquista para os agricultores familiares. "Nós estamos produzindo alimentos, temos crédito e agora chegou à oportunidade de construir uma casa decente", comemora Ana Maria. Segundo a sindicalista, o programa irá atender 32 municípios goianos, somando mais de R$. 3.680.000,00 (três milhões e seiscentos e oitenta mil reais). Hilda Ferreira da Costa, presidente do STTR de Caturaí, orgulha-se de ser o primeiro município beneficiado com o programa. Durante o ato de assinatura dos contratos com os trabalhadores, Hilda mostrava-se feliz com a conquista. A Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Goiás foi responsável, junto com os Sindicatos de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, pelo levantamento das demandas para a construção das casas na zona rural. O Programa será administrado pela entidade e a Caixa Econômica será encarregada da fiscalização das obras e do pagamento do material de construção. A mãode-obra para será toda em regime de mutirão entre as famílias de trabalhadores rurais . Nesse primeiro momento, 07 (sete) famílias de Caturaí-GO assinam o contrato com a Caixa. Os trabalhadores rurais de Inhumas serão os próximos que assinarão os contratos com a Caixa, informou o presidente do STTR, Adercio Alves Ferreira. Luiz Henrique Parahyba Caixa constrói 460 casas na zona rural em parceria com a Fetaeg Dirigentes e assessores da FETAEG acompanham os beneficiados no projeto MUNICÍPIOS BENEFICIADOS: CATURAÍ, FAZENDA NOVA, INHUMAS, SANCLERLÂNDIA, BURITI DE GOIÁS, MOSSÂMEDES, MOIPORÁ, CACHOEIRA DE GOIÁS, DAMOLÂNDIA, ITAPURANGA, GUARAITA, MORRINHOS, GUAPÓ, CERES, SANTA RITA DO NOVO DESTINO, ITAGUARU, GOIANÉSIA, INHUMAS, RUBIATABA, JATAÍ, APARECIDA DO RIO DOCE,BARRO ALTO, DIORAMA,HEITORAI, IPORÁ, ITAPACI, ITAPIRAPUÃ, IVOLÂNDIA, MONTES CLAROS, NOVA GLÓRIA, ORIZONA, SANTA ISABEL, VARJÃO, Luiz Henrique Parahyba Trabalhadores ocupam fábrica em Jaraguá na luta por salários Trabalhadores retém máquinas na ocupação da Goiamido Durante cinco dias, um grupo de trabalhadores rurais ocupou a sede da Fábrica GOIAMIDO em JaraguáGO, o grupo fez um revezamento no pátio da empresa para garantir o movimento. A manifestação pacífica foi coordenada pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Goiás (FETAEG). A manifestação tenta garantir o pagamento dos salários dos trabalhadores rurais e da indústria, que não recebem desde o mês de outubro de 2007. "O movimento sindical já começa uma discussão para a criação de uma Cooperativa de Produção para gerenciar a empresa", disse José Maria de Lima, vicepresidente da FETAEG. Segundo José Maria, a empresa foi criada em 2005 e anunciou na época um investimento de mais de 27 milhões de reais. "Nós estamos levantando o patrimônio da empresa e já temos garantia de máquinas e uma área de plantação de mandioca, avaliada inicialmente em 10 milhões de reais", informou José Maria da FETAEG. A assessoria jurídica da FETAEG já protocolou na Justiça do Trabalho de Ceres, uma ação pedindo a garantia dos bens da empresa GOIAMIDO para o pagamento dos salários.Wanderley Ribeiro, presidente do STTR de Jaraguá, disse que os trabalhadores estão confiantes que conseguirão receber seus salários atrasados. “Nossa luta é pra vencer”, garantiu Wanderley. A GOIAMIDO tem cerca de 250 empregados da indústria e do campo, todos estão sem receber os vencimentos. Segundo informações do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Jaraguá, a GOIAMIDO está interditada pelo Ministério do Trabalho, por descumprimento das exigências trabalhistas. A empresa é uma extensão no Brasil da multinacional holandesa KAPPE INTERMEDIAIR BV, e que na época da instalação, recebeu incentivos do Governo Estadual através do Produzir, com a proposta processar em torno de 60 mil toneladas/ano de amido de mandioca. 10 Edição nº 56 - Janeiro/2008 JORNAL DA FETAEG Boa educação, boa gestão, bons resultados, geração de riquezas O desempenho do agronegócio brasileiro vai bem Pelo menos neste princípio de ano as perspectivas são as melhores possíveis. Todos sabemos que é ele, o agronegócio, quem vem garantindo, nos últimos anos, o crescimento da economia brasileira. A expansão da agricultura e da pecuária tem superado as expectativas e isso decorre do crescimento das exportações e da redução das importações. Podemos acrescentar, sem medo de errar, que esse crescimento tem tudo a ver com uma melhor eficiência na gestão do processo agropecuário, em outras palavras, os produtores estão se profissionalizando. Segundo Adriana Dias da administradores.com, uma administração eficiente tem sido objetivo entre os produtores rurais de todo o país. A grande maioria das organizações empresariais de atividade rural é considerada de pequeno porte e não tem condições técnicas para gerenciar os custos de suas atividades. Cabe aos profissionais de contabilidade apontar a esses empresários evidências para o melhor caminho contábil a ser aplicado à atividade rural como um instrumento de relevância para seu processo administrativo. Ela diz ainda que o agronegócio, setor de atividade que envolve a agricultura, bem como a industrialização dos mesmos, tem sido palco de muitas transformações nas três últimas décadas. A agricultura tradicional, atividade secular quase sempre isolada e marcada pela auto-suficiência, tem os dias contados, por causa dos avanços tecnológicos e das metodologias utilizadas (insumos, transporte, armazenagem, industrialização, distribuição atacadista e varejista etc.) que culminam numa sistemática de abordagem do setor transformando-o em eixo central de grandes negócios, o agribusiness. As transformações dos complexos agroindustriais, a partir da década de 1970, de produtos como a laranja, a soja, o frango, o suíno, o boi, a cana-deaçúcar, com a criação do pró-álcool, em 1975, reforçou as bases do agronegócio no país, e tantas outras transformações, foram as responsáveis pela implantação do agronegócio forte no Brasil. Dentro deste contexto o Brasil conta com o trabalho que o SENAR, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, vem desenvolvendo em relação à condução do processo instrucional e educativo em nível nacional. O SENAR Goiás é responsável por organizar, administrar e executar, o ensino relativo a FPR Formação Profissional Rural e à PS - Promoção Social, dos trabalhadores e produtores rurais, melhoria de seu desempenho nas ocupações que exercem, a fim de contribuir na profissionalização, integração na sociedade e melhoria da qualidade de vida. FORMAÇÃO PROFISSIONAL RURAL e PROMOÇÃO SOCIAL A FPR, Formação Profissional Rural e a PS, Promoção Social, são processos educativos e democráticos e vincula-se, diretamente, ao mercado de trabalho, à informação e à orientação profissional. Consideram o mundo em permanente processo de mudança e adequar-se ao nível tecnológico da ocupação. Ambas resultam em ganhos para o trabalhador, contemplam conteúdos relativos à saúde e à segurança no trabalho e conteúdos relativos à preservação e à conservação do meio ambiente. Buscam o desenvolvimento do homem, como cidadão e como trabalhador, numa perspectiva de crescimento e de bemestar social. Igualdade de oportunidades, sem distinção de sexo, raça, crença religiosa e convicção filosófica ou política. A FPR e a PS levam em conta as mudanças, de todas as ordens, que ocorrem no mundo contemporâneo. As ações da FPR estão intimamente associadas ao mercado de trabalho, nos seus aspectos de quantidade e qualidade, nas mudanças tecnológicas, econômicas e mercadológicas, visando ao equilíbrio entre a oferta e a demanda da força de trabalho, compreendendo a diversidade das atividades produtivas. A FPR deve buscar, na informação e na orientação profissional, as escolhas ocupacionais condizentes com a realidade do trabalhador e do mercado de trabalho. Devem observar a adequação do nível tecnológico das atividades produtiva, de modo a assegurar a prática profissional, a melhoria do desempenho, a segurança e a saúde no trabalho e a empregabilidade, isto é, o ingresso ou a manutenção do trabalhador no mercado de trabalho. A FPR e a PS proporcionam oportunidades para o exercício de uma ocupação ou de uma atividade produtiva e, conseqüentemente, de obter ganhos sociais e econômicos, quaisquer que sejam as atividades do universo de trabalho do meio rural. Os temas relacionados à saúde e à segurança no trabalho constituirão conteúdos obrigatórios das ações da FPR e das atividades da PS, sendo desenvolvidas de forma integrada, visando ao bem-estar e à proteção pessoal e de terceiros no desempenho da ocupação. Como conteúdo indispensável nas ações da FPR e nas atividades da PS, deverão estar incluídos temas relativos à preservação e à conservação do meio ambiente, proporcionando maior consciência ecológica do trabalhador e de sua família. Essa consciência alavancará a sustentabilidade ambiental, a fim de que ocorra a satisfação das necessidades presentes do trabalhador rural e de sua família, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades. No ano passado, SENAR Goiás, realizou 3.648 eventos de FPR e 1.490 eventos de PS com participação de 55.935 pessoas. Em relação ao ano de 2006 o número de participantes cresceu 25%. E em relação a 2005 o crescimento foi de 29%. Edição nº 56 - Fevereiro/2008 11 Fotos: Antonio Pereira JORNAL DA FETAEG Desde 1998 o trabalhador rural Joel Alves Santos, é mais um entre os milhares que lutam pela terra para trabalhar. O seu sonho é obter uma terra para trabalhar e produzir. Mas Joel é um homem de coragem e disposição; um dia encontrou um anúncio de um curso do SENAR. Fez umas três modalidades, mas especializou-se em CERCA E L É T R I C A RU R A L . “ S o u curioso em eletrônica e aproveitei minha ousadia e fiz o curso, hoje tenho a minha pequena oficina, que atendo os companheiros que já estão assentado na região", diz com orgulho Joel. Ele montou uma pequena estrutura na cidade, para desenvolver seu trabalho, e nesses deslocamentos para o campo, conhece sempre alguém que precisa dos seus serviços para instalação e manutenção de cercas elétricas na região. Assim, com uma boa clientela, Joel Alves, sustenta sua família, enquanto luta pela conquista da tão sonhada terra. “O que o SENAR proporcionou na minha vida, eu fico muito feliz, pois tenho meu ganha-pão”, diz emocionado o trabalhador rural. Luiz Henrique Parahyba CURSO MELHORA DE TRABALHADOR RURAL Joel mostra sua oficina e seu diploma do Senar, com orgulho 12 Edição nº 56 - Fevereiro/2008 JORNAL DA FETAEG Fotos: Luiz Henrique Parahyba Luta e organização, são as marcas dos trabalhadores do “Joaquim D'Eça” no norte goiano Diretores da Associação O sugestivo nome de “Sitio Paraíso” traduz a alegria de Milton Feitosa Quixabeira, que é préassentado no lote 108, no Projeto “Joaquim D'Eça, município de Bonópolis, no norte do estado. Milton tem suas vacas produzindo leite e já fez um contrato com uma empresa paulista, para plantação e produção de gergelim. “Eu estou confiante que será um bom negócio”. A história de Milton Quixabeira é o resultado de uma grande organização de mais de 120 trabalhadores l o c ai s , f ili ado s ao ST TR de Porangatu, que ficaram acampados durante três anos e hoje conquistaram a terra. Segundo Valdivino Gonçalves dos Santos, presidente da A ss o c i aç ão Comunit ár i a do s Agricultores do Assentamento “Joaquim D'Eça”, antes de consolidar o Projeto, eles se organizaram e construíram a cerca de todos os lotes, utilizando mais de 550 rolos de arames para o trabalho. No sorteio das parcelas, no ano de 2007, os lotes já estavam devidamente cercados, informa Valdivino. Arroz, milho, leite e agora a possibilidade de produção de gergelim, tem deixado os trabalhadores do “Joaquim D'Eça”, numa grande expectativa de consolidação do PROJETO DE ASSENTAMENTO. Quem plantou, já vê o resultado do trabalho. Maria Aparecida, artísta plástica Maria Aparecida Queiroz, mostra com orgulho sua segunda atividade, além de trabalhadora rural: artista plástica. Aparecida diz que aprendeu sozinha a técnica da pintura. E apresenta sua arte aos colegas do assentamento. Ela pintou a realidade do local, na entrada principal da sede da associação. “Tenho vontade de aprender mais”, diz Maria Aparecida. Os trabalhadores do “Joaquim D'Eça”, já adquiriram um resfriador de leite e fornecem o produto para um grande laticínio. Valdivino Gonçalves, garante que um dos segredos da organização e união dos trabalhadores é basicamente ser transparente nos negócios da associação. “Prestamos contas periodicamente e temos a confiança dos companheiros e companheiras”, afirma Valdivino. Sandra Pereira, secretária de política agrária da FETAEG, visitou os trabalhadores recentemente, e ficou orgulhosa de vê o crescimento da organização e produção local. “É importante as nossas organizações sindicais, porque o resultado sempre é pró o trabalhador”, destaca Sandra. “ Isso tudo não poderia ser realizado, sem a participação efetiva do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Porangatu e também da associação comunitária local”, destaca a dirigente da FETAEG. Sandra elogia a organização dos trabalhadores Milho, uma aposta importante PRÉ-ASSENTAMENTO “JOAQUIM D'EÇA”, 14km distante de BONÓPOLIS-GO, 120 famílias moram no local, com lotes média 37 hectares. Informações sobre GERGELIM – www.sesamoreal.com.br