UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE BOTÂNICA DISCIPLINA DE FITOFISIOLOGIA O Ciclo C4 da fotossíntese O Ciclo C4 da fotossíntese Anidrase carbônica 2 ADP NADP+ AULA 8 Fotossíntese tipo C4 e Respiração Mitocondrial NADPH Pi Adenilato quinase HCO3- Oxaloacetato – 1% das espécies vegetais, especialmente as gramíneas ATP 2 Pi AMP + PPi ATP + Pi – separação espacial das carboxilases Piruvato fosfato diquinase PEP Carboxilase Malato desidrogenase Malato Fosfoenolpiruvato (PEP) – rubisco espacialmente separada da PEP – assim as células da bainha do feixe ficam sat carboxilase que capta o CO2 atmosférico, ficam saturadas de CO2 Enzima málica NADP + NADP+ Marcelo Francisco Pompelli • Metabolismo C4 CO2 atmosférico CÉLULA DO MESOFILO NADPH + CO 2 CÉLULAS DA BAINHA DO FEIXE Piruvato – assim as plantas C4 não apresentam atividade fotorrespiratória Ciclo de Calvin Fonte: Taiz & Zeiger, 2009. Fisiologia Vegetal, 4. ed. Anatomia Kranz Aumento do CO2 na atmosfera Fotossíntese C3 e C4 x Nível de CO2 na atmosfera [CO2] Fotorespiração Yw foliar Carboxilação rubisco Fotossíntese Líquida (mmol m-2 s-1) CO2 ambiente 60 CO2 elevado Tidestromia oblongifolia, C4 50 Tidestromia oblongifolia, C4 40 30 Larrea divaricata, C3 20 Larrea divaricata, C3 10 0 15 20 25 30 35 40 45 50 15 20 25 30 35 40 45 50 Temperatura foliar (ºC) Produção Fonte: Taiz & Zeiger, 2009. Fisiologia Vegetal, 4. ed. Área foliar Fonte: Long et al. Ann. Rev. Plant. Biol. 55: 591-628, 2004 Taiz & Zeiger (2009) Fisiologia Vegetal, Artmed 1 Fotossíntese C4 numa única célula??? A estrutura e hidrólise do ATP Energia celular • A energia é liberada das moléculas de ATP • Inicia-se no ecossistema a partir da luz, processo dirigido pela fotossíntese e liberado na forma de calor na respiração – quando uma ligação terminal de fosfato é desfeita Luz do sol CALVIN TP Malato NADP+ RuBP rubisco P P P Malato desidrogenase NADPH 3-PGA ECOSSISTEMA Malato NADP+ enzima málica NADPH Fotossíntese nos cloroplastos adenosina trifosfato (ATP) OAA OAA CO2 + H2O Respiração celular nas mitocôndrias Pi PEP carboxilase enzima málica HCO3- Pi PEP CO2 PEP PPi + AMP ATP + Pi anidrase carbônica PEP Di-Cinase CLOROPLASTO CO2 P i + P Energia P ATP Piruvato CITOSOL Häusler et al. (2002) J Exp Bot 53: 591-607 Oxidação de moléculas orgânicas na respiração celular Energia para a maioria dos processos metabólicos Campbell & Reece, 2007, Biology fosfato inorgânico Adenosina difosfato (ADP) Passos da respiração celular C6H12O6 + 6O2 Liberação de calor • Glicólise 6CO2 + 6H2O + Energia (2880 KJ.mol-1) Glicólise (Citosol) Etapas Campbell & Reece, 2007, Biology Passos da respiração celular Sacarose (nos vegetais) Ciclo de Krebs (Mitocôndria) Cadeia transportadora de elétrons (Cristas mitocondriais) Taiz & Zeiger (2009) Fisiologia Vegetal, Artmed moléculas + O2 orgânicas H2O – quebra glicose (em plantas sacarose) e produz moléculas de piruvato • Ciclo do Ácido Cítrico (Ciclo de Krebs) – completa a oxidação das moléculas orgânicas • Fosforilação oxidativa – Cadeia Transportadora de Elétrons Mitocondrial – generadora ATP, calor e água (sub-produto) 2 Glicólise animal, primeira etapa Glicólise vegetal, primeira etapa Glicólise segunda etapa Sacarose Citosol Invertase H2O Glicose Sintase da sacarose (Susi) UDP Frutose ATP Hexocinase ADP ADP Fosfoglicomutase Glicose-6-P Glicose-UDP Frutose-6-P Fo sfo PPi Fosfofrutocinase PPi UTP ATP UDP-Glicose Pirofosforilase Glicose-1-P gli c om ut as e Pi Fosfoglicomutase Glicose-6-P Frutose-1,6-bisfosfato Aldolase Lehninger, Princípios de Bioquímica, 2007 Gliceraldeído-3-P Diidroxiacetona-P Lehninger, Princípios de Bioquímica, 2007 Triose fosfato isomerase Glicólise Fermentação • A Glicólise • Na fermentação alcoólica Tipos de Fermentação 2 ADP + 2 P1 2 ATP O– C – pode produzir ATP na presença ou ausência de oxigênio, em condições aeróbicas ou anaeróbicas – acopladada com a fermentação produz ATP – o piruvato é convertido em etanol por 2 passos, um dos quais libera CO2 Glicose – o piruvato é reduzido diretamente a NADH para formar lactato como subproduto O 2 Piruvato 2 NAD+ H C 2 NADH 2 CO2 H OH CH3 2 Etanol • A Fermentação consiste de: O CH3 H • Durante a fermentação láctica C Glicólise C O CH3 2 Acetaldeído (a) Fermentação alcoólica 2 ADP + 2 Glicose – glicólise mais as reações que regeneram o NAD+, o qual é reutilizado na glicólise P1 2 NAD+ O C H Campbell & Reece, 2007, Biology C 2 ATP Glicólise O– 2 NADH C O C O CH3 O OH CH3 2 Lactato (b) Fermentação Láctica 3 Respiração x Fermentação Ciclo do ácido cítrico Ciclo do ácido cítrico • O Piruvato é a molécula chave do catabolismo • Antes do ciclo do ácido cítrico iniciar • O ciclo do ácido cítrico completa a oxidação das moléculas orgânicas para geração de energia Glicose – o piruvato é, primeiramente, convertido em acetil-CoA, o qual faz um link entre a glicólise e o ciclo do ácido cítrico CITOSOL Piruvato Na ausência de O2, fermentação Na presença do O2, respiração celular CITOSOL NAD+ MITOCÔNDRIA NADH C 1 Campbell & Reece, 2007, Biology Campbell & Reece, 2007, Biology Ciclo do ácido cítrico CH3 3 Acetil CoA CO2 Coenzima A proteína de membrana Fosforilação oxidativa Desidrogenase piruvato Resumo da Respiração Mitocondrial • Chemiosmosis and the electron transport chain CO2 Acetil-CoA Piruvato Enz ima má li ca O O CH3 Oxalacetato Desidrogenase malato Malato Citrato sintase CoA NAD+ Ciclo do Ácido Cítrico H2 O Fumarato FADH2 FAD+ ATP ATP CoA Citrato H+ Aconitase Desidrogenase isocitrato NAD+ NADH NAD+ espaço intermembrana CoA I membrana mitocondrial interna H2 O CO2 MITOCÔNDRIA 2 NADH ou Desidrogenase 2oxoglutarato Campbell & Reece, 2007, Biology 2 Piruvato 2 NADH 2 Acetil CoA 6 NADH Ciclo do Ácido cítrico 2 FADH2 Fosforilação oxidativa, transporte de elétrons e quimiosmose IV III ATP sintase II FADH2 NADH+ matriz mitocondrial Glicólise Glicose Q 2-Oxoglutarato Succinil-CoA carregadores de elétrons na membrana 2 NADH H+ Cyt c proteínas carregadoras de elétrons Isocitrato NADH CITOSOL ATP H+ CO2 Succinato • Há três principais processos 2 FADH2 H+ NADH Fumarase ATP Sintetase succinilADP CoA membrana mitocondrial interna Fosforilação oxidativa, transporte de elétrons e quimiosmose Glicólise NADH NAD+ Desidrogenase succinato CoA O Piruvato CO2 S C 2 C Ciclo do Ácido Cítrico CoA – acontece na matriz da mitocôndria, diferentemente da glicólise que ocorria no citosol + H+ O– Acetil CoA Etanol ou Lactato • O ciclo do ácido cítrico MITOCÔNDRIA FAD+ 2 H+ + 1/2 O2 H2O NAD+ ADP + carrega os elétrons advindos da glicólise e Krebs ATP Pi + 2 ATP por fosforilação ao nível de substrato + 2 ATP por fosforilação ao nível de substrato + 32 ou 34 ATP pela fosforilação oxidativa, dependendo de como o NADH entra na mitocôndria carregando os elétrons H+ Quimiosmose Cadeia transportadora de elétrons O transporte de elétrons e o bombeamento de prótons (H+), A síntese de ATP se dá pelo fluxo de de H+ através da membrana cria um gradiente de H+ entre os 2 lados da membrana Fosforilação oxidativa Rendimento máximo por glicose ≈ 36 ou 38 ATP Campbell & Reece, 2007, Biology 4 Resumo da Respiração Mitocondrial Inibidores da Fosforilação Oxidativa em Plantas I II III IV V Rendimento energético da Respiração • Aproximadamente 40% da energia da molécula da glicose Via metabólica – é transferida ao ATP durante a respiração celular, produzindo aproximadamente 38 ATPs Rotenona Malonato Antimicina A Cianeto COO Mixotiazol Azida Oligomicina B Ciclo de Krebs E os outros 60% da energia, onde ficam CO CH2 Glicólise Fosforilação oxidativa COO Substratos Produtos 1 Sacarose 4 Piruvatos 4 ADP + 4 Pi 4 ATP 4 NAD+c 4 NADHc 4 Piruvatos 4 ADP + 4 Pi 12 CO2 4 ATP 16 NAD+ m 4 FAD 16 NADHm 4 FADH2 ATP 4 4 4 NADHc 16 NADHm 4 FADH2 Taiz & Zeiger (2009) Fisiologia Vegetal, Artmed NAD(P)H insensíveis a Rotenona Particularidades da CTE em plantas NADHcitosol ? Espaço intermembrana Proteína Desacopladora de Mitocôndria – UCP Espaço intermembrana Taiz & Zeiger (2009) Fisiologia Vegetal, Artmed Membrana interna Complexo I I Complexo H+ H+ H+ Espaço intermembrana H+ Matriz + ADP ATP Matriz O que acontece se o NADH não passar pelo Complexo I e sim pelas outras NAD(P)H da membrana? NADH des. insensíveis a rotenona Taiz & Zeiger (2009) Fisiologia Vegetal, Artmed Reduz o transporte de para o espaço intermembrana Membrana interna Matriz mitocondrial Oxidase alternativa H+ UCP H+ H+ H+ 5 Papel Biológico da UCP e da AOX CTE em plantas Papel Ecológico da UCP Anthurium andraeanum • Por diminuir o DY a UCP e a AOX atuam: Espaço intermembrana H+ H+ NAD NADH NAD(P)H desid NAD(P)H Cit c UQ NADH desid NADH NAD(P) NAD(P)H desid I NAD NADH II NAD H+ III IV UCP AOX ½ O2 Succ H+ H+ H+ + + H+ H H DY H+ H+ H+ + H + Fum ½ O2 H2O ATP sintetase - energia H2O energia H+ Matriz mitocondrial Sem o bombeamento de prótons inibida por ácidos graxos Dissipa o DY sem a geração de ADP ATP ATP Inibida por nucleotideos de purina – na produção de intermediários metabólicos quando a [ATP] é alta – na regeneração de NAD+ quando a CTE estiver saturada – produção de calor (indispensável para a volatilização de compostos atrativos) Sauromatum guttatum – respiração de frutos climatéricos – mecanismo antioxidativo (evitar a produção de de radicais livres) Zantedeschia aethiopica Termogênese e volatilização de compostos de atração Produção de ATP por substrato oxidado Espádice superior Substrato Bráctea Flores masculinas Produção de ATP Teórica Experimental Malato 2,5 2,4 - 2,7 Succinato 1,5 1,6 - 1,8 NADHext FADH2 1,5 1,5 1,6 - 1,8 1,6 - 1,8 Espádice inferior câmara floral Flores femininas 6