A IMPORTÂNCIA DAS CIÊNCIAS NATURAIS NA VIDA DOS SERES HUMANOS “A finalidade das ciências naturais não é apenas aceitar as afirmações de outros, mas investigar as causas que existem na natureza” (Alberto Magno) MANFREDINI, Beatriz1 GOBBO, Juliana Carla2 GEDOZ, Marina3 SLAVIERO, Angelice M. B.4 COSTA, Gisele Maria Tonin da5 RESUMO: O trabalho com as ciências naturais nos diferentes ambientes sociais e educacionais é importante para que a formação profissional do professor seja completa e eficaz. O presente trabalho apresenta uma análise bibliográfica sobre a importância das ciências naturais, a importância da valorização do idoso, uma breve definição sobre as Deficiências Intelectuais conhecidas como: Síndrome de Down, Autismo e a Deficiência Intelectual propriamente dita. Traz também o relato de uma experiência com uma oficina pedagógica que tinha como tema Ciências Naturais vivenciadas na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) com alunos que frequentam o Ensino Fundamental na faixa etária de 8 a 9 anos e do grupo de Terceira Idade, ambos localizados no município de SertãoRS. A experiência nesses ambientes contribuiu para que os aplicadores da oficina tivessem um olhar diferente sobre a maneira de como esses ambientes são tratados na sociedade. Palavras chaves: Ciências Naturais, APAE, Idosos. 1 Acadêmica do IV semestre de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade IDEAU, e-mail: [email protected] 2 Acadêmica do IV semestre de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade IDEAU, e-mail: [email protected] 3 Acadêmica do IV semestre de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade IDEAU, e-mail: [email protected] 4 Orientadora e professora da disciplina de Fundamentos teóricos e metodológicos de Português da Faculdade IDEAU, e-mail: [email protected] 5 Orientadora e Coordenadora do curso de Pedagogia da Faculdade IDEAU, email: [email protected] ABSTRACT: Working with the natural sciences in different social and educational environments is important for the teacher training is complete and effective. This paper presents a literature review on the importance of the natural sciences, the importance of valuing the elderly, a brief definition on Intellectual Disabilities known as: Down, Autism and Intellectual Disabilities Syndrome itself. Also contains a report of an experience with an educational workshop whose theme was experienced in Natural Sciences Association of Parents and Friends of Exceptional Children (APAE) with students attending elementary school aged 8-9 years and the group of Third Age , both located in the municipality of Hinterland-RS. The experience in these environments contributed to the applicators workshop had a different way about how these environments are treated in society look. Keywords: Natural Sciences, APAE, Senior citizens CONSIDERAÇÕES INICIAIS: O presente artigo faz parte do currículo do quarto nível do curso de Licenciatura em Pedagogia do Instituto de Desenvolvimento Educacional do Alto Uruguai – Faculdade IDEAU de Getúlio Vargas-RS, trazendo como tema “o ensino das Ciências Naturais em diferentes ambientes”. De forma mais específica investiga a influência e os resultados das oficinas pedagógicas quando realizadas na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e no grupo da Terceira Idade do município de Sertão-RS. Segundo o Dicionário Escolar de Língua Portuguesa (MEC) a palavra oficina designa um lugar onde se exerce um ofício, laboratório, lugar onde se dão grandes transformações. “Quem pensa em oficina lembra logo, por associação de ideias, de trocas, peças, trabalho, concerto, reparo, criatividade, transformação, processo, montagem... são todas as ideias que compõem o significado da oficina que se constitui num espaço privilegiado de criação e descoberta”. (CORCIONE, 1994) Entende-se oficina pedagógica como uma metodologia de trabalho em grupo que se caracteriza pela arte de construir um saber de forma coletiva e da troca de experiências. Dessa maneira desenvolvem-se situações de ensino aprendizagem, onde professores e alunos constroem de forma conjunta o conhecimento num tempoespaço para a vivência. Assim as oficinas são situações onde o processo de ensinoaprendizagem é realizado de forma aberta e dinâmica. Na oficina surge um novo tipo de comunicação entre professores e alunos. É formada uma equipe de trabalho, onde cada um contribui com sua experiência. O professor é dirigente, mas também aprendiz. Cabe a ele diagnosticar o que cada participante sabe e promover o ir além do imediato. (VIEIRA et al, 2002. p.17). Desse modo os espaços de aprendizagem que estão estruturados na forma de oficina são tomados como relevantes, pois buscam uma forma de trabalho voltada para a atenção da oralidade dos sujeitos, sobretudo, porque durante a sua realização criam-se estímulos e busca-se a cooperação entre os seus participantes para construir os conhecimentos como atos sociais. DESENVOLVIMENTO: Trabalhar ciências naturais em todos os níveis escolares tem sido um assunto muito discutido em âmbito nacional, pois é necessário mostrar para os alunos o mundo que os cerca e a alfabetização científica é uma das maneiras mais eficazes de fazêlo, porém muitas vezes esse assunto, embora já escrito nos planejamentos escolares, não é tratado em sala de aula, privando o educando de conhecer a sociedade em que ele faz parte e impedindo sua participação como cidadão ativo. Assim o ensino de ciências deve ser proporcionado a todos, para se orientarem em uma sociedade complexa compreendendo o que se passa a sua volta (CHASSOT, 2003). Para ter uma alfabetização científica de qualidade é preciso não ensinar somente por meio do livro didático e sim incluindo a ele a realidade dos educandos, pois assim desenvolve-se condições que o ajudem a exercer sua cidadania. Para o exercício pleno da cidadania, um mínimo de formação básica em ciências deve ser desenvolvido de modo a fornecer instrumentos que possibilitem uma melhor compreensão da sociedade em que vivemos. (DELIZOICOV e ANGOTTI, 1990: 56) Porém para ensinar de maneira mais eficaz é preciso que o professor tenha uma formação adequada, pois isso influencia diretamente na compreensão do conteúdo pelo aluno. Essa formação precisa estar centrada nos aspectos históricos das ciências para assim incentivar o professor a desenvolver conceitos através do resgate histórico das trajetórias desse conhecimento, permitindo que os conhecimentos prévios dos alunos possam ser utilizados pelo professor para apresentar ideias que hoje são aceitas cientificamente. Segundo Bonando (1994) o professor de educação básica trabalha ciências naturais de forma superficial forçando os alunos a decorarem conceitos para provas escritas. O mesmo diz que a justificativa dos docentes para a falta de atividades nesta área nos anos iniciais é o baixo nível de escolaridade dos alunos e por eles ainda estarem em fase de alfabetização não deveriam ter a necessidade de estudos nessa área, porém os PCNs (Brasil 1998) defendem como sendo necessário os estudos de ciências desde os primeiros anos de escolarização. Todo o cidadão tem a oportunidade de discutir e opinar sobre assuntos que envolvem a Ciência e a Tecnologia, pois como no dia a dia estão envolvidos com questões destas áreas, eles necessitam de um determinado entendimento científico para auxiliá-los tanto na vida pessoal e profissional quanto nas decisões de suas relações sociais, mas para que isso aconteça, é preciso que o professor faça uma ligação entre o ensino de ciências e outras áreas de conhecimento refletindo sobre a Ciência enquanto cultura que é fundamental na formação de um bom cidadão. É essencial também que logo na sua formação inicial, o professor seja inserido em práticas pedagógicas que propiciem uma reflexão sobre a ação, pois por meio desta acredita-se que é possível ocorrer mudanças para o ensino de ciências, mas além dessa inovação do professor é preciso também que ele adapte à sua prática cotidiana para melhorar a qualidade da aprendizagem. Por isso cabe aos professores-formadores motivar os futuros profissionais da área e desafiá-los com suas concepções sobre ensinar e aprender ajudando-os a ver como isso pode influenciar a aprendizagem de seus alunos na sala de aula. Não basta ter um conhecimento sólido do conteúdo específico e pedagógico para que o professor tenha um bom desempenho na sala de aula, mas também é preciso conhecer a interação entre esses conteúdos. Assim como valorizar cada indivíduo, pois atualmente encontra-se preconceitos contra alunos que frequentam APAE e é também papel importante do professor mostrar a todos que cada pessoa é única e que possuem dificuldades e habilidades. “Toda criança tem direito fundamental à educação, e deve ser dada a oportunidade de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem e toda criança possui características, interesses, habilidades e necessidades de aprendizagem que são únicas,” (UNESCO, 1994. p. 01) As crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem são qualificadas como Deficientes Intelectuais e uma das doenças que fazem parte dessa classificação são as que possuem Síndrome de Down. Essa Síndrome nada mais é do que uma anomalia genética que só passou a ser estudada a partir do século XIX. Os sintomas de uma criança com a Síndrome são evidentes fisicamente. Pueschel (2005) e Schwartzman (1999), descrevem os portadores da Síndrome de Down apresentam a cabeça menor, quando comparado com a cabeça de pessoas normais, e também levemente achatada (branquicefalia). As moleiras contém as aberturas mais amplas e demoram mais tempo para se fechar, assim como a cabeça, o rosto e as orelhas apresentam uma forma achatada e pequena. Os olhos apresentam fissuras na região das pálpebras no canto interno, as orelhas também apresentam uma dobra na região superior e o pescoço geralmente é mais curto e a boca é pequena. Algumas crianças mantém a boca entreaberta e podem projetar uma pequena parte da língua. Também apresentam problemas na tireoide e problemas cardíacos, entre muitas outras características. Segundo Pueschel (1995), Schwartzman (1999) e Voivodic (2007), o atraso do desenvolvimento motor ocorre em todos os portadores de Síndrome. Porém o ambiente social pode influenciar nesse processo, trazendo grandes avanços. Pueschel (1995), afirma que o retardo mental que o Down apresenta não é severo ou profundo. A maioria deles, como está comprovado por diversos estudos apresentam retardo na faixa de leve a moderado. Vovoidic (2007) concorda com Pueschel e acrescenta que a doença mental está cada vez mais presente nos portadores da Síndrome. Porém os autores também revelam que o coeficiente de inteligência (QI) dos portadores de Down está crescendo nos últimos tempos, mostrando que a inteligência não está ligada somente aos fatores biológicos, mas também pelos fatores ambientais. Assim como os portadores de Síndrome de Down existem também os que possuem autismo. “O autismo é um estado mental patológico, em que o indivíduo tende a encerrar-se em si mesmo alheando-se ao mundo exterior” (FERNANDES 1935, p.143). O DSM IV (2002), define o Transtorno Autista como um desenvolvimento comprometido ou anormal de interação social e comunicação, além de um repertório muito restrito de atividades e interesses. As manifestações dos transtornos variam de acordo com o nível de desenvolvimento e a idade cronológica do indivíduo. O autismo ainda não possui um diagnóstico exato de suas causas, porém estudiosos como Santos (2008) destacam algum deles: rubéola materna, fenilcetonúria não tratada, encefalite, meningite, tuberculose, exposição química, desbalanceamento químico durante o desenvolvimento da criança e predisposição genética. Os autistas apresentam diversas características comportamentais, entre elas, os seguintes distúrbios: no relacionamento, na fala e na linguagem, no ritmo e no desenvolvimento da percepção. Juntamente com o autismo e a síndrome de Down está a deficiência intelectual, esta que é definida pelos déficits cognitivos das seguintes áreas: comunicação, cuidados pessoais, vida doméstica, habilidades sociais, uso de recursos comunitários, independência, habilidades acadêmicas, trabalho, lazer, saúde e segurança. A mesma só ocorre antes dos 18 anos de idade e só é percebida quando o aluno entra na escola. Assim como os portadores de necessidades educacionais especiais sofrem preconceitos, há também a classe dos idosos que sofre com a discriminação social e o abandono familiar. Porém, apesar dos preconceitos sobre a velhice, nos últimos anos os idosos são mais reconhecidos na sociedade e nos estudos, no Brasil o número de idosos vem crescendo de forma acelerada nas pesquisas e junto com esse crescimento surge a necessidade de uma visão clara do que representa a velhice e o próprio processo de envelhecimento. A sociedade capitalista impõe muitas vezes aos idosos um cenário agressivo, fazendo com que surja a necessidade da criação de políticas públicas que assegurem a eles seus direitos básicos. Assim essas políticas devem visar estabelecer direitos para essa parcela da população que encontra vulnerabilidade em relação ao respeito de seus direitos básicos. Segundo Oliveira (1999) a sociedade coloca o velho numa situação típica de marginalização social, na proporção em que ergue contra ele inúmeras barreiras sociais e desenvolve atitudes de preconceito e descriminação social. Além das políticas gerais para os idosos existe uma referência que garante a essa classe o direito a educação, e este assim como os outros direitos devem ser respeitados. Não existem normas jurídicas de uma política educacional para os idosos, mas sim algumas políticas que em seu texto apresentam prescrição à educação. Conhecer a realidade do idoso é de fundamental importância para garantir que a sociedade saiba que idoso tem o papel de desempenhar e reivindicar suas mudanças para cidadania, contribuindo para um idoso mais ativo, participativo e conhecedor. A sociedade civil desempenha um papel de estruturação política para o idoso fazendo uso desse plano para seminários, palestras, encontros de pessoas idosas para discutir sobre a velhice. Para que os idosos tenham uma vida saudável, as políticas públicas devem ser promovidas em diferentes formas, entre elas está a saúde e a segurança. O idoso tem direito a educação, não somente a instrumentação assim como ao diálogo, para que ele tenha condições de se tornar ativo e consciente da própria velhice. Tão fundamental quanto à cidadania, é o direito pela educação, pois não se alcançará a cidadania sem que haja conhecimento pleno deste direito. Logo, pensar a educação para a terceira idade, é pensar mais que uma ocupação para o idoso, é permitir uma ação intensiva e intencional para que este sujeito se perceba, entenda seu entorno social, político e econômico, como também não seja ludibriado ou tenha seus direitos negligenciados (OLIVEIRA, 2011, P.90). Existem vários tipos de Educação Básica, (Ed. infantil, ensino fundamental, ensino médio e o superior) mas os idosos não ficam incluídos em nenhuma dessas categorias, eles ficam de certa forma excluídos, e quando incluídos fazem parte da Educação Jovens e adultos (EJA). A legislação coloca o idoso no EJA, pois essa forma de ensino proporciona uma educação e uma aprendizagem de qualidade para as condições cognitivas que eles apresentam. Porém ainda há ausência de uma política pública especifica para o idoso. Existe a necessidade da criação de uma ação educacional voltada para o idoso que vise uma educação permanente considerando-a como“...um processo que não se conclui nunca, estendendo-se por toda a vida dos sujeitos. Significa dar oportunidade de aprendizagens contínuas, objetivando a atualização do ser humano, atendendo suas necessidades de interação e aprimoramento do saber” (TEODORO,2006, P.43). RELATOS DE UMA EXPERIÊNCIA No dia dez de setembro de dois mil e quatorze foi realizada a oficina de ciências naturais na APAE e no grupo Conviver Sentir formado pela Terceira Idade do município de Sertão-RS. Pela parte da manhã a oficina foi realizada na APAE, o grupo das ciências chegou por volta das nove horas, organizou a sala e decorou-a com balões. A turma era constituída por três alunos na faixa de oito a nove anos de idade que frequentam o Ensino Fundamental, sendo dois meninos, um com Autismo e Hiperatividade e o outro com Deficiência Intelectual e uma menina, portadora de síndrome de Down. Dois dos três alunos estavam tomando café no momento em que o grupo chegou ao local e a outra criança que estava na sala de aula picando papéis com auxílio da professora ajudou-o na decoração. Ao chegar o restante da turma, o grupo se apresentou e explicou o que iria acontecer naquela manhã, os três alunos ficaram encantados com tudo. Antes de serem iniciadas as atividades práticas, foi solicitado que as crianças falassem o seu nome e contassem qual fruta eles gostavam e qual eles não gostavam. O aluno com autismo no momento disse seu nome com ajuda da monitora e não respondeu a sua fruta preferida. Ao passar um certo tempo de conversa ele conseguiu responder que a fruta preferida dele era mamão e depois desse momento ele começou interagir aos poucos, porém como característica do hiperativo ele tentava fugir da sala a todo o momento. A menina com Down não interagia com o grupo, pois tinha grandes dificuldades na fala e o menino com deficiência intelectual era o mais comunicativo da turma e ao responder a pergunta sobre a fruta preferida relatou gostar da maioria menos de manga. Na conversa foi pedido para a turma se gostavam de salada de frutas e eles responderam positivamente. Então foi revelado que seria feita uma salada com a ajuda deles e da professora e em seguida foram encaminhados até o banheiro para que lavassem as mãos, acompanhados das integrantes do grupo, da professora e da monitora. Durante a confecção da salada mostrava-se as diferentes frutas que eram banana, maçã, pera, abacaxi, mamão, melão, laranja e manga e perguntava-se: que fruta é essa? Vocês gostam dela? As perguntas eram formuladas de forma simples para que todos conseguissem entender o que estava sendo perguntado, e ao final de cada explicação sobre as frutas os alunos iam repetindo o nome delas. O grupo juntamente com a professora descascou as frutas que exigiam o auxílio de uma faca e as crianças ajudavam descascando as que não exigiam o uso desse instrumento. Durante o preparo da salada conversava-se com os alunos, a professora e a monitora sobre como era a rotina deles em aula. Foto 1: Integrantes do grupo, professora e alunos ajudando na confecção da salada de frutas. Ao concluir a salada de frutas foi realizada uma confraternização com todos, incluindo funcionários e professores da escola e posteriormente, limpouse e organizou-se a sala de aula para que os alunos e as integrantes brincassem com os balões. Logo após o grupo distribuiu uma pequena lembrança para os alunos, deixou também o restante da salada para eles levarem para suas casas e despediu-se com muitos abraços e diversas demonstrações de afeto positivo por ambas as partes. Pela parte da tarde o grupo da oficina de ciências naturais continuou seu trabalho com o grupo Conviver Sentir formado pela terceira idade. Uma turma muito animada e participativa, com aproximadamente 50 idosos. O objetivo do grupo das ciências era fazer juntamente com a turma o relógio das estações, onde em cada mês do ano eram anotados dois ou três cultivos da agricultura daquele mês. Inicialmente foi feita a oração do dia e em seguida as integrantes do grupo apresentaram-se aos idosos e explicaram a atividade que seria realizada, para que assim fosse iniciada a conversa com todos. Logo no início os idosos não haviam entendido o porquê da presença do grupo no local, não mostrando interesse em participar. Após passar alguns minutos uma senhora veio até o grupo e questionou o motivo de não ter sido realizada a pesquisa na internet. Foi então esclarecido a eles que para o grupo é mais relevante conhecer experiências reais do que apenas embasamento teórico. Após este esclarecimento houve um aumento visível na animação deles fazendo-os participarem com mais disposição e alegria. Neste momento foi debatido sobre as principais plantas cultivadas em cada época do ano e sobre as experiências que cada um trazia consigo. Durante a conversa foi relatado também sobre chás e remédios caseiros e sobre o poder medicinal do mel. Foto 2: Integrantes do grupo discutindo com os idosos sobre as plantas cultivadas em cada época do ano. Ao concluir o trabalho encerrou-se a oficina nesse ambiente com a entrega de uma lembrança para os idosos onde durante a entrega foi possível conversar com eles de maneira individual agradecendo pela ótima participação, integração e interação de todos. Essas experiências proporcionaram ao grupo aplicador um momento único de aprendizagem significativa que deixou-o plenamente satisfeito. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Ao término do trabalho concluiu-se que é de extrema importância trabalhar as ciências naturais desde os anos iniciais, pois assim ajuda a desenvolver o senso de cidadania tanto nas crianças portadoras de necessidades educacionais especial quanto nos idosos, permitindo assim que eles sejam reconhecidos como cidadãos com voz ativa na sociedade. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares Nacionais. Brasília: MEC/SEF. BONANDO, P. 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