Elaborado por: Carla Barella ( UME- Ijui ) Abrimos os jornais, ligamos a televisão, acessamos a internet e lá estão as notícias – violências: roubos, drogas, suicídios, homicídios, acidentes de trânsito... Falamos, criticamos, mas o que fazemos? Normalmente dizemos: não posso fazer nada para mudar esta situação, não depende de mim. Parece tudo tão distante de nós ou, queremos que as mudanças ocorram do macro para o micro, quando deve ser ao contrário. Sim, porque nossas pequenas ações vão se refletindo, nossos exemplos são observados por aqueles que estão a nossa volta, e que podem segui-los. A família é o grupo de convivência (a primeira escola do ser reencarnado), na qual temos a oportunidade de reconstruir a caminhada, reparar nossas faltas do passado. Por isso muitas vezes é difícil a convivência neste grupo, entre pais e filhos, irmãos ou mesmo entre os cônjuges. “(...) A luta em família é problema fundamental da redenção do homem na Terra. Como seremos benfeitores de cem ou mil pessoas, se ainda não aprendemos a servir cinco ou dez criaturas? Está é a indagação lógica que se estende a todos os discípulos sinceros do Cristianismo. É impossível auxiliar o mundo, quando ainda não conseguimos ser úteis nem mesmo a uma casa pequena – aquela em que a Vontade do Pai nos situou, a título precário”. (Emmanuel / FERGS- Departamento de Assuntos da Família) O Lar necessita de cuidados urgentes, é a oportunidade que todos temos de trabalharmos os sentimentos, o amor divino, para não nos estimularmos a violência através da raiva, do ódio, ressentimentos, ciúme..., agravando ainda mais a nossa caminhada. Precisamos avaliar os nossos sentimentos, procurar nos conhecermos melhor: quem sou? O que sinto? Como eu sinto? Como ajo ou reajo com os acontecimentos diários? (autoconhecimento) Não se deixar levar pela irritação, procurar se controlar, não devolver as agressões na mesma moeda – isso é o que normalmente as pessoas não esperam, quando agimos assim desarmamos o agressor. Desta forma agimos a nosso favor, porque atuando equilibradamente as forças do bem estarão conosco, pois tudo que emanamos, retorna para nós. Diz Emmanuel – “Paz não é indolência do corpo. É saúde e alegria do espírito. (Fonte Viva, cap. 79.) Temos que fazer do nosso dia a dia, tanto no lar, como no local de trabalho (onde ficamos boa parte de nosso dia) ou no trânsito, lugares de boa convivência, harmonioso, onde nos sintamos bem. Na maioria das vezes não é o outro que está de cara amarrada conosco, se analisarmos bem, somos nós mesmos que não estamos bem e as energias a nossa volta se associam as nossas, provocando o nosso desequilíbrio, perturbando-nos, como também ao ambiente em que estamos. Fazer ao outro o que gostaria que a ti fosse feito, assim estaremos fazendo o bem, plantando cada um a sua sementinha do amor, a qual se propagará. A ação do pensamento, a prece, verdadeira caridade no silêncio, agem positivamente a nosso favor. “‘Amar ao próximo como a si mesmo; fazer aos outros como quereríamos que nos fizessem’, eis a expressão mais completa de caridade, porque ela resume todos os deveres para com o próximo...”. (Evangelho Segundo o Espiritismo Cap. XI) “...A prática dessas máximas leva à destruição do egoísmo. Quando os homens as tomarem como normas de conduta e como base de suas instituições, compreenderão a verdadeira fraternidade, e farão reinar a paz e a justiça entre eles. Não haverá mais ódios nem dissensões, mas união, concórdia e mútua benevolência”. (Evangelho Segundo o Espiritismo Cap. XI) “...Não existe tranqüilidade real sem Cristo em nós, dentro de qualquer situação em que estejamos situados, e a fórmula de integração da nossa alma com Jesus é invariável: Negue cada um a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Sem essa adaptação do nosso esforço de aprendizes humanos ao impulso renovador do Mestre Divino, ao invés de paz, teremos sempre renovada guerra, dentro do coração”. (Fonte Viva, cap. 79.) Oração de São Francisco de Assis Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz. Onde houver ódio, que eu leve o amor; Onde houver ofensa, que eu leve o perdão; Onde houver discórdia, que eu leve a união; Onde houver dúvida, que eu leve a fé; Onde houver erro, que eu leve a verdade; Onde houver desespero, que eu leve a esperança; Onde houver tristeza, que eu leve a alegria; Onde houver trevas, que eu leve a luz. Ó Mestre, Fazei que eu procure mais Consolar, que ser consolado; compreender, que ser compreendido; amar, que ser amado. Pois, é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado, e é morrendo que se vive para a vida eterna. BIBLIOGRAFIA KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Ed. Rio de Janeiro: FEB, 1995. FERGS, Federação Espírita do Rio Grande do Sul, Apostila Departamento de Assuntos da Família – DAFA / 2008 XAVIER, F. C. Fonte Viva. Rio de Janeiro: FEB. Que Jesus o abençoe.