1. AS DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS GERAIS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA E OS PRINCIPIOS DA EDUCAÇÃO LASSALISTA - INTRODUÇÃO ...............................................................3 2. ORIGEM HISTÓRICA, NATUREZA E CONTEXTO DA INSTITUIÇÃO EDUCACIONAL ..............5 3. JUSTIFICATIVA ...............................................................................................................................9 4. FUNDAMENTOS NORTEADORES DA PRÁTICA EDUCATIVA................................................. 11 5. MISSÃO E OBJETIVOS INSTITUCIONAIS ................................................................................. 13 6. ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA DA EDUCAÇÃO E DO ENSINO OFERECIDO ....................... 14 7. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR E RESPECTIVAS MATRIZES ................................................. 17 9. PROCESSOS DE ACOMPANHAMENTO, CONTROLE E AVALIAÇÃO DO ENSINO E DA APRENDIZAGEM .................................................................................................................................. 40 10. PROCESSO DE AVALIAÇÃO DA INSTITUIÇÃO EDUCACIONAL COM VISTA À MELHORIA DA EDUCAÇÃO .................................................................................................................................... 43 11. ESTRATÉGIAS PARA IMPLEMENTAÇÃO: RECURSOS FÍSICOS, DIDÁTICO- METODOLÓGICOS, PESSOAL DOCENTE E DE APOIO. .................................................................. 44 12. GESTÃO ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA ...................................................................... 54 APRESENTAÇÃO Esta é a Proposta Pedagógica da Escola La Salle de Águas Claras, em sua versão 2013. Ela se norteia pelos princípios de educação humana e cristã da filosofia e pedagogia de São João Batista de La Salle, o Padroeiro Universal dos Educadores e na observação das Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica e as demais normas específicas relativas às etapas oferecidas pela Instituição educacional. A Proposta Pedagógica é a fonte inspiradora de toda a vida escolar. Portanto, nela se baseiam os planos de unidade e de aula, as metodologias, os instrumentos de avaliação, os procedimentos a serem exigidos e as atitudes e valores dos quais devem estar embebido o currículo. Cada um dos integrantes da comunidade educativa é um ator do processo ensino aprendizagem. Aquisição de conhecimentos, internalização de valores, formação de atitudes e de comportamento coerentes com os valores, constituem um complexo de ideais a ser buscado por cada um em particular e por todos como conjunto sistêmico de agentes educativos. “A Proposta produz seus efeitos na medida em que provoca em cada um a adequada resposta.” Águas Claras-DF, 17 de Dezembro de 2013. Irmão Valdemiro Titton Diretor 2 1. AS DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS GERAIS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA E OS PRINCIPIOS DA EDUCAÇÃO LASSALISTA INTRODUÇÃO Com base nas Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica pode ser observado de maneira sistemática como a aprendizagem ganha nova força, sendo, portanto substituída a idéia da didática do ensino-aprendizagem pela didática do aprender a aprender. Tais documentos se fundamentam na perspectiva da construção do conhecimento e traz à tona um novo foco: a importância da atividade mental construtiva nos processos de aquisição do saberes acadêmicos. Desta forma, nesta proposta a aprendizagem não é vista como algo externo ao indivíduo ou exclusivamente interno, mas como algo que se constrói a partir de referências históricas e sociais, interferindo neste processo fatores culturais e psicológicos. Os componentes curriculares tradicionais (objetivo, conteúdo, metodologia, avaliação) são estruturados com base nas experiências educacionais de todo o país e das atuais pesquisas científicas na área. A base deste processo é a “integração curricular”. Os objetivos que definem capacidades e os conteúdos que estão a serviço destas capacidades formam uma unidade e são trabalhados no intuito de permitir que os alunos adquiram competências e habilidades. Os temas sociais (ética, saúde, meio ambiente, orientação sexual e pluralidade cultural) são tratados de forma transversal, perpassando, o conteúdo em todas as etapas de ensino. Os conteúdos são considerados como meio para o desenvolvimento amplo do aluno. A avaliação é o elemento favorecedor da melhoria e da qualidade da aprendizagem e diz respeito ao aluno, mas também ao professor e ao sistema escolar. Além destes princípios, esta proposta tem como intuito: a. proporcionar aos profissionais da escola uma visão globalizada e integrada do ensino na instituição, sem a fragmentação em cada um dos níveis de ensino; b. alertar para a importância de uma prática pedagógica intercomponentes curricularesr, capaz de superar a compartimentalização dos componentes curriculares; 3 c. suscitar a discussão de caráter teórico-metodológico, revitalizadora da prática educativa, na linha de integração entre a teoria e a prática; d. estabelecer uma linguagem comum entre os agentes educativos, de forma a eliminar a dubiedade de interpretação e favorecer o trabalho pedagógico; e. indicar referenciais teóricos pedagógicos para que haja efetiva integração entre teoria e prática; f. oferecer parâmetros para que os professores elaborem os projetos de trabalho, em consonância com as diretrizes curriculares estabelecidas pela escola. Todavia, no currículo desta escola, além das referências conceituais e legais , são observados os princípios básicos da educação lassalista de formação integral do ser humano que busca: “desenvolver suas quatro relações fundamentais, que lhe facilitam construir a felicidade para si e para os outros e uma sociedade justa, solidária,fraterna e de paz, que são as seguintes: relação consigo mesmo; relação com os outros; relação com a natureza; relação com Deus” (Província Lassalista de São Paulo, 2002, p. 16). Nesta escola o Currículo é um conjunto integrado - formado pelos conteúdos, procedimentos educativos e instrucionais explícitos e ocultos, pelas expectativas e relações institucionais e humanas idealizadas como valores - a ser efetivado no processo escolar. Esta conceituação fundamenta-se numa concepção de educação que consiste numa ação integrada de conhecer, provocar e acompanhar o ser humano no processo de seu crescimento em direção à maturidade, no nível físico, psíquico e espiritual e em sua dimensão cognitiva, afetiva e comportamental. O conceito implica necessariamente a compreensão do ser humano impugnado de forças e fraquezas poderosas tanto explícitas como ocultas. A ação integrada pressupõe, uma compreensão a mais unitária possível dos conceitos, valores e métodos por parte dos agentes educativos. Acrescente-se a convergência das compreensões e práticas em direção ao ideal institucional. Estes dois elementos - sintonia e convergência - são como dados indispensáveis à eficácia da ação educativa. 4 Esta concepção de educação ressalta, portanto, o papel social dos educadores que é o de proporcionar a formação plena do educando nos níveis e dimensões citados e sempre atentos a sua realidade sócio-histórica e cultural. Daí a necessidade de trabalhar coletivamente e de forma integrada de tal modo que o aluno seja efetivamente o centro da reflexão e da ação político-pedagógica de todos os agentes educativos. É meta também desta instituição que todos os seus professores e demais agentes educativos tenham conhecimentos claros a respeito do desenvolvimento natural e dos processos de aprendizagem da criança e do adolescente, a fim de se adequarem aos métodos a serem utilizados, aos anseios dos alunos e às suas possibilidades reais de compreensão dos fenômenos humanos e ecológicos e de construção de conhecimentos, valores e atitudes. Assim organizado, espera-se que o Currículo da Escola La Salle, seja entendido como um documento vivo que possa retratar o cotidiano da escola, e não mais um mero exercício de funções burocráticas desvinculadas da realidade. Que possa viabilizar os princípios expressos na LDB 9.394/96, de igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, de liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento a arte e o saber, do respeito à liberdade e apreço à tolerância, da valorização do profissional da educação escolar e da garantia do padrão de qualidade (LDB 9394/96 – Art. 3º). 2. ORIGEM HISTÓRICA, NATUREZA E CONTEXTO DA INSTITUIÇÃO EDUCACIONAL São João Batista De La Salle Primogênito de uma família rica, João Batista de La Salle nasceu em Reims no dia 30 de abril de 1651 e faleceu em Ruão, a 7 de abril de 1719. Seu pai, Luís de La Salle, era Conselheiro de Luís XIV para a região de Reims, e sua mãe Nicolle Moët de Brouillet, filha de nobres. O casal, com onze filhos, formava uma família de intensa vida cristã. Aos 11 anos João Batista manifestara seu interesse em ser sacerdote e entrou no seminário. Aos 15 anos já integrava o Grupo de Cônegos da catedral de Reims. Seguiu seus estudos de Filosofia e Teologia em Reims e em Paris. Aos 21 anos perdeu o pai e a mãe e assumiu a responsabilidade por seus irmãos, irmãs e 5 pela casa. Continuou, porém, o caminho de sua vocação, tendo sido ordenado sacerdote aos 27 anos de idade. Em 1678, logo depois de sua ordenação sacerdotal, La Salle assume a orientação da Congregação Religiosa das Irmãs do Menino Jesus. Na Escola das Irmãs, La Salle conhece o professor Adriano Nyel, vindo de Ruão, para estabelecer, em Reims, escolas para meninos pobres. A primeira escola foi aberta no dia 15 de abril de 1679. Em 1680, percebendo as improvisações de Nyel, La Salle assume a coordenação das pequenas escolas fundadas e passa a dar-lhes uma pedagogia própria. O sucesso aparece logo e mais escolas são fundadas. No dia 14 de junho de 1682, ele deixa sua família, vai morar com os professores e começa a ajudá-los na formação de uma associação educativa. La Salle abdicou de todas as suas riquezas e dedicou o restante da sua vida a consolidar o Instituto nos campos espiritual, pedagógico, organizativo e administrativo. Em 1719 La Salle faleceu com fama de santidade e em 1900, foi proclamado santo, pelo Papa Leão XIII. Em 1950, o Papa Pio XII o proclamou PATRONO UNIVERSAL DOS EDUCADORES CRISTÃOS HOMENS E MULHERES. La Salle no Brasil A História das Escolas Lassalistas no Brasil, começa com a chegada a Porto Alegre-RS, em 1907, de um grupo de Irmãos provindos da França e da Bélgica. Iniciaram logo o seu trabalho, criando e orientando escolas e educadores e recrutando possíveis candidatos à vivência do ideal de São João Batista de La Salle. Por muitos anos os Irmãos Lassalistas se limitaram ao Rio Grande do Sul. Hoje mantém obras em Santa Catarina, Amazonas, Paraná, Pará, Maranhão, Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Tocantins. Em 1959, um grupo de Irmãos chegou a Brasília e se estabeleceu na cidade livre, o Núcleo Bandeirante. Fundaram o Instituto Agrícola La Salle, no Park Way e assumiram o Ginásio Brasília, no Plano Piloto, hoje Colégio La Salle. A 19 de fevereiro de 1962, o mesmo grupo fundou o Colégio La Salle do Plano Piloto, iniciando o ano letivo em 08 de março de 1962. Em 1975 o mesmo passou a denominar-se Centro Educacional de La Salle. Histórico da Escola La Salle Fundado em 18 de julho de 1963, o Instituto Agrícola La Salle (IALS), situado no Park Way, foi sempre mantido pela Associação Brasileira de Educadores Lassalistas, também identificada pela sigla ABEL, 6 “uma sociedade civil, religiosa, filantrópica, educacional, e de assistência social, sem fins lucrativos (...), tem sede, estabelecimento matriz e foro na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo (...), tem por finalidade criar, congregar, dirigir e manter estabelecimentos, obras e atividades que visem à evangelização, à educação, à cultura, ao ensino, à assistência social, à beneficência, à promoção humana e à defesa dos direitos da criança e do adolescente. A Instituição educacional, atualmente denominada Escola La Salle, foi criada com o nome de Instituto Agrícola La Salle, oferecendo moradia, alimentação, vestuário, recreação, atendimento médico, odontológico, educação dentro da filosofia cristã, em nível de 1º grau com a iniciação para o trabalho. Em 1967, a mantenedora firmou convênio de comodato com a Fundação Educacional do Distrito Federal devido um sensível aumento da população escolar motivado pelo processo de invasões verificado nesta região. Assim, como a sua mantenedora, o Instituto Agrícola La Salle viabilizou e concretizou programas e atividades que visavam defender os direitos acima citados através de atividades tais como: a. Ensino gratuito para, aproximadamente oitocentos alunos da comunidade atendendo desde a pré-escola até a 8ª série, através do convênio de comodato com a Fundação Educacional do Distrito Federal (FEDF). Esta unidade escolar ficou denominada Centro de Ensino La Salle. Desde então, o corpo administrativo, técnico e docente do estabelecimento eram pertencentes aos quadros da FEDF, bem como era de sua responsabilidade a totalidade do projeto pedagógico. Acrescente-se que toda proposta curricular, desde a pré-escola até a 8ª série foi adotada pela FEDF e aprovada para a Rede Oficial de Ensino do DF. b. Abrigo para cerca de setenta crianças e adolescentes do sexo masculino, de sete a dezoito anos, em situação de risco pessoal ou social. c. Fornecimento de alimentação e vestuário; desenvolvimento de atividades culturais: teatro, aula de violão, coral; orientação e formação cristã e humana; atividades de lazer e recreação; trabalhos agrícolas voltados para a produção de hortifrutigranjeiros para o consumo interno; atendimento médico, odontológico e psicológico. d. Aperfeiçoamento profissional e preparação para mercado de trabalho, através de atividades de seleção de papel, prestação de serviço nas 7 funções de mensageiro e engraxate nas agências da Caixa Econômica Federal. A ABEL solicitou a FEDF a devolução do prédio escolar do Centro de Ensino La Salle em vista de projeto de instalação de unidade escolar própria no ano 2000. Atendida a solicitação, procedeu ao longo do ano de 1998 a reforma do espaço físico e a elaboração dos projetos necessários. Em dezembro deste mesmo ano houve término do termo de comodato com a FEDF referente ao Centro de Ensino La Salle sendo este fechado nas dependências do IALS e se iniciaram os trâmites legais para o funcionamento, a partir de então, da escola particular. Durante o ano de 1999 os alunos internos continuaram normalmente as suas atividades escolares estudando no Centro de Ensino 11 do Guará “Escola de Lata” onde foi encaminhada toda a documentação escolar dos alunos do antigo Centro de Ensino La Salle. Em dezembro de 1999 foram encerradas as atividades do semiinternato, após viabilizar a reinsersão das crianças e adolescentes atendidos nas suas famílias. A Escola La Salle iniciou suas atividades em outubro de 1999, sendo abertas as matrículas em 03 de novembro daquele ano em conformidade com a portaria Nº 100 de 26/03/2001 SEDF (DODF 27/03/2001) . De 1º a 04 de fevereiro de 2000 aconteceu a primeira Semana Pedagógica, um marco na busca da construção do referencial teórico que viria a sustentar a proposta educacional do grupo. No dia 07 de fevereiro iniciou-se o semestre letivo contando com um número de sessenta e uma crianças matriculadas nas suas cinco turmas: Educação Infantil e Ensino Fundamental de 1ª a 4ª série. Nos dois anos subseqüentes o número de alunos dobrou chegando em 2002 com 250 matrículas em regime de período integral. No ano de 2003 a escola abriu o período parcial opcional, dando continuidade em 2004. Um aumento significativo de alunos foi registrado nos dois últimos anos, sendo que algumas turmas completaram suas vagas antes do início das aulas. Assim, a Escola La Salle construiu ao longo dos anos de atuação junto à comunidade de Águas Claras uma identidade de instituição dedicada à formação de qualidade da criança e do adolescente, sempre em função das características do meio social e da clientela, em consonância com o respeito à construção do 8 conhecimento e a didática de aprender a aprender e, acima de tudo, levando a todos a formação humana e cristã. Após cinco anos de trabalho educacional nos segmentos da Educação Infantil e Ensino Fundamental, a Escola La Salle resolveu ampliar a sua Proposta Pedagógica oferecendo também o Ensino Médio. Para tal, realizou, desde maio de 2003, diversos encontros pedagógicos com professores e equipe técnica, no intuito de discutir e elaborar esta proposta que privilegia a formação de um aluno participativo, crítico, autônomo, possuidor de uma atitude dinâmica e investigadora e com capacidade para obter e selecionar informações de maneira eficaz. Atos constitutivos da Escola La Salle: - Ordem de Serviço Nº 63/99 – DIE/SE – 12/11/99; - Portaria N 136 de 23/07/1999 – Processo Nº 030,004.344/99; - Parecer nº 26/2001 CEDF; - Portaria Nº 100 de 26/03/2001 SEDF (DODF 27/03/2001); - Ordem de Serviço Nº 053 (DODF 09/04/2001); - Parecer nº 126/2002 CEDF; - Portaria Nº 310 de 17/07/2002 SEDF (DODF 22/07/2002); - Portaria Nº 268 de 01/08/2007 - SEDF - Ordem de Serviço Nº 182 de 22/11/2004 (DODF 23/11/2004); - Ordem de Serviço Nº 29 de 18/02/2005 (DODF 24/02/2005); - Parecer Nº 45/2005 – CEDF; - Portaria nº 72 DE 17/03/2005 SEDF –(DODF 18/03/2005); - Portaria Nº 164 de 29/07/2008 SEDF – conforme resolução 1/2005 artigo 81 - Parágrafo 2º - CEDF (DODF 30/07/2008); - Portaria Nº 27 de 16/01/2009 SEDF - Parecer 263/2008 de 14/10/2008; - Portaria Nº 356 de 04/09/2009; - Portaria Nº 192 de 04/12/2012 – Proposta pedagógica; - Ordem de serviço nº 07 de 31/01/2013 – Regimento Escolar. 3. JUSTIFICATIVA A presença da Escola La Salle na cidade de Águas Claras justifica-se pelo fato desta comunidade ser hoje um complexo residencial e comercial em franco 9 desenvolvimento, mas com grande carência de escolas. Como a ABEL tem como finalidade central oferecer oportunidade de educação à infância e à juventude onde quer que haja necessidade dela, decidiu-se implantar a escola para atender a demanda da população emergente na nova cidade, a princípio na Educação Infantil e Ensino Fundamental e agora no Ensino Médio. A Escola La Salle de Águas Claras é fruto de um longo processo de estudo sobre o significado da escola em período integral. Neste processo de estudo foi observado que durante muito tempo, o conhecimento humano foi único; as pessoas, ao serem educadas, atingiam uma visão global e interrelacionada. Nos tempos atuais, da especialização, é comum ter-se uma visão limitada. As profundas transformações deste final de século trazem no seu movimento globalizador diversas e novas necessidades em todas as áreas de atuação. A educação não poderia estar fora dessa perspectiva, sob pena de estagnar-se, de permanecer a reboque de seu tempo, deixando de cumprir a sua função social. As novas gerações devem ter a garantia de acesso democrático ao conhecimento, utilizando-se dos recursos disponíveis em todas as áreas. O prolongamento da permanência do aluno na escola é importante neste processo. A experiência internacional sugere que não há como atender a todas as demandas contemporâneas na escola de turno único. A Escola La Salle procurará ajudar seu aluno a desenvolver-se como pessoa que pense, que decida, que crie, que respeite, que estude, que pergunte, que descubra e resolva problemas, que responda, que tenha uma visão global de mundo. E que, neste processo, aprenda a servir-se tanto de seus recursos personalógicos como daqueles do seu ambiente. Todo este conjunto de competências estará inserido na nova estruturação curricular. Procuramos, por meio de temas abrangentes, mostrar como cada atividade escolar se relaciona com a outra e como esta visão do todo ajuda a compreender melhor o mundo e a nós mesmos. Cada atividade proposta no quadro curricular integra-se ao mesmo projeto, buscando assim a superação da fragmentação do conhecimento e do ser humano. A escola em período integral não é, pois, uma forma de auxiliar a família ocupada a despreocupar-se das atividades diária das suas crianças, ao contrário é um espaço aberto à ampla oportunidade de desenvolvimento do indivíduo integral. Portanto, mais do que atender apenas a uma conveniência da vida familiar, essa é 10 certamente uma contribuição importante para o aperfeiçoamento do trabalho da escola em benefício do aluno. Além dos componentes curriculares obrigatórios, uma ampla gama de atividades integram e enriquecem a vida curricular dos alunos de todos os níveis de ensino. Assim os cursos de informática, inglês, arte e teatro; as aulas de educação física e de ensino religioso; o reforço escolar e a complementação pedagógica são objeto de acompanhamento sistemático e de avaliação. A interpretação da Lei 9394/96, no que se refere ao Ensino Médio, considerando o conjunto das disposições aprovadas, indica a necessidade de se construir novas alternativas de organização curricular. Com elas procura-se superar os paradigmas organizacionais predominantes no cenário educacional de forma que sejam comprometidas, de um lado, com o novo significado do trabalho no contexto da globalização e, de outro, com o sujeito ativo, a pessoa humana que se apropriará dos conhecimentos para aprimorar-se como tal, no mundo do trabalho, na prática social e no compromisso com a cidadania. 4. FUNDAMENTOS NORTEADORES DA PRÁTICA EDUCATIVA Todo processo educativo preconizado pela Escola La Salle, orienta-se pela visão cristã do ser humano. Nesta pedagogia o centro do processo educativo é a pessoa em sua totalidade, visando a liberdade do indivíduo de acordo com os fundamentos do Evangelho. A Educação Lassalista procura inovar-se constantemente e capacitar seus alunos, professores e demais funcionários para a mudança de postura, buscando formar seres críticos e conscientes dos seus papéis na construção de um mundo mais humano e solidário. Segundo São João Batista de La Salle a valorização e a dignificação do Educador é uma conquista constante e um dos aspectos prioritários para a qualidade do ensino e da educação. As Escolas La Salle buscam a síntese entre Fé, Cultura e Vida e estão abertas às comunidades procurando sempre manter bom relacionamento com todos, formando unidades familiares e fraternas, pois acreditam que o desenvolvimento da afetividade é elemento importante na relação educativa. 11 A Escola La Salle se propõe a formar indivíduos conscientes, capazes de dimensionar e redimensionar seus conhecimentos, utilizando-se de sua capacidade intelectual e de liderança, e contribuir para o bem comum, através de sua participação crítica, criatividade e ética, no sentido da procura dinâmica de integração da pessoa humana nos níveis físicos, psíquico e espiritual, orientados pelos princípios da fé cristã. Toda prática educativa orientar-se-á em fundamentos ético-políticos, epistemológico e didáticos-pedagógicos. Fundamentos Éticos, políticos e filosóficos a. Buscar sempre a integridade, honestidade, justiça, verdade, diálogo e parceria. O respeito à liberdade do ser humano é também um dos princípios da instituição. Construir um mundo melhor por meio dos ensinamentos de Jesus Cristo, pois, através da sua palavra conduz a vida para a liberdade. b. Fortalecer a consciência de uma missão a cumprir, no intuito de aperfeiçoar-se, atualizar-se, agir de forma planejada, com responsabilidade, organização e objetividade, e superar interesses pessoais em função do bem comum que é a realização da missão educativa. c. Atuar de forma autônoma e consciente, assumindo integralmente os resultados e conseqüências das ações realizadas. d. Valorizar a construção coletiva, gerando sinergia, por meio do envolvimento, integração, colaboração e solidariedade entre pessoas e equipes. e. Agir com imparcialidade, de forma coerente com os valores assumidos. Fundamentos Epistemológicos a. Adotar a teoria sócio-construtivista, que tem como característica principal considerar os alunos como seres ativos e de os professores realmente se ocuparem de ensinar-lhes a construir conhecimentos. 12 b. Analisar situações educativas como ferramenta útil, para tomar decisões inteligentes inerentes ao planejamento, aplicação e avaliação do ensino num processo dinâmico e transformador voltado para a formação de pessoas críticas questionadoras e atuantes. c. Permitir a construção do conhecimento como resultado da ação do sujeito que na medida em que age sobre o objeto a ser conhecido, transforma-o e é simultaneamente transformado por ele. Fundamentos Didático-pedagógicos a. Organizar os currículos escolares de modo a possibilitar uma integração entre os componentes curriculares, permitindo a construção daquela compreensão mais abrangente do saber historicamente produzido pela humanidade. b. Superar barreiras conceituais, construídas pelos professores, para compreender a relação de sua própria especialidade com as demais áreas do saber. 5. MISSÃO E OBJETIVOS INSTITUCIONAIS A Escola La Salle tem como missão tornar-se centro de referência e excelência em educação e tem com seu aluno o compromisso de auxiliá-lo no processo de construção do conhecimento através da didática do aprender a aprender, na formação do ser humano cristão, dotado de valores éticos, tornando-o cidadão capaz de acreditar no seu potencial, de intervir na realidade que o cerca e de colaborar na construção da Civilização do Amor. E como objetivos institucionais: a. promover a educação, a evangelização, a cultura, o ensino, a assistência social, a beneficência, a promoção humana e a defesa dos direitos da criança e do adolescente (cf. Estatuto Social da ABEL, art. 2º); b. formar bons cidadãos e bons cristãos, através da aquisição de conhecimentos da ciência, da técnica e da religião, do desenvolvimento de valores naturais, morais e religiosos e da formação de atitudes coerentes com estes valores, visando à construção de uma sociedade justa e fraterna; 13 c. consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando aos seus alunos o prosseguimento de estudos; d. manter a preparação básica dos seus alunos para o mundo do trabalho e a cidadania; e. propiciar aos alunos formação ética, desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico; f. manter uma didática que propicie aos alunos a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada componente curricular. 6. ORGANIZAÇÃO OFERECIDO PEDAGÓGICA DA EDUCAÇÃO E DO ENSINO Educação Básica compreendendo: - Educação Infantil: Creche: I – crianças de 2(dois) anos de idade completos ou a completar até 31 de março do ano de ingresso. Creche: II – crianças de 3(três) anos de idade completos ou a completar até 31 de março do ano de ingresso. Pré-Escola I - crianças de 4 (quatro) anos de idade completos ou a completar até 31 de março do ano de ingresso. Pré-Escola II - crianças de 5(cinco) anos de idade completos ou a completar até 31 de março do ano de ingresso. - Ensino Fundamental, de 1º ao 9º ano com 09 (nove) anos consecutivos, em implantação gradual. 14 CSA – Ciclo Sequencial de Alfabetização A escola adota o Ciclo Sequencial de Alfabetização - CSA, composto pelos três anos iniciais do ensino fundamental, compreendendo, no mínimo, 600 dias letivos e carga horária mínima de 2400horas. 1° O ciclo Sequencial de Alfabetização - CSA, sem reprovação do estudante, visa à oferta de amplas e variadas oportunidades de sistematização e aprofundamento da aprendizagem básica, imprescindíveis para o prosseguimento dos estudos. 2° No Ciclo Sequencial de Alfabetização - CSA, o agrupamento de crianças de seis, sete e oito anos deve respeitar, a faixa etária, considerando as diferenças individuais e de desenvolvimento, não havendo assim, retenção do 1° ano para o 2° ano e deste para o 3° ano. 3° Ao final do 3° ano do Ciclo Sequencial de Alfabetização – CSA, o aluno que obtiver a frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) , computados os exercícios domiciliares amparados por lei, mas não alcançar as condições necessárias para cursar o 4° ano do ensino fundamental, poderá ficar retido no 3° ano do Ciclo de referência. - Ensino Médio em 03 (três) anos consecutivos. Na segunda etapa da Educação Básica, o Ensino Fundamental está organizado em 9 (nove) anos de duração, com carga horária mínima de 800 hora. A matrícula inicial no Ensino Fundamental se dá aos 6(seis) anos completos de idade ou a completar, até 31 de março do ano de ingresso. A Escola La Salle funciona em dois regimes de trabalho: período integral e período parcial, sendo este último oferecido no matutino ou no vespertino. Os períodos parciais estão organizados de forma a garantir o total cumprimento da Base Nacional Comum e dos componentes curriculares da Parte Diversificada especificamente Língua Estrangeira, para o Ensino Fundamental e Língua Estrangeira no Ensino Médio, de interesse e necessidade da comunidade local. A escola em tempo integral caracteriza-se por oferecimento de atividades extras curriculares para alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, sendo que todas as atividades desenvolvidas constituem-se em meio ao processo educativo. Por isso, oferece no tempo ampliado atividades permanentes de um currículo de duplo foco, simultâneo, de mesma intensidade e convergente: o foco do conteúdo e o foco do existencial. Com efeito, todas as atividades dos alunos, também as da parte diversificada, integram o currículo e são, por isto, objeto de avaliação, de 15 acompanhamento e de registro nas avaliações curriculares, contemplando o seu processo, as atitudes e a intelecção. Implica também a compreensão de que o ensino ocorre em situação de aula, que pode acontecer em qualquer lugar da escola. O processo educativo, porém, é efetivado pelo ambiente escolar, que inclui o ambiente físico, as relações humanas, os valores defendidos e vividos pelo educador, a ambientação, os procedimentos didático-pedagógicos, o método. Além do mais, a educação, é hoje desafiada a olhar para a rapidez na geração de novos conhecimentos e no surgimento de problemas inéditos nas mais variadas áreas das ciências e para as mudanças na compreensão do mundo. Tudo isto está a exigir a preparação das novas gerações para aprender a lidar com problemas, o que implica ultrapassar a concepção de educação que se resume em repassar conhecimentos já adquiridos, e passar a priorizar a produção do conhecimento, a preparação do aluno para lidar com problemas, a criação de melhores condições para desenvolver o pensamento criativo e cultivar a imaginação e a fantasia. Neste contexto, a escola em tempo integral quer ser o espaço onde o aluno encontra tempo e oportunidade de criar perguntas, identificar congruências e incongruências, buscar respostas e entender o que se passa no seu mundo de perto e de longe, sem satisfazer-se em apenas preparar-se para provas ou passar em concursos. A apatia muitas vezes constatada entre os alunos pode ser o resultado de uma dissintonia entre o centro de interesse do professor (o resultado) e o do aluno (o processo). O aluno não está pensando no resultado, não consegue visualizá-lo e acaba por desligar-se do que é o interesse central do professor. Assim o resultado, por falta de caminho andado, ou não acontece, ou perde as bases ou, quando aparece, já não serve a nada. A presente Proposta Pedagógica quer manter o processo como fonte geradora do conhecimento, destituindo assim o imediatismo e evitando a apatia. Divisão dos alunos nas turmas As turmas são organizadas pela coordenação, orientação educacional e pelos professores da escola. Possíveis mudanças ocorrem quando é constatada necessidade de melhor adaptação do aluno. As classes contêm o número máximo de alunos previsto em lei. Sempre que possível e necessário podem ser organizadas classes ou turmas com alunos de níveis de ensino distintos, de acordo com o grau de conhecimento 16 prévio do conteúdo dos componentes curriculares para o ensino de Língua Estrangeira e Educação Física. Para as aulas práticas, em laboratórios ou outras, as classes são divididas em turmas que atendam às peculiaridades dos componentes curriculares e aos recursos físicos do estabelecimento. 7. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR E RESPECTIVAS MATRIZES A abordagem pedagógica seguida pela Escola La Salle privilegia a construção de conceitos pelos alunos. A base deste processo é a “integração curricular”. Os objetivos que definem capacidades e os conteúdos que estão a serviço destas capacidades formam uma unidade, buscando o princípio da totalidade do conhecimento de forma sistematizada. Deste princípio resulta a seguinte estrutura curricular, em conformidade com as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica, para cada etapa. Esta proposta curricular não define conteúdos curriculares fechados, antes propõe posturas e caminhos metodológicos, assumindo a formação cristã e a do cidadão como eixos norteadores da sua organização curricular. Vencer os conteúdos programados não é o primeiro objetivo, pois a maior preocupação é atuar na formação do indivíduo, no processo de recriação do seu “ser gente”, na ampliação dos conhecimentos, na capacidade de resolver problemas e na formação de valores humanos como solidariedade, participação, justiça, enfim, na construção de um cidadão desejoso e em condições de assumir a vida, com seus desafios e surpresas. Porém, entendemos que os conteúdos a serem ministrados são de vital importância na formação deste indivíduo-cidadão competente, que está inserido num mundo de informações e que precisa antes de tudo saber o que realmente fazer com elas e como servir-se dos conteúdos para melhorar a qualidade da vida. Por isto, propomos no nosso currículo observar os aspectos a seguir, em cada uma das disciplinas para a Educação Infantil: Língua Portuguesa – O início do processo de aprendizagem da Língua Portuguesa é um dos elementos mais importantes para que a criança amplie suas possibilidades de inserção nas práticas sociais. O contato com a linguagem oral e escrita deve ser permanentemente incentivado por meio de dramatizações, músicas, etc. 17 Assim, ao promover experiências significativas de aprendizagem da língua, a Educação Infantil se constitui em um espaço de ampliação das capacidades de comunicação e expressão e de acesso ao mundo letrado das crianças. Com isso e tomando como base o fato de que o ponto de partida de aquisição de conhecimentos do ser humano reside na boca, alicerçamos nosso processo de alfabetização nos princípios do Método Fonovisuoarticulatório, apelidado carinhosamente de Método das Boquinhas. Este método possui uma abordagem multissensorial e utiliza-se de três rotas neurológicas em concomitância. Além das estratégias fônicas (fonema/som) e visuais (grafema/letra) usamos as articulatórias (articulema/boquinha). Dessa forma, o método é indicado para alfabetização de qualquer criança, pois atua diretamente nas habilidades de análise das consciências fonêmica e fonológica (consciência acústica das letras “dentro da palavra”). A intenção deste método é propor uma metodologia segura e eficaz para decodificação de leitura e escrita, dando continuidade no letramento. Letramento este que não se finaliza, considerando que somos seres em evolução permanente. Matemática – O ensino da Matemática na Educação Infantil prevê situações cotidianas, nas quais usamos vivências do próprio estudante como base para aprendizagem. As atividades são baseadas nas relações de quantidade, comparação e agrupamento, para que, dessa forma se construa mecanismos que futuramente se tornarão abstratos e inerentes aos objetivos da Matemática. Os jogos e as brincadeiras nesta fase, são imprescindíveis para esta construção, por isso a proposta concretiza-se por meio destas atividades, nas quais são inseridas a contagem, as relações espaciais e operações numéricas. A matemática é um processo contínuo de abstração no qual as crianças atribuem significados e vão estabelecendo os conceitos com base nas observações e experimentações. Assim, concomitante com os demais componentes curriculares a Matemática vai se inserindo no dia a dia da criança tornando-a competente para compreender o processo que tal componente curricular exigirá dela para conviver e estabelecer relações no meio social. Natureza e Sociedade - Na Educação Infantil, integra conteúdos de História, Geografia e Ciências. As escolas de Educação Infantil, no que diz respeito a este bloco de conteúdos, desenvolvem geralmente certas idéias equivocadas, utilizando um tratamento desvinculado das relações do cotidiano. Na nossa prática, no 18 entanto, partimos do que está próximo à realidade do aluno, dosando este conteúdo conforme o nível de maturidade da turma. São explorados, dentre outros, os seguintes assuntos: objetos e seus processos de transformação; seres vivos; fenômenos da natureza; lugares e paisagens; organização dos grupos, seus modos de vida e de trabalho. Ensino Fundamental I Língua Portuguesa – Faz-se necessário o conhecimento pleno da Língua que a escrita representa para que o leitor tenha condições adequadas para decifrar e compreender a leitura... Por esta razão, o processo de desenvolvimento da escrita é sempre estimulado de maneira a facilitar a produção textual das crianças oferecendo-lhes condições ideais para que constituam uma escrita com significados por meio de vários gêneros discursivos. Daí surge o aprimoramento de textos com clareza, coesão e coerência para que, por meio da escrita, a leitura seja possível. A articulação da língua falada e escrita e feita para que o estudante perceba que cada uma é usada de maneira específica na linguagem. Deste modo é desenvolvida a capacidade de ler resgatando o significado do texto e compreender a ideia global. Ao longo do processo, a apropriação da leitura e escrita será concretizada tornando o estudante capaz de ter o domínio da forma correta das palavras e com cada vez mais precisão dos recursos do sistema de pontuação. Isso automatiza a leitura de diferentes textos e possibilita uma maior autonomia na realização de atividades com diferentes aspectos relacionados aos usos e formas da língua. As atividades funcionais de leitura e escrita acontecem diariamente por meio de trabalhos, de pesquisas, idas constantes à biblioteca, uso do dicionário, exploração de variados gêneros textuais, escrita de textos (bilhetes, cartas, avisos, anúncios, etc.), rodas de conversa, enfim, atividades que estimulem a clareza), precisão e adequação nas produções orais e escritas. Matemática - Está cada vez mais inserida em nossa sociedade, por este motivo acreditamos que para entender o mundo de uma maneira melhor, é preciso, além de contar e medir, interpretar estatísticas, índices e calcular probabilidades. As atividades estão voltadas para que as crianças possam identificar os conhecimentos matemáticos como meios de compreender e desenvolver a capacidade de analisar e resolver situações que envolvam o cálculo, que estimulem o interesse e o espirito de investigação. O estudante, por meio de sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos, deverá ser capaz de selecionar, organizar e 19 produzir informações relevantes para interpretá-las e avaliá-las criticamente e aprimorar os processos do raciocínio fazendo a conexão entre formas matemáticas para desenvolver a autonomia nas formas de pensar e agir em situações do cotidiano. As crianças são envolvidas em momentos de construção do número que trabalham diversas habilidades e operações tais como: classificação, seriação, inclusão hierárquica, comparação, conservação de quantidade; assim, essas operações, juntamente com as noções de adição, fundem-se no conceito de número. Por meio de situações que verdadeiramente proporcionem a construção do número e que esta de fato se efetive, além do desenvolvimento das operações mentais, consideramos essencial o trabalho pedagógico e desenvolvimento de habilidades, raciocínios e, sobretudo, vivências. História e Geografia - são duas disciplinas que se integram, mas acreditamos que elas devem ser autônomas. O aluno deve entender que é integrante ativo do ambiente natural (que é ensinado em Geografia) e conhecer o patrimônio sóciocultural brasileiro (assunto de História), superando a visão tradicional destas disciplinas nas quais apenas a memorização de elementos que formam a terra ou datas, personalidades e fatos tinham real importância. Acreditamos hoje que os alunos devem representar os conhecimentos históricos e geográficos em dramatizações ou desenhos. Mais adiante devem conhecer relatos sobre a História do Brasil identificando os seus agentes históricos e acontecimentos, Ciências - Há quase duas décadas, o ensino das ciências vem dando ênfase à questão da educação ambiental e à discussão do papel social do desenvolvimento da ciência e da tecnologia. Pretendemos agora estruturar na nossa escola um ensino que integre os diferentes conteúdos de Ciências, buscando um caráter intercomponentes curricularesr. Em algumas escolas o professor faz experiências e os alunos assistem, em outras os alunos trabalham sozinhos identificando problemas, levantam hipóteses e as testam, como que redescobrindo o que já é conhecido. Notamos com isto que na área de Ciência há um maior avanço nas escolas brasileiras do que nas demais componentes curricularess. Em nosso currículo está previsto que os alunos do primeiro ciclo devem identificar 20 semelhanças e diferenças entre diversos ambientes – água, ar, solo – e entre os seres vivos que os freqüentam, identificar algumas características do corpo humano. Buscar e coletar informações por meio de observações diretas e indiretas, experimento, entrevistas, visitas. No segundo ciclo, os alunos devem entender as relações entre o solo, água e seres vivos nos fenômenos de escoamento da água, erosão e fertilidade do solo, identificar as substâncias alimentares e suas funções no organismo. Ao professor cabe o papel de intervenção, de modo a trazer para a classe elementos das teorias científicas. Deve fazer com que os alunos explicitem suas idéias e incentivá-los a buscar informações nas mais diversas fontes. Arte - A educação em arte propicia o desenvolvimento do pensamento artístico e da percepção estética, que caracterizam um modo próprio de ordenar e dar sentido à experiência humana: o aluno desenvolve sua sensibilidade, percepção e imaginação, tanto ao realizar formas artísticas, quanto na ação de apreciar e conhecer as formas produzidas por ele e pelos colegas, pela natureza e nas diferentes culturas. Na confluência com outras ciências e tendências estéticas da modernidade, surgiram autores que formularam os princípios inovadores para o ensino de artes plásticas, música, teatro e dança. Tais princípios reconheciam a arte da criança como manifestação espontânea e auto-expressiva: valorizavam a livre expressão e a sensibilização para a experimentação artística como orientações que visavam o desenvolvimento do potencial criador. Esta proposta foi mal interpretada gerando nas escolas deformações e simplificações da idéia original: deixar a criança fazer arte, sem nenhum tipo de intervenção. Ao professor destinava-se um papel cada vez mais irrelevante e passivo. A ele não cabia ensinar nada e a arte adulta deveria ser mantida fora dos muros da escola, pelo perigo da influência que poderia macular a “genuína e espontânea expressão infantil”. O objetivo fundamental era o de facilitar o desenvolvimento criador da criança. No entanto, o que se desencadeou, como resultado da aplicação indiscriminada de idéias vagas e imprecisas sobre a função da educação artística, foi uma descaracterização progressiva da área. Hoje, em nossa escola buscamos resgatar o sentido da arte como forma de auto-expressão, mas também estamos preocupados com o conhecimento de técnicas, de autores e utilização de instrumentos que venham facilitar este processo. Educação Física – A aprendizagem em Educação Física não se restringe ao simples exercício de certas habilidades e destrezas, mas sim de capacitar o 21 indivíduo a refletir sobre suas possibilidades corporais e, com autonomia, exercê-las de maneira social e culturalmente significativa e adequada. Aprender a movimentarse implica planejar, experimentar, avaliar, optar entre alternativas, coordenar ações do corpo com objetos no tempo e no espaço, interagir com outras pessoas. É necessário saber discernir o caráter mais competitivo ou recreativo de cada situação, conhecer o seu histórico, compreender minimamente regras e estratégias e saber adaptá-las e respeitá-las. Língua Estrangeira Moderna - A aprendizagem de Língua Estrangeira é uma possibilidade de aumentar a percepção e as relações do aluno como ser humano e como cidadão. Por isso, ela vai centrar-se na capacidade do aluno de engajar-se e engajar outros no discurso, de modo a ampliar sua ação no mundo social. Justificamos ainda a presença do estudo de Língua Estrangeira em nossa escola devido a tendência mundial pela globalização e a necessidade, hoje tão crescente, de adequação às exigências de comunicação e informação do mundo moderno. Iniciamos com o curso de Inglês, porém com o propósito de ampliar o trabalho posteriormente para outras línguas, como Espanhol e Francês. Acreditamos que o estudo de um segundo idioma torna-se mais significativo para a criança quando esta já domina a leitura e a escrita da sua língua mater e também já se encontra num nível de desenvolvimento cognitivo mais aprofundado. Antes da alfabetização o contato com outra língua integra-se no processo de aquisição de novos signos de comunicação. É oferecido a partir do 1º ano do ensino fundamental. Educação Religiosa – Na Escola La Salle a Educação Religiosa busca promover a expressão pessoal e comunitária da Fé, a partir da cultura própria do lugar e denominação religiosa, sem, restringir-se a dogmas de uma religião específica. Buscamos favorecer a internalização das convicções fundamentais sobre a dignidade da pessoa humana como imagem e semelhança de Deus. Proporcionamos a iniciação à leitura cristã da Bíblia. Incentivamos a participação na comunidade de fé, despertamos o princípio da fraternidade e da partilha, buscamos corrigir concepções imaturas de fé, possivelmente baseadas no desamor e, por fim, buscamos despertar e desenvolver a integração entre Fé e Vida. Temas Transversais e os conteúdos obrigatórios (Ensino Fundamental) e Formação Pessoal e Social (Educação Infantil) – Pressupondo a facilidade que hoje o mundo tem de obter informações, a sociedade atual tende a requerer do aluno uma maior e mais rápida apropriação do objeto do conhecimento. Conseguir selecionar e utilizar 22 adequadamente esta avalanche de informações é um dos atuais desafio da educação. Selecioná-las de maneira crítica requer grande habilidade intelectual. Para estar de acordo com esta demanda social, é necessário que a escola trate de questões que interfiram na vida dos alunos e com as quais se vêem confrontados no seu dia-a-dia. As temáticas sociais vêm sendo discutidas e freqüentemente são incorporadas aos currículos das diversas áreas do conhecimento. No que tange aos temas transversais trabalhamos em consonância como artigo 15 da resolução número 01/2012 do CEDF. Estes destacam que os temas transversais serão abordados nos diversos componentes curriculares e terão relevância social. Dentre eles temos saúde, sexualidade e gênero, vida familiar e social, direitos do idoso, direitos humanos, diversidade cultural, dentre outros. A transversalidade pressupõe um tratamento integrado das áreas e um compromisso com as relações interpessoais no âmbito da escola. Os valores que se quer transmitir e os experimentados na vivência escolar devem guardar coerência entre si e devem ser claros para facultar o desenvolvimento da capacidade dos alunos de intervir na realidade e transformá-la. Essa capacidade tem relação direta com o acesso ao conhecimento acumulado pela humanidade. Não podemos deixar de destacar o artigo 19 da mesma resolução supracitada, que englobam os conteúdos de componente curricular obrigatório de História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, direito e cidadania, direito das crianças e adolescentes, dentre outros. Deverá ainda, inserir os princípios pedagógicos da Identidade, Diversidade, Autonomia, Interdisciplinaridade e Contextualidade. Para o Ensino Médio a estruturação curricular tem como objetivo promover a interdisciplinaridade e transdisciplinaridade, superando a organização linear dos conteúdos por disciplinas e o conhecimento enciclopédico esvaziado de sentido. Em fidelidade à filosofia das escolas lassalistas, cuidar-se-á da síntese entre Fé, Cultura e Vida. E, de acordo com as disposições legais, serão observados os princípios estéticos, políticos e éticos abrangendo: a) a Estética da Sensibilidade; b) a Política da Igualdade e; c) a Ética da Identidade. Deverá ainda, inserir os princípios pedagógicos da Identidade, Diversidade, Autonomia, Interdisciplinaridade e Contextualidade. Para esta nova estruturação curricular, a Lei 9394/96 determina uma base nacional comum, que tem como objetivo dotar o educando de conteúdos científicos 23 potencializadores de progressivo domínio da ciência e da tecnologia, das linguagens, dos códigos e dos conhecimentos socioculturais, indispensáveis à integração social e à articulação do mundo do conhecimento com o do trabalho (Brasil, 1996). A base nacional comum está dividida em quatro áreas do conhecimento (Brasil, 1999): Linguagens, Códigos e suas Tecnologias (Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna, Educação Física, Arte e Informática) - Têm como objetivo a construção de competências e habilidades que permitam ao educando a compreensão e o uso dos sistemas simbólicos e suas tecnologias, sustentados sobre diferentes suportes como instrumentos de organização cognitiva da realidade, de sua comunicação, o aprofundamento dos estudos da Língua Portuguesa no contexto de Gramática, Redação e Literatura que compõem esta área. Matemática e suas Tecnologias - Objetiva a construção de competências e habilidades que oportunizem ao educando compreender e construir significados para realizar a leitura de problemas do cotidiano usando as diferentes representações lógico matemáticas. Modelar e resolver problemas que envolvem variáveis socioeconômicas ou técnico-científicas, usando representações algébricas. Interpretar informações de natureza científica e social obtidas da leitura de gráficos e tabelas, realizando previsão de tendência, extrapolação, interpolação e interpretação. Ciências da Natureza e suas Tecnologias (Biologia, Física e Química) – Reconhece as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papeis nos processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade. Associa intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumentos ou ações científico-tecnológicos, interações entre organismos e ambientes, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais. Apropiarse de conhecimentos da Física, Química e Biologia em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções. 24 Ciências Humanas e suas Tecnologias (História, Geografia, Sociologia, Filosofia, Educação Religiosa) – Compreender os elementos culturais que constituem as identidades e que possibilitem ao educando traduzir de forma crítica e criativa o conhecimento das ciências sociais, tornar-se capaz de gerar respostas adequadas a problemas atuais e a situações novas; compreender o espaço ocupado pelo homem; perceber a sociedade como uma construção humana, a si mesmo como agente social e os processos sociais como orientadores da dinâmica dos diferentes grupos de indivíduos; promover a expressão pessoal e comunitária da Fé; favorecer a internalização das convicções fundamentais sobre a dignidade da pessoa humana como imagem e semelhança de Deus. Integram a parte diversificada do currículo do Ensino Médio: Língua Estrangeira Moderna – Inglês e Espanhol Visa aprofundar os conhecimentos já adquiridos no Ensino Fundamental e não foca apenas na aprendizagem de um novo código, um sistema de signos, mas na interpretação da realidade com outros olhos, por meio da inserção num universo de práticas culturais, extrapolando os aspectos meramente lingüísticos. Para tal, mantém seus objetivos primários de formar os alunos para o desenvolvimento da competência comunicativa, isto é, promover o engajamento destes no discurso através do uso da língua inglesa e espanhola; acrescendo a possibilidade de instrumentalizá-los para que utilize a língua inglesa e espanhola no sentido de ampliar os conhecimentos acadêmicos, ou seja, realizar leituras, pesquisas acadêmicas e exames para ingressar na universidade ou participar de cursos no exterior; sensibilizá-los para perceber o outro, inserido numa cultura diferente da brasileira e refletir sobre as características de sua própria realidade e a de outros povos. A Língua Estrangeira Moderna - Espanhol é de oferta obrigatória pela instituição educacional nos três anos do ensino médio, sendo optativa para o aluno e ministrada no contra turno. História e cultura afro-brasileira e indígena – Toda educação escolar permeia e reflete as correlações existentes de uma dada sociedade e também reflete os valores dominantes bem como as suas contradições. Desta forma, é importante 25 associar a Resolução nº 1/2012 nos Artigos 15 e 19, pois “são abordados temas transversais de relevância social, respeitados os interesses do estudante, da família e da comunidade, observada a inclusão dos conteúdos e temas obrigatórios determinados pela legislação vigente”. Ciente da importância da valorização da diversidade cultural brasileira, a Escola La Salle, por meio de projetos e associando o conteúdo nas diversaos áreas do conhecimento, leva a reflexão permanente sobre os propósitos, alcances e limites, especialmente levando-se em conta a forma como as temáticas são abrangidas pela lei. Os conteúdos referentes à história, a cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros são ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, de forma intercomponentes curricularesr nos componentes curriculares de História, Arte, Língua Portuguesa, Sociologia e Filosofia valorizando e incentivando as contribuições dessas culturas nas áreas social, econômica e política, pertinentes à História do Brasil. 26 MATRIZ CURRICULAR Instituição Educacional: Escola La Salle Etapa: Ensino Fundamental –1º ao 9º Turno: Diurno Módulo: 40 semanas Regime: anual Parte do Currículo BASE NACIONAL COMUM Áreas do Conhecimento Componentes Curriculares Linguagens Língua Portuguesa Educação Física Arte Matemática Matemática Ciências da Natureza Ciências História Geografia Educação Religiosa Língua PARTE DIVERSIFICADA Estrangeira Moderna- Inglês TOTAL DE MÓDULOS-AULA SEMANAIS TOTAL DE HORAS Ciências Humanas ANOS CSA 4º 5º 6º 7º 8º 9º X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X 20 800 20 800 25 833 25 833 25 833 25 833 20 20 20 2400 OBSERVAÇÕES: 1. CSA – Ciclo Sequencial de Alfabetização, compreende aos três anos iniciais do ensino fundamental (artigo 25 da Resolução n° 1/2012 – CEDF). 2. Horário de Funcionamento: 1º ao 5º Matutino: 8h00 às 12h20 Vespertino: 13h40 às 18h00 6º ao 9º Matutino: 7h30 às 12h00 Vespertino: 13h45 às 18h15 3. Duração do módulo-aula – 1º ao 5º - 60 minutos cada. 6º ao 9º - 50 minutos cada. 4. Duração do intervalo: 20 minutos, não computados no horário de aula. MATRIZ CURRICULAR Instituição Educacional: Escola La Salle Etapa: Ensino Médio –1ª à 3ª série Turno: Matutino Módulo: 40 semanas Regime: anual PARTES DO CURRÍCULO ÁREAS DO CONHECIMENTO COMPONENTES CURRICULARES SÉRIES 1ª 2ª 3ª 27 Linguagens BASE NACIONAL COMUM Matemática Ciências da Natureza Ciências Humanas PARTE DIVERSIFICADA Língua Portuguesa X X X Educação Física Arte Matemática Física Química Biologia História Geografia Filosofia Sociologia Língua Estrangeira Moderna Inglês X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X Língua Estrangeira Moderna – Espanhol – à escolher X X X 32 32 32 1066 1066 1066 33 33 33 1100 1100 1100 Total de módulos-aula semanais (sem opção do Espanhol) Total da carga horária anual (sem opção do Espanhol) Total de módulos-aula semanais (com opção do Espanhol) Total da carga horária anual (com opção do espanhol) OBSERVAÇÕES: 1. Horário : Matutino: 7h10 às 12h30. Vespertino: 14h20 às 17h10 2. Módulo-aula: duração de 50 minutos cada. 3. Duração do intervalo: 20 minutos, não computados como horário de aula. 4. A Sociologia e a Educação Física são ministradas no contra turno. 5. A Língua Estrangeira Moderna – Espanhol é oferecida no vespertino de forma optativa para o aluno. . 28 8. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES O agrupamento de conteúdos diversos em áreas e a definição de competências e habilidades gerais implicam em uma inversão na perspectiva da organização curricular tradicional. Avessa à fragmentação do saber representada pelo esquartejamento do cotidiano escolar em componentes curriculares que não se comunicam, a nova concepção curricular baseia-se no diálogo entre os conhecimentos específicos, salientando-se convergências e semelhanças, mas também diversidades e singularidades. Tal é a lógica de se reunir conhecimentos em áreas: indicar com mais precisão qual o papel de cada componente individual na construção de um currículo integral e também que interações entre esses componentes são necessárias para que tal currículo se construa. Além disso, essa nova lógica pressupõe superar a “superlotação” do currículo tradicional, demasiadamente inchado de conteúdos muitas vezes inexpressivos do ponto de vista da vida concreta dos educandos. Daí a ênfase na aquisição das competências e habilidades básicas para o cidadão viver plenamente nas dimensões pessoal, civil e profissional. Educação Infantil O atendimento aos alunos de Educação Infantil volta-se às necessidades e interesses da criança, ao mesmo tempo em que respeita e amplia os elementos mediadores de sua cultura. A partir destes elementos, pela ampliação do seu repertório vivencial, ela deverá redimensionar o seu universo de significados e conhecimentos, impulsionando-os a níveis cada vez mais elevados de conhecimentos, competências e habilidades humanas, visando atingir ao longo dos anos escolares, os seguintes objetivos: Língua Portuguesa: Produzir textos em nível alfabético e ler com compreensão textos adequados ao seu nível de desenvolvimento cognitivo; Explorar a linguagem oral por meio de histórias, relatos e músicas; Narrar fatos do cotidiano; Partilhar ideias e opiniões; Apresentar segurança na consciência fonêmica e fonológica; 29 Sequenciar e interpretar cenas com sequência lógica; Ampliar universo discursivo; Recontar histórias; Produzir pequenos textos com coerência; Apresentar vocabulário adequado para as situações cotidianas; Matemática: Reconhecer cores e formas geométricas no contexto social em que está inserido; Estabelecer os conceitos numéricos, utilizando-os no cotidiano; Considerar noções de grandeza, posicionando-se em relação a elas; Ter noção de lateralidade e esquema corporal posicionando-se no espaço; Natureza e Sociedade: Demonstrar respeito ao meio ambiente, ajudando na sua conservação e preservação; Desenvolver a socialização e a afetividade, por meio das relações estabelecidas; Conhecer conceitos básicos e características dos seres vivos; Conhecer o meio físico e social que rodeiam; Ter noção do conjunto de fatores que permeiam a sociedade: meios de comunicação, hábitos e atitudes, meios de transporte, fenômenos da natureza, trânsito, datas comemorativas, etc. Ensino Fundamental CSA – Ciclo Sequencial de Alfabetização Esta fase busca desenvolver competências e habilidades e visa ao desenvolvimento formativo e à construção de uma aprendizagem significativa, na qual o aluno percebe o que faz sentido para ele no processo de construção de conceitos como sujeito ativo. Neste sentido, destacam-se como objetivos a serem alcançados pelos alunos ao longo do Ensino Fundamental: 30 a. compreender a cidadania como participação social e política, assim como exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no diaa-dia, atitudes de solidariedade, de cooperação e de repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito; b. posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões coletivas; c. conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões sociais, materiais e culturais como meio para construir progressivamente a noção de identidade nacional e pessoal e o sentimento de pertença ao País; d. conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro, bem como aspectos socioculturais de outros povos e nações, posicionando-se contra qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social, de crenças, de sexo, de etnia ou outras características individuais e sociais; e. perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente, identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente para a melhoria do meio ambiente; f. desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na busca do conhecimento e no exercício da cidadania; g. conhecer e cuidar do próprio corpo, valorizando e adotando hábitos saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com responsabilidade em relação à sua saúde e à saúde coletiva; h. utilizar as diferentes linguagens — verbal, matemática, gráfica, plástica e corporal — como meio para produzir, expressar e comunicar suas idéias, interpretar e usufruir das produções culturais, em contextos públicos e privados, atendendo a diferentes intenções e situações de comunicação; i. saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos; j. questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los, utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a 31 capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua adequação. Ensino Médio O Ensino Médio tem, entre outras finalidades a consolidação e o aprofundamento do que foi apreendido no Ensino Fundamental. É a etapa final de uma educação de caráter geral preocupada com a contemporaneidade, com a construção de competências básicas, que situem o educando como sujeito produtor de conhecimento e participante do mundo do trabalho, e com o desenvolvimento da pessoa como cidadão. Com a nova identidade do Ensino Médio, onde busca-se trabalhar com habilidades e competências a Escola promove uma reestruturação no seu currículo formal proporcionando o atendimento das mesmas. É indispensável que tenhamos a compreensão do currículo de forma ampla considerando o contexto escolar e os fatores que nele incidem. A partir da compreensão do estudante como indivíduo que interage com seu meio, a Escola desenvolve seu currículo escolar para o Ensino Médio, com a criação de oportunidades de pensar e relacionar os conhecimentos adquiridos pelo jovem com a sua experiência do cotidiano. Portanto, o currículo formal é organizado para que se atenda ao Processo Seletivo Seriado e/ou qualquer outra forma de ingresso no Ensino Superior, sem deixar de se preocupar com o trabalhador-estudante quando lhe é oferecido o acesso a conteúdos interdisciplinares e contextualizados, assegurandolhe as relações concretas entre conhecimento e contexto, o que possibilitará e este estudante ganhar a autonomia intelectual. Desta forma, destacam-se como objetivos a serem alcançados pelos alunos da Escola La Salle, até ao final do Ensino Médio, conforme LDB 9.394/96: a. consolidar e aprofundar conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos; b. obter preparação básica para o mundo do trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores; 32 c. aprimorar-se como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico; d. compreender os fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada componentes curriculares. A Escola La Salle seguirá o modelo assim proposto pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Representação e comunicação a. Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestações específicas. b. Utilizar-se das linguagens como meio de expressão, informação e comunicação, em situações intersubjetivas, que exijam graus de distanciamento interlocutores; e e reflexão colocar-se sobre como os contextos protagonista e no estatutos processo dos de produção/recepção. c. Compreender e usar a Língua Portuguesa como língua materna, geradora de significação e integradora da organização de mundo e da própria identidade. d. Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para a sua vida. Investigação e compreensão a. Analisar, interpretar e aplicar os recursos expressivos das linguagens, relacionando textos com seus contextos, mediante a verificação da natureza, função, organização e estrutura das manifestações, de acordo com as condições de produção/recepção (intenção, época, local, tecnologias disponíveis, interlocutores participantes da criação e da propagação de idéias e escolhas). 33 b. Recuperar, pelo estudo, as formas instituídas de construção do imaginário coletivo, o patrimônio representativo da cultura e as classificações preservadas e divulgadas, no eixo temporal e espacial. c. Articular as redes de diferenças e semelhanças entre as linguagens e seus códigos. d. Conhecer e usar línguas estrangeiras modernas como instrumento de acesso a informações, a outras culturas e grupos sociais. e. Entender os princípios das tecnologias da comunicação e da informação, associá-las aos conhecimentos científicos, às linguagens que lhes dão suporte e aos problemas que se propõem a solucionar. f. Entender a natureza das tecnologias da informação como integração de diferentes meios de comunicação, linguagens e códigos, bem como a função integradora que elas exercem na sua relação com as demais tecnologias. Contextualização sócio-cultural a. Considerar a linguagem e suas manifestações como fontes de legitimação de acordos e condutas sociais, e sua representação simbólica como forma de expressão de sentidos, emoções e experiências do ser humano na vida social. b. Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios de: organização cognitiva da realidade pela constituição de significados, expressão, comunicação e informação. c. Respeitar e preservar as manifestações da linguagem, utilizadas por diferentes grupos sociais, em suas esferas de socialização; usufruir do patrimônio nacional e internacional, com as suas diferentes visões de mundo; e construir categorias de diferenciação, apreciação e criação. d. Entender o impacto das tecnologias da comunicação na sua vida, nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social. 34 Matemática e suas Tecnologias Representação e comunicação a. Desenvolver a capacidade de comunicação. b. Ler e interpretar textos de interesse científico e tecnológico. c. Interpretar e utilizar diferentes formas de representação (tabelas, gráficos, expressões, ícones...). d. Exprimir-se oralmente com correção e clareza, usando a terminologia correta. e. Produzir textos adequados para relatar experiências, formular dúvidas ou apresentar conclusões. f. Utilizar as tecnologias básicas de redação e informação, como computadores. g. Identificar variáveis relevantes e selecionar os procedimentos necessários para a produção, análise e interpretação de resultados de processos e experimentos científicos e tecnológicos. h. Identificar, representar e utilizar o conhecimento geométrico para aperfeiçoamento da leitura, da compreensão e da ação sobre a realidade. i. Identificar, analisar e aplicar conhecimentos sobre valores de variáveis, representados em gráficos, diagramas ou expressões algébricas, realizando previsão de tendências, extrapolações e interpolações e interpretações. j. Analisar qualitativamente dados quantitativos representados gráfica ou algebricamente, relacionados a contextos sócio-econômicos, científicos ou cotidianos. Investigação e compreensão a. Desenvolver a capacidade de questionar processos naturais e tecnológicos, identificando regularidades, apresentando interpretações e prevendo evoluções. b. Desenvolver o raciocínio e a capacidade de aprender. 35 c. Formular questões a partir de situações reais e compreender aquelas já enunciadas. d. Desenvolver modelos explicativos para sistemas tecnológicos e naturais. e. Utilizar instrumentos de medição e de cálculo. f. Procurar e sistematizar informações relevantes para a compreensão da situação-problema. g. Formular hipóteses e prever resultados. h. Elaborar estratégias de enfrentamento das questões. i. Interpretar e criticar resultados a partir de experimentos e demonstrações. j. Articular o conhecimento científico e tecnológico numa perspectiva intercomponentes curricularesr. k. Entender e aplicar métodos e procedimentos próprios das Ciências Naturais. l. Compreender o caráter aleatório e não determinístico dos fenômenos naturais e sociais e utilizar instrumentos adequados para medidas, determinação de amostras e cálculo de probabilidades. m. Fazer uso dos conhecimentos da Física, da Química e da Biologia para explicar o mundo natural e para planejar, executar e avaliar intervenções práticas. n. Aplicar as tecnologias associadas às Ciências Naturais na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para sua vida. Contextualização sócio-cultural a. Compreender e utilizar a ciência, como elemento de interpretação e intervenção, e a tecnologia como conhecimento sistemático de sentido prático. b. Utilizar elementos e conhecimentos científicos e tecnológicos para diagnosticar e equacionar questões sociais e ambientais. c. Associar conhecimentos e métodos científicos com a tecnologia do sistema produtivo e dos serviços. d. Reconhecer o sentido histórico da ciência e da tecnologia, percebendo seu papel na vida humana em diferentes épocas e na capacidade humana de transformar o meio. 36 e. Compreender as ciências como construções humanas, entendendo como elas se desenvolveram por acumulação, continuidade ou ruptura de paradigmas, relacionando o desenvolvimento científico com a transformação da sociedade. f. Entender a relação entre o desenvolvimento de Ciências Naturais e o desenvolvimento tecnológico e associar as diferentes tecnologias aos problemas que se propõe e se propuser a solucionar. g. Entender o impacto das tecnologias associadas às Ciências Naturais, na sua vida pessoal, nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social. Ciências Humanas e suas Tecnologias Representação e comunicação a. Entender a importância das tecnologias contemporâneas de comunicação e informação para planejamento, gestão, organização e fortalecimento do trabalho de equipe. b. Servir-se da tecnologia da comunicação para construir laços de solidariedade e tolerância e incrementar a paz entre grupos, culturas e nações. Investigação e compreensão a. Compreender os elementos cognitivos, afetivos, sociais e culturais que constituem a identidade própria e a dos outros. b. Compreender a sociedade, sua gênese e transformação, e os múltiplos fatores que nela intervêm, como produtos da ação humana; a si mesmo como agente social; e os processos sociais como orientadores da dinâmica dos diferentes grupos de indivíduos. c. Entender os princípios das tecnologias associadas ao conhecimento do indivíduo, da sociedade e da cultura, entre as quais as de planejamento, organização, gestão, trabalho de equipe, e associá-las aos problemas que se propõem resolver. 37 Contextualização sócio-cultural a. Compreender o desenvolvimento da sociedade como processo de ocupação de espaços físicos e as relações da vida humana com a paisagem, em seus desdobramentos políticos, culturais, econômicos e humanos. b. Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas, associando-as às práticas dos diferentes grupos e atores sociais, aos princípios que regulam a convivência em sociedade, aos direitos e deveres da cidadania, à justiça e à distribuição dos benefícios econômicos. c. Traduzir os conhecimentos sobre a pessoa, a sociedade, a economia, as práticas sociais e culturais em condutas de indagação, análise, problematização e protagonismo diante de situações novas, problemas ou questões da vida pessoal, social, política, econômica e cultural. d. Entender o impacto das tecnologias associadas às Ciências Humanas sobre sua vida pessoal, os processos de produção, a religiosidade, o desenvolvimento do conhecimento e a vida social. e. Aplicar as tecnologias das Ciências Humanas e Sociais na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para sua vida. Ciências da Natureza e suas Tecnologias Representação e comunicação a. Compreender as ciências naturais. b. Ler e interpretar textos de interesse científico e tecnológico. c. Exprimir-se oralmente com correção e clareza, usando a terminologia correta. d. Produzir textos adequados para relatar experiências, formular dúvidas ou apresentar conclusões. 38 e. Identificar variáveis relevantes e selecionar os procedimentos necessários para a produção, análise e interpretação de resultados de processos e experimentos científicos e tecnológicos. Investigação e compreensão a. Desenvolver a capacidade de questionar processos naturais e tecnológicos, identificando regularidades, apresentando interpretações e prevendo evoluções. b. Desenvolver modelos explicativos para sistemas tecnológicos e naturais. c. Procurar e sistematizar informações relevantes para a compreensão da situação-problema. d. Formular hipóteses e prever resultados. e. Elaborar estratégias de enfrentamento das questões. f. Interpretar e criticar resultados a partir de experimentos e demonstrações. g. Articular o conhecimento científico e tecnológico numa perspectiva intercomponentes curricularesr. h. Entender e aplicar métodos e procedimentos próprios das Ciências da Natureza. i. Fazer uso dos conhecimentos da Física, da Química e da Biologia para explicar o mundo natural e para planejar, executar e avaliar intervenções práticas. j. Aplicar as tecnologias associadas às Ciências Naturais na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para sua vida. Contextualização sócio-cultural a. Compreender e utilizar a ciência, como elemento de interpretação e intervenção, e a tecnologia como conhecimento sistemático de sentido prático. b. Utilizar elementos e conhecimentos científicos e tecnológicos para diagnosticar e equacionar questões sociais e ambientais. c. Associar conhecimentos e métodos científicos com a tecnologia do sistema produtivo e dos serviços. 39 d. Reconhecer o sentido histórico da ciência e da tecnologia, percebendo seu papel na vida humana em diferentes épocas e na capacidade humana de transformar o meio. e. Entender a relação entre o desenvolvimento de Ciências Naturais e o desenvolvimento tecnológico e associar as diferentes tecnologias aos problemas que se propõe e se propuser a solucionar. f. Entender o impacto das tecnologias associadas às Ciências Naturais, na sua vida pessoal, nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social. 9. PROCESSOS DE ACOMPANHAMENTO, CONTROLE E AVALIAÇÃO DO ENSINO E DA APRENDIZAGEM Conseguir implantar um currículo de base construtivista foi uma tarefa árdua para a equipe da Escola La Salle ao longo destes dez anos de existência, não apenas para os profissionais, mas para alunos, muitos oriundos de escolas cujas abordagens tradicionais de ensino os levaram a adquirir formas restritas de aprendizagem e para seus pais acostumados com grandes quantidades de conteúdos e promessas de aprovação maciça dos seus filhos nos melhores vestibulares. Porém, foi também para todos, principalmente estes últimos um grande desafio, apostar numa proposta inovadora e confiar na seriedade da equipe. Tais dificuldades se evidenciaram em todo o currículo em especial na questão da avaliação. Teorias construtivistas nos mostram, e prática pedagógica desta instituição ao longo destes anos vem confirmando, que os alunos não aprendem da mesma forma, nem ao mesmo tempo, e que muitas vezes uma resposta errada numa prova ou avaliação, pode estar expressando o conhecimento acumulado pelo aluno, o esforço de reflexão e raciocínio e não seu fracasso na aprendizagem. Ao analisar o modelo de avaliação das escolas tradicionais e comparando com o que aqui sempre se pretendeu, concluímos que não nos seria permitido fazer nada similar, pois as consequências não nos pareciam nada formativa. Os métodos tradicionais fazem com que os alunos aprendam a burlar a avaliação, a colar, a importar-se mais com a nota do que com a aprendizagem, evitar as recuperações, a 40 fazer comparações competitivas, a excluir e discriminar aqueles que não alcançaram bons resultados. Isso ocorre porque o processo de avaliação dominante baseia-se num sistema seletivo. Ou seja, alguns, que por diversas razões têm maiores condições de aprender, aprendem mais e melhor. Outros, com outras características, que não respondem tão bem a todos os desafios de todos os componentes curriculares, aprendem cada vez menos e são muitas vezes excluídos do processo de escolarização. A equipe da Escola La Salle desde seu início vem dedicando-se a elaboração de mecanismos de avaliação que estejam a favor do processo de aprendizagem dos alunos: que contemplem as diferenças entre eles, não valorize a competição e acima de tudo que ajude a identificar as causas da não aprendizagem. Se o aluno não aprendeu a pergunta mais importante é: porque? Quando se encara o processo de avaliação desta maneira invariavelmente encontramos as causas no ensino e não na aprendizagem. E é esta a maior importância da prática avaliativa: encontrar novos caminhos para favorecer a aprendizagem dos alunos. A maior pressão para que o aluno aprenda, não deve ser o medo da reprovação ou da nota baixa, mas sim o prazer de aprender. Isso não deve ser confundido com ausência de avaliação, ao contrário, é muito importante que o aluno seja avaliado, acompanhe e compreenda esta avaliação. Incentivamos os alunos a buscar a "excelência individual" ou que façam o melhor possível, para cada um deles, e não para responder um padrão definido pela escola. Na medida em que os alunos crescem, inevitavelmente devem enfrentar avaliações seletivas fora da escola, por isso oferecemos, um preparo específico durante todo o processo, chegando até mesmo aos métodos convencionais (provas e testes) sempre que a ocasião o requer, estando, porém atentos à forma como seus resultados são tratados. Somos contrários à ideia de submeter os alunos a uma avaliação perversa em nome de prepará-los para situações como vestibulares ou outros concursos no futuro. Acreditamos que quanto mais forte o vínculo do aluno com seu processo de aprendizagem, melhores condições terá para seguir aprendendo com autonomia, competência pessoal imprescindível para o futuro próximo. A proposta da Escola La Salle defende uma concepção de educação que forme alunos que pensem, participem e argumentem. A avaliação, para ser coerente 41 com esta concepção, deve ser o momento de verificar se esses alunos, de posse de conteúdos básicos e a partir deles, saibam raciocinar, argumentar, contrapor. O caminho para tanto só pode ser trilhado se a avaliação somativa, que considera a aprendizagem como um momento de memorização de conteúdo fragmentado e não contextualizado for sumariamente abolida e, em seu lugar, adotado o uso contínuo de avaliações diagnósticas e formativas, que permitam a professores e alunos analisar as deficiências detectadas para superá-las, revendo o processo do ensino e da aprendizagem. Segundo Hoffmann (2000), avaliar nesse novo paradigma é dinamizar oportunidades de ação-reflexão, num acompanhamento permanente do professor e este deve propiciar ao aluno em seu processo de aprendência, reflexões acerca do mundo, formando seres críticos libertários e participativos na construção de verdades formuladas e reformuladas. Na Educação Infantil esta avaliação é feita através de acompanhamento e registro do desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao Ensino Fundamental. No Ensino Fundamental e no Ensino Médio os resultados das avaliações são expressos por relatórios que descrevem o nível de desempenho alcançado ou não pelo aluno. Para efeito de registro do rendimento escolar, serão utilizadas fichas de avaliação, onde constam vários aspectos do desempenho do aluno como: participação nas atividades, leituras extra-classe, tarefas realizadas, pesquisas, procedimento social (hábitos e atitudes), trabalhos individuais e de grupo, pesquisas de campo, pesquisas bibliográficas, leituras de paradidáticos e suplementares, provas, seminários, exposição de trabalhos em Feiras Científicas, demonstrações na vida prática da formação de valores éticos e morais, outras atividades de cunho pedagógico. Os resultados do rendimento escolar, expressos através de relatórios, são registrados pela Secretaria nas fichas individuais dos alunos, que são arquivadas e entregues aos pais, em reuniões pré-determinadas durante o ano letivo, após o término de cada trimestre. Demais aspectos sobre a sistemática de avaliação de nossa escola, estão regulamentados no Regimento Escolar. 42 10. PROCESSO DE AVALIAÇÃO DA INSTITUIÇÃO EDUCACIONAL COM VISTA À MELHORIA DA EDUCAÇÃO A avaliação da Escola deve ser diferenciada da avaliação da aprendizagem dos alunos, mesmo que ambas estejam bastante relacionadas e sejam, inclusive, interdependentes. A análise das condições institucionais pode ajudar, diversas vezes, inclusive a explicar os resultados da avaliação da aprendizagem e esta passa a ser um importante referencial para a Avaliação Institucional. A Avaliação Institucional não se esgota nos elementos que podem ser observados diretamente nos estudantes; é preciso considerar também aqueles aspectos que são mediadores do processo pedagógico. Tornar a avaliação um processo interno a Escola como instituição, incorporar a cultura democrática a avaliação coletiva sobre os rumos que esta instituição deve seguir; não é apenas definir o que e como avaliar, mas implica decidir por que avaliar determinados aspectos em detrimento de outros e implica decidir que medidas, que ações desenvolver a partir do conhecimento dos resultados. Desta forma, no decorrer das atividades escolares algumas atividades são desenvolvidas com vistas à melhoria da educação de nossa instituição. São elas: 1. Avaliar todos os aspectos e elementos da Instituição. 2. Respeitar a identidade da Instituição. 3. Respeitar as diferenças e divergências existentes na Instituição. 4. Conhecer para melhorar e não para punir. 5. Dar retorno efetivo das informações coletadas. Não cabe olhar para a Avaliação Institucional como uma alternativa para controlar apenas as ações das pessoas que trabalham na Escola, sob pena de deixar de fora a responsabilidade dos próprios alunos, ou o fundamental papel que têm as famílias dos alunos ou o importante dever que têm o Estado e a sociedade para com a educação. 43 11. ESTRATÉGIAS PARA IMPLEMENTAÇÃO: RECURSOS FÍSICOS, DIDÁTICO-METODOLÓGICOS, PESSOAL DOCENTE E DE APOIO. A Escola La Salle localiza-se em amplo espaço de preservação ambiental circundado por área verde. O prédio escolar consta de um bloco para a Educação Infantil, um bloco para as séries iniciais do Ensino Fundamental, um bloco para as séries finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Uma sala de teatro para cem lugares, um restaurante com capacidade para duzentas pessoas, um conjunto esportivo com quadra coberta, piscina e salas especiais e um auditório com capacidade para 160 pessoas. Recursos Físicos 14 salas de aula no Bloco “A” – 02 campo de futebol Educação Infantil 01 quadra de vôlei de areia 14 salas de aula no Bloco “B”/ Ens 01 piscina semi-olímpica Fundamental I 01 horta, pomar, viveiro e lago para 16 salas de aula no Bloco “C”/ Ens estudo e prática de botânica Fundamental II 01 área de reserva ecológica 12 salas de aula no Bloco “D”/ Ens. 03 cantinas Médio 01 restaurante 01 laboratório de ciências, física e 04 salas para professores química 01 secretaria 01 biblioteca 02 playground 03 laboratórios de informática 04 pátios cobertos 05 salas para atividades esportivas: 07 salas de Serviços judô de Orientação Educacional capoeira de Coordenação balé e jazz Pedagógica (3 salas) 01 oficina de artes de Orientação Religiosa 01 teatro de Orientação Componentes 01 teatroteca 01 Cozinha experimental 02 quadra poliesportiva curricularesr Serviço de Assistência Social 44 01 sala da Diretoria dados 01 sala da Vice-diretoria 01 auditório 01 setor de contabilidade 02 áreas de estacionamento para 01 centro de processamento de pais, alunos, e professores Recursos Didáticos Jogos diversificados Brinquedos Livros, revistas, jornais 80 Computadores Mapas e globos 08 Datashow 56 Quadro de giz / quadro branco Equipamentos de laboratório de ciências 16 Rádios MP3 / CD Fantoches 18 Televisores Fitas de vídeos e DVD 8 Vídeocassete/ DVD 03 Fotocopiadoras Dentre outros Recursos Humanos Para que as atividades da escola possam ser viabilizadas contamos com o seguinte quadro de pessoal: PESSOAL Diretor Vice-diretor QUALIFICAÇÕES Legalmente habilitado em Administração Escolar – Indicado pela Mantenedora Curso Superior completo – Indicado pela Mantenedora Coordenador Pedagógico Licenciado em Pedagogia Coordenador de Educação Religosa Formado em curso específico Coordenador de Recursos de Ensino Licenciado em Pedagogia Licenciado em Pedagogia com habilitação em Orientador Educacional Orientação Educacional / especialista em Psicopedagogia Secretário Escolar Formação específica em Secretaria Escolar Bibliotecário Graduação em Biblioteconomia Contador Formação em Contabilidade Tesoureiro Formação em Administração Chefe Departamento de Pessoal Formação em Administração 46 PESSOAL Assistente Social Corpo Docente para Educação Infantil Corpo Docente para 1ª a 4ª série (1º ao 5º ano) Corpo Docente para 5ª a 8ª série (6º ao 9º ano) QUALIFICAÇÕES Formação em Assistência Social Formação específica para Educação Infantil, podendo ser de nível médio até o ano 2007. Formação específica para ensino de1ª a 4ª série (1º ao 5º ano), podendo ser de nível médio até o ano 2007. Formação específica em nível superior para cada componentes curriculares (Licenciatura Plena). Formação específica em nível superior para Corpo Docente para Ensino Médio cada componentes curriculares (Licenciatura Plena) Auxiliar de Classe Formação específica para ensino de 1º e 2º ano e 2ª a 4ª Série (Magistério). Auxiliar de Secretaria Ensino Médio completo Digitador Ensino Médio completo Auxiliar de Tesouraria Ensino Médio completo Auxiliar Departamento Pessoal Ensino Médio completo Auxiliar de Biblioteca Ensino Médio completo Coordenador de Serviços Gerais Ensino Médio completo Auxiliares de Serviços Gerais Ensino Fundamental ou Médio completo a depender da função Porteiro Ensino Fundamental completo Telefonista Ensino Médio completo Recepcionista Ensino Médio completo Obs.: Para o pessoal de serviços terceirizados exigir-se-á a qualificação correspondente à função a ser exercida. Veja no anexo 01 a Estrutura Administrativa da escola. 12. GESTÃO ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA Atualmente, percebe-se uma conscientização generalizada sobre a necessidade de mudanças na gestão administrativa das escolas. Levando em conta a afirmação de 54 Ramos (1999) de que a escola é uma organização humana e que apesar de sua natureza diferenciada e de sua missão específica, nela estão presentes os mesmos elementos fundamentais encontrados em qualquer instituição, pode-se, então, verificar a aplicabilidade dos mais modernos conceitos de gestão administrativa a estas instituições. Mezomo (1999) afirma que a administração estratégica da qualidade capacita a escola para responder aos desafios de um meio ambiente em mudanças, para reconquistar seu prestígio e produzir qualidade de forma sistemática. Este tipo de administração consiste num processo de melhoria contínua que estimula a otimizar os recursos humanos e materiais da organização, com o objetivo de anteceder, atender e exceder às expectativas e necessidades dos seus alunos. Deve ser visto como um modelo sistêmico, pois envolve a organização como um todo, em todos os seus processos e por meio de todos os seus colaboradores, durante todo o tempo. Também, há que se levar em conta que qualquer processo de melhoria do desempenho institucional, que almeje obter resultados de excelência, deverá ter como ponto de partida o conhecimento e o atendimento às necessidades atuais e futuras daqueles a quem atende (FPNQ, 2001). Portanto, um passo importante a ser adotado por qualquer escola que deseje implantar uma gestão pedagógica com qualidade, é identificar e empregar os esforços necessários para atender as necessidades dos alunos, dos pais, funcionários e da comunidade na qual ela está inserida. Para que este modelo de gestão administrativa possa ser viabilizado na Escola La Salle serão sempre observadas as seguintes metas: a. desenvolver a motivação de todos os envolvidos no processo; b. eliminar os desperdícios; incentivar o trabalho em equipe e a cooperação; c. oportunizar a participação crítica ou sugestiva, com direito à resposta formal; d. comparar suas políticas com as das melhores escolas; e. manter um clima de satisfação e respeito; f. manter o ambiente de trabalho limpo e organizado; g. promover a participação e reconhecer o trabalho dos alunos; h. divulgar todas os acontecimentos e decisões da direção; i. aproximar o ensino da realidade do estudante e do professor; j. melhorar os níveis de satisfação e de realização do ensino; k. instigar a curiosidade científica de professores e alunos. 55 Por último, com relação ao desenvolvimento de práticas que atendam aos requisitos dos critérios para um bom desempenho, a Escola La Salle seguirá as seguintes ações: a. identificar e desenvolver as lideranças existentes na escola; b. formular as estratégias e os planos da escola; c. interagir com os alunos, pais e sociedade em geral; d. tratar e utilizar todas as informações e o conhecimento adquirido em favor da melhoria do processo de ensino-aprendizagem; e. investir no desenvolvimento integral das pessoas; f. planejar, executar, monitorar e aprimorar os processos escolares; g. avaliar constantemente e aprimorar os resultados da escola. Quanto à abordagem pedagógica seguida pela Escola La Salle podemos salientar que esta se justifica pelos estudos que temos realizado sobre as principais teorias da aprendizagem. Observamos que durante muitos anos a prática pedagógica brasileira focou o processo de ensino no professor. Mas hoje a aprendizagem ganha nova força nas discussões e a perspectiva da construção do conhecimento (teoria cognitivista) centrada na Psicologia genética de Piaget (1990 e 1998) e na teoria sócio interacionista de Vygotsky (1998 e 1996), trazem à tona um novo foco: a importância da atividade mental construtiva nos processos de aquisição dos conhecimentos. Assim, este conhecimento não é mais visto como algo externo ao indivíduo ou exclusivamente interno. Ele é algo que se constrói a partir de referências históricas e sociais, interferindo neste processo fatores culturais e psicológicos. Nesta abordagem enfoca-se: a. a interpretação do erro como algo inerente ao processo de aprendizagem exigindo ajustar a intervenção pedagógica para ajudar a superá-lo; b. a atuação do próprio aluno não pode ser substituída, sendo que o professor ou colegas e materiais ajudam como interferentes no processo de aprendizagem; c. o desenvolvimento pessoal como processo mediante o qual o ser humano assume a cultura do grupo onde vive; d. o conceito de aprendizagem significativa, segundo o qual, diante de um problema posto, o aluno precisa elaborar hipóteses e experimentá-las; e. a distinção entre o nível de desenvolvimento real do potencial. O primeiro se determina como aquilo que o aluno pode fazer sozinho e o último pelo que o aluno pode fazer ou aprender mediante a interação com outra pessoa; 56 f. a organização e o funcionamento da instituição escolar baseada nos valores implícitos que permeiam as relações entre os membros; g. a solução de problemas pedagógicos, componentes curricularesres e administrativos, mediante participação dos envolvidos. O direcionamento pedagógico do Ensino Médio na Escola La Salle manterá um caráter propedêutico (de preparação para a universidade) e para o trabalho. Portanto, dois caminhos estão na mira para possibilitar aos alunos a inserção social de maneira crítica e participativa: a) Ter conhecimento, uma vez que o acesso ao ensino superior continua sendo importante anseio de um grande número de jovens. b) Adquirir bases necessárias para assumir o mundo do trabalho. CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao levar a cabo esta Proposta Pedagógica pretende-se que no decorrer dos anos de presença na Escola La Salle as crianças e adolescentes adquiram motivação e energias físicas, intelectuais, éticas e religiosas para inserir-se com responsabilidade em atividades que extrapolam o âmbito de seus interesses individuais e familiares e que possam ter como espaço a escola, a vida comunitária (igrejas, clubes, associações) e até mesmo a sociedade em sentido mais amplo, através de campanhas, movimentos e outras formas de mobilização que transcendem os limites de seu entorno sócio-comunitário. Com efeito, participar é influir, através de palavras e atos, nos acontecimentos que afetam a sua vida e a vida de todos em relação aos quais ele assumiu uma atitude de não-indiferença, uma atitude de valoração positiva. A participação autêntica pressupõe sempre um compromisso com a democracia. Conquistar, fortalecer e ampliar a experiência democrática na vida das pessoas, da comunidade e dos povos é e será sempre o objetivo maior da Escola La Salle. Aqui as crianças e adolescentes terão oportunidade de experienciar a vivência cidadã e cristã concreta, como etapa imprescindível do processo de desenvolvimento pessoal e social pleno. A quantidade e a qualidade das oportunidades de participação na resolução de situações reais, postas ao alcance dos discentes, influenciam de maneira decisiva nos níveis de autonomia e de autodeterminação que eles serão capazes de alcançar na vida familiar, profissional, religiosa e cívica, quando atingida a idade adulta. As ações das pessoas, grupos e organizações, visando intervir no curso da vida social, são decididas, planejadas, executadas e avaliadas. A participação ou não dos 57 alunos em cada uma dessas etapas é que vai nos permitir aquilatar a natureza e o grau de seu envolvimento e comprometimento na compreensão e operação do seu entorno social. Assim, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio a Escola La Salle formará seus alunos para a vida de fato. Espera-se que, desta forma organizado, o currículo seja entendido como um documento vivo que possa retratar o cotidiano da escola, e não, mais um mero exercício burocrático desvinculado da realidade. Que possa viabilizar os princípios expressos na LDB 9394/96, de liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento a arte e o saber, do respeito à liberdade e apreço à tolerância, da valorização do profissional da educação escolar e da garantia do padrão de qualidade (Brasil, 1996). A qualidade da atuação da escola não pode depender somente da vontade de um ou outro profissional. É preciso a participação conjunta de todos aqueles envolvidos no processo (direção, orientadores, supervisores, professores, pais, alunos, etc.) para tomada de decisões sobre aspectos da prática didática, bem como sua execução ou de aspectos administrativos. As metas propostas neste documento não se efetivarão, necessariamente, em curto prazo. É necessário que os profissionais estejam comprometidos, disponham de tempo e de recursos. Pois sabemos que, mesmo em condições ótimas de recursos, dificuldades e limitações sempre estarão presentes, pois na escola se manifestam os conflitos existentes na sociedade. As considerações feitas pretendem auxiliar os professores e demais profissionais da escola La Salle na reflexão sobre suas práticas. Não são regras a respeito do que devem ou não fazer, todavia trata-se da filosofia em que acreditamos e que deve, portanto, ser respeitada. Estaremos sempre reelaborando este documento de forma a buscar uma constante atualização do nosso trabalho. Assim acreditamos que seja possível atingir o grau de qualidade por nós desejado. E, nas palavras do nosso eterno Paulo Freire, que nós educadores jamais deixemos de sonhar os sonhos possíveis. Águas Claras-DF, 25 de maio de 2012. Irmão Valdemiro Titton Diretor 58 REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EDUCADORES LASSALISTAS. Estatuto Social. Gráfica e Editora La Salle. Niterói/RJ, 2002. BRASIL. Lei 9394/96 de 20.12.96 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília (DF): Diário Oficial da União, nº 248 de 23.12.96. BRASIL. MEC/Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Parecer n.15, de 1º de jun. de 1998a. BRASIL. MEC/Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Resolução n.3, de 26 de jun. de 1998. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. 1998b. BRASIL. MEC/Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio. Brasília, 1999. BRASIL. 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