CPV seu pé direito também na medicina unifesp – 16/dezembro/2011 física 11.Em uma manhã de calmaria, um Veículo Lançador de Satélite (VLS) é lançado verticalmente do solo e, após um período de aceleração, ao atingir a altura de 100 m, sua velocidade linear é constante e de módulo igual a 20,0 m/s. Alguns segundos após atingir essa altura, um de seus conjuntos de instrumentos desprende-se e move-se livremente sob ação da força gravitacional. A figura fornece o gráfico da velocidade vertical, em m/s, do conjunto de instrumentos desprendido como função do tempo, em segundos, medido no intervalo entre o momento em que ele atinge a altura de 100 m até o instante em que, ao retornar, toca o solo. b) Calcule, através dos dados fornecidos pelo gráfico, a aceleração gravitacional do local e, considerando 2 = 1,4, determine o instante no qual o conjunto de instrumentos toca o solo ao retornar. Resolução: Entre 2 s ≤ t ≤ 4 s: V0 = 20 m/s; V = 0; Dt = 2s a= ∆V 0 − 20 ⇒ a= ∆t 2 Þ a = –10 m/s2 Logo,| g | = 10 m/s2 direção: vertical sentido: para baixo De t = 2 s até o conjunto de instrumentos tocar o solo, tratase de um lançamento vertical: S = S0 + V0 . t + a 2 10 2 . t Þ 0 = 140 + 20 . t – .t Þ 2 2 Þ 5t2 – 20 . t – 140 = 0 Resolvendo a equação, obtemos: D = 40 . 2 = 56 Logo, t1 = – 3,6 s e t2 = 7,6 s a) Determine a ordenada y do gráfico no instante t = 0 s e a altura em que o conjunto de instrumentos se desprende do VLS. Assim, o instante em que toca o solo será: t = 2 + 7,6 Þ t = 9,6 s Resolução: Em t = 0, quando alcançam a altura de 100 m, tanto o VLS, quanto o conjunto de instrumentos, estão à velocidade de 20 m/s, conforme o enunciado. Logo, em t = 0, a ordenada y = 20 m/s. O conjunto de instrumentos desprende-se do VLS após 2 s de movimento vertical uniforme com velocidade de 20 m/s, a partir da altura de 100 m. Assim, MU: S = S0 + V . t Þ S = 100 + 20 . 2 Þ S = 140 m CPV unifesp2012 1 2 unifesp – 16/12/2011 CPV seu pé direito também na Medicina 12. Um corpo esférico, pequeno e de massa 0,1 kg, sujeito a aceleração gravitacional de 10 m/s2, é solto na borda de uma pista que tem a forma de uma depressão hemisférica, de atrito desprezível e de raio 20 cm, conforme apresentado na figura. Na parte mais baixa da pista, o corpo sofre uma colisão frontal com outro corpo, idêntico e em repouso. b) A intensidade da força de reação, em newtons, que a pista exerce sobre os corpos unidos no instante em que, após a colisão, atingem a altura máxima. Resolução: Como V = 1 m/s, a altura alcançada será: 2 m . V2 =2m.g.h 2 1 = 10 . h Þ h = 0,05 m 2 → → → → → N + Py = O (corpo em repouso Fcp = O) Considerando que a colisão relatada seja totalmente inelástica, determine: a) O módulo da velocidade dos corpos, em m/s, imediatamente após a colisão. Resolução: Do Princípio da Conservação da Energia, temos: N = Py Por semelhança de triângulos, temos: Py 15 Py 3 = = P 20 2 4 EM = EM A B Py = 1,5 N m . VI2 m . g . h = 2 N = 1,5 N 10 . 0,2 = VI2 2 VI = 2 m/s (velocidade do corpo I antes da colisão) Do Princípio da Conservação da Quantidade de Movimento, temos: → → Qantes = Qdepois m . VI = m . V’I + m . V’II Þ VI = V’I + V’II Sendo a colisão inelástica, os corpos saem grudados (Vafastamento = 0). Logo:V’I = V’II = V VI = V + V Þ 2 = 2V Þ V = 1 m/s CPV unifesp2012 15 cm 5 cm q 20 cm → N → P → q Py → Px CPV seu pé direito também na Medicina 13. Uma mola de massa desprezível presa ao teto de uma sala, tem sua outra extremidade atada ao centro de uma barra metálica homogênea e na horizontal, com 50 cm de comprimento e 500 g de massa. A barra metálica, que pode movimentar-se num plano vertical, apresenta resistência ôhmica de 5 Ω e está ligada por fios condutores de massas desprezíveis a um gerador G de corrente contínua, de resistência ôhmica interna de 5 Ω, apoiado sobre uma mesa horizontal. O sistema barra-mola está em um plano → perpendicular a um campo magnético B horizontal, cujas linhas de campo penetram nesse plano, conforme mostra a figura. Unifesp – 16/12/2011 3 b) a deformação, em metros, sofrida pela mola para manter o sistema barra-mola em equilíbrio mecânico. Suponha que os fios elétricos não fiquem sujeitos a tensão mecânica, isto é, esticados. Resolução: Da regra de Fleming (mão esquerda), temos: → FM → FEL → P FM = Bil sen θ = 0,4 . 5 . 0,5 . sen 90° = 1N P = mg = 0,5 . 10 = 5N → → → FM + FEL + P = 0 FM + FEL = P 1 + FEL = 5 FEL = 4N FEL = kx 4 = 80 . x 1 x= m = 0,05 m 20 Determine: x = 0,05 m a) a força eletromotriz, em volts, produzida pelo gerador e a potência elétrica dissipada pela barra metálica, em watts. Resolução: A força eletromotriz é dada por: ε = (R + r) . i ε = (5 + 5) . 5 ε = 50V Cálculo da Potência: P = R . i2 PBarra = 5 . 52 PBarra = 125W unifesp2012 CPV 4 unifesp – 16/12/2011 CPV seu pé direito também na Medicina 14. Um paciente, que já apresentava problemas de miopia e astigmatismo, retornou ao oftalmologista para o ajuste das lentes de seus óculos. A figura a seguir retrata a nova receita emitida pelo médico. a) Caracterize a lente indicada para correção de miopia, identificando a vergência, em dioptrias, e a distância focal, em metros. Resolução: O olho míope é maior que o normal e a imagem forma-se antes da retina. Sua correção é feita com o uso de lentes divergentes (esféricas com distância focal negativa). Logo a vergência da lente de cada olho será –3 dioptrias. Como V = 1 f 1 Þ f = - m 3 Resposta: Lente divergente, olho direito: 1 V = – 3di, f = - m 3 olho esquerdo: 1 V = – 3di, f = - m 3 CPV unifesp2012 b) No diagrama I, esboce a formação da imagem para um paciente portador de miopia e, no diagrama II, a sua correção, utilizando-se a lente apropriada. Resolução: CPV seu pé direito também na Medicina 15. Um calorímetro de capacidade térmica 10 cal/ºC, contendo 500 g de água a 20ºC, é utilizado para determinação do calor específico de uma barra de liga metálica de 200 g, a ser utilizada como fundo de panelas para cozimento. A barra é inicialmente aquecida a 80ºC e imediatamente colocada dentro do calorímetro, isolado termicamente. Considerando o calor específico da água 1,0 cal/(g . ºC) e que a temperatura de equilíbrio térmico atingida no calorímetro foi 30ºC, determine: a) a quantidade de calor absorvido pelo calorímetro e a quantidade de calor absorvido pela água. Resolução: Qbarra m = 200 g 80ºC c = ? 30ºC Qcal Qágua 20ºC calorímetro {C = 10 cal/ºC m = 500 g água c = 1 cal / (g º C) I. Qcalorímetro = m . c . DT = C . DT Unifesp – 16/12/2011 5 COMENTÁRIO DA PROVA Questão 11: Uma questão de alto nível, exigindo muita atenção e alta capacidade de interpretação, mesmo se tratando de uma questão de Cinemática. Questão 12: No item “a” tratou de assuntos clássicos (Conservação de Energia Mecânica e Colisão), facilitando a resolução do mesmo. O ítem “b” exigiu criatividade e conhecimento de Movimento Circular. Questão 13: Excelente questão de nível médio, que contemplou assuntos de Mecânica, Eletrodinâmica e Eletromagnetismo. Questão 14: Questão bastante simples, com conceitos básicos de Óptica da Visão. Questão 15: Questão de nível baixo, com o item “a” auxiliando na resolução do item “b”, abordando conceitos básicos de Calorimetria. Comentário Geral: Prova excelente, com boa distribuição dos assuntos, enunciados claros e precisos, apesar da pequena quantidade de questões. Qcalorímetro = 10 . 10 = 100 cal Qcalorímetro = 100 cal II. Qágua = m . c . DT = 500 . 1 . 10 Qágua = 5000 cal b) a temperatura final e o calor específico da barra. Resolução: A temperatura de equilíbrio foi 30ºC (conforme enunciado) Da Conservação da Energia, temos: Qbarra + Qcalorímetro + Qágua = 0 m . c . DT + 100 + 5000 = 0 200 . c . (30 – 80) = – 5100 – 50 . 200c = – 5100 c = 0,51 cal/(gºC) unifesp2012 CPV