POESIA MARGINAL
Material: Estudo de textos
Autora Cláudia Regina
Silveira
ANTOLOGIA :
Ana Cristina César, Cacaso, Chacal,
Francisco Alvim, Paulo Leminski
POESIA MARGINAL
O Autores: Seleção de autores
O Escola Literária: Literatura Contemporânea
O Ano de Publicação: 2006
O Gênero: Poesia - Marginal
O Temas: Amor, sensualidade, poesia, política,
medo
O Divisão da Obra: Quatro Partes
OS AUTORES
O Ana Cristina César;
O Cacaso;
O Chacal;
O Francisco Alvim; e
O Paulo Leminski.
Ana Cristina César (1952-1983)
O Nasceu no Rio de Janeiro. Foi a musa
absoluta da poesia marginal.
O Formada em Letras, fez o curso de tradução
literária na Inglaterra. Teve influência direta
na vida cultural carioca nos anos 1970. Em
1982, reuniu seus livros publicados de
forma independente no volume “A teus
pés”.
O Em 1983, durante uma crise emocional, aos
31 anos, matou- se saltando pela janela.
Cacaso - ANTONIO CARLOS
DE BRITO-(1944-1987)
O Nasceu em Uberaba — MG. Criador da coleção
Frenesi, escrevia artigos em jornais comentando
a obra de Chacal, Ana Cristina e outros. Estreou
em 1968, com o livro ‘Palavra cerzida’, em que
revelava certa influência simbolista, bebida na
obra de poetas como Cecilia Meireles. Em 1970,
sua poesia passa a ser mais descarnada,
coloquial e humorada.
O Escreveu também a obra ‘Beijo na boca’ (1975)
além de músicas com Tom Jobim e Suely Costa.
Chacal- Ricardo de Carvalho
Duarte- (1951)
O Nasceu no Rio de Janeiro. Foi o primeiro dos
escritores a trabalhar com o livro impresso em
mimeógrafo e distribuir os poemas de mão em mão.
Seu primeiro livro chamava-se “Muito prazer,
Ricardo”; seus versos possuem uma linguagem que
se aproxima muito da fala cotidiana, jornalística e
com muitas gírias. Sua obra foi reunida em 1983, na
coletânea
O "Drops de abril". Continua em plena atividade,
fazendo leituras públicas e publicando poemas. Suas
obras: “Comércio de tudo” (1986); “Letra elétrica”
(1994) e “A vida é curta pra ser pequena” (2002).
Francisco Alvim (1938)
O Nasceu em Araxá — MG. É diplomata e mora
atualmente na Costa Rica. Sua poesia é
dividida em duas vertentes: uma lírica e
outra de reflexão social. Publicou vários
livros, como: “Passatempo” (1974); “Lago,
montanha” (1981); “O corpo fora” (1988);
“Elefante” (2000), entre outros.
Paulo Leminski (1944-1989)
O Nasceu em Curitiba — PR. Foi tradutor, professor
de História e de judô, publicitário, romancista e
músico.
O Sua poesia, altamente elaborada e construída,
era sintética, concisa e debochada.
O Compôs várias músicas da MPB e publicou
livros independentes — reunidos pela primeira
vez em 1983, na coletânea "Caprichos &
relaxos".
O É autor da obra “Distraídos venceremos” (1987)
e das póstumas, “La vie em close” (1991) e
“Winterverno” (1994).
A ESCOLA LITERÁRIA
Período Histórico
O Em 1964, os militares tomaram o poder no
Brasil, derrubando o governo de João
Goulart (o Jango). Goulart tinha sido vicepresidente de Jânio Quadros, eleito
democraticamente. Mas quando Jânio
Quadros renunciou ao cargo, em 1961,
Goulart assumiu a presidência, e colocou
no governo ministros declaradamente de
esquerda.
Período Histórico
O Para impedir o avanço do socialismo, os
militares entraram em campo. O país
passou a ser governado a partir de
decretos, os Atos Institucionais. O mais
pesado de todos, o AI-5, entrou em vigor a
partir de 1968, instaurando a censura
prévia o a tortura, entre outras coisas. Ele
durou até 1979.
POESIA MARGINAL —
ANOS 70
O Entende-se como "Poesia marginal" toda a
poesia produzida pela chamada “geração
mimeógrafo” — um movimento brasileiro que
ocorreu após a Tropicália, na década de 1970,
devido a forte atuação da ditadura militar, a qual
levou professores, intelectuais, poetas e artistas
em geral a buscarem formas "não
convencionais" (portanto, marginais) de
publicação, como o mimeógrafo, uma das mais
altas tecnologias da época.
POESIA MARGINAL —
ANOS 70
O A ideia era fazer a poesia chegar mais
rapidamente ao público e de forma mais barata;
assim, as obras eram vendidas de mão em mão
nas ruas, praças, bares e universidades. Foi a
forma que os poetas encontraram de se
expressar livremente em pleno regime da
ditadura militar, bem como revelar novas vozes
poéticas. Esse tipo de poesia foi estendido
também nos anos 1980, utilizando-se a
fotocópia (xérox) e a produção de fanzines
Fanzine
O É uma abreviação de fanatic magazine, mais
propriamente da aglutinação da última sílaba da
palavra magazine (revista) com a sílaba inicial de
fanatic.
O Fanzine é portanto, uma revista editada por um fan (fã,
em português).
O Trata-se de uma publicação despretensiosa,
eventualmente sofisticada no aspecto gráfico,
dependendo do poder econômico do respectivo editor
(faneditor).
O Engloba todo o tipo de temas, assumindo usualmente,
mas não necessariamente, uma determinada postura
política, em padrões experimentais.
POESIA MARGINAL —
ANOS 70
O Atualmente, usa-se a internet como forma
de divulgação, mas não para fugir da
censura, e sim por motivos econômicos —
nos anos 70, muitos dos poetas pertenciam
à classe média alta ou mesmo a elite,
portanto os motivos eram meramente
políticos.
POESIA MARGINAL —
ANOS 70
O A poesia marginal sofreu influências do
Modernismo Brasileiro (na primeira fase, de
Oswald e Mário de Andrade), do
Tropicalismo (na música, com Gilberto Gil e
Caetano Veloso) e de movimentos de
contracultura, como o rock, o movimento
hippie, histórias em quadrinhos e cinema.
POESIA MARGINAL —
ANOS 70
O “O que interessa aqui, para pensar a poesia dos
anos 70, é o lado anárquico do movimento
tropicalista, do deboche, do ‘comportamento
desviante’, como dirá a poeta Ana Cristina
César, em 1979 .” Sua linguagem prima pela
coloquialidade, espontaneidade,
experimentação rítmica e musical, humorística,
paródica e representação do cotidiano urbano.
Os temas abordados pelos escritores giram em
torno da liberdade, amor, sexualidade, poesia,
política, medo.
POESIA MARGINAL —
ANOS 70
O A produção desse tipo de poesia, como já era de
se esperar, não foi aceita por grandes editoras.
O pontapé inicial se deu somente em 1975,
quando a editora Brasiliense publicou a obra
"26 Poetas Hoje", cuja responsável pela
antologia foi Heloísa Buarque de Holanda.
O Os principais autores da poesia marginal da
época dos anos 1970 foram: Paulo Leminski,
Francisco Alvim, Cacaso, Ana Cristina César e
Ricardo Carvalho Duarte (Chacal).
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